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Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI / Racial segregation in São Paulo: residences, personal networks and urban trajectories in the 21st century

França, Danilo Sales do Nascimento 28 September 2017 (has links)
Esta tese propõe uma interpretação sobre a relevância da segregação residencial como dimensão estruturante das relações raciais no Brasil, a partir da análise de dados da Região Metropolitana de São Paulo. Comparações com situações de segregação racial típicas de cidades norte-americanas, aliadas a narrativas de dissimulação das manifestações do racismo no Brasil, têm alimentado discursos que desprezam a importância da segregação para as relações raciais, argumentando que em nossas cidades ocorre segregação apenas por classe social. Esta pesquisa posiciona-se contrariamente a tais discursos e apresenta evidências da segregação residencial por raça nos diferentes estratos sociais. Por um lado, através de abordagens quantitativas mais tradicionais que partem dos diferenciais de localização das residências de grupos sociais, constatamos pequenos níveis de segregação racial em camadas sociais mais baixas que se tornam significativos nas camadas médias e altas. Os brancos de classes médias e superiores residem nas áreas mais privilegiadas da metrópole, estando muito isolados e distantes de todos os outros grupos, até mesmo de negros de classe média e alta. Trata-se, portanto, de segregação residencial por raça e classe. Por outro lado, a partir de uma crítica das formas como a própria noção de segregação residencial tem sido mobilizada pela sociologia, propomos uma abordagem mais aprofundada que revele em que medida a separação das moradias se associa a diferenciais de integração social e acesso à cidade. Para tanto, empreendemos uma estratégia empírica baseada no mapeamento de trajetos e locais frequentados pelos indivíduos no espaço da cidade e na espacialização de suas redes pessoais de relações. As informações foram coletadas através de pesquisa qualitativa na qual entrevistamos 28 indivíduos de classe média negros e brancos, mulheres e homens em três diferentes áreas da cidade de São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé e Itaim Bibi. Demostramos a importância do local de residência na medida em que a maior parte dos relacionamentos pessoais e dos locais frequentados localizam-se no entorno do distrito no qual residem os entrevistados. Ou seja, na medida em que negros e brancos estão residencialmente segregados, são segregadas também suas redes pessoais e locais frequentados. Além disso, nossos resultados apontam que brancos, independentemente do local de residência, possuem redes pessoais compostas preponderantemente por outros brancos e frequentam mais as áreas nobres da metrópole. Nossos achados realçam o papel do espaço urbano em processos de fechamento social que reforçam barreiras à integração de negros nas classes médias. Ademais, argumentamos que as classes médias se organizam como grupos de status cujas fronteiras são fortemente baseadas, não apenas em características raciais, mas também no espaço urbano (habitado e frequentado). / This thesis proposes an interpretation on the relevance of residential segregation as a structuring dimension of race relations in Brazil, based on the data from the Metropolitan Region of São Paulo. Comparisons with cases of racial segregation typical of North American cities, coupled with narratives that disguise manifestations of racism in Brazil, have fueled discourses that despise the importance of segregation for race relations, arguing that in our cities segregation occurs only by social class. This research opposes such discourses and presents evidence of residential segregation by race in the different social strata. On the one hand, through more traditional quantitative approaches based on the differentials of location of residences, we find small levels of racial segregation in lower social strata that become significant in the middle and upper classes. The white middle and upper classes reside in the most privileged areas of the metropolis, being very isolated and distant from all other groups, even from middle and upper-class blacks. This is, therefore, residential segregation by race and class. On the other hand, from a critique of the ways in which the very notion of residential segregation has been mobilized by sociology, we propose a more in-depth approach that reveals the extent to which the separation of housing is associated with differentials of social integration and access to the city. Therefore, we undertook an empirical strategy based on mapping of paths and places frequented by individuals in the city space and on the spatial distribution of their personal networks of relationships. The information was collected through qualitative research in which we interviewed 28 middle class individuals blacks and whites, women and men in three different areas of the city of São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé and Itaim Bibi. We demonstrate the importance of place of residence to the extent that most of the personal relationships and the places attended are located around the district in which the respondents reside. That is, to the extent that blacks and whites are residentially segregated, their personal networks and urban paths are also segregated. In addition, our results indicate that whites, regardless of their place of residence, have personal networks that are predominantly composed of other whites and frequent more the elite areas of the metropolis. Our findings highlight the role of urban space in social closure processes that reinforce barriers to the integration of blacks in the middle classes. Furthermore, we argue that the middle classes are organized as status groups whose boundaries are strongly based not only on racial characteristics, but also in urban space (inhabited and frequented).
