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A inscrição do sujeito em segunda língua : um estudo enunciativo de narrativas de imigrantes

Xavier, Maria Angélica Zamora January 2008 (has links)
Cette étude a pour but de réaliser une analyse énonciative de récits d’immigrés au Brésil, recueillis lors d’entretiens dans lesquels l’on a privilégié le registre oral. Le but principal a été de préciser le type de relation que l’immigré établit avec la langue seconde et avec la culture d’accueil. Nous nous sommes intéressés à cette relation en tant que résultante d’un processus impliquant l’inscription du sujet dans cette langue seconde et par conséquent sa symbolisation sur le plan social qui est le sien après la migration. Nous avons bâti l’axe principal de cette analyse sur la Théorie de l’Énonciation d’Émile Benveniste pour traiter les fondements énonciatifs choisis. La dimension narrative a été étudiée d’après les contributions théoriques de Dany-Robert Dufour. Bien que ces deux auteurs soient les plus mentionnés dans ce travail, d’autres contributions ont été indispensables pour la conception finale de l’énonciation nécessaire à cette étude, telles celles de Ferdinand de Saussure et Jean-Claude Milner. Comme ces auteurs, nous avons cherché à définir ce qui fait Un dans la langue, tout comme la rupture de ce Un, et qui montre la présence du sujet dans la langue et sa singularité. Finalement, nous considérons le récit de l’immigré comme un mécanisme complexe de l’énonciation, permettant de comprendre le type de relation établi par le sujet avec la langue seconde, en même temps qu’il réalise le lien avec le nouveau contexte énonciatif par le biais de ce support dans le langage. / O estudo aqui apresentado se propõe uma análise enunciativa de narrativas de imigrantes no Brasil, as quais foram recolhidas em entrevistas, privilegiando a fala ou construção oral. O objetivo principal foi de elucidar o tipo de relação que o imigrante estabelece com a outra língua e cultura. Observamos tal relação como efeito de um processo que requer a inscrição do sujeito em segunda língua e, consequentemente, sua simbolização no campo social ao qual se dirige no contexto migratório. Para proceder neste objetivo, utilizamos o referencial da Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, que organiza o eixo principal do nosso estudo para tratar do fundamento enunciativo proposto. Acrescemos com as contribuições teóricas de Dany-Robet Dufour para estabelecer a dimensão narrativa. Embora, mencionemos principalmente os aportes destes dois autores, outras contribuições foram indispensáveis para a concepção final de enunciação que interessava ao nosso estudo e, aqui, não podemos deixar de citar Ferdinand de Saussure e Jean-Claude Milner. Com eles, consideramos o que faz Um na língua e a ruptura do Um, que anuncia a presença do sujeito na língua, em sua singularidade. Por fim, reconhecemos a narrativa do imigrante como um mecanismo complexo da enunciação, que ao mesmo tempo, mostra o tipo de relação do sujeito com a segunda língua e, realiza o vínculo com o novo contexto enunciativo, por meio deste suporte na linguagem.
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Por um "nó" espistemológico da linguística e da psicanálise : um estudo sobre Saussure, Jakobson, Benveniste e Lacan

Trois, Joao Fernando de Moraes January 2004 (has links)
O objetivo do presente trabalho é construir recursos operatórios de leitura que permitam articular, desde um ponto de vista epistemológico, lingüística e psicanálise. Esta temática surge de uma problemática de pesquisa atual, relativa à crescente demanda, endereçada a lingüística, por diferentes práticas clínicas nas quais a linguagem está implicada. Neste sentido, procura-se relacionar um paradigma de linguagem com uma teoria da subjetividade apropriada tanto à reflexão clínica quanto à reflexão epistemológica. Desta forma, esta dissertação opta por um estudo teórico, visando a construção de operadores conceituais que possibilitem a articulação entre a psicanálise lacaniana e as teorias da linguagem de Saussure, Jakobson e Benveniste, utilizando como corpus de análise essas próprias teorias lingüísticas e psicanalíticas. Portanto, seu procedimento analítico pode ser qualificado como metateórico. Quatro critérios são utilizados para a seleção dos autores: 1°) as três teorias são, cada uma a seu modo, estruturalistas – isso significa que a estrutura é o conceito operador que permite pensar as proposições que estão na base de cada teoria (seus axiomas); 2°) as três teorias estabelecem proposições sobre o objeto língua – isso requer perguntar quais axiomas sobre a língua cada teoria teve que construir para dar conta da estrutura. Desses dois critérios deriva-se um terceiro; 3°) as três teorias conformam três “sistemas de linguagem” que não dissolvem o “objeto língua” para se constituírem em sua especificidade (diluindo-a em objetos de outros domínios teóricos, exteriores ao campo da linguagem – ou da lingüística – propriamente dito, tais como, por exemplo, a biologia, a psicologia, a sociologia). Cada sistema é representado por um nome próprio : I – Sistema de Linguagem elaborado por Saussure; II – Sistema de Linguagem tratado por Jakobson; III – Sistema de Linguagem concebido por Benveniste. Como critério de fechamento, temos que : 4°) as três teorias interessam de perto ao Sistema de Linguagem da psicanálise lacaniana. A relação entre tais teorias deverá servir de suporte de leitura à interlocução estabelecida no campo interdisciplinar sobre a presença da linguagem nas diferentes clínicas, assim como revitalizar os campos conceituais tanto da lingüística quanto da psicanálise.
