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Transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático : aspectos clinicos e biologicosPassos, Ives Cavalcante January 2015 (has links)
O transtorno de humor associado ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) tem, em geral, desfechos clínicos mais graves. Embora essa associação esteja consolidada no transtorno depressivo, esse não é o caso no transtorno bipolar (TB). Os poucos estudos realizados acerca dessa comorbidade demonstraram piora na qualidade de vida e aumento no número de tentativas de suicídio associado aos pacientes com TEPT e TB. Nenhum estudo, entretanto, avaliou o impacto do TEPT em características centrais do TB, como o número de episódios de humor ou funcionamento psicossocial. Por outro lado, estudos pré-clínicos sugerem que existe um fenômeno de sensibilização cruzada entre o TB e o TEPT. Foi proposto que a redução do brain-derived neurotrophic fator (BDNF) e alterações de marcadores inflamatórios poderiam ser mecanismos associados a esta sensibilização. Com relação a última hipótese, as alterações em marcadores inflamatórios estão bem consolidadas no TB, porém esse não é o caso no TEPT. Com a finalidade de aprofundar o estudo dessas questões, os dois primeiros estudos que compõem essa tese abordaram aspectos clínicos e biológicos relacionados a esses transtornos. O primeiro é uma metanálise e metaregressão que demonstrou que o TEPT está associado a níveis aumentados de IL-6, IL-1β, TNF-α e interferon-γ na circulação periférica. Além disso, o tempo de doença foi positivamente associado aos níveis de IL-1β, enquanto a gravidade dos sintomas foi positivamente associada aos níveis de IL-6. Esses achados podem não só apresentar um novo mecanismo biológico para explicar o fenômeno de sensibilização cruzada entre TEPT e TB, mas também abre novos horizontes na busca de novas estratégias terapêuticas e diagnósticas para o TEPT. O segundo foi um estudo caso-controle que avaliou características clínicas centrais do TB e demonstrou pela primeira vez que indivíduos com TB e comorbidade com TEPT apresentam mais episódios maníacos e pior funcionamento psicossocial. Ademais, o início dos episódios maníacos e o uso de substâncias de abuso surgiram de maneira mais precoce nesses indivíduos. Além desses dois estudos, optamos por abordar a influência da comorbidade com os transtornos ansiosos (como o TEPT) em um desfecho clínico trágico em pacientes com transtorno de humor: o suicídio. Esse estudo foi realizado em uma população diferente da do estudo clínico anterior, incluindo pacientes com depressão maior ou com TB, e foi focado em apenas um desfecho. Nosso objetivo era criar uma ferramenta que pudesse gerar um escore de probabilidade para cada paciente com transtorno de humor que refletisse o risco de tentar suicídio. Utilizando técnicas de machine learning, demonstramos que o risco de suicídio em indivíduos com transtorno de humor pode ser estimado objetivamente a partir de variáveis clínicas facilmente obtidas e variáveis demográficas. Embora tenhamos encontrado uma boa acurácia (72%) e área (area under the curve) (77%), futuros estudos podem integrar dados de variáveis de marcadores biológicos (genética, neuroimagem, neurocognição, etc.), usando também técnicas de machine learning, para atingir uma acurácia ainda maior. O uso de um instrumento objetivo é o primeiro passo na busca de um tratamento mais personalizado para aqueles pacientes com alto risco de se suicidar. / The comorbidity between mood disorders and posttraumatic stress disorder (PTSD) is associated with poorer clinical outcomes. Although this association is well established in major depressive disorder, fewer studies included patients with bipolar disorder (BD). These studies report that patients with BD and PTSD show increased number of suicide attempts and worse quality of life. However, no clinical studies so far have reported the impact of comorbid PTSD on core features of BD, such as number of mood episodes and functional impairment. On the other hand, preclinical studies showed that there is a cross-sensitization between BD and PTSD. Accordingly, it was proposed that the brain-derived neurotrophic factor (BDNF) and changes of inflammatory markers might be the biological underpinnings of this cross-sensitization. Although the changes in inflammatory markers are well established in BD, this is not the case for PTSD. In view of the above, the first two studies of this thesis addressed clinical and biological issues related to BD and PTSD. The first is a meta-analysis and metaregression study that showed increased levels of IL-6, IL-1β, TNF-α and interferon-γ in peripheral circulation among patients with PTSD. Furthermore, illness duration was positively associated with IL-1β levels, while the severity of the symptoms was positively associated with IL-6 levels. These findings may not only provide a new biological mechanism to explain the cross-sensitization between PTSD and BD, but also opens a new avenue in the search for new therapeutic targets and diagnostic strategies for PTSD. The second was a case-control study that assessed core clinical features of BD showed increased manic episodes and functional impairment among patients with BD and comorbid PTSD. In addition, those patients were younger when they started the manic episodes and substance use. Moreover, we chose to address the influence of comorbid anxiety disorders (such as PTSD) in suicide in patients with mood disorders. This study was conducted in a different population, including patients with major depressive disorder or BD, and it was focused on only one outcome. Suicide is a tragic clinical outcome, but highly preventable. Our aim was to develop a clinical tool using machine learning techniques to estimate a probability score at individual level to stratify the risk of a patient with a mood disorder attempts suicide. Therefore, our study showed that the risk of suicide in individuals with a mood disorder can be objectively estimated from easily assessed clinical and demographic variables. Although we have found a good accuracy (72%) and area under the curve (77%), future studies may integrate data from biological markers (genetic, neuroimaging, neurocognition, etc.) also using machine learning techniques to achieve a higher accuracy. This objective instrument is the first step towards a more personalized treatment for those patients at high risk of suicide.
