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Resposta ao corticoesteróide inalatório em pacientes com anemia falciforme / Response to inhaled corticosteroid therapy in patients with sickle cell disease

Maynard, Kátia Cristina Amaral 14 May 2013 (has links)
Objective: To assess the therapeutic response to inhaled corticosteroids of patients with Sickle Cell Anemia (SCA). Methods: A longitudinal intervention study with children, adolescents and young adults, both genders, aged between seven and twenty-seven years old, clinically stable, without acute adverse events, with the diagnosis of SCA confirmed by hemoglobin electrophoresis. They were initially submitted to pulmonary function testing, transcutaneous oxygen saturation and peak flow. Then, they were submitted to the use of innalatory budesonide for 03 months and afterwords they were reassessed with pulmonary function testing, transcutaneous oxygen saturation and peak flow. Results: The study included 44 patients with mean age of 14.9±4,6 years, with spirometric altered profile, and 63.6% had a restrictive ventilatory disease, 22.7% obstructive and 13.6% mixed obstructive and restrictive. The measures of transcutaneous oxygen saturation, after the treatment, showed an improvement, with 43.1% of the patients with higher values than 95%, 31.8% with values between 90 to 94% and 25% values below 89%. As to the improvement of the symptoms, there was a decrease of 4.6% in the number of dyspneic, 22.7% in the number of those with cough and 2.2% in the number of those who complained of chest pain. The number of asymptomatic patients increased from 50% to 79.5%. Conclusion: The patients with obstructive and mixed obstructive and restrictive profile answered better than restrictive patients, having or not having asthma. / Objetivo: Avaliar o efeito da utilização do corticoesteróide inalatório sobre a função pulmonar de pacientes com anemia falciforme (AF). Métodos: Estudo de intervenção longitudinal com crianças, adolescentes e adultos jovens, no qual foram avaliados pacientes de ambos os gêneros, com idades entre sete e vinte e sete anos, clinicamente estáveis, sem intercorrências agudas, com o diagnóstico de AF confirmado por eletroforese de hemoglobina e alteração na prova ventilatória completa. Os pacientes foram submetidos à prova ventilatória completa, à saturação transcutânea de oxigênio e ao Peak flow. Foram em seguida submetidos a três meses de uso de budesonida inalatória na dose de 400 a 800mcg/dia. Após este tratamento foram reavaliados quanto aos mesmos parâmetros. Resultados: Participaram do estudo 44 pacientes, todos com perfil espirométrico alterado, com média de idade de 14,9 ± 4,6 anos, sendo que 63,6% apresentavam distúrbio ventilatório restritivo, 22,7% obstrutivo e 13,6% misto. Os pacientes com padrão obstrutivo e misto responderam de forma semelhante ao tratamento com corticoesteróide: 50% dos pacientes com padrão obstrutivo apresentaram melhora do VEF1 e 33,3% dos pacientes com padrão misto responderam com melhora do VEF1 e do CVF, enquanto que 14,3% dos pacientes com padrão restritivo responderam favoravelmente, com melhora do CVF. As medidas da saturação transcutânea de oxigênio após o tratamento apresentaram melhora, com 43,1% dos pacientes apresentando valores maiores que 95%, 31,8% com valores entre 90 e 94%, e 25% com valores inferiores a 89%. Houve diminuição de 22,7% no número dos pacientes que apresentavam queixa de tosse persistente, e a proporção de pacientes assintomáticos passou de 50% para 79%. Conclusão: Os pacientes com anemia falciforme e prova ventilatória com padrão obstrutivo e misto responderam favoravelmente ao uso do corticoesteróide inalatório.
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Genes diferencialmente expressos em celulas eritroides tratadas com hidroxiureia e potencialmente envolvidos com a reativação da sintese de hemoglobina fetal / Differentially expressed genes in hydroxyurea treated erythroid cells and potentially involved in the reactivation of fetal hemoglobin

Moreira, Luciana Sarmento 13 August 2018 (has links)
Orientador: Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T02:17:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Moreira_LucianaSarmento_D.pdf: 2827950 bytes, checksum: 18e2b9c5f588fd10a022f548459239b5 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: Anemia Falciforme (AF) é uma desordem hereditária das hemoglobinas, ausada por uma substituição de um único nucleotídeo adenina por timina (GAG?GTG), que resulta na presença de um aminoácido valina ao invés de ácido glutâmico na cadeia ? e na formação de uma hemoglobina anormal denominada hemoglobina S (Hb S). Hb S possui uma tendência de polimerização no estado deoxigenado. O grau de polimerização de Hb S na circulação determina o quanto um indivíduo terá crises vaso-oclusivas ou outro evento adverso. Altos níveis de hemoglobina fetal (Hb F) durante a vida adulta estão associados a uma melhora nos sintomas clínicos da AF devido à sua habilidade em inibir a polimerização de Hb S. Consequentemente, a busca por moduladores terapêuticos de Hb F continua a motivar a pesquisa básica e clínica, resultando em vários agentes farmacológicos que tem demonstrado um efeito no aumento da produção de Hb F. Hidroxiuréia (HU) é um fármaco que tem sido utilizado com sucesso na terapia de AF. Estudos multicêntricos demonstram que a administração de HU a pacientes com AF aumenta significativamente a produção de HbF e melhora os sintomas clínicos, pela redução da frequência de crises de dor e vaso-oclusivas, síndrome torácica aguda, necessidade de transfuções e hospitalizações. Acredita-se que HU beneficie indivíduos com AF através de vários mecanismos, incluindo o aumento dos níveis de Hb F. HU também promove a proliferação de precursors eritróides e uma diferenciação eritróide acelerada. Entretanto, o mecanismo completo de atuação da HU permanence desconhecido. Tem sido demonstrado que HU induz a expressão do gene ?-globina, possivelmente pela indução da via da guanilato ciclase, ou pelo aumento da expressão de fatores de transcrição, como EGR1, GATA-1 e outros genes com papel importante na eritropoese. Em um estudo recente, o padrão de expressão gênica global de células de medulla óssea humana foi avaliado em uma paciente com AF antes e após a administração de HU, utilizando SAGE (Serial Analysis of Gene Expression). Os autores identificaram vários genes envolvidos em diversos processos biológicos, tais como fatores de transcrição, transdução de sinal e atividade de transporte de canal ou poro, que podem representar novos alvos para a terapia da AF. Aqui, neste trabalho, nós investigamos o possível envolvimento de genes na indução da transcrição de ?-globina, utilizando o método SSH (Suppression Subtractive Hybridization) como um rastreamento inicial para identificar transcritos diferencialmente expressos na linhagem eritroleucêmica K562 com e sem a administração de HU, e reticulócitos obtidos de pacientes com AF (SSH) submetidos ou não submetidos ao tratamento com HU. A expressão de alguns genes identificados também foi avaliada por PCR em tempo real. Nós identificamos NACA (nascent-polypeptide-associated complex alpha subunit), STAT5 (signal transducer and activator of transcription-5), CRTC2 (CREB regulated transcription coactivator 2), ZDHHC2 (zinc finger, DHHC-type containing 2), dentre outros genes diferencialmente expressos, e confirmamos, por PCR em tempo real, seu aumento de expressão em reticulócitos de um grupo de pacientes em tratamento com HU. Como discutido aqui, estes genes podem desempenhar um papel importante no mecanismo de ação da HU. Este é o primeiro estudo demonstrando uma associação entre o tratamento com HU e a expressão dos genes descritos em células eritróides. Entretanto, estas alterações podem ter um papel importante no aumento típico de HbF nas células de pacientes tratados com HU e na diferenciação eritróide. Estudos funcionais posteriores com os genes mencionados podem ajudar na elucidação de seu papel potencial na regulação de globinas e na diferenciação eritróide mediada por HU ou outros agentes quimioterápicos, bem como contribuir para a compreensão dos mecanismos genéticos envolvidos em patologias das células eritróides, como AF e talassemias / Abstract: Sickle cell anemia (SCA) is an inherited disorder of hemoglobin, caused by a single nucleotide substitution of thymidine for adenine (GAG?GTG) in the ?-chain that results in the presence of the amino acid valine instead of glutamic acid and the formation of an abnormal hemoglobin called hemoglobin S (Hb S). Hb S is responsible for alterations in the properties of the hemoglobin tetramer, which has a tendency to polymerize in the deoxygenated state. The degree of Hb S polymerization in the circulation determines how likely the individual is to experience a vaso occlusive crisis or other adverse event. High levels of fetal haemoglobin (Hb F) during adult life have long been recognized to ameliorate the clinical symptoms of SCA due to its ability to inhibit the polymerization of Hb S. Consequently, the decades-long search for therapeutic modulators of Hb F has continued to motivate basic and clinical investigators alike. As a result, several pharmacological agents have been shown to increase Hb F production. A drug that has been successfully used for therapy in SCA is hydroxyurea (HU). Multicenter studies have shown that HU administration to SCA patients significantly increases Hb F production and improves clinical symptoms by reducing the frequency of pain and vaso-occlusive crisis, acute chest syndrome, transfusion requirements and hospitalizations. This drug is thought to benefit SCA individuals via several mechanisms, including the increase of Hb F levels. HU also promotes proliferation of erythroid precursors and an accelerated erythroid differentiation. However the complete pathway by which HU acts remains unclear. HU has been shown to induce the expression of ?