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Qualidade de vida das mulheres com prolapso de órgão pélvico após tratamento cirúrgico / Quality of life in women with pelvic organ prolapse after surgical treatmentClaudia Carolina Flores Espinoza 04 September 2017 (has links)
Introdução: A prevalência do prolapso de órgão pélvico (POP) aumenta com a idade, estimando-se que quase 30% das mulheres têm algum grau de POP. As pesquisas sobre qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nesta patologia tornaram-se importantes. A QVRS das mulheres com POP é grandemente afetada; incluindo a alteração dos aspectos físicos e das áreas psicológica e social. Há pouca evidencia sobre os fatores que alteram a QVRS destas mulheres, e que poderiam predizer mudanças após do tratamento. O objetivo desta pesquisa é avaliar a QVRS das mulheres submetidas a cirurgia de correção de POP e conhecer os fatores preditores das mudanças. Método: Estudo longitudinal com desenho analítico, correlacional preditivo em 95 mulheres adultas Chilenas da Região Metropolitana, com diagnóstico de POP e com indicação de cirurgia. Realizou-se avaliação da QVRS em três momentos (basal pré-operatório, um e seis meses após a cirurgia para correção do POP), empregando-se o instrumento Prolapse Quality of Life (PQOL), em sua versão chilena, composto de nove dimensões: percepção geral de saúde (PGS), impacto do prolapso (IP), limitações de papel (LR), físicas (LF), sociais (LS) e relações pessoais (RP), emoções (E), sono/energia (SE) e medidas de gravidade (MS); Os fatores preditores da QVRS foram colhidos utilizando-se os seguintes instrumentos: dados demográficos e clínicos, Pelvic Organ Prolapse/Urinary Incontinence Sexual Function Questionnaire-12 versão Chilena (função sexual), Menopause Rating Scale versão Chilena (sintomas menopáusicos), Questionário Geral de Saúde de Golberg (sintomas depressivos) e Modified Body Image Scale (imagem corporal). Os dados foram submetidos às análises descritivas univariadas; análises de medidas repetidas com comparação de médias 2 a 2, usando-se o teste t-Student para comparação de grupos; e análise multivariada utilizando-se o Modelo Linear de Efeitos Mistos, para explicar as variáveis preditoras da QVRS. Além dessas, a Mínima Diferença Importante (MID) e o tamanho do efeito foram utilizados para determinar a magnitude das mudanças na QVRS após o tratamento cirúrgico, utilizando-se o Patient Global Impression of Improvement Index. Resultados: A idade média foi 60 anos (DP=10,3); 76% apresentaram nível educacional básico ou médio, com companheiro (61%), com atividade sexual (40%), com menopausa (74,5%); 2,5 procedimentos cirúrgicos para correção do POP em média. A QVRS melhorou após o tratamento cirúrgico, em ambos os seguimentos (p<0,001), e em todas as dimensões. A imagem corporal apresentou diferença significativa (p<0,05) em todos os momentos de avaliação: para cada ponto de piora da imagen corporal, menor mudança na QVRS após a cirurgia. Os sintomas menopáusicos impactaram em menores mudanças na QVRS nas dimensões PGS e E, em todos os tempos, embora a QVRS nas dimensões IP, LF, LS e SE tenha apresentado leve porém significativa melhora após a cirurgia (p<0,05). As mulheres com doença neurológica mostraram menores mudanças na QVRS no pós-operatório comparativamente àquelas sem essa doença nas dimensões LF, E e SE (p<0,05). Outras variáveis preditoras de QVRS foram a atividade sexual, nível educacional, idade e diabetes mellitus. Obteve-se um efeito de grande magnitude em todas as dimensões e estabeleceu-se MID entre -1,19 e -15 pontos para todas as dimensões de PQOL. Conclusão: A QVRS melhorou após o tratamento cirúrgico, em todas as dimensões, e as variáveis preditoras mais importantes foram a imagen corporal, os sintomas menopáusicos e as doenças neurológicas. O estudo contribui para corroborar a necessidade de avaliação integral das mulheres no pré-operatório visando a conhecer as tendências de sua QVRS posteriormente atuando nos fatores modificáveis que podem influir negativamente em sua recuperação pós-operatória. / Introduction: Prevalence of pelvic organ prolapse (POP) increase with age, estimating that almost 30% of women has some POP degree. Research about health related quality of life (HRQL) in this pathology it have gained relevance. HRQL of women with POP is highly affected; including physical impaired, and psychological and social spheres. There is little evidence about factors influence HRQL of these women. The aim of this research was to evaluate HRQL of women submitted to surgical correction of POP and predictors factors of changes. Methods: Llongitudinal study with analytical, correlational, predictive design in 95 Chilean women, of the Metropolitan Area, with POP diagnosis and surgical indication. An evaluation was performed of HRQL in three times (baseline before surgery, and follow up at first and six month after surgery) Instruments applied were Prolapse Quality of Life (PQOL) Chilean version which nine dimensions: General health perception (GHP), prolapse impact (PI), role (RL), physical (LF), socials (LS) and personal limitations, emotions (E), sleep/energy (SE) and, severity measurement (SM); predictors factors of HRQL were obtained using demographic and clinical data, Pelvic Organ Prolapse/Urinary Incontinence Sexual Function Questionnaire-12 Chilean version (sexual function), Menopause Rating Scale Chilean version (menopause symptoms), Goldbergs General Health Questionnaire (depressive symptoms) and Modified Body Image Scale (Body image). Data analysis included univariate descriptive analysis, repeated measures analysis with media comparison 2 to 2 for group and multivariate analysis with linear mixed effects models to explain predictors variables of HRQL. Also, the minimum important difference (MID) and effect size were used to determine magnitude of change in HRQL after surgical treatment, anchor used was Patient Global Impression of Improvement Index. Results: age average was 60 years (SD: 10.3), 76% primary or secondary educational level, 61% have couple, 40% was active sexually, most of women had menopause (74.5%), average of procedures of POP correction was 2.5. HRQL improved after surgical treatment, in both follow up (p<0.001) in every dimension. Body image had significant difference (p<0.05) without time interaction, every point for worse body image, HRQL get worse. Menopause symptoms had a positive impact on GHP and E, showed fewer score in every time, meanwhile PI, FL, SL and SE had a little but statistical significant improved after surgical treatment (p<0.05). Women with neurological disease showed less change in HRQL after surgery than without disease in FL, E and SE dimension (p<0.05). Other predictive variables after surgery (p<0.05) were sexual activity, educational level, age and diabetes. MID it determined among -1.19 y -15 points for all dimensions of HRQL, considering an large in all dimensions too. Conclusion: HRQL improved after surgery, most important predictive variables were body image, menopause symptoms and neurological disease, therefore integral assessment of women before surgery is important to know HRQL trend after treatment, to support them and improve or maintain modify factors that could have negative impact.
