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Incidenční a prevalnční onemocnění v okrsní nemocnici v průběhu 3 let. / Incidence and prevalence of a disease in a district hospital over 3 years.

Matoušů, Barbora January 2008 (has links)
Branches of science such as epidemiology, clinical epidemiology, statistics and various statistical methods are by ground for activity of epidemiological-manager indicators. Incidence and prevalence are numbered among epidemiological-manager indicators. In condition of hospital Pelhřimov are these indicators written, analyzed and predicated for department of hospitalized in years 2005 -- 2007. At the same time is appraised use of capacities department of hospitalized, is made analyse and estimation of most often treated diagnosis and is watched progress their average time of treatment. The watching indicators are by one of series others records for manager decision-making by control of hospital.
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Prevalência e fatores de risco para sibilância em lactentes na cidade de Blumenau / Prevalence and risk factors for wheezing in wheezy baby in Blumenau city

Fogaça, Hamilton Rosendo, 1950- 12 October 2014 (has links)
Orientador: José Dirceu Ribeiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T12:49:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fogaca_HamiltonRosendo_M.pdf: 8991786 bytes, checksum: 91d4f715bcd18e742accd8443097b1cc (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Introdução: A sibilância no primeiro ano de vida pode ocorrer de modo isolado e ocasional (SO) ou recorrente (SR), caracterizando a Síndrome do Lactente Sibilante (SLS). Ambas são condições clínicas frequentes, heterogêneas e causadas por numerosas doenças e situações de agravos às vias aéreas e se manifesta clínica e laboratorialmente como vários fenótipos. Os numerosos estudos de prevalência de SO e SLS em lactentes têm evidenciado os seguintes fatores de riscos associados: antecedentes familiares para asma, hábitos alimentares e ocupacionais durante a gestação, tabagismo passivo, ausência de amamentação no seio materno, gênero, hábito de frequentar creche, poluentes ambientais: fumaça de cigarro, sensibilização a aeroalérgenos de ácaros, baratas e epitélios de animais, pneumonia, infecções respiratórias virais pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus (HRV), uso de antibióticos e paracetamol. Objetivo: Verificar a prevalência e fatores de risco para sibilância ocasional (SO) e recorrente (síndrome do lactente sibilante - SLS) em uma população de lactentes na cidade de Blumenau, Santa Catarina, no sul do Brasil. Método: Pais de lactentes entre 12-15 meses de idade que responderam o questionário escrito (QE-EISL) utilizado no Estudio Internacional de Sibilância en Lactantes (EISL). Resultados: Entre 1269 lactentes incluídos, a prevalência de sibilância e SLS foi de 715/1269 (56,34%) e 372/1269 (29,31%), respectivamente, e maior nos meninos. O primeiro episódio de sibilância ocorreu com 5,55±2,87 meses. Dos 479/715 (66,99%) lactentes que sibilaram, o primeiro episódio ocorreu nos primeiros seis meses de vida. Entre 372/715 (52,03%) apresentam três ou mais episódios (SLS). Fatores associados à sibilância: pneumonia, uso de corticoide oral, resfriado, creche, pais com asma e/ou alergia, mãe com emprego, gênero, ausência de aleitamento materno exclusivo,presença de mofo no domicilio. Fatores associados com SLS: chiado, diagnóstico de asma, visitas a serviço de emergência, uso de corticoide oral/inalatório, pneumonia, bronquite, dispneia,ir a creche, uso de broncodilatador, familiar com asma, ausência de aleitamento materno exclusivo, mãe com emprego, presença de cachorro na residência. Conclusão: A prevalência da sibilância na população estudada é elevada, multifatorial, e com fatores de risco intrínsecos e extrínsecos, incluindo: infecções do trato respiratório, alergia nos pais, hábito de frequentar creche e idade precoce de chiado. A elevada prevalência e altos índices de fatores de risco intrínsecos na população estudada ressaltam a necessidade e a oportunidade para estudos epidemiológicos e genéticos nesta população. Por outro lado, estratégias para que as mães aumentem o período de amamentação no seio e evitem creches para seus filhos antes dos seis primeiros meses de vida devem ser estimuladas / Abstract: Introduction: The wheezing in the first year of life may occur in isolation and occasional (SO) or recurrent featuring Squeaky Infant Syndrome (SLS). Both are common, heterogeneous and caused by many diseases and conditions of the airways diseases and clinical conditions manifested as various clinical and laboratory phenotypes. Studies in Brazil and other countries have shown that SLS and OS in the first year of life are common, with a prevalence ranging from 13 to 80.3% among different centers. Despite the high prevalence of SLS, the disappearance of the same, after early childhood, is referenced in the literature. The high prevalence becomes necessary to know the severity and risk factors involved in these syndromes, the first year of life in different regions of our country. Numerous studies on the prevalence of SO and SLS in infants have shown the following risk factors associated with: family history of asthma, food and occupational habit during pregnancy, passive smoking, lack of breastfeeding breastfed, gender, habit of attending daycare environmental pollutants: tobacco smoke, sensitization to