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A epopéia dos titãs do pampa : historiografia e narrativa épica na História da grande revolução, de Alfredo Varella

Silva, Jaisson Oliveira da January 2010 (has links)
Este trabalho analisa a História da Grande Revolução (1933), do historiador Alfredo Varella (1864-1943). A obra é uma das mais copiosas a respeito da guerra civil farroupilha e traz em sua escrita comparações explícitas com o épos clássico das poesias homéricas e modulações típicas do padrão de epopéia. A despeito da enfática opção do autor pelos preceitos de uma história científica, Varella narrou a Revolução Farroupilha como a “Guerra da Nova Troya”, numa história que almejava ser científica ao mesmo tempo em que ostentava cores épicas. O trabalho procura explorar essa aparentemente contraditória relação, debatendo, para isso, teorias da historiografia, apreciações sobre o gênero épico e algumas reflexões do âmbito da filosofia hermenêutica. / This study analyses the História da Grande Revolução (1933), written by Alfredo Varella (1864- 1943). The work is one of the most copious about the “farroupilha” civil war and brings in his writing explicit comparisons with the classic épos of the Homeric poems and modulations typical of the epic pattern. Despite the emphatic author's choice by the precepts of scientific history, Varella narrated the “Revolução Farroupilha” as the “New War of Troy”, in a history that longed to be scientific while sported epic colors. The work explores this seemingly contradictory relationship, arguing for this, theories of historiography, assessments of the epic genre and some reflections from the scope of philosophical hermeneutics.
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El sexto sol de Malinalli

Aguiar, Janaína de Azevedo Baladão de January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a analisar a representação histórica e literária de Malintzin, levando em consideração que o estudo dessa personagem nos leva não apenas a uma cultura mestiça, ao complexo de inferioridade e ao “malinchismo” que está associado a seu nome, como propõe Octavio Paz (1950), entre outros estudiosos, mas também a uma nova reconstrução literária, na qual a narrativa oferece um campo mais amplo de indagações. Nesse sentido, Laura Esquivel (2006) promove uma ruptura com a imagem de uma Malintzin traidora e lança questionamentos sobre o que pensou e sentiu Malintzin no momento da Conquista. Somados à narrativa, o desenhista Jordi Castells (2006) criou 89 códices para o romance de Esquivel (2006), que representam um registro da cultura, preservam a memória, contam a história da grande cidade Tenochtitlan, do Imperador Moctezuma, do deus serpente-ave Quetzalcoatl, do massacre de Cholula, das divindades, das cerimônias e rituais de nascimento e morte. Esses manuscritos pictográficos, sobretudo, mostram um retrato de uma Malintzin que é “senhora da palavra”, do discurso e de seu tempo, já que é ela quem desenha e escreve ficcionalmente sua própria trajetória. O estudo “O sexto sol de Malinalli”, nesse sentido, propõe-se a analisar a complexidade da personagem Malinalli, em Malinche, de Laura Esquivel (2006), partindo das seguintes questões: é ainda válido pensar em Malintzin como um símbolo de traição à pátria; e, considerando essa premissa, como o romance de Esquivel (2006) colabora para uma reconceptualização ao propiciar a problematização dos acontecimentos e personagens históricos da Conquista da América. Vale aclarar que, além da narrativa de Esquivel (2006), também compõe o corpus ficcional deste trabalho o romance histórico Jicoténcal (1826), atribuído a Félix Varela, um dos primeiros registros ficcionais depreciativo da imagem