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Deficiência, gênero e práticas de saúde: estudo sobre a integralidade em atenção primária / Disability, gender and health practices: a study about integrality (comprehensiveness) in primary health careStella Maris Nicolau 15 February 2012 (has links)
O objetivo desse estudo foi investigar como as mulheres com deficiência são recebidas nos serviços de atenção primária e como essas mulheres e os/as profissionais que lhes assistem dão sentidos às práticas desenvolvidas. As mulheres com deficiência ainda contam com ações inexpressivas voltadas para as suas necessidades nos serviços de atenção primária em saúde, que embora privilegie a clientela feminina, pouco reconhecem as especificidades desse segmento, como por exemplo, aspectos relativos aos seus direitos sexuais e reprodutivos. Trata-se de pesquisa qualitativa que entrevistou 39 profissionais de três serviços de atenção primária de uma região da cidade de São Paulo, bem como 15 mulheres com variados tipos e graus de deficiência, na idade reprodutiva, usuárias destes serviços. Sete dessas mulheres são mães de mais de um filho, e três tiveram filhos após a aquisição da deficiência, o que corrobora o fato de parcela significativa de mulheres com deficiência ter vida sexual ativa e necessitar de atenção relativa à sua saúde sexual e reprodutiva. Os profissionais afirmam que a presença de mulheres com deficiência na idade reprodutiva em geral é rara, e apontam que suas necessidades de saúde são mais determinadas pelo tipo e grau da deficiência do que por determinantes socioculturais de gênero. Reconhecem lacunas em sua formação para abordarem deficiências e questões de gênero - o que se revela no predomínio de concepções baseadas no senso comum - e apontam a necessidade de os serviços investirem na acessibilidade física, comunicacional e de atitudes. Já as usuárias relatam dificuldades de acesso aos serviços, que inclui falta de transporte, barreiras arquitetônicas, barreiras na comunicação, atitudes preconceituosas e pouco acolhedoras de alguns profissionais. Avaliam como positivo a oferta de cuidado no domicílio para aquelas que não conseguem ir ao serviço / This study aimed to investigate how women with disabilities are received in primary health care facilities and how these women and primary care providers who assist them give meaning to the practices developed. Women with disabilities still have few actions aimed at their needs in primary health care services. Despite the attention given to the female population in primary health care facilities, they still dont recognize specificities of women with disabilities, such as issues related to their sexual and reproductive rights. Through a qualitative research 39 providers were interviewed in three primary health care facilities in a region of São Paulo city, and also 15 women with different types and degrees of disability, reproductive age, users of these services. Seven of these women are mothers of more than one child, and three of them had children after the acquisition of disability, which corroborates the fact that a significant portion of women with disabilities are sexually active and need attention on sexual and reproductive health. The providers said that the presence of disabled women of reproductive age in general was scarce, and reported that their health needs were more determined by the type and degree of disability than by socio-cultural determinants of gender. They recognized gaps in their training to address disability and gender - which reveals the predominance of concepts, based on common sense - and highlighted the need for services to invest in physical accessibility, communication and attitudes. For the other side, the users have reported difficulties in accessing services, which included lack of transportation, physical and communication barriers, prejudice and unwelcoming attitudes of some providers. They evaluated as positive the provision of home care for those who couldn´t go to the service
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Estudo da prevalência de maus tratos na infância em mulheres com dor pélvica crônica / Study of the prevalence of childhood maltreatment in women with chronic pelvic painKalil Antonio Salotti Tawasha 22 April 2015 (has links)
Introdução: A dor pélvica crônica é uma condição clínica de elevada prevalência, cuja compreensão da fisiopatologia envolvida, ainda é parcial. A IASP (International Association for Study of Pain) define DPC como: dor crônica ou persistente percebida em estruturas relacionadas à pelve (sistema digestório, urinário, genital, miofascial ou neurológico), frequentemente associada com consequências emocionais, sexuais, comportamentais e cognitivas negativas, assim como com sintomas sugestivos de disfunções daqueles sistemas. Incluem-se tanto dor cíclica, como dismenorreia, quanto acíclica. Do ponto de vista temporal, considera-se crônica, via de regra, quando a duração é igual ou superior a seis meses (http://www.iasp-pain.org/files/Content/ContentFolders/Publications2/ClassificationofChronicPain/Part_II-F.pdf; acessado em 13 de novembro de 2014). Está associada a diversas comorbidades e impacto conjugal, social e econômico desfavorável. Embora sugestivo, não temos dados objetivos de países em desenvolvimento sobre a associação de maus tratos sofridos na infância com dor pélvica crônica e sua relação com sintomas de ansiedade e depressão. Objetivos: Investigar a prevalência de maus tratos na infância em mulheres com dor pélvica crônica e sua correlação com os transtornos do humor. Casuísticas e Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal, no qual foram incluídas 77 mulheres com DPC atendidas consecutivamente em um ambulatório especializado de dor pélvica crônica. Optamos também por avaliar um grupo de 77 mulheres saudáveis atendidas no ambulatório de ginecologia geral. Utilizamos o Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) para avaliar a prevalência de maus tratos gerais e específicos, enquanto que os escores de risco para ansiedade e depressão foram obtidos pela Escala de Medida de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD) e a intensidade de dor foi avaliada a partir da Escala Analógica Visual (EVA). A análise estatística dos dados se deu pelo teste DAgostino para averiguar se as variáveis contínuas apresentavam distribuição normal. Optamos por avaliarmos a diferença entre os grupos através do teste de Wilcoxon (Mann-Whitney) e a análise de diferenças entre proporções utilizamos o teste Qui-Quadrado. Para