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Entre Saussure e Benveniste : reflexões sobre uma outra linguística

Silva, Fernando Silva e January 2015 (has links)
Dans ce travail, il s’agit des conditions d’élaboration d’un nouveau savoir linguistique, anthropologique et philosophique à partir d’une matrice saussurienne-benvenistienne. Pour le faire, on développe une argumentation à deux niveaux. La première partie, Territoires, contient une étude historico-épistémologique de la sédimentation des interprétations des oeuvres de Ferdinand de Saussure et Émile Benveniste. On donne du relief principalement, mais pas exclusivement, aux appropriations structuralistes de la tradition saussurienne. On explore, en outre, comment les catégories d’analyse imposées à Saussure ont influencé les critiques dirigées à Benveniste. Finalement, on ébauche une histoire de la consolidation, institutionnalisation et affaiblissement du domaine de la linguistique de l’énonciation. La deuxième partie s’appelle Investigations et on y mène un effort créatif dans les projets épistémologiques de Saussure et Benveniste à la recherche d’éléments pour repenser la constitution de la métaphysique du langage. Cette partie a deux chapitres. Le premier s’occupe de la théorie saussurienne et met l’accent sur les concepts d’analogie et virtualité. On passe aussi par la majorité de ses concepts essentiels. Dans le deuxième chapitre, il s’agit de la théorie benvenistienne, plus spécialement le croisement du linguistique et du anthropologique dans la composition de la métaphysique qui soutient sa pensée. Dans les considérations finales, je présente des voies ouvertes par les études réalisées dans ce travail-ci. / Esta dissertação tem como objetivo central abordar as condições de elaboração de um novo saber, linguístico, antropológico e filosófico, a partir de uma matriz saussuriana-benvenistiana. Para tal, ela se desenvolve em uma argumentação dividida em duas partes. A primeira parte, intitulada Territórios, contém um estudo histórico-epistemológico da sedimentação de interpretações sobre as obras de Ferdinand de Saussure e Émile Benveniste. Se mostra com destaque, ainda que não exclusivamente, as apropriações estruturalistas da tradição sassuriana. Se explora, também, como as categorias de análise impostas a Saussure influenciaram as críticas dirigidas a Benveniste. Finalmente, traça-se também um breve histórico da consolidação, institucionalização e eventual enfraquecimento do domínio da linguística da enunciação. A segunda parte se chama Investigações e, nela, realiza-se um esforço criativo dentro dos projetos epistemológicos de Saussure e Benveniste em busca de elementos para repensar a constituição da metafísica da linguagem. Há dois capítulos nessa parte. O primeiro se ocupa da teoria saussuriana, com ênfase nos conceitos de analogia e virtualidade, mas passando pela maioria de seus conceitos essenciais. O segundo trata da teoria benvenistiana, mais especialmente do cruzamento do linguístico e do antropológico na composição da metafísica que sustenta seu pensamento. Nas considerações finais apresento caminhos abertos pelos estudos realizados na dissertação.
