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Caracterização de Escherichia coli uropatogênicas isoladas de crianças com infecção urinária. / Characterization of uropathogenic Escherichia coli isolated from children with urinary infection.

Silva Junior, Silvio Marciano da 22 May 2012 (has links)
Infecção do Trato Urinário (ITU) é o segundo tipo de infecção bacteriana mais comum em crianças. Nesse estudo amostras de urina de 6012 pacientes pediátricos foram analisadas, a prevalência de ITU foi determinada, os uropatógenos foram identificados e o perfil antimicrobiano dos mesmos foi determinado. Os resultados mostraram que a prevalência de ITU varia de acordo com o sexo e a idade do paciente. Bactérias Gram-negativas foram responsáveis por 89 % de todos os casos de ITU e Escherichia coli foi a espécie mais prevalente. Os uropatógenos foram resistentes a ampicilina 63 %, a nitrofurantoina 37 % e ao trimethoprim-sulfamethoxazole 28 %. Todavia, 99 % deles foram sensíveis a cefalexina e 96 % ao cloranfenicol. Resultados obtidos com a caracterização de 90 isolados de E. coli, mostraram que todas as amostras foram positivas para os marcadores fimA e fimH, 53 % para pap, 32 % para sfa, 10 % para o marcador genético da toxina pic e 29 % foram capazes de produzir hemolisina-a. Esses isolados se distribuíram entre os grupos filogenéticos da seguinte maneira: B2 42 %, D 25 %, A 21 % e B1 11 %. Dessas amostras 19 % não foram tipáveis (ONT), 15,56 % pertenceram ao sorogrupo O2 e 12,22 % aos sorogrupos O6 e OR. A maioria dos isolados de E. coli aderiu às células epiteliais, poliestireno e PVC. / Urinary Tract Infection (UTI) is the second most common type of bacterial infection in children. In this study, 6012 urine samples from pediatric patients were analyzed, the prevalence of UTI was determined, the uropathogens were identified and their antimicrobial profile was determined. The results have shown that the prevalence of UTI varies according to the sex and age of the patient. Gram negative bacteria were responsible for 89 % of all cases of UTI and E. coli was the most prevalent species. The uropathogens were resistant to: ampicillin 63 %, nitrofurantoin 37 % and trimethoprim-sulfamethoxazole 28 %. However, 99 % of them were sensitive to cephalexin and 96 % to chloramphenicol. Results obtained with the characterization of 90 isolates of E. coli showed that all of them were positive for fimA and fimH, 53 % were positive for pap, 32 % were positive for sfa, 10 % were positive for the genetic marker of pic and 29 % were able to produce hemolysin-a. These isolates were distributed between the phylogenetic groups as follows: B2 42 %, D 25 %, A 21 % and B1 11 %. Nineteen percent of these samples were untypeable (ONT), 15.56 % belonged to O2 serogroup and 12,22 % belonged to the O6 and OR serogroups. Most E. coli isolates were able to adhere to epithelial cells, polystyrene and PVC.
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Comportamento da meningite bacteriana neonatal de acordo com o peso de nascimento / Course of neonatal bacterial meningitis according to birth weight

Costa, Gleise Aparecida Moraes 15 December 2006 (has links)
A meningite bacteriana no período neonatal é uma doença grave, associada à mortalidade elevada e seqüelas em cerca de 12 a 29% dos sobreviventes. Nos recém-nascidos com peso ao nascimento < 2500 g, o risco de adquirir meningite é três vezes superior àqueles com peso >= 2500 g e, entre neonatos de muito baixo peso (< 1500 g), o risco é 17 vezes maior. Objetivo: Geral: descrever o quadro clínico e as complicações da meningite bacteriana em dois grupos de recém-nascidos, considerados de acordo com o peso de nascimento (= 2500 g). Específico: descrever e comparar os agentes etiológicos, a freqüência de sinais e sintomas neurológicos e de complicações, a mortalidade e a duração do tratamento nos dois grupos. Métodos: Estudo observacional de 87 recém-nascidos com meningite bacteriana, admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 11 anos (janeiro de 1994 a dezembro de 2004). Os dados foram obtidos através da análise de prontuários. Na análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher e teste não paramétrico de Mann Whitney. Resultados: Foram identificadas bactérias no líquor em 39% dos pacientes, sendo 50% bactérias Gram-positivas e 50% Gram-negativas. A maioria dos neonatos apresentou sinais e sintomas inespecíficos: febre (63,2%), irritabilidade (31%), letargia (26,4%). Os achados neurológicos ocorreram em 35,3% dos casos. As complicações ocorreram em 48,2% dos neonatos, principalmente convulsões (23%), hemorragia intracraniana (14,9%) e hidrocefalia (13,8%) com mortalidade de 11,5 %. Na comparação entre evolução clínica e peso de nascimento observou-se associação entre peso >= 2500 g e convulsão (p=0,047), peso >= 2500 g e fontanela abaulada (p=0,019), bactéria no LCR e complicações (p=0,008) e bactéria no LCR e óbitos (p=0,043). Conclusões: Os agentes etiológicos mais freqüentemente identificados no LCR foram as enterobactérias (41%), seguidas de Streptococcus B (17,5%), Streptococcus não B (17,5%), Staphylococcus aureus (11,7%), Neisseria meningitidis (8,8%) e Enterococcus faecalis (3,0%), não havendo diferença entre tipo de bactérias e peso de nascimento. Os sinais e sintomas predominantes foram inespecíficos, com achados neurológicos em 35% dos casos. A freqüência maior de sintomas neurológicos nos recém-nascidos com peso >= 2500 g, sugere maior grau de maturidade do sistema nervoso central nestas crianças. Embora a mortalidade tenha sido inferior à observada em estudos anteriores no mesmo Serviço, a freqüência de complicações foi alta, independentemente do peso de nascimento. A presença de bactéria no LCR associou-se à maior freqüência de convulsões e mortalidade. A necessidade de manutenção do tratamento por tempo mais prolongado nos recém-nascidos de baixo peso sugere maior gravidade da doença neste grupo de neonatos. / Bacterial meningitis in the neonatal period is a severe disease, associated to elevated mortality and sequelae in around 12 to 29% of the survivors. Newborns whose birth weight is < 2,500g have a 3-fold increase in the risk of acquiring meningitis when compared to those whose weight is >= 2,500; among those with very low birth weight (< 1,500g), the risk increases 17-fold. Objectives: General: to describe the clinical picture and the complications of bacterial meningitis in two groups of newborns, considered according to birth weight (< 2,500g or >= 2,500g). Specific: to describe and compare the etiological agents, the frequency of neurological signs and symptoms and complications, mortality rate and duration of treatment in both groups. Methods: Observational study of 87 newborns with bacterial meningitis, admitted at the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of Instituto da Criança of Hospital das Clínicas of the University of São Paulo School of Medicine, during an 11-year period (January 1994 to December 2004). The data were obtained through the analysis of hospital files. Statistical analysis was carried out with Fisher\'s exact test and the non-parametric Mann Whitney test. Results: Bacteria were identified in the cerebrospinal fluid (CSF) of 39% of the patients, with 50% of them being Gram-positive and 50%, Gram-negative. Most neonates presented unspecific signs and symptoms: fever (63.2%), irritability (31%), and lethargy (26.4%). The neurological findings occurred in 35.3% of the cases. Complications occurred in 48.2% of the neonates, and were mainly seizures (23%), intracranial hemorrhage (14.9%) and hydrocephalus (13.8%) with a mortality rate of 11.5%. At the comparison between clinical evolution and birth weight, associations between weight >= 2,500g and seizures (p=0.047), weight >= 2,500g and concave fontanel (p=0.019), bacteria in the CSF and complications (p=0.008) and bacteria in the CSF and death (p=0.043) were observed. Conclusions: The etiological agents most often identified in the CSF were enterobacteria (41%), followed by B Streptococcus (17.5%), non-B Streptococcus (17.5%), Staphylococcus aureus (11.7%), Neisseria meningitidis (8.8%) and Enterococcus faecalis(3.0%), with no statistical difference between the type of bacteria and birth weight. The predominant signs and symptoms were unspecific, with neurological findings in 35% of the cases. The higher frequency of neurological signs and symptoms in newborns with birth weight >= 2,500g suggest a higher degree of central nervous system maturity in these infants. Although the mortality was lower than that observed in previous studies at the same Service, the frequency of complications was high, regardless of birth weight. The presence of bacteria in the CSF was associated to a higher frequency of seizures and mortality. The need for prolonged treatment in newborns with low birth weight suggests higher disease severity in this group of neonates.
