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O focus imaginarius : engano e conhecimento na crítica da razão puraGirotti, Marcio Tadeu 12 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Starting from Kant’s statement that there is an inherent transcendental illusion in the process of knowledge, we ask: how can an illusion have a positive role? It is possible to identify a paradox, that can be, considering Kant’s statement itself, overcome by a critique of reason and by a careful reading to the positive role of the transcendental idea to the empirical knowledge. By criticizing traditional metaphysics, in the same time that he shows how illusion can stop deceiving, even imperative, Kant guarantees a role to reason on knowledge sphere, engendering the way to nature’s unity desired by reason. Kant (KrV, B 673) states that focus imaginarius is an inseparable aspect of the transcendental idea and of its empirical knowledge regulator role. Considering the existence of a transcendental idea as a figurative unity projected as focus imaginarius, our goal is to show that the reason paradox can be overcome form focus imaginarius critical metaphor, as an entity of being, featured by Kant as an analogy to the transcendental idea, that takes part of knowledge game as reason’s deprecated unity, bringing forward the very reasons objects. As this investigations exemplary moment, is seen, through reason’s antinomies example, that reasons demands a systematic unity of all knowledge, by
having the transcendental idea as this unity, featured from a projection: the focus imaginarius. / Partindo da afirmação kantiana de que há uma ilusão transcendental inerente ao processo de
conhecimento, perguntamos: como uma ilusão pode possuir um papel positivo? Aqui há um
paradoxo, que pode ser, no próprio argumento kantiano, superado por uma crítica da razão e
por uma leitura atenta ao papel positivo da ideia transcendental no conhecimento empírico. Ao
fazer a crítica à metafísica tradicional, ao mesmo tempo em que mostra como a ilusão pode
deixar de enganar, ainda que indissipável, Kant garante um papel à razão no âmbito do
conhecimento, engendrando o caminho para a unidade da natureza, almejada pela razão. Kant
(KrV, B 673) afirma que o focus imaginarius é aspecto indissociável da ideia transcendental e
de seu papel regulador do conhecimento empírico. Considerando que há uma ideia
transcendental como unidade projetada figurativamente como focus imaginarius, nosso
objetivo é mostrar que o paradoxo da razão pode ser superado a partir da metáfora crítica do
focus imaginarius, como um ente de razão, caracterizado por Kant como uma analogia à ideia
transcendental, que participa do jogo do conhecimento como a unidade pretendida pela razão,
apresentando objetos da própria razão. Como momento exemplar desta investigação, vê-se,
pelo exemplo das antinomias da razão, que a razão exige uma unidade sistemática de todo
conhecimento, tendo a ideia transcendental como esta unidade, caracterizada a partir de uma
projeção: o focus imaginarius.
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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismoFalkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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Perspectivísmo e verdade em Nietzsche. Da apropriação de Kant ao confronto com o relativismo / Perspectivism and truth in Nietzsche. From the appropriation of Kant to the confrontation with relativismMárcio José Silveira Lima 02 July 2010 (has links)
Esta tese de doutorado estuda o perspectivismo na obra de Nietzsche, bem como o confronto com a verdade que ele representa. Para tanto, procuramos mostrar que esse confronto atravessa toda a obra de Nietzsche, pois já os seus escritos iniciais investigam as condições para o surgimento da crença na verdade, além dos interesses a que ela atendia. Expondo que Nietzsche, apropriando-se do legado crítico de Kant em suas primeiras obras, ensaia uma destruição completa da verdade, pretendemos demonstrar que ele falha em seus objetivos porque a radicalidade de seus argumentos destruiria os próprios pressupostos em que estão baseados, ou seja, os do idealismo transcendental kantiano. Nesse momento em que circunscrevemos nossa análise aos escritos inicias, tentamos demonstrar que Nietzsche limita-se a refutar a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas falha ao querer ampliar esse refutação além desses limites. Por isso, analisando a maneira pela qual o combate à verdade se posiciona a partir dos escritos da década de 80, defendemos que neles o perspectivismo se torna decisivo para os problemas enfrentados inicialmente por Nietzsche. Interpretando o perspectivismo como um fenomenalismo da consciência e um interpretacionismo, investigamos, no decorrer deste trabalho, a forma pela qual Nietzsche re-elabora a crítica à verdade em seus escritos tardios. Considerando essa crítica ainda a partir da apropriação de Kant, buscamos demonstrar que ela atinge os fins perseguidos por Nietzsche sem, contudo, ficar preso aos impasses das primeiras 5 obras. Isso implica mostrar que Nietzsche vai recusar não apenas a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas também a concepção moderna de verdade como certeza e fundamento para o conhecimento. Eis