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A causalidade jurídica na apuração das consequências danosas na responsabilidade civil extracontratual

Magadan, Gabriel de Freitas Melro January 2016 (has links)
La présente recherche aborde l’utilisation et l’application de la causalité juridique dans l’analyse, l’extension et la délimitation des conséquences des dommages résultant de la responsabilité civile extracontractuelle subjective. La thèse propose l’individualisation des éléments, favorisant une lecture et approche nouvelles de la causalité pour la détermination d’une zone circonscrite à la réparation de dommages et pour la création d’un modèle théorique de référence pour l’application pratique dans la sélection des dommages indemnisables. Elle a été divisée en deux parties. La première aborde l’origine, la notion et le développement conceptuel de la causalité, jusqu’à l’avènement d’une causalité juridique et l’application des théories de la causalité dans la résolution de problèmes à responsabilité civile ; l’individualisation d’éléments intégrants de la causalité pour la vérification et l’application dans l’analyse de dommages. Dans la deuxième, il est question de l’utilisation de la causalité juridique dans la sélection des dommages indemnisables, de son insertion dans le code civil brésilien en matière d’indemnisation, et de la formulation d’un régime d’imputation ; les cas difficiles, les dommages par ricochet et ceux de pertes d’opportunités, en étant vérifiée la perte d’une opportunité, et la preuve de la causalité, y compris les cas de présomption. / O presente trabalho trata da utilização e aplicação da causalidade jurídica na apuração, extensão e delimitação das consequências dos danos decorrentes da responsabilidade civil extracontratual subjetiva. A tese propõe a individualização de elementos que favoreçam uma nova leitura e abordagem da causalidade com vistas à determinação de uma zona circunscrita à reparação de danos e à criação de um modelo teórico de referência para a aplicação prática na seleção dos danos indenizáveis. Está dividido em duas partes. Na primeira, tratam da origem, da noção e do desenvolvimento conceitual da causalidade, até a assunção de uma causalidade jurídica e da aplicação das teorias da causalidade na solução de problemas de responsabilidade civil; a individualização de elementos integrantes da causalidade para a verificação e a aplicação na apuração de danos. Na segunda, a utilização da causalidade jurídica na seleção dos danos indenizáveis, a sua inserção no Código Civil brasileiro, em matéria de indenização, e a formulação de um regime de imputação; os casos difíceis, os danos por ricochete e os de perda de oportunidades, verificado na perda de uma chance, e a prova da causalidade, incluindo os casos de presunção. / This work approaches the use and application of legal causality in the calculation, extent and delimitation of the consequences of damage from subjective extra-contractual liability. The thesis proposes the individualization of elements that favor a new reading and approach of causality in view of determining a restricted zone to repair damages and the creation of a theoretical model of reference for the practical application in the selection of compensable damage. It is divided into two parts. The first deals with the origin, development and conceptual notion of causality, to the assumption of a legal causality and application of causality theories in solving liability issues; individualization of integral elements of causality for the verification and application in the calculation of damages. Second, the use of legal causality in the selection of compensable damage, its insertion into the Brazilian Civil Code, relating to compensation, and the formulation of a charging system; difficult cases, rebound damages and lost opportunity damages, found with the loss of a chance, and proof of causality, including cases of presumption.
