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Fatores ambientais e neurobiológicos associados ao transtorno de estresse pós-traumático e à resiliênciaTeche, Stefania Pigatto January 2013 (has links)
Após um trauma, características de resiliência protegem o indivíduo de desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou outro transtorno mental. O TEPT é um transtorno mental e comportamental, caracterizado por alta morbidade e grandes prejuízos sociais. Resiliência é o processo de negociação, de manejo e de adaptação frente a uma situação de estresse significativo ou trauma. Acredita-se que fatores ambientais e neurobiológicos estejam envolvidos na capacidade de resiliência e no desenvolvimento de TEPT. Método: estudo transversal de casos e controles pareados por sexo e idade. Foram estudados 33 pacientes com TEPT e 33 controles saudáveis que sofreram trauma. Os instrumentos usados foram a Escala de Resiliência, o Questionário de Estilo Defensivo (DSQ), o Questionário de Trauma na Infância (CTQ) e o instrumento Parental Bonding (PBI). As variáveis biológicas estudadas foram cortisol sérico, Interleucina-6 (IL-6) e Interleucina-10 (IL-10) séricas. Resultado: Houve diferença significativa entre os grupos no fator I da escala de resiliência (p=0,019); nos mecanismos de defesas maduras, maiores em resilientes (p<0,001); no abuso emocional (p=0,001) e físico (p=0,003) durante a infância maior em pacientes com TEPT; e em níveis de IL-10 menores em TEPT (p=0,029). Os níveis de IL-6 e cortisol sérico não mostraram diferença significativa. Conclui-se que a resiliência e o trauma na infância parecem ter influência no desfecho de TEPT e que níveis reduzidos de IL-10 em pacientes com TEPT demonstram a alteração do sistema imune nesta patologia. / After a traumatic event, characteristics of resilience protect individuals from developing posttraumatic stress disorder (PTSD) or other mental conditions. PTSD is a mental and behavioral disorder characterized by high morbidity and significant social impairment. Resilience is the process of negotiating, handling and adapting to a highly stressful situation or trauma. Environmental and neurobiological factors are believed to be involved in the capacity for resilience and the development of PTSD. Method: Cross-sectional study of cases and controls matched for age and sex, consisting of 33 patients with PTSD and 33 healthy controls who experienced trauma. Instruments used were the Resilience Scale, Defense Style Questionnaire (DSQ), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and the Parental Bonding Instrument (PBI). The biological variables studied were serum cortisol, Interleukin-6 (IL-6) and Interleukin-10 (IL-10) levels. Result: There was a significant intergroup difference in factor I of the resilience scale (p=0.019), with higher results in resilient subjects for mature defense mechanisms (p<0.001) and among patients with PTSD for emotional (p=0.001) and physical abuse (p=0.003) during childhood, as well as lower IL-10 levels for PTSD (p=0.029). No significant difference was recorded in serum cortisol and IL-6 levels. It was concluded that resilience and childhood trauma influence the outcome of PTSD and that lower IL-10 levels in patients with PTSD indicate immune system alterations in this pathology.
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Alteração dos níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no transtorno de estresse pós-traumáticoHauck, Simone January 2010 (has links)
Introdução: A prevalência ao longo da vida do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é estimada em 7-12%. O papel do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) nos processos de aprendizado, aquisição, consolidação e extinção da memória faz dele um candidato importante para a pesquisa dos fatores neurobiológicos subjacentes à patologia pós-traumática. Objetivo: Investigar os níveis do BDNF em pacientes com diagnóstico de transtorno de estresse agudo (TEA) e TEPT. Método: Um paciente com TEA e um com TEPT foram avaliados, antes e após tratamento efetivo, quanto à gravidade clínica e aos níveis de BDNF e comparados a controles normais. Em um segundo momento, 34 pacientes com TEA ou TEPT foram avaliados quanto a variáveis sócio-demográficas, gravidade clínica, tempo decorrido do trauma e níveis de BDNF e comparados a controles normais. Além disso, o grupo com trauma recente (menos de um ano da exposição) e o grupo com trauma remoto (mais de 4 anos da exposição) foram comparados entre si e com seus respectivos grupos controle. Resultados: Os dois pacientes avaliados antes e após tratamento tiveram níveis basais do BDNF superiores aos controles. Após o tratamento, esses níveis reduziram paralelamente à melhora clínica: 25% no caso de TEPT (tratado com psicoterapia breve e sertralina) e 65% no caso de TEA (tratado apenas com psicoterapia breve). Na segunda fase, os 34 pacientes com TEA e TEPT tiveram nível de BDNF mais alto que os controles. No entanto, o nível do BDNF foi maior logo após o evento traumático, reduzindo ao longo do tempo. Quando divididos em dois grupos de pacientes, os pacientes com trauma recente tiveram nível superior aos controles, o que não ocorreu com os pacientes com trauma remoto. Os dois grupos tiveram níveis de BDNF diferentes. Esses achados persistiram, mesmo controlando para severidade dos sintomas, uso de medicação e história de doença psiquiátrica. Conclusão: Esses achados sugerem que os níveis séricos de BDNF estão aumentados no TEA e nas fases iniciais do TEPT, de forma oposta ao que ocorre nos transtornos de humor. Considerando estudos que implicam o BDNF no aprendizado e na aquisição e consolidação da memória, esse aumento poderia estar relacionado ao comportamento disfuncional e às alterações