atingir o objetivo foi proposto uma análise de correspondência múltipla Foi utilizado a plataforma multivariada para avaliar a correlação entre o QUESI e os escores de ansiedade e depressão com estimativa de robustez para não considerar eventuais outliers. Resultados: A prevalência de maus tratos na infância foram 77,9% e 64,9%, respectivamente para mulheres com e sem DPC (p = 0.05). Em relação a exposição a 3 e/ou 4 eventos múltiplos de maus tratos na infância, obtivemos as seguintes prevalências para as mulheres com e sem DPC, respectivamente: 23,4% e 15,6% (p= 0.05); 18,2% e 10,4% (p= 0.03). A prevalência de abuso sexual, abuso físico, abuso emocional, negligência física e negligência emocional, respectivamente para mulheres com DPC e saudáveis, foram: 29,9% e 20,8% (p= 0.19); 45,4% e 31,2% (p= 0.07); 48% e 35,1% (p= 0.10); 58,4% e 44,1% (p= 0.08) e 58,4% e 41,5% (p= 0.04). Somente o subtipo negligência emocional apresentou diferença estatisticamente significativa. A prevalência de sintomas significativos de ansiedade e depressão nos grupos com dor e controle foram respectivamente: 55,8% (43/77) e 40,2% (31/77) (p= 0.05); 45,4% (35/77) e 23,4% (18/77) (p= <0.01). Quando correlacionamos os dados obtidos nos instrumentos QUESI e HAD no grupo de DPC e controle, observamos uma correlação positiva entre elas, porém não identificamos a mesma correlação nos subtipos abuso sexual (HAD-D) e negligência física (HAD-A) no grupo controle. A análise de correspondência múltipla mostra uma correspondência entre presença de dor pélvica crônica e raça (cor não branca) e escolaridade abaixo de 10 anos; e correspondência entre sintomas significativos de ansiedade e depressão com múltiplos maus tratos (mais que dois ou três) e, especificamente com negligência emocional, abuso emocional, abuso físico e abuso sexual. Conclusões: Mulheres com DPC apresentam índices de negligência emocional maiores que o grupo de mulheres saudáveis e maiores indices de risco de transtornos de humor específicos quando correlacionados ambos instrumentos. Pacientes com DPC apresetaram sintomas de depressão e ausência de atividade laboral remunerada que se associam de modo independente, sendo fatores de riscos que podem levar, à longo prazo, o desenvolvimento de DPC na população feminina. / Background: Chronic pelvic pain is a clinical condition of high prevalence, whose understanding of the pathophysiology involved, is still partial. IASP (International Association for the Study of Pain) define CPP as chronic or persistent pain perceived in the pelvis related structures (digestive system, urinary, genital, myofascial or neurological), often associated with emotional, sexual, behavioral and cognitive negative consequences, as well as with symptoms suggestive of dysfunction of those systems. Include both cyclic pain, such as dysmenorrhoea, the acyclic. The time point of view, it is considered chronic, as a rule, when the duration is less than six months (http://www.iasp-pain.org/files/Content/ContentFolders/Publications2/ClassificationofChronicPain/Part_II-F.pdf; accessed on November 13, 2014). Is associated with several comorbidities and marital impact, social and economic unfavorable. Although suggestive, we have no objective data from developing countries on the involvement of abuse suffered in childhood with chronic pelvic pain and its association with symptoms of anxiety and depression. Objectives: To investigate the prevalence of child maltreatment in women with chronic pelvic pain and its correlation with mood disorders. Patients and Methods: We conducted a cross-sectional study, in which were included 77 women with CPP seen consecutively in an outpatient clinic for chronic pelvic pain. We chose also evaluate a group of 77 healthy women attended the general gynecology outpatient clinic. We use the Childhood Trauma Questionnaire (QUESI) to assess the prevalence of poor general and specific treatment, while the risk scores for anxiety and depression were obtained by the Hospital Anxiety and Depression Rating Scale (HAD) and pain intensity was evaluated from the Visual Analogue Scale (VAS). Statistical analysis of data was by D\'Agostino test to see if continuous variables normally distributed. We chose to evaluate the difference between the groups using the Wilcoxon test (Mann-Whitney) test and the analysis of differences between proportions used the chi-square test. To achieve the goal has been proposed a multiple correspondence analysis. We used multivariate platform to evaluate the correlation between the QUESI and the scores of anxiety and depression with robustness estimated not to consider any outliers. Results: The prevalence of childhood maltreatment were 77.9% and 64.9% respectively for women with and without CPP (p = 0.05). Regarding exposure to 3 and / or 4 multiple events of childhood maltreatment, we obtained the following rates for women with and without CPP, respectively: 23.4% and 15.6% (p = 0.05); 18.2% and 10.4% (P = 0.03). The prevalence of sexual abuse, physical abuse, emotional abuse, physical neglect and emotional neglect, respectively for women with CPP and healthy, were 29.9% and 20.8% (p = 0.19); 45.4% and 31.2% (p = 0.07); 48% and 35.1% (p = 0.10); 58.4% and 44.1% (p = 0.08) and 58.4% and 41.5% (P = 0.04). Only the emotional neglect subtype showed a statistically significant difference. The prevalence of significant symptoms of anxiety and depression in groups with pain control and were, respectively, 55.8% (43/77) and 40.2% (31/77) (p = 0:05); 45.4% (35/77) and 23.4% (18/77) (p = <0.01). When we correlate the data from the instruments QUESI and HAD in CPS and control groups, we observed a positive correlation between them, but did not identify the same correlation in subtypes sexual abuse (HAD-D) and physical neglect (HAD-A) in the control group. Multiple correspondence analysis shows a correlation between the presence of chronic pelvic pain and race (non-white) and schooling below 10 years; and correspondence between significant symptoms of anxiety and depression with multiple abuse (more than two or three) and specifically with emotional neglect, emotional abuse, physical abuse and sexual abuse. Conclusions: Women with CPP have higher emotional neglect rates that the group of healthy women and higher indices of risk specific mood disorders when correlated both instruments. Patients with CPP show symptoms of depression and lack of paid work activity that are associated independently, and risk factors that can lead in the long run, the CPP development in the female population.
