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Interfaces: educação especial & seguridade socialSILVA, A. M. C. S. 10 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-10 / Com a Constituição da República Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas políticas públicas de educação e seguridade social uma construção e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benefício de Prestação Continuada na Escola, que atende pessoas com deficiência de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as políticas públicas da educação especial e da seguridade social. São objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das políticas públicas sociais educação especial e seguridade social no que se refere à garantia de direitos à educação de crianças com deficiência ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no município de Vitória, Estado do Espírito Santo; identificar como se configuram as interdependências entre profissionais da educação especial e da seguridade social e os familiares (pais ou responsáveis) dessas crianças perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as instituições de educação e da seguridade social e suas implicações para a inclusão escolar das crianças com deficiência ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educação e da seguridade social lançam perspectivas para os processos de inclusão escolar e estabelecem diálogo com a família acerca da educação dessas crianças. Esta é uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados empíricos e bibliográficos, na qual foram sujeitos: mães de três crianças de três Centros Municipais de Educação Infantil de Vitória; professoras da sala de atividades e de educação especial, pedagogas e diretoras; técnicos das Secretarias Municipais de Vitória: Educação, Saúde e Assistência Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As técnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o diário de itinerância. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiogravação de entrevistas e de grupos focais e anotações em diário de itinerância. Os dados foram organizados em cinco categorias de análise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdependência e configuração, relação de poder estabelecidos e outsiders , processos sociais e relação entre sociedade e Estado (balança do poder) contribuíram para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de mecanismos de articulação entre os diversos setores envolvidos nos processos educacionais das crianças de zero a cinco anos, com deficiência ou Transtorno Global do Desenvolvimento, no município de Vitória. Revelam, ainda, uma inconsistência de fluxos de referência e contrarreferência e lacunas na dimensão técnica e operativa para as interfaces das políticas públicas intersetoriais com práticas profissionais que cumpram o papel político conforme outorga a legislação federal e municipal. As considerações se ampliam para discussões entre o instituído e o instituinte políticas públicas e práticas profissionais que priorizem a efetivação da intersetorialidade diante das demandas do público investigado com vista à garantia dos direitos de acesso a uma educação de qualidade.
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Análise dos princípios da programação da saúde no Projeto Municípios Saudáveis no Nordeste do Brasil: a experiência de Sairé - PEMEDEIROS, Pollyanna Fausta Pimentel de 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Este trabalho teve como objetivo analisar como o Projeto Municípios Saudáveis do
Nordeste do Brasil, em Sairé, coloca em prática a Promoção da Saúde, através dos
pilares da intersetorialidade e da participação social. Foram realizadas entrevistas
semi-estruturadas com os gestores municipais e estaduais, representantes das
comunidades do município e equipe técnica do órgão executor do projeto, as quais
foram analisadas por meio de análise de conteúdo. A partir da abordagem
qualitativa, pôde-se identificar que os entrevistados tinham entendimento sobre a
participação social como uma ação realizada através de interação e mobilização em
conjunto, com pessoas com um objetivo em comum; e que também se configura
como uma questão de afirmação da cidadania. O entendimento sobre a
intersetorialidade apontou para a capacidade de trabalhar em conjunto com vários
setores e/ou grupos de pessoas, com o objetivo de minimizar os problemas sociais.