de Malintzin que apresenta como mote a afirmação da nação mexicana. Um problema que se formula tem por base a imagem de Malintzin registrada pelos cronistas, soldados e informantes de Sahagún sobre o período da Conquista, além da publicação de Jicoténcal mais de trezentos anos da Conquista e poucos anos depois da Independência mexicana, um período conflitante de formação da nação e de construção histórica da cultura e identidade nacional. Esse processo se consolida historicamente depois da Revolução mexicana em 1910, colocando em evidência o mestiço, os “heróis” e os “vilões” nacionais. Malintzin, dentro desse contexto, não apenas é uma representação conveniente de traição à pátria, como também assume uma imagem hispanista de mãe santificada. Quando se pensa na abordagem temática de Esquivel (2006), uma hipótese possível é de que a autora se filia a uma significativa onda de mudanças que surge depois da segunda metade do século XX, especialmente nos anos 70, a partir dos estudos de gênero e de publicações especializadas de autoras como Sandra Messinger Cypess (1991) e Margo Glantz (2001), entre outras investigadoras, com o propósito geral de desmistificar essa imagem de traidora. Além dessa base teórica, para esta tese, tem-se como ponto de apoio e referência o romance histórico, definido a partir da concepção de Seymour Menton (1993) e das considerações de Osvaldo Estrada (2009) sobre Malinche, de Esquivel (2006). Em relação aos estudos mais recentes sobre o México e a Conquista, acrescentam-se ainda autores como Tzvetan Todorov (1982), Stephen Greenblatt (1991), Serge Gruzinski (1996, 2003, 2004, 2007), Roger Bartra (1986, 2001), Miguel León-Portilla (1959, 1961, 2001, 2008), Miguel Ángel Menéndez (1964), Cristina González Hernández (2002), Ricardo Herren (1991, 1992), Juan Miralles (2004), entre outros proeminentes estudiosos. / Este trabajo se propone analizar la representación histórica y literaria de Malintzin teniendo en cuenta que el estudio sobre dicho personaje nos lleva, no solo al complejo de inferioridad y al malinchismo que se asocia a su nombre, como lo plantea Octavio Paz (1950), entre otros estudiosos, sino también a una nueva reconstrucción literaria a partir de la narrativa, que ofrece un campo más amplio de indagaciones. En ese sentido, Laura Esquivel (2006) promueve una ruptura con respecto a la imagen de una Malintzin traidora y lanza cuestionamientos sobre qué habría pensado y sentido Malintzin en el momento de la Conquista. Sumados al relato, se encuentran 89 códices de autoría del dibujante Jordi Castells (2006), que representan un registro de la cultura, preservan la memoria, cuentan la historia de la gran ciudad Tenochtitlan, del huey tlatoani Moctezuma, del dios serpiente-ave Quetzalcoatl, de la masacre de Cholula, de las deidades, de las ceremonias y rituales de nacimiento y muerte. Esos manuscritos pictográficos muestran sobre todo el retrato de una Malintzin que es «dueña de la palabra», del discurso y de su tiempo, ya que, en la ficción, es ella misma quien dibuja y escribe su propia trayectoria. El estudio «El sexto sol de Malinalli», en un sentido general, se propone examinar la complejidad del personaje Malinalli, en Malinche, de Laura Esquivel (2006), partiendo de las siguientes interrogantes: ¿es válido aún pensar en Malintzin como un símbolo de traición a la patria?; y, en ese sentido, ¿cómo la literatura colabora para un nuevo abordaje conceptual al propiciar la problematización de los hechos y personajes históricos de la Conquista de América? Vale mencionar que, además del relato de Esquivel (2006), también compone el corpus ficcional de este trabajo la novela histórica Jicoténcal (1826), que se atribuye a Félix Varela, uno de