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O aspecto fônico da língua : uma reflexão sobre o lugar do ouvinte na proposta Saussuriana

Stawinski, Aline Vargas January 2016 (has links)
Il y a cent ans, Ferdinand de Saussure avait été pour toujours inscrit dans l’histoire des sciences. Considéré comme le fondateur de la linguistique que nous connaissons aujourd’hui, l’érudit a acquis une renommée grâce à la publication du Cours de linguistique générale, en 1916, ouvrage qui continue à provoquer l’intérêt des spécialistes du langage, au-delà de sa valeur historique. Parmi de différentes lectures, recherches et découvertes de textes manuscrits, les réflexions du genevois ont donné lieu à la discussion sur la définition de l’objet de la linguistique. Saussure a également été responsable de tracer le chemin pour les futures générations de linguistes, dont la tâche serait, enfin, d’établir des théories et des méthodes qui pensassent la langue comme un objet construit à partir d’un certain point de vue, compte tenu de son fonctionnement sémiologique via la notion de système. Ce travail propose de relire Saussure partant de la matérialité sonore, afin de regarder celle-ci en tant que signifiant linguistique, et ce, en raison de l’historique suppression du fait concret, par le fait abstrait dans des interprétations sur la pensée du genevois. Étant donné le rôle crucial de l’auditeur dans la délimitation des unités linguistiques et son rapport avec la notion de signifiant, on a pour but, ainsi, de réfléchir à la place de l’auditeur dans les propositions de Saussure. Nous nous demandons donc quelle est l’importance de la notion d’auditeur pour la définition de signe linguistique, et dans quelle mesure cette position est insérée dans la réflexion générale de la théorie conçue par Saussure. Pour notre recherche, on utilise principalement le Cours de linguistique générale (2006), les Écrits de linguistique générale (2004) et les manuscrits de Harvard, présents dans Phonétique (1995), une fois que nous sommes aperçus, en lisant ces matériaux, un nombre pertinent de considérations qui renvoient à la position d’auditeur dans la langue. Nos lectures seront guidées par des concepts-clés de la théorie de Saussure, en particulier les notions qui dialoguent directement avec le thème de notre travail, les questions liées au signe, signifiant, sujet parlant, auditeur, valeur et découpage de l’unité. La lecture du corpus de recherche, dans la quête de la place de l’auditeur, nous a permis d’entrevoir l’importance de la forme sonore de la langue dans la réflexion théorique, à partir d’un point de vue qui paraît étroitement lié aux principes généraux de la proposition saussurienne. Nous avons été en mesure de discerner la place cruciale occupée par l’auditeur dans la définition de ce qui peut être pris comme unité linguistique tout en envisageant l’inséparabilité fondamentale entre l’aspect phonique de la langue et la possibilité de la signification. / Há cem anos, Ferdinand de Saussure fora gravado para sempre na história das ciências. Considerado fundador da linguística como hoje a conhecemos, o estudioso ganhou fama graças à publicação do Cours de Linguistique Générale em 1916, obra que continua provocando o interesse de estudiosos da linguagem para muito além do seu valor histórico. Em meio às mais variadas leituras, pesquisas e descobertas de textos manuscritos, as reflexões do genebrino deram lugar à discussão sobre a definição do objeto da linguística e fora responsável por projetar caminhos para as futuras gerações de linguistas, cuja responsabilidade seria a de, enfim, estabelecer teorias e métodos que pensassem a língua como objeto construído a partir de um determinado ponto de vista, considerando seu funcionamento semiológico via noção de sistema. O presente trabalho propõe-se a reler Saussure partindo da materialidade sonora a fim de olhar para seu valor como significante linguístico, em decorrência do constante apagamento do fato concreto em detrimento do fato abstrato realizado por interpretações dos ensinamentos do genebrino. Tem-se como objetivo, assim, pensarmos o lugar do ouvinte na proposta saussuriana, em razão do papel crucial operado por este na delimitação das unidades linguísticas. Nos questionamos, portanto, qual a importância da noção de ouvinte para a definição do signo linguístico, e em que medida esta posição está inserida na reflexão geral da teoria projetada por Saussure. Para nossa investigação, lançaremos mão prioritariamente do Curso de Linguística Geral (2006), dos Escritos de Linguística Geral (2004) e dos manuscritos de Harvard presentes em Phonétique (1995), visto que percebemos, na leitura destes materiais, uma presença significativa de considerações que levam em conta a posição de ouvinte na língua. As leituras serão guiadas por conceitos-chave da teoria saussuriana, em especial às noções que dialogam diretamente com a temática do trabalho, como as questões relacionadas ao signo, significante, falante, ouvinte, valor e recorte da unidade. A leitura do corpus de pesquisa à procura do lugar do ouvinte permitiu-nos vislumbrar a importância da forma sonora da língua na reflexão teórica a partir de um ponto de vista que mostra-se estritamente vinculado aos princípios gerais da proposta saussuriana. Foi-nos possível divisar o lugar crucial ocupado pelo ouvinte para a definição do que pode ser tomado como unidade linguística, vislumbrando a indissociabilidade fundamental entre o aspecto fônico da língua e a possibilidade da significação.