-globin genes, possibly by the induction of guanylate cyclase protein kinase G pathways, or by the enhancement of the expression of transcription factors, such as early growth response 1 (EGR1), GATA-1 and other genes with important roles in erythropoiesis. In a recent study, Costa et. al. evaluated the global gene expression pattern of human bone marrow cells from a SCA patient before and after the administration of HU, using SAGE (Serial Analysis of Gene Expression). These authors identified a set of genes involved in various such as pathways as transcriptional factors, signal transduction and channel or pore class transporter activity that may represent new targets for SCA therapy. We herein, investigated the possible involvement of genes in HU- mediated induction of fetal globin transcription, using the suppression subtractive hybridization (SSH) method as an initial screen to identify differentially-expressed transcripts in K562 erythroleukemia cell line without and under HU administration and reticulocytes obtained from SCA patients in use or not of HU treatment. The expression of some of the detected genes were also evaluated using Real Time PCR. We identified NACA (nascent-polypeptide-associated complex alpha subunit), STAT5 (Signal transducer and activator of transcription-5), CRTC2 (CREB regulated transcription coactivator 2), ZDHHC2 (zinc finger, DHHC-type containing 2) transcripts, among other differentially expressed genes, and confirmed, by Real-Time PCR, their over-expression upon HU treatment in circulating reticulocytes from SCA patients. As discussed herein, these genes may play an important role in the mechanism of action of HU / Doutorado / Ciencias Basicas / Doutor em Clínica Médica
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Análise da coexistência da alfa talassemia e identificação de haplótipos do cluster da beta globina em crianças com doença falciforme

Rodrigues, Daniela de Oliveira Werneck 20 May 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-04-11T17:27:27Z No. of bitstreams: 1 danieladeoliveirawerneckrodrigues.pdf: 3809110 bytes, checksum: c650e81b66628763f82026695326df44 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-04-18T12:48:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 danieladeoliveirawerneckrodrigues.pdf: 3809110 bytes, checksum: c650e81b66628763f82026695326df44 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-18T12:48:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danieladeoliveirawerneckrodrigues.pdf: 3809110 bytes, checksum: c650e81b66628763f82026695326df44 (MD5) Previous issue date: 2016-05-20 / Introdução: A doença falciforme (DF) é a doença hereditária monogênica mais comum no Brasil.O termo DF inclui Anemia Falciforme (AF) e condições patológicas em que o gene da hemoglobina S está associado a outras hemoglobinopatias hereditárias, tais como SC, S/beta0 e S/beta+ talassemia (S/b), SD Punjab, entre outras. Há descrição de 5 haplótipos do cluster da cadeia globina (βS) ligados à HbS: Asiático, Senegal, Benin, Bantu (CAR) e Camarões. A DF pode ainda coexistir com as α-talassemias (α-Tal). A complicação mais severa na DF é o Acidente Vascular Encefálico (AVE), responsável por 20% da mortalidade. As causas e fatores que aumentariam o risco de AVE não são completamente conhecidos. Várias linhas de evidência sugerem que uma assinatura genética poderia influenciar o desenvolvimento de AVE. Objetivos: Determinar a frequência de DF, investigar a coexistência da α-Tal, identificar os haplótipos e estudar as associações entre estes determinantes genéticos com AVE em crianças triadas pelo Programa Estadual de Triagem Neonatal de Minas Gerais e acompanhadas na Hemominas de Juiz de Fora. Metodologia: Foi realizada uma coorte retrospectiva, na qual foram incluídas as crianças nascidas entre 1998 a 2007, com diagnóstico confirmado de DF. Foram considerados para inclusão no estudo, crianças com Anemia Falciforme (AF), SC, S/b0 e S/b+. As informações clínicas e laboratoriais foram extraídas dos prontuários médicos até 31 de dezembro de 2013 permitindo um acompanhamento de no mínimo cinco anos. O perfil socioeconômico foi obtido através da aplicação do questionário do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A determinação dos haplótipos e a presença da α-Tal foi realizada por reação em cadeia da polimerase e polimorfismo de tamanho dos fragmentos de restrição. A análise estatística das associações foi feita com aplicação do teste Qui-quadrado considerando-se um nível de significância de 5%, no programa SPSS Statistics® 14.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação Hemominas. Resultados: Entre 1998 e 2007, foram 11 triadas 188.916 crianças nascidas na região da Zona da Mata Mineira e Vertentes, 110 crianças com DF preencheram os critérios de inclusão e constituíram a população deste estudo. Entre as crianças com DF, 60% eram portadoras de AF. A prevalência da coexistência com a α-Tal foi de 30,3% e o haplótipo Bantu (CAR) foi identificado em 89,2%. A incidência de AVE foi significativamente maior nas crianças com AF (27,3% versus 2,3%; p = 0,001) e no sexo masculino (24,1% versus 9,6%; p = 0,044). A presença da α-Tal (p = 0,196), do haplótipo CAR (p = 0,543) e fatores socioeconômicos não foram significantemente associadas à ocorrência de AVE. Conclusões: As crianças com AF tem 12 vezes mais risco de ter AVE do que as que têm outros tipos de DF. A incidência de AVE no sexo masculino foi maior. Coexistência de α-Tal ou haplótipos CAR não apresentaram associação significante com AVE. A heterogeneticidade entre as populações previamente avaliadas e a não reprodutibilidade entre estudos indicam a necessidade de realização de novas pesquisas para verificar o papel desses fatores genéticos em crianças com DF. / Introduction: Sickle cell disease (SCD) is the most common monogenic hereditary disease in Brazil. The term SCD includes sickle cell anaemia and pathological conditions in which the S haemoglobin gene is associated with other hereditary hemoglobinopathies, as SC, S/beta0 and S/beta+ talassemia (S/b), SD Punjab, among others. Five different types of beta globin chain (βS) cluster haplotypes linked to HbS have been described: Asian, Senegalese, Benin, Bantu (CAR) and Cameroon. SCD can also coexist with alpha thalassemia (α-Tal). The most severe complication on SCD is stroke, which is responsible for 20% of mortality. The causes and factors that could increase the risk of stroke are not completely known. Many lines of research suggest that a genetic signature could influence the occurrence of stroke. Objective: Determine the frequency of SCD , identify the haplotypes and study the associations between these genetic determinants and stroke in children screened by the Minas Gerais’ State Program of Neonatal Screening and followed-up in Fundação Hemominas in Juiz de Fora. Methods: A retrospective cohort was established, in which were included children born between 1998 and 2007, with confirmed diagnosis of SCD. Children with sickle cell anaemia, SC, S/b0 and S/b+ were included. The clinical and laboratorial information were extracted from medical records until December 31st, 2013, allowing a follow-up of at least five years. The socioeconomic profile was obtained by applying the Anísio Teixeira National Institute of Studies and Educational Research questionnaire. The haplotype determination and presence of α-Tal was documented through the usage of polymerase chain reaction and restriction fragments length polymorphisms. The statistical analysis of such associations was performed by application of the chi-square test considering a level of significance of 5%, with SPSS Statistics® 14.0 program. The project was approved by Fundação Hemominas’s Reasearch Ethics Committee. Results: Between 1998 and 2007, 188,916 children were screened in Minas Gerais’ Zona da Mata e Vertentes region, 110 children with SCD fulfilled the inclusion 13 criteria and composed the population of this study. Among children with SCD, 60% were carriers of sickle cell anemia. The prevalence of coexistence with α-Tal was 30.3% and the Bantu (CAR) haplotype was identified in 89.2%. The incidence of stroke was significantly higher in children with sickle cell anemia (27.3% versus 2.3%; p = 0.001) and in the male gender (24.1% versus 9.6%; p = 0.044). Presence of α-Tal (p = 0.196), CAR haplotype (p = 0.543) and socioeconomic factors were not significantly associated with the occurrence of stroke. Conclusion: Children with sickle cell anemia have 12 times increased risk of having a stroke than patients with other types of SCD. The incidence of stroke in the male gender was higher. Coexistence with α-Tal and CAR haplotype were not significantly associated with stroke. Heterogeneity between previously assessed populations and non reproducibility among studies indicate the need to conduct further research to determine the role of these genetic factors in children with SCD.