airborne allergens from dust mites, cockroaches and animal epithelia, pneumonia, viral respiratory infections by respiratory syncytial virus and rhinovirus, antibiotics and paracetamol. Therefore, it becomes necessary to know the severity and risk factors for the population of infants in different regions of our country. Objective: To determine the prevalence and risk factors for occasional (OW) and recurrent wheezing (wheezy baby syndrome - WBS). Method: Parents of infants between 12-15 months of age, who responded the international written questionnaire (WQ-EISL) used in the Estudio Internacional de Sibilância en Lactantes (EISL). Results: Among 1269 infants included, the prevalence of OW and WBS was 715/1269 (56.34%) and 372/1269 (29.31%), respectively, being bigger in boys. The first episode of wheezing occurred with 5.55±2.87 months. Of 479/715 (66.99%) wheezing infants, the first episode occurred in the first six months of life. Between 372/715 (52.03%) had three or more episodes. Factors associated with wheezing were: pneumonia, oral corticosteroids, cold, day care center, parents with asthma and/or allergies, mother with employment, gender, exclusive breastfeeding and mold. Factors associated with WBS were: cold, asthma diagnosis, visits to the emergency service, use of oral/inhaled corticosteroids, pneumonia, bronchitis, dyspnea, day care center, use of bronchodilator, familiar with asthma, lack of breastfeeding breastfed, mother employment and presence of a dog in residence. Conclusion: The prevalence of wheezing in our population is high (56.34%), multifactorial, with intrinsic and extrinsic risk factors including: respiratory tract infections, allergic parents, the habit of attending childcare and early age of wheezing. The high prevalence and high rates of intrinsic risk factors in the population, stressed the need and opportunity for epidemiological and genetic studies in this population. Furthermore, strategies for mothers to increase the period of breast feeding and avoid dacare centers before the first six months of life of their children should be encouraged / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Ciências
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Estudo da prevalencia e etiologia de disturbios da ATM em adultos jovens

Oliveira, Paulo Antonio de 12 October 2001 (has links)
Orientador: Altair Antoninha Del Bel Cury / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-07-31T15:14:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_PauloAntoniode_D.pdf: 6996623 bytes, checksum: c54fe9e3e6e9361a6e5856b4bdcf51d5 (MD5) Previous issue date: 2001 / Resumo: Foi propósito deste trabalho avaliar a prevalência de distúrbios da Articulação Têmporo Mandibular (DATM), em jovens universitários em uma amostra padronizada (n = 178) e relacionar prováveis agentes etiológicos. A metodologia utilizada para obtenção de dados foi questionário, exame clínico e eletrovibratografia computadorizada. A prevalência de distúrbios de ATM foi de 42,70% (76) sendo 31,46% (56) do sexo feminino e 11,24% (20) do sexo masculino; para dor 16,29% (29) sendo 9,55% (17) do sexo feminino e 6,74% (12) do sexo masculino; ruídos articulares 17,98% (32) sendo 14,61% (26) do sexo feminino e 3,37% (6) do sexo masculino; dor e ruído articular foi de 8,43% (15) sendo 7,30% (13) do sexo feminino e 1,12% (2) do sexo masculino. Para a etiologia dos distúrbios foram encontrados hipermobilidade articular sistêmica, apertamento dental, correção ortodôntica anterior e tensão emocional. A prevalência de portadores de hipermobilidade na amostra foi de 44,94% (80) sendo 31,46% (56) do sexo feminino e 13,48% (24) do sexo masculino. Destes apresentaram DATM 21,91% (39) sendo 17,42% (31) do sexo feminino e 4,49% (8) do sexo masculino; quanto ao apertamento 44,94% (80) apertavam dentes sendo 35,96% (64) do sexo feminino e 8,99% (16) do sexo masculino. Dentre estes apresentaram DATM 26,03% (41) sendo 20,22% (36) do sexo feminino e 2,81% (5) do sexo masculino; quanto a correção ortodôntica anterior, encontrou-se 64,04% (114) sendo 41,57% (74) do sexo feminino e 22,47% (40) do sexo masculino. Dentre estes apresentaram DATM 30,90% (55) sendo 21,91% (39) do sexo feminino e 8,99% (16) do sexo masculino. Relataram ser portadores de tensão emocional 62,92% (112) sendo 47,19%(84) do sexo feminino e 15,73% (28) do sexo masculino. Dentre estes apresentaram DATM 29,21% (52) sendo 24,16% (43) do sexo feminino e 5,06% (9) do sexo masculino. Os resultados sugeriram que a prevalência de DATM na amostra examinada foi relativamente alta sendo o sexo feminino o mais susceptivel. Não se encontrou um agente etiológico predominante no estudo, concluindo-se que DA TM tem etiologia multifatorial / Abstract: The purpose of this work was to evaluate the TMJs of young high school students, in a custom sample (# = 178) with the objective of acquiring a prevalence of signs and symptoms. The studies were also re1ated to probable etiological agents. The methods used in the data acquirement was questionnaire, c1inica1 examination and computerized eletrovibratography. The prevalence for TMJ disorders in the sample was 42,70% (76 young people) being 3],46% (56) female and 11,24% (20) male. The prevalence of pain was ]6,29% (29) being 9,55% (17) female and 6,74% (12) male. The prevalence of TMJ sounds was ]7,98% (32) being 14,6]% (26) female and 3,37% (6) male. The prevalence of pain and TMJ sounds was 8,43% (15) being 7,30% (13) female and 1,12% (2) male. About