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Quando falar e ouvir é apropriar-se : uma reflexão sobre apropriação de línguas estrangeiras à luz da teoria saussuriana

Gomes, Janaína Nazzari January 2016 (has links)
Qu‟est-ce qui fait en sorte que l‟on devienne parlants et auditeurs d‟une langue étrangère ? Voici la question qui suscite cette étude. Dans ce travail, la recherche sur le processus d‟appropriation de langues étrangères prend comme point de départ l‟héritage théorique laissé par Ferdinand de Saussure, dont les réflexions sur la linguistique moderne ont été rendues publiques dans le Cours de Linguistique Générale (1916), oeuvre relue dans cette étude à la lumière des Écrits de Linguistique Générale (2002) et du manuscrit Phonétique (1995). Le linguiste genevois ne s‟est pas penché spécifiquement sur l‟étude de l‟appropriation de langues étrangères ; sa théorie pourtant, qui débute avec l‟étude de plusieurs langues (idiomes) pour déclencher dans la notion de langue (comme système), nous fournit les bases pour entreprendre des glissements théoriques ayant pour but l‟élaboration d‟une réflexion qui explique le processus linguistique de prise de contact avec des langues étrangères. Nous commençons alors notre parcours avec les concepts de langue et de parole pour, ensuite, développer d‟autres importants construits théoriques présents dans l‟ouvrage saussurien tout en essayant de comprendre l‟appropriation de langues étrangères : il s‟agit de l‟aspect phonique et des procédures analogiques. Nous nous dévouons ainsi à l‟étude de nombreuses dimensions de l‟aspect phonique de la langue, ce qui comprend des réflexions sur l‟appropriation du système des sons ainsi que sa production. Dans ce sens, le phonique s‟est révélé comme l‟instance qui instaure la nécessité d‟un parlant devenir également auditeur de la langue cible. Nous avons donc observé l‟importance qu‟a, pour l‟appropriation, que le parlant s‟aperçoive acoustiquement des unités phonologiques de la langue cible pour alors être capable de les produire. Quant à l‟analogie, ce mécanisme linguistique prend place dans ce travail pour se révéler assez présent dans l‟expression de parlants de langues étrangères, ce qui le rend, peut-être, le mécanisme le plus clair de l‟appropriation. En effet, les signes créés en langue étrangère grâce à l‟analogie sont déjà situés dans la langue cible puisque la perception et la réallocation des unités de la langue étrangère sont évidentes dans les formes créées et, ce, malgré les traits de la langue maternelle que nous pouvons y voir. Ces productions, fruits du trésor linguistique de chaque parlant (CLG), sont toujours inédites et, pour cela, constitutivement singulières, caractéristique qui nous permet de proposer la notion d‟appropriation. Ce processus de rendre propre – à chaque nouvel état de langue, c‟est-à-dire, à chaque prise de connaissance de nouvelles formes linguistiques –, c‟est bien ce qui caractérise le processus d‟appropriation d‟une langue étrangère. / O que faz com que nos tornemos falantes e ouvintes de uma língua estrangeira? Tal é a questão que suscita o estudo que ora apresentamos. Neste trabalho, a pesquisa acerca do processo de apropriação de línguas estrangeiras adota como ponto de partida teórico o legado deixado por Ferdinand de Saussure, cujas reflexões sobre o que veio a ser a linguística moderna foram tornadas públicas no Curso de Linguística Geral (1916), obra que é, neste trabalho, relida à luz dos Escritos de Linguística Geral (2002) e do manuscrito Phonétique (1995). Embora o linguista de Genebra não tenha se dedicado ao estudo sobre apropriação de línguas estrangeiras, sua teoria, que partiu do estudo de várias línguas (idiomas) para despontar na ideia de língua (enquanto sistema), fornece-nos as bases teóricas necessárias para o empreendimento de deslocamentos que visam à elaboração de uma reflexão que explique o processo linguístico de entrada em contato com línguas estrangeiras. Iniciamos, então, nosso percurso com o estudo sobre os conceitos de língua e de fala, para, em seguida, desenvolvermos outros importantes construtos teóricos presentes na obra saussuriana à luz da apropriação de línguas estrangeiras: trata-se do aspecto fônico e dos procedimentos analógicos. Dedicamo-nos, assim, ao estudo de várias dimensões do aspecto fônico da língua, que engloba reflexões sobre a percepção e a produção de seu sistema de sons. Nesse sentido, o fônico revelou-se como a instância que instaura a necessidade de um falante tornar-se também ouvinte da língua-alvo. Vimos, pois, a importância, para a apropriação, de que o falante perceba as unidades fônicas da língua-alvo, para, somente então, conseguir produzi-las. Já a analogia, por sua vez, entra em nosso trabalho por mostrar-se deveras recorrente na expressão de falantes de línguas estrangeiras, revelando-se, em nossa pesquisa, o mecanismo mais claro da apropriação. Os signos criados em línguas estrangeiras, em razão do mecanismo analógico, apesar de apresentarem traços de língua materna, mostram-se situados na língua- alvo, já que fica evidente a percepção e a realocação de suas unidades nas novas formas criadas. Tais produções, por serem fruto do tesouro linguístico de cada falante (CLG), são sempre inéditas e, por isso, constitutivamente singulares; nesta singularidade reside a noção que propomos de apropriação. Com efeito, é esse tornar próprio – nesse novo estado de língua, que se produz cada vez em que conhecemos novas formas linguísticas – que caracteriza o processo de apropriação de uma língua estrangeira.
