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Avaliação ultra-sonográfica da função endotelial em usuárias de letrozol e tamoxifeno / Ultrasound assessment of endothelial function in users of letrozole and tamoxifen

Carolina Oliveira Nastri 16 September 2009 (has links)
Entre as mulheres brasileiras, a principal causa de mortalidade são as doenças cardiovasculares, seguida em freqüência pelo câncer, sendo o mais comum o de mama. É bastante conhecida a associação de câncer com eventos tromboembólicos, mas pouco estabelecida sua relação com os demais eventos cardiovasculares. Para estudar estes eventos desde suas alterações primordiais, como a lesão e disfunção endotelial e a formação da placa aterosclerótica, vários métodos têm sido utilizados. É clara a associação entre câncer, em especial o de mama, com lesão endotelial e risco cardiovascular. A terapia endócrina para tumores de mama com receptores hormonais positivos é amplamente usada tanto de forma paliativa no câncer de mama metastático, quanto na adjuvância, para tumores iniciais. O tamoxifeno (TMX) tem sido usado como droga de escolha com este propósito há cerca de 30 anos com boa eficácia e perfil razoavelmente seguro. O desenvolvimento do os inibidores de aromatase (IAs) de terceira geração promoveu estudos comparativos que têm demonstrado superioridade dos IAs em relação ao TMX na adjuvância, favorecendo seu uso tanto em substituição, quanto de forma seqüencial. Em geral, os IAs são tão bem tolerados quanto o TMX, preocupando ainda questões como aumento de risco cardiovascular, de osteoporose e alterações no perfil lipídico. Neste cenário temos alguns estudos demonstrando um menor número de eventos cardiovasculares em mulheres previamente tratadas de câncer de mama, o que indica um possível efeito protetor do tratamento com tamoxifeno. O efeito cardiovascular dos inibidores da aromatase permanece controverso. O objetivo deste estudo foi comparar alguns marcadores de risco cardiovascular entre mulheres sobreviventes do câncer de mama após tratamento com tamoxifeno, letrozol ou sem tratamento endócrino. Para isso, avaliamos o total de 103 sobreviventes de câncer de mama: 35 em uso de tamoxifeno (TMXg), 34 em uso de letrozol (LTZg) e 34 sem tratamento endócrino (STEg). Os parâmetros estudados foram: a dilatação da artéria braquial mediada por fluxo (DMF), a espessura da íntima-média (EIM) e o índice de rigidez (?) da artéria carótida, colesterol total, HDL e triglicérides. Observamos que os três grupos apresentaram valores semelhantes de HDL e EIM. No TMXg foi encontrado o menor valor de colesterol total (219,29±36,31mg/dL vs. 250,59±38,37mg/dL vs. 245,09±35,35mg/dL; TMXg vs. LTZg vs. STEg respectivamente; p<0,01 -ANOVA), o maior valor de triglicérides (139,34±41,82mg/dL vs. 111,35±28,22mg/dL vs. 122,09±33,42mg/dL; p<0,01), o maior valor de DMF (6,32±2,33% vs. 4,10±2,06% vs. 4,66±2,52%; p<0,01) e o valor mais baixo do índice de rigidez (?) (5,08±1,68 vs. 6,28±1,75 vs. 5,99±1,86; p=0,01). O LTZg não diferiu significantemente do STEg em nenhum dos parâmetros estudados. Nós não observamos nenhuma diferença entre o LTZg e o STEg em nenhum dos parâmetros de risco cardiovascular avaliados. Desta forma, a diferença observada nos valores dos lipídios séricos, no índice de rigidez (?) e na DMF entre as mulheres em tratamento com tamoxifeno e letrozol pode ser mais bem atribuída a um efeito benéfico do tamoxifeno do que a um efeito prejudicial do letrozol. / The main cause of death among Brazilian women is cardiovascular disease followed by cancer; breast cancer is the most incident in this population. The relationship between cancer and thrombosis is well known, although its association with other cardiovascular events is poorly understood. In order to study these events since its primordial findings, as endothelial injury and dysfunction and the evolving atherosclerotic plaque, many methods are currently being used. There is a clear association between cancer, meanly breast cancer with endothelial injury and cardiovascular risk. Endocrine therapy for breast cancer with positive receptors has been widely applied either for advanced metastatic cancer as for initial tumors. For more than 30 years tamoxifen (TMX) has been the first choice for this purpose with an acceptable safety profile. The emerging third generation aromatase inhibitors (IA) promoted comparative trials which have proved the IA to be superior to TMX in the adjuvant setting - what supported its use both in substitution and in a sequential manner. Broadly, the IA are as well tolerated as TMX, still concerning issues as cardiovascular risk and osteoporosis increase and lipid profile changes. In this scenario, studies have shown that women previously treated for breast cancer present fewer cardiovascular events, indicating a possible protective effect of tamoxifen treatment. The effects of the aromatase inhibitors on cardiovascular protection remain controversial. The aim of this study was to compare some cardiovascular risk markers among breast cancer survivors following treatment with tamoxifen, letrozole or no endocrine treatment. So a total of 103 breast cancer survivors: 35 using tamoxifen (TMXg), 34 using letrozole (LTZg) and 34 using no endocrine treatment (NETg) were evaluated. Ultrasonographic evaluation of brachial artery flow-mediated dilation (FMD), carotid intima-media thickness (IMT) and stiffness index (?); and blood total cholesterol, HDL and triglycerides were assessed. All three groups presented similar values of HDL and IMT. TMXg showed the lowest total cholesterol (219.29±36.31mg/dL vs. 250.59±38.37mg/dL vs. 245.09±35.35mg/dL; TMXg vs. LTZg vs. NETg respectively; p<0.01 - ANOVA), the highest triglycerides (139.34±41.82mg/dL vs. 111.35±28.22mg/dL vs. 122.0933±42mg/dL; p<0.01), the highest FMD (6.32±2.33% vs. 4.10±2.06% vs. 4.66±2.52%; p<0.01) and the lowest stiffness index (?) (5.08±1.68 vs. 6.28±1.75 vs. 5.99±1.86; p=0.01). LTZg did not differ significantly from NETg on any evaluated parameter. We did not observe any difference of LTZg on the evaluated cardiovascular risk parameters compared to NETg. As such, the observed difference on lipid values, stiffness index (?) and FMD between women receiving tamoxifen and letrozole might be best attributed to the beneficial effect of tamoxifen than to a detrimental effect of letrozole.