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Validação da escala para avaliação da contratransferência (EACT) no atendimento psiquiátrico inicial de vítimas de trauma psíquicoSilveira Júnior, Érico de Moura January 2010 (has links)
Introdução: O conceito de contratransferência evoluiu de “um obstáculo ao tratamento” à ferramenta útil à compreensão do paciente dentro de uma relação bi-pessoal. Atualmente, buscam-se evidências da sua especificidade, correlacionando padrões específicos de contratransferência com características do paciente e terapeuta, classes diagnósticas e desfechos do tratamento. Acredita-se que, devido à intensidade das reações emocionais despertadas nos terapeutas que atendem vítimas de trauma, o estudo da contratransferência nesta população auxilie no autoconhecimento dos terapeutas, amplie a compreensão sobre o fenômeno e contribua para um melhor atendimento dos pacientes. O desenvolvimento de pesquisas nesta área esbarra no reduzido número de escalas validadas para acessar a contratransferência. No Brasil, estão disponíveis a escala para Avaliação da Contratransferência e as versões traduzidas do Inventory of Countertransference Behavior e Mental States Rating System, mas nenhuma validada.A Escala para a Avaliação da Contratransferência (EACT) foi criada em nosso meio, com elevada validade de face, construída em torno de três dimensões conceituais de sentimentos. Entretanto, suas propriedades psicométricas ainda não foram avaliadas. Objetivos: Investigara validade de construto da EACT, respondida por terapeutas de vítimas de trauma psíquico (Artigo 1). Secundariamente, analisar a correlação entre a contratransferência inicial com vítimas de trauma psíquico e os dados demográficos e clínicos de terapeutas e pacientes e o tipo de trauma, e investigar a associação entre a contratransferência inicial e a adesão dos pacientes ao tratamento e o seu desfecho, operacionalizado como alta ou abandono (Artigo 2). Método: Delineamento transversal (Artigo 1) e análises secundárias com dados longitudinais (Artigo 2). A amostra foi composta por 50 psiquiatras no segundo ano de formação durante estágio no Núcleo de Estudos e Tratamento de Trauma Psíquico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Esses terapeutas atenderam 131 pacientes recrutados consecutivamente durante 4 anos, que incluiu a primeira ou segunda consulta de vítimas de abuso sexual, seqüestro, assalto, agressão física, tentativa de homicídio, tortura e trauma indireto, independentemente do tempo decorrido entre a consulta atual e o evento traumático. Foram excluídos atendimentos de pacientes que chegaram à primeira consulta com ideação suicida grave, sintomas psicóticos e/ou com indicação de internação psiquiátrica. Os pacientes foram selecionados após triagem, que avaliou as variáveis clínicas e o diagnóstico segundo os critérios do DSM-IV-TR. Na primeira consulta, foram coletados os dados demográficos e clínicos e avaliada a contratransferência identificada pelo terapeuta através da EACT. Os pacientes foram acompanhados ao longo do tratamento psiquiátrico para determinar o número de consultas, faltas e o desfecho: alta ou abandono. A EACT é uma escala auto-aplicável, composta por 23 itens pontuados para 3 momentos da sessão (início, durante e final) em escala tipo Likert (0=ausência a 3=muito), e distribuídos em 3 domínios: aproximação (10 itens), afastamento (10 itens) e indiferença (3 itens). A validade de constructo da EACT no atendimento desta população foi avaliada através da análise fatorial exploratória (EFA) e consistência interna (α de Cronbach). O tamanho amostral foi calculado a partir de pelo menos 5 aplicações da EACT para cada item da escala (mínimo N = 115). E a análise fatorial confirmatória foi usada para determinar os parâmetros de adequação (goodness-of-fit) da versão da EACT no atendimento de vítimas de trauma obtida na EFA em comparação com a versão original. Resultados: A EFA mostrou 3 fatores com homogeneidade consistente, sendo distinta da versão original da EACT a correlação entre os itens e o terceiro fator: afastamento (9 itens com 24% da variância; α = 0,88), aproximação (7 itens com 15% da variância; α=0,82) e tristeza (6 itens com 9% da variância; α = 0,72). O item alegria, com carga fatorial baixa, foi retirado da análise por ser considerado irrelevante neste contexto. A análise fatorial confirmatória evidenciou melhores critérios de goodness-of-fit em todos os parâmetros testados para a presente versão da EACT do que a original. Secundariamente, as características demográficas e clínicas dos terapeutas e dos pacientes dos grupos alta e abandono foram similares. Os terapeutas com idade ≤ 27 anos pontuaram maior afastamento que os mais velhos (0,14 ± 1 vs. -0,21 ± 0,9; P=0,019). Os pacientes casados induziram nos terapeutas mais sentimentos de afastamento (0,20 ±1 vs. -0,19 ± 0,9; P = 0,016) e tristeza (0,18 ±1 vs. -0,17 ± 1; P = 0,049) que os que vivem sozinhos. Nas variáveis clínicas, as vítimas de trauma indireto e de múltiplos traumas despertaram mais tristeza (0,38 ± 1 e 0,76 ± 0,4, respectivamente), comparadas às vítimas de violência sexual (0,03 ± 0,9) e urbana (-0,3 ± 1) (P = 0,039). A mediana de consultas realizadas foi 5 [4; 8], faltas 1 [0; 1] e a taxa de abandono foi de 34,4%. Na análise multivariada, identificou-se que os pacientes com relato de história de trauma na infância abandonaram menos o tratamento (OR = 0,39; P = 0,039; CI 95% 0,16- 0,95). Não foi detectada associação entre sentimentos contratransferenciais iniciais com os desfechos do tratamento. Conclusões: A EACT apresentou propriedades psicométricas consistentes, demonstrando ser um instrumento confiável para acessara contratransferência inicial de terapeutas de vítimas de trauma psíquico. Os sentimentos contratransferenciais no atendimento inicial destes pacientes associaram-se a parâmetros demográficos e clínicos, mas não se associaram ao abandono do tratamento. Estudos futuros devem avaliar a modificação dos sentimentos contratransferenciais ao longo do tratamento e o seu impacto sobre os desfechos do tratamento. / Introduction: The concept of countertransference (CT) evolved from an “obstacle to treatment” to "an useful tool to understand patients within a bi-personal relationship". Currently, evidences of its specificity are searched for, correlating specific CT patterns to patients and therapists’ features, diagnostic classes, and treatment outcomes. Due to the intensity of emotional reactions aroused in therapists caring for trauma victims, it is believed that the study of CT in this population will help self-knowledge of therapists and contribute for a better patient care. The development of studies in this field is hindered by the reduced number of validated scales to assess CT. In Brazil, the Assessment of Countertransference Scale and the translated versions of the Inventory of Countertransference Behavior and Mental States Rating System are available, however, none of them has been validated. The Assessment of Countertransference Scale (ACS) has been created in our department with high face validity, built around three conceptual dimensions of feelings. However, its psychometric properties have not been assessed yet. Objectives: To investigate the construct validity of the ACS answered by therapists of psychological trauma victims (Article 1). Then, to assess the correlation between initial CT with victims of psychological trauma and the clinical and demographic data of therapists and patients and the type of trauma, and to investigate the association between initial countertransference and patients’ adherence to treatment and its outcome, defined as discharge or drop-out (Article 2). Methods: A Cross-sectional study (Article 1) and secondary analysis with longitudinal data (Article 2) were carried out. The sample was formed by 50 psychiatrists in the second year of training in their internship in the Center for Study and Treatment of Traumatic Stress in Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brazil. These therapists cared for 131 patients consecutively recruited for 4 years, including the first and second appointment with victims of sexual abuse, kidnapping, robbery, physical assault, homicide attempt, torture and indirect trauma, regardless of the time elapsed between the current appointment and the trauma event. We have excluded patients that arrived in the first appointment with severe suicidal ideation, psychotic symptoms and/or referral for psychiatric hospitalization. Patients have been selected after screening, which assessed the clinical variables and the diagnoses according to DSM-IV-TR criteria. In the first appointment, demographic and clinical data were collected and CT, identified by therapists through the ACS, was assessed. Patients were followed-up during psychiatric treatment to determine the number of appointments, absences, and the outcome: discharge or drop-out. ACS is a self-applied scale composed by 23 items scored for 3 moments of the session (start, midpoint and end) in a Likert-type scale (0=absence to 3=very), and distributed into 3 dimensions: closeness (10 items), distance (10 items) and indifference (3 items). The construct validity of ACS in the care for this population was assessed through the Exploratory Factor Analysis (EFA) and the internal consistency (α de Cronbach). The sample size was calculated for at least 5 applications of ACS for each item of the scale (minimum N = 115). The Confirmatory Factor Analysis (CFA) was used to determine the goodness of fit parameters of the ACS version in the care for trauma victims obtained in the EFA compared to the original version. Results: EFA showed 3 factors with consistent homogeneity, but the correlation between the items and the third factor were different from the original version, in the following: rejection (9 items with 24% of variance; α = 0.88), closeness (7 items with 15% of variance; α = 0.82) and sadness (6 items with 9% of variance; α = 0.72). The item “happiness”, with low factorial load, was withdrawn from the analysis because it was considered to be irrelevant in this context. CFA showed better goodness of fit criteria in all tested parameters for the present version of ACS compared to the original version. Secondly, the demographic and clinical characteristics of therapists and patients of the discharge and drop-out groups were similar. Therapists with ages ≤ 27 years scored more rejection than older therapists (0.14 ± 1 vs. -0.21 ± 0.9; P = 0.019). Married patients induced in therapists more feelings of rejection (0.20 ± 1 vs. -0.19 ± 0.9; P = 0.016) and sadness (0.18 ± 1 vs. -0.17 ± 1; P = 0.049) than those patients living alone. In the clinical variables, the victims of indirect trauma and of several traumas aroused more feelings of sadness (0.38 ± 1 and 0.76 ± 0.4, respectively) compared to sexual violence (0.03 ± 0.9) and urban violence victims (-0.3 ± 1) (P = 0.039). Median of appointments performed was 5 [4; 8], absences 1 [0; 1] and the drop-out rate was 34.4%. In the multivariate analysis, we have identified that patients with reported history of childhood trauma were less likelihood of dropping out treatment (OR=0.39; P = 0.039; CI 95% 0.16-0.95). Association between the initial CT feelings and the treatment outcomes has not been detected. Conclusions: ACS presented sound psychometric properties, and it has been demonstrated to be a reliable instrument to access initial CT of therapists in victims of psychological trauma. Countertransference feelings in the initial care of patients were associated with clinical and demographic parameters, but it were not associated with treatment drop-out. Further studies should assess the changes in CT feelings over treatment and their impact on treatment outcomes.