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Entre Saussure e Benveniste : reflexões sobre uma outra linguística

Silva, Fernando Silva e January 2015 (has links)
Dans ce travail, il s’agit des conditions d’élaboration d’un nouveau savoir linguistique, anthropologique et philosophique à partir d’une matrice saussurienne-benvenistienne. Pour le faire, on développe une argumentation à deux niveaux. La première partie, Territoires, contient une étude historico-épistémologique de la sédimentation des interprétations des oeuvres de Ferdinand de Saussure et Émile Benveniste. On donne du relief principalement, mais pas exclusivement, aux appropriations structuralistes de la tradition saussurienne. On explore, en outre, comment les catégories d’analyse imposées à Saussure ont influencé les critiques dirigées à Benveniste. Finalement, on ébauche une histoire de la consolidation, institutionnalisation et affaiblissement du domaine de la linguistique de l’énonciation. La deuxième partie s’appelle Investigations et on y mène un effort créatif dans les projets épistémologiques de Saussure et Benveniste à la recherche d’éléments pour repenser la constitution de la métaphysique du langage. Cette partie a deux chapitres. Le premier s’occupe de la théorie saussurienne et met l’accent sur les concepts d’analogie et virtualité. On passe aussi par la majorité de ses concepts essentiels. Dans le deuxième chapitre, il s’agit de la théorie benvenistienne, plus spécialement le croisement du linguistique et du anthropologique dans la composition de la métaphysique qui soutient sa pensée. Dans les considérations finales, je présente des voies ouvertes par les études réalisées dans ce travail-ci. / Esta dissertação tem como objetivo central abordar as condições de elaboração de um novo saber, linguístico, antropológico e filosófico, a partir de uma matriz saussuriana-benvenistiana. Para tal, ela se desenvolve em uma argumentação dividida em duas partes. A primeira parte, intitulada Territórios, contém um estudo histórico-epistemológico da sedimentação de interpretações sobre as obras de Ferdinand de Saussure e Émile Benveniste. Se mostra com destaque, ainda que não exclusivamente, as apropriações estruturalistas da tradição sassuriana. Se explora, também, como as categorias de análise impostas a Saussure influenciaram as críticas dirigidas a Benveniste. Finalmente, traça-se também um breve histórico da consolidação, institucionalização e eventual enfraquecimento do domínio da linguística da enunciação. A segunda parte se chama Investigações e, nela, realiza-se um esforço criativo dentro dos projetos epistemológicos de Saussure e Benveniste em busca de elementos para repensar a constituição da metafísica da linguagem. Há dois capítulos nessa parte. O primeiro se ocupa da teoria saussuriana, com ênfase nos conceitos de analogia e virtualidade, mas passando pela maioria de seus conceitos essenciais. O segundo trata da teoria benvenistiana, mais especialmente do cruzamento do linguístico e do antropológico na composição da metafísica que sustenta seu pensamento. Nas considerações finais apresento caminhos abertos pelos estudos realizados na dissertação.