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Identificação de alvos protéicos com potencial diagnóstico e prognóstico em doença arterial coronária / Identification of protein targets with potential diagnostic and prognostic in coronary artery disease

Silva, Gabriela Venturini da 15 June 2012 (has links)
Em todo o mundo, milhões de pacientes são atendidos em emergências por apresentarem dor torácica de início aguda, mas apenas uma parcela deve-se a síndrome coronariana aguda (SCA). Em situações como essa é de extrema importância distinguir quando a dor torácica é devido à isquemia do miocárdio, pois esta é de alto risco e o início do tratamento deve ser imediato. Novos biomarcadores são necessários para auxiliar no diagnóstico e conduta clínica a ser tomada diante de situações de emergência como esta. Recentemente a quantificação de troponinas através de ensaios ultrassensíveis tem sido amplamente utilizado para diagnósticos e prognóstico de isquemia cardíaca, porém esses ensaios não tiveram seus valores de referências estabelecidos e validados para diversas situações clínicas. O presente estudo identificou a troponina I cardíaca nitrada como um novo biomarcador para isquemia cardíaca. Através de experimentos de imunoluorecência, foi possível colocalizar a marcação de troponina I cardíaca e nitrotirosina em modelos celulares e murinos de isquemia cardíaca, sugerindo assim que a troponina I cardíaca é nitrada. A partir do soro de modelos porcinos de isquemia, foi realizado o enriquecimento de proteínas nitradas por imunoprecipitação seguido da identificação da troponina I cardíaca por western blot. Dessa maneira foi possível identificar a troponina I cardíaca nitrada no soro poucos minutos após o evento x isquêmico, a qual permaneceu circulante por até 24 horas. Nessas mesmas amostras outros biomarcadores de isquemia como CKMB, Troponina I e Troponina T ultrassensível foram dosados e nenhum marcador de elevou após a isquemia cardíaca seguida de reperfusão. A troponina I cardíaca nitrada foi caracterizada por espectrometria de massas. Esse proteína é um potencial marcador circulante sensível para o diagnóstico e prognóstico precoce de isquemia cardíaca com ou sem necrose do miocárdio / Worldwide, millions of patients are treated in emergencies because they had acute-onset chest pain, but only a portion is due to coronary syndrome. In situations like this is extremely important to distinguish when the chest pain is due to myocardial ischemia, as this is high risk and initiation of treatment should be immediate. New biomarkers are needed to assist clinical decision-making in ACS. Recently, the quantification of ultra-sensitive tests for troponins has been widely used for diagnosis and prognosis of myocardial ischemia, however the reference values was not well validated and established for different subjects groups. The present study identified the nitrated cardiac troponin I as a novel biomarker of cardiac ischemia. We performed immunofluorescence colocalization marking of cardiac troponin I and nitrotyrosine in cell and rat model of cardiac ischemia, suggesting that cardiac troponin I is a nitrated protein. From serum of porcine models cardiac ischemia was made enrichment of nitrated proteins by immunoprecipitation with anti-nitrotyrosine followed by detection of cardiac troponin I by western blot. It was possible to identify the cardiac troponin I in serum nitrated few minutes after the ischemic event, which remains current for up to 24 hours. In these samples, other markers of cardiac ischemia such as CK-MB, troponin I and ultra-sensitive troponin T did not increase after ischemia followed by reperfusion. Nitrated cardiac troponin I was characterized by MS/MS. The xii nitrated cardiac troponin I is a potential circulating marker sensitive for the diagnosis and prognosis for early cardiac ischemia with or without myocardial necrosis
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Terapia de resincronización cardíaca y biomarcadores plasmáticos: ¿existen predictores de respuesta?

Tettamanti, Maria Estela January 2011 (has links) (PDF)
En la literatura médica son cada vez más frecuentes las publicaciones acerca de la utilidad de las determinaciones seriadas de diversos biomarcadores como predictores de daño miocárdico progresivo en la IC. Los más estudiados han sido la troponina T (TnT) y los péptidos natriuréticos, especialmente el tipo B (BNP) y su precursor, pro BNP. La proteína C reactiva (PCR) también ha sido estudiada en este contexto. El rol de nuevos biomarcadores como el propéptido del procolágeno tipo I (PICP), un marcador de fibrosis, algunas citokinas como la interleukina 6 (Il6), marcadoras de inflamación, y la proteína ligadora de ácidos grasos específica del corazón (HFABP), marcadora de injuria miocárdica, ha sido menos estudiado y se conoce menos sobre su implicación pronóstica en IC.