A implementação do Projeto Municípios Saudáveis no Nordeste do Brasil em Sairé
não constitui uma tarefa fácil, é um aprendizado permanente e um processo em
constante construção. Além disso, a complexidade da realidade social exige vários
olhares, diversas maneiras de abordagem, aglutinando saberes e práticas para o
entendimento e a construção integrada de soluções que garantam à população uma
vida de melhor qualidade, de maneira participativa e intersetorial. Identificou-se a
promoção da saúde em horizontalidade entre os campos de saberes envolvidos;
fortalecimento teórico-prático no campo do desenvolvimento local; articulação de
diversas instâncias relacionadas às áreas Universidade, Governo, cooperação
internacional, profissionais e comunidade. Apesar da repercussão positiva, o projeto
apresenta limites, e estes residem no entendimento de que a participação social e a
intersetorialidade são pilares fundamentais para a sustentabilidade do Projeto
Município Saudável em Sairé e que é preciso ampliar e recriar possibilidades de
agregação desses valores junto à comunidade
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Promoção da Saúde: o olhar do gestores sobre o Projeto Municípios Saudáveis no Nordeste do BrasilPaula de Melo, Ana 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / INTRODUÇÃO: A Promoção da Saúde é um campo que pode contribuir com a ruptura entre as
velhas e novas práticas em saúde através de uma renovação do pensamento sanitário
contemporâneo, fornecendo elementos para a transformação do Status Quo e para a produção de
sujeitos autônomos e socialmente solidários. Com esta visão o Projeto Municípios Saudáveis no
Nordeste do Brasil (PMSNB) é desenvolvido em cinco municípios de PE - Bonito, Sairé, Barra
de Guabiraba, São Joaquim do Monte e Camocim de São Félix e seu objetivo direto seria
estabelecer mecanismos de articulação e implantação conjunta da proposta entre a população e o
poder público numa cooperação intersetorial dentro do estado mediante a democracia e
participação popular. OBJETIVO: Conhecer a visão, sobre a Promoção da Saúde e os pilares da
Intersetorialidade e Participação Social nos municípios que fazem parte do PMSNB, a partir do
olhar dos secretários municipais. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa qualitativa nos
cinco municípios que fazem parte do projeto. Os dados foram coletados através de entrevistas
semi-estruturadas com 18 secretários municipais das Secretarias de Saúde, Educação, Ação
Social, Turismo, Administração, Agricultura, Transportes e Obras dos cinco municípios,
atendendo a critérios de inclusão pré-estabelecidos. Foi utilizada como técnica a Análise de
Conteúdo do tipo Temática para avaliar o discurso dos secretários. RESULTADOS: De uma
maneira geral, os secretários municipais, conceberam a Promoção da Saúde, enquanto conceito,
como um instrumento para mudança no modelo de desenvolvimento, que envolve questões
econômicas, sociais, políticas e culturais. Estão empenhados na construção de redes, na
articulação entre os setores, na união entre poder público e sociedade civil e na sustentabilidade
das ações. Os secretários municipais que não participavam do projeto "Municípios Saudáveis"
apresentaram visão restrita acerca da Intersetorialidade e da Participação Social. Já os sujeitos
que participavam ativamente como interlocutores atuantes no projeto, informaram que durante a
realização da proposta mudaram a sua visão sobre os mecanismos necessários para melhorar a
qualidade de vida local e compreendiam a Intersetorialidade como uma forma de integração entre
setores e a Participação como um mecanismo para desenvolver o empowerment dos sujeitos e
coletividades. CONCLUSÃO: A diferença das concepções, do envolvimento e da atuação indica
a necessidade de ampliar a participação dos secretários e de planejar mais atividades intersetoriais
para os gestores locais nos municípios estudados. Ao mesmo tempo, verificou-se que a grande
mudança de comportamento e visão daqueles que se envolveram com a proposta, demonstra a
efetividade das ações desenvolvidas nos últimos quatro anos em cada um dos municípios
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Serviço social e intersetorialidade: a contribuição dos assistentes sociais para a construção da intersetorialidade no cotidiano do Sistema Único de SaúdeDalva Horácio da Costa, Maria 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Este trabalho objetiva refletir sobre a contribuição do Serviço Social para a
construção da intersetorialidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
enquanto política de seguridade social. E, particularmente, identificar as demandas,
desafios ao Serviço Social no campo da intersetorialidade; descrever atividades,
categorizar conteúdo das ações, estratégias de caráter intersetorial realizadas pelos
assistentes sociais, e apreender seu significado e potencial para a construção de
práticas moldadas pela intersetorialidade, considerando-a diretriz estratégica para a
consolidação do SUS na perspectiva do Projeto da Reforma Sanitária Brasileira
(RSB). A pesquisa resultou da combinação entre pesquisa bibliográfica, documental
e pesquisa de campo, a qual foi estruturada com cinco Grupos Focais, compostos
por assistentes sociais integrantes das equipes de Serviço Social que trabalham em
unidades de serviços públicos de saúde localizadas em Nata-RN, com maior
concentração de assistentes sociais. Assim, contemplou profissionais do complexo
de saúde da UFRN, dos Hospitais da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN
(SESAP/RN), Unidades de Pronto Atendimento e Maternidades da Secretaria de
Municipal de Saúde de Natal (SMS/Natal), Programa de Internação Domiciliar (PID).