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N??veis de citocinas e perfil lip??dico em crian??as e adolescentes com anemia falciforme: associa????o com disfun????o endotelial, marcadores de hem??lise e eventos cl??nicos

Teixeira, Rozana dos Santos 31 August 2018 (has links)
Submitted by Carla Santos (biblioteca.cp2.carla@bahiana.edu.br) on 2018-11-20T16:41:19Z No. of bitstreams: 1 Rozana Teixeira-Taise (1).pdf: 5571475 bytes, checksum: bbc699a3d1a66dcda27d7c9a36da4b2b (MD5) / Approved for entry into archive by JOELMA MAIA (ebmsp-bibliotecacp2@bahiana.edu.br) on 2018-11-20T18:41:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Rozana Teixeira-Taise (1).pdf: 5571475 bytes, checksum: bbc699a3d1a66dcda27d7c9a36da4b2b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-20T18:41:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rozana Teixeira-Taise (1).pdf: 5571475 bytes, checksum: bbc699a3d1a66dcda27d7c9a36da4b2b (MD5) Previous issue date: 2018-08-31 / Disfun????o endotelial, inflama????o cr??nica e altera????es no perfil lip??dico (PL) integram a fisiopatologia da Anemia Falciforme (AF). Associa????es entre estes mecanismos e manifesta????es cl??nicas podem definir perfis de gravidade e colaborar para melhor compreens??o da doen??a. Objetivos: Avaliar o n??vel de citocinas e o PL em crian??as e adolescentes com AF e sua associa????o com vari??veis cl??nicas e laboratoriais; comparar o n??vel de citocinas e o PL entre falc??micos tratados e n??o tratados com hidroxiur??ia (HDX). M??todos: Estudo transversal, envolvendo 55 crian??as e adolescentes est??veis com hemoglobina SS, das quais 24 em uso de HDX e 41 crian??as e adolescentes saud??veis, de 6 a 18 anos de idade. Realizadas dosagem das Interleucinas (IL) 1??, 6, 8, 10, 12pq, 17A e TNF-??; dosagem do colesterol total, triglic??rides (TG), LDL-C e HDL-C; dosagem de prote??na C reativa de alta sensibilidade (PCRas). A fun????o endotelial foi avaliada atrav??s da vasodilata????o mediada por fluxo (VMF) da art??ria braquial. Dados do doppler transcraniano foram obtidos em consulta ao prontu??rio. An??lise de cluster hier??rquico (CH) foi realizado para avaliar a diferen??a entre os grupos Resultados: A idade e o sexo foram semelhantes entre os grupos AF HDX n??o; AF HDX sim e grupo controle (p=0,054 e p=0,115 respectivamente). A an??lise de CH demonstrou predom??nio de marcadores inflamat??rios (IL, PCR as, leuc??citos) no grupo AF. As citocinas IL-17A e IL-8 apresentaram correla????o positiva com n??mero de crises vasoclusivas(CVO) e TNF- ?? com n??mero de transfus??es sangu??neas. O grupo AF apresentou n??veis de colesterol total (CT), LDL-c e HDL-c baixos, TG/HDL-c e TG elevados comparados ao grupo saud??vel. TG/ HDL-c se correlacionou positivamente com LDH (rs 0,30 p= 0,047), com contagem de leuc??citos (rs 0,40 p= 0,006), com velocidade do fluxo sangu??neo na art??ria cerebral direita (rs 0,35 p = 0,037) e esquerda (rs 0,361 p=0,026). CT se correlacionou negativamente com PCR as (rs -0,3 p=0,04) e LDL-c com total de transfus??o sangu??nea (rs -0,3 p= 0,032). Falc??micos com TG/HDL-c acima de 2,73 mg/dl apresentaram mais Sindrome Tor??cica Aguda 70,6% vs 29,4% p=0,027, com chance de 3,77 vezes, IC95%(1,135- 12,53) para este evento. Identificado tr??s subfen??tipos: hemol??tico, grupo AF HDX n??o; inflamat??rio, grupo AF HDX sim; grupo saud??vel com fun????o endotelial preservada, aus??ncia de anemia, n??veis mais elevados de IL-10. Conclus??es: Crian??as e adolescentes com AF tratados com HDX, potencialmente mais graves, apresentaram perfil inflamat??rio que se associou a CVO, demonstrando o envolvimento das citocinas na patog??nese da AF. Pacientes n??o tratados com HDX apresentaram perfil hemol??tico associado a eleva????o dos n??veis de TG/HDL-c, demonstrando a associa????o entre metabolismo lip??dico e hem??lise. TG/HDL-C desponta como marcador de les??o vascular atrav??s das associa????es com marcadores de hem??lise, inflama????o, manifesta????es agudas e complica????es da doen??a.