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Transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático : aspectos clinicos e biologicosPassos, Ives Cavalcante January 2015 (has links)
O transtorno de humor associado ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) tem, em geral, desfechos clínicos mais graves. Embora essa associação esteja consolidada no transtorno depressivo, esse não é o caso no transtorno bipolar (TB). Os poucos estudos realizados acerca dessa comorbidade demonstraram piora na qualidade de vida e aumento no número de tentativas de suicídio associado aos pacientes com TEPT e TB. Nenhum estudo, entretanto, avaliou o impacto do TEPT em características centrais do TB, como o número de episódios de humor ou funcionamento psicossocial. Por outro lado, estudos pré-clínicos sugerem que existe um fenômeno de sensibilização cruzada entre o TB e o TEPT. Foi proposto que a redução do brain-derived neurotrophic fator (BDNF) e alterações de marcadores inflamatórios poderiam ser mecanismos associados a esta sensibilização. Com relação a última hipótese, as alterações em marcadores inflamatórios estão bem consolidadas no TB, porém esse não é o caso no TEPT. Com a finalidade de aprofundar o estudo dessas questões, os dois primeiros estudos que compõem essa tese abordaram aspectos clínicos e biológicos relacionados a esses transtornos. O primeiro é uma metanálise e metaregressão que demonstrou que o TEPT está associado a níveis aumentados de IL-6, IL-1β, TNF-α e interferon-γ na circulação periférica. Além disso, o tempo de doença foi positivamente associado aos níveis de IL-1β, enquanto a gravidade dos sintomas foi positivamente associada aos níveis de IL-6. Esses achados podem não só apresentar um novo mecanismo biológico para explicar o fenômeno de sensibilização cruzada entre TEPT e TB, mas também abre novos horizontes na busca de novas estratégias terapêuticas e diagnósticas para o TEPT. O segundo foi um estudo caso-controle que avaliou características clínicas centrais do TB e demonstrou pela primeira vez que indivíduos com TB e comorbidade com TEPT apresentam mais episódios maníacos e pior funcionamento psicossocial. Ademais, o início dos episódios maníacos e o uso de substâncias de abuso surgiram de maneira mais precoce nesses indivíduos. Além desses dois estudos, optamos por abordar a influência da comorbidade com os transtornos ansiosos (como o TEPT) em um desfecho clínico trágico em pacientes com transtorno de humor: o suicídio. Esse estudo foi realizado em uma população diferente da do estudo clínico anterior, incluindo pacientes com depressão maior ou com TB, e foi focado em apenas um desfecho. Nosso objetivo era criar uma ferramenta que pudesse gerar um escore de probabilidade para cada paciente com transtorno de humor que refletisse o risco de tentar suicídio. Utilizando técnicas de machine learning, demonstramos que o risco de suicídio em indivíduos com transtorno de humor pode ser estimado objetivamente a partir de variáveis clínicas facilmente obtidas e variáveis demográficas. Embora tenhamos encontrado uma boa acurácia (72%) e área (area under the curve) (77%), futuros estudos podem integrar dados de variáveis de marcadores biológicos (genética, neuroimagem, neurocognição, etc.), usando também técnicas de machine learning, para atingir uma acurácia ainda maior. O uso de um instrumento objetivo é o primeiro passo na busca de um tratamento mais personalizado para aqueles pacientes com alto risco de se suicidar. / The comorbidity between mood disorders and posttraumatic stress disorder (PTSD) is associated with poorer clinical outcomes. Although this association is well established in major depressive disorder, fewer studies included patients with bipolar disorder (BD). These studies report that patients with BD and PTSD show increased number of suicide attempts and worse quality of life. However, no clinical studies so far have reported the impact of comorbid PTSD on core features of BD, such as number of mood episodes and functional impairment. On the other hand, preclinical studies showed that there is a cross-sensitization between BD and PTSD. Accordingly, it was proposed that the brain-derived neurotrophic factor (BDNF) and changes of inflammatory markers might be the biological underpinnings of this cross-sensitization. Although the changes in inflammatory markers are well established in BD, this is not the case for PTSD. In view of the above, the first two studies of this thesis addressed clinical and biological issues related to BD and PTSD. The first is a meta-analysis and metaregression study that showed increased levels of IL-6, IL-1β, TNF-α and interferon-γ in peripheral circulation among patients with PTSD. Furthermore, illness duration was positively associated with IL-1β levels, while the severity of the symptoms was positively associated with IL-6 levels. These findings may not only provide a new biological mechanism to explain the cross-sensitization between PTSD and BD, but also opens a new avenue in the search for new therapeutic targets and diagnostic strategies for PTSD. The second was a case-control study that assessed core clinical features of BD showed increased manic episodes and functional impairment among patients with BD and comorbid PTSD. In addition, those patients were younger when they started the manic episodes and substance use. Moreover, we chose to address the influence of comorbid anxiety disorders (such as PTSD) in suicide in patients with mood disorders. This study was conducted in a different population, including patients with major depressive disorder or BD, and it was focused on only one outcome. Suicide is a tragic clinical outcome, but highly preventable. Our aim was to develop a clinical tool using machine learning techniques to estimate a probability score at individual level to stratify the risk of a patient with a mood disorder attempts suicide. Therefore, our study showed that the risk of suicide in individuals with a mood disorder can be objectively estimated from easily assessed clinical and demographic variables. Although we have found a good accuracy (72%) and area under the curve (77%), future studies may integrate data from biological markers (genetic, neuroimaging, neurocognition, etc.) also using machine learning techniques to achieve a higher accuracy. This objective instrument is the first step towards a more personalized treatment for those patients at high risk of suicide.