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A causalidade jurídica na apuração das consequências danosas na responsabilidade civil extracontratual

Magadan, Gabriel de Freitas Melro January 2016 (has links)
La présente recherche aborde l’utilisation et l’application de la causalité juridique dans l’analyse, l’extension et la délimitation des conséquences des dommages résultant de la responsabilité civile extracontractuelle subjective. La thèse propose l’individualisation des éléments, favorisant une lecture et approche nouvelles de la causalité pour la détermination d’une zone circonscrite à la réparation de dommages et pour la création d’un modèle théorique de référence pour l’application pratique dans la sélection des dommages indemnisables. Elle a été divisée en deux parties. La première aborde l’origine, la notion et le développement conceptuel de la causalité, jusqu’à l’avènement d’une causalité juridique et l’application des théories de la causalité dans la résolution de problèmes à responsabilité civile ; l’individualisation d’éléments intégrants de la causalité pour la vérification et l’application dans l’analyse de dommages. Dans la deuxième, il est question de l’utilisation de la causalité juridique dans la sélection des dommages indemnisables, de son insertion dans le code civil brésilien en matière d’indemnisation, et de la formulation d’un régime d’imputation ; les cas difficiles, les dommages par ricochet et ceux de pertes d’opportunités, en étant vérifiée la perte d’une opportunité, et la preuve de la causalité, y compris les cas de présomption. / O presente trabalho trata da utilização e aplicação da causalidade jurídica na apuração, extensão e delimitação das consequências dos danos decorrentes da responsabilidade civil extracontratual subjetiva. A tese propõe a individualização de elementos que favoreçam uma nova leitura e abordagem da causalidade com vistas à determinação de uma zona circunscrita à reparação de danos e à criação de um modelo teórico de referência para a aplicação prática na seleção dos danos indenizáveis. Está dividido em duas partes. Na primeira, tratam da origem, da noção e do desenvolvimento conceitual da causalidade, até a assunção de uma causalidade jurídica e da aplicação das teorias da causalidade na solução de problemas de responsabilidade civil; a individualização de elementos integrantes da causalidade para a verificação e a aplicação na apuração de danos. Na segunda, a utilização da causalidade jurídica na seleção dos danos indenizáveis, a sua inserção no Código Civil brasileiro, em matéria de indenização, e a formulação de um regime de imputação; os casos difíceis, os danos por ricochete e os de perda de oportunidades, verificado na perda de uma chance, e a prova da causalidade, incluindo os casos de presunção. / This work approaches the use and application of legal causality in the calculation, extent and delimitation of the consequences of damage from subjective extra-contractual liability. The thesis proposes the individualization of elements that favor a new reading and approach of causality in view of determining a restricted zone to repair damages and the creation of a theoretical model of reference for the practical application in the selection of compensable damage. It is divided into two parts. The first deals with the origin, development and conceptual notion of causality, to the assumption of a legal causality and application of causality theories in solving liability issues; individualization of integral elements of causality for the verification and application in the calculation of damages. Second, the use of legal causality in the selection of compensable damage, its insertion into the Brazilian Civil Code, relating to compensation, and the formulation of a charging system; difficult cases, rebound damages and lost opportunity damages, found with the loss of a chance, and proof of causality, including cases of presumption.
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Genre et engagement : devenir "porteur-e de valises" en guerre d'Algérie (1954-1966) / Gender and commitment : becoming “porteur∙e de valises” during the Algerian war of Independence (1954-1966)

Gobin, Charlotte 28 February 2017 (has links)
Cette thèse se situe à la croisée de trois champs historiographiques : les études de genre, l’histoire des mobilisations collectives et l’histoire de la guerre d’indépendance algérienne en France. Elle questionne la manière dont certain∙e∙s hommes et femmes, Français∙e∙s et Européen∙ne∙s, ont été amené∙e∙s à prendre position contre la politique française en Algérie, jusqu’à rejoindre le soutien clandestin au Front de Libération Nationale (FLN), et qui sont surnommé∙e∙s les « porteur∙e∙s de valises ». L’approche prosopographique adoptée permet de retracer les processus qui entraînent certain∙e∙s hommes et femmes à entrer dans l’illégalité du soutien aux nationalistes algérien∙ne∙s, tout en soulignant la diversité des modes de socialisation, des matrices de l’engagement et d’entrée en militantisme. Elle permet également de réinterroger les modalités de ce soutien en guerre d’indépendance et, partant, de mettre au jour la