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Caracterização genética e perfil de sensibilidade antimicrobiana de cepas multirresistentes de Acinetobacter baumannii presentes em um hospital de ensino / Genetic characterization and antimicrobial susceptibility profile of multiresistant Acinetobacter baumannii strains present at a teaching hospital

Laís Calissi Brisolla Tavares 07 February 2018 (has links)
As espécies do Complexo Acinetobacter calcoaceticus-A. baumannii (ACB) são importantes causadoras de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em todo o mundo. Detêm maior relevância os isolados com resistência aos antimicrobianos, os quais impactam negativamente no prognóstico, na mortalidade e custos associados ao cuidado com o paciente. O objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade genética e o perfil de susceptibilidade antimicrobiana de 134 isolados multirresistentes de A. baumannii presentes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, entre 2007 e 2014. A identificação de A. baumannii deu-se pela pesquisa dos genes blaOXA-51-like e gltA, detectados em 85% (n=114) dos isolados Os isolados de Acinetobacter não-baumannii foram identificados por sequenciamento gênico como A. nosocomialis (n=4; 3,1%), A. pittii, A. bereziniae (n=2; 1,7%, cada), A. ursingii, A. variabilis, A. gyllenbergii (n=1; 0,9% cada) e Acinetobacter spp (n=2; 1,7%). Os isolados de A. baumannii foram submetidos às técnicas de PCR multiplex para detecção de outras oxacilinases, pesquisa de ISAba1, teste de susceptibilidade antimicrobiana, tipagem molecular por eletroforese em campo pulsado (PFGE), por sequência trilocus (3LST) e por sequência multilocus (MLST). Detectou-se o gene blaOXA-23-like em 105 isolados (92,1%), estando 100% associados a ISAba1; blaOXA-72 em um isolado (0,9%) e blaOXA-231 em dois isolados (1,7%). A maior parte (n=66; 57,9%) dos isolados foi classificada como extensivamente resistentes (XDR). O PFGE agrupou os isolados em 11 clusters (A-K) e o MLST identificou os isolados pertencentes majoritariamente aos clones CC79 (42,4%), CC1 (16,6%), CC15 (12,1%) e ao ST317 (18,2%). Os resultados do MLST e 3LST concordaram em 95,6%. Foi verificada a ocorrência de diferentes perfis de PFGE em A. baumannii MDR e XDR, predominando cepas carreadoras de ISAba1/OXA-23-like e pertencentes aos CC1, CC15, CC79, ST317. Predominaram o ST317 nos anos iniciais e o CC79 (ST730) de 2011 a 2014. Estes resultados fornecem subsídios que ressaltam a necessidade de monitoramento e controle de patógenos multirresistentes / Species of Acinetobacter calcoaceticus-A. baumannii Complex (ACB) are important causes of Healthcare Associated Infections worldwide. More relevant are isolates with antimicrobial resistance, which have a negative impact on the outcome, mortality and costs associated with patient care. The aim of this study was to evaluate the genetic diversity and the antimicrobial susceptibility profile of 134 multiresistant ACB spcies strains present at Botucatu Medical School Teaching Hospital between 2007 and 2014. Identification of A. baumannii species was by detection of blaOXA-51-like and gltA genes, detected in 85% (n=114) of the isolates. Non-baumannii Acinetobacter species were identified by gene sequencing as A. nosocomialis (n=4, 3.1%), A. ursingii, A. variabilis, A. gyllenbergii (n=1, 0.9% each) and Acinetobacter spp (n=2; 1.7%). A. baumannii isolates were submitted to multiplex PCR for other oxacillinases and ISAba1 detection, antimicrobial susceptibility testing, molecular typing by pulsed field gel electrophoresis (PFGE), trilocus sequence typing (3LST) and multilocus sequence typing (MLST). blaOXA-23-like gene was detected in 105 isolates (92.1%), of which 100% were associated with ISAba1; blaOXA-72 was present in one isolate (0.9%) and blaOXA-231, in two isolates (1.7%). The majority (n=66; 57.9%) of isolates were classified as extensively resistant (XDR). The PFGE grouped the isolates into 11 clusters (A-K) and MLST identified the isolates belonging mainly to CC79 (42.4%), CC1 (16.6%), CC15 (12.1%) and ST317 (18.2%). MLST and 3LST results were 95.6% concordant. We verified the occurrence of different PFGE profiles in multidrug-resistant (MDR) and extensively drug-resistant (XDR) A. baumannii, predominantly presenting ISAba1/OXA-23-like genes and belonging to CC1, CC15, CC79 and ST317. There was a prevalence of ST317 in the early years and CC79 (ST730) from 2011 to 2014. Our results highlight the importance of surveillance and control of multiresistant pathogens
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Efeito da depleção in vivo de leucócitos PMN em camundongos resistentes e susceptíveis à Paracoccidioidomicose pulmonar / Effect of in vivo depletion of PMN leukocytes in mice resistant to and susceptible to pulmonary Paracoccidioidomycosis

Adriana Pina 05 April 2002 (has links)
Estudos em nosso laboratório caracterizaram camundongos B10.A como susceptíveis e camundongos A/J como resistentes à infecção pulmonar pelo P. brasiliensis. Para investigar o papel das células PMN na paracoccidioidomicose (PCM) pulmonar, camundongos B10.A e A/J foram depletados destas células através da inoculação in vivo por via intraperitoneal (i.p.) do anticorpo monoclonal anti-células PMN e infectados pela via intratraqueal (i.t.) com um milhão de leveduras viáveis. Camundongos-controle receberam doses equivalentes de IgG normal de rato. A depleção de granulócitos diminuiu o tempo de sobrevida dos animais B10.A, mas não dos animais A/J. Quando comparados com os animais não depletados, camundongos resistentes apresentaram aumento da carga fúngica no pulmão somente no dia 7 pós-infecção. Ao contrário, camundongos susceptíveis depletados de PMN apresentaram números mais elevados de células leveduriformes no pulmão, fígado e baço nos dias 7, 15, 30 e 120 pós-infecção, com relação aos seus grupos-controle tratados com IgG. A depleção dos granulócitos, entretanto, não alterou as reações de hipersensibilidade do tipo tardio (HTT) desenvolvidas por ambas as linhagens de animais. Considerando a resposta imune humoral, a depleção de células PMN levou à maior produção de anticorpos específicos em animais B10.A (Ig Total, IgG1, IgA e IgG3) e em animais A/J (Ig Total, IgG2a, IgG2b e IgG3). A depleção também alterou o padrão de citocinas pulmonares. Nos animais B10.A-tratados foram encontradas concentrações mais elevadas de IL-12 aos 15 dias e de IL-4 aos 120 dias pós-infecção, em comparação aos animais controle. Níveis de IL-12 significativamente mais altos foram detectados no grupo de animais A/J-depletados aos 7 e 120 dias e o IFN-&#947; foi detectado em níveis mais elevados em todo o curso da doença. Então, a depleção de PMN induz níveis mais altos de anticorpos e um ambiente mais pró-inflamatório no local da infecção. De acordo com esses dados, pudemos verificar que os neutrófilos são células importantes na defesa do hospedeiro à infecção pelo P.brasiliensis. Entretanto, o efeito protetor desta população celular depende do patrimônio genético do hospedeiro e é mais marcante na linhagem susceptível de camundongos. Neste trabalho também investigamos o efeito da depleção in vivo de leucócitos PMN na imunidade adquirida e protetora desenvolvida pela pré-imunização de animais B10.A. Assim, os camundongos foram previamente imunizados pela via s.c., depletados ou não de células PMN e desafiados i.t. com 1 milhão de células leveduriformes. Não foram detectadas diferenças significativas