los primeros registros ficcionales despreciativos de la imagen de Malintzin, cuya principal finalidad es la afirmación de la nación mexicana. Un problema que se formula parte de la imagen de Malintzin registrada por los cronistas, soldados e informantes de Sahagún sobre el periodo de la Conquista, así como de la publicación de Jicoténcal —más de trescientos años después de la Conquista y pocos años después de la Independencia mexicana, en un periodo conflictivo de formación de la nación y de construcción histórica de la cultura e identidad nacionales—. Ese proceso, que se consolida históricamente tras la Revolución mexicana en 1910, pone en evidencia al mestizo, a los «héroes» y a los «villanos» nacionales. Si, por una parte, Malintzin, dentro de ese contexto, es una representación conveniente de traición a la patria, por otra, asume una imagen hispanista de madre santificada. Al pensarse en el abordaje temático de Esquivel (2006), se puede plantear la hipótesis de que la autora se alinea con una significativa ola de cambios que surge después de la segunda mitad del siglo XX, sobre todo en los años 70, a partir de los estudios de género y de publicaciones especializadas de autoras como Sandra Messinger Cypess (1991) y Margo Glantz (2001), entre otras investigadoras, con el designio general de desmitificar esa imagen consolidada de traidora. Además de esa base teórica, para esta tesis doctoral, se toma como punto de apoyo y referencia el concepto de novela histórica propuesto por Seymour Menton (1993) y por Osvaldo Estrada (2009) en sus consideraciones sobre Malinche, de Esquivel (2006). Con relación a los estudios más recientes sobre México y la Conquista, se agregan autores como Tzvetan Todorov (1982), Stephen Greenblatt (1991), Serge Gruzinski (1996, 2003, 2004, 2007), Roger Bartra (1986, 2001), Miguel León-Portilla (1959, 1961, 2001, 2008), Miguel Ángel Menéndez (1964), Cristina González Hernández (2002), Ricardo Herren (1991, 1992), Juan Miralles (2004), entre otros prominentes estudiosos.
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A epopéia dos titãs do pampa : historiografia e narrativa épica na História da grande revolução, de Alfredo Varella

Silva, Jaisson Oliveira da January 2010 (has links)
Este trabalho analisa a História da Grande Revolução (1933), do historiador Alfredo Varella (1864-1943). A obra é uma das mais copiosas a respeito da guerra civil farroupilha e traz em sua escrita comparações explícitas com o épos clássico das poesias homéricas e modulações típicas do padrão de epopéia. A despeito da enfática opção do autor pelos preceitos de uma história científica, Varella narrou a Revolução Farroupilha como a “Guerra da Nova Troya”, numa história que almejava ser científica ao mesmo tempo em que ostentava cores épicas. O trabalho procura explorar essa aparentemente contraditória relação, debatendo, para isso, teorias da historiografia, apreciações sobre o gênero épico e algumas reflexões do âmbito da filosofia hermenêutica. / This study analyses the História da Grande Revolução (1933), written by Alfredo Varella (1864- 1943). The work is one of the most copious about the “farroupilha” civil war and brings in his writing explicit comparisons with the classic épos of the Homeric poems and modulations typical of the epic pattern. Despite the emphatic author's choice by the precepts of scientific history, Varella narrated the “Revolução Farroupilha” as the “New War of Troy”, in a history that longed to be scientific while sported epic colors. The work explores this seemingly contradictory relationship, arguing for this, theories of historiography, assessments of the epic genre and some reflections from the scope of philosophical hermeneutics.