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Níveis da quimiocina RANTES na placenta, plasma materno e plasma do cordão umbilical em gestantes normais e com síndrome de pré-eclâmpsia

Silveira, Ilson Dias da January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:03:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000443353-Texto+Completo-0.pdf: 1896369 bytes, checksum: 19ecf303e539b93de8c9bda585ba0ebd (MD5) Previous issue date: 2012 / Objective: To estimate RANTES levels at maternal plasma, umbilical cord blood plasma and placenta in preeclampsia syndrome and normal pregnancy.Methods: A cross-sectional study was conducted to estimate RANTES levels in maternal plasma, placenta and cord blood plasma in preeclampsia syndrome (n=33) compared to a control group of women with normal pregnancy (n=36) attended at São Lucas Hospital/PUCRS, Porto Alegre, RS Brazil. Concentrations of RANTES were measured using a human RANTES ELISA assay.Results: Women with preeclampsia syndrome showed significantly higher RANTES levels in plasma and placenta in comparison to women with normal pregnancy (P<0. 01). The cord blood plasma of infants born from women with preeclampsia syndrome had a significantly decreased RANTES levels compared to infants born from a normal pregnancy (P<0. 01). The concentration of placental RANTES was positively correlated with RANTES in the maternal plasma (Pearson´s correlation r= 0. 697; p<0. 001), and negatively with the cord blood plasma (r= -0. 818; p<0. 001). A strong negative correlation was also demonstrated between maternal plasma and cord blood plasma RANTES (r= -0. 751, p<0. 001).Conclusion: This study shows a distinct inflammatory response between mother and new born in preeclampsia syndrome and normal pregnancy. In preeclampsia syndrome maternal plasma and placenta displayed increased pro-inflammatory RANTES cytokine concentration, however a reduced levels were detected in the umbilical cord plasma from women with preeclampsia syndrome, suggesting a fetal antiflammatory response. / Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estimar os níveis de RANTES na placenta e nos plasmas materno e do cordão umbilical na síndrome de pré-eclâmpsia e gestação normal.Métodos: Estudo transversal e observacional estimou os níveis de RANTES na placenta e nos plasmas materno e do cordão umbilical na síndrome de pré-eclâmpsia (n=33) comparando com um grupo controle de gestantes normais (n=36) atendidas no Hospital São Lucas/PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil. As concentrações de RANTES foram verificadas através do método de enzima imuno ensaio (ELISA) específico para humanos.Resultados: Mulheres com síndrome de pré-eclâmpsia apresentaram níveis significativamente maiores de RANTES no plasma e placenta quando comparadas a gestantes normais (P<0,01). O plasma do cordão umbilical de recém-nascidos de gestantes com pré-eclâmpsia mostraram níveis de RANTES significativamente menores que o plasma do cordão umbilical de recém-nascidos de gestantes normais (P<0,01). A concentração de RANTES placentário correlacionou-se positivamente com a concentração de RANTES no plasma materno (r= 0,697; P<0,001) e negativamente com o plasma do cordão umbilical (r= - 0,818; P< 0,001). Forte correlação negativa na concentração de RANTES foi demonstrada entre plasma materno e plasma do cordão umbilical (r= - 0,751; P<0,001).Conclusão: Este estudo mostra uma resposta inflamatória distinta entre a mãe e o recém-nascido em ambas as condições, gestação normal e síndrome de pré-eclâmpsia. A placenta e o plasma materno demonstraram uma concentração da citocina inflamatória RANTES aumentada na síndrome de pré-eclâmpsia, entretanto, no plasma do cordão umbilical dos recém-nascidos dessas gestantes estava reduzida, sugerindo uma resposta fetal anti-inflamatória.
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Expressão de marcadores moleculares preditivos de resposta à terapêutica neoadjuvante em câncer de mama em amostras tumorais

Petrarca, Cristiane Rios January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:04:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000424761-Texto+Completo-0.pdf: 969784 bytes, checksum: 096741a9b7c46edcefe360a98fe1cf59 (MD5) Previous issue date: 2010 / Justificative: The current therapeutic decision in breast cancer is the evaluation product of several variables. Such fact corroborates the heterogeneity of the disease as well as the greater tendency of the treatment individualization. The neoadjuvant chemotherapy is a very efficient treatment modality for a great number of situations, including the locally advanced inflammatory tumors. The neoadjuvant chemotherapy, besides yielding the complete tumor resection in many cases in which very extensive procedures would be necessary, also allows the observation of the tumor sensitivity to the chemotherapeutic treatment. Thus, this therapeutic modality can be understood as an important response model and be used as a disease free interval marker and of global survival. The discovery of new biological markers which allow the response prediction to certain drugs, in the same way the expression of hormonal receptors or Her-2 nowadays, is detrimental to the treatment individualization of breast cancer. The neoadjuvant context is the most adequate to test these biomarkers, given the rapid response of this therapeutic modality. Among the innumerous candidates to response predictors, are proteins responsible for cell survival, for apoptosis and transcription factors that activate the cell cycle. In the present work we evaluate the expression of Survinine, Cyclin D1, Bcl-2, PDEF and ETS1 in patients with breast cancer submitted to neoadjuvancy with a standard chemotherapic scheme. Methods: Patients with Clinic Stages II and III received pre-operatory chemotherapy with AC-T protocol (doxorrubicina 60mg/m2D1 and Cyclophosphamide 600 mg/m2 D1 for 4 cycles of 21 days, followed by Docetaxel 75 mg/m2 D1 again, for 4 cycles of 21 days). The breast surgery was performed approximately 30 days later. Survinine, Cyclin D1, Bcl-2, PDEF and ETS1 expression levels were evaluated by the immunohistochemistry technique through direct visualization in tumor samples obtained in the diagnosis biopsy. The Fisher Exact Test, Cox Regration and Mann Witney Test were used to associate the levels of each molecular marker with full pathologic response. Results: 45 patients were studied. Two patients (4. 44%) presented irresectable disease. The average age was 47. 24 (25 – 70). The staging, according to TNM, presented the following distribution: : IIA n=13 (29%), IIB n=10 (22%), IIIA n=13 (29%), IIIB n=4 (9%) and IIIC n=4 (9%). Three patients (7. 14%) received a full pathologic response. The Survinine Expression average was 3. 99 (0 to 11). The average of the remaining markers was 7. 67 (0 to 15) for ETS1, 8. 72 (2. 33 to 15) to Bcl2, 2. 24 (0 to 15) for PDEF and 2. 35 (0 to 9) for Cyclin D1. The average level of Survinine was significantly higher (P = 0,01) in the patients with complete response (9. 33) than in those without complete response (3. 