probable etiological agents: general joint hypermobility, dental compress, former orthodontic correction and emotional tension were studied. People with hypermobility represented 44,94% (80) being 31,46% (56) female and 13,48% (24) male. Between then 2],91% (39) had TMJ disorders, being 17,42% (31) female and 4,49% (8) male. In the sampke 44,94% (80) had dental compress, being 35,96% (64) female and 8,99% (16) male. Between then 26,03% (41) had TMJ disorders being 20,22% (36) female and 2,81% (5) male. The prevalence of young people with former orthodontic correction in the sample was 64,04% (114) being 41,57% (74) female and 22,47% (40) male. Between then 30,90% (55) being 21,21% (39) female and 8,99% (16) male. Reported to have emotional tension 62,92% (112) in the sample, being 47,19% (84) female and 15,73% (28) Was concluded that the prevatence of TMJ disorders in the sample is relatively high mate. Between then 29,21% (52) had TMJ disorders, being 24,16% (43) femate and 5,06% (9) mate and the femate sex is, for sure, most susceptible. No predominant etiological agent was found with this study, witch makes us conclude that TMJ disorders has multifactoriat etiology / Doutorado / Protese Dental / Doutor em Clínica Odontológica
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The cumulative incidence of musculoskeletal injuries among student dancers at Tshwane University of Technology

Magida, Nontembiso January 2009 (has links)
Magister Scientiae (Physiotherapy) - MSc(Physio) / Dance movements requires explosive power, sustained effort and both local and general endurance. Musculoskeletal injuries (MSI) are the most frequent medical problems among dancers in ballet, which is partly owing to inadequate training and dancers not being properly prepared for the demands of the dance performance. The purpose of the present study was to determine the cumulative incidence of musculoskeletal injuries amongst student dancers at TUT. The study used a prospective, cohort design. A total of 49 student dancers at Tshwane University of Technology (TUT) were followed up over 16 weeks in the 2007 academic year. The student dancers completed a questionnaire about previous injuries, and factors influencing injuries. Of the 49 student dancers, 41 (83%) consent to participate. There were 10 cumulative injuries incurred by 41 student dancers over 16 weeks period i.e. 7.1 %, 0.06 injuries incurred per student month at risk.The main limitations to this study were small sample size and possible reporting biases. Further research should aim to standardize injury definitions and classifications.
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Prevalência e características clínico epidemiológicas de gestantes com hepatite C atendidas no CAISM - UNICAMP = Prevalence and clinical epidemiological features of hepatitis C infection among pregnant women at CAISM - UNICAMP / Prevalence and clinical epidemiological features of hepatitis C infection among pregnant women at CAISM - UNICAMP

Schweller, Mariana Salhab Dall' Aqua, 1986- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-27T21:43:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Schweller_MarianaSalhabDall'Aqua_M.pdf: 1766000 bytes, checksum: e03c3a8a2bf2836ec2f7e49bc907e1fd (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: Introdução: A Hepatite C é um dos maiores problemas atuais de saúde pública, com mais de 150 milhões de pessoas contaminadas. A evolução da doença geralmente é assintomática e suas complicações são cirrose, fibrose hepática e hepatocarcinoma. Na gestação o tratamento não é recomendado, com possível piora da doença no período. Objetivo: identificar a prevalência de Hepatite C em gestantes que realizaram acompanhamento pré-natal no Hospital da Mulher Professor José Aristodemo Pinotti - Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da UNICAMP, analisando dados clínicos, epidemiológicos e resultados perinatais. Metodologia: estudo de corte transversal cuja amostra foi composta por gestantes atendidas nos ambulatórios de pré-natal do CAISM entre 2005 e 2014 com sorologia positiva para Hepatite C. As pacientes foram identificadas através de listas informatizadas do serviço, e seus prontuários levantados para análise de dados sociodemográficos, epidemiológicos e desfechos perinatais. A análise dos dados foi feita através da distribuição percentual ou de médias. Resultados: na população de 29.327 gestantes atendidas pelo pré-natal entre 2005 e 2014, a prevalência de Hepatite C foi de 0,2%. Das 47 mulheres incluídas no estudo, a idade média foi de 32,5 anos, houve 49% de prevalência de baixa escolaridade, metade das participantes não planejaram a gestação, sendo que 38% destas não faziam uso de métodos contraceptivos. Além disso, 34% apresentaram coinfecção pelo HIV e 34% relataram uso de drogas. O número médio de gestações por paciente foi 3. Não se observou um pior desfecho perinatal, com peso médio de 2827,5 gramas ao nascimento e idade gestacional média de 39 semanas e 4 dias. Conclusões: Entre as pacientes infectadas pelo vírus C, observamos maior prevalência da raça branca, baixa escolaridade e coinfecção com HIV. Como principais fatores de risco para contaminação pela doença, foram identificados o uso de drogas, histórico de transfusões sanguíneas e a coinfecção com o HIV. Além disso, foram observadas maiores taxas de aborto, cesáreas e prematuridade neonatal em relação a outros estudos, fatores relacionados ao aumento