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Desenvolvimento e validação preliminar de um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatórioCunha, Maria de Nazaré Furtado January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes candidatos à cirurgia frequentemente experimentam estresse, condição que os torna suscetíveis a desfechos desfavoráveis como exacerbação de dor, maior consumo de analgésicos e anestésicos, aumento no tempo de hospitalização, maior risco de infecção pós- operatória e aumento no risco de cronificação da dor pós-operatória. Embora seja conhecido que a carga de estresse emocional negativa aumente a morbimortalidade perioperatória, faltam instrumentos práticos desenvolvidos para captar as emoções vinculadas a este contexto. OBJETIVOS: Desenvolver um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório (B-MEPS), tornando possível identificar pacientes mais vulneráveis e assim otimizar medidas de controle. PACIENTES E MÉTODOS: Neste estudo transversal foram incluídos 863 pacientes (643 mulheres) agendados para cirurgia eletiva. Idade entre 18 a 60 anos, classificados de acordo com o estado físico da Sociedade Americana da Anestesiologia (ASA) nas classes I-III. Os seguintes instrumentos foram aplicados: o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg, o Self-Reporting questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Expectativa de Futuro (FSPQ). A fim de selecionar os itens mais discriminativos em relação ao estresse, realizou-se uma análise exploratória usando cada um dos instrumentos. Os critérios utilizados no processo de seleção dos itens, por meio da análise discriminante, foram os candidatos à cirurgia por patologia oncológica ou terem reportado dor pós-operatória moderada a intensa [escore na Escala Análogo-Visual (EAV) > 30 mm]. Neste processo foram selecionados 24 itens, os quais foram ajustados utilizando o modelo de crédito parcial generalizado (GPCM), que é um modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI). A partir do GPCM foram selecionados 16 itens. A validade de face foi realizada por um Comitê de especialistas em medicina perioperatória. Os escores do B-MEPS foram correlacionados com o nível de dor reportado na EAV, na maior parte do tempo das primeiras 24 h do período pós-operatório e com o consumo de morfina pós-operatória quantificado em mg/dia. Esta versão refinada do B-MEPS foi aplicada a 40 pacientes (20 mulheres), ASA II-III, candidatos à cirurgia eletiva. Os escores da B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária. RESULTADOS: Inicialmente 24 itens com diferentes números de categorias ordinais foram selecionados a partir dos quatros instrumentos. No processo da GPCM, que objetivou dentre outras finalidades maximizar a confiabilidade, foi realizada a eliminação sequencial de itens internamente inconsistentes. Este processo foi finalizado quando não se observou melhora no nível de consistência nos 16 itens remanescentes, cujo coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,83. A TRI propôs modificações nos itens de resposta pelas características das categorias nas Curvas de Resposta ao Item. A curva que avalia a relação entre a localização do conteúdo de traços latentes dos itens sugere que estes apresentam melhor desempenho para identificar níveis de estresse mais levados. O desempenho do conjunto final de itens foi correlacionado com variáveis clínicas relacionadas ao estresse emocional perioperatório como dor (r = 0,23, P < 0,01) e consumo de morfina (r = 0,17, P < 0,01). Um Comitê de experts em medicina perioperatória (N = 30) avaliou a clareza dos itens do B-MEPS usando uma escala análogo-visual de zero a 10. A média global do conjunto de itens foi 8.53 (1,54) e por sugestão deste Comitê o item 16 foi eliminado por falta de clareza. Dois itens do SRQ-20, que apresentavam possibilidade respostas dicotômicas, passaram a ter três possibilidades de respostas. Os escores da versão final preliminar do B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária, respondidas por pacientes candidatos à cirurgia eletiva, visando uma validação concorrente preliminar. CONCLUSÃO: Nosso estudo permitiu construir o B-MEPS, que é o resultado do refinamento do conjunto de itens selecionados a partir de instrumentos clássicos para avaliar a carga emocional negativa, a partir da TRI. O conjunto de itens remanescentes apresentou satisfatório nível de consistência interna e o seu escore está correlacionado ao nível de dor. A validação de face e uma pré-validação concorrente preliminar foram realizadas. Este estudo, portanto, concretiza a validação preliminar do B-MEPS como um instrumento útil para ser validado em futuro estudo prospectivo, com o intuito de avaliar a capacidade do B-MEPS predizer desfechos clínicos e orientar o planejamento de intervenções que possam para maximizar o cuidado perioperatório. Embora, este instrumento ainda possa sofrer pequenos ajustes ou adições de algum item após nova analise de TRI prevista após estudo prospectivo com grande numero de pacientes. / INTRODUCTION: Patients who are candidates for surgery often undergo stress, a condition that makes them susceptible to unfavorable outcomes, such as exacerbated pain, greater consumption of analgesic and anesthetics, longer stay in hospital, greater risk of postoperative infection and increased risk of chronification of postoperative pain. Although it is known that the amount of negative emotional stress increases perioperative morbidity and mortality, not many practical instruments have been developed to pick up the emotions connected to this context.. OBJECTIVES: To develop a brief instrument to measure preoperative emotional stress (B-MEPS), enabling the identification of more vulnerable patients and thus optimizing control measures. PATIENTS AND METHODS: In this cross-sectional study, 843 patients were included (643 women) scheduled for elective surgery, age between 18 and 60 years, classified according to the physical status of the American Society of Anesthesiology (ASA) in classes I-III. The following instruments were applied: the State and Trait Anxiety Inventory (STAI), the Montgomery-Asberg Depression Scale, the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20 and the Questionnaire on Expectations for the Future (FSPQ) Future self-perception questionnaire. In order to select the most discriminative items regarding stress, an exploratory analysis was performed using each of the instruments, The criteria used in the process of selecting the items, by means of discriminant analysis, are that they were candidates for surgery due to an oncological pathology, or that they had reported moderate to intense postoperative pain [score on the Analogue-Visual Scale AVS > 30 mm]. In this process 24 items were selected which were adjusted using the generalized partial credit model (GPCM), which is a model of the Theory of Response to Item (TRI). Sixteen items were selected based on the GPCM. The face validity was performed by a Committee of specialists in perioperative medicine. The B-MEPS scores were correlated with the level of pain reported in the AVS, mostly in the first 24 hours of the postoperative period, and with the consumption of morphine postoperatively, quantified as mg/day. This refined version of B-MEPS was applied to 40 ASA II-III patients (20 women) who were candidates for elective surgery. The B-MEPS scores were correlated with questions whose semantic valence present situations that express the interference of stress in everyday life. RESULTS: Initially, 24 items with different numbers of ordinal categories were selected based on the four instruments. In the GPCM process which, among other goals included maximizing reliability, the sequential elimination of internally inconsistent items was performed. This process was finalized, when no improvement was found in the level of consistency in the 16 remaining items, whose Cronbach’s Alpha coefficient was 0.83. The TRI proposed modifications in the response items due to the characteristics of the categories in the Curves of Response to the Item. The curve that evaluates the relationship between the location of the content of latent traits of the items suggests that these present a better performance to identify higher levels of stress. The performance of the final set of items was correlated with clinical variables related to perioperative emotional stress, such as pain (r = 0.23, P < 0.01) and consumption of morphine (r = 0.17, P < 0.01). A Committee of experts in perioperative medicine (N=30) evaluated the clarity of the items of B-MEPS using an analogue-visual scale from zero to 10.. The global mean of the set of items was 8.53 (1,54) and per suggestion of this Committee, item 16 was eliminated due to lack of clarity. Two items of the SRQ-20, which presented the possibility of dichotomous answers acquired three possible answers. The scores of the preliminary final version of B-MEPS were correlated with questions whose semantic valence presents situations that express the interference of stress in everyday life, answered by patients who were candidates to elective surgery, aiming at a preliminary concurrent validation. CONCLUSION: Our study allowed constructing B-MEPS, which is the result of the refinement of the set of items selected from classical instruments to evaluate the negative emotional load based on TRI. The set of remaining items presented a satisfactory level of internal consistency and its score is correlated with the level of pain. Face validation and a preliminary concurrent pre-validation were performed. This study, thus, materializes the preliminary validation of B-MEPS as a useful instrument to be validated in a future prospective study, aiming at evaluating the capacity of B-MEPS to predict clinical outcomes and guide the planning of interventions that can maximize perioperative care. However, this instrument may still undergo small adjustments or additions of some item after a new TRI analysis foreseen after a prospective study with a large number of patients.