de memória típicos do TEPT. Pode-se supor que, nas fases iniciais da patologia pós-traumática, o aumento do BDNF na via mesolíbica dopaminérgica pode ser mais importante do que a sua redução em áreas hipocampais, sendo central no desenvolvimento dos sintomas. É importante salientar que esse é um estudo preliminar, e pesquisas com amostras maiores são necessárias para confirmar os achados. / Background: The overall life-time prevalence of post-traumatic stress disorder (PTSD) is estimated at 7-12%. The role of brain-derived neurotrophic factor (BDNF) in the processes of learning, storage, retention and extinction of memory makes it a major candidate for investigating the neurobiological factors underlying the post-traumatic pathology. Objective: The aim of this study was to investigate the levels of BDNF in patients with acute stress disorder (ASD) and PTSD. Method: One ASD and one PTSD patient were assessed before and after effective treatment, regarding the clinical severity and the BDNF levels, and compared to age and gender matched controls. In a second phase, 34 patients with ASD or PTSD were assessed regarding socio-demographic variables, clinical severity, time elapsed since trauma, BDNF levels, and compared to matched controls. Besides, the recent trauma group (less than one year since trauma) and the remote trauma group (more than four years since trauma) were compared with each other and with their respective controls. Results: The two patients, evaluated before and after treatment, had basal levels of BDNF higher than that of controls. After treatment, these levels decreased in parallel with clinical improvement: 25% for PTSD (treated with brief psychotherapy, and sertraline) and 65% for ASD (treated with brief psychotherapy only). In the second phase, the 34 patients with ASD or PTSD had higher BDNF levels than controls. However, the level of BDNF was higher immediately after the traumatic event, reducing over time. When divided into two groups of patients, patients with recent trauma had higher levels than controls, which did not occur with trauma patients with remote trauma. The two groups had different levels of BDNF. These findings persisted, even controlling for severity of symptoms, medication use and history of psychiatric disorder. Conclusions: These findings suggest that serum BDNF levels are increased in TEA and in the early stages of PTSD, as opposed to what happens in mood disorders. Considering studies implicating BDNF in the formation and consolidation of memory, this increase could be related to dysfunctional learning and memory disruption typical of PTSD. One can assume that in the early stages of post-traumatic pathology, the increase in BDNF in the mesolimbic dopamine pathway may be more important than its reduction in hippocampal areas, being central in the development of symptoms and dysfunctional behavioral responses. It is important to note that this is a preliminary study, and researches with larger samples are necessary to confirm those findings.
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Trauma na infância e desempenho cognitivo : prejuízo da atenção em crianças em idade escolarBücker, Joana January 2010 (has links)
CONTEXTO: A exposição a eventos traumáticos durante a infância está associada a uma piora das funções cognitivas, especialmente na função executiva. Estes achados são bem documentados em adultos. Entretanto há poucos estudos que avaliam as alterações cognitivas em crianças em idade escolar com história de trauma precoce. OBJETIVO: Avaliar o desempenho cognitivo em crianças com história de abuso sexual, maus-tratos e/ou negligência, em comparação a controles não expostos a vivências traumáticas. MÉTODO: Em um estudo de caso-controle, foram recrutadas 30 crianças de 5 a 12 anos de idade com história de trauma e 30 controles, pareados por sexo e idade, no período de outubro de 2008 a janeiro de 2010. A cognição foi avaliada através do teste ‗Wisconsin card sorting test’, Escala Wechsler de Inteligência – 3ª Edição (subtestes dígitos, cubos e vocabulário) e do teste ‗Continuos Performance Test‘. O K-SADS-E foi utilizado para identificar sintomas ou transtornos psiquiátricos de acordo com DSM-IV-TR, os quais eram confirmados também em entrevista com psiquiatra. RESULTADOS: A prevalência de sintomas psiquiátricos nas crianças com trauma foi de 56,6% e nos controles foi de 6,7 % (p<0.001). Os casos tiveram um pior desempenho no subteste ‘Dígitos do WISC-III’ (F=8,553, p=0,005) e no teste ‗CPT commission errors‘ (F=5.63, p=0.022) quando comparados aos controles. Em crianças com trauma, o QI foi estatisticamente superior naquelas sem sintomas psiquiátricos (p= 0,025) em comparação com aquelas que apresentavam sintomas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que crianças com história de trauma apresentam prejuízo na atenção e na memória de trabalho comparado a controles, o que pode ser detectado já nos primeiros anos da idade escolar. A presença de sintomas psiquiátricos também está associada a um pior funcionamento cognitivo nestas crianças e a um pior funcionamento global. Os dados apresentados reforçam a importância de intervenção precoce para prevenir déficit cognitivo quando o trauma não pode ser evitado. / INTRODUCTION: Exposure to traumatic events during childhood is often associated with cognitive impairment. These findings are well documented in adults. However, few studies have examined cognitive function in school-age children with a history of early trauma. OBJECTIVE: To examine cognitive performance in children with trauma compared to age and gender matched controls. METHODS: We recruited thirty 5-12 years old children with a history childhood trauma and thirty age and gender matched controls. The neuropsychological