por que Nietzsche alveja a noção cartesiana do eu penso como a primeira verdade, assim como a concepção kantiana de verdade expressa nos juízos lógicos. Sustentamos, assim, que o fenomenalismo da consciência refuta a noção de unidade, pressuposto fundamental às filosofias cartesiana e kantiana. Em seguida, analisamos como Nietzsche, apropriando-se da ideia kantiana de princípios regulativos, afirma que todas as visões com que avaliamos o mundo são ficções, erros, ótica-de-perspectivas da vida com valor regulativo para a existência. Defendemos, por fim, que embora se posicione radicalmente contra a verdade a partir da luta de interpretações, o perspectivismo não se torna um relativismo, na medida em que se liga à teoria da vontade de potência, a qual é o critério para avaliar as perspectivas e ela mesma apresentada como interpretação. / This Doctoral Thesis studies perspectivism on the work of Nietzsche, as well as the confrontation with the truth it represents. In order to do so, we try to show that this confrontation pervades Nietzsche\'s work, as his former writings investigate the conditions for the emergence of the belief in the truth, beyond the interests to which it served. By expounding that Nietzsche, borrowing Kant\'s critical legacy in his early works, starts out a complete destruction of truth, we intend to demonstrate that he fails in his objectives. This occurs because the radicalism of his arguments would destroy the very foundations which they are based upon, that is, Kantian transcendental idealism. At the moment we circumscribe our analysis to the early writings, we intend to demonstrate that Nietzsche limits himself to refuting the notion of truth as an adequacy to the thing-in-itself, but fails to widen this refutation beyond these limits. Therefore, we analyze the means of the fight against the truth, as presented in his writings from the 80`s. We defend that, in these writings, perspectivism becomes decisive in relation to the problems formerly faced by Nietzsche. By interpreting perspectivism as a phenomenalism of the conscience and interpretationism, we investigate the means by which Nietzsche re-elaborates the critique of truth in his late writings. Through the understanding of this critique as an appropriation of Kant\'s ideas, we try to demonstrate that it reaches the goals set by Nietzsche. Therefore it bypasses the impasses of his early work. This is to show that Nietzsche declines not only the notion of truth as adequacy to the thing-in-itself, but also the modern concept of truth as certainty and foundation of knowledge. That is 7 why Nietzsche aims at the Cartesian notion of \"I think\" as the first truth, as well as the Kantian conception of truth as expressed in logical judgments. Therefore, we sustain that phenomenalism of the conscience refutes the notion of unity, fundamental presupposition to Cartesian and Kantian philosophies. Additionally, we analyze the way Nietzsche, appropriating the Kantian idea of regulative principles, asserts that every vision we take to evaluate the world is fiction, a mistake, a perspectives-optic of life with a regulative value to existence. We defend, finally, that, even perspectivism radically stands against the truth - understood as strife of interpretations. It does not become relativism, since it is connected to the Theory of the Will to Power, which is the criterion to evaluate perspectives and which is itself presented as interpretation.
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Educação, emancipação e corresponsabilidade em Karl Otto Apel / Education, emancipation e corresponsability in Karl Otto ApelJosé Moacir de Aquino 09 May 2017 (has links)
Este trabalho aborda, por meio de uma revisão bibliográfica analítico-reflexiva, a possível contribuição da filosofia de Karl Otto Apel no sentido de fundamentar no a priori da comunidade de comunicação para uma perspectiva de educação intencionada na emancipação e na corresponsabilidade. Estruturalmente, este trabalho abrange três partes. Na primeira parte, procura-se compreender a problemática da transformação da filosofia apeliana como abertura para repensar a fundamentação filosófica da educação. São considerados aspectos referentes à retranscendentalização da filosofia no marco do paradigma da linguagem, à recuperação da dimensão pragmática da linguagem na semiótica transcendental de Apel e à pretensão de superação do solipsismo metódico pressuposto na concepção de ciência unitária. Em razão da aparente invisibilidade da questão da educação na filosofia de Apel, inclusive em suas publicações relativas ao campo ético-político, a hipótese guia dessa primeira parte é a suspeita de um déficit de abordagem da filosofia de Apel em relação ao campo da pedagogia e da filosofia da educação. O foco da segunda parte é a especulação acerca de possíveis pontos de desdobramentos da semiótica transcendental, a concepção filosófica original como paradigma de prima philosophia no que tange à razão teorética, para o âmbito da educação. Para tanto, explicita-se o itinerário analítico-crítico de Apel em redor do linguistichermeneutic-pragmatic turn e, em seguida, como contribuição especulativa depreendida da semiótica transcendental, tematiza-se sobre a educação no sentido de uma formação que visa à