Conclui-se que o conceito ampliado de saúde e as abordagens sobre os
determinantes e condicionantes da saúde não têm sido incorporados ao
planejamento em saúde. Igualmente, a intersetorialidade não constitui diretriz na
formulação/execução da política de saúde, reduzindo-se a ações emergenciais e
improvisadas, não consideradas como objeto de atuação da maioria dos
profissionais de saúde. Dessa forma, vem sendo assumida pelos assistentes sociais,
como atividade e não como diretriz estratégica. Em geral, se caracterizam como
articulações realizadas junto a outros serviços e políticas sociais, com forte ênfase
na Assistência Social, sob a forma de providências para obtenção de alimentos
(refeições e cestas básicas), moradia (vagas em casa-abrigo, casas de apoio,
inclusão em programas habitacionais), inclusão no Programa Bolsa Família,
transporte social, etc. No geral, trata-se de mediações que respondem às diversas
necessidades relacionadas à recuperação da saúde, uma vez que a política de
saúde ainda se concentra na atenção curativa individual. Embora sejam relevantes e
rotineiras, constituem atividades executadas como ações circunstanciais e
improvisadas, tratadas como casos, sem problematizá-las e sistematizá-las como
objeto profissional. Porém, ainda que as respostas dadas pelo Serviço Social não
constituam ações planejadas, têm funcionado como a mais permanente articulação
entre o SUS e as demais políticas sociais, especialmente as integrantes do Sistema
de Seguridade Social. Dessa forma, no atual contexto do SUS, ainda que necessite
apropriar-se conceitual e teoricamente, o Serviço Social tem acumulado experiência
e desenvolvido habilidades táticas/operacionais com potencial para contribuir para a
construção de práticas moldadas pela intersetorialidade
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Dilemas da intersetorialidade na política de assistência social em tempos de SUASNascimento, Élida Maria Oliveira do 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo discute a intersetorialidade enquanto processo de gestão dos programas de
assistência social no município do Recife, no âmbito de implementação do Sistema Único de
Assistência Social SUAS. No contexto de perda dos padrões de proteção social, esta política
ao mesmo tempo em que se propõe a garantir o mínimo ao conjunto da população excluída do
mercado de trabalho (por meio de políticas extremamente compensatórias, seletivas e
focalizadas), também sugere que as propostas de enfrentamento às múltiplas expressões da
questão social desenvolvam-se através de convergência e integração entre ações do
conjunto de políticas públicas. Desta forma, nos indagamos de que forma a intersetorialidade,
enquanto estratégia de gestão é implementada diante do jogo de poder exercido em âmbito
local, propondo como objeto de estudo o PAIF Programa de Atenção Integral à Família.
