Le sujet de cette thèse porte sur la demande de pardon adressée officiellement par des gouvernements à des peuples ou à des groupes - souvent à une minorité de leur propre nation - victimes un jour de crimes, d'injustices ou d'atrocités. Il pose au départ plusieurs questions: d'où provient cette vague de demandes de pardon publiques et politiques, qui semble s'amplifier avec les années, et qui se répand aujourd'hui dans le monde entier? Quel crédit lui apporter? Quelle valeur peut avoir une demande de pardon venue du pouvoir, surtout quand elle est le résultat d'une exigence d'un peuple ou d'une collectivité? Peut-on réellement pardonner l'impardonnable, peut-on pardonner au nom des morts? Assiste-t-on à une simple mode, ou bien à un phénomène de réappropriation du politique par l'éthique? Pour répondre à ces questions, j'ai choisi de travailler sur le cas des Unangan (Aléoutes) de l'Alaska, qui, en 1988, reçurent du Congrès américain une demande de pardon officielle assortie de réparations financières, pour leur déportation et leur internement au cours de la Deuxième Guerre mondiale dans des conditions inhumaines. J'ai donc travaillé pendant six mois, au cours de l'année 2004, avec trois générations d'Unangan urbanisés à Anchorage, survivants de la déportation, enfants et petits-enfants. L'analyse de mes données montre d'abord que ces demandes de pardon officielles correspondent à la fois à une exigence des peuples en mal de reconnaissance, et à la fois à un nouveau courant de pensée morale qui traverse aujourd'hui nos sociétés. Elle montre d'autre part que, si elle veut passer le cap de la crédibilité, cette repentance politique suppose un certain nombre de conditions, qui caractérisent d'ordinaire le pardon interpersonnel: face à face, coeur à coeur, repentir, justice, réparations, engagement à se transformer et à ne plus répéter le même crime, etc. Elle montre enfin que la double aporie, représentée par le pardon de l'impardonnable et l'introduction d'une valeur pure dans le domaine du politique, auquel elle est a priori hétérogène sur tous les plans, peut être renversée, et donc vécue positivement. En conclusion, cette étude avance la théorie que les peuples un jour brisés et traumatisés peuvent à travers le pardon opérer un début de réconciliation, et que les demandes de pardon des États, même incomplètes et même imparfaites, parce qu'elles reconnaissent les crimes du passé et font avancer l'Histoire, apportent leur contribution à une meilleure humanité.

Trata do indulto, modalidade coletiva da graça, procurando estabelecer seus limites e finalidades no âmbito do Estado moderno. Após a delimitação do tema, distinguindo-se a graça das demais modalidades de clemência estatal, e justificação das escolhas terminológicas, passa-se à evolução histórica do instituto e, em seguida, à sucinta exposição sobre a configuração atual nos ordenamentos estrangeiros. Identifica-se, não obstante a concretização da graça na maioria das Constituições modernas, uma tendência de restrição do âmbito de aplicação do instituto, tanto por parte da doutrina quanto pela jurisprudência e produção legislativa. As restrições são impostas com base na suposta necessidade de adequação da graça, cuja origem remete às prerrogativas monárquicas típicas do Estado absolutista, aos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito, especialmente os princípios da separação de poderes e da igualdade. Adentrando o núcleo do trabalho, procura-se estabelecer a relação entre indulto e os princípios do Estado Democrático de Direito, de forma que sejam identificados limites ao exercício da atribuição, com fulcro no texto constitucional. Afere-se, assim, a legitimidade da restrição do indulto a hipóteses caracterizadas pela excepcionalidade e irrepetibilidade, baseada em alegada relação de contradição entre a atribuição de indultar do Poder Executivo e o princípio da separação de poderes, o princípio da igualdade e os eventos regulares do mecanismo sancionatório. Delimitadas as possibilidades de exercício legítimo da atribuição, busca-se, então, fixar os parâmetros que devem pautar o conteúdo dos atos de indulto, com base nas teorias da pena. Adota-se, para tanto, a teoria preventiva positiva, procurando-se identificar hipóteses em que a execução da pena aplicada não contribuiria para a realização de suas finalidades, para elaborar, a partir disso, casos de cabimento do exercício do indulto. / As a heritage of monarchical prerrogative, the presidential pardon has been restricted, put on statutory basis or even abolished in some modern States. However, it survived centuries of radical political change and is still frequently used by heads of States for many political purposes. Nevertheless, its necessary to make a distinction between legitimate legal limits and theoretical unjustified restrictions. This work addresses the presidential pardon power, specially the collective pardon, in the modern democratic rule of law States and its relation to basic statements of modern Constitutions. The theme is developed from a constitutional perspective, in order to identify the pardon limits and possibilities in the rule of law State. Although many see the collective pardons as a violation of the institutional separation of powers, this analyse will try to question that interpretation and its consequences, seeking to review the standard model by which executive pardon should be restricted to exceptional and unique situations. The core idea is to point precisely the limits to legitimated use of executive pardon in our criminal system and, based on the answers to those questions, list some situations as guiding models to the future use of collective pardon power.