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Fronteiras da igualdade no ensino superior: excelência & justiça racial / Equality frontiers in higher education: excellence and racial justice

Moehlecke, Sabrina 29 June 2004 (has links)
Políticas de igualdade racial como a ação afirmativa, ao exigirem direitos coletivos e a identificação racial dos grupos beneficiados, perturbam não apenas a noção moderna de igualdade e justiça, segundo a qual a distribuição de bens e posições sociais seria baseada no indivíduo e em seus méritos e talentos naturais, mas também a ideologia brasileira da mestiçagem e da democracia racial, constitutiva de nossa identidade e unidade nacionais, onde não haveria espaço para divisões ou diferenciações de raça. Analisa-se, então, como têm sido recebidas as experiências de ação afirmativa implementadas no Brasil, especialmente no ensino superior, local da excelência e meritocracia. Contextualiza-se, inicialmente, o desenvolvimento das preocupações com a igualdade nas oportunidades de acesso à educação superior, para em seguida confrontar, em termos normativos, os argumentos universalistas e particularistas construídos no debate de tais propostas. No intuito de analisá-las com mais detalhes, observa-se seu desenvolvimento nos Estados Unidos, reconstituindo-se seu contexto histórico, as formas assumidas e avaliando-se alguns dos resultados alcançados, através do estudo de caso da Universidade da Califórnia. Nos dois últimos capítulos, apresenta-se as principais teorias norte-americanas e brasileiras sobre políticas de ação afirmativa, confrontando-as às percepções sobre o tema observadas entre os estudantes entrevistados em um survey realizado na cidade de São Paulo. Percebe-se existir, para além das explicações sobre identidade nacional e racismo velado, múltiplos fatores a influenciar e motivar os estudantes no apoio ou rejeição a tais políticas, como o status universitário, indicando a necessidade de aprofundarmos os estudos sobre relações raciais na área da política.
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Som de Valente: bailes negros em São Paulo / Sound of Brave: Bailes Negros in São Paulo

Igor Santos Valvassori 10 December 2018 (has links)
A pesquisa tem como questão principal qual o significado dos bailes negros para São Paulo e para a problemática urbana. O baile, enquanto significante inscrito no espaço-tempo da metrópole, carrega quais significados para os seus frequentadores, para quem não frequenta, para quem pensa em saídas para esse (re)produzir desumano da cidade? Diante desta pergunta, a partir do método de análise progressivo-regressivo proposto por Henri Lefebvre, utilizando-se de pesquisa bibliográfica, entrevistas, observações de campo e coleta de materiais a discussão inicia-se a partir do baile nostalgia, manifestação cultural contemporânea dos bailes negros. Partindo do baile nostalgia, a pesquisa foi conduzida por toda a trajetória da relação da população negra com os bailes desde o pós-abolição, em que três períodos com características específicas foram categorizados: os bailes negros, do pós-abolição ao ano de 1958; os bailes black, de 1958 até 1994; e os atuais bailes nostalgia, de 1995 até 2016, ano privilegiado nas observações de campo e entrevista. Os bailes foram compreendidos como uma forma de encontro com conteúdos ligados às lutas, às resistências e ao vivido da população negra em São Paulo em articulação com o processo de produção deste espaço urbano, que se faz de forma desigual socialmente e racializada. Entre estes conteúdos estão a produção de uma vida pública na cidade, a relação centro-periferia que se configura no meio do século XX e a memória corporal, coletiva e política dos negros em um contexto em que a reprodução do espaço se faz produzindo espaços amnésicos e uma sociabilidade de tempo efêmero, que atinge diretamente os referenciais de identidade e vida da população paulistana. Os significados dos bailes negros para São Paulo, então, são diversos, tecidos em uma trama na qual a rede negra se faz e refaz tendo o baile como um de seus nós. Os bailes significam, para negros, brancos e pobres também um viver a cidade na contra-lógica da reprodução do espaço sob a lógica capitalista que nega a vida constantemente em favor da superação crítica de suas inerentes crises de reprodução. / The research has, as its main question, what is the meaning of \"bailes negros\" for São Paulo and urban problematic. The baile (ball) while a signifier enrolled in the space-time of the metropolis carries what meanings to its attendants, to