42). The remaining markers were of no significance. Conclusions: Survinine is a potential response marker of neoadjuvant therapeutics in breast cancer and consequently of global survival and disease free interval. / Introdução: A decisão terapêutica em câncer de mama atualmente é o produto da avaliação de diversas variáveis, o que corrobora a heterogeneidade da doença e a tendência cada vez maior da individualização do tratamento. A quimioterapia neoadjuvante é uma modalidade de tratamento bastante eficiente em diferentes situações, incluindo os tumores inflamatórios e localmente avançados. A quimioterapia neoadjuvante, além de permitir a ressecção completa do tumor em muitas situações em que seriam necessários procedimentos muito extensos, também possibilita observar a sensibilidade tumoral ao tratamento quimioterápico. Desta forma, esta modalidade terapêutica também pode ser compreendida como um importante modelo de resposta podendo ser utilizada como marcador de intervalo livre de doença e sobrevida global. A descoberta de novos marcadores biológicos que permitam a predição de resposta a certas drogas, da mesma forma que a expressão de receptores hormonais ou de Her-2 o fazem atualmente, é detrimental para a melhora da individualização do tratamento do câncer de mama. O contexto da neoadjuvância é o mais adequado para se testar estes biomarcadores, dada a rapidez de resposta que esta modalidade terapêutica confere. Entre os inúmeros candidatos a preditores de resposta, encontram-se proteínas responsáveis pela sobrevivência celular, pela apoptose e fatores de transcrição que ativam o ciclo celular. No presente trabalho avaliamos a expressão de Survivina, Ciclina D1, Bcl-2, PDEF e ETS1 em pacientes com câncer de mama submetidas a neoadjuvância com um esquema quimioterápico padrão.Métodos: Pacientes com câncer de mama Estágios Clínicos II e III receberam quimioterapia pré-operatória com protocolo AC-T (doxorrubicina 60mg/m2 D1 e Ciclofosfamida 600 mg/m2 D1 por 4 ciclos de 21 dias, seguidos de Docetaxel 75 mg/m2 D1 por 4 ciclos de 21 dias). A cirurgia da mama foi realizada, aproximadamente, 30 dias após. Níveis de expressão de Survivina, Ciclina D1, Bcl-2, PDEF e ETS1 foram avaliados pela técnica de imunoistoquímica por visualização direta em amostras de tumor obtidas na biópsia do diagnóstico. Foram associados 8 os níveis de cada marcador molecular com a resposta patológica completa, para tal utilizamos: Teste Exato de Fisher, Regressão de Cox e Teste de Mann Witney. Resultados: Foram estudadas 45 pacientes. Duas pacientes (4,44%) apresentaram doença irressecável. A idade média foi de 47,24 (25 à 70). O estagiamento conforme TNM apresentou a seguinte distribuição: IIA n=13 (29%), IIB n=10 (22%), IIIA n=13 (29%), IIIB n=4 (9%) e IIIC n=4 (9%). Três pacientes (7,14%) obtiveram resposta patológica completa. A média da expressão de Survivina foi de 3,99 (0 à 11). A média da expressão dos demais marcadores foi de 7,67 (0 à 15) para ETS1, de 8,72 (2,33 à 15) para Bcl2, de 2,24 (0 à 15) para PDEF e de 2,35 (0 à 9) para Ciclina D1. O nível médio de Survivina foi significativamente maior (P=0,01) naquelas pacientes com resposta completa (9,33) do que naquelas sem resposta completa (3,42). Os demais marcadores não tiveram significância. Conclusões: A Survivina é potencial marcador de resposta à terapêutica neoadjuvante em câncer de mama e consequentemente de sobrevida global e intervalo livre de doença.
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Perfil sorológico e molecular de indivíduos anti-HBc reagente e HBsAg negativo provenientes de um banco de sangue em uma área de baixa endemicidade para HBV

Kupski, Carlos January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:05:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000339322-Texto+Completo-0.pdf: 1653589 bytes, checksum: d689038c4289a5fddd155a2613f7d033 (MD5) Previous issue date: 2005 / Hepatitis B vírus (HBV), even after being eliminated, leaves serological markers which demonstrate a previous contact with the virus or an occult infection. Stages of HBV infection can be identified based on the profile of HBV markers. The aim of this study was to characterize the profile of serological and molecular HBV markers of individuals excluded from blood donation in a region of low HBV endemicity due to the presence of antibodies against hepatitis B core antigen (total anti-HBc), but negative for HBV surface antigen (HBsAg). A transversal study was designed to evaluate serological and molecular profile of subjects excluded from blood donation at the Blood bank of Hospital São Lucas -PUCRS (HSL-PUCRS), presenting a reagent total anti-HBc and negative HBsAg. From March 2003 to May 2005, 244 individuals were selected, all them exclusively total anti-HBc reagent, with all other serological markers routinely tested negative. Serological markers such HBsAg antibodies (anti-HBs), HBV “e” antigen (HBeAg), HBeAg antibodies (anti-HBe) were determined using the Elecsys commercial kits (Roche Diagnostics) and HBV-DNA was identified by polimerase chain reaction (PCR).Study was conducted with a total of 244 rejected blood samples, 85. 7% presenting anti-HBs titles 10 IU/L. Among 164 samples tested for serological markers related to viral replication, all were negative for HBeAg and 66. 5% were reagent for anti-HBe. All samples tested for HBV-DNA (n=241) were negative. Statistical analysis showed a significant association between anti-HBe and anti-HBs titles, where individuals with anti-HBe reagent were positively associated with strong protective anti-HBs titles (P=0,026). Based upon reported data, it is possible to conclude that study individuals from a low endemic area for HBV, excluded from blood donation due to an isolated reagent anti- HBc, have frequently shown anti-HBs titers which confer immunity against HBV, besides being negative for HBV-DNA. / O vírus da Hepatite B (HBV), mesmo depois de eliminado, deixa marcas sorológicas que podem demonstrar esse contato prévio ou infecção oculta. O perfil de marcadores permite identificar os diferentes estágios da infecção pelo HBV. O objetivo do presente estudo foi definir o perfil sorológico e molecular de indivíduos de uma área de baixa endemicidade para o HBV excluídos de doação de sangue por apresentarem anticorpos contra o antígeno do cerne do HBV (anti-HBc total), apesar de negativos para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg). Um estudo transversal foi delineado para avaliar o perfil sorológico e molecular de indivíduos anti-HBc total reagente e HBsAg negativo impedidos da doação sangüínea no Banco de Sangue do HSL-PUCRS. No período de março/2003 a maio/2005 foram selecionados 244 indivíduos, todos apenas anti-HBc total reagente, com os demais marcadores rotineiramente testados negativos. As variáveis do estudo foram os seguintes marcadores: título de anticorpos contra o HBsAg (anti-HBs), antígeno “e” do HBV (HBeAg), anticorpos contra o HBeAg (anti-HBe) e HBV-DNA. Os marcadores sorológicos foram determinados utilizando kits comerciais Elecsys (Roche Diagnostics) e a pesquisa molecular de HBV foi realizada através da reação em cadeia de polimerase (PCR). A amostra do estudo foi composta por 244 impedimentos, sendo que 85,7% já apresentavam títulos de anti-HBs 10 UI/L. Em relação aos marcadores relacionados com a replicação viral, das 164 amostras testadas, todas foram HBeAg não-reagentes e 66,5% apresentavam anti-HBe reagente. Todas amostras testadas para o HBV-DNA (n=241) foram negativas. A análise estatística mostrou uma associação significativa entre anti-HBe e títulos de anti-HBs, onde os indivíduos anti-HBe reagente apresentaram uma associação positiva com títulos anti-HBs forte-protetores (P=0,026). A partir dos dados do presente estudo, é possível concluir que estes indivíduos de uma zona considerada de baixa endemicidade para o HBV, excluídos de doação sangüínea por apresentarem anti-HBc total reagente isolado, apresentaram, na maioria das vezes, títulos de anti-HBs que lhe conferem imunidade contra o HBV, além de não apresentarem HBV-DNA circulante.