elevação da humanidade e à autoria do sujeito. A terceira parte trata do entrelaçamento colateral dos conceitos de emancipação, apresentado com a pretensão de esboçar um novo viés da Teoria Crítica ligada à Escola de Frankfurt, e de corresponsabilidade, tematizado no âmbito da ética do discurso de Apel, com a compreensão geral da educação como ciência social da mediação entre teoria e práxis em vista do interesse cognitivo emancipador e da responsabilidade solidária. Com base no a priori da comunidade de comunicação, pretende-se demonstrar que a filosofia de Apel representa uma contribuição relevante para a reflexão de natureza filosófica em meio às abordagens das ciências da educação, à medida que ela fornece a pressuposição última racional dos fundamentos do campo da educação. Como elemento original desse trabalho, defende-se a ideia de que, de modo suplementar à filosofia prática de Apel, a esfera da educação possa figurar, transversalmente aos subsistemas coercitivos da responsabilidade ligados à política, ao direito e à economia, como uma mediação institucional contraestratégica responsável pela formação para a emancipação e corresponsabilidade histórica do homem pelo mundo. A educação pode, então, constituir-se, no sentido da formação que eleva à humanidade e desenvolve o primado judicativo do sujeito com base nos mínimos éticos universais implícitos no jogo hermenêutico-pragmático transcendental de linguagem. Tal via é fundamental para reduzir paulatinamente a diferença radical entre as condições ideais de uma comunidade ilimitada de comunicação e as condições históricas e contingentes da situação da comunidade real de comunicação. Enquanto mediação contraestratégica, a educação pode contribuir na criação das condições sociais suficientes para possibilitar a efetivação da resolução consensual-argumentativa dos problemas teóricos e práticos na sociedade. / This work addresses, through an analytical-reflexive bibliographical revision, the possible contribution of Karl Otto Apels philosophy with the intent of substantiating in the a priori of the communication community a purposeful education perspective in emancipation and corresponsability. Structurally, this work encompasses three parts. In the first part, we seek to comprehend the Apelian philosophy transformation issue as an opening to rethink the philosophical basis of education. We will consider aspects referred to the retranscendentalization of philosophy on what is referenced to the languages paradigm, the recuperation of the pragmatic dimension of language in the transcendental-semiotic of Apel, and to the desire of the surpassing of the methodic solipsism in the conception of unitary science. Because of the apparent invisibility of education in Apels philosophy, even in his publications in the ethical-political field, the guide-hypothesis is the idea of a deficit in the approach of Apels philosophy relating to the field of pedagogy and education philosophy. The second parts focus concerns the speculation on possible unfolding points in transcendental-semiotics, the original philosophical concept as a paradigm of prima philosophia in terms of theoretical reason in the context of education. For that, we clarify Apels analytical-critical itinerary around the linguistic-hermeneutic-pragmatic turn and, following that, as speculative contribution taken from transcendental-semiotics, we argue about education in the sense of a formation that seeks to elevate mankind and the subjects authorship. The third part is about the collateral interweaving of the emancipation concepts, presented with the intent of outlining a new view of Critical Theory, connected to the Frankfurt School, and of corresponsability, in the context of Apels discourse ethics, with the general comprehension of education as a social science of theory and practice mediation, considering the cognitive emancipatory interest and of solidary responsibility. Supported on the communication community a priori, we intend to demonstrate that Apels philosophy represents a relevant contribution to the philosophical reflection in the midst of educational sciences approaches, as it provides the final reasoning of the educational science field. As an unique element in this work, we defend the idea that, in addition to Apels practical philosophy, the educational sphere can appear transversally to the coercive responsibility subsystems, connected to politics, law and economy, as an anti-strategic institutional mediation that results in the formation towards emancipation and historical corresponsability of men throughout the world. Therefore education can be constituted in the sense of formation that elevates to humanity and develops the priority to form a critical opinion of the subjects with a basis on the basic universal ethics implicit in the hermeneutic-pragmatic transcendental game of language. This view is fundamental to slowly reduce the radical differences between an unlimited communication communitys ideal conditions and the eventual situations in a real communication community. As an anti-strategic mediation, education can contribute in creating enough social conditions to make possible the establishing of the consensualargumentative resolution of the theoretical and practical problems in society.