da morbimortalidade materna, fetal e neonatal / Abstract: Introduction: Hepatitis C is a leading public health problem, with more than 150 million people infected. Disease evolution is usually asymptomatic, and complications are cirrhosis, liver fibrosis and hepatocellular carcinoma. Treatment is not recommended during pregnancy, but it may influence disease evolution. Objective: To identify Hepatitis C prevalence in pregnant women attended at Professor Doctor José Aristodemo Pinotti Women's Integrated Healthcare Center (CAISM) of the UNICAMP Medical School during prenatal period, analyzing clinical and epidemiological data, including perinatal outcomes. Methods: Authors performed a cross-sectional study with pregnant women who tested positive for Hepatitis C and gave birth at CAISM, between 2005 and 2014. Demographic, epidemiological and perinatal data were extracted from each patient¿s hospital records. Data analysis was made through media or percentage distribution. Results: Among 29.327 women treated at CAISM between 2005 and 2014, Hepatitis C prevalence was 0,2%. The mean maternal age at delivery was 32.5 years, 49% had low education and 49% did not plan the pregnancy. Among them, 38% did not use contraceptive methods. In addition, 34% had coinfection with HIV and 34% reported use of drugs. The average number of pregnancies per woman was 3, and there was no significant evidence of disease influence in pregnancy outcomes. Newborns¿ average weight was 2,827.5 grams, and the average of the gestational age was 39 weeks and 4 days. Conclusions: Among patients infected with Hepatitis C, there was predominance of the white race, low education and HIV coinfection. Drug addiction, blood transfusions and HIV co-infection were the main risk factors for contamination. When compared with other similar studies, this study found higher rates of abortion, cesarean sections and neonatal prematurity. These factors are associated with perinatal morbidity and mortality / Mestrado / Saúde Materna e Perinatal / Mestra em Ciências da Saúde
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Prevalência de escoliose idiopática do adolescente em cidades do estado de São Paulo / Adolescent idiopathic scoliosis prevalence in São Paulo, Brazil

Patricia Jundi Penha 10 August 2016 (has links)
A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral. Dados epidemiológicos sobre sua prevalência nas regiões do hemisfério sul não são suficientes. Primeiramente, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência da EIA em cidades do interior do estado de São Paulo; secundariamente, identificar fatores demográficos, clínicos e relacionados ao estilo de vida e à postura associados à ocorrência da escoliose e avaliar a validade e capacidade preditiva do escoliômetro®. Foram avaliados 2.562 adolescentes (1.490 meninas e 1.072 meninos), entre 10 e 14 anos. Os adolescentes eram estudantes de escolas públicas estaduais pertencentes à Diretoria Regional de Ensino de Mogi Mirim/SP. O rastreamento para EIA foi feito pela mensuração do ângulo de rotação de tronco (ART) no teste de Adams por meio do escoliômetro® e pelo exame radiográfico. Adolescentes com ART >= 7º foram encaminhados para radiografia e diagnosticou-se a escoliose quando o ângulo de Cobb foi maior ou igual a 10º. A avaliação postural foi realizada por fotografias analisadas no Software de Avaliação Postural (SAPO) dos adolescentes com suspeita (ART >= 7º e Cobb < 10º) e com escoliose (ART >= 7º e Cobb >= 10º). Os resultados mostraram prevalência de 1,5% (IC95%: 1 - 1,9%), sendo maior para o sexo feminino (2,2%; IC95%: 1,4 - 2,9%) do que masculino (0,5%; IC95%: 0,1 - 0,9%). Os fatores associados à ocorrência da escoliose foram o sexo feminino (odds ratio: 4,7; IC95%: 1,8 - 12,2; p=0,001), as idades de 13 e 14 anos (odds ratio: 2,2; IC95%: 1 - 4,8; p=0,035) e o desnivelamento dos ombros (odds ratio: 1,4; IC95%: 1,1 - 1,8; p=0,011). Houve predomínio de curvas duplas (59,4%) e de lateralidade à direita (56,8%), porém de baixa magnitude (75% com ângulo de Cobb até 22º) e fator de progressão (75% com fator de até 1,2). As curvas à direita apresentaram maior magnitude (ângulo de Cobb: 20,8º (7,3º)) do que aquelas à esquerda (13,8º (4,1º)) (p=0,003). O encaminhamento ao exame radiográfico foi de 5%. O escoliômetro® apresentou melhor sensibilidade aos 45º de flexão anterior de tronco (53,8% (IC95%: 43,7 - 64)) e melhores especificidade e valor preditivo positivo aos 60º (75% (IC95%: 66,2 - 83,9%) e 78,4% (IC95%: 70 - 86,8%), respectivamente). Concluiu-se, portanto, que a prevalência da EIA em cidades do estado de São Paulo (1,5%) foi semelhante à descrita na literatura (2%), sendo também mais prevalente no sexo feminino e nas idades mais próximas à puberdade (13 e 14 anos). Considerando que a puberdade ocorre em momentos distintos entre os sexos, sendo mais tardio para o masculino, a recomendação de se realizar programas de rastreamento escolar para escoliose na mesma faixa etária (10-14 anos) para ambos os sexos deve ser repensada. A validade e capacidade preditiva do escoliômetro® foram melhores aos 60º de flexão de tronco. Em relação aos aspectos posturais, o alinhamento horizontal dos acrômios, que avalia o desnivelamento dos ombros, está associado à presença de escoliose idiopática do adolescente e deve ser considerado na rotina de avaliação dos adolescentes seja no ambiente clínico ou escolar / Adolescent idiopathic scoliosis is a common three-dimensional spinal