Notre recherche aborde le processus de pardon comme travail d’élaboration du mal souffert et comme mouvement existentiel, dans une approche phénoménologique-existentielle complémentaire aux études nord-américaines qui se développent depuis une vingtaine d’années dans le champ de la psychologie du pardon. En partant de la question « Comment le pardon peut-il guérir ? » nous décrivons le pardon comme mouvement de déliement du mal souffert. Le travail d’élaboration psychique sous-tendant un processus de pardon est analysé à travers deux questions : (1) « Que faire du mal que l’on m’a fait ? », (2) « Comment faire du passé ‘ce qui passe’ » ? Nous éclairons la dimension intérieure du travail de pardon en montrant que le déliement se joue dans une dialectique subtile entre mémoire du malheur et intégration de ce malheur à l’existence. La recension de la littérature psychologique et l’analyse de la notion d’étape dans un processus de pardon ouvrent sur une présentation de la filiation occidentale de la notion de pardon dans le legs narratif biblique, avant une mise en perspective des dialogues entre Jankélévitch, Derrida, Arendt et Ricoeur. Une étude qualitative basée sur trois cas cliniques permet d’approfondir la nature de la blessure, les réactions à l’événement blessant et la mise en sens du pardon. Une analyse phénoménologique interprétative précise certaines dimensions subjectives et existentielles autour de trois axes : (1) l’impardonnable, (2) le pardon unilatéral et le pardon à soi-même, (3) le pardon réciproque. L’abord d‘une oeuvre de Rembrandt met en évidence la fécondité de l’art pour éclairer sous de nouveaux angles la clinique du pardon. Notre étude suggère également des pistes d’accompagnement thérapeutique du travail de pardon dans une perspective phénoménologique-existentielle. / .../...

