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Associação entre estado nutricional, níveis séricos de leptina e gravidade do uso de crack

Escobar, Mariana January 2017 (has links)
O Crack atua como um potente estimulante do sistema nervoso central, bloqueando a recaptação pré-sináptica de noradrenalina e dopamina, produzindo alto nível destes neurotransmissores nos receptores pós-sinápticos, ocasionando efeitos de prazer. O uso de drogas e a vulnerabilidade social podem resultar em desnutrição, causando danos à saúde. Além disso, peptídeos relacionados com o apetite podem estar regulando o uso de drogas. A leptina, um peptídeo produzido principalmente pelo tecido adiposo, informa ao cérebro a presença de energia, induzindo o bloqueio do neuropeptídio Y (NPY), diminuindo o apetite. Nossa hipótese é que a leptina possa estar regulando, além da ingestão de alimentos, o consumo de drogas. Não existem estudos na literatura sobre o estado nutricional de usuários de crack (com métodos bioquímicos e antropométricos), nem pesquisas que avaliam a relação da leptina com a gravidade do uso da droga. Assim, o objetivo desta tese foi avaliar o estado nutricional e os níveis séricos de leptina em usuários de crack e suas correlações com variáveis antropométricas, bioquímicas e gravidade de consumo da droga (crack). O artigo 1 da presente tese é uma análise transversal de 108 usuários, onde avaliamos o índice de massa corporal (IMC), composição corporal por bioimpedância (BIA), parâmetros bioquímicos e correlacionamos com a gravidade do uso da droga. O artigo 2 compreende uma análise dos níveis séricos de leptina, e suas correlações com IMC, BIA e gravidade do uso de crack em 40 indivíduos. Como principal achado do artigo 1, demonstramos que maioria dos indivíduos possui um IMC dentro da normalidade, no entanto, as análises bioquímicas indicaram alterações, mostrando que, embora os usuários de crack não possuam baixo peso, apresentam outras deficiências nutricionais específicas. No artigo 2, sugerimos que a leptina possa estar envolvida com a gravidade do uso de drogas, talvez em uma forma similar à modulação da ingestão de alimentos. / Crack is a potent central nervous system stimulant, inhibiting the presynaptic reuptake of noradrenaline and dopamine, producing high levels of these neurotransmitters at postsynaptic receptors, causing pleasure effects. Drug use and vulnerability can lead to malnutrition, causing a number of health consequences. In addition, appetite-related peptides may be regulating drug use. Leptin, a peptide produced primarily by adipose tissue, communicates the brain about energy reserves, inhibiting NPY and decreasing appetite. Our hypothesis is that leptin may be regulating, in addition to food intake, drug use. There are no studies that report crack users nutritional status (with biochemical and anthropometric methods), or about the relationship between leptin and the severity of drug use. Thus, the objective of this study was to evaluate the nutritional status and leptin serum levels, in crack users, and its correlations with anthropometric, biochemical and crack severity variables. The article 1 of the present study is a cross-sectional analysis, about nutritional status of 108 users. We evaluated BMI, body composition, biochemical parameters and correlated with the severity of drug use. Article 2 is a study about serum levels of leptin, and its correlations with BMI, BIA and severity of crack use in 40 individuals. As the main finding of article 1, we demonstrated that most individuals have a BMI within the normal range, however, biochemical analysis indicated below-expected parameters, showing that, Crack users are not underweight but have other specific nutritional deficiencies, which are also considered malnutrition. In paper 2, we suggest that leptin may be involved in the severity of drug use, perhaps in a similar way to food intake signaling.
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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crack

Sordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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A suspeita de uso de drogas influi na administração de analgésico opióide? / Does the suspicion of drugs use influence the administration of opioid analgesic?