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Qualidade de vida de adolescentes sobreviventes de câncer na infância e sua relação com ansiedade, depressão e estresse pós-traumático / Quality of life adolescents survivors of childhood cancer and its relation to anxiety, depression and posttraumatic stressPerina, Elisa Maria 17 August 2018 (has links)
Orientador: Sílvia Regina Brandalise / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T02:55:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Com o surgimento de novos recursos diagnósticos e terapêuticos, o tratamento das crianças e adolescentes com câncer resultou em significativo aumento da sobrevida. Os efeitos tardios relacionados a doença e ao tratamento causam impacto na saúde e na qualidade de vida dos jovens recuperados de câncer, abrindo a discussão dos limites da cura frente a toxicidade e qualidade. Com o objetivo de avaliar a qualidade de vida relacionada a saúde de adolescentes sobreviventes de câncer na infância e verificar sua relação com ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, realizou-se um estudo quantitativo transversal analítico com 208 adolescentes, entre 13 e 18 anos, que se encontravam ha mais de três anos fora de terapia, em seguimento multiprofissional no Ambulatório da Clinica Apos o Termino da Terapia do Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini, no período de marco de 2009 a abril de 2010. Utilizaram-se o Questionário Pediátrico de Qualidade de Vida PedsQL¿ - Relato do adolescente e Relato dos pais sobre o adolescente - 13 a 18 anos para a determinação do escore de qualidade de vida relacionada a saúde, a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão ("Hospitalar Anxiety and Depression Scale" - HAD) e a Versão Civil da Avaliação de Estresse pós-traumático ("Post- Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version). Constataram-se diferenças dos aspectos, atividade, sumários e escore total de qualidade de vida do PedsQL¿ entre os adolescentes segundo o gênero e o tipo de câncer. Houve correlação significativa e diferença entre a avaliação dos adolescentes e dos pais. Comprovou-se a relação inversa entre a qualidade de vida e a idade, a ansiedade, a depressão e o estresse pós-traumático. Apesar de apresentarem seqüelas físicas e comprometimento no aspecto funcional, a qualidade de vida dos adolescentes foi considerada satisfatória, baseado no escore total do PedsQLTM. A identificação precoce das necessidades dos sobreviventes, no programa de seguimento de sobreviventes de câncer na infância, e dos fatores de risco para o desencadeamento de efeitos tardios, somáticos ou psicossociais, permitira estruturar novas intervenções para a sua efetiva reabilitação. / Abstract: With the emergence of new diagnostic and therapeutic resources, the treatment of children and adolescents with câncer resulted in a significant increase in survival. Secondary effects of the disease impact the health and quality of life of young people recovered from câncer. Aiming to evaluate the quality of life related to adolescent health in childhood câncer survivors and to assess its relation to anxiety, depression and posttraumatic stress, we conduct an analytical cross-sectional quantitative study with 208 adolescents between 13 and 18 years, off therapy for more than three years in After Completion of Therapy Clinic of Children's Center of Hematologic Investigation Dr. Dominic A. Boldrini (Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini, Campinas, SP, Brazil), from March 2009 to April 2010. We used the Pediatric Quality of Life Inventory PedsQL¿ Generic Score Scale Adolescent ages 13-18 years - Self-report by adolescent and Report from parents of adolescents, the Hospital Anxiety and Depression Scale and the Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version. Differences were observed at aspects, activity, summaries, and total score of the PedsQL¿ among adolescents according to gender and type of câncer. There was significant correlation and difference between the assessment of adolescents and their parents. Proved the inverse relationship between quality of life and age, anxiety, depression and post-traumatic stress. Although they present no physical disability and impairment in the functional aspect, the quality of life for adolescents was considered satisfactory, based on PedsQL¿. Early identification of the needs of survivors in the after completion of therapy clinic follow, and risk factors for the onset of late effects, somatic or psychosocial interventions new structure will allow for their effective rehabilitation. / Doutorado / Saude da Criança e do Adolescente / Doutor em Saude da Criança e do Adolescente
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Traços de personalidade e resposta ao tratamento em pacientes com transtorno de estresse pós-traumático / Personality traits and response to treatment of patients with posttraumatic stress disorderPaula de Vitto Francez 21 September 2015 (has links)
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) tem um impacto negativo na vida de seus portadores. Conhecer os traços de personalidade mais preponderantes nas pessoas com TEPT pode auxiliar no sucesso do tratamento, tornando possível planejar intervenções mais adequadas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada um dos tratamentos mais eficazes para este transtorno; entretanto, nem todos aqueles que completam a terapia evoluem para uma melhora significativa. Uma das razões pode ser encontrada nas características individuais de personalidade de cada pessoa. Portanto, o presente estudo busca explorar a relação existente entre os domínios e traços de personalidade que estão associados à melhora do paciente que realizou a TCC. Método: 66 pacientes com diagnóstico de TEPT, segundo o DSM-IV-TR, com idade entre 18 e 60 anos participaram do estudo. Instrumentos: Para avaliar os traços de personalidade foi utilizado o instrumento NEO-PI-R. Para avaliar a gravidade e melhora da doença foi utilizada a escala de Impressão Clínica Global (CGI). Procedimento: Os pacientes passaram por avaliação psiquiátrica para assegurar o diagnóstico de TEPT. Após aceitarem participar do estudo, responderam ao NEO-PI-R e foram avaliados por médicos quanto a gravidade da doença, utilizando o CGI. Os participantes passaram por 13 sessões de TCC realizadas por profissionais devidamente treinados. Ao final, foram reavaliados para verificar se houve melhora após tratamento. Resultados: Quanto ao perfil de personalidade 71,2% apresentaram neuroticismo (N) alto, 75,8% relataram escore elevado em extroversão (E) e 45,5% eram baixos em conscienciosidade (C). Já os traços amabilidade (A) e abertura para experiência (O) apresentaram pontuações na média. As análises também demonstraram que os participantes que apresentavam o domínio de personalidade denominado consicienciosidade (C) foram associados ao resultado favorável do tratamento. Estima-se que a chance de melhora cresça 3,77 vezes se o paciente apresentar esse traço, quando comparado com os demais que não possuem essa característica. Duas facetas (assertividade e ações variadas) também foram correlacionadas com a melhora no tratamento. Conclusão: Embora a amostra do presente estudo seja limitada, os resultados apontam para a importância de se avaliar a personalidade do paciente. Acessar a personalidade é importante com a finalidade de tentar predizer qual o melhor tipo de tratamento terapêutico para cada um. As terapias breves (frequentemente administradas nos hospitais públicos) possuem um tempo limitado de tratamento, de modo que informações sobre as variáveis de personalidade podem ser particularmente muito útil / The Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD) has a negative impact on the patients lives. Get to know their personality traits can help on the treatment success, by making possible to plan most appropriate interventions. Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) is considered a first line treatment for PTSD. However, treatment response is not universal. One reason may be found in personality characteristics. The present study aims at investigating the association between personality dimensions and traits associated with improvement of patients who underwent CBT. Method - 66 PTSD patients diagnosed according to the DSM-IV-TR criteria were included in the study. The patients included were aged 18 to 60 years old. Instruments - We employed the NEO-PI-R instrument for the evaluation of personality dimensions and the Clinical Global Impressions Scale (CGI) for evaluation of clinical outcome. Procedure - Patients were assessed by Psychiatrists to ensure the diagnosis of PTSD. After accepting to participate of the study, they answered the NEO-PI-R Scale and were assessed by doctors to know the disease severity, using the CGI scale. Participants underwent 13 CBT sessions and were reassessed at the end of treatment. Results - The personality profile showed that 71.2% were high in neuroticism (N) and 75.8 reported low Extraversion. 45.5 were low in conscientiouness and the Agreableness (A) and openess (O) factors presented average scores. The analysis also showed that patients presenting the Conscientiousness (C) personality dimension showed a higher chance of improvement (OR=3.77). Two facets other dimensions (Assertiveness and Varied Actions) were also associated with better clinical outcome. Conclusion - determining predictors of outcome such as a patient\'s personality dimensions may point to the use of therapeutic treatment options with the higher odds of success, without too much therapeutic treatment experimentation. As therapies become briefer, information on personality variables may be particularly useful