Mediante o conceito ampliado de Estado, a análise se desdobra nas relações assumidas pelo
governo e pela atuação da sociedade civil no conjunto de ações socioassistenciais que
materializam a política de assistência social enquanto política pública, conforme demarcam a
LOAS, a PNAS, a NOB/SUAS e a NOB/SUAS RH. No nosso entendimento, as fragilidades e
dificuldades de relacionamento e articulação entre os serviços socioassistenciais no SUAS
engendram-se na dinâmica da sociedade capitalista em face, particularmente, às estratégias
neoliberais e às tendências contemporâneas de contra-reforma do Estado. Essa pesquisa
exigiu a utilização de recursos metodológicos como observação, pesquisa documental e
bibliográfica e análise de conteúdo. Executados na esfera municipal, os serviços, programas,
projetos e benefícios de assistência social são pautados pelas proteções sociais básica e
especial, que segundo o universo de pesquisa operacionalizam-se por meio de parcerias inter e
intra-institucionais que apontam, especialmente, para insuficiente relação junto às redes de
serviços sociais públicos delineadas, sobretudo, territorialmente
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A intersetorialidade das políticas sociais na urbanização de favelas: uma possibilidade para a concretização do direito à cidade?Oliveira, Priscila Beralda Moreira de 13 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation had as study object the intersect lines of the social politics in the urbanization of slum as full potential element of the right to the city. The inquiry centered in the existing limits for a articulated performance of the social politics in the urbanization of the Slum Shot to the Pigeon with focus in the Plan of the Social Work, having as central idea to analyze if the social politics of urbanization of slums, together with excessively social politics presents in the territory face the socio-territorial inequalities and materialize the right to the city, being this one of the objectives of the Habitation Politics.The methodology enclosed bibliographical research, documentary research, field research by means of interviews with coordinator of the urbanization project, social technical team and resident of the area. For understanding of our object of study, we work, with a conceptual referential that it enclosed, beyond the concept intersect lines, the concepts of territory and right to the city. The research evidenced that the intersect lines management is not a reality in the urbanization project, does not exist actions articulated with excessively the social politics, keeping the fragmented and focused performance. For the citizens of the research, actions articulated between the different social politics would become the attendance the families most effective, however, to become a reality, it needs to be a line of direction for the work, becoming the urbanization of determined area responsibility of all the politics, what it would provide a full potential to the intervention and the possibilities, so that the right to the city would be accomplished. To think intersect line still is a great challenge, is a process that demands learning mainly and good will politic from de governments and publics managers. The management of intersect line needs to be considered as presupposes for the urbanization of slums, being basic to face the poverty situations, making possible that segregated areas pass to integrate to the totality of the city / A presente dissertação teve como objeto de estudo a intersetorialidade das políticas sociais na urbanização de favelas como elemento potencializador do direito à cidade. A investigação centrou-se nos limites existentes para uma atuação articulada das políticas sociais na urbanização da Favela Tiro ao Pombo com foco no Plano do Trabalho Social, tendo como idéia central refletir se a política social de urbanização de favelas, juntamente com as demais políticas sociais presentes no território, enfrentam as desigualdades socioterritorias e concretizam o direito à cidade, sendo esse um dos objetivos da Política Habitacional. A metodologia abrangeu pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo por meio de uma entrevistas com coordenadora do projeto de urbanização, técnicas sociais e moradores da área. Para compreensão do nosso objeto de estudo, trabalhamos, com um