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A inscrição do sujeito em segunda língua : um estudo enunciativo de narrativas de imigrantes

Xavier, Maria Angélica Zamora January 2008 (has links)
Cette étude a pour but de réaliser une analyse énonciative de récits d’immigrés au Brésil, recueillis lors d’entretiens dans lesquels l’on a privilégié le registre oral. Le but principal a été de préciser le type de relation que l’immigré établit avec la langue seconde et avec la culture d’accueil. Nous nous sommes intéressés à cette relation en tant que résultante d’un processus impliquant l’inscription du sujet dans cette langue seconde et par conséquent sa symbolisation sur le plan social qui est le sien après la migration. Nous avons bâti l’axe principal de cette analyse sur la Théorie de l’Énonciation d’Émile Benveniste pour traiter les fondements énonciatifs choisis. La dimension narrative a été étudiée d’après les contributions théoriques de Dany-Robert Dufour. Bien que ces deux auteurs soient les plus mentionnés dans ce travail, d’autres contributions ont été indispensables pour la conception finale de l’énonciation nécessaire à cette étude, telles celles de Ferdinand de Saussure et Jean-Claude Milner. Comme ces auteurs, nous avons cherché à définir ce qui fait Un dans la langue, tout comme la rupture de ce Un, et qui montre la présence du sujet dans la langue et sa singularité. Finalement, nous considérons le récit de l’immigré comme un mécanisme complexe de l’énonciation, permettant de comprendre le type de relation établi par le sujet avec la langue seconde, en même temps qu’il réalise le lien avec le nouveau contexte énonciatif par le biais de ce support dans le langage. / O estudo aqui apresentado se propõe uma análise enunciativa de narrativas de imigrantes no Brasil, as quais foram recolhidas em entrevistas, privilegiando a fala ou construção oral. O objetivo principal foi de elucidar o tipo de relação que o imigrante estabelece com a outra língua e cultura. Observamos tal relação como efeito de um processo que requer a inscrição do sujeito em segunda língua e, consequentemente, sua simbolização no campo social ao qual se dirige no contexto migratório. Para proceder neste objetivo, utilizamos o referencial da Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, que organiza o eixo principal do nosso estudo para tratar do fundamento enunciativo proposto. Acrescemos com as contribuições teóricas de Dany-Robet Dufour para estabelecer a dimensão narrativa. Embora, mencionemos principalmente os aportes destes dois autores, outras contribuições foram indispensáveis para a concepção final de enunciação que interessava ao nosso estudo e, aqui, não podemos deixar de citar Ferdinand de Saussure e Jean-Claude Milner. Com eles, consideramos o que faz Um na língua e a ruptura do Um, que anuncia a presença do sujeito na língua, em sua singularidade. Por fim, reconhecemos a narrativa do imigrante como um mecanismo complexo da enunciação, que ao mesmo tempo, mostra o tipo de relação do sujeito com a segunda língua e, realiza o vínculo com o novo contexto enunciativo, por meio deste suporte na linguagem.
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Por um "nó" espistemológico da linguística e da psicanálise : um estudo sobre Saussure, Jakobson, Benveniste e Lacan

Trois, Joao Fernando de Moraes January 2004 (has links)
O objetivo do presente trabalho é construir recursos operatórios de leitura que permitam articular, desde um ponto de vista epistemológico, lingüística e psicanálise. Esta temática surge de uma problemática de pesquisa atual, relativa à crescente demanda, endereçada a lingüística, por diferentes práticas clínicas nas quais a linguagem está implicada. Neste sentido, procura-se relacionar um paradigma de linguagem com uma teoria da subjetividade apropriada tanto à reflexão clínica quanto à reflexão epistemológica. Desta forma, esta dissertação opta por um estudo teórico, visando a construção de operadores conceituais que possibilitem a articulação entre a psicanálise lacaniana e as teorias da linguagem de Saussure, Jakobson e Benveniste, utilizando como corpus de análise essas próprias teorias lingüísticas e psicanalíticas. Portanto, seu procedimento analítico pode ser qualificado como metateórico. Quatro critérios são utilizados para a seleção dos autores: 1°) as três teorias são, cada uma a seu modo, estruturalistas – isso significa que a estrutura é o conceito operador que permite pensar as proposições que estão na base de cada teoria (seus axiomas); 2°) as três teorias estabelecem proposições sobre o objeto língua – isso requer perguntar quais axiomas sobre a língua cada teoria teve que construir para dar conta da estrutura. Desses dois critérios deriva-se um terceiro; 3°) as três teorias conformam três “sistemas de linguagem” que não dissolvem o “objeto língua” para se constituírem em sua especificidade (diluindo-a em objetos de outros domínios teóricos, exteriores ao campo da linguagem – ou da lingüística – propriamente dito, tais como, por exemplo, a biologia, a psicologia, a sociologia). Cada sistema é representado por um nome próprio : I – Sistema de Linguagem elaborado por Saussure; II – Sistema de Linguagem tratado por Jakobson; III – Sistema de Linguagem concebido por Benveniste. Como critério de fechamento, temos que : 4°) as três teorias interessam de perto ao Sistema de Linguagem da psicanálise lacaniana. A relação entre tais teorias deverá servir de suporte de leitura à interlocução estabelecida no campo interdisciplinar sobre a presença da linguagem nas diferentes clínicas, assim como revitalizar os campos conceituais tanto da lingüística quanto da psicanálise.