deformity. Epidemiological data about the condition in South Hemisphere are insufficient. First, the objective of this study was to estimate the adolescent idiopathic scoliosis prevalence rate in cities of São Paulo, Brazil. Second to identify demographic, clinical, lifestyle and body posture factors associated with adolescent idiopathic scoliosis, and to assess the Scoliometer accuracy. We assessed 2,562 adolescents (1,490 girls and 1,072 boys), between 10 and 14 years of age. The adolescents studied in public schools belong to Education Regional Board of Mogi Mirim/SP. The screening procedure included the measurement of Angle of Trunk Rotation (ATR) using a Scoliometer in the Adams test and the radiographic examination. The adolescents with ATR >= 7o were referral to radiographic examination and body photographic. A Cobb angle >= 10o on standing radiographs were classified as adolescent idiopathic scoliosis. We used Postural Assessment Software (PAS) to analyze posture and we divided into adolescents with scoliosis suspicion (ATR >= 7o and Cobb angle < 10o) and with scoliosis (ATR >= 7o and Cobb angle >= 10o). The adolescent idiopathic scoliosis prevalence rate was 1.5% (95% CI: 1 - 1.9%), higher to females (2.2%; 95% CI: 1.4 - 2.9%) than males (0.5%; 95% CI: 0.1 - 0.9%). The following factors were associated with adolescent idiopathic scoliosis: female gender (odds ratio, 4.7; 95% CI: 1.8 - 12.2; p=0.001), the 13 and 14-year age group (odds ratio, 2.2; 95% CI: 1 - 4.8; p=0.035) and shoulder imbalance (odds ratio, 1.4; 95% CI: 1.1 - 1.8; p=0.011). The double curves and right laterality were more frequent (59.4% and 56.8%, respectively), but with low magnitude (75% with Cobb angle until 22o) and progression factor (75% with progression factor until 1.2). The right curves (20.8º (7.3º)) showed high magnitude than the left ones (13.8º (4.1º)) (p=0.003). The referral to radiography was 5%. Scoliometer sensitivity was better at 45o forward bending test (53,8% (95% CI: 43,7 - 64)), and the specificity and positive predictive value were better at 60o (75% (95% CI: 66.2 - 83.9%) and 78.4% (95% CI: 70 - 86.8%), respectively). We concluded that the prevalence of adolescent idiopathic scoliosis in cities of São Paulo (1.5%) was similar to the literature (2%) and was also more prevalent in females and in puberty ages (13 and 14 years). Whereas puberty occurs at different times between gender, and later for males, the recommendation to screen the same age group (10-14 years) for both genders must be rethought. Scoliometer accuracy was better at 60o forward bending test. The shoulder imbalance assessed by horizontal alignment of acromion was associated with the presence of adolescent idiopathic scoliosis and should be considered as an assessment routine for adolescents in clinical or school environment
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Anemia nutricional em crianças menores de 5 anos do município de São Paulo: papel da dieta na determinação de sua prevalência / Nutritional anemia in children under 5 years of age in the city of São Paulo: role of diet in determining its prevalence

Rosely Sichieri 01 June 1987 (has links)
A relação entre anemia nutricional e dieta foi estudada em uma amostra probabilística de 307 crianças menores de 60 meses, moradoras no Município de São Paulo. A ingestão de alimentos foi avaliada pelo método recordatório de 24 horas, através de entrevistas com as mães das crianças. Calculou-se, para cada refeição, a quantidade diária de ferro ingerido e a quantidade de ferro absorvido, levando-se em conta a participação de ferro heme e ferro não-heme nas refeições, bem como a presença de fatores facilitadores da absorção do ferro: carnes e vitamina C. A existência de anemia foi avaliada através da determinação da concentração de hemoglobina pelo método da cianometahemoglobina. Para classificação da anemia utilizou-se o padrão OMS. Alta prevalência de anemia foi encontrada entre todas as idades. Entre as crianças de 6 a 24 meses a prevalência de anemia foi de 57 por cento e, nas faixas etárias acima de 24 meses, 26 por cento . Entre as crianças menores de 6 meses, 31 por cento apresentaram valores de concentração de hemoglobina inferiores a 10,5 mg/dl. Nestas crianças estimou-se o valor da concentração de hemoglobina, baseado no peso ao nascer. Comparações entre os valores observados e os valores teóricos calculados sugerem que, fatores relacionados com perdas de ferro pelo organismo, podem estar associados à ocorrência de anemia, neste grupo de idade. Associação entre a prevalência de anemia e renda per capita da família foi observada somente entre as crianças de 6 a 24 meses, o que indica que a renda familiar é um fator de risco para anemia nesta faixa etária. Ainda nesta faixa etária, somente a quantidade de ferro absorvível mostrou associação com a renda per capita, da família. Identificou-se um baixo consumo de ferro em todas as idades, sendo que, somente 10 por cento das crianças apresentaram ingestões diárias maior do que l0 mg. Discute-se que alterações nas práticas alimentares, nos útimos dez anos, têm reduzido o consumo de ferro. Observou-se associação entre anemia e ingestão de ferro total e ferro absorvível nas crianças de 6 a 24 meses, enquanto que, o consumo de calorias e vitamina C, não mostrou associação com anemia, em nenhuma faixa etária estudada. Discute-se que o consumo de ferro total e, especialmente, o ferro absorvível, são importantes indicadores do risco