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Conteúdo tecidual e nível sérico do antígeno carcinoembrionario no carcinoma colorretal: correlacao com aspectos morfológicos e estadiamento / Tissue content and serum level of carcinoembryonic antigen in colorrectal carcinoma: relation with the morphological aspects and staging

Priolli, Denise Gonçalves [UNIFESP] January 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:44:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006 / Objetivo: Relacionar o nível sérico e o conteúdo tecidual do antígeno carcinoembrionário (CEA) no carcinoma colorretal, correlacionado-os aos aspectos morfológicos e ao estadiamento da neoplasia. Método: Operou-se 45 doentes com carcinoma colorretal extirpável. Determinou-se o nível sérico do CEA, a distribuição e o conteúdo do CEA por estudo imunoistoquímico e por análise de imagem assistida por computador. Classificou-se a imunocoloração de acordo com o padrão de distribuição tecidual, intensidade e capacidade celular de polarização do CEA. Os carcinomas colorretais foram agrupados segundo características morfofuncionais. Analisaram-se as seguintes variáveis: tabagismo, localização e dimensão da lesão colorretal primária, metástase à distância, invasão angioneural, infiltração parietal, comprometimento linfonodal, tipo histológico, grau de diferenciação celular, distribuição, conteúdo tecidual e capacidade celular de polarização do CEA. As lesões foram estadiadas pelas classificações de Dukes, Astler-Coller e TNM. Resultados: O nível sérico do CEA foi mais elevado nos carcinomas colorretais com invasão angiolinfática (p=0,009), na localização citoplasmática do antígeno (p=0,02), nos estádios avançados nas classificações TNM (p=0,003), de Dukes (p=0,03) e de Astler-Coller (p=0,008), com graus progressivos de perda morfofuncional (p=0,04) e da capacidade celular de polarização do CEA (p=0,03), nos diferentes graus de diferenciação celular quando relacionado ao padrão de distribuição celular do CEA (p=0,05) e à capacidade celular de polarização do CEA em carcinomas em estádios iniciais da classificação TNM (p=0,01). A combinação de múltiplas variáveis foi responsável pela elevação dos níveis séricos do CEA, em especial a dimensão da lesão primária, presença de metástase à distância e invasão angioneural (p=0,0001), enquanto nas lesões iniciais, a invasão angioneural e a perda da capacidade celular de polarização do antígeno foram os principais preditores dos níveis séricos do CEA (p=0,003). Conclusões: O conteúdo tecidual do CEA, quantificado por análise de imagem assistida por computador, relacionou-se ao nível sérico do antígeno, ao menor grau de diferenciação celular, e à perda da capacidade celular de polarização do CEA. O nível sérico do CEA elevou-se com a perda da característica morfofuncional, da capacidade celular de polarização do CEA e da diferenciação celular, com a maior dimensão, presença de invasão angioneural, distribuição citoplasmática do antígeno e com os estádios mais avançados das classificações TNM, Dukes e Astler-Coller no carcinoma colorretal. / Objective: To determine the serum carcinoembryonic antigen (CEA) levels and tissue CEA content in colorectal carcinoma cases, and to correlate these with morphological characteristics and staging of the neoplasia. Method: Forty-five patients with resectable colorectal cancer underwent surgical treatment. Serum CEA levels, distribution and tissue content were determined by immunohistochemical study and computer-assisted image analysis. Immunostaining was classified in accordance with the tissue CEA distribution pattern, intensity and polarization capacity of cells. The colorectal carcinomas were grouped according to morphofunctional characteristics. The following variables were analyzed: smoking, location and size of the primary colorectal lesion, distant metastasis, angioneural invasion, parietal infiltration, lymph node involvement, histological type, degree of cell differentiation, CEA distribution, tissue CEA content and CEA polarization capacity of cells. The lesions were staged using the Dukes, AstlerColler and TNM classifications. Results: The serum CEA levels were higher in colorectal carcinomas with angiolymphatic invasion (p=0.009); with cytoplasmic location of the antigen (p=0.02); with more advanced staging via the TNM (p=0.003), Dukes (p=0.03) and Astler-Coller (p=0.008) classifications; with progressive degrees of morphofunctional loss (p=0.04) and CEA polarization capacity of cells (p=0.03); at different degrees of cell differentiation in relation to the CEA distribution pattern in cells (p=0.05); and with regard to CEA polarization capacity of cells in carcinomas at the initial stages of the TNM classification (p=0.01). This combination of multiple variables was responsible for raising the serum CEA levels, particularly the size of the primary lesion, presence of distant metastasis and angioneural invasion (p=0.0001), while in the initial lesions, angioneural invasion and loss of CEA polarization capacity of cells were the principal predictors for the serum CEA levels (p=0.003). Conclusions: The tissue CEA content, as quantified by computer-assisted image analysis, was related to the serum CEA level, lower degree of cell differentiation and loss of CEA polarization capacity of cells. The serum CEA levels increased with the loss of morphofunctional characteristics, CEA polarization capacity of cells, cell differentiation, greater size, presence of angioneural invasion, cytoplasmic distribution of the antigen and more advanced stages in the TNM, Dukes and Astler-Coller classifications of colorectal carcinoma cases. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Aplicabilidade de marcadores microssatélites na análise de resposta de populações de Tetragonisca angustula (Apoidea, Hymenoptera) à heterogeneidade de habitats na costa Atlântica.