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Fatores associados à variabilidade clínica de pacientes com doenças falciformes provenientes do estado do Rio Grande do Norte / Factors associated with clinical variability of patients with sickle cell disease of Rio Grande do Norte state

Fernandes, Thales Allyrio Araújo de Medeiros, 1980- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Maria de Fátima Sonati / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T22:02:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernandes_ThalesAllyrioAraujodeMedeiros_D.pdf: 2937928 bytes, checksum: 301442af6cf4af176a07dec075589b81 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: As doenças falciformes apresentam uma heterogeneidade fenotípica substancial e vários fatores, tanto genéticos quanto ambientais, contribuem para esta variabilidade. A co-herança com a talassemia ? e os haplótipos ?S são considerados importantes moduladores genéticos da doença, mas outros fatores hereditários podem também influenciar os perfis clínicos e laboratoriais dos pacientes. Estudos têm sugerido que os genótipos da haptoglobina (Hp) poderiam estar entre esses fatores. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o efeito da presença da talassemia ?, dos diferentes haplótipos ?S e dos genótipos da haptoglobina na evolução clínica e nas características laboratoriais de pacientes com doença falciforme provenientes do estado do Rio Grande do Norte (RN). Foram analisados 155 indivíduos não aparentados (82 homens e 73 mulheres), com idades variando de 7 meses a 48 anos (mediana de 12 anos), provenientes de diversos municípios do RN e atendidos nos centros de referência de tratamento de doenças hematológicas para acompanhamento ambulatorial. Todos os pacientes, ou seus responsáveis, foram informados a respeito dos objetivos e procedimentos da pesquisa, e responderam a um questionário padronizado. Ao final, coletaram-se alíquotas de sangue periférico para a realização das análises hematológicas, bioquímicas e moleculares. Posteriormente, foram examinados os prontuários médicos arquivados nestes centros, de onde foram obtidas as informações relativas à evolução clínica (número de internações e transfusões nos últimos 12 meses, necessidade de estabelecimento de terapia transfusional crônica, desenvolvimento de infecções bacterianas graves, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico, alterações cerebrovasculares, priapismo, úlcera de perna, necrose óssea, problemas cardiovasculares, renais e oftalmológicos, colelitíase, déficit ponderal e retardo no crescimento). Predominaram os indivíduos com idades inferiores a 12 anos, que se autodeclararam mulatos, que moravam em pequenas cidades relativamente distantes dos centros de referência e que possuíam baixo nível educacional e socioeconômico. Os pacientes com idades inferiores a 10 anos foram diagnosticados com a doença mais precocemente. Quase 50% dos indivíduos analisados faziam uso de hidroxiuréia, 91,4% relatou ter recebido vacinação pneumocócica/meningocócica e 76,1% já tinha feito uso profilático de penicilina alguma vez na vida. A co-herança com a talassemia alfa foi encontrada em 11,6% dos pacientes e não mostrou associação significativa com nenhuma das complicações clínicas avaliadas. No entanto, os pacientes ?-talassêmicos apresentaram maiores níveis de hemácias e hematócrito, e menores valores de hemoglobina corpuscular média (HCM). Os haplótipos ?S mais frequentes foram o CAR (77,5%), Benin (11,9%) e Camarões (5,5%). A homozigoze do haplótipo CAR esteve associada à maior incidência de retardo no crescimento, enquanto as demais combinações de haplótipos apresentaram valores significativamente maiores de hemoglobina e hemácias. A distribuição dos genótipos da haptoglobina estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg em todos os grupos considerados e o tipo predominante foi o Hp2-1 (47,7%). As frequências dos alelos HP*1 (0,503) e HP*2 (0,497) foram muito semelhantes. A herança do alelo HP*2 se correlacionou significativamente com a necessidade de implementação da terapia transfusional crônica ao longo da vida e a níveis mais elevados de ferritina. Já os homozigotos do alelo HP*1 (18 pacientes) apresentaram níveis mais elevados de LDH e AST, que deixaram de ser significativos quando se incluiu na análise os indivíduos que faziam uso da hidroxiuréia (10 pacientes). Nossos resultados sugerem que os fatores genéticos aqui avaliados influenciaram em algum grau a evolução clínica e/ou os perfis laboratoriais dos pacientes desta amostra populacional. A ausência de associação significativa com as demais complicações aqui investigadas reflete a natureza multifatorial da doença e a necessidade de ampliação do tamanho amostral em estudo / Abstract: Sickle cell disease presents a significant phenotypic heterogeneity, and both genetic and acquired factors contribute to this variability. Co-inheritance of alpha-thalassemia and ?S haplotypes are the major genetic modifiers of the disease, but others inherited features can influence the clinical and laboratorial profile of the patients. Reports have suggested that haptoglobin genotypes could be one. Therefore, this study aimed to evaluate the effect of alpha thalassemia, ?S haplotypes and genotypes of haptoglobin in the clinical outcome and laboratorial characteristics of patients with sickle cell disease of Rio Grande do Norte State (RN). We analyzed 155 non-related individuals (82 men and 73 women) with sickle cell disease from various municipalities of RN, ages ranging from 7 months to 48 years (median age 12 years), who went to referral centers for outpatient visits. All the patients, or their caregivers, were informed about the research procedures and objectives, and answered a standardized questionnaire. After this, we collected blood samples for hematological, biochemical, and molecular analyses. Additionally, clinical data (number of blood transfusions and hospital admission in the last 12 months, need for chronic transfusion therapy, development of severe bacterial infections, acute chest syndrome, splenic sequestration, cerebrovascular disease, priapism, leg ulcers, osteonecrosis, cardiovascular, renal, and ophthalmologic problems, gallstones, weight deficit and stunted growth) were obtained from the patients¿ medical records archived in these referral centers. The patients were predominantly younger than 12 years old, self-declared as mulatto, lived in small cities relatively distant from the referral center, and had a low education and socio-economic level. Individuals who were 10 or younger were diagnosed at an earlier age. Almost 50% of the patients were taking hydroxyurea, 91.4% reported having received pneumococcal/meningococcal vaccination and 76.1% have ever done prophylactic use of penicillin. The co-inheritance of alpha thalassemia was found in 11.6% of patients and presented no significant association with any clinical complication of sickle cell disease. However, patients with this genetic feature had higher red blood cell (RBC) counts and packet cell volume (PCV), and lower values of mean corpuscular hemoglobin (MCH). The ?S haplotypes more frequent were CAR (77.5%), Benin (11.9%) and Cameroon (5.5%). The homozygous CAR/CAR haplotype was associated with higher incidence of stunted growth, while the other haplotype presented higher hemoglobin and RBC. The distribution of haptoglobin genotype were in Hardy-Weinberg equilibrium in all the groups, and the predominant type was Hp2-1 (47.7%). The frequencies of HP*1 (0.503) and HP*2 (0.497) alleles were similar. The inheritance of HP*2 allele was significantly correlated to the requirement of chronic transfusion therapy and higher levels of ferritin. On the other hand, the Hp1-1 patients (18 individuals) had higher levels of LDH and AST, that were not significant when we included in the analysis the individuals who were using hydroxyurea (10 individuals). Our results suggest that the genetic characteristics evaluated in this study influenced in a certain extent the clinical outcome and/or laboratorial profile of patients with sickle cell disease from RN. The absence of significant association with the others clinical complications reflect the multifactorial nature of these events and the need to increase the analyzed sample size / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Avaliação in vitro dos efeitos do Heme livre sobre ativação da coagulação e sobre a quebra de barreira endotelial / In vitro assessment of the effect of free Heme on activation of coagulation and breach of endothelial barrier