na contagem de fungos viáveis do pulmão, fígado e baço, entre os grupos imunizados tratados ou não com o AcM anti-PMN. A depleção não alterou a produção de anticorpos específicos, porém aumentou significativamente a síntese de IL-3, bem como a reatividade de HTT. Portanto, nossos resultados mostraram que, diferentemente da imunidade natural, os leucócitos PMN não exercem um papel protetor na fase adquirida da resposta imune à infecção com o P.brasiliensis. / Previous studies in our laboratory defined susceptible (B10.A) and resistant (A/J) mice to pulmonary P.brasiliensis infection. To investigate the role of PMN cells in pulmonary PCM, resistant and susceptible mice were depleted in vivo of these cells by intraperitoneal (i.p.) injection of a granulocyte-depleting monoclonal antibody and infected intratracheally (i.t) with one million yeast cells. Control mice received equivalent doses of normal rat IgG. PMN depletion decreased survival times of B10.A, but not of A/J infected mice. When compared with the non-depleted counterparts, resistant mice presented increased fungal loads in the lung only at day 7 after infection. On the contrary, PMN-depleted susceptible mice presented higher number of yeast cells in the lung, liver and spleen at days 7, 15, 30 and 120 after infection than their IgG-treated controls. PMN cells depletion, however, did not alter the DTH reaction developed by both mouse strains. Regarding humoral immune response, PMN cells depletion caused increased production of specific antibodies in B10.A (Total Ig, IgG1, IgA and IgG3) and A/J (Total Ig, IgG2a, IgG2b and IgG3) mice. Levels of pulmonary cytokines were also altered after PMN depletion. B10.A-treated mice presented increased levels of IL-12 and IL-4 at days 15 and 120 post-infection, respective/y. In A/J-depleted mice, augmented levels of IL-12 were detected at days 7 and 120 after infection; IFN-&#947;, however, was produced in higher levels during whole course of infection. Thus, PMN depletion induces higher levels of specific antibodies and enhanced pro-inflammatory milieu at the site of infection. As a whole, our data on PMN depletion at the onset of infection showed that neutrophils are important cells in host defense to P.brasiliensis infection. However, the effect of PMN depletion depends on the genetic background of the host and has a more pronounced effect in the susceptible strain of mice. We have also assessed the effect of in vivo depletion of the leukocytes on the acquired phase of immunity developed by B10.A mice previously immunized by the subcutaneous (s.c.) route were depleted or not of PMN cells and challenged i.t. with one million yeast cells. No differences were detected in the CFU counts in the lung, liver and spleen between untreated and PMN depleted vaccinated mice. PMN depletion also did not alter the production of specific antibodies but enhanced IL-3 synthesis as well as DTH reactivity. In conclusion, our results showed that, differently from natural immunity, PMN cells do not play a protective role in the acquired phase of immune response to P.brasiliensis infection.
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Comportamento da meningite bacteriana neonatal de acordo com o peso de nascimento / Course of neonatal bacterial meningitis according to birth weight

Gleise Aparecida Moraes Costa 15 December 2006 (has links)
A meningite bacteriana no período neonatal é uma doença grave, associada à mortalidade elevada e seqüelas em cerca de 12 a 29% dos sobreviventes. Nos recém-nascidos com peso ao nascimento < 2500 g, o risco de adquirir meningite é três vezes superior àqueles com peso >= 2500 g e, entre neonatos de muito baixo peso (< 1500 g), o risco é 17 vezes maior. Objetivo: Geral: descrever o quadro clínico e as complicações da meningite bacteriana em dois grupos de recém-nascidos, considerados de acordo com o peso de nascimento (= 2500 g). Específico: descrever e comparar os agentes etiológicos, a freqüência de sinais e sintomas neurológicos e de complicações, a mortalidade e a duração do tratamento nos dois grupos. Métodos: Estudo observacional de 87 recém-nascidos com meningite bacteriana, admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 11 anos (janeiro de 1994 a dezembro de 2004). Os dados foram obtidos através da análise de prontuários. Na análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher e teste não paramétrico de Mann Whitney. Resultados: Foram identificadas bactérias no líquor em 39% dos pacientes, sendo 50% bactérias Gram-positivas e 50% Gram-negativas. A maioria dos neonatos apresentou sinais e sintomas inespecíficos: febre (63,2%), irritabilidade (31%), letargia (26,4%). Os achados neurológicos ocorreram em 35,3% dos casos. As complicações ocorreram em 48,2% dos neonatos, principalmente convulsões (23%), hemorragia intracraniana (14,9%) e hidrocefalia (13,8%) com mortalidade de 11,5 %. Na comparação entre evolução clínica e peso de nascimento observou-se associação entre peso >= 2500 g e convulsão (p=0,047), peso >= 2500 g e fontanela abaulada (p=0,019), bactéria no LCR e complicações (p=0,008) e bactéria no LCR e óbitos (p=0,043). Conclusões: Os agentes etiológicos mais freqüentemente identificados no LCR foram as enterobactérias (41%), seguidas de Streptococcus B (17,5%), Streptococcus não B (17,5%), Staphylococcus aureus (11,7%), Neisseria meningitidis (8,8%) e Enterococcus faecalis (3,0%), não havendo diferença entre tipo de bactérias e peso de nascimento. Os sinais e sintomas predominantes foram inespecíficos, com achados neurológicos em 35% dos casos. A freqüência maior de sintomas neurológicos nos recém-nascidos com peso >= 2500 g, sugere maior grau de maturidade do sistema nervoso central nestas crianças. Embora a mortalidade tenha sido inferior à observada em estudos anteriores no mesmo Serviço, a freqüência de complicações foi alta, independentemente do peso de nascimento. A presença de bactéria no LCR associou-se à maior freqüência de convulsões e mortalidade. A necessidade de manutenção do tratamento por tempo mais prolongado nos recém-nascidos de baixo peso sugere maior gravidade da doença neste grupo de neonatos. / Bacterial meningitis in the neonatal period is a severe disease, associated to elevated mortality and sequelae in around 12 to 29% of the survivors. Newborns whose birth weight is < 2,500g have a 3-fold increase in the risk of acquiring meningitis when compared to those whose weight is >= 2,500; among those with very low birth weight (< 1,500g), the risk increases 17-fold. Objectives: General: to describe the clinical picture and the complications of bacterial meningitis in two groups of newborns, considered according to birth weight (< 2,500g or >= 2,500g). Specific: to describe and compare the etiological agents, the frequency of neurological signs and symptoms and complications, mortality rate and duration of treatment in both groups. Methods: Observational study of 87 newborns with bacterial meningitis, admitted at the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of Instituto da Criança of Hospital das Clínicas of the University of São Paulo School of Medicine, during an 11-year period (January 1994 to December 2004). The data were obtained through the analysis of hospital files. Statistical analysis was carried out with Fisher\'s exact test and the non-parametric Mann Whitney test. Results: Bacteria were identified in the cerebrospinal fluid (CSF) of 39% of the patients, with 50% of them being Gram-positive