Gurgel, Zafira Evelma da Rocha 08 August 2013 (has links)
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As abelhas Meliponini apresentam ampla distribuição nos trópicos de todo o mundo (Michener, 2000). A região neotropical contém o maior número de espécies de meliponíneos apresentando 32 gêneros exclusivos (Camargo e Pedro, 2007) do total de 56 gêneros da tribo distribuídos no mundo (Costa et al., 2003). Essas abelhas são visitantes florais numericamente dominantes em várias formações vegetais, destacando-se particularmente nas florestas tropicais pluviais. Na Mata Atlântica, os meliponíneos aparecem associados especialmente às floradas maciças (mass-flowerings), desempenhando papel central na biologia reprodutiva de árvores do dossel (Ramalho, 2004; Monteiro e Ramalho, 2009). Nos meliponíneos, a reprodução e fundação de uma nova colônia perene são feitas por um conjunto de abelhas (rainha e operárias) e ocorre através de um processo de enxameagem progressiva, com longo período de contato entre colônia mãe e filha, ao contrário da ruptura abrupta observada em Apis (Nogueira-Neto, 1997; Velthuis et al., 1997). As operárias nascidas na colônia mãe passam vários dias abastecendo o novo ninho com materiais de construção (cerúmen) e alimento (Nogueira-Neto, 1997). Esta característica pode limitar a formação de novas colônias aos sítios de nidificação mais próximos ao ninho materno (Batista et al., 2003). Apesar dos meliponíneos apresentarem ampla diversidade de substrato de nidificação a maioria das espécies necessitam de cavidades pré-existentes em ocos de árvores (Roubik, 1989; Michener, 2000; Batista et al., 2003). Por isso, as espécies deste grupo de abelhas podem ser bastante suscetíveis à fragmentação da floresta. A manutenção das abelhas sociais sem ferrão para a conservação da Mata Atlântica se deve à importância dessas abelhas como agentes polinizadores de árvores nativas. A redução brusca dos meliponíneos ocasionadas por desmatamentos ou por ação predatória pode gerar redução na diversidade de espécies destes indivíduos e, consequentemente redução de espécies de plantas dependente destas abelhas (Roubik, 1993). 2. A espécie Tetragonisca angustula A espécie Tetragonisca angustula (Latreille, 1811) é uma das abelhas mais comuns com uma ampla distribuição geográfica na América Tropical (Moure, 2007), apresentando um importante papel na polinização da flora nativa (Oliveira et al., 2004). T. angustula é uma espécie generalista na ocupação dos habitats e também no uso de fontes florais e locais de nidificação (Batista et al., 2003). Adapta-se bem a diversos substratos de nidificação, ocupando cavidades pré existentes em troncos de árvores vivas ou mortas, construções humanas, solo, etc. Ao contrário de espécies de Meliponini mais estreitamente associadas à floresta, T. angustula comporta-se como generalista, ocupando vários hábitats em ambientes modificados, incluindo áreas urbanas (Batista et al., 2003; Ramalho e Batista 2005). 3. Fragmentação do habitat A fragmentação de habitats naturais tem sido uma das causas mais importantes para o decréscimo populacional local e perda de biodiversidade regional. Os fragmentos naturais geralmente formam paisagens em mosaico, onde a dinâmica das populações agora também em mosaico e os processos ecológicos podem estar sob forte pressão de fatores dependentes da escala espacial e das características das matrizes modificadas (Andren, 1994; Wiens, 1995). A Mata Atlântica foi reduzida em mais de 90% da sua extensão original e os fragmentos florestados remanescentes estão pulverizados na ampla área de distribuição (Guedes et al., 2005), de modo que a conectividade funcional se tornou uma variável chave para preservação da biodiversidade. Em áreas como o litoral da Bahia, na porção norte, a maioria dos remanescentes florestados tem menos de 100 ha, e a conectividade funcional é o problema central que atinge as populações de meliponíneos (Ramalho e Batista, 2005). A preservação da biodiversidade em longo prazo na região demanda medidas de maior escala espacial, como os corredores ecológicos (Zaú, 1998). Operacionalmente os corredores estão associados à idéia de conectividade física - ou melhor, da matriz interveniente entre os fragmentos - mas o aspecto relevante é o nível de conectividade funcional alcançada: ou seja, de que forma a estrutura de populações de organismos focais e processos ecológicos associados são afetados nestas escalas espaciais. 4. Marcadores Moleculares O estudo de polimorfismos até a década de 60 foi baseado em variações fenotípicas. Essas eram pouco perceptíveis e limitavam a percepção de diferenças significativas entre as populações (Futuyma, 1992) ou suas respostas sutis às variações espaciais. Ensaios subseqüentes com marcadores moleculares evidenciaram locos polimórficos que não seriam identificados com observações fenotípicas. A primeira técnica utilizada foi a eletroforese de proteínas, desenvolvida por Harris (1966) e Hubby e Lewotin (1966). Os marcadores isoenzimáticos foram muito usadas em estudos de dispersão de espécies e na análise de filogenia e sua difusão ocorreu a partir do desenvolvimento de métodos eficientes de visualização do produto enzimático (Ferreira e Gratapaglia, 1998). As isoenzimas foram utilizadas em estudos com abelhas inclusive com T. angustula (Castanheira e Contel (1995 e 2005). Em 1968 foram descobertas as enzimas de restrição houve um desenvolvimento da técnica de RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism). Esta técnica oferecia vantagens em relação à anterior e podia ser utilizada em estudos populacionais. Atualmente existem vários tipos descritos de marcadores moleculares que podem ser utilizados em estudos populacionais comportamentais e filogenéticos. O marcador é escolhido de acordo com o problema a ser analisado e com a disponibilidade de recursos (Avise, 1989). Os marcadores co-dominantes são mais indicados para estudos populacionais, pois, nesses casos, oferece maior precisão e vantagens técnicas do que os marcadores dominantes (Sunnucks, 2000; Arias et al., 2006). Entre as características que tornam os marcadores co-dominantes mais versáteis e precisos, destacam-se: i) grande abundância e distribuição uniforme por todo o genoma; ii) são multi-alélicos e, portanto, maior conteúdo informativo por loco (Ferreira e Gratapaglia, 1998). Os microssatélites são marcadores moleculares, que permitem acessar uma ampla gama de diferenciações e abordar os processos ecológicos e evolutivos subjacentes, sendo por isso adequados para estudos populacionais (Arias et at., 2006). 