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Fundamentos filos?ficos da sem?ntica argumentativa : um legado de Plat?o ? lingu?stica

Rocha, Thomas 14 January 2016 (has links)
Submitted by Setor de Tratamento da Informa??o - BC/PUCRS (tede2@pucrs.br) on 2016-03-14T11:11:49Z No. of bitstreams: 1 DIS_THOMAS_ROCHA_COMPLETO.pdf: 916017 bytes, checksum: 7fc4984a72f7186a0d7ddeaadb3ff16f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-14T11:11:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DIS_THOMAS_ROCHA_COMPLETO.pdf: 916017 bytes, checksum: 7fc4984a72f7186a0d7ddeaadb3ff16f (MD5) Previous issue date: 2016-01-14 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / This work aims to address the nexus between the theory of alterity developed by Plato in his Sophist dialogue and the theory of linguistic value introduced by Ferdinand de Saussure in his Course in General Linguistics (CGL). It departs from the hypothesis raised by Oswald Ducrot that Saussure, by developing the notion of linguistic value, applies in the study of language what Plato stated about ideas. Ducrot ? an expert in classical philosophy ? draws in the linguistic value theory to develop the branch in linguistic studies known as Argumentative Semantics. According to Ducrot, it is possible to find the philosophical origin of Saussure's theory of value in Plato's theory of alterity. The article intends to draw on a detailed study on the dialogue between Sophist and CGL to circumscribe concepts belonging to different fields of study: philosophy and linguistics. Thus, it aims an epistemological perspective. By the means of the aforementioned works, Ducrot set a nexus between the idea of alterity and the notion of value by finding in both the idea of ?opposition? as constitutive of the issues under analysis. Through the investigation and the deepening of the understanding on the notion of value, it tries to reveal the philosophical influences under the concept developed by the Genebrian linguist. Both Plato and Saussure have set discourses which echo in posterity. These discourses are texts dialoguing with the theories they help to build. In this regard, it looks to counterpoint their interdiscursivity. / Nesta disserta??o, nos propomos a fazer um estudo que coloca em rela??o a teoria da alteridade, elaborada por Plat?o no di?logo Sofista, e a teoria do valor lingu?stico apresentada no Curso de lingu?stica geral (CLG) de Ferdinand de Saussure. Partimos da hip?tese levantada por Oswald Ducrot de que, ao desenvolver a no??o de valor lingu?stico, Saussure aplica ao estudo da linguagem o que Plat?o disse sobre as Ideias. Profundo conhecedor da filosofia cl?ssica, Ducrot encontrou, na teoria do valor lingu?stico, a fundamenta??o que o lan?ou na pesquisa lingu?stica e que hoje conhecemos pelo nome de Sem?ntica Argumentativa. Segundo Ducrot, na teoria da alteridade concebida por Plat?o encontramos a origem filos?fica da teoria saussuriana do valor. Nossa inten??o ?, partindo de um estudo minucioso do di?logo Sofista e do CLG, circunscrever a concep??o de diferentes conceitos que, por sua vez, pertencem a diferentes campos do conhecimento: a filosofia e a lingu?stica. Dessa forma, ? de uma perspectiva epistemol?gica que nos colocamos. Foi atrav?s desses textos que Ducrot pode relacionar a ideia de alteridade com a no??o de valor, ao encontrar, em ambas, a ideia de ?oposi??o? como constitutiva das entidades a serem analisadas. De modo que, ao investigar e aprofundar a no??o de valor, tentamos explicitar as influ?ncias filos?ficas que fundamentaram o conceito desenvolvido pelo linguista genebrino. Tanto Plat?o quanto Saussure s?o fundadores de discursos que ecoam na posteridade. S?o textos que dialogam com as teorias que ajudam a constituir, de modo que buscamos colocar em contraponto essa converg?ncia discursiva.