and 50%, Gram-negative. Most neonates presented unspecific signs and symptoms: fever (63.2%), irritability (31%), and lethargy (26.4%). The neurological findings occurred in 35.3% of the cases. Complications occurred in 48.2% of the neonates, and were mainly seizures (23%), intracranial hemorrhage (14.9%) and hydrocephalus (13.8%) with a mortality rate of 11.5%. At the comparison between clinical evolution and birth weight, associations between weight >= 2,500g and seizures (p=0.047), weight >= 2,500g and concave fontanel (p=0.019), bacteria in the CSF and complications (p=0.008) and bacteria in the CSF and death (p=0.043) were observed. Conclusions: The etiological agents most often identified in the CSF were enterobacteria (41%), followed by B Streptococcus (17.5%), non-B Streptococcus (17.5%), Staphylococcus aureus (11.7%), Neisseria meningitidis (8.8%) and Enterococcus faecalis(3.0%), with no statistical difference between the type of bacteria and birth weight. The predominant signs and symptoms were unspecific, with neurological findings in 35% of the cases. The higher frequency of neurological signs and symptoms in newborns with birth weight >= 2,500g suggest a higher degree of central nervous system maturity in these infants. Although the mortality was lower than that observed in previous studies at the same Service, the frequency of complications was high, regardless of birth weight. The presence of bacteria in the CSF was associated to a higher frequency of seizures and mortality. The need for prolonged treatment in newborns with low birth weight suggests higher disease severity in this group of neonates.
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Biomarcador urinário NGAL em pacientes com cirrose: acurácia diagnóstica para predizer desenvolvimento ou progressão da lesão renal aguda e resposta ao tratamento da síndrome hepatorrenal / Urinary biomarker NGAL in patients with cirrhosis: diagnostic accuracy to predict acute kidney injury development or progression and response to therapy of hepatorenal syndrome

Ximenes, Rafael Oliveira 07 April 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum da cirrose frequentemente desencadeada por infecções bacterianas. A mortalidade de pacientes com cirrose e LRA varia de 10 a 100% a depender do estádio da cirrose, etiologia e progressão da LRA e tratamento recebido. Pacientes com LRA que progride possuem mortalidade intra-hospitalar consideravelmente maior do que aqueles que não progridem. Os critérios diagnósticos da LRA baseiam-se na creatinina sérica. Porém, esse biomarcador tem acurácia diagnóstica limitada, já que demora até 48 horas para se alterar e não distingue a etiologia da LRA. Essa última limitação é particularmente importante em pacientes com suspeita de síndrome hepatorrenal (SHR), já que o seu tratamento envolve o uso de medicações de alto custo (albumina e terlipressina) e eficácia limitada. O NGAL (neutrophil gelatinase-associated lipocalin) é um biomarcador de necrose dos túbulos renais e sua dosagem tem sido proposta como marcador diagnóstico mais acurado da LRA na cirrose, pois se altera mais precocemente e seus níveis urinários variam conforme a etiologia e gravidade da LRA. OBJETIVOS: Os objetivos primários do trabalho foram avaliar a acurácia do NGAL urinário para predizer: a) desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR. Os objetivos secundários foram: a) acurácia de marcadores de disfunção hemodinâmica em cirrose (atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica) na predição do desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) acurácia de marcadores de função hepática, parâmetros hemodinâmicos, marcadores inflamatórios e testes laboratoriais de lesão renal tradicionalmente utilizados na prática clínica na predição do desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; c) acurácia de marcadores de disfunção hemodinâmica em cirrose (atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica) na predição de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR; d) acurácia de marcadores de função hepática, parâmetros hemodinâmicos, marcadores inflamatórios e testes laboratoriais de lesão renal tradicionalmente utilizados na prática clínica na predição de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR; e) comparar o conceito tradicional de LRA em cirrose com a nova classificação ICA-AKI para predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; f) acurácia do NGAL para predizer mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cirrose e infecção bacteriana. PACIENTES E MÉTODOS: Critérios de inclusão: a) cirrose; b) ascite e/ou hidrotórax hepático; c) idade maior que 18 anos; d) concordância em participar no estudo; e) LRA e/ou infecção bacteriana. Critérios de exclusão: a) comorbidades graves; b) choque; c) nefropatia intrínseca; d) uso de drogas nefrotóxicas; e) diálise prévia; f) transplante hepático. Foram coletadas amostras de urina para dosagem de NGAL e sangue para dosagem de atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica no momento da inclusão do paciente no estudo. Os pacientes com SHR receberam o tratamento padrão atual com albumina e terlipressina. RESULTADOS: Foram incluídos 199 pacientes: 179 com infecção bacteriana para avaliação de desenvolvimento ou progressão da LRA e 58 com SHR para avaliação da resposta ao tratamento (38 pacientes foram avaliados nas duas partes do estudo). O NGAL urinário apresentou associação com a progressão da LRA (AUC: 0,67; p=0,002), mas não com o seu desenvolvimento (p=0,973). Outras variáveis associadas à progressão da LRA foram INR (p=0,033), MELD (p=0,012), FEUr (p=0,026) e relação proteinúria/creatinina urinária (p=0,023). Houve associação entre NGAL urinário e a resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR (AUC: 0,70; p=0,007). Outras variáveis associadas à resposta ao tratamento da SHR foram INR (p=0,028), MELD (p=0,004) e relação proteinúria/creatinina urinária (p=0,003). Combinando o MELD com o NGAL urinário foi possível identificar subgrupos de pacientes com taxas de resposta ao tratamento com albumina e terlipressina distintas (9,1% x 48,1% x 80,0%, p < 0,001). Tanto o conceito tradicional de LRA na cirrose quanto a classificação ICA-AKI foram capazes de predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias (p < 0,05). O NGAL urinário também foi capaz de predizer mortalidade intra-hospitalar (AUC: 0,71; p < 0,001). CONCLUSÕES: a) NGAL urinário aumentado foi associado à progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica não se correlacionaram ao desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; c) NGAL urinário foi preditor de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR; d) atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica não se correlacionaram à resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR; e) tanto o conceito tradicional de LRA em cirrose quanto a classificação ICA-AKI mostraram-se adequados para predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; f) NGAL urinário aumentado foi associado à maior mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cirrose e infecção bacteriana / INTRODUCTION: Acute kidney injury (AKI) is a frequent complication of cirrhosis, and is often triggered by bacterial infection. The mortality of patients with cirrhosis and AKI varies from 10 to 100%, depending on the stage of cirrhosis, etiology and progression of AKI, and treatment. Patients with AKI that progresses have