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El sexto sol de Malinalli

Aguiar, Janaína de Azevedo Baladão de January 2013 (has links)
Este trabalho se propõe a analisar a representação histórica e literária de Malintzin, levando em consideração que o estudo dessa personagem nos leva não apenas a uma cultura mestiça, ao complexo de inferioridade e ao “malinchismo” que está associado a seu nome, como propõe Octavio Paz (1950), entre outros estudiosos, mas também a uma nova reconstrução literária, na qual a narrativa oferece um campo mais amplo de indagações. Nesse sentido, Laura Esquivel (2006) promove uma ruptura com a imagem de uma Malintzin traidora e lança questionamentos sobre o que pensou e sentiu Malintzin no momento da Conquista. Somados à narrativa, o desenhista Jordi Castells (2006) criou 89 códices para o romance de Esquivel (2006), que representam um registro da cultura, preservam a memória, contam a história da grande cidade Tenochtitlan, do Imperador Moctezuma, do deus serpente-ave Quetzalcoatl, do massacre de Cholula, das divindades, das cerimônias e rituais de nascimento e morte. Esses manuscritos pictográficos, sobretudo, mostram um retrato de uma Malintzin que é “senhora da palavra”, do discurso e de seu tempo, já que é ela quem desenha e escreve ficcionalmente sua própria trajetória. O estudo “O sexto sol de Malinalli”, nesse sentido, propõe-se a analisar a complexidade da personagem Malinalli, em Malinche, de Laura Esquivel (2006), partindo das seguintes questões: é ainda válido pensar em Malintzin como um símbolo de traição à pátria; e, considerando essa premissa, como o romance de Esquivel (2006) colabora para uma reconceptualização ao propiciar a problematização dos acontecimentos e personagens históricos da Conquista da América. Vale aclarar que, além da narrativa de Esquivel (2006), também compõe o corpus ficcional deste trabalho o romance histórico Jicoténcal (1826), atribuído a Félix Varela, um dos primeiros registros ficcionais depreciativo da imagem de Malintzin que apresenta como mote a afirmação da nação mexicana. Um problema que se formula tem por base a imagem de Malintzin registrada pelos cronistas, soldados e informantes de Sahagún sobre o período da Conquista, além da publicação de Jicoténcal mais de trezentos anos da Conquista e poucos anos depois da Independência mexicana, um período conflitante de formação da nação e de construção histórica da cultura e identidade nacional. Esse processo se consolida historicamente depois da Revolução mexicana em 1910, colocando em evidência o mestiço, os “heróis” e os “vilões” nacionais. Malintzin, dentro desse contexto, não apenas é uma representação conveniente de traição à pátria, como também assume uma imagem hispanista de mãe santificada. Quando se pensa na abordagem temática de Esquivel (2006), uma hipótese possível é de que a autora se filia a uma significativa onda de mudanças que surge depois da segunda metade do século XX, especialmente nos anos 70, a partir dos estudos de gênero e de publicações especializadas de autoras como Sandra Messinger Cypess (1991) e Margo Glantz (2001), entre outras investigadoras, com o propósito geral de desmistificar essa imagem de traidora. Além dessa base teórica, para esta tese, tem-se como ponto de apoio e referência o romance histórico, definido a partir da concepção de Seymour Menton (1993) e das considerações de Osvaldo Estrada (2009) sobre Malinche, de Esquivel (2006). Em relação aos estudos mais recentes sobre o México e a Conquista, acrescentam-se ainda autores como Tzvetan Todorov (1982), Stephen Greenblatt (1991), Serge Gruzinski (1996, 2003, 2004, 2007), Roger Bartra (1986, 2001), Miguel León-Portilla (1959, 1961, 2001, 2008), Miguel Ángel Menéndez (1964), Cristina González Hernández (2002), Ricardo Herren (1991, 1992), Juan Miralles (2004), entre outros proeminentes estudiosos. / Este trabajo se propone analizar la representación histórica y literaria de Malintzin teniendo en cuenta que el estudio sobre dicho personaje nos lleva, no solo al complejo de inferioridad y al malinchismo que se asocia a su nombre, como lo plantea Octavio Paz (1950), entre otros estudiosos, sino también a una nueva reconstrucción literaria a partir de la narrativa, que ofrece un campo más amplio de indagaciones. En ese sentido, Laura Esquivel (2006) promueve una ruptura con respecto a la imagen de una Malintzin traidora y lanza cuestionamientos sobre qué habría pensado y sentido Malintzin en el momento de la Conquista. Sumados al relato, se encuentran 89 códices de autoría del dibujante Jordi Castells (2006), que representan un registro de la cultura, preservan la memoria, cuentan la historia de la gran ciudad Tenochtitlan, del huey tlatoani Moctezuma, del dios serpiente-ave Quetzalcoatl, de la masacre de Cholula, de las deidades, de las ceremonias y rituales de nacimiento y muerte. Esos manuscritos pictográficos muestran sobre