Maria Clara Giorio Dutra Kreling 02 October 2012 (has links)
Introdução: A literatura sugere que o medo da dependência de opióides é uma barreira para o alívio da dor, especialmente quando há suspeita de uso desses fármacos. No entanto, essa hipótese carece de testes empíricos. Objetivos: Comparar a conduta de profissionais de enfermagem na administração de analgésicos opióides e não opióides, quando há ou não suspeita de que o paciente seja usuário de drogas; identificar a prevalência de pacientes com suspeita de uso de drogas e conhecer as características dos pacientes que os profissionais de enfermagem consideram como sugestivas de uso de drogas. Método Estudo transversal com pacientes e profissionais de enfermagem (auxiliares e técnicos). Foram incluídos 507 pacientes com trauma ortopédico e prescrição de analgésico opióide, internados em quatro hospitais de Londrina, Paraná, entre fevereiro de 2011 a março de 2012, e 199 profissionais responsáveis pela administração de medicamentos a esses pacientes. Cada paciente recebeu a avaliação de três profissionais e considerou-se paciente suspeito aquele indicado por pelo menos um profissional. O desfechos principais foram a 1) quantidade administrada de analgésicos opióides e não opióides prescritos em regime se necessário e em horário fixo nas últimas 24 horas; 2) prevalência de pacientes suspeitos de uso de drogas; 3) condutas dos profissionais frente à solicitação do opióide; 4) Características dos pacientes que os profissionais consideram sugestivas de uso de drogas. Nas análises utilizaram-se os testes de Qui quadrado, Fisher e Mann-Whitney, e nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de pacientes suspeitos foi de 6,86%, maior em homens (p<0.036) e jovens (p<0,001). Os pacientes suspeitos receberam mais opióides se necessário (p=0,037) e até 30% da dose máxima possível, contra até 20% para os não suspeitos. A administração entre suspeitos e não suspeitos não diferiu quanto aos opióides prescritos em horário fixo, no entanto, deixou-se de administrar 10% da dose para ambos os grupos. Entre os profissionais entrevistados, 75,6% relataram que mantêm a analgesia com opióide, mesmo quando há suspeita de o paciente ser usuário de droga, mas 28,9% deles disseram tentar reduzir a dose nesses casos. As características dos pacientes mais frequentemente consideradas pelos profissionais como sugestivas de uso de drogas pertenciam à categoria consequências emocionais/físicas/sociais e sinais de abstinência (70,6%) e insistência pelo opióide (55,9%), mais do que a aparência pessoal (0,0%). Conclusão: A prevalência de suspeitos foi semelhante a estudos realizados em departamentos de emergência, sugerindo que os auxiliares e técnicos de enfermagem foram cuidadosos na estimativa de suspeição. Os resultados obtidos contrariam a literatura, pois indicaram que os suspeitos de serem usuários de droga receberam mais analgésicos opióides. Assumindo-se a premissa de que os profissionais identificaram corretamente os usuários de drogas, pode-se explicar o maior recebimento de opióide pelos suspeitos, pelas características comportamentais e emocionais: maior inquietude, insistência verbal e talvez menor alívio da dor, pois usuários de droga podem desenvolver tolerância. A administração de analgésicos, especialmente em esquema se necessário, é uma decisão importante da enfermagem que pode contribuir para o alívio da dor, daí a importância de entender as motivações que influenciam os profissionais nessa decisão. / Introduction: The literature suggests that the fear of getting addicted to opiods can be a barrier to adequate pain relief, especially when there is a suspicious of drug use. However, this hypothesis needs to be tested empirically. Objectives: Compare the conduct of nursing professionals in administering analgesics when there is the suspicion that the patient is a drug user; identify the prevalence of patients with the suspicious of drugs use and knowing the characteristics of patients that nursing professionals consider as indicators of drug use. Method: Transversal study with patients and nursing professionals (aides and technicians). The study included 507 patients with orthopedics trauma to whom opiod analgesics were prescribed. They were admitted to four hospitals in Londrina, Paraná, Brazil, between February 2011 and 2012. Patients were seen by 199 professionals responsible for administering the medications. Each patient was evaluated by three professionals regarding drug use suspicion. The patient was classified as suspect when indicated by at least one of these professionals. The evaluation included 1) amount of opioid analgesics prescribed under the if necessary regime and at