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Educação permanente a distancia na realização do exame citopatologico (exame Papanicolaou) / Long distance education continuing in pap testZanetti, Jose Maria Chagas 07 April 2008 (has links)
Orientador: Maria Helena Baena de Moraes Lopes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-12T03:55:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Este estudo teve por objetivo desenvolver e avaliar um curso de ensino a distância (EAD) para enfermeiros, por meio da internet, sobre a técnica de coleta do exame citopatológico (exame Papanicolaou), focando também a assistência e acompanhamento das condutas clínicas recomendadas pelo Ministério da Saúde, descrever as etapas de desenvolvimento do curso e o perfil dos alunos; avaliar o conteúdo do curso, por juízes enfermeiros e médicos especialistas na área e por profissionais com experiência em EAD; avaliar a participação, o conhecimento teórico e a opinião dos alunos sobre o curso; além de avaliar o conhecimento teórico dos alunos aplicados à prática. A população-alvo foram enfermeiros dos Centros de Saúde do município de Campinas, SP, envolvidos na coleta do exame citopatológico. Foram convidados cinqüenta enfermeiros via e-mail, desses, 24 se inscreveram (48%), mas 19 (38%) iniciaram o curso e 13 (19/13 ou 68,42%) concluíram. A Aprendizagem Baseada em Casos foi escolhida como metodologia de ensino e o "software" TelEduc como suporte para criação, participação e administração do curso. Foi aplicado um pré e pós-teste para análise dos conhecimentos adquiridos, além da avaliação durante o curso. Antes de se iniciar o curso, foi realizada uma avaliação do conteúdo do curso por dois especialistas na realização do exame citopatológico e dois em EAD. Os juízes especialistas na realização do exame citopatológico consideraram o curso adequado nos quesitos Conteúdo Geral das Informações, Apresentação das Informações e Projeto Educacional; e adequado, mas precisando de pequenas reformulações em Autoria e Confiabilidade das Informações. Já os especialistas em EAD consideraram o curso adequado em Autoria e Projeto Educacional e adequado, mas precisando de pequenas reformulações em Conteúdo Geral das Informações, Apresentação das Informações e Confiabilidade das Informações. O teste de concordância de Kendall foi aplicado, assim como a análise de concordância entre eles por meio do coeficiente de correlação intraclasse (ICC) que foi igual a 0.995, comprovando significativa concordância na avaliação realizada pelos especialistas. A comparação nas notas dos alunos nas duas avaliações demonstraram resultados significativos. Um questionário do tipo Likert foi entregue aos alunos com enunciados negativos e positivos, o qual confirmou opinião favorável acerca do curso O coeficiente Alfa de Cronbach foi de 0.872010, demonstrando alta consistência interna. Concluiu-se que os objetivos propostos foram atingidos e o curso precisa apenas de pequenas reformulações. / Abstract: This study was a applied research, which had the following objectives: a) to describe the steps of the development of a long-distance education course (LDEC) on pap test realization to be give by Internet, approach for clients fooling support after delivery result with clinical conduct recommended by Brazil Health Ministery; b) to evaluate the course through specialists in Pap test realization and in LDEC; c) to describe students and evaluators profile; d) to evaluate students participation and their opinion about the course. The studied population was made of nurses from Campinas Metropolitan Area. Fifteen nurses were invited though e-mail; twenty four (48%) subscribe and 19 arrived end 13 completed the course (19/13 on 68,42%). Ten nurses were female and three were male with an average age of 36,3 and graduating time of 9,3 years. The chosen teaching method was the Case-based learning, with the objectives of promoting an active process and allowing interaction among students. The course environment chosen for is creation, participation and administration was the TelEduc. Was evaluated the students the before initializing of the course and after completed the course. Before its beginning, the course's was evaluated by two specialists in LDEC and two specialists in Pap test realization. The judges specialists in Pap test realization with age of 58 and 45 years and whit 30 and 10 years, time of experience on the area of about. The judges specialists in LDEC, with age of 36 and 47 years; their experience time in LEDC was the six and twelve years. The judges specialists in Pap test realization considered the course adequate on the items General Content Information, Presentation of Information and Education Project; and adequate, but needing slight reformulation in Authorship and Reliability of Information. However, the specialists in LDEC considered the course adequate in Authorship and Education Project and adequate, but needing slight reformulation in General Content Information, Presentation of Information, Reliability of Information. The test of Kendall was used to verify the agreement enters the four judge and intraclass correlation coefficient (ICC) with significant concord in the evaluation between the judges. The students was evaluated and the two evaluated, showing significant between the first evaluation end second evaluation. A questionnaire Likert-tipe containing positive and negative statement was used and showing favorable. / Mestrado / Enfermagem e Trabalho / Mestre em Enfermagem
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Prevalência e fatores associados a não realização do exame citopatológico do colo do útero na zona norte do município de Juiz de ForaRibeiro, Luciane 22 March 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-20T11:26:18Z
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Previous issue date: 2012-03-22 / Dentre os diversos tipos de neoplasias, o câncer do colo do útero é considerado um
problema de saúde pública no Brasil por apresentar elevada incidência e ser
responsável pelo óbito de uma parcela significativa de mulheres. Por ter uma história
natural conhecida, conta com um exame capaz de detectá-lo em fase inicial quando
há possibilidade de cura. No entanto observa-se que ao longo do tempo, a incidência
por esse tipo de neoplasia permanece elevada e o diagnóstico muitas vezes é feito
em estádios avançados, suscitando questionamentos quanto às ações de prevenção
do câncer do colo do útero. A partir dessa realidade, este estudo teve o objetivo de
estimar a prevalência de não realização do exame citopatológico do colo do útero na
Zona Norte do Município de Juiz de Fora/MG e identificar possíveis fatores
associados a esta não realização e à situação de estar com o exame em atraso
(último exame realizado há mais de três anos). Para tanto, optou-se por um estudo
de corte transversal por meio de um inquérito domiciliar. Como instrumento de coleta
dos dados foi utilizado um questionário padronizado buscando obter informações
referentes ao domicílio e à mulher. A amostra foi calculada através de amostragem
complexa com estratificação geográfica e conglomeração, perfazendo um total de
308 mulheres com filhos menores de 2 anos. Foram escolhidos dois desfechos: “não
realização do exame citopatológico” e “exame em atraso”. A análise estatística foi
realizada utilizando o pacote estatístico SPSS versão 15.0 que possibilitou a
utilização de um banco de dados ponderado que considerou o peso de cada unidade
amostral em amostra complexa. Inicialmente realizou-se uma análise bivariada
através da aplicação do teste do Qui-quadrado para medir a associação das
variáveis independentes com os desfechos. Para análise multivariada optou-se pelo
modelo de regressão logística buscando medir a associação de cada variável
independente com os desfechos, controlada pelas demais variáveis independentes.