de anemia, entre as crianças de 6 a 24 meses. São sugeridas alterações nos Serviços de Saúde com vistas ao combate. / A cross-sectional study of anemia and dietary intake in 307 chi1dren, under the age of five, is reported. The survey took place between 1984-1985 in São Paulo, a city in the south of BraziL. The data were collected on a probably sample. Food intake was assessed by an interview with the mother using a twenty-four hour dietary recall method. The iron intake was calculate for each meal including iron heme and iron nonheme consuption. In addition,the quantity of factors facilitating iron absorptions were analyzed, in order to provide an objective estimate of daily iron abssorption. The children were assessed for anemia by determination of henoblobin concentration, in finger stick samples, using a cyanmethemoglobin method. A classification of anemia was made using who standards. High prevalences of anemia were found among all age groups, especially among the 6 to 24 month olds, ranging from 57 per cent in this group to 26 per cent in older chi1dren. In children under 6 months of age, 31 per cent demonstrate hemoglobin concentration values under 10,5 mg/d1. In order to determine if this frequency of low hemoglobin value in children under 6 months reflected only differences in birthweight, a theoretic hemoglobin value based on buthweight was calculate. Comparisons between calculated value and measured value suggested that factors associated with iron loss, could be related to anemia occuring in these younger children. Association between prevalence of anemia and per capita family income was observed only among children 6 to 24 months old. This indicated that income was a risk factor for disease in this youger group. Only estimate daily iron absorption was associated with per capita family income in children aged 6 to 24 months, of low income families, children of all ages had low daily iron intakes. Only l0 per cent showed intakes greater than 10 mg. Changes in diet pattern in last 10 years were stressed. We found an association between anemia and dietary intake of iron and daily iron absorption among children 6 to 24 months. Calories and vitamin C intake did not show an association with anemia in all age groups studied. The most important risk factor for anemia in 6 to 24 month old children is daily iron absorption. Changes in Health Services are sugested to reduce the prevalence of nutricional anemia.
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Prevalência de bactérias periodontopatogênicas no sulco gengival e mucosas bucais em crianças e adolescentes e sua associação com idade, sexo e condição periodontal

Camila Borges Fernandes 09 February 2007 (has links)
A instalação e progressão da doença periodontal estão associadas à presença de fatores de risco destacando-se entre eles determinadas espécies bacterianas. A proposta do presente estudo do tipo transversal foi avaliar por PCR a prevalência de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, P. intermedia, T. forsythensis e C. rectus no sulco gengival e na mucosa do dorso da língua e da bochecha em crianças com 2 a cinco e seis a 12 anos e adolescentes com 13 a 18 anos. Foram realizadas associações dos periodontopatógenos com idade, sexo e condição periodontal. A condição periodontal foi estabelecida pelos índices de placa (IP), gengival (IG), profundidade de sondagem e nível de inserção clínica. Na análise estatística foram utilizados os testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher para comparar freqüências das variáveis qualitativas; t-Student para a variável IP; Mann-Whitney para a variável IG. As bactérias de maior e menor prevalência foram respectivamente C. rectus (94%) e P. gingivalis (2%), sendo esta última somente encontrada em sulco gengival de adolescentes. A faixa etária de menor idade apresentou as prevalências bacterianas mais baixas. O sexo não interferiu na prevalência microbiana da população estudada. Observou-se uma pior condição clínica quando parâmetros periodontais estiveram associados a T. forsythensis e P. intermedia. / The installation and progression of periodontal diseases are associated with risk factors in witch there are some bacterial species. The aim of this cross-sectional study was evaluate by PCR the prevalence of A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, P. intermedia, T. forsythensis e C. rectus in gingival sulcus and mucosa of tongue and bucca of children with 2 to five and six to 12 years old and adolescents with 13 to 18 years old. Associations of periodontal pathogens with age, gender and periodontal condition were realized. Children (2 - 5; 6 -12 years old) and adolescents (13 -18 years old) were included in this study. The periodontal condition was established by plaque index (IP), gingival index (IG), probing depth and attachment clinical level. On statistical analysis were used Qui-Squared test and Exact Fishers test for comparison of qualitative variables frequencies , t-Student for analyses of IP, Mann-Whitney tests for analyses of IG. The bacteria of major and minor prevalence were respectively C. rectus (94%) and P. gingivalis (2%), the last one was only observed in adolescents gingival sulcus. The youngest age group showed the lowest bacterial prevalence. Gender did not interfere on bacterial prevalence of population studied. We observed a worse clinical condition when periodontal parameters were associated with T. forsythensis e P. intermedia.