battery assessed broad cognitive domains such as learning/working memory, executive function, attention, verbal/premorbid intellectual functioning (IQ) and impulsivity. The K-SADS-E was used to examine psychiatric symptoms or disorders according to DSM-IV-TR, which were also confirmed in an interview with a psychiatrist. RESULTS: The prevalence of psychiatric symptoms in those with childhood trauma was 56.6% while in controls was 6.7% (p <0.001). Those with trauma showed a worse performance in the Digit Span WISC-III (F = 8.553, p = 0.005) and CPT errors (F=5.63, p=0.022) when compared to controls. In addition, children with psychiatric symptoms and childhood trauma, showed lower IQ scores when compared to those without (p = 0.025). CONCLUSIONS: The results suggest that children with trauma show attention and working memory impairment when compared to controls, which is present as early as in the first school years. Furthermore, there is a high prevalence of psychiatric symptoms in children exposed to traumatic experiences and this seems to be associated with worse cognitive performance and global functioning. These findings further support the need for early intervention to prevent cognitive impairment when childhood trauma could not be avoided.
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Associação entre recaída do tabagismo e transtorno de estresse pós-traumático em adultos adscritos ao programa médico de família de Niterói-RJ, Brasil a partir do estudo CameliaFortes, Julciney Trindade January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Projeto Médico de Família de Niterói / Introdução: Apesar do Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e do tabagismo serem prevalentes, não há estudos no Brasil sobre a associação entre recaída, cessação do tabagismo e TEPT em comunidades de baixa renda. Objetivos: Avaliar a frequência de recaída na tentativa de abandonar o hábito de fumar em indivíduos com e sem TEPT, bem como analisar os fatores a ela associada. Métodos: Estudo transversal de adultos vinculados ao PMF (Programa Médico de Família) selecionados entre julho de 2006 a dezembro de 2007 conduzido a partir do Estudo CAMELIA (cardio-neuro-metabólico-renal familiar em Niterói). As associações foram estimadas através do modelo de Equações de Estimação Generalizadas. Resultados: O estudo foi representado por uma população de 320 indivíduos que já fumaram pelo menos 100 cigarros em suas vidas, dos quais 20% nunca tentaram parar de fumar, 52,2% eram ex-fumantes e 27,8% eram recidivantes. A prevalência de TEPT foi de 23,8% e dos três grupos de sintomas do TEPT (revivescência, evitação e hiperestimulação) foi de 22,2%, 25% e 20,6% respectivamente. Cor da pele (parda), frequência de consumo de álcool (nunca) e a pontuação PCL-C geral e grupo de sintomas (maior que o percentil 75) mostraram associação univariada estatisticamente significativa (p ≤0,15) com recaída de tabagismo. Sexo (mulheres), cor da pele (branca), IMC (< 25) e depressão (escore BDI > 19) apresentaram associação univariada (p ≤0,15) com TEPT (maior que percentil 75 na pontuação PCL-C geral e grupos de sintomas). As associações entre recaída e PCL-C geral, revivescência e hiperestimulação foram semelhantes para ambos, homem e mulher, cor de pele preta e não preta, e até 5 anos de estudo e 5 ou mais anos de estudo, indicando que não há interação. Para o grupo da evitação, as diferenças foram maiores, apontando para a existência de uma interação para sexo, cor da pele e escolaridade. Nos modelos estatísticos múltiplos testados apenas a recaída e a depressão foram fatores associados de forma significativa ao TEPT. Conclusão: A associação entre a recaída e o TEPT foi confirmada nesta investigação. / Introduction: Although posttraumatic stress disorder (PTSD) and smoking are prevalent, there are no studies in Brazil on the association between relapse, smoking cessation and PTSD in low-income communities. Objectives: To evaluate the frequency of relapse in the attempt to quit smoking in individuals with and without PTSD, as well as to analyze the factors associated with it. METHODS: Cross-sectional study of adults enrolled in the Family Medical Program selected from July 2006 to December 2007, conducted from the CAMELIA Study (cardio-neuro-metabolic-renal family in Niterói). The associations were estimated using the Generalized Estimation Equation model. Results: The study was represented by a population of 320 individuals who had smoked at least 100 cigarettes in their lives, of whom 20% never tried to quit smoking, 52.2% were ex-smokers and 27.8% were relapsed. The prevalence of PTSD was 23.8% and of the three symptom clusters (re-experiencing, avoidance and hyperarousal) were 22.2%, 25% and 20.6%, respectively. Skin color (brown), frequency of alcohol consumption (never) and overall PCL-C score and symptom clusters (greater than the 75th percentile) showed a statistically significant univariate association (p ≤0.15) with smoking relapse. Gender (women), skin color (white), BMI (<25) and depression (BDI score> 19) had a univariate association (p ≤0.15) with PTSD (greater than 75th percentile in the general PCL-C score and symptom clusters). The associations between relapse and general PCL-C, re-experiencing and hyperarousal were similar for both male and female, skin color black and not black, and up to 5 years of study and 5 or more years of study, indicating that there was no interaction. For the avoidance group, the differences were greater, pointing to the existence of an interaction for sex, skin color and schooling. In multiple, fully-tested models, only relapse and depression were significantly associated with PTSD. Conclusion: The association between relapse and PTSD was confirmed in this investigation.