Souza, Gleice Regina de, 1990- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Erich Vinicius de Paula / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T23:01:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Souza_GleiceReginade_M.pdf: 1983428 bytes, checksum: 435b8d4ea1f6b2d6d8254be7fd9c00b2 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Há cerca de 50 anos sabe-se que pacientes com anemia falciforme (AF) apresentam maiores concentrações plasmáticas de heme livre. Recentemente, foi demonstrado que o heme é capaz de ativar a resposta imune inata, desencadeando resposta dependente de receptores "Toll-like", envolvendo a expressão de vários genes pró-inflamatórios. Em consonância com estes achados, o papel pró-inflamatório do heme foi confirmado em diferentes modelos experimentais de AF, colocando este metabólito como potencial desencadeante da oclusão microvascular e síndrome torácica aguda. Tromboses micro e macro vasculares são características da AF, e o papel do heme na patogenia destes eventos foi recentemente sugerido pela demonstração de sua capacidade de induzir a expressão de fator tecidual (FT) em células endoteliais e monócitos. No entanto, a relevância funcional da expressão deste achado ainda não foi demonstrada através de marcadores clinicamente relevantes da coagulação. Métodos: A expressão do FT induzida pelo heme foi avaliada em células mononucleares de sangue periférico (PBMC) através de dois ensaios globais da hemostasia: tromboelastometria (TEM) e teste de geração de trombina (TGT). Sangue de voluntários saudáveis foram coletados por uma veia antecubital com mínima estase em tubos de citrato de sódio (1:10) ou heparina. A TEM foi realizada em amostras de sangue total (n=10) incubadas com 30 ?M do heme (Sigma¿Aldrich) durante 4 horas a 37°C, em um equipamento ROTEM (Pentapharm). A coagulação foi ativada pela adição de CaCl2. Como controle, amostras dos mesmos indivíduos foram incubadas concomitantemente com o veículo (n=10). O TGT foi realizado em amostras de plasma duplamente centrifugadas, separadas a partir de sangue total estimulado com heme ou veículo sob as mesmas condições (n=16). A TGT foi realizada utilizando flurímetro Fluoroskan Ascent® (Thermolab). A coagulação foi ativada com FT (5pM) e fosfolipídios ( Reagente PPP, Thrombinoscope). A expressão de FT foi avaliada por qRT-PCR. PBMC e neutrófilos foram separados por centrifugação de gradiente de densidade (Ficoll) e então incubados com 30 uM de heme (n=6) ou salina (n=6) por 24hs. Teste estatístico não-paramétrico foi utilizado em todas as análises. Resultados: a incubação do sangue total com 30 uM de heme resultou numa potente indução de expressão de FT quando comparado com o veículo em PBMC (AU) (0,03±0,06 vs 1,18±0,60; P=0,03). Não foi possível detectar a expressão de FT em neutrófilos. A ativação da coagulação induzida pelo heme pode ser demonstrada através da TEM. O Heme diminuiu significativamente o tempo de coagulação (seg) (562,1±88,2 vs 387±84.3; P=0,002) e a MaxV-t (tempo para a velocidade máxima) (651,4±119,2 vs 451,1±87,4; P=0,002), que são dois indicadores de um estado de hipercoagulabilidade. Uma tendência para a diminuição do tempo de formação do coágulo também pode ser observada (P=0.07). Nenhuma diferença pode ser observada na área sob a curva da TEM. Um perfil de hipercoagulabilidade, também foi observado no TGT. Mudanças estatisticamente significativas, compatíveis com a ativação da coagulação foram observadas em parâmetros como: pico de trombina (aumentado), tempo para atingir a trombina (diminuição), índice de velocidade (aumento), período de latência (diminuição) e StarTail (diminuição) (todos<0,05). Nenhuma mudança estatisticamente significativa pode ser observada no parâmetro de pontencial endógeno de trombina. Discussão e Conclusão: A TEM e o TGT são dois testes globais em hemostasia, amplamente utilizados para avaliação de estados de hipo e hipercoagulabilidade. Ambos os métodos tem sido utilizados em pacientes com AF, que apresentam estado de hipercoagulabilidade similar ao encontrado em nosso trabalho, caracterizada por um início mais rápido da ativação da coagulação. Nossos resultados demonstram pela primeira vez que o heme, em concentrações semelhantes às observadas em pacientes com AF, é capaz de estimular não só a expressão do TF em PBMC, mas também de alterar o equilíbrio da coagulação para um estado de hipercoagulabilidade. Estes resultados fornecem um suporte adicional à hipótese de que o heme é um mediador chave na trombose micro e macro vascular na AF e, possivelmente, em outras doenças hemolíticas. Nosso estudo também avaliou de forma preliminar, o efeito do heme sobre a fosforilação do resíduo S879 da proteína p120-catenina, como um marcador indireto da quebra de barreira endotelial. Os resultados, ainda preliminares, sugerem que pode haver um efeito do heme sobre a integridade de barreira endotelial, fato que será investigado em estudos futuros / Abstract: It has been known for more than 50 years that patients with sickle cell disease (SCD) present higher plasma concentrations of heme. More recently, it was shown that heme is capable to activate innate immune response, and to trigger a toll-like receptor-dependent response that involves the expression of several pro-inflammatory genes. Accordingly, the role of heme as critical inflammatory mediator in SCD has been confirmed in different experimental models, suggesting that heme can be a trigger for microvascular occlusion and acute chest syndrome (ACS). The association between innate immune response and coagulation activation dates back to 450 million years in evolution, so that activation of the former is frequently accompanied by activation of the latter. Micro and macrovascular thrombosis are a hallmark of SCD, and the role of heme in the pathogenesis of these events has been recently suggested by demonstrations of heme-induced expression of tissue factor (TF) by endothelial cells and monocytes. However, the functional relevance of heme-induced TF expression on clinically-relevant coagulation markers has not been demonstrated. Methods: herein we evaluated heme-induced TF expression in peripheral blood mononuclear cells (PBMC), and used two different global assays of hemostasis, namely thromboelastometry (TEM) and Thrombin Generation Test (TGT) to evaluate the effect of heme on coagulation activation. Blood from healthy volunteers was drawn from an antecubital vein with minimal stasis in 0.106 sodium citrate tubes (1:10) or heparin. TEM was performed in whole-blood samples (n=10) incubated with 30 µM heme (Sigma-Aldrich) for four hours at 37oC, in a ROTEM equipment (Pentapharm). Coagulation was activated with the addition of CaCl2. Samples from same individuals incubated with vehicle were assayed concomitantly as controls (n=10). TGT was performed in double centrifuged plasma samples, separated from whole blood stimulated with heme or vehicle under the same conditions (n=16). TGT was performed using a Fluoroskan Ascent Flourimeter (Thermolab). Coagulation was activated with TF (5pM) and phospholipids (PPP reagent, Thrombinoscope). Expression of TF was evaluated by qRT-PCR. Heparin-anticoagulated blood was incubated with 30 µM heme (n=6) or vehicle (n=6) for 24 hours. PBMC and neutrophils were then separated by density gradient centrifugation (Ficoll). Non-parametric statistics were used in all analysis. Results: incubation of whole blood with heme 30 µM resulted in a potent induction of TF expression in PBMC compared to vehicle (AU)(0.03±0.06 vs 1.18±0.60; P=0.03). No TF expression could be detected in neutrophils. Heme-induced coagulation activation could be demonstrated by TEM. Heme significantly decreased the coagulation time (sec) (562.1±88.2 to 387±84.3; P=0.002) and the MaxV-t (time to maximum velocity) (651.4±119.2 to 451.1±87.4 ; P=0.002), which are two indicators of shift towards a hypercoagulable profile. A trend towards a lower clot formation time was also observed (P=0.07). No difference could be observed in the area under the TEM curve. A hypercoagulable profile was also observed in TGT in samples incubated with heme. Statistically significant changes compatible with a shift towards coagulation activation were observed in parameters such as peak thrombin (increased), time to peak thrombin (decreased), velocity index (increased), lagtime (decreased) and StarTail (decreased) (all P<0.05). No statistically significant change could be observed in the endogenous thrombin potential parameter (p=0.10). Discussion and conclusions: TEM and TGT are global hemostasis assays, widely used for evaluation of hypo- and hypercoagulable states. Both methods have been used in patients with SCD, who present hypercoagulable profiles similar to those obtained in our study, and characterized by faster onset and offset of coagulation activation. We demonstrate for the first time that heme, in concentrations similar to those observed in patients with SCD and other hemolytic disorders, is capable to not only stimulate the expression of TF by PBMC, but also to shift the coagulation balance towards a hypercoagulable state, similar to that observed in patients with SCD. These results provide additional support to the hypothesis that heme is a key mediator micro- and macrovascular thrombosis in SCD and possibly, in other hemolytic disorders. Our study also evaluated in a preliminary form the effect of heme on the phosphorylation of the residue S879 from p120-catenin, as a surrogate marker of endothelial barrier breakdown induced by heme. Though preliminary, our results suggest that heme might also affect endothelial barrier integrity. Additional studies are underway to evaluate this hypothesis / Mestrado / Clinica Medica / Mestra em Clínica Médica