Ao final do estudo encontrou-se uma prevalência de não realização do exame
citopatológico de 21,3% (IC95%: 17,0-26,4). A variável que mostrou associação
significativa com o desfecho não realização do exame, no modelo de regressão
logística, foi a escolaridade da mulher (OR:0,413; IC95%: 0,223-0,766). Já para o
desfecho exame em atraso, as variáveis que se apresentaram estatisticamente
significativas no modelo final foram: estado civil (OR: 0,152; IC95%: 0,027-0,845),
realização de exame ginecológico no pré-natal (OR 0,341; IC95%: 0,185-0,629) e
número de consultas de pré-natal (OR 0,092; IC95%: 0,034-0,252). Verificou-se que a
prevalência de realização do exame citopatológico encontrada está ligeiramente
abaixo do indicado pela Organização Mundial de Saúde e que esta variou conforme
algumas características das mulheres apontadas neste estudo. Além disso, merece
atenção especial o achado de que a realização do acompanhamento pré-natal não
foi determinante para garantir a realização do exame citopatológico segundo
periodicidade recomendada. / Among the various types of neoplasias, cervix cancer is considered a public health
problem in Brazil having high incidence and it is responsible for the death of a
significant number of women yearly. Since the disease natural evolution is well
known and its testing at early stages available (when there is chance of cure), it has
been observed that over time the incidence of this type of cancer remains high and
its diagnosis often made at advanced stages, raising concerns then as to how
effective the actions of prevention are. Based on this fact, this study aimed to
estimate the prevalence of non-performance of such tests in the population north of
the city of Juiz de Fora / MG and identify possible factors associated with such nonperformance
and the situation of not being up-to-date with Pap smear test (more than
three years overdue). As such, we opted to carry out a cross-sectional study through
a household survey. The data collection instrument used was a standardized
questionnaire seeking information focusing on the household and the woman. The
sample was calculated with complex geographical stratification and clustering totaling
308 women with children under two years. Two outcomes have been chosen: "no
Pap smear testing" and " test taken on delay." The bivariate statistical analysis was
performed by applying the chi-square statistic to measure the association between
independent variables and the outcomes. For multivariate analysis logistic regression
was adopted, seeking to measure the association of each independent variable with
outcomes controlled by other independent variables. At the end of the study it has
been found a prevalence of non-performance of such tests of 21.3% (IC95%: 17.0-
26.4). The variable that showed significant association with the outcome not
undergoing the test in the logistic regression model was the education of women
(OR:0,413; IC95%: 0,223-0,766). As to the outcome review in arrears, the variables
that were statistically significant in the final model were: marital status (OR: 0,152;
IC95%: 0,027-0,845), performing pelvic examination during prenatal care (OR 0,341;
IC95%: 0,185-0,629) and number of prenatal visits (OR 0,092; IC95%: 0,034-0,252). It
has been concluded that the prevalence of non-Pap smear testing in the above
population is slightly below than that indicated by the World Health Organization and
also that this varied according to some characteristics of women evaluated in this
study. Also special attention is the finding that the realization of prenatal care was not
crucial to attaining the second Pap smear frequency recommended.
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Ser-aí-mulher-que-vivenciou-o-parto-domiciliar-planejado: contribuições para a enfermagemCampos, Ludimila Brum 21 August 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-09-29T17:59:54Z
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Previous issue date: 2017-08-21 / Objetivou-se desvelar os sentidos da mulher que vivenciou o parto domiciliar
planejado. Pesquisa de natureza qualitativa, pautada na abordagem fenomenológica
com o referencial teórico-filosófico e metodológico de Martin Heidegger. Participaram
nove mulheres que vivenciaram o parto domiciliar planejado. A entrevista
fenomenológica foi norteada pelas seguintes questões: Como foi para você vivenciar
o parto domiciliar? Como você se sentiu? O que isso significou para você? Dos
depoimentos, emergiram as estruturas essenciais que constituíram as Unidades de
Significação. A compreensão vaga e mediana desses significados permitiu a
elaboração do fio condutor que conduziu ao segundo momento metódico, a
compreensão interpretativa ou hermenêutica. O modo do ser-aí-mulher-quevivenciou-
o-parto-domiciliar-planejado é desvelado como ser-no-mundo esteve
lançada na facticidade se vendo lançada na possibilidade de parir em casa que
escolheu de forma autêntica o parto domiciliar planejado. De modo curioso,
pesquisaram, viram documentários e constatou que o melhor a ser feito para si e para
o bebê e ao repetir estas informações sem solidez, desvela-se o falatório. Do medo
de ter que parir no hospital que já é uma ameaça conhecida anunciou o pavor, o terror
e o horror, pois não é familiar ter que sair de um parto domiciliar e ir para o hospital.
Revela ter sido presença no parto domiciliar planejado ao ser considerada e
respeitada como ser de possibilidades. Mostrou-se na ambiguidade e também na
impropriedade/inautenticidade ao sentir-se muito mais forte após a experiência do
parto. Desvelou-se na ocupação junto aos instrumentos por não se ver segura para
parir e portando perdeu-se no caráter público do impessoal desvelando a decadência.
A equipe que assistiu o parto, demonstrou uma solicitude liberadora, sendo desvelada
uma pré-ocupação com o ser-mulher ajudando-as para um poder-ser diante das
possibilidades. Conhecer os sentidos que as mulheres atribui ao parto domiciliar
planejado permitirá uma reflexão e ação no que diz respeito à atenção ao parto e
nascimento e contribuirá para a visibilidade e ressignificação deste modo de partejar
como uma possibilidade de local que é seguro e que possibilita o protagonismo e a
humanização do parto. / The objective was to unveil the senses of the woman who experienced the planned
home birth. Research of a qualitative nature, based on the phenomenological
approach with the theoretical-philosophical and methodological reference of Martin
Heidegger. Nine women participated in the planned home birth. The phenomenological
interview was guided by the following questions: How was you experiencing home
birth? How did you feel? What did that mean to you? From the testimonies, the
essential structures that constituted the Units of Significance emerged. The vague and
meditative understanding of these meanings allowed the elaboration of the guiding
thread that led to the second methodical moment, the interpretative or hermeneutic
understanding. The mode of being-there-woman-who-experienced-the-homeplanned-
planning is unveiled as being-in-the-world was thrown into the facticity if it was
launched into the possibility of giving birth at home that authentically chose the planned
home birth . Curiously, they have searched, seen documentaries and found that the
best thing to do for you and your baby is to repeat the information without soundness.