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Serotonina e sensibilidade a estímulos relacionados ao trauma no transtorno de estresse pós-traumático remitido com inibidores seletivos de recaptura de serotonina / Serotonin and sensibility to trauma-related stimuli in selective serotonin reuptake inhibitors posttraumatic stress disorderFelipe D\'Alessandro Ferreira Corchs 15 December 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Apesar dos Inibidores Seletivos da Recaptura da Serotonina (ISRSs) serem a primeira escolha no tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) seu mecanismo de ação não é completamente compreendido. Possivelmente, um aumento na resiliência ao estresse esteja envolvido. Como a serotonina (5HT) ajuda a mediar as respostas ao estresse em outros transtornos ansiosos, o paradigma de Depleção de Triptofano Aguda (DTa) foi usado para diminuir a 5HT central em Pacientes com TEPT remitido com ISRSs. MÉTODOS: Dez pacientes com TEPT (diagnosticados pela Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional) que tiveram resposta completa com um ISRS (Escala de Impressões Clínicas Globais de Melhora 1-2 por pelo menos 3 meses) foram selecionados para o experimento. Os pacientes foram testados em duas ocasiões diferentes separadas por uma semana nas quais os pacientes receberam uma mistura contendo grandes aminoácidos neutros ou com (Depleção de Triptofano Falsa [DTf]; dia controle) ou sem triptofano (dia DTa). Auto relatos de ansiedade e humor, bem como medidas cardiovasculares, foram obtidos ao longo dos testes. Cinco horas e meia após a ingestão da mistura os pacientes foram re-expostos aos seus traumas através do procedimento de imaginação guiada de Pitman. RESLTADOS: Esses procedimentos provocaram elevados escores nas medidas avaliadas em ambos os dias, com respostas significativamente mais intensas no dia DTa conforme avaliado pelas Escalas Visuais Analógicas (DTa 47,57 [21,75] -v- DTf 20,71 [18,4]; p=0,001), Escala de Trauma de Davidson (29,4 [12,7] -v- 15,7 [7,79]; p=0,001), Inventário de Ansiedade de Spielberger versão Estado (28,9 [11,03] -v- 18,5 [10,13]; p=0,066, e Perfis de Estados de Humor (p<0,001). CONCLUSÕES: Esses dados são os primeiros a demonstrar que a depleção de 5HT piora as respostas subjetivas a re-experimentação de memórias traumáticas no TEPT e sugere que o aumento na função da 5HT induzida por ISRSs diminui os sintomas de TEPT, especialmente sob provocação, i.e. 5HT ajuda a mediar a resiliência ao estresse. Além de fornecer insights sobre o como os ISRSs funcionam no TEPT, esses dados também oferecem uma abordagem de potenciais novos tratamentos para esse transtorno / INTRODUCTION: Although Selective Serotonin Reuptake Inhibitors (SSRIs) are the first-line Posttraumatic Stress Disorder (PTSD) treatments their mechanism of action is unclear, but possibly improvement of stress resilience is involved. As serotonin (5HT) helps regulate stress responses in other anxiety disorders, the acute tryptophan depletion (aTD) technique was used to lower brain 5HT in SSRSs-remitted PTSD patients. METHODS: Ten patients with PTSD (Mini-International Neuropsychiatric Interview diagnosed) who had made a full recovery on SSRIs (Clinical Global Impressions Improvement Scale 1-2 for at least 3 months) were enrolled in the experiment. Patients were tested on 2 separate occasions a week apart - each session they received a drink containing large neutral amino acids either with (Sham Depletion [SD]; control day) or no tryptophan (aTD day). Self reports of anxiety and mood, as well as cardiovascular measures, were obtained throughout the tests. At 5.5 hours after the drink subjects were reexposed to their trauma using a modification of Pitmans imagery guided method. RESULTS: These procedures provoked elevated ratings on both days, with significantly more marked responses on the aTD day according to Visual Analogue Scales (aTD 47.57 [21.75] -v- SD 20.71 [18.4]; p=0.006), Davidson Trauma Scale (29.4 [12.7] -v- 15.7 [7.79]; p=0.001), Spielberger State Anxiety Inventory (28.9 [11.03] -v- 18.5 [10.13]; p=0.066, and Profile of Mood States (p<0.001). CONCLUSIONS: These data are the first to show that 5HT depletion worsens the subjective responses to reliving traumatic memories in PTSD and suggest that that SSRI-induced increases in 5HT function restrains PTSD symptoms, especially under provocation, i.e. 5HT helps mediate resilience to stress. As well as giving insights into how SSRIs work in PTSD, these data may also offer a translational approach to potential new treatments for this disorder