referencial conceitual que abrangeu, além do conceito intersetorialidade, os conceitos de território e de direito à cidade. A pesquisa evidenciou que a gestão intersetorial não é uma realidade no projeto de urbanização, não existe ações articuladas com as demais políticas sociais, mantendo a atuação fragmentada e focalizada. Para os sujeitos da pesquisa, ações articuladas entre as diferentes políticas sociais tornaria o atendimento as famílias mais efetivo, porém, para se tornar uma realidade, precisa ser uma diretriz para o trabalho, tornando a urbanização de determinada área responsabilidade de todas as políticas, o que potencializaria a intervenção e as possibilidades para que o direito à cidade se efetivasse. Pensar intersetorialidade ainda é um grande desafio, é um processo que exige aprendizagem e principalmente vontade política dos governantes e gestores públicos. A gestão intersetorial precisa ser pressuposto para a urbanização de favelas, sendo fundamental no enfrentamento das situações de pobreza , possibilitando que áreas segregadas passem a se integrar à totalidade da cidade
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A intersetorialidade como requisito para construção de uma cidade saudável : política de saneamento e de saúde no Recife (gestão 2001/2004) : estudo de casoFreires Galindo, Evania January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No início do século XXI, o quadro urbano brasileiro caracteriza-se pela baixa
qualidade de vida e pela falta de sustentabilidade das cidades, traduzidas em
deficientes condições de habitabilidade, que repercute diretamente sobre as
condições de saúde e de vida da população. Apesar de existir uma estreita relação
entre condições de salubridade do ambiente e mecanismos de determinação do
processo saúde-doença, a lógica da gestão - predominantemente verticalizada,
setorial e dicotômica - constitui um entrave ao desenvolvimento urbano sustentável e
à melhoria da qualidade de vida nas cidades. Como estratégia para enfrentar a
complexidade desses problemas, objetivando estabelecer diálogo entre setores e
sujeitos, bem como repensar o planejamento e a ação, propõe-se a implementação
de práticas intersetoriais, com vistas à construção de Cidades Saudáveis. A
intersetorialidade já se instaurou, no plano do discurso, como arcabouço que
fundamenta a construção de uma nova institucionalidade, mas na prática ainda
existem muitos desafios a serem vencidos, e é nesse contexto que se insere a
importância de desenvolver estudos de avaliação de experiências concretas. Este
estudo parte do pressuposto de que o desenvolvimento de ações setoriais,
verticalizadas e dicotômicas, nas áreas de saneamento e saúde, constitui um
entrave à proposta de construção de uma Cidade Saudável. O objetivo geral é
avaliar o nível de intersetorialidade obtido na gestão 2001-2004 na cidade do Recife,
tomando como estudo de caso o Projeto de Saneamento Integrado Mangueira e
Mustardinha. Enquanto estratégia para verificação e validação da pesquisa, utilizouse
a triangulação metodológica, com o uso concomitante de diversas técnicas de
coleta e análise de dados; além do enfoque de duas perspectivas - institucional e
comunitária. Tendo em vista a inexistênica de um arcabouço metodológico que
pudesse dar conta das várias nuances do objeto de estudo, uma das contribuições
da pesquisa foi a proposição de um modelo de avaliação, com técnicas de análise
de processos de gestão de políticas públicas. O marco teórico que fundamenta o
estudo está centrado em cinco categorias: intersetorialidade, cidade saudável,
política de saneamento, política de saúde e avaliação de políticas públicas,
possibilitando estabelecer uma relação entre o objeto teórico e o objeto empírico do
estudo. O modelo de avaliação baseia-se em duas modalidades de análise: I)
análise do processo de implantação do Projeto de Saneamento Integrado Mangueira
e Mustardinha, com base em duas dimensões - político-institucional e sócio-cultural;
II) avaliação da articulação das políticas de Saneamento e de Saúde, no Projeto de
Saneamento Integrado Mangueira e Mustardinha - dimensão gerencial, à luz de dois
tipos de articulação: institucional e comunitária. Os resultados indicam que a
intersetorialidade aparece como diretriz estratégica no plano político-institucional,
sendo imprescindível para garantir a sustentabilidade das ações. Contudo, sua