a higher in-hospital mortality than those with AKI that does not progress. AKI diagnostic criteria are based on serum creatinine. However, this biomarker has limited diagnostic accuracy, taking up to 48 hours to rise, and does not distinguish the etiology of AKI. This latter limitation is particularly important in patients with suspected hepatorenal syndrome (HRS), because treatment involves high cost medication (albumin and terlipressin) with limited efficacy. NGAL (neutrophil gelatinase-associated lipocalin) is a biomarker of renal tubular necrosis which has been proposed as a more accurate AKI biomarker in cirrhosis because it rises earlier than creatinine and its urinary levels vary according to the etiology of AKI. OBJECTIVES: The primary endpoints were the establishment of the accuracy of urinary NGAL to predict: a) development or progression of AKI in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosed HRS. The secondary endpoints were: a) accuracy of biomarkers of hemodynamic dysfunction in cirrhosis (renin plasma activity and serum noradrenaline) to predict AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) accuracy of biomarkers of hepatic function, hemodynamics, inflammation and kidney injury routinely used in clinical practice to predict AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; c) accuracy of biomarkers of hemodynamic dysfunction in cirrhosis (renin plasma activity and serum noradrenaline) to predict response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosis of HRS; d) accuracy of biomarkers of hepatic function, hemodynamics, inflammation and kidney injury routinely used in clinical practice to predict response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosis of HRS; e) compare the traditional definition of AKI in cirrhosis with the new classification ICA-AKI to predict in-hospital, 30-day and 90-day mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection. f) accuracy of urinary NGAL in predicting in-hospital mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection. PATIENTS AND METHODS: Inclusion criteria: a) diagnosis of cirrhosis; b) presence of ascites and/or hepatic hydrothorax; c) age over 18 years old; d) consent to participate in the study; e) AKI and/or bacterial infection. Exclusion criteria: a) severe systemic comorbidities; b) shock; c) intrinsic nephropathy; d) nephrotoxic drug use; e) previous dialysis; f) liver transplantation recipient. Urine and blood samples were collected for urinary NGAL and renin plasma activity and serum noradrenaline measurement at the inclusion. Patients with HRS received standard treatment with albumin and terlipressin. RESULTS: 199 patients were included: 179 with bacterial infection for the analysis of AKI development or progression and 58 with HRS for the analysis of response to treatment (38 patients were analyzed in both parts of the study). Urinary NGAL was associated with AKI progression (AUC: 0.67, p=0.002), but not with AKI development (p=0.973). Other variables associated with AKI progression were INR (p=0.003), MELD (p=0.012), FEUr (p=0.026) and proteinuria/urinary creatinine ratio (p=0.023). There was also an association of urinary NGAL with response to HRS treatment with albumin and terlipressin (AUC: 0.70, p=0.007). Other variables associated with response to HRS treatment were INR (p=0.028), MELD (p=0.004) and proteinuria/urinary creatinine ratio (p=0.003). Combining MELD and urinary NGAL we could identify subgroups of patients with distinct response rates to treatment with albumin and terlipressin (9.1% x 48.1% x 80.0%, p < 0.001). Both the traditional definition of AKI in cirrhosis and the classification ICA-AKI predicted in-hospital, 30-day and 90-day mortality (p < 0.05). Urinary NGAL was also associated with in-hospital mortality (AUC: 0.71, p < 0.001). CONCLUSIONS: a) High urinary levels of NGAL were associated with AKI progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) renin plasma activity and serum noradrenaline were not associated with AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; c) urinary NGAL was associated with response to combined treatment with albumin and terlipressin in patients with HRS; d) renin plasma activity and serum noradrenaline were not associated with response to combined treatment with albumin and terlipressin in patients with HRS; e) both traditional definition ok AKI in cirrhosis and ICA-AKI classification were able to predict in-hospital, 30-day and 90-day mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection; f) high urinary levels of NGAL were associated with in-hospital mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection
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Análise comparativa do processo de invasão de hepatócitos de rato por Listeria monocytogenes e Salmonella Typhimurium: caracterização morfológica, quantificação da liberação de TNF-alfa e da morte celular por apoptose / Comparative analysis of rat hepatocytes invasion process by Listeria monocytogenes and Salmonella Typhimurium: Morphological characterization, quantification of TNF-alpha release and cellular death by apoptosis

Sânia Alves dos Santos 16 February 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Os hepatócitos apresentam papel potencial em iniciar e amplificar a resposta inflamatória aguda no fígado, através da liberação de citocinas pró-inflamatórias, em papel complementar ao exercido pelas células de Kupffer e endoteliais. A invasão bacteriana da célula hepática é um estímulo para que o hepatócito produza citocinas como o TNF-alfa, capaz de induzir sua própria morte por apoptose. O TNF-alfa pode ser tanto um agente citotóxico (induzindo a morte celular), quanto um agente protetor (através da ativação de NF-kB). A morte por apoptose do hepatócito libertaria as bactérias que seriam destruídas pelo sistema imunológico hepático ativado. Salmonella Typhimurium (ST) e Listeria monocytogenes (LM) são patógenos responsáveis por importantes doenças de origem alimentar. O hepatócito é o maior local de replicação bacteriana no fígado. As conseqüências da invasão bacteriana dos hepatócitos e sua repercussão na produção de TNF-alfa e na morte celular necessitam ser melhor xxix avaliadas. MÉTODOS: Nesse estudo procuramos investigar o comportamento dos hepatócitos invadidos por ST e LM sorogrupos 4a, 4b e 1/2a, analisando os seguintes parâmetros: a) morfologia = por microscopia óptica (MO) (hematoxilina e eosina) e por microscopia eletrônica (ME); b) dosagem do TNF-alfa liberado pelos hepatócitos invadidos = o TNF-alfa liberado foi detectado por técnica ELISA no sobrenadante das culturas; c) pesquisa da morte celular por apoptose = avaliada através das técnicas TUNEL e anexina (citometria de fluxo). Para todos os parâmetros foi realizada análise comparativa estatística entre os quatro tipos de bactéria. RESULTADOS: As monocamadas de hepatócitos agredidas por Listeria monocytogenes e Salmonella Typhimurium apresentam ruptura em sua distribuição, e sinais de desorganização citoplasmática e nuclear. Para as bactérias ST, LM 4a, LM 4b e LM 1/2a obtivemos os seguintes valores em seqüência: a) taxa de liberação de TNF-alfa (pg/mL): 146,9±18,38; 94,71±13,89; 94,52±15,66 e 58,16±15,49; b) capacidade de produção de TNF-alfa (pg/mL): -67,20±71,56; -46,49±54,10; -106,3±61,0 e 58,16±15,49; c) taxa de apoptose avaliada por TUNEL em unidade de área (UA): 23,86±1,614; 15,92±0,9343; 21,14±1,421 e 23,93±1,263; d) capacidades de produção