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Trauma na infância e desempenho cognitivo : prejuízo da atenção em crianças em idade escolarBücker, Joana January 2010 (has links)
CONTEXTO: A exposição a eventos traumáticos durante a infância está associada a uma piora das funções cognitivas, especialmente na função executiva. Estes achados são bem documentados em adultos. Entretanto há poucos estudos que avaliam as alterações cognitivas em crianças em idade escolar com história de trauma precoce. OBJETIVO: Avaliar o desempenho cognitivo em crianças com história de abuso sexual, maus-tratos e/ou negligência, em comparação a controles não expostos a vivências traumáticas. MÉTODO: Em um estudo de caso-controle, foram recrutadas 30 crianças de 5 a 12 anos de idade com história de trauma e 30 controles, pareados por sexo e idade, no período de outubro de 2008 a janeiro de 2010. A cognição foi avaliada através do teste ‗Wisconsin card sorting test’, Escala Wechsler de Inteligência – 3ª Edição (subtestes dígitos, cubos e vocabulário) e do teste ‗Continuos Performance Test‘. O K-SADS-E foi utilizado para identificar sintomas ou transtornos psiquiátricos de acordo com DSM-IV-TR, os quais eram confirmados também em entrevista com psiquiatra. RESULTADOS: A prevalência de sintomas psiquiátricos nas crianças com trauma foi de 56,6% e nos controles foi de 6,7 % (p<0.001). Os casos tiveram um pior desempenho no subteste ‘Dígitos do WISC-III’ (F=8,553, p=0,005) e no teste ‗CPT commission errors‘ (F=5.63, p=0.022) quando comparados aos controles. Em crianças com trauma, o QI foi estatisticamente superior naquelas sem sintomas psiquiátricos (p= 0,025) em comparação com aquelas que apresentavam sintomas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que crianças com história de trauma apresentam prejuízo na atenção e na memória de trabalho comparado a controles, o que pode ser detectado já nos primeiros anos da idade escolar. A presença de sintomas psiquiátricos também está associada a um pior funcionamento cognitivo nestas crianças e a um pior funcionamento global. Os dados apresentados reforçam a importância de intervenção precoce para prevenir déficit cognitivo quando o trauma não pode ser evitado. / INTRODUCTION: Exposure to traumatic events during childhood is often associated with cognitive impairment. These findings are well documented in adults. However, few studies have examined cognitive function in school-age children with a history of early trauma. OBJECTIVE: To examine cognitive performance in children with trauma compared to age and gender matched controls. METHODS: We recruited thirty 5-12 years old children with a history childhood trauma and thirty age and gender matched controls. The neuropsychological battery assessed broad cognitive domains such as learning/working memory, executive function, attention, verbal/premorbid intellectual functioning (IQ) and impulsivity. The K-SADS-E was used to examine psychiatric symptoms or disorders according to DSM-IV-TR, which were also confirmed in an interview with a psychiatrist. RESULTS: The prevalence of psychiatric symptoms in those with childhood trauma was 56.6% while in controls was 6.7% (p <0.001). Those with trauma showed a worse performance in the Digit Span WISC-III (F = 8.553, p = 0.005) and CPT errors (F=5.63, p=0.022) when compared to controls. In addition, children with psychiatric symptoms and childhood trauma, showed lower IQ scores when compared to those without (p = 0.025). CONCLUSIONS: The results suggest that children with trauma show attention and working memory impairment when compared to controls, which is present as early as in the first school years. Furthermore, there is a high prevalence of psychiatric symptoms in children exposed to traumatic experiences and this seems to be associated with worse cognitive performance and global functioning. These findings further support the need for early intervention to prevent cognitive impairment when childhood trauma could not be avoided.