fixed times; 2) prevalence of patients being suspected of drug use and 3) professionals conduct when dealing with opioid prescriptions in the last 24 hours. The analysis used Chi Square, Fisher and Mann- Whitney tests at 5% of level of significance. Results: The prevalence of suspect patients was 6.86%, greater in men (p<0.036) and young people (p<0,001). When comparing the group of suspects with the group of non-suspects, the suspect patients received more opioids under the if needed regime (p=0.037) and up to 30% of the possible maximum dosage against 20% for the non suspects. There was no difference between suspects and non suspects regarding the administration of opioid analgesics prescribed as if necessary; however, 10% of the dosage was not administered to both groups. Among the interviewed nursing aides and technicians, 75,6% reported that they maintain analgesia with opioid even when there was a suspicion that the patient is a drug user; however, 28,9% said they tried to reduce the dosage in these cases. The patients characteristics most often considered by professionals as suggestive of drug use belonged to the emotional/physical/social consequences and withdrawal signs category (70,6%) and insistence by the opioid (55,9%), more than personal appearance (0,0%). Conclusion: The prevalence of suspects was similar to studies performed in emergency departments, suggesting that nursing aides and technicians were careful in estimating suspicion. The results contradict those mentioned in the literature, since they indicate that drug users suspects received more opioid analgesics. By accepting the assumption that nursing aides and technicians have identified illicit drug users correctly, the greater number of opioid administration by the suspects can be explained based on the behavioral and emotional characteristics of this group: greater restlessness, verbal insistence and perhaps less pain relief, since drug users may develop tolerance to certain drugs. Whether or not to administer analgesics, especially those with the if necessary regime, is an important decision for the nursing staff, since they can contribute to an adequate pain relief, thus the importance of understanding the motivations that lead professionals to take this decision.
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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crack

Sordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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Preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalar

Rosa, Ronaldo Lopes January 2015 (has links)
Introdução: A recaída no uso tem sido um dos maiores desafios para quem está envolvido no atendimento à população de usuários de drogas. Os usuários de crack tem maior propensão a tornarem-se severamente dependentes em virtude do uso mais frequente, em maiores quantidades e por mais longos períodos de tempo, tornando-se assim mais vulneráveis à recaída precoce. O início do uso durante a adolescência piora o prognóstico devido às altas taxas de impulsividade, busca de sensações e novidade, bem como outras características comportamentais verificadas nesta faixa etária. Estudos anteriores, tanto em adultos, quanto em adolescentes, identificaram preditores de recaída precoce como variáveis importantes a serem analisadas após a alta hospitalar, com o objetivo de evitar a reincidência no uso de drogas, incluindo o crack. Objetivos e hipóteses: Analisar preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalar: levantamos a hipótese que a severidade do uso de crack, o perfil de consumo de crack e a presença de comorbidades psiquiátricas poderiam estar associados a esse desfecho. Método: O desenho do estudo foi composto por uma coorte prospectiva, com amostra de 89 adolescentes de ambos os sexos, idade entre 12 e 17 anos, uso recente de crack e que estavam internados em unidade de adolescentes de duas instituições psiquiátricas de Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Foram coletadas amostras de urina no primeiro dia de internação para garantir uso recente de cocaína (crack). Posteriormente, foram coletados dados demográficos e preenchidos questionários pelos adolescentes e seus pais ou cuidadores com informações para obtenção de diagnósticos psiquiátricos, severidade da dependência e perfil de consumo de crack. Um e três meses após a alta hospitalar, novas informações foram obtidas através de amostras de urina e relatos dos próprios pacientes e/ou seus pais ou cuidadores, de forma presencial ou telefônica, com o objetivo de verificar se haviam recaído ou não no uso de crack durante os períodos citados. Resultados: Dos 89 pacientes incluídos na amostra, 85,4% era