de apoptose por TUNEL em UA: -50,67±12,42; 10,81±7,186; - 17,22±10,93 e -40,27±9,712; e) taxas de apoptose por anexina em UA: 12,51±2,052; 23,10±3,481; 26,61±3,414 e 18,57±2,497; f) capacidades de produção de apoptose por anexina em UA: -63,31±15,79; -126,4±26,78; - 142,0±26,26 e -97,75±19,21. CONCLUSÕES: a) ocorre liberação de TNFxxx alfa pelos hepatócitos invadidos, sendo que a Salmonella Typhimurium foi responsável pela maior taxa de liberação de TNF-alfa, e Listeria monocytogenes 4b pela maior capacidade de produção de TNF-alfa; b) ocorre morte por apoptose dos hepatócitos invadidos por bactérias, avaliada através da técnica TUNEL, sendo que Salmonella Typhimurium e Listeria monocytogenes 1/2a foram responsáveis pelas maiores taxas e capacidades de produção de apoptose; c) ocorre morte dos hepatócitos invadidos por apoptose, avaliada através da técnica da anexina, sendo que Listeria monocytogenes 4b foi responsável pelas maiores taxas e capacidades de produção de apoptose; d) os hepatócitos cultivados invadidos pelas bactérias Salmonella Typhimurium e Listeria monocytogenes apresentam alterações morfológicas, com ruptura da distribuição da monocamada, e sinais de desorganização citoplasmática e nuclear / INTRODUCTION: Hepatocytes can play an important role in the initiation or amplification of the hepatic acute inflammatory response, through the release of proinflammatory cytokines. The bacterial invasion of hepatocyte is a stimulus for production of TNF-alpha by these cells, and this phenomenon induces its own death by apoptosis. TNF-alpha is as a cytotoxic agent (inducing cellular death), as a protector agent (through NF-kB activation). The hepatocyte death by apoptosis may release intracellular bacteria that would be destroyed by hepatic immunological system. Salmonella Typhimurium (ST) and Listeria monocytogenes (LM) are important foodborne pathogens. The hepatocyte is the major site of bacterial replication in the liver. The consequences of hepatocytes bacterial invasion must be better evaluated. METHODS: In the present work we show the behavior of hepatocytes invaded by ST and LM serotypes 4a, 4b and 1/2a, through: a) morphology = by optic microscopy (OM) (hematoxylin-eosin staining) and electronic microscopy (EM); b) quantification of TNF-alpha released by hepatocytes = TNF-alpha released was determined by ELISA in culture supernatants; c) evaluation of apoptotic cell death by TUNEL and annexin techniques (flow cytometry). For all parameters were made a statistical comparative analysis among the four types of bacteria. RESULTS: The hepatocytes monolayers invaded by LM and ST presented ruptures in your organization, and signs of nuclear and cytoplasmic disorder. For the bacteria ST, LM 4a, LM 4b and LM 1/2a we obtained the following values respectively: a) rate of TNF-alpha released (pg/mL): 146,9±18,38; 94,71±13,89; 94,52±15,66 and 58,16±15,49; b) capacities of TNF-alpha production (pg/mL): -67,20±71,56; -46,49±54,10; -106,3±61,0 and 58,16±15,49; c) rate of apoptosis by TUNEL in unit of area (UA): 23,86±1,614; 15,92±0,9343; 21,14±1,421 and 23,93±1,263; d) capacities of apoptosis production by TUNEL in UA: -50,67±12,42; 10,81±7,186; - 17,22±10,93 and -40,27±9,712; e) rate of apoptosis by annexin in UA: 12,51±2,052; 23,10±3,481; 26,61±3,414 and 18,57±2,497; f) capacities of apoptosis production by annexin in UA: -63,31±15,79; -126,4±26,78; - 142,0±26,26 and -97,75±19,21. CONCLUSIONS: a) ST was responsible for the major rate of TNF-alpha released and LM 4b was responsible for the major capacity of TNF-alpha production; b) ST and LM 1/2a caused the major rates and capacities of apoptosis,production, evaluated by TUNEL technique; c) LM 4b was responsible for the major rates and capacities of apoptosis production, evaluated by annexin technique; d) the cultured hepatocytes invaded by bacteria ST and LM presented morphological alterations, with monolayer rupture, and signs of nuclear and cytoplasmic disorder
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Biomarcador urinário NGAL em pacientes com cirrose: acurácia diagnóstica para predizer desenvolvimento ou progressão da lesão renal aguda e resposta ao tratamento da síndrome hepatorrenal / Urinary biomarker NGAL in patients with cirrhosis: diagnostic accuracy to predict acute kidney injury development or progression and response to therapy of hepatorenal syndrome

Rafael Oliveira Ximenes 07 April 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum da cirrose frequentemente desencadeada por infecções bacterianas. A mortalidade de pacientes com cirrose e LRA varia de 10 a 100% a depender do estádio da cirrose, etiologia e progressão da LRA e tratamento recebido. Pacientes com LRA que progride possuem mortalidade intra-hospitalar consideravelmente maior do que aqueles que não progridem. Os critérios diagnósticos da LRA baseiam-se na creatinina sérica. Porém, esse biomarcador tem acurácia diagnóstica limitada, já que demora até 48 horas para se alterar e não distingue a etiologia da LRA. Essa última limitação é particularmente importante em pacientes com suspeita de síndrome hepatorrenal (SHR), já que o seu tratamento envolve o uso de medicações de alto custo (albumina e terlipressina) e eficácia limitada. O NGAL (neutrophil gelatinase-associated lipocalin) é um biomarcador de necrose dos túbulos renais e sua dosagem tem sido proposta como marcador diagnóstico mais acurado da LRA na cirrose, pois se altera mais precocemente e seus níveis urinários variam conforme a etiologia e gravidade da LRA. OBJETIVOS: Os objetivos primários do trabalho foram avaliar a acurácia do NGAL urinário para predizer: a) desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR. Os objetivos secundários foram: a) acurácia de marcadores de disfunção hemodinâmica em cirrose (atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica) na predição do desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) acurácia de marcadores de função hepática, parâmetros hemodinâmicos, marcadores inflamatórios e testes laboratoriais de lesão renal tradicionalmente utilizados na prática clínica na predição do desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; c) acurácia de marcadores de disfunção hemodinâmica em cirrose (atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica) na predição de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR; d) acurácia de marcadores de função hepática, parâmetros hemodinâmicos, marcadores inflamatórios e testes laboratoriais de lesão renal tradicionalmente utilizados na prática clínica na predição de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com diagnóstico estabelecido de SHR; e) comparar o conceito tradicional de LRA em cirrose com a nova classificação ICA-AKI para predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; f) acurácia do NGAL para predizer mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cirrose e infecção bacteriana. PACIENTES E MÉTODOS: Critérios de inclusão: a) cirrose; b) ascite e/ou hidrotórax hepático; c) idade maior que 18 anos; d) concordância em participar no estudo; e) LRA e/ou infecção bacteriana. Critérios de exclusão: a) comorbidades graves; b) choque; c) nefropatia intrínseca; d) uso de drogas nefrotóxicas; e) diálise prévia; f) transplante hepático. Foram coletadas amostras de urina para dosagem de NGAL e sangue para dosagem de atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica no momento da inclusão do paciente no estudo. Os pacientes com SHR receberam