From the fear of having to give birth at the hospital that is already a known threat has
announced the terror, terror and horror, as it is not familiar to have to leave a home
birth and go to the hospital. It reveals having been a presence in the planned home
birth when being considered and respected as being of possibilities. It was shown in
ambiguity and also in impropriety / inauthenticity by feeling much stronger after the
birth experience. It was unveiled in the occupation next to the instruments for not being
seen safe to give birth and carrying was lost in the public character of the impersonal
revealing the decadence. The team that attended the delivery demonstrated a
liberating solicitude, and a pre-occupation with the being-woman was revealed, helping
them to be able to be in the face of possibilities. Knowing the senses that women
assign to the planned home birth will allow a reflection and action regarding the
attention to childbirth and birth and will contribute to the visibility and re-signification of
this way of being part of it as a possibility of a place that is safe and that makes possible
the protagonism And the humanization of childbirth.
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A TRAJETÓRIA NA ATENÇÃO PRÉ-NATAL E NA PARTURIÇÃO DE MULHERES MÃES DE RECÉM-NASCIDOS DE RISCO / THE TRAJECTORY IN THE PRENATAL ATTENTION AND PARTURITION OF WOMEN MOTHERS OF NEWBORN OF RISKNaidon, ângela Maria 08 May 2015 (has links)
In relation to children's health, notes the importance of prenatal care, for the sake of ensuring a peaceful and healthy pregnancy, and help reduce maternal and newborn morbidity and mortality indicators. The objective was to know the history of pregnancy and prenatal women who had their children admitted to neonatal intensive care; describe aspects related to delivery and birth of babies who required hospitalization in intensive care. This is a qualitative study involving 25 mothers of newborn infants admitted to neonatal intensive care a public teaching hospital in southern Brazil. The data was collected in 2014 through semi-structured interviews. The data were submitted to thematic content analysis. The results showed that the participants discontinued the use of the contraceptive and sometimes found themselves pregnant women to seek care due to health problems. Although considered with a pregnancy risk, they perceived it as a quiet moment and prenatal care. The women began prenatal care late and had difficulty establishing bond with professionals and did not feel embraced in health services. The participants made a peregrination to get care for themselves and their children at birth. The type of birth was defined by the clinical condition of the mother and child. The findings of this study showed that women had to make a peregrination to access to health services for childbirth safely. The situation of risk, at delivery, obstructed the right of these women to participate in the process as a whole. This is in line with that recommended by current public policies. In this context, also because of the situation of clinical fragility of the baby, the direct and immediate contact with the mother was hampered by the need for hospitalization. It is recommended to practice of health professionals, to explain to women about reproductive planning and about the conditions of pregnancy and the right of access to a referral service safely. / Em relação à saúde da criança, constata-se a importância do cuidado no pré-natal, em prol de garantir uma gestação tranquila e saudável, e contribuir para diminuir indicadores de morbimortalidade materna e neonatal. Objetivou-se conhecer a trajetória da gestação e pré-natal de mulheres que tiveram seus filhos internados em terapia intensiva neonatal e descrever aspectos relacionados ao parto e ao nascimento de recém-nascidos que necessitaram de internação em terapia intensiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em que participaram 25 mães de recém-nascidos internados em terapia intensiva neonatal de um hospital de ensino público no sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu em 2014 por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Os resultados apontaram que as participantes interromperam o uso do anticoncepcional e, por vezes, se descobriram gestantes ao buscarem atendimento devido a problemas de saúde. Embora com uma gestação considerada de risco, perceberam-na como um momento tranquilo e realizaram pré-natal. As mulheres iniciaram o pré-natal, tardiamente e tiveram dificuldades em estabelecer vínculo com os profissionais e não se sentiram acolhidas nos serviços de saúde. As participantes realizaram uma peregrinação para conseguirem atendimento para si e seus filhos no momento do parto. O tipo de parto foi definido pelas condições clínicas do binômio mãe-filho. Os achados deste estudo apontaram que as mulheres precisaram realizar uma peregrinação para ter acesso aos serviços de saúde para um parto com segurança. A situação de risco, no momento do parto, obstaculizou o direito destas mulheres à participação no processo como um todo. Isto vai de encontro ao preconizado pelas políticas públicas vigentes. Nesse contexto, também devido à situação de fragilidade clínica do bebê, o contato direto e imediato com a mãe foi prejudicado pela necessidade de internação. Recomenda-se para a prática dos profissionais de saúde, o esclarecimento às mulheres sobre o planejamento reprodutivo e acerca das condições da gestação e o direito ao acesso a um serviço de referência de forma segura.