do sexo masculino, 51,7% era caucasiano e 84,3% estava fora da escola. Apenas um caso foi perdido no seguimento. Até o final do primeiro mês, 58 (65,9%) adolescentes haviam recaído. Até o final do terceiro mês, o resultado foi de 76 adolescentes (86,4%). Em virtude da grande taxa de recaída ao final do terceiro mês, não foi possível analisar os preditores para esse período A análise dos dados sobre comorbidades psiquiátricas não mostrou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos. Em relação às variáveis que mostraram associação significativa com recaída precoce (primeiro mês) na análise univariada, ou seja, idade, duração do uso de crack e uso compulsivo (binge) de crack, apenas os dois últimos permaneceram significativos regressão logística multivariada. Conclusões: Este estudo mostra altas taxas de recaída 30 e 90 dias após a alta hospitalar entre os adolescentes usuários de crack tratados em regime de internação em duas instituições especializadas. Os preditores de recaída precoce encontrados foram associados ao padrão de consumo de crack, diferente do que normalmente se encontra em adultos. Nossos resultados sugerem que apenas o tratamento hospitalar não é suficiente e que estratégias ambulatoriais mais intensivas para a população em estudo deveriam ser concebidas e implementadas, concentrando-se especialmente sobre a prevenção de recaída precoce após a desintoxicação. / Introduction: The relapse into drug use has been one of the biggest challenges for those who are involved in taking care of the user population. Crack users are more prone to become severely dependent on the drug due to more frequent use of it, at larger amounts, and for longer periods of time, thus becoming more vulnerable to relapse. The beginning of use during adolescence worsens the prognosis as a result of high rates of impulsiveness, sensation and novelty seeking, risk taking, as well as other behavioral characteristics observed in this age group. Previous studies in both adults and teenagers identified predictors of early relapse as important variables to be analyzed after hospital discharge, with the aim of avoiding recidivism in drug use, including crack cocaine. Objectives: To examine predictors of early relapse in adolescent crack users after discharge from hospital treatment. We have hypothesized that severity of crack cocaine use, crack consumption profile, and presence of psychiatric comorbidities would be associated with this outcome. Method: The study design consisted of a prospective cohort, with convenience sample of 89 adolescents of both genders, age between 12 and 17 years old, recent use of crack, and admitted to adolescent wards of two psychiatric institutions of Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Urine samples were collected in the first day of hospitalization to ensure recent use of cocaine (crack). Subsequently, we collected demographic data and questionnaires were completed by teenagers and their parents or caregivers with information for obtaining psychiatric diagnoses, severity of dependence and crack consumption profile (K-SADS-PL, T-ASI and Crack Consumption Profile). One and three months after discharge, new information was obtained through urine samples and reports from patients and/or their parents or caregivers, face-to-face or telephone form, in order to verify whether they had relapsed or not in crack use during those periods. Results: From the 89 patients included in the sample, 85.4% were male, 51.7% were Caucasian and 84.3% were outside of school. Only one case was lost in the follow-up. By the end of the first month, 58 (65.9%) teenagers had relapsed. By the end of the third month, the result was 76 (86.4%). Due to the large relapse rate, the third month data were not analyzed. The analysis of data about psychiatric comorbidities showed no significant difference between the two groups. In relation to variables that showed significant association with early relapse (first month) in univariate analysis, namely age, length of crack use and binge use of crack, only the last two have remained significant in the logistic regression. Conclusions: This study shows high rates of relapse in the first month after hospital discharge among adolescent crack users treated in inpatient regime in two specialized institutions. The predictors of early relapse that we found were associated with crack consumption profile, different from those we use to find in adults. Our results suggest that only inpatient treatment is not enough, and that more intensive outpatient strategies for the population under study should be designed and implemented, focusing especially on prevention of early relapse after detoxification.