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Avaliação periodontal e presença de patógenos periodontais em indivíduos da comunidade negra (Quilombola) de Santo Antônio do Guaporé pareados com uma população negra urbana do Estado de São Paulo

Jefferson Dorighetto Bonifácio 05 August 2008 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar as condições periodontais, bem como a presença de patógenos periodontais por meio de análise microbiana, dos indivíduos residentes na comunidade negra de Santo Antônio do Guaporé-Rondônia pareados clinicamente com indivíduos de uma população negra urbana residente na região do Vale do Paraíba-São Paulo. Foram realizados levantamento de dados clínicos periodontais incluindo avaliação da profundidade de sondagem e nível de inserção clínica além da coleta e processamento microbiano das duas populações examinadas. Foram incluídos um total de 84 indivíduos (25.5218.00 anos de idade), de ambos os gêneros, sendo 42 da comunidade de Santo Antônio do Guaporé-RO e 42 da região do Vale do Paraíba. Os exames clínicos e coleta microbiana dos indivíduos foram realizados por dois examinadores treinados e calibrados (um de Santo Antonio do Guaporé outro do Vale do Paraíba). As amostras subgengivais foram processadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) para avaliar a presença de Actinobacillus actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Campylobacter rectus, Tannerella forsythia e Prevotella intermedia. Os resultados clínicos mostraram que as populações foram compostas por indivíduos periodontalmente saudáveis (13/13); (15/15) diagnosticados com gengivite e finalmente (14/14) com periodontite de leve a moderada. Microbiologicamente os resultados mostraram que à exceção de C. rectus, os demais patógenos periodontais não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre as duas populações estudadas. Verificou-se ainda que numericamente houve maior freqüência bacteriana nas condições periodontais mais severas. Assim, podemos concluir que as populações estudadas mostraram-se distribuídas entre indivíduos periodontalmente saudáveis, com gengivite ou periodontite e a freqüência bacteriana foi elevada e compatível com a gravidade. / The aim of this study was evaluate the periodontal conditions and detect periodontal pathogens of a black population situated at Santo Antônio do Guaporé-RO. The data collected were paired with an urban black population situated at Vale do Paraíba-SP region. The evaluation was based in periodontal clinical data, such as periodontal probing, attachment level, collect and microbiological process of both examinated population. The sample consisted of 84 individuals (25.5218.00 years old), of both gender, being 42 from Santo Antônio do Guaporé community and 42 from Vale do Paraíba community. Clinical examination and microbiological collect were carried out by two trained and calibrated examiners. The subgengival samples were processed by Polimerase Chain Reaction (PCR) to evaluate the presence of Actinobacillus actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Campylobacter rectus, Tannerella forsythia e Prevotella intermedia. Clinical results presented populations constituted of periodontally healthy individuals (13/13); (15/15) with clinical diagnosis of gingivitis and finally (14/14) with mild to moderate periodontitis. Microbiological results showed no significant statistical difference among populations studied, except for C. rectus. It was observed that there was more bacterial frequency in worse periodontal conditions. Thus, we can conclude that populations studied was compound of periodontally healty individuals, individuals seized by gingivitis or periodontitis and bacterial frequence was elevated and agree with gravity of disease.
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Ataxia de Friedreich : da suspeita clínica ao diagnóstico definitivo

Fussiger, Helena January 2018 (has links)
As ataxias recessivas são um grupo heterogêneo de doenças, mais frequentemente com idade de início precoce (antes dos 30 anos), neuropatia sensitivo-motora periférica e envolvimento extraneurológico, mas também com quadro puro de ataxia e início tardio. A mais conhecida e comum delas é a ataxia de Friedreich (FRDA), motivo do presente trabalho. A FRDA é causada pela perda de função da frataxina, proteína transcrita pelo gene FXN. A mutação causal mais comum corresponde a uma expansão GAA no primeiro íntron desse gene. O quadro clínico clássico caracteriza-se por ataxia, arreflexia e sinal de Babinski, iniciando antes da puberdade. Também podem ocorrer alterações ósseas, Diabetes Mellitus e cardiomiopatia. Após o advento dos testes genéticos, viu-se que existem casos FRDA que iniciam após os 25 anos, chamados de late onset (LOFA), e mesmo após os 40 anos (very late onset ou VLOFA), e casos FRDA com reflexos tendinosos mantidos ou até mesmo com espasticidade (FARR). Embora a FRDA seja a ataxia recessiva mais comum no mundo, pouco se sabe sobre a sua ocorrência no Brasil. Os objetivos do presente estudo foram descrever as manifestações da ataxia de Friedreich entre os pacientes do Rio Grande do Sul e ajudar a esclarecer critérios de seu sucesso diagnóstico, e estimar a prevalência mínima da FRDA no Rio Grande do Sul em 2017. Métodos: foi realizado estudo transversal onde todos os casos de pacientes que realizaram análise molecular para FRDA que não apresentassem critérios de exclusão (certas características jamais presentes no FRDA e presença de outros diagnósticos explicativos, descritos no texto) foram avaliados, por meio de revisão retrospectiva de seus prontuários. As seguintes variáveis foram buscadas: história familiar de recorrência, consanguinidade, gênero, primeiro sintoma, idade de início, ano do diagnóstico molecular, duração da doença, subtipo fenotípico, achados de neuroimagem, presença de cardiopatia e Diabetes Mellitus. Os sujeitos foram classificados em quatro grupos: fenótipo 1, ou FRDA parcial - se apresentassem ao menos dois dos achados da tríade clássica (ataxia, arreflexia e sinal de Babinski) e menos de 10 de evolução; com qualquer idade de início; fenótipo 2, clássico, com início antes dos 25 anos; fenótipo 3, se aparentassem ser LOFA ou FARR; e fenótipo 0, se não se incluíssem em nenhuma das categorias acima. Para a estimativa da prevalência mínima, ligações telefônicas para todos os sujeitos foram feitas e todos os vivos (de fato ou muito provavelmente) ao final do