3.1 Microssatélites Os marcadores microssatélites também são denominados SSRs (Simple Sequence Repeats) ou STRs (Short Tandem Repeats). Inicialmente, o termo microssatélite foi utilizado apenas para designar repetições CA (ou CG) (Brito 2005 apud Litt; Luty, 1989) e os termos “Simple Sequence Repeats” ou “Short Tandem Reapeats” eram utilizados para as outras repetições. Atualmente o termo microssatélite é utilizado para quaisquer repetições que envolvam um pequeno número de pares de bases (Oliveira et al., 2006). Assim, os microssatélites constituem uma curta seqüência repetida em tandem (em “fila”), com um tamanho de 1-6 nucleotídeos, distribuídos aleatoriamente pelo genoma da maioria dos organismos. Essas seqüências podem se repetir por até algumas dezenas de vezes e, freqüentemente, exibem polimorfismo multi-alélico (Ferreira e Gratapaglia 1998). Para visualizar o polimorfismo nos microssatélites é realizada a amplificação das sequências repetidas pela reação em cadeia da polimerase (PCR), que utiliza pequenas seqüências de nucleotídeos como primers (Farah, 2000). Para isso, é mais indicado a seleção de primers específicos ou a transferência de primers heterólogos previamente testados (Francisco et al. 2006). 20 Os microssatélites podem ser separados em quatro classes: (i) perfeito, quando as seqüências são repetidas sem interrupção (GTGTGTGTGT); (ii) imperfeito, quando uma ou outra repetição apresenta uma base que não pertence à repetição (GTGTCGTGT); (iii) interrompido, quando há a inserção de um pequeno número de pares de bases entre as seqüências repetidas (GTGTGTAAAGTGT); e (iv) composto: quando dois ou mais microssatélites estão justapostos (CACACAGTGTGT) (Oliveira et al., 2006). Estas interrupções do tipo “ii, iii e iv” parecem estabilizar os microssatélites, visto que se observa menor incidência de erros durante a replicação nesses casos (Weber, 1990). Os microssatélites têm sido extremamente úteis em estudos populacionais, principalmente no que se refere às análises de relações de parentesco, variações espaciais intra-específicas e filogeografia (Sunnucks, 2000; Moritriz e Hills, 1996; Avise, 1989). A transferência de primers heterólogos de microssatélites é uma alternativa para a redução de tempo e de custos de seleção de primers específicos. Esta transferência se torna possível pela conservação de regiões que flanqueiam os microssatélites em espécies taxonomicamente próximas (Ferreira e Grattapaglia, 1998), mas há riscos de insucesso, sobretudo na detecção de alelos polimórficos. Atualmente há um grande número de estudos com microssatélites, incluindo vários com abelhas Meliponini (Chung et al., 1993; Butcher et al., 2001; Paxton et al., 2003; Peters, 2003; Jean-Chistophe et al., 2005; Francisco et al., 2006; Carvalho-Zilse e Kerr, 2006; Steiner et al., 2006; Thorén et al., 2007; Souza et al., 2007). Em muitos casos a transferência de primers entre espécies gerou resultados satisfatórios. Chung et al.(1993) transferiu com sucesso primers de bovinos para caprinos; Francisco et al. (2006) ressaltou que a transferência de primers heterólogos para Plebeia remota foi eficiente, apesar de revelar poucos alelos por loco; Carvalho-Zilse e Kerr (2006) utilizaram primers heterólogos entre espécies do gênero Melipona e o resultado foi satisfatório. 3.2 Estudos Populacionais Envolvendo Microssatélites Recentemente, a utilização dos microssatélites como marcadores moleculares em estudos populacionais e evolutivos tem sido bem sucedida em diversos organismos (Simonsen et al., 1998, Haavi et al., 2000, Clémencet et al., 2005). Arias et al. (2006) descreveram vários exemplos em que microssatélites e DNA mitocondrial (DNAmt) foram aplicados ao estudo de espécies de abelhas sociais. Os resultados obtidos já permitem formular hipóteses a cerca da filogenia, dinâmica populacional e evolução dos grupos de abelhas. Widmer et al. (1998) puderam constatar que populações de abelhas Bombus (Bombini) das ilhas Canárias (Bombus canariensis) e Madeira (Bombus maderensis) apresentavam grandes diferenças de afinidade com populações do continente próximo (Bombus terrestres), usando microssatélites e um loco do DNA mitocondrial do citocromo b. Com uso de microsatélites. Widmer e Schmid-Hempel (1999) detectaram diferenças consistentes entre 16 populações de Bombus pascuorum, que sustentavam o argumento de isolamento por processo de vicariância, causado pelo soerguimento dos Alpes. Em Meliponini, Francisco (2002) fez análises de DNAmt e microssatélites em Plebeia remota para estudos populacionais. O trabalho identificou diferenças genéticas entre amostras de populações de diferentes estados brasileiros (São Paulo, Paraná e Santa Catarina). Entretanto, mostrou que houve um baixo polimorfirmo na transferência de primers entre espécies. Werneck (2008) avaliou a influência de alelos nulos no sucesso sobre a transferência de sete primers para Melipona mandacaia, desenvolvidos para Melipona bicolor. Em estudos de populações de Partamona mulata e Partamona helleri (Meliponini), Brito (2005) observou baixa variabilidade genética nos locos de microssatélites de ambas as espécies e discreta estruturação genética dentro das populações locais. Segundo a autora, este último aspecto poderia ser conseqüência da fragmentação dos habitats de floresta ou de cerrados, áreas de distribuição das espécies. Em síntese, os microssatélites são muito úteis no estudo de diferenciações nas populações em grande escala ou escala geográfica e, provavelmente, também podem ser aplicados com sucesso na análise de estrutura de populações em menor escala espacial (populações locais ou em mosaico). No entanto, nos estudos com abelhas Meliponini tem sido observado baixo polimorfismo com a utilização de primers heterólogos, o que pode demandar maior esforço de caracterização de marcadores específicos em número adequado para análises robustas de estrutura espacial de populações. / Salvador, Bahia