todo el retrato de una Malintzin que es «dueña de la palabra», del discurso y de su tiempo, ya que, en la ficción, es ella misma quien dibuja y escribe su propia trayectoria. El estudio «El sexto sol de Malinalli», en un sentido general, se propone examinar la complejidad del personaje Malinalli, en Malinche, de Laura Esquivel (2006), partiendo de las siguientes interrogantes: ¿es válido aún pensar en Malintzin como un símbolo de traición a la patria?; y, en ese sentido, ¿cómo la literatura colabora para un nuevo abordaje conceptual al propiciar la problematización de los hechos y personajes históricos de la Conquista de América? Vale mencionar que, además del relato de Esquivel (2006), también compone el corpus ficcional de este trabajo la novela histórica Jicoténcal (1826), que se atribuye a Félix Varela, uno de los primeros registros ficcionales despreciativos de la imagen de Malintzin, cuya principal finalidad es la afirmación de la nación mexicana. Un problema que se formula parte de la imagen de Malintzin registrada por los cronistas, soldados e informantes de Sahagún sobre el periodo de la Conquista, así como de la publicación de Jicoténcal —más de trescientos años después de la Conquista y pocos años después de la Independencia mexicana, en un periodo conflictivo de formación de la nación y de construcción histórica de la cultura e identidad nacionales—. Ese proceso, que se consolida históricamente tras la Revolución mexicana en 1910, pone en evidencia al mestizo, a los «héroes» y a los «villanos» nacionales. Si, por una parte, Malintzin, dentro de ese contexto, es una representación conveniente de traición a la patria, por otra, asume una imagen hispanista de madre santificada. Al pensarse en el abordaje temático de Esquivel (2006), se puede plantear la hipótesis de que la autora se alinea con una significativa ola de cambios que surge después de la segunda mitad del siglo XX, sobre todo en los años 70, a partir de los estudios de género y de publicaciones especializadas de autoras como Sandra Messinger Cypess (1991) y Margo Glantz (2001), entre otras investigadoras, con el designio general de desmitificar esa imagen consolidada de traidora. Además de esa base teórica, para esta tesis doctoral, se toma como punto de apoyo y referencia el concepto de novela histórica propuesto por Seymour Menton (1993) y por Osvaldo Estrada (2009) en sus consideraciones sobre Malinche, de Esquivel (2006). Con relación a los estudios más recientes sobre México y la Conquista, se agregan autores como Tzvetan Todorov (1982), Stephen Greenblatt (1991), Serge Gruzinski (1996, 2003, 2004, 2007), Roger Bartra (1986, 2001), Miguel León-Portilla (1959, 1961, 2001, 2008), Miguel Ángel Menéndez (1964), Cristina González Hernández (2002), Ricardo Herren (1991, 1992), Juan Miralles (2004), entre otros prominentes estudiosos.
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La réalité sans représentation, la théorie de l'énaction et sa légitimité épistémologique

Peschard, Isabelle 04 November 2004 (has links) (PDF)
Ce travail présente une critique conceptuelle et épistémologique des conceptions représentationnistes de la 'connaissance de la réalité', entendue comme le résultat d'un processus cognitif ou scientifique. Il expose les raisons de l'insatisfaction que peut susciter ce type de conception relativement à l'usage ordinaire des concepts de 'connaissance' et de 'réalité'. Puis, il montre la possibilité d'une théorie de la cognition, théorie de l'énaction, et d'une épistémologie qui fassent droit, à l'expérience, phénoménale et pragmatique, attachée à cet usage. La théorie de l'énaction formalise l'idée d'une co-constitution historique du sujet et de l'objet de la connaissance émergeant de l'interaction sensori-motrice d'un système vivant et de son environnement. Elle autorise, en outre, une conception de la connaissance de la réalité qui permet de repenser en termes conceptuels la question de la relation mental/physique, et de proposer une pratique d'articulation des compte-rendus phénoménal et objectif, produits respectivement en première et en troisième personne : la neurophénoménologie. <br />La légitimation de cette 'théorie de l'énaction' fait appel à une épistémologie non représentationniste revendiquant elle aussi une 'véritable' historicité du processus de co-constitution de l'objet et du sujet de la connaissance. Cette épistémologie établit une distinction entre le 'faire' de la pratique scientifique et le 'dire' de la connaissance de la réalité qui permet d'arracher le concept de réalité à l'espace métaphysique des causes et de le replacer dans l'espace logique de la justification. C'est une épistémologie qui est basée sur les notions d'alliances plurielles et d'ouverture de pratiques diverses situant la connaissance scientifique au sein d'un réseau évolutif d'acteurs impliqués à divers titres dans l'organisation de la vie collective.