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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismoFalkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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O conceito de psicologia fenomenológica na Husserliana IX e suas implicações para a psicologiaCormanich, Eduardo Luis 31 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-31 / Essa dissertação explana sobre o desenvolvimento do conceito de Psicologia Fenomenológica na
obra do filósofo Edmund Husserl e, mais especificadamente, na obra “Psicologia Fenomenológica”
que corresponde ao vol. IX da coleção de obras completas do filósofo, denominada Husserlina.
Apresentamos o ideário husserliano através da formação do conceito de Psicologia Fenomenológica
e como seu entendimento torna possível respostas a questões de cientificidade para a Psicologia,
que estão presentes desde a sua fundação como uma disciplina científica moderna, desde o final do
sec. XIX. Concluímos ser necessária a construção de um campo intermediário entre a
Fenomenologia e os estudos científicos em Psicologia, através da redescoberta deste ideário
proposto por Husserl para uma possível Psicologia Científica de bases eidético-transcendentais e
que utilize-se do método fenomenológico, e do caráter intersubjetivo da psique humana como
fundamento desta possibilidade. / This dissertation explores the development of the concept of Phenomenological Psychology in the
work of the philosopher Edmund Husserl and, more specifically, in the work "Phenomenological
Psychology" that corresponds to vol. IX of the complete works of the philosopher, denominated
Husserliana. We present the husserlian through the formation of the concept of Phenomenological
Psychology and how its understanding makes possible answers to questions about psychology
scientificity, which has been present since its foundation as a modern science, at the end of the XIX
century. We conclude that it is necessary to construct an intermediate field between
Phenomenology and scientific studies in Psychology, through the rediscovery of Husserl’s theory
over the possibility of a Scientific Psychology of eidetic-transcendental bases and the usage of the
phenomenological method, as well as the intersubjective character of human psyque as the basis of
this possibility.
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[en] THE HUMAN BEING: THE MEETING PLACE WITH GOD KARL RAHNER'S TRANSCENDENTAL EXPERIENCE AND DIVINE SELF-COMMUNICATION / [pt] O SER HUMANO: LOCAL DO ENCONTRO COM DEUS ABERTURA TRANSCENDENTAL E AUTOCOMUNICAÇÃO DIVINA EM KARL RAHNERRAFAEL MORELLO FERNANDES 31 May 2006 (has links)
[pt] Com a Modernidade, estruturou-se uma nova forma de
compreensão
humana, um novo paradigma, que, naqueles aspectos que
interessam ao nosso
trabalho pode ser caracterizada pelo predomínio da
racionalidade científica como
critério absoluto da verdade. Isto colocava um problema
para a fé cristã na medida
em que parecia impossível, então, um discurso racional
sobre Deus, já que este
não era verificável pelo método científico. Como maneira
de dialogar com este
novo paradigma, numerosos teólogos começaram a elaborar
suas reflexões sobre
Deus partindo, não mais da natureza, mais da existência
humana. Entre eles se
encontra Karl Rahner, teólogo alemão e um dos grandes
nomes da Igreja no
século passado. Ele aplicou à teologia o método
transcendental que se perguntava
pelas condições de possibilidade do sujeito para o
conhecimento. Rahner, a partir
da inteligência e liberdade humana chega a Deus como o
Mistério último, o
horizonte ilimitado que possibilita a própria
subjetividade humana. Deste modo,
quando este Mistério se dá a nós, por meio da Encarnação e
da Graça, ele não é
algo extrínseco, mas apesar de indevido, satisfaz
plenamente a nossa própria
natureza. Isto postula uma relação universal de todo ser
humano com Deus,
mesmo que nesse nível de experiência, ele não seja assim
denominado. Se Deus
não é uma realidade ao lado de outras, mas está sempre
implicado na experiência
humana, mesmo os aspectos mais profanos da vida estão a
ele ligados, e alguém
pode estar numa autêntica relação com ele, mesmo que o
negue conscientemente. / [en] The Modern Era witnessed the structuring of a new form of
human
comprehension, a new paradigm, which, in those aspects of
interest to our work,
is characterized by the prevalence of scientific
rationality as the absolute criterion
of truth. This constituted a problem for the Christian
faith as it appeared to
eliminate any possibility of rational discussion regarding
God, an entity whose
existence is impossible to prove through
scientific methods. To enable an exchange with this new
paradigm, many
theologians began developing their thoughts concerning
God, basing them on
human experience instead of nature. One of these was Karl
Rahner, a German
theologian and a prominent name of the Church in the last
century. He applied the
transcendental method to Theology, which questioned the
necessary conditions
for knowledge. Rahner, based on human intelligence and
freedom, perceives God
as the Absolute Mystery, the unlimited horizon that makes
human subjectivity
itself possible. Thus, when this Mystery reveals itself to
us, through God's
Incarnation and Grace, it is not extrinsic; however,
despite being unwarranted, it
fully satisfies our own nature. This postulates that there
is a universal relationship
between every human being and God, even if, on this level
of experience, it not
designated as such. If God is not a reality alongside
others, but is always
implicated in human experience, then even the more profane
aspects of life are
linked to God, and a person can be in a genuine
relationship with Him, even if
he/she consciously denies His existence.