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Processo de reestruturação psicossocial de mulheres que sofreram violência sexual = Psychosocial restructuring process of women who suffered sexual violence / Psychosocial restructuring process of women who suffered sexual violenceReis, Maria Jose dos 26 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria José Martins Duarte Osis, Maria Helena Baena de Moraes Lopes. / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T08:17:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A violência sexual contra as mulheres é um problema grave em todo o mundo e uma questão que precisa ser respondida é como as mulheres que passam por essa experiência reorganizam a sua vida. Objetivo: Este estudo teve como objetivo Investigar o processo de reestruturação psicossocial de mulheres que sofreram violência sexual e sua avaliação do atendimento institucional recebido. Sujeitos e Métodos: Realizou-se um estudo qualitativo com entrevistas semiestruturadas. Foram convidadas a participar 13 mulheres que estavam em seguimento após episódio de violência sexual, em ambulatório especializado de um hospital universitário no interior do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida análise temática de conteúdo de 11 entrevistas, que permitiu a identificação de dos seguintes temas: (1) O Impacto e o significado da violência; (2) Sentimentos; (3) Superação; (4) Expectativa para o futuro. (5) Busca de ajuda após a violência: dificuldades; (6) Tratamento: avaliação positiva, avaliação negativa. Resultados: A violência sexual teve um impacto devastador sobre a vida dessas mulheres e duas vivências marcaram o período vivido desde o episódio de violência. Por um lado, a elaboração do pós-violência provocou sentimentos de culpa, impotência, fragilização, imobilização, pois as mulheres pensavam que poderiam ter "provocado" a violência. Por outro lado, revelaram condições de resiliência, que as levaram a investir todas as suas forças em um processo para retomar a vida tal como era antes de terem sofrido a violência. Família, amigos e outras pessoas significativas em geral foram citados como elementos que sustentaram essa atitude de resiliência, assim como o atendimento recebido no serviço de saúde. Também foi evidenciado em suas falas as dificuldades encontradas para buscar ajuda após sofrer violência sexual. A maioria das mulheres não sabia da existência do serviço de referência, e passou antes por outros locais. Revelaram vivências positivas acerca do atendimento de emergência e do tratamento ao longo do período de seguimento. Salientaram a importância do vínculo criado com os profissionais que as atenderam e o benefício de serem atendidas de forma bem estruturada por uma equipe multidisciplinar. Também identificaram aspectos negativos como a necessidade de contarem várias vezes a história da violência sofrida, tanto no atendimento de emergência quanto no seguimento; as demoras nos atendimentos, em decorrência de precisarem passar por vários profissionais; e os efeitos adversos da terapia antirretroviral. Conclusões: O atendimento adequado às mulheres que sofrem violência sexual é complexo e multifacetado, pois requer não somente tratar os danos físicos causados pela violência, mas que também se avaliem as particularidades do impacto emocional sofrido por cada mulher, e até das repercussões psicossociais. As mulheres que sofrem violência sexual, com frequência, não sabem da existência de serviços de referência e enfrentam dificuldades para receber o atendimento de emergência. Elas necessitam de seguimento adequado, por equipe multiprofissional, e é necessário pensar estratégias para melhorar a aderência delas à terapia antirretroviral. Palavras chaves: violência contra a mulher; violência sexual; atenção integral à saúde; saúde da mulher; resiliência psicológica; apoio social / Abstract: Sexual violence against women is a serious problem worldwide and a relevant aspect to be studied is how women who undergo this experience reorganize their lives. Objective: This study aimed to investigate the restructuring psychosocial process of women who suffered sexual violence and their evaluation about the institutional care received. Subjects and Methods: A qualitative study was carried out using semi- structured interviews with women who were followed up after an episode of sexual violence, in an outpatient clinic of a university hospital in the state of São Paulo, Brazil. 13 women were invited to participate and 12 accepted; 11 interviews were analyzed because the recording of an interview had technical problems. Thematic content analysis was developed, which allowed the identification of six categories: (1) The impact and meaning of violence; (2) Feelings; (3) Overcoming; (4) Expectation for the future. (5) Looking for assistance after violence: difficulties; (6) Institutional care (Treatment): positive and negative aspects. Results: Sexual violence had had a devastating impact on the women¿ lives and two lived experiences marked the period since the outbreak of violence. On the one hand, in the post-violence period they experienced feelings of guilt, helplessness, fragility, immobilization, because women thought they could have "provoked" the violence. On the other hand, they showed resilience conditions, which led them to invest all their forces in a process to resume life as it was before they had suffered violence. Family, friends and other significant people in general were cited as persons who supported this attitude of resilience, as well as the care received in the health service. Women reported difficulties to seek help after suffering sexual violence. In general, they did not know where obtain care. They referred positive experiences about emergency care and treatment received. Women also emphasized the importance of the bond established with health professionals and the importance of receiving a well structured care by a multidisciplinary team. Negative aspects were mentioned: to repeat their violence story several times during the follow-up period, delays resulting from the need to go through several professionals, and the adverse effects of antiretroviral therapy. Conclusions: Sexual violence disrupts the women¿s lives and the restructuring psychosocial process requires an attitude of resilience, support from significant people, emergency care and appropriate follow-up by multidisciplinary team. Proper care for women who suffer sexual violence is complex and multifaceted, as it requires not only treat the physical damage caused by violence, but also assess the particularities of the emotional impact suffered by every woman, and even psychosocial repercussions. Women who suffer sexual violence have difficulties to seek emergency care, as they usually do not know reference services. It is necessary to improve access to services that can assist them in a comprehensive way, both for emergency care and for the follow-up. It is also necessary to develop strategies to improve women¿s adherence to antiretroviral therapy / Doutorado / Fisiopatologia Ginecológica / Doutora em Ciências da Saúde
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Conhecimento, atitude e prática de mulheres sobre o exame de prevenção do câncer de colo uterinoMELO, Ester Marcele Ferreira de 22 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-07-31T14:17:23Z
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Dissertação Ester Versão Final PDF.pdf: 1306149 bytes, checksum: 7302a71cefcfa9887c1da1f2563f8f99 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-31T14:17:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Dissertação Ester Versão Final PDF.pdf: 1306149 bytes, checksum: 7302a71cefcfa9887c1da1f2563f8f99 (MD5)
Previous issue date: 2016-02-22 / O câncer do colo uterino (CCU) é causador de alta taxa de mortalidade no Brasil, apesar dos
programas de rastreamento existentes. Conhecer o que as mulheres sabem, pensam e como
agem frente ao exame de prevenção do CCU é fundamental para o direcionamento de práticas
educativas que visem aumentar a adesão ao exame de prevenção. Nesse sentido, o objetivo
geral da dissertação foi avaliar o conhecimento, atitude e prática de mulheres sobre o exame
de prevenção do câncer de colo uterino. Realizou-se uma revisão integrativa para identificar
na literatura quais as estratégias educativas utilizadas na prevenção do CCU. A amostra foi
composta por 12 artigos publicados em português, inglês e espanhol, entre 2009 e 2014,
disponíveis nas Bases de Dados PUBMED, MEDLINE, LILACS, BDENF E CENTRAL. As
principais estratégias educativas identificadas foram vídeos educativos, folhetos, convites
impressos, guias ilustrativos, mensagens televisivas, contato telefônico, visita domiciliar e
ações educativas. O artigo original denominado “Conhecimento, atitude e prática de mulheres
sobre o exame de prevenção do câncer do colo uterino” objetivou avaliar o conhecimento,
atitude e prática (CAP) de mulheres sobre o exame de prevenção do CCU e sua associação
com as variáveis sociodemográficas. Tratou-se de um estudo transversal, realizado nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Sanitário V, no Município de Recife-PE. A
amostra do estudo foi composta por 500 mulheres com idade entre 25 e 64 anos de idade. Para
a coleta de dados utilizou-se um formulário semiestruturado aplicado durante a visita
domiciliar. Na análise dos dados, após a classificação do CAP das mulheres acerca do exame
de prevenção do CCU, foram calculadas as prevalências da adequação através do teste Quiquadrado.