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Aspectos fisiológicos e reprodutivos da exposição de vacas leiteiras ao estresse térmicoFerrazza, Rodrigo de Andrade. January 2016 (has links)
Orientador: João Carlos Pinheiro Ferreira / Coorientador: Elizabeth Moreira dos Santos Schmidt / Banca: Fabiana Ferreira de Souza / Banca: Gisele Zoccal Mingoti / Banca: Lindsay Unno Gimenes / Banca: Roberto Sartori Filho / Resumo: O estresse térmico reduz a eficiência reprodutiva em vacas leiteiras. O fluido folicular (FF) contém proteínas envolvidas na atividade e diferenciação celular do folículo e maturação oocitária. A caracterização das proteínas do FF pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos fisiológicos envolvidos na foliculogênese e comprometimento da função reprodutiva durante o estresse térmico. No primeiro experimento avaliou-se o perfil proteomico do FF de vacas em diferentes estágios do desenvolvimento folicular (pré-desvio, desvio, dominância e pré-ovulatório) e foi testada a associação das proteínas com as concentrações intrafoliculares de hormônios esteroides. Foram encontradas 22 proteínas diferentemente expressas (P < 0.05) entre as categorias foliculares, sendo o desvio um momento-chave na determinação da expressão das proteínas. Além disso, três proteínas foram correlacionadas (P < 0.05) com as concentrações intrafoliculares de estradiol, enquanto dezesseis foram correlacionadas (P < 0.05) com as concentrações locais de progesterona. A análise de vias canônicas identificou a ativação/inibição das vias associadas com a resposta de fase aguda, sistema de coagulação, sistema complemento, receptor X do fígado e retinóide e produção de óxido nítrico e espécies reativas de oxigênio. No segundo experimento, testou-se o efeito do estresse térmico sobre a expressão das proteínas do FF de vacas. Na validação do modelo experimental, foi observado que a exposição contínua ao estre... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Heat stress reduces the reproductive efficiency in dairy cows. Follicular fluid (FF) contains proteins involved in the follicle activity and cell differentiation and oocyte maturation. The characterization of the proteome of FF may contribute to a better understanding of the physiological mechanisms involved in folliculogenesis and impairment of reproductive function during heat stress. In the first experiment, the FF proteomic profile of cows at different stages of follicle development (predeviation, deviation, dominance and pre-ovulatory) was evaluated and the association of proteins with intrafollicular concentrations of steroid hormones was tested. Twenty-two differentially expressed proteins (P < 0.05) were found among the follicular categories, with deviation being a critical time-point in the determination of protein expression. In addition, three proteins were correlated (P < 0.05) with the intrafollicular concentrations of estradiol, while sixteen were correlated (P < 0.05) with the local concentrations of progesterone. The canonical pathway analysis identified the activation/inhibition of the pathways associated with acute phase response, coagulation system, complement system, liver X receptor and retinoid, and production of nitric oxide and reactive oxygen species. In the second experiment, the effect of heat stress on the expression of cow FF proteins was tested. In the experimental model validation, we observed that the continuous exposure to heat stress affected thermoregulatory mechanisms, 4 leading to a marked increase in respiratory rate, followed by an increase in rectal temperature. The influence of environmental variables from the previous day on physiological parameters and dry matter intake were more important than the immediate effect and ambient temperature represented the most determinant factor for heat exchange. Although prolonged exposures to heat stress... (Complete abstract electronic access below) / Doutor
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Resiliência a eventos traumáticos: conceito, operacionalização e estudo seccional / Resilience to traumatic events: concept, execution and cross-sectional studyVilete, Liliane Maria Pereira January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Introdução: A resiliência pode ser conceituada como um processo dinâmico que leva à adaptação positiva diante de uma adversidade e que envolve a interação entre processos sociais e intrapsíquicos de risco e de proteção. Metodologia: Tese composta por trêsartigos independentes, que apresentam a resiliência como aspecto comum. O primeiro deles apresenta uma revisão sistemática sobre a operacionalização do conceito de resiliência em estudos epidemiológicos sobre o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) seguido a eventos de violência urbana e/ou íntima. O segundo artigo traz uma revisão sistemática sobre as propriedades psicométricas da Escala de Resiliência e de suas diferentes versões. As bases de dados nas duas revisões foram: ISI; MEDLINE; PILOTS e LILACS. O terceiro artigo investigou os fatores associados à resiliência a eventos traumáticos a partir dos dados de um inquérito epidemiológico domiciliar conduzido com uma amostra representativa da população com 15 anos ou mais residente na cidade de São Paulo. A associação foi investigada através de modelos logísticos multivariados hierárquicos, tanto para traumas intensos quanto para aquelesleves/moderados. Resultados: Artigo 1) Estudos epidemiológicos sobre violência íntima e/ou urbana são relativamente recentes e muito heterogêneos no modo como operacionalizam o conceito de resiliência junto ao TEPT. Artigo 2) A literatura apresenta críticas sobre a capacidade de um instrumento único abranger a complexidade do fenômeno de resiliência. No entanto, a Escala de Resiliência vem sendo amplamente aplicada, apresentando boas propriedades psicométricas em suas diferentes versões, e sugerindo ser um instrumento útil para aferir alguns fatores individuais de resiliência. Artigo 3) O estudo seccional conduzido em São Paulo exemplificou a proposta de um método de análise que combina algumas formas de operacionalização da resiliência, demonstrando congruência dos achados (isto é, com maiores escores da Escala de Resiliência predizendo ausência de patologia após um evento traumático e com o grupo classificado como resiliente - através dessa operacionalização de adaptação positiva - apresentando os maiores escores de bem-estar). Conclusão: Apesar da complexidade do fenômeno de resiliência, a congruência dos achados aponta para a possibilidade de uma cada vez melhor apreensão do construto, favorecendo o entendimento sobre o que pode contribuir para a superação de eventos traumáticos pelos indivíduos a eles expostos. / Introduction: The resilience can be conceptualized as a dynamic process that leads to
positive adaptation in the face of adversity and involves the interaction between intrapsychic and social processes of risk and protection. Methods: Thesis of three independent articles, which have the resilience as common theme. The first one presents a systematic review on the operationalization of the resilience concept in
epidemiological studies on Postttraumatic Stress Disorder (PTSD) following events of urban and/or intimate violence. The second article provides a systematic review on the psychometric properties of the Resilience Scale, and their different versions. The databases in the two revisions were: ISI, MEDLINE, LILACS and PILOTS. The third
article investigates the factors associated with resilience to traumatic events from the data of a household survey conducted with a representative sample of the population aged 15 years or more living in the city of São Paulo. The association was investigated using hierarchical multivariate logistic models for both trauma intense as those for light / moderate. Results: Article 1) Epidemiological studies on PTSD followed intimate
and/or urban violence are relatively recent and very heterogeneous in how operationalize the resilience concept. 2) The literature presents criticism on the ability of a single instrument to cover the complexity of the resilience phenomenon. However, the Resilience Scale has been widely applied, showing good psychometric properties in different versions, and suggesting to be a useful tool to assess individual factors of resilience. 3) The cross-sectional study conducted in São Paulo illustrated the proposal
for a method of analysis that combines some forms of operationalization of resilience, demonstrating consistency of findings (with higher scores of the Resilience Scale predicting absence of disease after a traumatic event and the group classified as resilient - through the operationalization of "positive adjustment" - showing the higher scores of well-being). Conclusion: Despite the complexity of the phenomenon of resilience, the congruence of findings points to the possibility of an even better understanding of the construct, facilitating the comprehension of what can help to
overcome traumatic events on individuals exposed to them.