materialização enfrenta sérios obstáculos, principalmente na articulação institucional,
por questões de ordem institucional e cultural, que impedem a consecução de um
novo modelo de gestão urbana. Tal modelo tem como referência a incorporação de
padrões de qualidade de vida e sustentabilidade urbana, resgatando experiências e
conhecimentos construídos, com vistas a instaurar novos paradigmas de gestão
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Pol?ticas sociais e intersetorialidade: subs?dios para uma amplia??o do debateCosta, Ronan C?sar Godoy da 11 October 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Objetivou-se com este trabalho refletir sobre as pol?ticas sociais no Brasil e as efetivas possibilidades de supera??o da pr?tica setorial visando a constru??o da intersetorialidade, o que, ap?s consolidado, pode promover o atendimento integral ?s demandas dos usu?rios dos servi?os p?blicos de corte social. Trata-se de uma abordagem n?o muito usual nas produ??es cient?ficas atuais sobre o tema, uma vez que o enfoque baseia-se na busca pela totalidade, rediscutindo as pol?ticas sociais e a intersetorialidade e as v?rias determina??es que incidem sobre elas ao mesmo tempo, ou seja, prop?e-se aqui um tratamento anal?tico, observando o movimento hist?rico, pol?tico, cultural e econ?mico que as conformam. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliogr?fico, introduzida sob uma perspectiva cr?tico-dial?tica, onde se tornou poss?vel construir um conhecimento sobre o tema proposto inserindo-o na discuss?o sobre as formas atuais de acumula??o capitalista, a postura do Estado neoliberal e a correla??o de for?as por meio da luta de classes. Este recorte anal?tico da pesquisa proporcionou chegar ? conclus?o de que ? preciso inverter os rumos da luta de classe, a qual, mesmo considerando os avan?os conquistados pelos trabalhadores na esfera dos direitos civis, pol?ticos e sociais ao longo da hist?ria, vem se estabelecendo sob o predom?nio dos interesses burgueses. Tal embate entre as classes tamb?m envolve a estrutura??o de um sistema de prote??o social de qualidade e universal, que atenda, de fato, ?s necessidades da sociedade na sua integralidade, pois, as reflex?es realizadas, numa linha adversa, apontaram que o enfraquecimento das lutas pol?ticas impetradas pela classe trabalhadora nos ?ltimos anos acabou por estruturar pol?ticas sociais focalizadas que impossibilitam a a??o intersetorial. / Disserta??o (Mestrado) ? Programa de P?s-gradua??o em Ensino em Sa?de, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2013. / ABSTRACT
This paper aims to reflect about the social policies in Brazil and effective possibilities of overcoming of the practice sector for the construction of intersectoriality, wich, after consolidated, can promote the promotion of integral care to the demands of the users of public services of social burden. This approach is not very usual in the current scientific productions on the subject, since the approach is based on the idea of totality, revisiting the social policies and the intersectorality and the various determinations that overtake them at the same time, in other words, it is proposed here an analytical treatment observing a historical, political, cultural and economic movement that conforms them.This is a bibliographical-nature research, introduced under a critical-dialectical perspective, in which it has become possible to build a knowledge on the proposed theme inserting it into the discussion of current forms of capitalist accumulation, the posture of the new liberalism state and the correlation of forces by means of the class struggle.This analytical approach of research provided to conclude that we must reverse the course of the class struggle, which, even considering the advances made by workers in the sphere of civil, political and social changes throughout history, has been established under the dominance of bourgeois interests. This struggle also involves setting up a system of social protection and universal quality that meets, in fact, the needs of society as a whole, therefore, the considerations made in line adversely, the survey indicated that the weakening of the political struggles filed by the working class in recent years just for structuring social policies focused precluding intersectoral action.