o tratamento padrão atual com albumina e terlipressina. RESULTADOS: Foram incluídos 199 pacientes: 179 com infecção bacteriana para avaliação de desenvolvimento ou progressão da LRA e 58 com SHR para avaliação da resposta ao tratamento (38 pacientes foram avaliados nas duas partes do estudo). O NGAL urinário apresentou associação com a progressão da LRA (AUC: 0,67; p=0,002), mas não com o seu desenvolvimento (p=0,973). Outras variáveis associadas à progressão da LRA foram INR (p=0,033), MELD (p=0,012), FEUr (p=0,026) e relação proteinúria/creatinina urinária (p=0,023). Houve associação entre NGAL urinário e a resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR (AUC: 0,70; p=0,007). Outras variáveis associadas à resposta ao tratamento da SHR foram INR (p=0,028), MELD (p=0,004) e relação proteinúria/creatinina urinária (p=0,003). Combinando o MELD com o NGAL urinário foi possível identificar subgrupos de pacientes com taxas de resposta ao tratamento com albumina e terlipressina distintas (9,1% x 48,1% x 80,0%, p < 0,001). Tanto o conceito tradicional de LRA na cirrose quanto a classificação ICA-AKI foram capazes de predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias (p < 0,05). O NGAL urinário também foi capaz de predizer mortalidade intra-hospitalar (AUC: 0,71; p < 0,001). CONCLUSÕES: a) NGAL urinário aumentado foi associado à progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; b) atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica não se correlacionaram ao desenvolvimento ou progressão da LRA em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; c) NGAL urinário foi preditor de resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR; d) atividade plasmática de renina e noradrenalina sérica não se correlacionaram à resposta ao tratamento combinado com albumina e terlipressina em pacientes com SHR; e) tanto o conceito tradicional de LRA em cirrose quanto a classificação ICA-AKI mostraram-se adequados para predizer mortalidade intra-hospitalar, em 30 e 90 dias em pacientes com cirrose e infecção bacteriana; f) NGAL urinário aumentado foi associado à maior mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cirrose e infecção bacteriana / INTRODUCTION: Acute kidney injury (AKI) is a frequent complication of cirrhosis, and is often triggered by bacterial infection. The mortality of patients with cirrhosis and AKI varies from 10 to 100%, depending on the stage of cirrhosis, etiology and progression of AKI, and treatment. Patients with AKI that progresses have a higher in-hospital mortality than those with AKI that does not progress. AKI diagnostic criteria are based on serum creatinine. However, this biomarker has limited diagnostic accuracy, taking up to 48 hours to rise, and does not distinguish the etiology of AKI. This latter limitation is particularly important in patients with suspected hepatorenal syndrome (HRS), because treatment involves high cost medication (albumin and terlipressin) with limited efficacy. NGAL (neutrophil gelatinase-associated lipocalin) is a biomarker of renal tubular necrosis which has been proposed as a more accurate AKI biomarker in cirrhosis because it rises earlier than creatinine and its urinary levels vary according to the etiology of AKI. OBJECTIVES: The primary endpoints were the establishment of the accuracy of urinary NGAL to predict: a) development or progression of AKI in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosed HRS. The secondary endpoints were: a) accuracy of biomarkers of hemodynamic dysfunction in cirrhosis (renin plasma activity and serum noradrenaline) to predict AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) accuracy of biomarkers of hepatic function, hemodynamics, inflammation and kidney injury routinely used in clinical practice to predict AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; c) accuracy of biomarkers of hemodynamic dysfunction in cirrhosis (renin plasma activity and serum noradrenaline) to predict response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosis of HRS; d) accuracy of biomarkers of hepatic function, hemodynamics, inflammation and kidney injury routinely used in clinical practice to predict response to treatment with albumin and terlipressin in patients with diagnosis of HRS; e) compare the traditional definition of AKI in cirrhosis with the new classification ICA-AKI to predict in-hospital, 30-day and 90-day mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection. f) accuracy of urinary NGAL in predicting in-hospital mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection. PATIENTS AND METHODS: Inclusion criteria: a) diagnosis of cirrhosis; b) presence of ascites and/or hepatic hydrothorax; c) age over 18 years old; d) consent to participate in the study; e) AKI and/or bacterial infection. Exclusion criteria: a) severe systemic comorbidities; b) shock; c) intrinsic nephropathy; d) nephrotoxic drug use; e) previous dialysis; f) liver transplantation recipient. Urine and blood samples were collected for urinary NGAL and renin plasma activity and serum noradrenaline measurement at the inclusion. Patients with HRS received standard treatment with albumin and terlipressin. RESULTS: 199 patients were included: 179 with bacterial infection for the analysis of AKI development or progression and 58 with HRS for the analysis of response to treatment (38 patients were analyzed in both parts of the study). Urinary NGAL was associated with AKI progression (AUC: 0.67, p=0.002), but not with AKI development (p=0.973). Other variables associated with AKI progression were INR (p=0.003), MELD (p=0.012), FEUr (p=0.026) and proteinuria/urinary creatinine ratio (p=0.023). There was also an association of urinary NGAL with response to HRS treatment with albumin and terlipressin (AUC: 0.70, p=0.007). Other variables associated with response to HRS treatment were INR (p=0.028), MELD (p=0.004) and proteinuria/urinary creatinine ratio (p=0.003). Combining MELD and urinary NGAL we could identify subgroups of patients with distinct response rates to treatment with albumin and terlipressin (9.1% x 48.1% x 80.0%, p < 0.001). Both the traditional definition of AKI in cirrhosis and the classification ICA-AKI predicted in-hospital, 30-day and 90-day mortality (p < 0.05). Urinary NGAL was also associated with in-hospital mortality (AUC: 0.71, p < 0.001). CONCLUSIONS: a) High urinary levels of NGAL were associated with AKI progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; b) renin plasma activity and serum noradrenaline were not associated with AKI development or progression in patients with cirrhosis and bacterial infection; c) urinary NGAL was associated with response to combined treatment with albumin and terlipressin in patients with HRS; d) renin plasma activity and serum noradrenaline were not associated with response to combined treatment with albumin and terlipressin in patients with HRS; e) both traditional definition ok AKI in cirrhosis and ICA-AKI classification were able to predict in-hospital, 30-day and 90-day mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection; f) high urinary levels of NGAL were associated with in-hospital mortality in patients with cirrhosis and bacterial infection
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Caracterização de Escherichia coli uropatogênicas isoladas de crianças com infecção urinária. / Characterization of uropathogenic Escherichia coli isolated from children with urinary infection.