those who do not attend, to those who think of exits for this inhuman (re) production of the city? Based on the method of progressive-regressive analysis proposed by Henri Lefebvre, using bibliographical research, interviews, field observations and material collection, the discussion begins with the baile nostalgia, a contemporary cultural manifestation of the bailes negros. Starting from the baile nostalgia, the research was conducted through the whole trajectory of the relation of the black population to the dances since post-abolition, in which three periods with specific characteristics were categorized: the bailes negros, since abolition of slavery till 1958; the bailes black, from 1958 to 1994; and the current bailes nostalgia, from 1995 to 2016, principal year in the field observations and interviews. The dances were understood as a form of encounter with contents related to the struggles, resistances and experienced of the black population in São Paulo in articulation with the process of production of this urban space, which is done in a socially and racialized unequal way. Among these contents are the production of a public life in the city, the center-periphery relationship that is set in the middle of the twentieth century and the corporal, collective and political memory of blacks in a context in which the reproduction of space is done producing amnesic spaces and an ephemeral sociability of time, which directly affects the identity and life referents of the population of São Paulo. The meanings of the bailes negros for São Paulo, then, are diverse, woven into a plot in which the black net is made and remakes having the ball as one of its nodes. The dances mean, for blacks, whites and poor people, to live the city in the counter-logic of the reproduction of space under the capitalist logic that denies life constantly in favor of the critical overcoming of its inherent crises of reproduction.
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Discursos étnico-raciais proferidos por pesquisadores/as negros/as na pós-graduação: acesso, permanência, apoios e barreiras

Silva, Marcos Antonio Batista da 03 February 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcos Antonio Batista da Silva.pdf: 2250370 bytes, checksum: a017eaf0574c107aaa1f76c0b7b7b7b3 (MD5) Previous issue date: 2016-02-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study integrate to the research line Objects of Social Psychology to the understanding of social problems at the Program of Post-Graduation Studies in Social Psychology at the Pontific Catholic University of São Paulo (PUC-SP) together with the Center of Studies in Gender, Race and Age (NEGRI), has the general objective of analyses discourses racial-ethnics produced by four masters researchers two women and two men (black and/or brown), currently living in the city of São Paulo and metropolitan regions, associated to the Brazilian Association of Black Researchers (ABPN). The specific objective is to catch, describe and interpret discourses referring to the access, staying, support and barriers confronted by the researchers aiming to finish theirs master s courses. This work is based on the theories of Rosemberg (2003) and Guimarães (2002), understanding race as a social construction and as a analytic concept to comprehend structural social and symbolical inequalities observed in Brazilian society. We also adopted a conception of racism which integrates the structural and symbolic dimensions in understanding the production and reproduction of racial inequalities (ESSED, 1991; ROSEMBERG, 2003; GUIMARÃES, 2005). In the methodological field, we use the hermeneutic of the deep (HP), proposed by J. B. Thompson (2011). This methodology is structured into three parts. The first one, the social historical analysis reconstructed the social and historical conditions of production, circulation and reception of symbolic forms. The second one, the formal analysis investigated the internal organization of the symbolic forms. The third one, the interpretation/reinterpretation summarized the results of the analysis made at the previous parts. Thus, this research has two focus of analysis. In the first one, it is approached the information resides at CNPQ (Lattes Platform) website, which refers to the promotion of racial equality on Science fields in the Brazilian society. In the second focus, the results show that this research dialogues with the dimensions of social exclusion, proposed for Sawaia (2006), covering the objective dimension, as a reference to social