estudo (setembro de 2017) foram somados. Esse numerador foi então comparado ao da população do Rio Grande do Sul ao final do período (o denominador). Resultados: 211 pessoas de 197 famílias realizaram análise molecular para FRDA desde 1997; 27 dos 197 casos-índices (13,7%) foram diagnosticados como afetados por FRDA. Se forem considerados apenas os casos índice com ataxia de marcha (156 sujeitos), este percentual chega a 17,3%. Vinte e seis eram homozigotos para expansões GAA (98% dos alelos mutantes). A grande maioria apresentava o quadro típico. Os achados extraneurológicos foram mais comuns nos FRDA do que nos demais atáxicos (apesar de também encontrados nos outros casos em menor proporção), enquanto que sinais e sintomas neurológicos atípicos foram virtualmente inexistentes nos FRDA. Não houve variabilidade fenotípica intrafamilial na FRDA, nem diferenças entre os fenótipos em relação à presença de DM e cardiopatia ou à duração da doença. O rendimento diagnóstico reduziu-se a partir de 2010, quando mais sujeitos sem qualquer manifestação característica da FRDA (os com fenótipo 0) passaram a ser investigados. O levantamento realizado sobre os FRDA vivos em 2017 correspondeu a uma prevalência mínima estimada de 0.20:100.000 habitantes no RS. Discussão: A frequência da FRDA entre as AR/E foi menor do que a encontrada em países da Europa Ocidental, mas maior do que a encontrada em estudos latino-americanos realizados no México e em Cuba. Também a prevalência mínima estimada foi menor do que a encontrada entre europeus. É difícil se inferir a partir do nosso levantamento se esses dados refletem ou não nossa mistura étnica. As características clínicas dos FRDA foram semelhantes às descritas em estudos realizados no hemisfério norte. O baixo rendimento diagnóstico foi em alguma medida associado a critérios de indicação relaxados e que incluíram sujeitos sem suspeita clínica, em especial nos últimos anos. Apesar disso, a baixa frequência de FRDA entre os atáxicos AR/E entre nós levanta a preocupação sobre protocolos diagnósticos locais e sobre o que eles devam incluir. Finalmente, recomendamos que a investigação da FRDA seja postergada nos casos com achados raros (como a atrofia cerebelar) ou ausentes na FRDA, e nos casos sem qualquer um dos elementos da tríade clássica. / Recessive ataxias are a heterogeneous group of diseases, more frequently with early age of onset (before 30 years), peripheral motor and sensory polyneuropathy and extraneurological involvement, but also with cases of pure ataxia e late onset.. The most known and common is Friedreich ataxia (FRDA). FRDA is caused by the loss of function of frataxin, a protein coded by the gene FXN. The most common causal mutation is a GAA expansion in the first intron of this gene. The typical clinical condition is characterized for ataxia, arreflexia and Babinski sign, beggining before puberty. Bone deformities, cardiomyopathy and Diabetes Melittus can also occur. After the advent of genetic tests, other FRDA phenotypes were observed: beggining after 25 years of age, called late onset (LOFA), or even after 40 years (very late onset – vLOFA), and with retain reflexes (FARR). Althouth FRDA is considered to be the most common recessive ataxia worldwide, little is known about its occurence in Brazil. The objectives of the presente study were to describe FRDA manifestations among the carriers in Rio Grande do Sul (RS) and to help clarify the reasons for its diagnostic success and estimate the minimal prevalence of FRDA in Rio Grande do Sul in 2017. Methods: a cross-sectional study was made where all the cases of patients who investigated for FRDA in our institution who didn’t met the exclusion criteria (certain features never described in FRDA and presence of other explanatory diagnosis) were analysed by medical record retrospective review. The following variables were searched: heritage pattern, gender, first symptom, age of onset, year of molecular diagnosis, disease duration, phenotypic subtype, neuroimaging findings, presence of cardiomyopathy and DM. The subjects were classified in four groups: phenotype 1, or partial FRDA – if at least two features of classical triad being and less than 10 years of evolution; phenotype 2, typical, begginig before 25 years; phenotype 3, if phenotypes LOFA or FARR; and phenotype 0 if not included on none of the later categories. To estimate the minimal prevalence, phone calls were made to all subjects and all the alive (in fact or probably) by the end of the study (september 2017) were summed up. This numerator was then compared to the population of RS in the end of the period (denominator). Results: 211 people of 197 families performed the molecular analysis for FRDA since 1997; 27 of the 197 index cases (13,7%) were diagnosed as affected by FRDA. Twenty six were homozygous for the GAA expansion (98% of the mutante alleles). The majority presented the typical picture. The extraneurological findings were more common in FRDA patients than in the other ataxics (even though they could also be found on them), while the atypical neurologic findings were virtually absent in FRDA group. There was no intrafamilial variability or diferences between the phenotypes and the presence of DM, cardiomyopathy and disease duration. The diagnostic yield was reduced after 2010, when more ataxic subjects without a suggestive phenotype of FRDA (the phenotype 0) started to be investigated. Minimal estimated prevalence by September 2017 was of 0,20:100.000 inhabitants in RS. Discussion: the frequence of FRDA between AR/E was lower than the figures found in countries from western Europe, but higher than those found in Mexico and Cuba. In accordance, minimal prevalence was also lower than those found amog Europeans. If these findings reflect or no our ethnic admixture, remains to be established. The features of FRDA were similiar to those described in studies performed on the North Hemisphere. The low diagnostic yield was somehow associated to relaxation of criteria to ask the test for FRDA in the last years. Besides that, the low FRDA frequency among us rises some concern about local diagnostic protocols and about what they should include. Finally, we recommend that FRDA investigation should be postponed in the cases with rare findings (like cerebelar atrophy), findings unrelated to FRDA, or without the other elements found in the classical triad or in FARR

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