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A Solution to the Problem of AffectionMcGrath, Austin J. 11 June 2014 (has links)
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O sistema de filosofia transcendental de Schopenhauer : uma interpretação e defesa / Schopenhauer’s system of transcendental philosophy: an interpretation and defenseTeles, Alexandre January 2009 (has links)
Neste trabalho é apresentada e defendida a tese segundo a qual o projeto filosófico de Arthur Schopenhauer deve ser entendido como o estabelecimento de um sistema de filosofia transcendental, constituído de uma teoria da experiência coordenada a uma teoria geral das faculdades cognitivas e a um “primeiro princípio”, que apresentamos e discutimos. Assim compreendida, a filosofia de Schopenhauer guarda uma relação peculiar de continuidade com a filosofia transcendental de Kant: herda e reformula o projeto de Karl Leonhard Reinhold, articulado em resposta aos céticos Salomon Maimon e Gottlob Ernst Schulze, edificando um sistema de filosofia transcendental que contempla as ambições fundacionistas presentes no projeto de Reinhold, as críticas que esse projeto recebera e críticas endereçadas à própria teoria da experiência de Kant no contexto de recepção da Crítica da Razão Pura. / In this work is presented and defended the thesis according to which Arthur Schopenhauer’s philosophical project should be understood as aiming at putting forward a system of transcendental philosophy. That system comprises a theory of experience coordinated to a general theory of cognitive faculties and to a “first principle” which we present and discuss. So understood, Schopenhauer’s philosophy exhibits a peculiar relationship of continuity with Kant’s transcendental philosophy: it inherits and reformulates Karl Leonhard Reinhold’s project as it was conceived in response to the skeptics Salomon Maimon and Gottlob Ernst Schulze, building a system of transcendental philosophy which encompasses the foundationalist ambitions of Reinhold’s project and the criticisms which that project had received, as much as some criticisms which was addressed at Kant’s theory of experience itself in the context of reception of the Critique of Pure Reason.
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O sistema de filosofia transcendental de Schopenhauer : uma interpretação e defesa / Schopenhauer’s system of transcendental philosophy: an interpretation and defenseTeles, Alexandre January 2009 (has links)
Neste trabalho é apresentada e defendida a tese segundo a qual o projeto filosófico de Arthur Schopenhauer deve ser entendido como o estabelecimento de um sistema de filosofia transcendental, constituído de uma teoria da experiência coordenada a uma teoria geral das faculdades cognitivas e a um “primeiro princípio”, que apresentamos e discutimos. Assim compreendida, a filosofia de Schopenhauer guarda uma relação peculiar de continuidade com a filosofia transcendental de Kant: herda e reformula o projeto de Karl Leonhard Reinhold, articulado em resposta aos céticos Salomon Maimon e Gottlob Ernst Schulze, edificando um sistema de filosofia transcendental que contempla as ambições fundacionistas presentes no projeto de Reinhold, as críticas que esse projeto recebera e críticas endereçadas à própria teoria da experiência de Kant no contexto de recepção da Crítica da Razão Pura. / In this work is presented and defended the thesis according to which Arthur Schopenhauer’s philosophical project should be understood as aiming at putting forward a system of transcendental philosophy. That system comprises a theory of experience coordinated to a general theory of cognitive faculties and to a “first principle” which we present and discuss. So understood, Schopenhauer’s philosophy exhibits a peculiar relationship of continuity with Kant’s transcendental philosophy: it inherits and reformulates Karl Leonhard Reinhold’s project as it was conceived in response to the skeptics Salomon Maimon and Gottlob Ernst Schulze, building a system of transcendental philosophy which encompasses the foundationalist ambitions of Reinhold’s project and the criticisms which that project had received, as much as some criticisms which was addressed at Kant’s theory of experience itself in the context of reception of the Critique of Pure Reason.
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