A presente dissertação, com o tema o sentimento de Culpa como resultado das transgressões humanas procurou compreender a culpa, sua origem e consequências. O objetivo deste atem-se em compreender o mecanismo do sentimento de culpa em todos os setores da vida do ser humano, bem como a importância da libertação desse sentimento para seu bem-estar físico, psicológico e espiritual. Dentre os objetivos relacionados intenta-se: Conceituar culpa através dos diferentes olhares das ciências; Analisar a culpa na perspectiva religiosa; Averiguar a culpa na Teologia Cristã. O problema pesquisado foi: O que leva o ser humano a desenvolver o sentimento de Culpa? Para responder ao problema formulou-se a seguinte hipótese: O sentimento de culpa advém da responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. A presente pesquisa foi desenvolvida através do método de pesquisa bibliográfico na qual se procurou, com base na bibliografia ao final elencada, fazer uma revisão sobre o tema culpa, bem como sua relação com a psicologia, a filosofia, a sociologia e a teologia. Nesta última, analisou-se a consciência de culpa e sua relação com o pecado que reflete na dimensão moral do agir do ser humano. O ser humano torna-se culpado e procura o arrependimento como forma de controlar seu futuro, mas refém deste sentimento permanece numa constante angústia. A culpa recebe diferentes interpretações quando analisada pela Psicanálise, pela Psicologia, pela Antropologia e pela Sociologia. Na perspectiva religiosa observa-se que entre a culpa e pecado não há uma clara distinção entre estes sentimentos, entre os que professam o cristianismo. Percebe-se que há um binômio pecado/culpa e perdão, e que a desobediência às leis de Deus, acarreta em uma angústia que faz o indivíduo se tornar mais distante de si e daqueles ao seu redor. Nas demais religiões a culpa aparece de diferentes aparências. No entanto, há sempre a opinião de que o esclarecimento do ser humano quanto as suas transgressões internas ou externas pode proporcionar uma maior compreensão dele próprio, de seu psiquismo e a busca de alternativas para que suas virtudes possam ser aperfeiçoadas. Deve-se pagar o preço dos pecados para ter-se o perdão de Deus e no dia do Juízo os pecados já estarem pagos pelo sangue de Jesus, pois ao serem perdoadas, as pessoas terão seus pecados esquecidos por Deus. O perdão só ocorrerá quando o indivíduo lembrar que ele próprio é pecador e necessita do perdão divino (Rm 3: 23), pois, no caso do cristão, Deus já lhe liberou perdão no momento da sua conversão e, a partir daí, aprende-se que se Deus nos perdoa, devemos perdoar quem nos devem muito menos em comparação ao que causamos a Jesus. / The present dissertation with the subject the Feeling of Guilt as Resulted of the Trespasses Human beings looked for to understand the guilt, its origin and consequences. The General Objective was to understand the mechanism of the feeling of guilt in all the sectors of the life of the human being, as well as the importance of the release of this feeling for its physical, psychological well-being and spiritual. Amongst the specific objectives they are: To appraise guilt through the different looks of sciences; To analyze the guilt in the religious perspective; To inquire the guilt in the Christian Theology. The searched problem was: What it takes the human being to develop the feeling of Guilt? To answer to the problem it was formulated following hypothesis: The guilt feeling happens of the responsibility given to the person for an act that provoked material damage, moral or spiritual same itself or others it. The present research was developed through the bibliographical method where if it looked for, on the basis of the bibliography to the itemize end, to make a revision on the subject blames, as well as its relation with psychology, philosophy, sociology and theology. In this last one, it was analyzed conscience of guilt and its relation with the sin that it reflects in the moral dimension of acting of the human being. The human being is felt guilty and looks the repentance as form to control its future, but hostage of this feeling remains in a constant anguish. The guilt receives different interpretations when analyzed by the Psychoanalysis, Psychology, Anthropology and Sociology. In the religious perspective one observes that the guilt enters and sin does not have a clear distinction between these feelings, between that profess the Christianity. One perceives that it has a binomial sin/guilt and pardon, and that the disobedience to the laws of God, causes a anguish that makes the individual if to become more distant of itself and of those to itsaround. In the too much religions the guilt appears of different appearances, however, always has the opinion of that the clarification of the man how much its internal or external trespasses can provide a bigger understanding of proper it, of its psyche and the search of alternatives so that its virtues can be perfected. The price of the sins must be paid to have the pardon of God and in the day of the Judgment the sins already to be paid for the blood of Jesus, therefore when being pardoned, the people will have its sins forgotten for God. The pardon alone will occur when the individual to remember that proper it is sinfuland needs the pardon the holy ghost (Rm 3: 23), therefore in the case of the Christian, God already liberated it pardon at the moment of its conversion and from then on it is learned that if God in pardons them, we must pardon who in much less must them in comparison what we cause the Jesus.