Silvio Marciano da Silva Junior 22 May 2012 (has links)
Infecção do Trato Urinário (ITU) é o segundo tipo de infecção bacteriana mais comum em crianças. Nesse estudo amostras de urina de 6012 pacientes pediátricos foram analisadas, a prevalência de ITU foi determinada, os uropatógenos foram identificados e o perfil antimicrobiano dos mesmos foi determinado. Os resultados mostraram que a prevalência de ITU varia de acordo com o sexo e a idade do paciente. Bactérias Gram-negativas foram responsáveis por 89 % de todos os casos de ITU e Escherichia coli foi a espécie mais prevalente. Os uropatógenos foram resistentes a ampicilina 63 %, a nitrofurantoina 37 % e ao trimethoprim-sulfamethoxazole 28 %. Todavia, 99 % deles foram sensíveis a cefalexina e 96 % ao cloranfenicol. Resultados obtidos com a caracterização de 90 isolados de E. coli, mostraram que todas as amostras foram positivas para os marcadores fimA e fimH, 53 % para pap, 32 % para sfa, 10 % para o marcador genético da toxina pic e 29 % foram capazes de produzir hemolisina-a. Esses isolados se distribuíram entre os grupos filogenéticos da seguinte maneira: B2 42 %, D 25 %, A 21 % e B1 11 %. Dessas amostras 19 % não foram tipáveis (ONT), 15,56 % pertenceram ao sorogrupo O2 e 12,22 % aos sorogrupos O6 e OR. A maioria dos isolados de E. coli aderiu às células epiteliais, poliestireno e PVC. / Urinary Tract Infection (UTI) is the second most common type of bacterial infection in children. In this study, 6012 urine samples from pediatric patients were analyzed, the prevalence of UTI was determined, the uropathogens were identified and their antimicrobial profile was determined. The results have shown that the prevalence of UTI varies according to the sex and age of the patient. Gram negative bacteria were responsible for 89 % of all cases of UTI and E. coli was the most prevalent species. The uropathogens were resistant to: ampicillin 63 %, nitrofurantoin 37 % and trimethoprim-sulfamethoxazole 28 %. However, 99 % of them were sensitive to cephalexin and 96 % to chloramphenicol. Results obtained with the characterization of 90 isolates of E. coli showed that all of them were positive for fimA and fimH, 53 % were positive for pap, 32 % were positive for sfa, 10 % were positive for the genetic marker of pic and 29 % were able to produce hemolysin-a. These isolates were distributed between the phylogenetic groups as follows: B2 42 %, D 25 %, A 21 % and B1 11 %. Nineteen percent of these samples were untypeable (ONT), 15.56 % belonged to O2 serogroup and 12,22 % belonged to the O6 and OR serogroups. Most E. coli isolates were able to adhere to epithelial cells, polystyrene and PVC.
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Avaliação da resposta inflamatória e da resposta imune inata na célula apresentadora de antígeno em recém-nascidos de termo sepse tardia / Inflammatory and innate immune response in antigen-presenting cell from term newborn with late onset sepsis

Redondo, Ana Carolina Costa 25 November 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Apesar do contínuo progresso no tratamento e suporte clínico a sepse continua sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade nas unidades de terapia intensiva, com desfechos semelhantes ao longo dos últimos 50 anos. A suscetibilidade à infecção grave no recém-nascido é parcialmente devida à imaturidade do sistema imune inato associado à mínima em exposição antigênica in utero e à ação ineficaz das células T efetoras e das célula B. Embora a ativação do sistema imune inato por padrões de reconhecimento (PRR) como os dos receptores Toll-like (TLR) tenham sua importância amplamente reconhecida nos últimos anos, seu comportamento frente a uma infecção in vivo ainda não foi completamente compreendido. Neste trabalho nós analisamos a expressão dos TLR-2 e TLR-4 em células apresentadoras de antígeno em recém-nascidos com e sem sepse. CAUSUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo prospectivo realizado no período entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2013 onde foram incluídos quarenta e cinco recém-nascidos a termo, sem malformação congênita, admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Instituto da Criança-HCFMUSP e divididos em grupos 1 e 2. O grupo 1 consistiu em 27 recém-nascidos com diagnóstico clínico e laboratorial de sepse tardia enquanto que o grupo 2 foi composto por 18 recém-nascidos sem quadro séptico vigente. As citocinas foram determinadas por teste de CBA em sangue periférico. A expressão e MFI dos TLR-2 e TLR-4 foi determinado por imunofenotipagem em APCs e linfócitos no sangue periférico total através de análise pelo citômetro de fluxo BD FACSDiva. RESULTADOS: Os dados clínicos foram semelhantes entre os grupos 1 e 2, exceto para o estado infeccioso. Microrganismos foram identificados em 37 % no grupo 1 e estes tiveram níveis mais elevados de citocinas pró-inflamatórias (IL-8, IL-6, IL-1beta) e de citocina anti-inflamatória (IL-10). Nas células dendríticas, a expressão de TLR-2 e 4 foi semelhante entre os grupos enquanto que houve menor expressão nos pacientes infectados da molécula co-estimuladora CD86 (p < 0,05) e expressão semelhante de CD1a e CD80 em relação aos RN não infectados. No monócito, o MFI para TLR-2 e a freqüência de expressão do TLR-4 foi maior no grupo 1 (p = 0,01). Apesar da frequência de linfócitos totais ter sido mais baixa no grupo 1 (p = 0,002), não foi observada diferença quanto as suas subpopulações exceto em relação a maior frequência de LT efetor no grupo infectado com menor expressão da molécula CD28. Houve maior frequência de LB ativados no grupo 1 enquanto que a população total e as demais subpopulações foram semelhantes em número, moléculas de ativação e na expressão dos TLR-2 e 4 em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Este estudo analisou a resposta imune inata no recém-nascido com e sem sepse. As IL-6, IL-8 e IL-10 foram bons indicadores desta doença. Recém-nascidos sépticos, que dependem quase exclusivamente do sistema imune inato, apresentaram pouca resposta in vivo na ativação de células dendríticas e monócitos propiciando uma resposta imune deficiente e maior susceptibilidade à infecção / INTRODUCTION: Despite continuous progress in the clinical treatment and other supportive care therapies, sepsis remains a leading cause of morbidity and mortality in the intensive care unit with similar outcome throughout the past 50 years. The susceptibility to severe infection is partially due to newborn immature innate immune system associated to minimal in utero antigen exposure and effector T and B cell impaired function. Although the importance of pattern recognition domains such as Toll-like receptors (TLR) in the innate immune system activation has been fully acknowledged within the last few years its behavior in front of an in vivo infection scenario is still not completely understood. Here we analyzed the TLR-2 and TLR-4 expression in antigen-presenting cell in healthy and septic newborns. PATIENTS AND METHODS: This prospective study was conducted during the period from February 2011 until January 2013 at Sao Paulo University, Sao Paulo, Brazil. Forty-five term newborns without congenital malformation were included from the Newborn Intensive Care Unit at Children\'s Hospital. As group 1, 27 newborns who had clinical and laboratory diagnostic of late onset sepsis were included while 18 newborns were evaluated in a non-septic status and were included at group 2. Cytokines were measured by cytometric bead array in peripheral blood. TLR-2 and TLR-4 expression and MFI were determined by immunophenotyping at peripheral whole blood in APC cells and lymphocytes and analyzed on a BD FACSDiva flow cytometer. RESULTS: Clinical data was similar between septic and non-septic groups except for the infectious status. Group 1 had microorganisms identified in 37 % septic newborns associated with higher levels of pro-inflammatory (IL-8, IL-6, IL-1beta) and anti-inflammatory interleukins (IL-10). When it comes to dendritic cells, the expression of TLR-2 and 4 was similar between groups whereas there was lower expression of co-molecule CD86 (p < 0,05) and similar expression of CD1a and CD80 between infected and non-infected patients. At monocytes, the MFI for TLR-2 and the frequency of TLR-4 expression was higher in infected newborn (p=0,01). There were lower levels of total lymphocytes in infected patients (p=0,002) but no difference was observed in T cells subtypes frequency except for higher levels of effector T cell in infected group with lower expression of CD28 molecule. Group 1 had higher levels of activated B cell whereas total population and the other subsets were similar in number, activation molecules and TLR-2 and 4 expressions in both groups. CONCLUSION: This study investigated the innate immune response in septic and non-septic newborn. Interleukin levels 6, 8 and 10 were good indicators of sepsis. Septic newborns, which count most exclusively with innate immune system, had little in vivo response at dendritic cell and monocyte activation leading to an impaired immune response and increased susceptibility to infection

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