variété des formes de soutien, souvent gommée par l’usage de l’expression générique « porteur∙e de valises ». Elle interroge, enfin, les conséquences biographiques et militantes de l’engagement dans le soutien. Questionner le genre de l’engagement des militant∙e∙s du soutien dans le contexte spécifique de la guerre d’indépendance algérienne permet d’enrichir et de nuancer l’analyse traditionnelle du soutien. Cette recherche fait apparaître la construction sociale et historique du féminin et du masculin, dont découle une bicatégorisation sexuée et hiérarchisée qui conditionne, structure ou exerce une influence sur l’entrée en militantisme, mais aussi sur les modes de militance ou encore sur l’analyse des mobilisations collectives. / At the crossroads of three historical fields (gender studies, history of collective actions and history of the Algerian war of Independence), this PhD thesis questions the way men and women, whether French or European, have been urged to position themselves against the French politics in Algeria and then to join the clandestine support to the National front of Liberation (FLN), becoming “porteur∙e∙s de valises”.The prosopographical approach adopted allows to retrace the many processes that led some men and women to clandestinely give support to the Algerian nationalists, while highlighting the diversity of the socialisation processes, the matrix of commitment and of entering in militant activities. Such an approach also allows to re-examine the forms and modalities of the clandestine support to the FLN, and thus, to underline their variety, which has often been undermined by the generic term “porteur∙e∙s de valises”. This prosopographical approach finally questions the consequences of this clandestine support, be them biographical or militant.Questioning the gender of such a commitment, in support to the clandestine FLN and in the very context of the Algerian war allows to both enrich and qualify the traditional analysis of this kind of support. This research reveals the social and historical construction of femininity and masculinity, from which comes out a hierarchised and gendered bi-categorisation that conditions, structures or influences the process on entering into militantism, but also the ways of militancy and, finally, the analysis of collective actions.
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Profils latents d'usage de substances psychotropes chez les consommateurs de cannabis à l'adolescence : les problèmes les plus fréquents par profil et les profils les plus représentés par problème

Turmel, Jessica 09 1900 (has links)
Le cannabis est la substance illicite la plus consommée à l’adolescence et ce, mondialement. Nous savons qu’un usage problématique de cannabis est susceptible d’entraîner une multitude de conséquences sur les plans physiques, psychologiques, sociaux et économiques. Or, les consommateurs constituent un groupe au profil hétérogène et n’expérimenteront pas tous des problèmes significatifs reliés à cet usage. Il s’avère donc important d’identifier les usagers à risque élevé de conséquences et de spécifier la nature de ces problèmes afin d’intervenir de façon efficace auprès de cette clientèle. Pourtant, bien que la littérature scientifique soulève l’idée que certains types de consommateurs présentent davantage de risques, l’état des connaissances ne révèle que peu d’informations de nature empirique qui permettraient de distinguer des autres usagers les profils d’adolescents davantage à risque. À cet effet, les typologies disponibles à ce jour sont généralement théoriques ou limitées aux études cliniques, font référence à des problèmes particuliers ou se basent sur des indicateurs spécifiques de la consommation tels que la fréquence d’usage. De plus, aucune étude jusqu’à maintenant n’est en mesure de nous pister quant aux types de problèmes associés plus spécifiquement à certains profils de consommation ni de préciser quels profils sont davantage représentés pour des conséquences données. Cette étude est basée sur les classes latentes de consommation découvertes dans l’étude de Fallu, Brière et Janosz (2014) à partir de plusieurs caractéristiques de consommation et comparées sur plusieurs prédicteurs et problèmes associés à la consommation. Son échantillon est constitué de 1618 élèves consommateurs de cannabis en secondaire 4. Cette étude examine quels sont les problèmes attribués et non-attribués les plus fréquents pour chacune des classes. Elle examine également quelles sont les classes les plus représentées pour différents problèmes attribués et non-attribués. Enfin, elle compare les résultats obtenus pour les problèmes attribués et non-attribués. La stratégie analytique employée a consisté à conduire des analyses descriptives, des analyses de Chi carrés ainsi que des analyses de variance univariée, parfois suivies d’une analyse post-hoc. Les résultats ont démontré que la classe d’appartenance peut prédire la survenue des différents problèmes que rencontrent les jeunes consommateurs, que certaines classes sont plus représentées pour certains problèmes et que les adolescents aux profils les plus lourds sont à risque de sous-estimer certains