[pt] Este estudo avalia a importância do livro de Miquéias no conjunto do livro dos Doze, privilegiando, o aspecto teológico. Nosso propósito é avaliar a interrelação do texto de Mq 7,8-20 com outros textos proféticos bem como a contribuição destes O propósito é examinar o texto final do livro de Miquéias, analisando a estrutura literária tramada com o propósito de encerrar o livro. As investigações atuais indicam que o horizonte dos escritos proféticos não se limita ao respectivo livro profético, mas que as complementações se estendem para além do livro. O título escolhido para este trabalho deve ser entendido sob esse aspecto. Dessa forma, além de lançar luzes sobre a polêmica acerca da unidade dos Doze Profetas, este estudo objetiva conhecer melhor o desenvolvimento, unidade e teologia dos Doze Profetas Menores, particularmente, o Livro de Miquéias. / [en] This research evaluates the role of the Book of Micah in the global structure of the Book of the Twelve, especially Micah s theological aspect. Its purpose is to analyze the inter-relationship between the Book of Micah 7,8-20 and other prophetical texts, in an effort to determine how each of the prophets contributed with specific points for a greater interest. The purpose is to examine the final text of the Book of the Micah, evaluating how the literary structure was formed in order to conclude the Book. Present investigations indicate that the horizon of the prophetical scriptures is not limited to the respective prophetic Book, but that the complementary elements stretch out beyond the Book itself. The title of this work should be understood under this aspect. In this way, besides shedding light on the problematic of this unity of the Twelve Prophets, this work aims at better understanding of the development, the unit and the theology of the Twelve Minor Prophets, and particularly the Book of Micah.

Trata do indulto, modalidade coletiva da graça, procurando estabelecer seus limites e finalidades no âmbito do Estado moderno. Após a delimitação do tema, distinguindo-se a graça das demais modalidades de clemência estatal, e justificação das escolhas terminológicas, passa-se à evolução histórica do instituto e, em seguida, à sucinta exposição sobre a configuração atual nos ordenamentos estrangeiros. Identifica-se, não obstante a concretização da graça na maioria das Constituições modernas, uma tendência de restrição do âmbito de aplicação do instituto, tanto por parte da doutrina quanto pela jurisprudência e produção legislativa. As restrições são impostas com base na suposta necessidade de adequação da graça, cuja origem remete às prerrogativas monárquicas típicas do Estado absolutista, aos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito, especialmente os princípios da separação de poderes e da igualdade. Adentrando o núcleo do trabalho, procura-se estabelecer a relação entre indulto e os princípios do Estado Democrático de Direito, de forma que sejam identificados limites ao exercício da atribuição, com fulcro no texto constitucional. Afere-se, assim, a legitimidade da restrição do indulto a hipóteses caracterizadas pela excepcionalidade e irrepetibilidade, baseada em alegada relação de contradição entre a atribuição de indultar do Poder Executivo e o princípio da separação de poderes, o princípio da igualdade e os eventos regulares do mecanismo sancionatório. Delimitadas as possibilidades de exercício legítimo da atribuição, busca-se, então, fixar os parâmetros que devem pautar o conteúdo dos atos de indulto, com base nas teorias da pena. Adota-se, para tanto, a teoria preventiva positiva, procurando-se identificar hipóteses em que a execução da pena aplicada não contribuiria para a realização de suas finalidades, para elaborar, a partir disso, casos de cabimento do exercício do indulto. / As a heritage of monarchical prerrogative, the presidential pardon has been restricted, put on statutory basis or even abolished in some modern States. However, it survived centuries of radical political change and is still frequently used by heads of States for many political purposes. Nevertheless, its necessary to make a distinction between legitimate legal limits and theoretical unjustified restrictions. This work addresses the presidential pardon power, specially the collective pardon, in the modern democratic rule of law States and its relation to basic statements of modern Constitutions. The theme is developed from a constitutional perspective, in order to identify the pardon limits and possibilities in the rule of law State. Although many see the collective pardons as a violation of the institutional separation of powers, this analyse will try to question that interpretation and its consequences, seeking to review the standard model by which executive pardon should be restricted to exceptional and unique situations. The core idea is to point precisely the limits to legitimated use of executive pardon in our criminal system and, based on the answers to those questions, list some situations as guiding models to the future use of collective pardon power.