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Estudo do estado de hipercoagulabilidade na doença falciforme / Study of the hypercoagulability state in sickle cell disease

Colella, Marina Pereira, 1981- 24 August 2018 (has links)
Orientadores: Fabíola Traina, Erich Vinícius de Paula / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T00:53:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Colella_MarinaPereira_D.pdf: 9236093 bytes, checksum: efa509cf78d63c66379b975a9b095ac8 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: A anemia falciforme (AF) é caracterizada pela presença de crises vaso-oclusivas e hemólise intravascular com consequente depleção de óxido nítrico, ativação endotelial e inflamação crônica. Praticamente todos os elementos da coagulação estão alterados na direção pró-coagulante na AF, de forma que uma incidência aumentada de eventos tromboembólicos tem sido descrita nesta doença. A hidroxiuréia é atualmente um dos pilares do tratamento destes pacientes, tendo como principal ação induzir um aumento da hemoglobina fetal. A hemoglobinopatia SC (HbSC) é a segunda hemoglobinopatia mais prevalente após a AF. Sabe-se que há uma incidência elevada de eventos tromboembólicos na HbSC, porém conhece-se muito pouco sobre a ativação da coagulação nesta doença. O presente estudo foi dividido em duas partes, tendo dois objetivos principais: (1) testar a hipótese de que a hidroxiuréia teria um efeito benéfico no estado de hipercoagulabilidade visto na AF; (2) avaliar o estado de hipercoagulabilildade presente na HbSC. Na primeira parte do estudo avaliamos a ação da hidroxiuréia nos principais componentes do balanço hemostático em pacientes com AF tratados (SS-HU) ou não (SS) com hidroxiureia; e estudamos o efeito da hidroxiureia na ativação final da coagulação em um modelo murino de AF incapaz de expressar a hemoglobina fetal. Nossos resultados mostraram que o tratamento com hidroxiuréia esteve associado com melhora dos marcadores de ativação da coagulação, incluindo redução na expressão gênica de fator tecidual (FT) (5.0[SS] vs. 2.6[SS-HU], p=0.02) e diminuição nos níveis plasmáticos de FT (p=0.01), complexo trombina-antitrombina III (TAT) (11.5[SS] vs. 7.5[SS-HU], p=0.03) e fragmento 1+2 da protrombina (301.5[SS] vs. 245[SS-HU], p=0.09). Os pacientes tratados com hidroxiuréia também apresentaram reduções significativas dos níveis de trombomodulina solúvel (3.6[SS] vs. 2.5[SS-HU], p=0.0007) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-_) (2.7[SS] vs. 0.3[SS-HU], p<0.0001). A redução dos marcadores de hipercoagulabilidade apresentou correlações significativas com o aumento da HbF e reduções dos marcadores de hemólise, ativação endotelial e inflamação. Em modelo murino de AF, a hidroxiuréia resultou em diminuição dos níveis plasmáticos de TAT (138.5[salina] vs. 106.7[HU], p=0.05). Esses resultados fornecem evidências de um efeito benéfico da hidroxiuréia em reduzir o estado de hipercoagulabilidade na AF. Na segunda parte do presente estudo, nós avaliamos os diversos componentes do balanço hemostático nos pacientes com HbSC e comparamos com os pacientes AF (SS e SS-HU). A comparação dos marcadores de hipercoagulabilidade entre pacientes HbSC e AF revelou que a expressão gênica do FT foi semelhante ao encontrado na AF (2.6[SC] vs. 3.1[SS+SS-HU], p=0.2), enquanto os níveis de TAT e D-dímero foram inferiores (TAT: 4.2[SC] vs. 7.4[SS+SS-HU], p<0.0001; D-dímero: 710.4[SC] vs. 1495[SS+SS-HU], p=0.0003). Em comparação com pacientes com AF, os pacientes com HbSC apresentaram níveis semelhantes de trombomodulina solúvel (3.2[SC] vs. 3.0[SS+SS-HU], p=0.6), TNF-_ (2.7[SC] vs. 2.2[SS+SSHU], p=0.5), e níveis inferiores de interleucina 8 (2.5[SC] vs. 3.2[SS+SS-HU], p=0.05). Dentre os pacientes com HbSC os marcadores de hipercoagulabilidade também apresentaram correlações significativas com marcadores de hemólise e inflamação. Em conclusão, nossos resultados fornecem evidências de um efeito benéfico da hidroxiuréia em reduzir o estado de hipercoagulabilidade na AF e demostram que existe uma ativação da coagulação na HbSC quando comparados a indivíduos normais, porém não tão intensa quanto a vista na AF / Abstract: Sickle cell anemia is characterized by the presence of vaso-occlusive crises and intravascular hemolysis with consequent depletion of nitric oxide, endothelial activation and chronic inflammation. Virtually all of the components of coagulation are altered in the procoagulant direction in sickle cell anemia, and thus an increased incidence of thromboembolic events has been described in this disease. Hydroxyurea is currently one of the mainstays of treatment of these patients, with the primary action of inducing an increase in fetal hemoglobin. Hemoglobin SC disease is the second most prevalent hemoglobinopathy after sickle cell anemia. There is a high incidence of thromboembolic events in hemoglobin SC disease, but very little is known about the activation of coagulation in this disease. This study was divided into two parts, with two main objectives: (1) test our hypothesis that hydroxyurea would have a beneficial effect on the hypercogulable state seen in sickle cell anemia; (2) evaluate the hypercoagulable state present in hemoglobin SC disease. In the first part of this study we evaluated the effect of hydroxyurea in the main components of the hemostatic balance of sickle cell anemia patients treated (SS-HU) or not (SS) with the drug; and we also evaluated the effect of hydroxyurea on thrombin generation in a sickle cell murine model, uncapable of expressing fetal hemoglobin. Our results showed that treatment with hydroxyurea was associated with reduced markers of coagulation activation, including a reduction in the expression of the tissue factor gene (5.0[SS] vs. 2.6[SS-HU], p=0.02) and in plasma levels of tissue factor (p=0.01), thrombin-antithrombin complex III (TAT) (11.5[SS] vs. 7.5[SS-HU], p=0.03), and prothrombin fragment 1+2 (301.5[SS] vs. 245[SS-HU], p=0.09). Patients treated with hydroxyurea also presented reductions in the levels of soluble thrombomodulin (3.6[SS] vs. 2.5[SS-HU], p=0.0007) and tumor necrosis fatoralpha (TNF-_) (2.7[SS] vs. 0.3[SS-HU], p<0.0001). Hypercoagulability markers presented significant correlations with the increase in fetal hemoglobin levels and reductions in hemolysis, endothelial activation and inflammation markers. In the murine model of sickle cell anemia hydroxyurea resulted in reduction of plasma levels of TAT (138.5[saline] vs. 106.7[HU], p=0.05). These results provide evidence that treatment with hydroxyurea has a beneficial effect of reducing the hypercoagulability state seen in sickle cell anemia. In the second part of this study, we studied the various components of the hemostatic balance in hemoglobin SC disease patients and compared them with sickle cell anemia patients (SS and SS-HU). The gene expression of tissue fator was similar to the expression seen in sickle cell anemia (2.6[SC] vs. 3.1[SS+SS-HU], p=0.2), while the levels of TAT and D-dimer were lower (TAT: 4.2[SC] vs. 7.4[SS+SS-HU], p<0.0001; D-dimer: 710.4[SC] vs. 1495[SS+SS-HU], p=0.0003). In comparison to patients with sickle cell anemia, patients with hemoglobin SC disease presented similar levels of soluble thrombomodulin (3.2[SC] vs. 3.0[SS+SS-HU], p=0.6), TNF-_ (2.7[SC] vs. 2.2[SS+SS-HU], p=0.5), and lower levels of interleukin 8 (2.5[SC] vs. 3.2[SS+SS-HU], p=0.05). In hemoglobin SC patients, the hypercoagulability markers presented significant correlations with hemolysis and inflammation markers. In conclusion, our results provide evidence that treatment with hydroxyurea has a beneficial effect of reducing the hypercoagulability state seen in sickle cell anemia, and that there is an activation of coagulation in hemoglobin SC disease when compared to normal individuals, but not as intense as seen in sickle cell anemia / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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Papel dos leucócitos na fisiopatologia da anemia falciforme / Role of leukocytes in sickle cell anemia pathophysiology

Almeida, Camila Bononi de, 1980- 18 August 2018 (has links)