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As Práticas de Saúde das Equipes dos Consultórios de Rua

Silva, Felicialle Pereira da 31 January 2013 (has links)
Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-05T17:54:16Z No. of bitstreams: 2 dissertacao_felicialle.pdf: 1551125 bytes, checksum: f645d01174f569e3a99717a31d2be538 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T17:54:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 dissertacao_felicialle.pdf: 1551125 bytes, checksum: f645d01174f569e3a99717a31d2be538 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013 / A demanda expressiva do consumo de drogas e os consequentes danos à saúde é um dos fatores que leva o indivíduo à exclusão social e à perda dos direitos sociais e de cidadania, muitas vezes conduzindo o indivíduo ao espaço das ruas. Devido a essa problemática, os Consultórios de Rua (CR) foram criados para atender aos usuários de drogas em situação de rua em seus próprios contextos de vida, promovendo acessibilidade aos serviços de saúde. Assim, o eixo norteador da presente dissertação constituiu conhecer as práticas de saúde das equipes dos CR. Os objetivos específicos descrevem as estratégias de atuação das equipes e entendimento destas sobre educação em saúde, bem como desvelar as percepções sobre o processo de trabalho aos usuários em situação de rua. O artigo de revisão objetivou conhecer o contexto cultural que permeia a vida nas ruas. As bases de dados utilizadas foram: MEDLINE, LILACS, PUBMED e Periódicos CAPES, resultando em 07 artigos, publicados no Brasil e em outros países, em português, inglês e espanhol, entre 2000 a 2010. Identificou-se que a população de rua se constitui de grupos heterogêneos com destaque importante na violência como cultura de rua. O número de publicações com essa temática é reduzido. No artigo original os objetivos correspondem aos mesmos da dissertação. O estudo foi descritivo, exploratório, qualitativo, realizados em dois municípios de Pernambuco. Participaram 15 profissionais de saúde das equipes que responderam entrevistas semiestruturadas, conduzidas pelas seguintes questões: Como são as atividades que você desenvolve em sua prática nos CR? ; O que você entende por educação em saúde? ; Como você se sente realizando esse trabalho? Foi utilizada também a técnica da observação participante, com registros em diário de campo. As informações colhidas foram submetidas à análise de conteúdo na modalidade temática e interpretadas à luz de dois dos constructos freireanos: autonomia e conscientização. Dessa análise, emergiram 5 categorias temáticas: atividades em equipe nos CR; valorização da construção do vínculo; educação em saúde como estratégia na redução de danos; satisfação com a proposta de cuidado do CR; desafio proposto na atuação do CR. Nas falas os entrevistados revelaram a necessidade em compreender a dinâmica do contexto de vida do usuário, realizando a educação em saúde como metodologia de trabalho da equipe. Reconhecem o diálogo como abordagem essencial para construção do vínculo e de uma relação de respeito mútuo. A redução de danos aparece como uma estratégia que permite o acolhimento e a construção de uma proposta terapêutica, respeitando as possibilidades do usuário de drogas. Logo, frente a um trabalho inovador, existe uma mistura entre a satisfação e o desafio, mediados pelo compromisso efetivo da conscientização no desenvolvimento de uma práxis que respeita o outro como ser pensante e que precisa ser ouvido para que possa conhecer novas possibilidades de escolha para sua vida. O CR é uma importante estratégia que ainda necessita ser aprimorada, considerando os determinantes sociais e os efeitos nocivos das drogas para saúde física e mental dos usuários.
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O cuidado de si na redução de danos : uma análise histórica, política e ética, a partir de Michel Foucault

Gomes, Marcel Maia de Oliveira 23 August 2013 (has links)
This study discusses self-care enunciated in harm reduction strategies targeted at drug users. Such strategies call themselves potentiating an ethical stance, as it allows these drug users become then the protagonists of their own actions, and gain freedom in their choices in their life decisions. From this statement, and in the face at Michel Foucault s thought, the survey asks whether the self-care of harm reduction would be related to an ethical dimension liberating, or a moral imperative of care in the field of health practices. Analyzes run through a path that include the articulation of three research plans: a history, a politician and ethical, built at the same time that cross. The onslaught historical presents the first formulation of a notion of social medicine in Germany, France, England and Brazil, as well as their relationships with the notion of medical police, practices militarization and biopolitics. On the political dilemmas are analyzed instances drawn between legal and health to address the issue of drugs. Amid the political and historical discussions, research hypothesizes that practices harm reduction meets an update of social medicine. The plan calls into question the ethical statements of self-care strategies present in harm reduction, opposed to the joint ethics and politics in Foucault s thought in its historical research of antiquity / A presente pesquisa discute o cuidado de si enunciado nas estratégias de redução de danos direcionadas aos usuários de drogas. Tais estratégias intitulam-se potencializadoras de uma postura ética, pois possibilita a esses usuários de drogas tornarem-se, então, protagonistas de suas próprias ações, e adquirir liberdade em suas escolhas, em suas decisões de vida. A partir dessa afirmação, e em face ao pensamento de Michel Foucault, a pesquisa questiona se o cuidado de si da redução de danos seria condizente a uma dimensão ético-libertadora, ou a um imperativo moral do cuide-se no campo das práticas de saúde. As análises percorrem um caminho que compreende a articulação de três planos de investigação: um histórico, um político e um ético, construídos ao mesmo tempo em que se atravessam. A investida histórica apresenta as primeiras formulações de uma noção de medicina social na Alemanha, na França, na Inglaterra e no Brasil, bem como suas relações com a noção de polícia médica, práticas de militarização e biopolítica. No plano político são analisados dilemas traçados entre as instâncias jurídicas e da saúde ao tratar da questão das drogas. Em meio às discussões históricas e políticas, a pesquisa levanta a hipótese de que as práticas de redução de danos condizem a uma atualização da medicina social. O plano ético põe em questão os enunciados do cuidado de si presentes nas estratégias de redução de danos, contrapostas à articulação ética e política no pensamento de Foucault em sua pesquisa histórica da Antiguidade.