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Marcadores " clínicos" relacionados com evolução "desfavorável" em neoplasias intra-epitelias cervicais tratadas por conização / Fernanda Villar Fonseca ; orientador, Flavio Daniel S. Tomasich ; co-orientadora, Juliana Elizabeth Jung

Fonseca, Fernanda Villar January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2011 / Bibliografia: f. 56-66 / Objetivo: avaliar o risco de vários fatores clínicos de predizer doença persistente ou recorrente, após tratamento de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) por conização e o significado clínico da expressão da p53 e da p16INK4a nestes tumores. Métodos: / Purpose: Evaluate the ability of various factors to predict recurrence or persistence disease, after therapeutic conization on CIN 2 and 3 and the clinical significance of p16 INK4a and p53 in tumor progression. Methods: A retrospective review was conduct
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Análise das expressões imunohistoquímicas da p53, bcl-2 e ki-67 no adenocarcinoma colorretal e suas correlações com os fatores prognósticos / Analysis of the immunohistochemical expressions of p53, bcl-2 and Ki-67 in colorectal adenocarcinoma and their correlations with the prognostic factors

Menezes, Hunaldo Lima de [UNIFESP] 29 April 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:21Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-04-29. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:24Z : No. of bitstreams: 1 Publico-00205.pdf: 1087268 bytes, checksum: 8ae7e5f6bdd855e97595278010953ec4 (MD5) / Objetivo: Analisar as expressoes imunohistoquimicas das proteinas p53, bcl-2 e Ki-67 no adenocarcinoma colorretal, correlacionando-as com os fatores prognosticos clinico-patologicos. Metodo: Foram confeccionados blocos de parafina de TMA com tecido de adenocarcinoma colorretal ressecados cirurgicamente em 82 pacientes no Hospital Sao Paulo da UNIFESP/EPM, de 2002 a 2005, nao submetidos a radio ou quimioterapia. Cortes de 4 ƒÊm foram submetidos a reacao imunohistoquimica e obtidos escores de intensidade das imunoexpressoes, que foram correlacionados com o grau de diferenciacao celular, estadiamento, tempo livre de doenca, recidiva, sobrevida e mortalidade especifica entre si e com os dados de sobrevida dos pacientes. As variaveis do estudo foram analisadas pelos testes do qui-quadrado e de Kaplan-Meier para verificar as associacoes com os marcadores. A significancia das diferencas entre as curvas do tempo livre de doenca e da sobrevida foi analisada pelos testes de Logrank e Wilcoxon. Resultados: A expressao imunohistoquimica da p53 foi positiva em 70 tumores (85,4%) e negativa em 12 (14,6%). A bcl-2 foi positiva em 26 tumores (31,7%) e negativa em 56 (68,3%). A expressao imunohistoquimica da Ki-67 foi positiva em 62 tumores (75,6%), sendo em 20 (24,4%) negativa. Nao houve correlacao estatisticamente significante entre as expressoes imunohistoquimicas dos marcadores analisadas separadamente ou em conjunto, envolvendo o grau de diferenciacao celular, estadiamento, tempo livre de doenca, sobrevida e mortalidade especifica. Com relacao a recidiva, observou-se uma correlacao estatisticamente significante com a expressao imunohistoquimica positiva da Ki-67 (p= 0,035). Conclusao: A expressao imunohistoquimica positiva da Ki-67 no cancer colorretal esta relacionada com a incidencia de recidiva da doenca. / Purpose: To analyse the immunohistochemical expressions of the proteins p53, bcl-2 e Ki-67 in colorectal adenocarcinoma and correlate it with the clinical pathological prognostic factors. Methods: A TMA paraffin block was constructed with colorectal carcinoma tissue of 82 patients who had undergone surgery in the Hospital Sao Paulo-UNIFESP, from 2002 to 2005, submitted neither to chemo or radiotherapy. Four ìm sections from the was submitted to immunohistochemistry and immunoexpression staining scores were obtained, than was correlated with the degree of cellular differential, stage, relapse-free survival, relapse, survival and specific mortality. The variables of the study were analyzed by tests of the qui-square and Kaplan-Meyer to verify the markers association. The significance of the differences between the curves of relapse-free survival and of the overall survival was analyzed by tests of lgrank and Wilcoxon. Results: The immunohistochemical expression of the p53 was found to be positive in 70 tumours (85,4%) and negative in 12 (14,6%). The bcl-2 was found to be positive in 26 (31,7%) and negative in 56 (68,3%). The immunohistochemical expression of the ki-67 was found to be positive in 62 (75,6%) and negative in 20 (24,4 %). There was no correlation statistically significant between the markers expressions separately and in conjunction, involving the degree of cellular differentiation, stage, relapse-free survival, survival and specific mortality. With respect the relapse, there was a correlation statistically significant with the positive expression of the ki-67 (p53=0,035). Conclusion: The immunohistochemical expression of the Ki-67 in colorectal cancer is related to the incidence of the relapse of the disease. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações

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