inequity; ethics dimension, referring to social injustice; subjective dimension, referring to politic-ethic suffering produced by social exclusion. In other words, Sawaia s theory associated to the discourses, which question the social inequities and collaborate with this fight, showing the clash between forms of maintenance of exclusive structures in public policy of inclusion and resistance potency of subjects, indicating at the same time those politics are of fundamental importance to overcome inequities, it is only effective through the action and force of subjects and social movements / Este estudo se integra à linha de pesquisa Aportes da Psicologia Social à compreensão de problemas sociais , do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) junto ao Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade (NEGRI), tendo por objetivo geral analisar discursos étnico-raciais proferidos por quatro mestres - duas mulheres e dois homens (preto/as e/ou pardo/as)- residentes na cidade de São Paulo e região metropolitana, filiados à Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN). Como objetivo específico pretende-se captar, descrever e interpretar discursos referentes ao acesso, permanência, apoios e barreiras enfrentadas, por estes mestres para terminar o mestrado. Esta tese fundamenta-se primeiramente na perspectiva teórica de Rosemberg (2003) e Guimarães (2002), entendendo raça como uma construção social e um conceito analítico fundamental para a compreensão de desigualdades socioestruturais e simbólicas instituídas e observadas na sociedade brasileira. Segundo, adotamos uma concepção de racismo que integra as dimensões estrutural e simbólica na compreensão da produção e reprodução das desigualdades sociais (ESSED, 1991; ROSEMBERG, 2003; GUIMARÃES, 2005). No campo metodológico, utilizamos a hermenêutica de profundidade (HP), proposta por J. B. Thompson (2011). Essa metodologia é estruturada em três partes, a primeira etapa da HP utilizada foi à análise sócio-histórica (reconstruiu as condições sociais e históricas de produção, circulação e recepção das formas simbólicas). A segunda fase análise formal ou discursiva (investigou a organização interna das formas simbólicas). A terceira fase, a interpretação/reinterpretação (realizou uma síntese dos resultados das etapas anteriores). Nesta tese adotamos também a análise de conteúdo, que visa oferecer uma descrição sistemática e objetiva da organização interna das formas simbólicas, bem como a obediência aos princípios éticos na pesquisa (BARDIN, 2011; ROSEMBERG, 1981). Assim, trabalhamos com dois enfoques que correspondem a duas unidades de análise: informações do currículo cadastrado na Plataforma Lattes dos entrevistados e falas transcritas em forma de texto dos discursos captados junto aos entrevistados/as. No primeiro enfoque, abordamos as informações constantes do portal do CNPq (Plataforma Lattes), no que se refere à promoção da igualdade racial no âmbito da Ciência na sociedade brasileira. No segundo enfoque, os resultados mostram que esta pesquisa dialoga com as dimensões da exclusão social, proposta por Sawaia (2006), abrangendo as dimensões objetiva, referente à desigualdade social; ética, referente às injustiças sociais; subjetiva, referente ao sofrimento ético-político produzido pela exclusão social. Isto é, se associa ao coro que questiona as desigualdades sociais e colabora com essa luta, mostrando o embate entre as formas sutis de manutenção de estruturas excludentes em políticas públicas de inclusão e a potência de resistência dos sujeitos, e indicando que ao mesmo tempo em que tais políticas são fundamentais para a superação de desigualdades, elas só se efetivam pela ação e força dos sujeitos e dos movimentos sociais
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A escolarização da população negra no município de Santos: um estudo por meio dos indicadores educacionais do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – MEC/INEP