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Avaliação da Terapia Interpessoal de grupo em pacientes com Transtorno do Estresse Pós-Traumático vítimas de violência urbana / Efficacy of Interpersonal Therapy-Group format adapted to Pos-traumatic Stress Disorder: an open-label add-on trialBraga, Rosaly Ferreira [UNIFESP] 24 November 2010 (has links) (PDF)
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Publico-346.pdf: 373324 bytes, checksum: b15251f6022f133299360a274f5cbd73 (MD5) / Objetivo: Avaliar eficácia da Psicoterapia Interpessoal no formato de grupo (TIP-G) adaptada para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) como um tratamento adjunto para pacientes refratários a medicação. Método: Foram incluídos na pesquisa 40 pacientes do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (Prove) do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles receberam tratamento farmacológico convencional por pelo menos 12 semanas e não obtiveram uma resposta clínica significativa. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), o diagnóstico de TEPT era confirmado através da aplicação da entrevista diagnóstica semi-estruturada (SCID-I) segundo os critérios do DSM-IV. Ao início e no final da intervenção (TIP-G TEPT) foi aplicada a Clinician Administered PTSD Scale (CAPS) para avaliar a gravidade dos sintomas, a Beck Depression Inventory (BDI) depressão, a Beck Anxiety Inventory (BAI) ansiedade, a Social Adjustment Scale (SAS) para avaliar o ajustamento social, a MOS 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) para avaliar a qualidade de vida, e os resultados comparados. Resultados: Dos 40 pacientes incluídos no estudo 33 completaram a intervenção e apresentaram melhora significativa em todas as mensurações, com "effect size" elevado. Os escores da CAPS [72,3 (4,4) vs 35,5(5,4) ES=1,169 p<0,0001], do BDI [26,2 (1,8) vs 13,3 (1,56) ES=1,291 p<0,0001], do BAI [31,97(2,01) vs 17,03(2,14) ES=1,201 p<0,0001, da SAS [2,6(0,12) vs 2,17(0,11) ES=0,633 p=0,0007, e da SF-36 [ 80,16(3,2) vs 104,4(4,18) ES=1,04 p<0,0001. Conclusão: A adaptação da TIP-G para o TEPT se mostrou eficaz como tratamento adjuntivo e com ótima tolerabilidade para os pacientes que não responderam ao tratamento medicamentoso, não só na diminuição dos sintomas do TEPT, mas também na diminuição dos sintomas de depressão e ansiedade. Assim como uma melhora significante no ajustamento social e qualidade de vida. Novos estudos randomizados e controlados devem ser feitos para a confirmação desses resultados. / Background: Posttraumatic stress disorder (PTSD) is a highly prevalent condition, yet available treatments demonstrate only modest efficacy. Exposure therapies, considered by many to be the “gold standard” therapy for PTSD, are poorly tolerated by many patients and show high attrition. We evaluated interpersonal therapy, in a group format, adapted to PTSD (IPT-G PTSD), as an adjunctive treatment for patients who failed to respond to conventional psychopharmacological treatment. Methods: Research participants included 40 patients who sought treatment through a program on violence in the department of psychiatry of Federal University of São Paulo (UNIFESP). They had received conventional psychopharmacological treatment for at least 12 weeks and failed to have an adequate clinical response. After signing an informed consent, previously approved by the UNIFESP Ethics Review Board, they received a semistructured diagnostic interview (SCID-I), administered by a trained mental health worker, to confirm the presence of a-PTSD diagnosis according DSM-IV criteria. Other instruments were administered, and patients completed out selfreport instruments at baseline, and endpoint to evaluate clinical outcomes.Results: Thirty-three patients completed the trial, but all had at least one second outcome evaluation. There were significant improvements on all measures, with large effect sizes. Conclusions: IPT-G PTSD was effective not only in decreasing symptoms of PTSD, but also in decreasing symptoms of anxiety and depression. It led to significant improvements in social adjustment and quality of life. It was well tolerated and there were few dropouts. Our results are very preliminary; they need further confirmation through randomized controlled clinical trials. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Eficácia do topiramato no tratamento do transtorno de estresse postraumático / Effectiveness of topiramate in the treatment of posttraumatic stress disordersYeh, Mary Sau Ling [UNIFESP] 27 October 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010-10-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:32Z : No. of bitstreams: 1
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Publico-478c.pdf: 865894 bytes, checksum: 6c26a1bd60d04ccd988686846c01b9cf (MD5) / O presente estudo avaliou a eficácia e a tolerabilidade do topiramato nos pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Foi realizado estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado comparando topiramato com placebo. Homens e mulheres entre 18 e 62 anos com diagnóstico de TEPT segundo os critérios do DSM-IV foram selecionados do ambulatório do Programa de Violência da Universidade Federal de São Paulo (Prove- UNIFESP) entre abril de 2006 e dezembro de 2009. Os participantes foram avaliados através da escala de TEPT administrada por clínicos (CAPS), escala de Impressão Clínica Global (CGI) e Inventário de Depressão de Beck (BDI). Após 1 semana de wash-out, trinta e cinco pacientes com TEPT foram randomizados para tratamento com topiramato ou placebo e acompanhados por 12 semanas. Foi observado que 82,35% dos