Orientadores: Nicola Amanda Conran Zorzetto, Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T19:38:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Almeida_CamilaBononide_D.pdf: 2554249 bytes, checksum: c6b3764fee73b2d53da308d36c53522b (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Anemia falciforme (AF) é um distúrbio na síntese de hemoglobina causada por uma mutação pontual que leva a produção de uma hemoglobina anormal, HbS. Em locais com baixa concentração de O2, a HbS se polimeriza resultando em uma série de alterações que podem culminar em processos vaso-oclusivos, a principal causa de dor e mortalidade entre os pacientes falciformes. A AF é uma doença inflamatória crônica caracterizada por níveis de citocinas alterados, além de um elevado número de leucócitos e lesões nas células endoteliais. Os leucócitos apresentam um papel importante na AF uma vez que, seu recrutamento pode levar a um bloqueio do fluxo sanguíneo da microvasculatura, já que são células grandes, pouco deformáveis e que aderem facilmente ao endotélio ativado, além de interagirem com eritrócitos circulantes. As estratégias terapêuticas utilizadas e desenvolvidas para o tratamento da doença baseiam-se em 3 pontos principais: 1) diminuir a concentração intracelular de HbS como, por exemplo, aumento da HbF; 2) reduzir processos inflamatórios e o estresse oxidativo; 3) inibir a adesão celular e consequentemente, reduzir a vaso-oclusão (VO). A Hidroxiuréia (HU) é um agente quimioterápico que vem sendo utilizada com sucesso no tratamento da AF. Essa droga é capaz de elevar a HbF e também de reduzir o número de células brancas. Entretanto, além dos efeitos adversos provocados por ela, nem todos os pacientes respondem à terapia. Assim, faz-se necessária uma melhor compreensão da fisiopatologia da AF, incluindo o papel dos leucócitos e os mecanismos envolvidos no processo de VO, para o desenvolvimento de terapias alternativas. Neste estudo, tivemos como objetivos principais 1) verificar a ação de fatores presentes no soro de pacientes com AF quanto à modulação do número de neutrófilos e à geração de estresse oxidativo; 2) melhor compreensão do papel dos neutrófilos na iniciação e propagação de processos inflamatórios e consequentemente a participação dessas células no processo de VO. Dados indicaram que fatores presentes no soro de pacientes com AF são capazes de alterar a apoptose de neutrófilos e também iniciar a geração de espécies reativas de oxigênio (ROS), possivelmente pela ativação da enzima NADPH presente nestas células. Adicionalmente, resultados obtidos com um modelo de camundongo transgênico falciforme indicaram que a ativação da via dependente de GMPc pode ser uma abordagem interessante para a inibição da adesão de neutrófilos à parede vascular sob condições inflamatórias. Além disso, os dados mostram que o uso de drogas que amplificam os efeitos da HU poderiam ser úteis na prevenção da VO / Abstract: Sickle Cell Disease (SCD) is a disorder of hemoglobin synthesis, caused by a point mutation, and resulting in the production of abnormal sickle hemoglobin, HbS. The consequence of low oxygen levels is HbS polymerization, which is responsible for the vaso-occlusive phenomenon that is the hallmark of the disease. SCD is a chronic inflammatory disease characterized by alterations in cytokine levels and an increase in leukocytes number and endothelial cell injury. Leukocytes play an important role in SCD since their recruitment to the microvasculature, consequent adhesion to the vessel wall, and interactions with other cells may interrupt the blood flow and culminate in vaso-occlusion. Therapeutic strategies for SCD treatment are based on three points: 1) reduction of intracellular HbS concentration, for example, by increasing the erythrocytic HbF concentration; 2) reduction of inflammatory processes and oxidative stress; 3) inhibition of cellular adhesion and, as a consequence, a reduction in vaso-occlusion. HU is a chemotherapeutic drug used for SCD treatment. This drug is able to increase HbF concentrations and reduce white blood cells counts, although it has some adverse effects and some patients do not respond to this therapy. Thus, it is necessary to fully understand the mechanisms that contribute to the vaso-occlusive process, including the role of the leukocytes in this phenomenon. The goals of this study are: 1) To check the influence of factors present in SCD serum on mechanisms that may affect the neutrophil count and oxidative stress generation; 2) understand the role of neutrophils in the initiation and propagation of vascular inflammation and vaso-occlusion. Date indicate that factors present in the SCD serum are able to alter neutrophil apoptosis and induce reactive oxygen species (ROS) generation, possibly by the activation of the NADPH enzyme expressed in these cells. Additionally, results obtained from a SCD inflammatory mouse model indicate that an activation of the cGMP - dependent pathway can inhibit neutrophil adhesion to the vascular endothelium cells after inflammatory induction and that drugs that amplify the effects of HU may represent a potential new therapy for SCD treatment / Doutorado / Biologia Estrutural, Celular, Molecular e do Desenvolvimento / Doutor em Fisiopatologia Medica
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Aspectos da regulação do metabolismo do ferro nas hemoglobinopatias / Aspects of iron metabolism regulation in hemoglobinopathies

Fertrin, Kleber Yotsumoto, 1980- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T02:13:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fertrin_KleberYotsumoto_D.pdf: 1904934 bytes, checksum: a74beda8b565fcdc3f59ad37d66ca23e (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: As hemoglobinopatias são distúrbios hereditários em que uma mutação genética leva a alteração da produção normal de hemoglobina, tal como na anemia falciforme e nas talassemias ß. Na maioria dessas doenças, ocorre anemia com necessidade transfusional variável, o que pode acarretar sobrecarga corporal de ferro. Na talassemia ß intermediária, ocorre aumento espontâneo e desproporcional da absorção do ferro, com consequente excesso desse metal mesmo na ausência de transfusões. Com a evolução da terapia transfusional e o aumento da expectativa de vida desses pacientes, o conhecimento sobre a regulação do metabolismo do ferro tornou-se fundamental para melhor controle da sobrecarga de ferro. O principal regulador desse metabolismo é a hepcidina, um polipeptídeo produzido majoritariamente pelo fígado, porém também sintetizado por células do sistema fagocítico-mononuclear, em que seu papel é pouco conhecido. Uma citocina capaz de suprimir a produção de hepcidina é o GDF-15 (fator de crescimento e diferenciação 15). Neste estudo, com a avaliação de amostras de sangue de 103 pacientes com anemia falciforme, talassemia ß intermediária, anemia por deficiência de cobalamina ou outros tipos de anemia, constatou-se que o aumento dos níveis desse fator ocorre tanto em quadros de hemólise crônica quanto na presença de eritropoese ineficaz, constituindo um sinal da medula óssea modulador da absorção de ferro nos estados de aumento da eritropoese. Entretanto, evidenciou-se que a associação de supressão da hepcidina com altos níveis de GDF-15 ocorre nas hemoglobinopatias, mas não nas demais causas de anemia. Na anemia megaloblástica, a ausência de sobrecarga de ferro com níveis normais de hepcidina ao diagnóstico e sua queda durante o tratamento sugerem regulação da hepcidina independente de GDF-15 neste tipo de anemia. A análise da razão hepcidina/ferritina mostrou-se mais fidedigna que os níveis de hepcidina circulante na identificação dos estados em que há propensão a absorção aumentada de ferro por alta atividade eritropoética, e sugerem que o estado inflamatório crônico da anemia falciforme poderia exercer um fator protetor contra sobrecarga de ferro, quando comparados a talassemia intermediária, pela elevação relativa da produção de hepcidina. Além disso, observou-se uma correlação negativa entre a expressão gênica de hepcidina (gene HAMP) em monócitos humanos e os níveis de GDF-15, denotando um provável efeito regulatório semelhante ao descrito em hepatócitos. Não se identificou correlação entre essa expressão nos monócitos e marcadores de sobrecarga de ferro, corroborando a hipótese de a hepcidina ter outra função nessas células, não relacionada diretamente à absorção de ferro. Pacientes com anemia falciforme em uso de hidroxiureia apresentaram maiores níveis de expressão de hepcidina monocítica e obteve-se evidência in vitro de uma ação estimuladora dessa expressão por esse fármaco, caracterizando a hidroxiureia com potencial atividade agonista de hepcidina, de futuro interesse em estudos de sua aplicação clínica nos estados em que exista deficiência monocítica dessa proteína. Trata-se do primeiro estudo avaliando comparativamente hemoglobinopatias e outros tipos de anemia com e sem componente eritropoético ineficaz do ponto de vista dos reguladores da absorção de ferro, além de caracterizar, pela primeira vez, a expressão de hepcidina extra-hepática nos distúrbios da síntese de hemoglobina / Abstract: Hemoglobinopathies are inherited diseases in which a genetic mutation leads to abnormal production of hemoglobin, such as in sickle cell anemia or in the ß-thalassemias. In the majority of these disorders, anemia causes variable degrees of transfusion dependency, which may lead to iron overload. In ß-thalassemia intermedia, an increase in iron absorption occurs spontaneously and regardless from the total body iron stores, generating iron overload even in the absence of repeated transfusions. Owing to advances in transfusion medicine and to the improvement in the overall life expectancy of patients with hemoglobin disorders, further knowledge on the regulation of iron metabolism has become increasingly important for appropriate management of iron overload. The main regulator of iron metabolism is hepcidin, a polypeptide mainly produced by the