Fernandes, Ísis Santos 25 February 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-03T17:31:17Z No. of bitstreams: 1 Ísis Santos Fernandes.pdf: 1032388 bytes, checksum: 19685d962376f75cfaf898bf0643cb8d (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-03T17:31:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ísis Santos Fernandes.pdf: 1032388 bytes, checksum: 19685d962376f75cfaf898bf0643cb8d (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study aimed to carry out a comparative study of schooling conditions and school performance between black and white students in the city of Santos and the state of São Paulo in Brazil, through educational indicators of the School Census published by the National Research Institute Education - INEP, in the year 2014. The choice of municipality was due the close relationship shown by studies and surveys between blackness, poverty and social and educational inequality. To the extent that the municipality is located at the 6th Brazilian position in terms of quality of life (including one of the key indicators is the quality of education) and has low black proportional index, the guiding hypothesis was that this would enable supply most qualified educational processes. To collecting and analyzing data in relation to schooling conditions were used School Census data relating to global enrollment by type of school (public x private) and education level. The main finding was: the economic strength of the city, the high level of quality of life and the low incidence of blacks people in Santos did not result in greater educational opportunities for the black population that occurred in the state and in the country / Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo comparativo das condições de escolaridade e do desempenho escolar de alunos negros e brancos no município de Santos em comparação com os do estado de São Paulo e do Brasil, por meio dos indicadores educacionais do Censo Escolar publicados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – INEP, referentes ao ano de 2014. A escolha do município se deu em razão da relação estreita entre negritude, pobreza e desigualdade social e educacional apresentada por estudos e pesquisas. Na medida em que o município se situa na 6a colocação brasileira em termos de qualidade de vida (no qual um dos indicadores fundamentais é a qualidade da educação) e apresenta índices proporcionalmente baixos de negros, a hipótese norteadora foi a de que esta situação possibilitaria uma oferta de processos educativos mais qualificados. Para coleta e análise dos dados relativos às condições de escolaridade foram utilizados os dados do Censo Escolar referentes às matrículas globais, por tipo de escola (pública x privada) e nível de escolaridade. O principal achado foi que a pujança econômica do município, o alto índice de qualidade de vida e a pouca incidência de negros em Santos não redundou em maiores oportunidades educacionais para a população negra em relação às apresentadas no Estado e no País
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A mãe-preta na literatura brasileira: a ambigüidade como construção social (1880-1950) / The \"Black-mom\" in the Brazilian literature: the ambiguity as social construction (1880-1950)

Deiab, Rafaela de Andrade 15 September 2006 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo estudar a memória coletiva que se consolida em torno da figura da mãe-preta. Para a realização dessa empreitada, tomei como objeto de estudo as representações literárias da mãe-preta no período de 1880 a 1950. É nesse intervalo de tempo que se estabiliza uma interpretação mais alentada sobre a escravidão. Nessa medida, as representações da mãe-preta são tomadas como vias de acesso a interpretações paradoxais sobre a escravidão brasileira e seu legado. Tenho como hipótese que, se essa instituição violenta e arbitrária não podia ser esquecida; ela, ao menos, poderia ser lembrada em sua faceta mais íntima, afetiva e \"produtora de uma cultura mestiça\". Contudo, ainda assim, afeto e intimidade parecem não conseguir romper com a diferença e a hierarquia social: é justamente nessa tensão que se constroem representações ambíguas da mãe-preta na literatura brasileira. / The main purpose of this research is to study the collective memory formed around the figure of \"mãe-preta\" (Black-Mom). For this purpose, I have taken as object of study the literary representations of \"mãe-preta\" (black-mom) between 1880 and 1950. This is the main period in which an interpretation of slavery was established. Therefore, the representations of \"mãe-preta\" (black-mom) are a way of having access to the paradoxical interpretations of Brazilian slavery and its legacy. My hypothesis is that, although this violent and arbitrary institution could not be forgotten, it could at least be remembered in its more intimate and affective ways or as a \"producer of a mixed culture\". Nevertheless, it seems that intimacy and affection are not capable of breaking up with social difference and hierarchy. Ambiguous representations of \"mãe-preta\"? (black-mom) in Brazilian literature are built exactly on this tension.