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Jovens de Santo André, SP, Brasil: Um estudo sobre valores em diferentes grupos sociais / Young of Santo André, SP, Brazil: a study of values in different social groups

Lachtim, Sheila Aparecida Ferreira 26 May 2010 (has links)
Esta dissertação se propõe a: apreender valores sociais contemporâneos, notadamente aqueles referidos ao consumo de drogas, discutir diferenças entre esses valores nos diferentes grupos sociais; e analisar possíveis relações entre esses valores. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter exploratório, descritivo e analítico que utilizou um roteiro de entrevista semi-estruturada para apreensão do objeto. Um total de 86 jovens participou, de diferentes regiões do município de Santo André, SP, Brasil - central, quase-central, quase-periférica e periférica. Os dados foram gravados, transcritos e analisados seguindo orientações da análise de conteúdo temática. A partir da categoria valores sociais, a análise captou o significado dos seguintes temas: juventude como provisoriedade, família como lócus de confiança, escola como degrau para o trabalho, trabalho como encaixe na formação social, realização como sucesso, futuro como acúmulo de capital, e consumo de drogas como um mal. Pode-se concluir que, especialmente nos grupos sociais moradores das regiões centrais, prevalecem: o elogio a valores provisórios de vivência juvenil - que prepara para o responsável mundo adulto, mais definitivo; valores de confiança na família que permite esse preparo pelo investimento na educação como dispositivo instrumental para apoiar a colocação compreendida como segura no mercado de trabalho - o que, por sua vez, permite realização através do sucesso de acúmulo de capital, sendo fácil invocar exemplos familiares de sucesso. Assim, é possível alimentar valores de livre-arbítrio quanto ao consumo de drogas, estando principalmente as drogas lícitas e entre as ilícitas, a maconha -, relacionadas a prazer e à socialização entre amigos. Isto posto, pode-se invocar a discussão social sobre o problema, sobre a liberalização de drogas ilícitas e sobre a complexidade do controle. Na outra ponta, nos grupos periféricos, pode-se verificar: a presença de valores sobre juventude que não são vivenciados concretamente pelos jovens moradores dessas regiões e que, portanto, estão carregados da ideologia dos grupos sociais moradores das regiões mais centrais; a família é valorizada como o lócus da sobrevivência, sendo a mãe a escolhida para depositar confiança, em função de sua presença constante; a escola pública é desvalorizada porque se encontra em péssimas condições, mas é obrigatória porque fornece o diploma de ensino médio, requisito para ingresso no mercado de trabalho, sendo que a faculdade é também vislumbrada apenas ideologicamente já que concretamente não é possível freqüentá-la; realização encontra-se associada a sucesso, especialmente daqueles que estão no glamour da mídia, sendo difícil invocar alguém da família para ocupar esse lugar. Nesse contexto, a droga mais maléfica é a ilícita, ela é vista como um mal, um caminho sem volta, os jovens devem evitá-la e a sociedade deve repressivamente controlar o consumo e oferecer tratamento aos dependentes. / The present research aims to: understand contemporary social values, notably those referring to drug use; discuss differences between these values in different social groups, and examine possible relationships between these values. This is a qualitative descriptive and analytic study which used a semi-structured interview guide for the object apprehension. A total of 86 youngsters participated, from 4 different regions of the city of Santo André, SP, Brazil - central, almost central, almost peripheral, and peripheral. Data were tape recorded, transcribed and analyzed following guidelines of the thematic content analysis. From the perspective of social values, the analysis captured the meaning of the following topics: youth as temporariness; family as a confidence locus; school as a step towards work; work as a fitting tool in social formation; realization as success; future as the accumulation of capital and drugs consumption as an evil. Specifically regarding social groups living in the central regions, the study can conclude that the following values