liver, although its synthesis also occurs in phagocytic-mononuclear cells, in which its role is less known. Growth differentiation factor 15 (GDF-15) is a cytokine capable of downregulating hepcidin production. This study analyzed 103 blood samples from patients with sickle cell anemia, ß-thalassemia intermedia, cobalamin deficiency anemia and other types of anemia, showing elevation of GDF-15 plasmatic levels both in chronic hemolytic states and ineffective erythropoiesis, thus characterizing it as a signalling molecule produced by the bone marrow to stimulate iron absorption in the presence of increased erythropoietic activity. Nevertheless, hepcidin suppression was only associated with high levels of GDF- 15 in the hemoglobinopathies. In megaloblastic anemia, absence of iron overload with normal hepcidin levels, associated with their reduction during treatment, suggest that hepcidin regulation occurs independently from GDF-15 in thie type of anemia. Analysis of hepcidin/ferritin ratio proved to be more reliable to identify patients prone to increased iron absorption due to erythropoietic hyperactivity than hepcidin levels themselves and suggests that the chronic inflammatory state in sickle cell anemia may protect from iron overload by relatively increasing hepcidin levels in comparison to levels found in thalassemia intermedia. Moreover, we found a negative correlation between GDF-15 levels and HAMP monocytic expression, a regulatory mechanism similar to what has been observed in hepatic cell lines. In further analyses of the present study, no correlation between hepcidin expression and iron overload markers was observed in monocytes from patients with hemoglobinopathies, corroborating the hypothesis that the monocytic counterpart of hepcidin could have a different function, unrelated to iron regulation. Patients with sickle cell anemia under hydroxyurea treatment have been shown to present with higher levels of hepcidin expression in monocytes, and a cell culture model managed to demonstrate the upregulating effect of hydroxyurea in vitro, thus highlighting the possibility of exploring this drug in the future as a potential hepcidin agonist and, therefore, as a therapeutic intervention in diseases with impaired monocytic hepcidin production. This is the first study of molecules involved in iron metabolism regulation comparing hemoglobinopathies and other anemia types with and without ineffective erythropoiesis. Furthermore, this is the first characterization of extra-hepatic hepcidin expression in hemoglobin disorders / Doutorado / Biologia Estrutural, Celular, Molecular e do Desenvolvimento / Doutor em Fisiopatologia Medica
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A pessoa com doença falciforme em uma unidade de emergência: limites e possibilidades para o cuidar da equipe de enfermagem

Carvalho, Elvira Maria Martins Siqueira de January 2014 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2015-11-05T13:03:56Z No. of bitstreams: 1 Elvira Maria Martins Siqueira de Carvalho.pdf: 2164262 bytes, checksum: 2459194ee7d5695bfffe1d9155f55399 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-05T13:03:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elvira Maria Martins Siqueira de Carvalho.pdf: 2164262 bytes, checksum: 2459194ee7d5695bfffe1d9155f55399 (MD5) Previous issue date: 2014 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva, do tipo Estudo de Caso, sobre a pessoa com doença falciforme em unidade de emergência que teve como objetivos: analisar os limites e possibilidades da equipe de enfermagem no cuidado a pessoa com doença falciforme na unidade de emergência, identificar as necessidades de cuidado da pessoa com doença falciforme na unidade de emergência e descrever como a equipe de enfermagem cuida da pessoa com doença falciforme na unidade de emergência. O estudo foi desenvolvido em um Hospital Público Estadual, de alta complexidade, localizado no Município do Rio de Janeiro, especializado em hematologia, referência no atendimento a pessoas com doença hematológica. Participaram do estudo 32 pessoas, sendo 20 clientes com DF internados no setor de emergência e 12 membros da equipe de enfermagem que atuam no referido setor. A produção de dados foi desenvolvida no período de abril a setembro de 2014, mediante as técnicas de observação simples e entrevista semiestruturada. Após análise de conteúdo dos dados emergiram as seguintes categorias temáticas: A Pessoa com Doença Falciforme em unidade de emergência e O Cuidado de Enfermagem a pessoa com doença falciforme. A vivência das pessoas com Doença Falciforme está, geralmente, associada a sofrimento e ocorrência de múltiplas internações na emergência, principalmente devido à dor, agravo clínico mais comum da doença, que leva seus portadores a procurar atendimento para alívio dessa manifestação e suporte as demais intercorrências relacionadas ao desenvolvimento da doença. O cuidado a pessoa com DF, portanto, envolve para além do tratamento, considerar os fatores sociais, históricos e culturais que permeiam a experiência relacionada à doença falciforme e estão imbricados nos modos de agir dos próprios clientes e também dos profissionais nas instituições de saúde. Para cuidar dessas pessoas os membros da equipe de enfermagem precisam estar preparados para identificar e avaliar suas necessidades, visando o bem estar e autonomia das mesmas, mediante uma escuta atenta e sensível as suas demandas físicas, psicológicas e sociais para o planejamento e implementação de cuidados efetivos que propiciem melhora do quadro clinico, conforto e segurança durante a permanência no ambiente da emergência, o qual requer infraestrutura de recursos humanos e materiais adequados. Assim, considerando que a pessoa com Doença Falciforme necessita de cuidados contínuos de saúde, é fundamental estabelecer estratégias de participação ativa da mesma no autocuidado e tratamento, mediante ações educativas que possibilitem a promoção e manutenção da saúde com organização de programas de suporte com atividades em grupo sob coordenação da enfermeira, elemento facilitador no processo de conscientização da pessoa acerca da tomada de decisão quanto às ações de autocuidado para preservação da saúde e autonomia na realização das atividades de vida diária e melhoria da qualidade de vida / This is a qualitative, descriptive research, the type Case Study on the person with sickle cell disease in emergency unit that aimed to: analyze the limits and possibilities of the nursing staff caring person with sickle cell disease in the emergency department identify the care needs of people with sickle cell disease in the emergency department and describe how the nursing staff takes care of the person with sickle cell disease in the emergency department. The study was developed in a State Public Hospital, highly complex, located in the city of Rio de Janeiro, specializing in hematology, reference in caring for people with hematologic disease. The study included 32 people, including 20 customers with DF admitted to the emergency department and 12 members of the nursing staff who work in that sector. The production data was developed from April to September 2014, by the simple observation techniques and semi-structured interview. After data content analysis emerged the following thematic categories: The person with sickle cell disease in the emergency department and the nursing care the person with sickle cell disease. The experience of people with sickle cell disease is usually associated with pain and occurrence of multiple hospitalizations in emergency, mainly due to the pain, the most common clinical aggravation of the disease, which causes patients to suffer seek treatment for relief from this event and support the other complications related to the development of the disease. The care the person with PD, therefore, involves in addition to treatment, consider the social, historical and cultural factors that permeate the experience related to the disease and are intertwined in ways of acting of their own customers and professionals alike in health institutions. To take care of these people members of the nursing team must be prepared to identify and assess their needs, for the well being and autonomy of the same by a careful and sensitive listening to their physical, psychological and social demands for the planning and implementation of care that provide effective clinical improvement, comfort and safety while in the emergency room, which requires infrastructure human resources and materials. Considering that the person with sickle cell disease need for continuing health care, it is essential to establish active participation of the same strategies in self-care and treatment through educational activities that enable the promotion and maintenance of health programs supported organization with activities in group coordinated by nurse facilitator in the person's awareness about process of decision making regarding self-care actions to preserve the health and autonomy in activities of daily living and improved quality of life

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