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A relação entre psicologia e racismo: As heranças da clínica psicológica / Not informed by the author

Benedito, Maiara de Souza 13 April 2018 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo investigar como a raça e o racismo afetam a prática dos psicólogos. A partir de uma leitura histórica da construção do que é ser negro no Brasil, discute-se as formas como a Psicologia pode contribuir para o enfrentamento do sofrimento causado pelo racismo. Adota-se a compreensão da raça enquanto uma construção social que reverbera em diversas faces do racismo, entre elas o racismo institucional, que pode refletir e determinar a forma como os negros acessam seus direitos. Apoiada na psicanálise vincular e no conceito de alianças inconscientes de Kaës, averigua-se se e como profissionais do campo da clínica psicológica identificam problemas relacionados ao racismo, analisando como eles atuam diante dessa problemática. As entrevistas abertas tiveram como base os pressupostos de Bleger e realizadas com três profissionais que atuam em dispositivos clínicos em serviços públicos e privados na região metropolitana de São Paulo. Em seguida, identificou-se de que modo as questões raciais são expressas no campo da clínica nesses dispositivos. Foram encontrados aspectos comuns entre as narrativas estudadas com relação ao racismo operar como uma transmissão psíquica entre as gerações e observou-se que há ambiguidade na diferenciação do racismo a outros tipos de preconceitos. Reconheceu-se a contradição entre desejo e a culpa entre as vítimas do racismo nos relatos dos entrevistados. Evidenciou-se a problemática do lugar do negro nos espaços sociais e a relevância dos territórios onde eles podem ou não ocupar. Na clínica psicológica, admitiu-se a existência de estruturantes psíquicos, responsáveis pelo delineamento do sofrimento de ser negro, e que, nessa dimensão, há um espaço para elaboração desse problema. Percebeu-se a importância de respeitar o sujeito enquanto si mesmo antes de fazer os recortes sociais necessários. Além disso, foi descoberta a necessidade de se realizar parcerias para o enfrentamento do racismo, destacando-se ainda o valor da apropriação histórica para que os fenômenos raciais possam ser compreendidos e superados. Este estudo conclui que a atuação da Psicologia se faz necessária política e socialmente / This dissertation aims to investigate how race and racism have affected the practice of psychologists. From a historical reading of what it means to be black in Brazil, we discuss the ways in which Psychology can contribute to confronting the suffering caused by racism. The understanding of race is adopted as a social construction that reverberates on several branches of racism, including institutional racism, which can reflect and determine how blacks access their rights. Based on Linkage Psychoanalysis and on the concept of Unconscious Alliances by Kaës, we investigate whether and how professionals in the field of Psychology Clinic identify problems related to racism, analyzing how they act in face of this issue. Open interviews were conducted based on the assumptions of Bleger and carried out with three professionals who work in clinical settings in public and private services in the metropolitan region of São Paulo. Then, it was identified how racial issues are expressed in the clinical field. Common aspects were found among the narratives studied regarding racism operating as a psychic transmission between generations. Moreover, it was observed ambiguity in the differentiation of racism from other types of prejudices. The contradiction between desire and guilt among the victims of racism in the interviewees\' accounts was acknowledged. The problematic of the place of the black in social spaces and the relevance of the territories where they can or cannot access were evidenced. In the psychological clinic, the existence of psychic structurants was admitted as responsible for the delineation of the suffering of being black, and in this sense, there is room for further elaboration. The importance of respecting the individual before making necessary social evaluations was recognized. In addition, we discovered the need to realize partnerships to combat racism, highlighting the importance of historical appropriation so that the racial phenomena can be understood and overcome. This study concludes that the performance of Psychology becomes politically and socially necessary
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Fronteiras da igualdade no ensino superior: excelência & justiça racial / Equality frontiers in higher education: excellence and racial justice

Sabrina Moehlecke 29 June 2004 (has links)