Made available in DSpace on 2014-12-17T14:19:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BrunaDHMpdf.pdf: 1356230 bytes, checksum: 72b0ae7bc05a32ec53a04c6061e349e5 (MD5) Previous issue date: 2009-12-05 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / Soulignant l?importance des transformations du discours politique du cin?ma br?silien actuel, cet ?tude entreprend une analyse de la dimension ?thique du cin?ma de Walter Salles. Pour cela, nous avons parti de trois films long-m?trages du directeur: Terra Estrangeira, Central do Brasil et Abril Despeda?ado. Les films s?lectionn?s constituent les trois dif?rents chapitres de cette m?moire de ma?trise, qui s?articulent a des dif?rentes dimensions de l??thique - l?hospitalit?, la r?liaison, et le pardon- et se pr?sentent em format essayistique. Au texte, ces dimensions ?thiques ?mergent ? partir des r?cits, surtout des exp?riences existencielles des protagonistes et de ses singuli?res rencontres avec l?alt?rit?. Comme tel, dialoguent avec des r?fl?tions d?auteurs comme Edgar Morin, Zigmunt Bauman, Julia Kristeva, Paul Ricoeur et Hannah Arendt. Des dif?rents r?gistres de la connaissance -artistique, scientifique, religieuse- s?articulent donc dans le travail, et dialoguent en condition d??galit?. La recherche fait usage de mat?riels multiples qui incluent, au-del? des films mentionn?s, et de ses respectifs scripts, des r?f?rences ? d?autres long-m?trages et documentaires du directeur, ainsi que, des makingoffs, entretiens, et interpr?tations de commentaristes comme Lucia Nagib, Luiz Zanin Oricchio, Ivana Bentes, Pedro Butcher e Jurandir Freire Costa / Destacando a relev?ncia das transforma??es do discurso pol?tico no cinema brasileiro atual, este estudo empreende uma an?lise da dimens?o ?tica do cinema de Walter Salles. Para tal, partimos de tr?s filmes longa-metragem do diretor: Terra Estrangeira, Central do Brasil e Abril Despeda?ado. Os filmes selecionados comp?em os destacados cap?tulos da disserta??o, que se apresentam em formato ensa?stico, se articulando a diferentes dimens?es da ?tica: a hospitalidade, a religa??o e o perd?o. No texto, essas dimens?es ?ticas emergem a partir das narrativas, sobretudo das experi?ncias existenciais dos protagonistas e de seus singulares encontros com a alteridade, e dialogam com reflex?es de autores como Edgar Morin, Zigmunt Bauman, Julia Kristeva, Paul Ricoeur e Hannah Arendt. Articulam-se assim, diferentes registros do conhecimento: art?stico, cient?fico e religioso, que dialogam em patamar de igualdade. A pesquisa faz uso de materiais m?ltiplos que incluem, al?m dos filmes mencionados e seus respectivos roteiros, a refer?ncia a outros longametragens e document?rios do diretor, assim como making-offs, entrevistas, e interpreta??es de comentadores como Lucia Nagib, Luiz Zanin Oricchio, Ivana Bentes, Pedro Butcher e Jurandir Freire Costa

Certaines fictions romanesques du XIXe siècle se présentent sous la forme de récits rétrospectifs faits à la première personne par un narrateur qui propose une relecture de son passé. Ce retour en arrière peut prendre la forme d’une confession. Dans quel but la confession investit-elle le roman ? Pourquoi la confession passe-t-elle par l’intermédiaire d’une fiction ? L’analyse met en évidence l’émergence d’un nouveau genre dans l’histoire littéraire – le « roman confession » –, genre historiquement daté qui a ses propres règles, ses propres critères, sa propre logique, et qui se situe au confluent de deux genres singuliers : l’autobiographie et le roman. / In literature, confessions can be inserted into novels. Confessions belong to the autobiographical genre and can show faults, sins and guilty behavior whereas novels belong to the fictional genre. Our work analyses the extent to which a new genre appears in the literary history, and most particularly in the 19th century. Indeed, the “novel confession” is a genre of the 19th century, with its own characteristics