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Los disfraces de la disidencia en la música cubana alternativa

Giovagnoli, Nicola 04 1900 (has links)
[À l'origine dans / Was originally part of : Thèses et mémoires - FAS - Département de littératures et de langues modernes] / Ma recherche vise à comprendre de quelle façon les principales questions économiques (carences alimentaires et énergétiques), sociales (émigration massive, inégalités, racisme), politiques (manque de liberté, autoritarisme) et culturelles (immobilisme, censure) qui se produisent à Cuba depuis 1990 jusqu’à nos jours, se reflètent sur l’œuvre artistique d'un certain nombre de groupes musicaux. L’objectif de cette étude est de définir si ces expressions artistiques peuvent être considérées comme un miroir de la société de cette période, puisque elles contemplent des aspects d’intérêt public que le discours officiel tait. L’analyse veut examiner les stratégies discursives des paroles d’une certaine production musicale représentative d’un champ musical riche et complexe. D’autre part, l’étude vise à comprendre si la musique peut être considérée comme un espace de société civile dans un contexte qui empêche la libre formation d’agents sociaux. Cette étude considère l’œuvre de cinq artistes qui cultivent des genres musicaux bien différents : trova (Frank Delgado et Carlos Varela), rap (Krudas Cubensi et Los Aldeanos) et punk (Porno Para Ricardo). L’étude sera principalement littéraire, puisque l’analyse se centrera sur les paroles des chansons, qui sont considérées comme des textes littéraires. Après avoir sélectionné un corpus significatif de chansons, celui-ci sera analysé de façon systématique et transversale, en essayant de mettre en évidence les effets produits et leurs significations, évidentes et symboliques. De façon ponctuelle, je ferai aussi référence au performance et à l’esthétique. Cette étude prétend mettre en lumière la production littéraire/musicale d'artistes peu connus hors de Cuba et peu valorisés et diffusés à l’intérieur de l’île. L’un des buts est de montrer comment, dans un contexte politique dominé par l’autoritarisme et la censure, il peut exister des formes d’expressions capables de communiquer des messages subversifs et dissidents. / My research aims to understand how the main economic issues (food and energetic deficiencies), social issues (inequalities and racism) and cultural issues (stagnation and censorship) which have been occurring in Cuba since 1990, are reflected in the music of a certain number of bands. The goal of this study is to determine whether these artistic expressions are mirroring the society of this period, since they contemplate aspects of public interest that are concealed in the official discourse. This analysis will examine the discursive strategies of lyrics from certain musical productions, which represent a rich and complex range. In addition, this study aims to understand if music can be considered a space of civil society in a context that prevents the free formation of social actors. This study focuses on the work of five artists who cultivate very different musical genres: trova (Frank Delgado and Carlos Varela), rap (Krudas Cubensi and Los Aldeanos) and punk (Porno Para Ricardo). The analysis will focus mostly on the lyrics, which are considered as literary texts. A significant corpus of songs will be selected and systematically and transversally analyzed, in an attempt to highlight the effects produced and their significations, both explicit and symbolic. I will also refer to their live performances and their aesthetics. This study intends to highlight the literary and musical productions of artists who are not well known or in Cuba. One of the goals is to show how, in a political context dominated by authoritarianism and censorship, forms of expressions that are capable of communicating subversive and dissident messages may still exist. / Mi investigación apunta a comprender de qué manera las principales cuestiones económicas (carencias alimentarias y energéticas), sociales (emigración masiva, desigualdades, racismo), políticas (falta de libertad, autoritarismo) y culturales (inmovilismo, censura) que concurren en Cuba desde 1990 hasta nuestros días, entran y se discuten en la obra artística de un cierto número de grupos musicales. El objetivo de este estudio es definir si estas expresiones artísticas pueden considerarse un foro discursivo de la sociedad de este periodo