A avaliação dos fatores de perfil que pudessem influenciar significativamente no
CAP da mulher foi feita por meio da construção das tabelas de contingência e da aplicação do
teste Qui-quadrado para independência. Nos casos em que as suposições do teste não foram
satisfeitas aplicou-se o teste Exato de Fisher. Verificou-se que 35,2% das mulheres
apresentaram conhecimento adequado acerca da prevenção do CCU, 98% e 70,6%
apresentaram atitude e prática adequada, respectivamente. Na análise multivariada, dentre as
variáveis estudadas o conhecimento adequado apresentou associação estatística com as
variáveis sociodemográficas, como número de filhos, renda e religião. Não ter filhos
(p=0,044), ter renda familiar de dois salários mínimos (p=0,011) e ter religião espírita ou afrobrasileira
(p=0,018) foram estatisticamente significantes para ter o conhecimento adequado.
Dentre as mulheres que não realizam o exame do CCU (5,4%) os motivos declarados foram:
falta de interesse (32,4%), vergonha (17,6%), falta de tempo/ausência de parceiro sexual
(ambos com 14,7%), não gostar (11,8%) e medo (8,8%). O conhecimento inadequado
associado aos motivos alegados pelas mulheres para a não realização do exame de prevenção
do CCU constatam a necessidade da realização de ações educativas por parte do enfermeiro a
fim de empoderá-las sobre a temática e estimular sua adesão. / Despite the existence of screening programs, cervical cancer is responsible for high mortality
rates in Brazil. This way, understanding what women know, what they think and how they act
concerning cervical cancer prevention is critical to target educational practices whose aim are
to increase its adherence. In this sense, the general purpose of this work was to evaluate the
knowledge, attitude and practice of women about taking prevention of cervical cancer. We
conducted an integrative review for identifying the literature which educational strategies
used in the prevention of cervical cancer. The sample consisted of 12 articles published in
Portuguese, English and Spanish between 2009 and 2014, available in PUBMED, MEDLINE,
LILACS, BDENF and CENTRAL. The main educational strategies identified were
educational videos, brochures, printed invitations, illustrative guides, television messages,
telephone contact, home visits and educational activities. The original article entitled
"Knowledge, attitude and practice of women about taking prevention of cervical cancer,"
aimed to assess the knowledge, attitude and practice (KAP) of women on the examination of
prevention of cervical cancer and its association with sociodemographic variables. It was a
cross-sectional study, performed in Basic Health Units (UBS) of the Health District V, in the
Recife-PE municipality. The study sample consisted of 500 women aged between 25 and 64
years old. For data collection used a semi-structured questionnaire applied during home visits.
In analyzing the data, after women’s KAP classification on the prevention of cervical cancer,
the prevalence of adequacy was calculated in each area evaluated with the chi-square test. The
evaluation of the profile factors which could significantly influence women’s KAP was done
through the construction of contingency tables and the application of Chi-square test for
independence. In cases where the test assumptions were not met, Fisher's exact test was
applied. It was found that 35.2% of women had adequate knowledge about the prevention of
cervical cancer, 98% and 70,6% have proper attitude and practice adequate, respectively. In
multivariate analysis, among the variables proper knowledge presented statistical association
with sociodemographic variables, such as number of children, income and religion. Not
having children (p = 0.044), having a family income of two minimum wages (p = 0.011) and
having spiritualist or African-Brazilian religion (p = 0.018) were statistically significant
regarding proper cervical cancer knowledge. Among women who did not taking prevention of
cervical cancer (5.4%) the stated reasons were: lack of interest (32.4%), shame (17.6%), lack
of time / absence of sexual partner (both 14.7%), dislikes (11.8%) and fear (8.8%). Inadequate
knowledge associated with the reasons given by women for not performing the CCU
prevention examination Realize the need to carry out educational activities by nurses in order
to empower them about the issue and encourage accession.
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Violência de Gênero, Necessidades de Saúde e Uso de Serviços em Atenção Primária. / Gender violence, Healthcare needs and the use of healthcare servicesD'Oliveira, Ana Flávia Pires Lucas 21 August 2000 (has links)
Estudou-se a forma usual como a violência vem se apresentando e é ou não trabalhada no interior dos serviços de saúde de atenção primária. A partir da interação que se estabelece entre as usuárias e profissionais desses serviços busca-se as condições que propiciam ou obstaculizam a emergência, o acolhimento e a proposta de intervenção sobre a questão no interior de um serviço de saúde. Foi estudado um serviço específico que tinha como característica ter o PAISM implantado através de observação direta de atividades assistenciais, análise do registro em prontuário e do perfil de consumo do serviço e entrevistas com usuárias e profissionais. Encontrou-se a emergência de conflitos em torno das relações de gênero e violência de gênero no registro tanto em prontuários como na observação direta. Observou-se que as possibilidades de emergência destes conflitos estão ligadas aos canais de comunicação abertos e à possibilidade de antever alguma resposta para o exercício profissional. Discute-se os riscos trazidos pela possível medicalização e psiquiatrização da violência e a importância de um trabalho intersetorial e multidisciplinar para apreender e trabalhar o problema. / The purpose of this paper is to identify the usual ways in which violence has been manifesting itself and how health services deal with it - or fail to do so. It tries to understand the relation that is established between female users and the professionals who work at these healthcare services with regard to the problem of violence against women as a form of demand capable of generating the production of healthcare. This comprehension has made it possible to understand the conditions that either enable or stand it the way of the manifestation, the provision of care and the intervention proposal relative to the issue within healthcare services. The risks that result from the possible medicalization of violence are also discussed, as well as the importance of interdisciplinary and intersectorial work in both understanding and dealing with the problem.
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