Políticas de igualdade racial como a ação afirmativa, ao exigirem direitos coletivos e a identificação racial dos grupos beneficiados, perturbam não apenas a noção moderna de igualdade e justiça, segundo a qual a distribuição de bens e posições sociais seria baseada no indivíduo e em seus méritos e talentos naturais, mas também a ideologia brasileira da mestiçagem e da democracia racial, constitutiva de nossa identidade e unidade nacionais, onde não haveria espaço para divisões ou diferenciações de raça. Analisa-se, então, como têm sido recebidas as experiências de ação afirmativa implementadas no Brasil, especialmente no ensino superior, local da excelência e meritocracia. Contextualiza-se, inicialmente, o desenvolvimento das preocupações com a igualdade nas oportunidades de acesso à educação superior, para em seguida confrontar, em termos normativos, os argumentos universalistas e particularistas construídos no debate de tais propostas. No intuito de analisá-las com mais detalhes, observa-se seu desenvolvimento nos Estados Unidos, reconstituindo-se seu contexto histórico, as formas assumidas e avaliando-se alguns dos resultados alcançados, através do estudo de caso da Universidade da Califórnia. Nos dois últimos capítulos, apresenta-se as principais teorias norte-americanas e brasileiras sobre políticas de ação afirmativa, confrontando-as às percepções sobre o tema observadas entre os estudantes entrevistados em um survey realizado na cidade de São Paulo. Percebe-se existir, para além das explicações sobre identidade nacional e racismo velado, múltiplos fatores a influenciar e motivar os estudantes no apoio ou rejeição a tais políticas, como o status universitário, indicando a necessidade de aprofundarmos os estudos sobre relações raciais na área da política.
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Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI / Racial segregation in São Paulo: residences, personal networks and urban trajectories in the 21st century

Danilo Sales do Nascimento França 28 September 2017 (has links)
Esta tese propõe uma interpretação sobre a relevância da segregação residencial como dimensão estruturante das relações raciais no Brasil, a partir da análise de dados da Região Metropolitana de São Paulo. Comparações com situações de segregação racial típicas de cidades norte-americanas, aliadas a narrativas de dissimulação das manifestações do racismo no Brasil, têm alimentado discursos que desprezam a importância da segregação para as relações raciais, argumentando que em nossas cidades ocorre segregação apenas por classe social. Esta pesquisa posiciona-se contrariamente a tais discursos e apresenta evidências da segregação residencial por raça nos diferentes estratos sociais. Por um lado, através de abordagens quantitativas mais tradicionais que partem dos diferenciais de localização das residências de grupos sociais, constatamos pequenos níveis de segregação racial em camadas sociais mais baixas que se tornam significativos nas camadas médias e altas. Os brancos de classes médias e superiores residem nas áreas mais privilegiadas da metrópole, estando muito isolados e distantes de todos os outros grupos, até mesmo de negros de classe média e alta. Trata-se, portanto, de segregação residencial por raça e classe. Por outro lado, a partir de uma crítica das formas como a própria noção de segregação residencial tem sido mobilizada pela sociologia, propomos uma abordagem mais aprofundada que revele em que medida a separação das moradias se associa a diferenciais de integração social e acesso à cidade. Para tanto, empreendemos uma estratégia empírica baseada no mapeamento de trajetos e locais frequentados pelos indivíduos no espaço da cidade e na espacialização de suas redes pessoais de relações. As informações foram coletadas através de pesquisa qualitativa na qual entrevistamos 28 indivíduos de classe média negros e brancos, mulheres e homens em três diferentes áreas da cidade de São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé e Itaim Bibi. Demostramos a importância do local de residência na medida em que a maior parte dos relacionamentos pessoais e dos locais frequentados localizam-se no entorno do distrito no qual residem os entrevistados. Ou seja, na medida em que negros e brancos estão residencialmente segregados, são segregadas também suas redes pessoais e locais frequentados. Além disso, nossos resultados apontam que brancos, independentemente do local de residência, possuem redes pessoais compostas preponderantemente por outros brancos e frequentam mais as áreas nobres da metrópole. Nossos achados realçam o papel do espaço urbano em processos de fechamento social que reforçam barreiras à integração de negros nas classes médias. Ademais, argumentamos que as classes médias se organizam como grupos de status cujas fronteiras são fortemente baseadas, não apenas em características raciais, mas também no espaço urbano (habitado e frequentado). / This thesis proposes an interpretation on the relevance of residential segregation as a structuring dimension of race relations in Brazil, based on the data from the Metropolitan Region of São Paulo. Comparisons with cases of racial segregation typical of North American cities, coupled with narratives that disguise manifestations of racism in Brazil, have fueled discourses that despise the importance of segregation for race