pacientes que receberam topiramato apresentaram melhora dos sintomas do TEPT. Na análise de eficácia, os pacientes do grupo topiramato demonstrou demonstraram redução significativa dos sintomas de revivescência: memórias intrusivas, flashbacks e pesadelos (CAPS B; p=0,004) e sintomas de evitação e entorpecimento emocional (CAPS C; p = 0,0001). Além disso, encontramos melhora significativa do escore do CAPS total (topiramato –57,78; placebo –32,41; p = 0,0076) nos pacientes do grupo experimental. Topiramato foi bem tolerado e efetivo principalmente nos sintomas de revivescência e anestesia e evitação do TEPT. Este estudo dá suporte para o uso de anticonvulsivantes na melhora dos sintomas do TEPT. / The aim of this study was to evaluate the efficacy and tolerability of topiramate in patients with posttraumatic stress disorder (PTSD). We conducted a 12-week double-blind, randomized, placebo-controlled study comparing topiramate to placebo. Men and women aged 18 to 62 years with diagnosis of PTSD according to DSM-IV were recruited from the outpatient clinic of the violence program of Federal University of São Paulo Hospital (Prove- UNIFESP), São Paulo City, between April 2006 and December 2009. Subjects were assessed for the Clinician-Administered Posttraumatic Stress Scale (CAPS), Clinical Global Impression (CGI), and Beck Depression Inventory (BDI). After 1-week period of washout, 35 patients were randomized to either group. The primary outcome measure was the CAPS total score changes from baseline to the endpoint. In all 82.35% of patients in the topiramate group exhibited improvements in PTSD symptoms. The efficacy analysis demonstrated that patients in the topiramate group exhibited significant improvements in reexperiencing symptoms: flashbacks, intrusive memories, and nightmares of the trauma (CAPS-B; p = 0.04) and in avoidance/numbing symptoms associated with the trauma, social isolation, and emotional numbing (CAPS-C; p = 0.0001). Furthermore, the experimental group demonstrated a significant difference in decrease in CAPS total score (topiramate –57.78; placebo –32.41; p = 0.0076). Topiramate was generally well tolerated. Topiramate was effective in improving reexperiencing and avoidance/numbing symptom clusters in patients with PTSD. This study supports the use of anticonvulsants for the improvement of symptoms of PTSD. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Fatores ambientais e neurobiológicos associados ao transtorno de estresse pós-traumático e à resiliênciaTeche, Stefania Pigatto January 2013 (has links)
Após um trauma, características de resiliência protegem o indivíduo de desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou outro transtorno mental. O TEPT é um transtorno mental e comportamental, caracterizado por alta morbidade e grandes prejuízos sociais. Resiliência é o processo de negociação, de manejo e de adaptação frente a uma situação de estresse significativo ou trauma. Acredita-se que fatores ambientais e neurobiológicos estejam envolvidos na capacidade de resiliência e no desenvolvimento de TEPT. Método: estudo transversal de casos e controles pareados por sexo e idade. Foram estudados 33 pacientes com TEPT e 33 controles saudáveis que sofreram trauma. Os instrumentos usados foram a Escala de Resiliência, o Questionário de Estilo Defensivo (DSQ), o Questionário de Trauma na Infância (CTQ) e o instrumento Parental Bonding (PBI). As variáveis biológicas estudadas foram cortisol sérico, Interleucina-6 (IL-6) e Interleucina-10 (IL-10) séricas. Resultado: Houve diferença significativa entre os grupos no fator I da escala de resiliência (p=0,019); nos mecanismos de defesas maduras, maiores em resilientes (p<0,001); no abuso emocional (p=0,001) e físico (p=0,003) durante a infância maior em pacientes com TEPT; e em níveis de IL-10 menores em TEPT (p=0,029). Os níveis de IL-6 e cortisol sérico não mostraram diferença significativa. Conclui-se que a resiliência e o trauma na infância parecem ter influência no desfecho de TEPT e que níveis reduzidos de IL-10 em pacientes com TEPT demonstram a alteração do sistema imune nesta patologia. / After a traumatic event, characteristics of resilience protect individuals from developing posttraumatic stress disorder (PTSD) or other mental conditions. PTSD is a mental and behavioral disorder characterized by high morbidity and significant social impairment. Resilience is the process of negotiating, handling and adapting to a highly stressful situation or trauma. Environmental and neurobiological factors are believed to be involved in the capacity for resilience and the development of PTSD. Method: Cross-sectional study of cases and controls matched for age and sex, consisting of 33 patients with PTSD and 33 healthy controls who experienced trauma. Instruments used were the Resilience Scale, Defense Style Questionnaire (DSQ), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and the Parental Bonding Instrument (PBI). The biological variables studied were serum cortisol, Interleukin-6 (IL-6) and Interleukin-10 (IL-10) levels. Result: There was a significant intergroup difference in factor I of the resilience scale (p=0.019), with higher results in resilient subjects for mature defense mechanisms (p<0.001) and among patients with PTSD for emotional (p=0.001) and physical abuse (p=0.003) during childhood, as well as lower IL-10 levels for PTSD (p=0.029). No significant difference was recorded in serum cortisol and IL-6 levels. It was concluded that resilience and childhood trauma influence the outcome of PTSD and that lower IL-10 levels in patients with PTSD indicate immune system alterations in this pathology.