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O fonema : linguística e história

Garay, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
O presente trabalho é o produto de minha pesquisa acerca dos aspectos históricos e linguísticos que subjazem o conceito do fonema. Nossa ideia originou-se a partir de dois extratos diferentes escritos pelo linguista russo Roman Jakobson: 1) sobre a gênese do fonema: “A procura pelos constituintes diferenciais discretos mais elementares da linguagem nos faz remontar à doutrina do sphoṭa dos gramáticos do sânscrito e a concepção do στοιχεῖον de Platão, mas o verdadeiro estudo linguístico desses invariantes iniciou-se apenas em 1870” (Jakobson, 1962:467); e 2) acerca dos fundadores da Fonologia: “Os primeiros alicerces da Fonologia foram assentados por Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure e seus discípulos” (Jakobson, 1962:232). Desta forma, tentamos realizar uma “reconstrução” desta trajetória histórica e linguística, dos nomes, fatos e teorias que formam o conceito da unidade fonológica no estudo científico da língua. Iniciamos com o estudo da ciência da linguagem na Índia antiga (em particular, o estudo da gramática do sânscrito), seguido pelo estudo do alfabeto grego (incluindo aí os problemas relativos à língua grega, assim como à Gramática e à Filosofia). Finalmente, tentamos fazer “um recorte” preciso do momento na história das ideias linguísticas quando o conceito científico do fonema foi delineado, definido e incorporado à terminologia da epistemologia linguística. Os grandes teóricos da escola incipiente da Linguística Geral, da Fonologia e do fonema, são, como disse Jakobson, o linguista e filólogo suíço Saussure, e o filólogo e foneticista polonês Courtenay; mas a história do fonema não é nada simples. Recentemente, um trabalho meticuloso por parte dos pesquisadores tem resgatado grande parte desta história já há muito esquecida, no que tange as teorias antigas dos gramáticos filósofos hindus e gregos, e os manuscritos de Saussure recentemente publicados, assim como os artigos de Courtenay e seus alunos (entre eles o polonês Mikołaj Kruszewski), escritos que, em sua maioria, permanecem sem tradução ao português. Nossa tarefa, então, foi trazer à luz esta história, seus desenvolvimentos no campo da Linguística em geral, e da Fonologia em particular. Realizamos nossa análise por meio de um cuidadoso estudo do fonema, um conceito no qual vários séculos de história e de ideias linguísticas estão sedimentados. / The present work is the product of my research into the historical and linguistic aspects that underlie the concept of the phoneme. Our main idea originated from two different extracts by the Russian linguist Roman Jakobson: 1) on the genesis of the phoneme: “the search for the ultimate discrete differential constituents of language can be traced back to the sphoṭa doctrine of the Sanskrit grammarians and to Plato’s conception of στοιχεῖον, but the actual linguistic study of these invariants started only in the 1870s” (Jakobson, 1962:467); and 2) on the founders of Phonology: “The first foundations of Phonology were laid by Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure and their disciples” (Jakobson, 1962:232). Thus, we attempted a historical and linguistic “reconstruction” of names, facts and theories that comprise the concept of a phonological unit and that of the phonological structure of language. We started with the study of the Science of Language in ancient India (in particular the grammar of Sanskrit), followed by the study of the Greek alphabet (including its implications concerning the Greek language, as well as Grammar and Philosophy). Finally, we attempted a precise “cut”, so to speak, on the moment in the history of Linguistic ideas when the scientific concept of the phoneme was outlined, defined and incorporated into the terminology of modern linguistic epistemology. The great theoreticians of the incipient school of General Linguistics, of Phonology and of the phoneme are, as Jakobson stated, the Swiss linguist and philologist Saussure, and the Polish philologist and phonetician Courtenay; yet the story inside the phoneme is anything but a simple one. Recently, meticulous scholarship has rescued a great part of this long forgotten history, in what concerns the ancient theories of both the Hindu and the Greek grammarian-philosophers, and the unpublished manuscript works of Saussure and the works of Courtenay and his students (among them the Polish professor Mikołaj Kruszewski), works that so far have remained without translation into Portuguese. Our task, then, has been to bring this history to light, its developments in the field of Linguistics in general, and Phonology in particular. We carried out this analysis by means of a careful study of the phoneme, a concept in which several hundred years of history and linguistic ideas have crystallized.

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