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Adaptação e validação de escalas de resiliência para o contexto cultural brasileiro: escala de resiliência disposicional e escala de Connor-Davidson / Cross-cultural adaptation and validation of resilience scales for Brazil: dispositional resilience scale and Connor-Davidson resilience scaleSolano, João Paulo Consentino 02 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a resiliência é um construto associado às características pessoais que permitem a um indivíduo adaptar-se e superar situações adversas. Uma pessoa mais resiliente é aquela com maiores habilidades de se adaptar sob estresse, a despeito da carga de dificuldades enfrentada e de um contexto desfavorável no entorno. A Dispositional Resilience Scale (DRS-15) e a Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) tentam aferir a resiliência individual e já tiveram suas propriedades testadas em vários países da América do Norte, África, Europa e Ásia. OBJETIVO: traduzir, realizar a adaptação para o contexto cultural brasileiro e verificar a confiabilidade e a validade das escalas DRS-15 e CD-RISC. MÉTODO: uma metodologia com as etapas seqüenciais de tradução/retro-tradução/adaptação cultural/estudo de confiabilidade/estudo de validade foi utilizada. A adaptação cultural foi executada por um grupo de especialistas em epidemiologia, linguística, psiquiatria e tratamento da dor. A compreensão das versões culturalmente adaptadas foi testada com 65 pacientes adultos do grupo de avaliação pré-anestésica e do ambulatório geral de ansiedade do Hospital das Clínicas da FMUSP. Retro-traduções das versões finais foram aprovadas pelos autores principais das escalas originais. O estudo de validade foi conduzido pela aplicação conjunta de ambas as versões brasileiras das escalas, do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), do Self-report questionnaire (SRQ), da escala de incapacitação de Sheehan (SDS) e da Escala Graduada de Dor Crônica (CPG-Br) a 575 pacientes e acompanhantes adultos da mesma população. A confiabilidade teste-reteste foi avaliada por uma segunda aplicação das escalas de resiliência a 123 participantes, entre 7 e 14 dias após a entrevista inicial. RESULTADOS: entre os participantes da fase de validação, a idade média foi de 44 anos (amplitude de 18-93), com predomínio de mulheres (74%), e média de dez anos de estudo. A maioria dos entrevistados (93%) pertencia aos estratos socioeconômicos B e C. Três fatores e quatro fatores foram identificados por análise fatorial exploratória para as versões da DRS-15 e CD-RISC, respectivamente. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71 para a DRS, e de 0,93 para a CD-RISC, indicando melhor consistência interna para a segunda. A confiabilidade teste-reteste retornou coeficientes de correlação intra-classe de 0,81 e 0,86 para a DRS e CD-RISC, respectivamente. A correlação entre as duas escalas foi de 0,52. Observaram-se correlações negativas significativas entre os escores das escalas de resiliência e os escores para cinco das seis dimensões do ISSL, assim como para com os escores do SRQ e SDS (p < 0,001). Não houve correlação entre as escalas de resiliência e a CPG-Br. A CD-RISC encontrou correlações mais fortes que a DRS para com as variáveis de comparação externa. As duas escalas discriminaram resiliência menor para os pacientes dos ambulatórios psiquiátricos, em comparação aos dos ambulatórios não-psiquiátricos. Entre os pacientes psiquiátricos, os escores de resiliência foram significativamente menores para os pacientes com transtorno Borderline de personalidade, em comparação aos pacientes com transtorno de estresse pós-traumático. CONCLUSÃO: propriedades de consistência interna, estabilidade temporal e validade foram satisfatoriamente demonstradas para as versões brasileiras da DRS e da CD-RISC em uma amostra de pacientes e acompanhantes adultos dos ambulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo / INTRODUCTION: Resilience is a construct related to the personal characteristics that allow an individual to adapt and overcome adversity. A more resilient person is the one that exhibits greater abilities to adapt under stress, despite the burden of difficulties and of an unfavorable context. The Dispositional Resilience Scale (DRS-15) and the Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC) are two scales to measure individual resilience, both of which have had psychometrics evaluated by researchers from the US, Africa, Europe and Asia. OBJECTIVE: To verify the reliability and validity of culturally adapted Brazilian Portuguese versions of the DRS-15 and CD-RISC. METHODS: The following stepwise methodology was used: translation / back translation / cultural adaptation / reliability study / validation study. Cultural adaptation was performed by an expert committee of epidemiologist, linguists, psychiatrist and pain specialists. Comprehension of the culturally adapted versions was tested through 65 interviews with adult patients from the pre-anesthetic consultation ambulatory and general ambulatory for anxiety disorders of Hospital das Clínicas of FMUSP. Back-translations of the culturally adapted versions were fully approved by the authors of the original scales. Validation studies were carried out by concurrent application of both the adapted versions of resilience scales, the Brazilian Stress Symptoms Inventory for Adults (ISSL), the Self-report Questionnaire (SRQ), the Sheehan Disability Scale (SDS) and the Chronic Pain Grade (CPG-Br) to 575 participants (outpatients and companions) from the same population. Test-retest reliability was studied by means of a second interview with 123 subjects, which took place between 7 and 14 days after the first one. RESULTS: Subjects of the validation phase were mostly women (74%), with an average of 44 years of age (18-93) and 10 years of formal schooling. There was a predominance of socioeconomic levels B or C (93%) on an A to E scale. Exploratory factor analyses resulted in a three-factor for the DRS and a four-factor solution for the CD-RISC. Alpha coefficients of 0.71 for the DRS and 0.93 for the CD-RISC indicated better internal consistency for the latter. Temporal stability was regarded as excellent, with intra-class correlation coefficients of 0.81 and 0.86 for the DRS and CD-RISC, respectively. Correlation coefficient between the two scales was 0.52. Significant negative correlations were observed between the scores of both resilience scales and five out of six dimensions of the ISSL, and so as between the resilience scales scores and those of the SRQ and SDS (p < 0.001). No correlation was observed between the resilience scales and the CPG-Br. The CD-RISC was more competent than DRS to depict such correlations. Both scales were able to discriminate differences in resilience scores of non-psychiatric and psychiatric patients, the latter presenting with lower scores. The group of borderline patients significantly presented with lower resilience scores in comparison with those of the post-traumatic stress disorder patients. CONCLUSION: Good reliability and validity were demonstrated with the Brazilian Portuguese versions of the DRS and CD-RISC as tested on a sample of adult ambulatory patients and their adult companions at Hospital das Clínicas, São Paulo