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Alteração dos níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no transtorno de estresse pós-traumáticoHauck, Simone January 2010 (has links)
Introdução: A prevalência ao longo da vida do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é estimada em 7-12%. O papel do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) nos processos de aprendizado, aquisição, consolidação e extinção da memória faz dele um candidato importante para a pesquisa dos fatores neurobiológicos subjacentes à patologia pós-traumática. Objetivo: Investigar os níveis do BDNF em pacientes com diagnóstico de transtorno de estresse agudo (TEA) e TEPT. Método: Um paciente com TEA e um com TEPT foram avaliados, antes e após tratamento efetivo, quanto à gravidade clínica e aos níveis de BDNF e comparados a controles normais. Em um segundo momento, 34 pacientes com TEA ou TEPT foram avaliados quanto a variáveis sócio-demográficas, gravidade clínica, tempo decorrido do trauma e níveis de BDNF e comparados a controles normais. Além disso, o grupo com trauma recente (menos de um ano da exposição) e o grupo com trauma remoto (mais de 4 anos da exposição) foram comparados entre si e com seus respectivos grupos controle. Resultados: Os dois pacientes avaliados antes e após tratamento tiveram níveis basais do BDNF superiores aos controles. Após o tratamento, esses níveis reduziram paralelamente à melhora clínica: 25% no caso de TEPT (tratado com psicoterapia breve e sertralina) e 65% no caso de TEA (tratado apenas com psicoterapia breve). Na segunda fase, os 34 pacientes com TEA e TEPT tiveram nível de BDNF mais alto que os controles. No entanto, o nível do BDNF foi maior logo após o evento traumático, reduzindo ao longo do tempo. Quando divididos em dois grupos de pacientes, os pacientes com trauma recente tiveram nível superior aos controles, o que não ocorreu com os pacientes com trauma remoto. Os dois grupos tiveram níveis de BDNF diferentes. Esses achados persistiram, mesmo controlando para severidade dos sintomas, uso de medicação e história de doença psiquiátrica. Conclusão: Esses achados sugerem que os níveis séricos de BDNF estão aumentados no TEA e nas fases iniciais do TEPT, de forma oposta ao que ocorre nos transtornos de humor. Considerando estudos que implicam o BDNF no aprendizado e na aquisição e consolidação da memória, esse aumento poderia estar relacionado ao comportamento disfuncional e às alterações de memória típicos do TEPT. Pode-se supor que, nas fases iniciais da patologia pós-traumática, o aumento do BDNF na via mesolíbica dopaminérgica pode ser mais importante do que a sua redução em áreas hipocampais, sendo central no desenvolvimento dos sintomas. É importante salientar que esse é um estudo preliminar, e pesquisas com amostras maiores são necessárias para confirmar os achados. / Background: The overall life-time prevalence of post-traumatic stress disorder (PTSD) is estimated at 7-12%. The role of brain-derived neurotrophic factor (BDNF) in the processes of learning, storage, retention and extinction of memory makes it a major candidate for investigating the neurobiological factors underlying the post-traumatic pathology. Objective: The aim of this study was to investigate the levels of BDNF in patients with acute stress disorder (ASD) and PTSD. Method: One ASD and one PTSD patient were assessed before and after effective treatment, regarding the clinical severity and the BDNF levels, and compared to age and gender matched controls. In a second phase, 34 patients with ASD or PTSD were assessed regarding socio-demographic variables, clinical severity, time elapsed since trauma, BDNF levels, and compared to matched controls. Besides, the recent trauma group (less than one year since trauma) and the remote trauma group (more than four years since trauma) were compared with each other and with their respective controls. Results: The two patients, evaluated before and after treatment, had basal levels of BDNF higher than that of controls. After treatment, these levels decreased in parallel with clinical improvement: 25% for PTSD (treated with brief psychotherapy, and sertraline) and 65% for ASD (treated with brief psychotherapy only). In the second phase, the 34 patients with ASD or PTSD had higher BDNF levels than controls. However, the level of BDNF was higher immediately after the traumatic event, reducing over time. When divided into two groups of patients, patients with recent trauma had higher levels than controls, which did not occur with trauma patients with remote trauma. The two groups had different levels of BDNF. These findings persisted, even controlling for severity of symptoms, medication use and history of psychiatric disorder. Conclusions: These findings suggest that serum BDNF levels are increased in TEA and in the early stages of PTSD, as opposed to what happens in mood disorders. Considering studies implicating BDNF in the formation and consolidation of memory, this increase could be related to dysfunctional learning and memory disruption typical of PTSD. One can assume that in the early stages of post-traumatic pathology, the increase in BDNF in the mesolimbic dopamine pathway may be more important than its reduction in hippocampal areas, being central in the development of symptoms and dysfunctional behavioral responses. It is important to note that this is a preliminary study, and researches with larger samples are necessary to confirm those findings.
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