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Maus-tratos contra crianças e adolescentes: como pensam e agem os profissionais de saúde?Carvalho, Ana Clara de Rebouças January 2009 (has links)
p. 1-168 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-24T20:04:57Z
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Previous issue date: 2009 / O fenômeno da violência doméstica transpõe barreiras culturais e socioeconômicas e, no Brasil, constitui-se um problema de saúde pública relevante nas últimas três décadas. O presente estudo objetivou analisar as representações e ações dos profissionais de saúde acerca dos maus-tratos dirigidos à criança e ao adolescente. Especificamente, buscou-se conhecer as noções, opiniões e valores destes profissionais acerca do problema em foco; as ações de diagnóstico, de notificação, de encaminhamento e acompanhamento dos casos e das suspeitas de maus-tratos; além de identificar ações de prevenção de tais episódios. A estratégia metodológica adotada para tal fim centrou-se na incursão etnográfica de duas instituições de referência no atendimento pediátrico da rede pública de Salvador. Os principais resultados indicam que as representações dos maus-tratos agregam valores e noções que encontram precedentes no processo histórico relacionado às próprias representações da infância e da adolescência desde as sociedades tradicionais que, como retrata Ariès (1981), via mal a criança, e pior ainda o adolescente, às concepções contemporâneas que, como defende Frota (2007), abrem espaço para a multiplicidade e parcialidade das representações destas faixas etárias. No plano das ações, evidenciam-se ainda que resistências e dificuldades observadas perpassam desde as ações diagnósticas ao encaminhamento e acompanhamento dos sujeitos e suas famílias. Dentre as fragilidades encontradas destacam-se aqui a modesta incorporação do tema ao conjunto de saberes e das práticas do setor profissional da saúde; a ênfase sobre as ações estanques e individualizadas em detrimento do processo de trabalho compartilhado coletivamente nas instituições; deficiências de caráter intersetorial; e um foco incipiente na perspectiva integradora e preventiva. / Salvador
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O Princípio da Intersetorialidade na Política Nacional de Alimentação e Nutrição em nível municipalSantos, Mayara Ferreira January 2015 (has links)
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Dissertação_Nut_ Mayara Ferreira Santos.pdf: 1265370 bytes, checksum: 7415f7f8d39f9b653991550040ad0887 (MD5) / Após a promulgação da Constituição Federal de 1988 e da Lei 8.080 de 1990, nas quais foi estabelecido o direito a saúde e criado do Sistema Único de Saúde respectivamente, a questão da intersetorialidade passou a estar cada vez mais presente no debate sobre gestão de políticas públicas. Desde então a temática em questão vem ganhando espaço como objeto de estudo na academia e como estratégia de gestão, entretanto, ainda não se tem clareza sobre sua definição e, consequentemente, na realização de políticas e programas orientados por este princípio. Por outro lado, permanecem lacunas no que diz respeito à existência de uma definição de intersetorialidade que possa servir como base para estudos empíricos em nível local. No campo da Alimentação e Nutrição observa-se que no decorrer da história essas ações sempre foram setorializadas e fragmentadas, mas, por integrar-se ao SUS, há a expectativa de que também as ações da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) sejam realizadas de forma intersetorial. Pelo exposto, este trabalho objetiva analisar o princípio da intersetorialidade na realização da PNAN em nível municipal. Os resultados são apresentados sob o formato de dois artigos. No primeiro, cujo objetivo foi o de propor uma definição operacional de intersetorialidade que incorporasse múltiplas dimensões e pudesse orientar estudos empíricos sobre o tema em âmbito municipal, foi feita uma revisão bibliográfica em textos acadêmicos e documentos de governo a respeito dos conceitos de intersetorialidade e entrevistas semi-estruturadas com gestores de programas da PNAN e conselheiros membros do Conselho Municipal de Saúde. O segundo artigo objetivou analisar a aplicação do princípio da intersetorialidade nas fases de planejamento, execução, monitoramento e avaliação dos programas e ações ligados à PNAN em nível municipal, a partir de estudo de caso em um município baiano, adotando a metodologia qualitativa via entrevistas semiestruturadas com gestores e conselheiro municipal de saúde. Os resultados sistematizados no primeiro artigo tornam possível observar forte polissemia conceitual em torno da intersetorialidade, mas também alguns consensos, e a partir destes foi proposto uma definição que englobasse algumas dimensões importantes para operacionalização de ações conjunta entre setores no campo de alimentação e nutrição, saúde, agronomia, educação, assistência social etc. Quanto ao segundo artigo, o estudo de caso permitiu observar características de intersetorialidade ainda embrionárias, caracterizando-se como intersetorialidade limitada. Além disso, também foram encontrados alguns desafios na prática profissional que dificultam a realização dos programas e ações com caráter intersetorial. Os achados desta pesquisa estão em consonância com os de outros estudos no campo da saúde, o que pode significar que a lacuna existente entre as orientações normativas e a prática diária dos profissionais, nos diferentes setores, é uma realidade nacional, sendo a intersetorialidade um processo em construção, tanto na sua dimensão conceitual, quanto na sua dimensão de prática.
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