relations, arguing that in our cities segregation occurs only by social class. This research opposes such discourses and presents evidence of residential segregation by race in the different social strata. On the one hand, through more traditional quantitative approaches based on the differentials of location of residences, we find small levels of racial segregation in lower social strata that become significant in the middle and upper classes. The white middle and upper classes reside in the most privileged areas of the metropolis, being very isolated and distant from all other groups, even from middle and upper-class blacks. This is, therefore, residential segregation by race and class. On the other hand, from a critique of the ways in which the very notion of residential segregation has been mobilized by sociology, we propose a more in-depth approach that reveals the extent to which the separation of housing is associated with differentials of social integration and access to the city. Therefore, we undertook an empirical strategy based on mapping of paths and places frequented by individuals in the city space and on the spatial distribution of their personal networks of relationships. The information was collected through qualitative research in which we interviewed 28 middle class individuals blacks and whites, women and men in three different areas of the city of São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé and Itaim Bibi. We demonstrate the importance of place of residence to the extent that most of the personal relationships and the places attended are located around the district in which the respondents reside. That is, to the extent that blacks and whites are residentially segregated, their personal networks and urban paths are also segregated. In addition, our results indicate that whites, regardless of their place of residence, have personal networks that are predominantly composed of other whites and frequent more the elite areas of the metropolis. Our findings highlight the role of urban space in social closure processes that reinforce barriers to the integration of blacks in the middle classes. Furthermore, we argue that the middle classes are organized as status groups whose boundaries are strongly based not only on racial characteristics, but also in urban space (inhabited and frequented).
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Raça, classe e segregação residencial no município de São Paulo / Race, class and residential segregation in São Paulo

Danilo Sales do Nascimento França 17 December 2010 (has links)
Esta dissertação de mestrado desenvolve uma análise da segregação residencial no município de São Paulo, descrita a partir da articulação entre raça e classe social. Deste modo, realçamos as diferenças de padrões residenciais de negros e brancos pertencentes a estratos sociais semelhantes, dando ênfase à caracterização da segregação racial nas classes médias e altas de São Paulo. A partir desta descrição, revelamos a maneira pela qual a segregação se relaciona com o perfil da estratificação social e das desigualdades raciais no Brasil, refletindo as dificuldades de inserção dos negros em estratos sociais mais altos. Para tanto, defendemos a hipótese de que a distância residencial entre os negros e brancos aumenta conforme consideramos as camadas sociais médias e altas. De modo que os negros destes estratos apresentam maior concentração em bairros mais pobres e periféricos. Esta hipótese é demonstrada através de uma ampla análise quantitativa, na qual exploramos a aplicação de diversas técnicas disponíveis para mensuração e análise da segregação residencial. Nossa argumentação acerca destas questões se alicerça no campo da sociologia das relações raciais, em diálogo com a produção brasileira e norte-americana sobre segregação residencial. / In this dissertation we develop an analysis of residential segregation in the city of São Paulo based upon the articulation of race and social class. In this way one can stress the differences in residential patterns among blacks and whites belonging to similar social strata, highlighting racial segregation in middle and upper classes in São Paulo. From this description we reveal the way in which segregation relates itself with the contour of social stratification and racial inequalities in Brazil, reflecting on the difficulties in inclusion of blacks in higher social strata. For such, we defend the hypothesis that the residential distance in blacks and whites increases as we look upon the middle and higher social classes. The blacks in these strata are more concentrated in poorer and peripheral neighborhoods. This hypothesis is demonstrated through a wide quantitative analysis in which we apply several available techniques for measurement and analysis of residential segregation. Our argument for such questions is based on the sociology of racial relations, but also in dialogue with the north-American and Brazilian literature relating to residential segregation.

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