Considérant l’intérêt grandissant des consommateurs pour l’écologie, il n’est pas surprenant de constater que des entreprises se « verdissent » très rapidement afin de répondre à cette nouvelle demande. Certaines de ces entreprises sont impliquées dans des scandales de nature écologique ayant des répercussions négatives sur leur image et sur la confiance accordée par les consommateurs. Bien que plusieurs réactions soient susceptibles d’être adoptées par les consommateurs, la volonté à pardonner (pardonnabilité) s’avère d’une grande importance puisqu’elle permet conditionner la pérennité de la relation d’affaires. L’objectif de cette recherche est de comprendre ce qui motive les consommateurs à vouloir (ou non) pardonner une entreprise impliquée dans un scandale écologique. Prenant fondement sur une approche expérimentale, cette recherche identifie les variables susceptibles d’expliquer la volonté à pardonner du consommateur spécifiquement dans un contexte de scandale écologique. Pour mesurer ces variables, la méthode des scénarios a été mobilisée et huit scénarii distincts ont été construits afin de reproduire le plus fidèlement des situations contextualisant des scandales écologiques. Avec un échantillon de convenance de 464 étudiants universitaires, les résultats obtenus ont permis de mettre en lumière que les valeurs et l’implication écologique semblent peu influencer la gravité perçue du scandale et indirectement, la volonté à pardonner lorsque survient un scandale écologique. D’un autre côté, le fait de croire en l’authenticité des discours de responsabilité sociale d’entreprise semble influencer un peu plus la gravité perçue du scandale écologique. De plus, les résultats ont mis en évidence que la gravité perçue du scandale impacte principalement la volonté à pardonner et ce, uniquement à ses dimensions affective et cognitive. Pour ce qui est de la dimension comportementale, les résultats indiquent qu’elle est peu influencée par la gravité perçue du scandale. Ces résultats mettent en lumière des implications fort intéressantes d’un point de vue théorique et managérial. / Considering the growing ecological interest of consumers, it is not surprising that companies are becoming greener to satisfy this new claim. Ecological scandals affect negatively companies’ image and therefore the trust of their consumers. While consumers can adopt many different reactions, the willingness to forgive (forgiveness) appears to be one of the most important since the way it is managed allows to maintain business relationship. The purpose of this research is to understand what motivates consumers to forgive (or not) a company involved in an environmental scandal. Drawing on an experimental approach, this study identifies the variables likely to explain the consumer willingness to forgive in an ecological context. To conduct this research, a scenario-based experiment was used. Eight distinct scenarios were created to replicate as closely as possible existing ecological scandals. With a convenience sample of 464 university students, results show that ecological values and environmental concerns have a low effect on the perceived seriousness of the scandal and indirectly the willingness to forgive when an ecological scandal occurs. On the other hand, believing in the authenticity of corporate social responsibility have a slightly influence on the perceived seriousness of the ecological scandal. In addition, the results show that the perceived seriousness of the scandal primarily impacts the willingness to forgive, more precisely its affective and cognitive dimensions. Results indicate that the behavioral dimension is not influenced by the perceived seriousness of the scandal. These results highlight interesting implications at theoretical and practical levels.

The presidential pardon power is an oft-overlooked political institution that seems to be perceived as being innocuous and irrelevant to larger political concerns. This research examines the pardons issued by President Donald J. Trump in an effort to evaluate whether they align with constitutional expectations regarding the use of this unrestricted presidential power. Dr. Jeffrey Crouch, a leading scholar on the subject, has demonstrated that the pardon power was intended to be used as a disinterested act of grace or an act in the public interest. A close survey of President Trump’s use of this power shows that many of his pardons do not meet these standards. Instead, President Trump often used pardons to protect political allies or favor personal friends. In doing so, Mr. Trump derogated from the Constitution and elevated allies and friends above the rule of law. The implications of this usage for American democracy are spelled out.