prevail: praise the provisional values of youthful experience which prepares youth for a more permanent and responsible adult world; confidence in the family that allows the preparation by investment in education as instrumental device to support placement in the work market, taken as certain; this realization is enabled through successful capital accumulation, being usually easy to name examples of success in the family. So it is possible to input values of free-will as to drug consumption, being especially licit drugs, and from the illicit, marijuana, related with pleasure and socializing with friends. Considering that, the social discussion about the problem can be raised, including the liberalization of illicit drugs and the complexity of control. At the other end, in the peripheral groups, it can be verified: the presence of values of youth which are not experienced by young residents of these areas, and therefore are filled with the ideology of residents of more centralized regions; their families are valued as the locus of survival, the mother being the one to trust, because of her constant presence; the public school is devalued because it is currently in terrible conditions but is mandatory since it provides high school certificate, a requirement for entry into the labor market. College is also envisioned only ideologically since you cannot actually attend it; we will find its realization is associated with success, especially those at the glamour of the media, being difficult to invoke one in the family to occupy this place. In this context, the illicit drug is most harmful; it is an evil, a one-way street; young people should avoid it and society must manage repressively consumption as well as offer treatment to addicts.
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Indicadores psicossociais associados ao consumo de álcool e outras drogas por adolescentes

Cavalheiro, Herondina de Freitas January 2017 (has links)
O uso abusivo de álcool e drogas na adolescência acarreta graves consequências no desenvolvimento físico, psicológico e social. Os profissionais de saúde necessitam informações que possam ser úteis na elaboração de estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes. O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil dos adolescentes em tratamento no CAPS AD do município de Bagé/RS, a partir de indicadores psicossociais que podem estar associados ao consumo de álcool e outras drogas. Os participantes foram os adolescentes com idades de 12 a 17, que frequentam o referido CAPS AD. Foram utilizados uma ficha sociodemográfica e os testes DUSI (Drug Use Screening Inventory) e IHSA (Inventário de Habilidades Sociais). As análises estatísticas descritivas e inferenciais foram feitas por meio do SPSS (versão 21). Dentre os principais resultados, destaca-se que os adolescentes atendidos no Ambulatório são, em sua maioria do sexo masculino; tem em média 15 anos e meio; na sua maioria moram com o pai e/ou mãe; apresentam diversos fatores de risco na família; são estudantes com defasagem escolar; tem amigos e apresentam um bom repertório de habilidades sociais; fazem uso elevado de tabaco e tem como droga preferida a maconha. / Drugs and alcohol abuse in adolescence leads to serious consequences in physical, psychological and social development. Healthcare professionals need information which might be useful in preparing more effective therapeutic and preventive strategies. This study aims to describe the profile of teenagers under treatment at CAPS AD in the city of Bagé, RS, based on psychosocial indicators which might be associated to alcohol and drugs consumption. The subjects in this study were 12 - to 17 -year old teenagers who attend the aforesaid CAPS AD. In order to do so, a socio-demographic record as well as DUSI (Drug Use Screening Inventory) and IHSA (Social Skills Inventory) were used. The descriptive and inferential statistics analyses were carried out through SPSS (version 21). Among the main results, the study showed that most teenagers attended to at the medical clinic are male; around 15 years of age; mosly live with the father and/or mother; show several risk factors in the family; lag behind at school; have friends and have a good repertory of social skills; are heavy smokers and their preferred drug is marijuana.