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Estimativa de prevalência de estresse emocional em uma amostra de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo / Estimation of the emotional stress prevalence in a sample of federal highway police officers of São Paulo StateOliveira, Léa Pintor de Arruda 07 June 2017 (has links)
No Brasil, o amplo escopo de responsabilidades e também a diversidade de situações que demandam ações da Polícia Rodoviária Federal contribuem para que agentes/eventos estressores façam parte da rotina diária de centenas de policiais. Contudo, ainda existem poucos estudos dedicados a identificar o estresse nesta população. Assim, o objetivo principal do presente estudo é identificar a prevalência do estresse neste grupo, além de identificar as prevalências de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), de estresse ocupacional e, finalmente, a prevalência dos sintomas de Síndrome de Burnout. Para tanto foi utilizado um desenho de estudo transversal com amostra probabilística (n = 202) de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo. Os instrumentos para obtenção dos dados da amostra foram: i) Questionário Geral (QG), para a caracterização da amostra e obtenção de dados sociodemográficos e profissionais; ii) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), para sintomas de estresse; iii) Escala de Impacto do Evento - Revisada (IES-R), para sintomas de TEPT; iv) Escala de Vulnerabilidade do Estresse no Trabalho (EVENT), para estresse ocupacional; v) Inventário de Burnout de Maslach, versão HSS (MBI-HSS), para identificação dos sintomas pertinentes à Síndrome de Burnout. Os dados foram armazenados em planilhas excel e analisados com a utilização dos softwares Stata 8.0 for Windows e R3.3.2. A medida de associação escolhida foi o Odds Ratio (OR) e o seu intervalo de confiança (IC). Para testar a significância estatística foram utilizados o teste de qui quadrado o teste Exato de Fisher, para as variáveis nominais e, o teste Mann-Whitney-Wilcoxon foi utilizado para as variáveis com distribuição não paramétrica: idade (faixa etária) e tempo de carreira. O nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência de sintomas de estresse na amostra representou 43,1% (IC95% = 36,2-50,0) com a seguinte distribuição por fase: 2,3% (IC95% = 0,2-8,0) em \"Alerta\"; 82,7% (IC95% = 73,2-90,0) em \"Resistência\"; 11,5% (IC95% = 5,7-20,1) em \"Quase Exaustão\"; e 3,5% (IC95% = 0,7-9,7) em \"Exaustão\". Ainda, 60,9% da amostra apresentaram sintomas psicológicos de estresse, 33,3% sintomas físicos e 5,8% ambos. A prevalência de TEPT ocorreu em 25,4% (IC95% = 19,3-31,4) da amostra, sem a predominância entre as subescalas. A prevalência de sintomas de estresse ocupacional afetou 35,2% (IC95% = 28,5-41,8) dos policiais participantes do presente estudo. Não houve registro na amostra referente à Síndrome de Burnout. As prevalências de estresse encontradas neste estudo apresentaram valores compatíveis com os valores de pesquisas semelhantes - elaboradas em outras categorias de policiais -, tanto no contexto nacional como no internacional. Há indícios que o tempo para práticas de lazer pode exercer influência como fator de proteção contra os sintomas de estresse; por outro lado, há indícios que processos penais e o longo tempo de carreira podem exercer influência como fatores de risco. Em última análise, a combinação dos resultados aqui apresentados sugerem indícios do adoecimento - em curso - desta população em função dos elevados índices de prevalência dos sintomas de estresse, sintomas de TEPT e estresse ocupacional / In Brazil, the wide scope of responsibilities and also the diversity of situations that demand actions from the Federal Highway Police sharply contribute to stressor agents/events make part of the daily routine of hundreds police officers. However, there are still few studies dedicated to identify the stress symptoms in this population. Thus, this study aims to identify the prevalence of stress in this group as well as to identify also the prevalences of post-traumatic stress disorder (PTSD), occupational stress, and finally the prevalence of Burnout Syndrome symptoms. On this way, a cross-sectional design study was applied with probabilistic sample of (n=202) Federal Highway Police Officers on State of São Paulo. The tools to pick up the sample data were: i) General Questionnaire, picking up the sample features and getting socio-demographic and professional data; ii) Adult Stress Symptom Inventory by Lipp (pt.: ISSL), for stress symptoms; iii) Scale of Reviewed Event Impact (pt.: IES-R), for PTSD symptoms; iv) Stress Vulnerability Scale at Work (pt.: EVENT), for occupational stress; v) Maslach Burnout Inventory, HSS version (MBI-HSS), identifying the Burnout Syndrome symptoms. The database were stored in the excel spreadsheets and they were analyzed through by Stata 8.0 for Windows and R3.3.2 software. The association measure was Odds Ratio (OR) and its confidence interval (CI). In order to test the statistical significance the chi-square test and the Fisher Exact test were applied to the nominal variables. The Mann-Whitney-Wilcoxon test was applied to the variables with non-parametric distribution: age (age group) and professional career time. The significance level defined was 5%. The prevalence of stress symptoms appeared to 43,1% (CI95% = 36,2-50,0) of the sample and they were split in each phase as follow: 2,3% (CI95% = 0,2-8,0) in \"Alert\"; 82,7% (CI95% = 73,2-90,0) in \"Resistance\"; 11,5% (CI95% = 5,7-20,1) in \"Close Exhaustion\"; and 3,5% (CI95% = 0,7-9,7) in \"Exhaustion\". In addition, 60,9% of the sample presented stress psychological symptoms, 33,3% stress physical symptoms and 5,8% both ones. The prevalence of PTSD occurred in 25,4% (CI95% = 19,3-31,4) of the sample and there was no predominance among the subscales. The prevalence of occupational stress symptoms affects 35,2% (CI95% = 28,5-41,8) of the police officers who made part of this study. There was no record in the sample regarding Burnout Syndrome. The prevalence of stress found out in this study had compatible values as the same values found out in other similar researches - issued with other police categories - on the national as well as international context. It seems that booking time for leisure practices might be related as a protection factor against stress symptoms. In other hand, it seems criminal procedures and a long professional career time might be related as a risk factor. At last, the set of presented results suggests sickness signs - ongoing - in this population due to the high prevalence rates of stress symptoms, PTSD symptoms and occupational stress
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