al contemplar aspectos de interés público que el discurso oficial silencia. El análisis se centra en examinar las estrategias discursivas de las letras de cierta producción musical representativa de un campo musical rico y complejo. Por otro lado, el estudio examina si la música se puede considerar un espacio de sociedad civil en un contexto que impide la libre formación de agentes sociales. Este estudio considera la obra de cinco artistas que cultivan géneros musicales bien diferentes: trova (Frank Delgado y Carlos Varela), rap (Krudas Cubensi y Los Aldeanos) y punk (Porno Para Ricardo). El estudio será principalmente literario, pues el análisis se centra en las letras de las canciones, que son consideradas como textos literarios. Después de haber seleccionado un corpus significativo de canciones, éste será analizado de manera sistemática y transversal, tratando de poner en evidencia los efectos producidos y sus significaciones, patentes o simbólicas. De manera puntual, también haré referencia al performance y a la estética. Este estudio pretende poner de relieve la producción literaria/musical de artistas poco conocidos fuera de Cuba y poco valorizados y difundidos en la isla. Uno de los objetivos es mostrar cómo, en un contexto político dominado por el autoritarismo y la censura, pueden existir formas de expresión capaces de comunicar mensajes subversivos y disidentes.
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Action in Chronic Fatigue Syndrome: an Enactive Psycho-phenomenological and Semiotic Analysis of Thirty New Zealand Women's Experiences of Suffering and Recovery

Hart, M J Alexandra January 2010 (has links)
This research into Chronic Fatigue Syndrome (CFS) presents the results of 60 first-person psycho-phenomenological interviews with 30 New Zealand women. The participants were recruited from the Canterbury and Wellington regions, 10 had recovered. Taking a non-dual, non-reductive embodied approach, the phenomenological data was analysed semiotically, using a graph-theoretical cluster analysis to elucidate the large number of resulting categories, and interpreted through the enactive approach to cognitive science. The initial result of the analysis is a comprehensive exploration of the experience of CFS which develops subject-specific categories of experience and explores the relation of the illness to universal categories of experience, including self, ‘energy’, action, and being-able-to-do. Transformations of the self surrounding being-able-to-do and not-being-able-to-do were shown to elucidate the illness process. It is proposed that the concept ‘energy’ in the participants’ discourse is equivalent to the Mahayana Buddhist concept of ‘contact’. This characterises CFS as a breakdown of contact. Narrative content from the recovered interviewees reflects a reestablishment of contact. The hypothesis that CFS is a disorder of action is investigated in detail. A general model for the phenomenology and functional architecture of action is proposed. This model is a recursive loop involving felt meaning, contact, action, and perception and appears to be phenomenologically supported. It is proposed that the CFS illness process is a dynamical decompensation of the subject’s action loop caused by a breakdown in the process of contact. On this basis, a new interpretation of neurological findings in relation to CFS becomes possible. A neurological phenomenon that correlates with the illness and involves a brain region that has a similar structure to the action model’s recursive loop is identified in previous research results and compared with the action model and the results of this research. This correspondence may identify the brain regions involved in the illness process, which may provide an objective diagnostic test for the condition and approaches to treatment. The implications of this model for cognitive science and CFS should be investigated through neurophenomenological research since the model stands to shed considerable light on the nature of consciousness, contact and agency. Phenomenologically based treatments are proposed, along with suggestions for future research on CFS. The research may clarify the diagnostic criteria for CFS and guide management and treatment programmes, particularly multidimensional and interdisciplinary approaches. Category theory is proposed as a foundation for a mathematisation of phenomenology.

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