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Narrativas do desassossego : do re-en-colhimento às práticas de acolhimento aos usuários de drogas na rede de atenção psicossocial de Porto Alegre/RS

Romanini, Moises January 2016 (has links)
Nesta tese partimos da caracterização do que denominamos processos de re-en-colhimento das pessoas que fazem uso de drogas e das implicações dos diferentes discursos públicos sobre esses sujeitos. Pensamos que há um en-colhimento do sujeito [que justifica seu recolhimento], definido única e exclusivamente em função da droga que usa ou da relação que estabeleceu com aquela substância. O problema, ora definido como social, de saúde, recai no indivíduo. Percebemos nos estudos realizados sobre Representações Sociais e Drogas, que o uso/usuário de drogas é atravessado por uma forte representação social: o individualismo. Ou seja, tanto no crime quanto na doença, é o indivíduo que deve ser responsabilizado por seus atos. Em contraposição a esse contexto, o acolhimento é preconizado como uma diretriz ética, política e estética. Com a Teoria das Representações Sociais (TRS), arriscamos, ao mesmo tempo, analisar a constituição de uma rede de significados sobre acolhimento e drogas e como uma “rede” de ferramentas conceituais pode contribuir nessa reflexão. Essa pesquisa teve como objetivo geral analisar como os encontros entre os saberes dos profissionais de saúde e de pessoas que usam drogas produzem, sustentam e/ou transformam as práticas de acolhimento em diferentes pontos da Rede de Atenção Psicossocial. Inserida no espectro das pesquisas participativas, adotamos como estratégias metodológicas a observação participante em três contextos da RAPS da cidade de Porto Alegre/RS (Área Técnica de Saúde Mental, CAPS AD e Consultório na Rua), diário de campo, entrevistas narrativas (com usuários e profissionais) e grupos de discussão com os profissionais. Durante a construção da tese, foram registradas 298 horas de observação, 34 entrevistas e 3 grupos de discussão. A partir da elaboração dos resultados, estruturamos a tese em três partes: a primeira de cunho teórico-metodológico, a segunda, na qual apresentamos as trajetórias coletivas das equipes acompanhadas, e a terceira, na qual refletimos sobre o conceito polifásico de acolhimento, propondo a noção de “condição de acolhimento”, bem como fazemos um retorno à Teoria das Representações Sociais, problematizando alguns elementos conceituais tendo como base as discussões contemporâneas sobre o conceito de sujeito e subjetivação e a proposta de tensionar a teoria a partir da ferramenta da análise de implicação, do “estranhamento do familiar”, da revisão do conceito de alteridade e do papel dos afetos na (des)construção das representações. / In this thesis we start off with the description of what we call re-em-bracement (re-en-colhimento) of people who were drug users and the implications of the different public speeches about these people. We think there is a un-bracement of the subject [justifying their in-taking], defined only and exclusively in regard of the drug of use or of the relation he/she established with the substance. The health problem, here defined as social, goes back to the individual. We perceived in the studies about Social Representation and Drugs, the use/r is shown as a strong social representation: individually. That is, as in crime as in illness, it is the individual who needs to take responsibility for his actions. In contrast to this context, embracement is prescribed as an ethical, political, and esthetical guideline. With the theory of Social Representation (TSR), we risked analyzing the constitution of a network of meanings about embracement and drugs and how a network of conceptual tools can contribute for this reflection. This research had as a general goal to analyze how the encounter between the knowledge of the health professionals and that of the people who use drugs produce, sustain and/or transform the embracement practices at different points of the psychosocial care network. Inserted in the spectrum of participative research, we adopted as methodological strategies participant observation in three contexts of the psychosocial network of the city of Porto Alegre/RS (Technical area of mental health, CAPS AD and Clinic in the Street), field journal, and narrative interviews (with users and professionals), as well as group discussions with the professionals. During the making of the thesis, 298 hours of observation were registered, 34 interviews, and 3 group discussions. From the elaboration of the results, we structured the thesis in three parts: the first being theoretical-methodological based, the second, where we present the collective pathways of the teams being observed, and the third one, where we discussed about the multiphase concept of embracement, proposing the notion of “condition for embracement”, as well as we return to the Theory of Social Representation, problematizing some conceptual elements having the contemporary discussions about concept of subject and subjectivities as a basis and the proposal to mold the theory from the analysis of implication tool, from the “family feud”, from the review of the concepts of alterity and of the role of affections in the (de)construction of the representations.

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