problèmes liés à leur consommation. L’une des principales découvertes concerne les deux classes précoces. Il semble que la classe des consommateurs modérés précoces présente un profil de problèmes davantage intériorisé et la classe des polyconsommateurs lourds précoces, davantage extériorisé. Les implications de ces résultats sont finalement discutées. / Cannabis is the most widely used illicit substance among adolescents worldwide. We know that cannabis misuse is likely to cause a variety of effects at physical, psychological, social and economic levels. However, consumers are a heterogeneous group and not all will experience significant problems associated with such use. It is therefore important to identify high-risk users and to specify the nature of these problems in order to intervene effectively with this clientele. Yet, although the scientific literature raises the idea that certain types of consumers are at higher risk, the current state of knowledge reveals little empirical information that would distinguish adolescents with higher risk profiles. To this end, the typologies available today are generally limited to theoretical or clinical studies, refer to specific problems, or are based on specific consumption indicators such as frequency of use. Furthermore, no study has yet been able to reveal the types of problems associated specifically with certain consumer profiles or to specify which profiles are more prone to various consequences. The present study is based on a latent class consumption model developed from several consumer characteristics found in the study by Fallu, Briere and Janosz (2014). They were compared with several predictors and problems associated with the consumption. The sample comes from within the context of evaluation of the New Approaches New Solutions (NANS) dropout prevention program, and consists of 1618 students who used cannabis in 10th grade. The subjects were annually evaluated from the 7th grade until the 11th. This study examines which attributed and non-attributed problems are most common for each class. It also examines which classes are most frequently assigned to different attributed and non-attributed problems. Finally, it compares the results obtained for the attributed and non-attributed problems. The analytical strategy used was to conduct descriptive analysis, chi-square analysis and univariate analysis of variance (ANOVA), sometimes followed by post-hoc tests when relevant. The results show that the class can predict the occurrence of various problems that young people face, that some classes are more represented for some problems, and that teenagers with heavier profiles are at risk of underestimating certain problems associated with their consumption. One of the main findings regarding the two early classes. It seems that early-moderate use students have a more internalized problems profile and those with early-heavy and polydrug use, a more externalized problems profile. Finally, the implications of these results are discussed.
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Les conséquences socio-spatiales de l'action publique patrimoniale : le cas de la cité épiscopale d'Albi inscrite sur la liste du patrimoine mondial de l'Unesco / The socio-spatial consequences of the patrimonial public action : the case of the episcopal city of Albi as a part of the UNESCO World Heritage Sites

Martin, Elsa 07 December 2015 (has links)
Rejoindre la Liste du Patrimoine mondial de l’UNESCO nourrit des espérances économiques, sociales et culturelles de la part des gestionnaires locaux, qui sont le plus souvent à l’initiative de la candidature. En effet, la valorisation du patrimoine porte des enjeux territoriaux tels que la mise en tourisme de la ville ou l’amélioration du cadre de vie pour ses habitants. Pourtant la littérature scientifique pointe aussi les effets pervers d’une patrimonialisation urbaine, notamment quand sont décrits les processus de gentrification des centres villes ou leur muséification. À l’interstice de ces aspects, notre questionnement porte sur les conséquences socio-spatiales de l’action patrimoniale sur ses ressortissants, c’est-à-dire ceux qui en sont les principaux destinataires. Notre parti pris méthodologique a été, à partir du cas de la Cité épiscopale d’Albi (Tarn) inscrite sur la Liste du Patrimoine mondial en 2010, de mobiliser une approche quantitative et qualitative auprès des principaux destinataires (résidents, commerçants, visiteurs). Le résultat de notre thèse est de confirmer que les conséquences socio-spatiales de l’action publique patrimoniale ne sont pas univoques selon les acteurs et les échelles d’analyse considérés. Elle produit des effets ambivalents par rapport aux objectifs annoncés dans le domaine de l’attractivité, dans celui de l’implication des habitants à la vie de la cité et dans le sentiment d’appartenance à la ville. De même, les pouvoirs publics n’arrivent pas à totalement empêcher la patrimonialisation de produire des effets non désirés dans le domaine de l’altération du cadre de vie des habitants. / Joining the UNESCO World Heritage Sites brings economic, social and cultural hope to the local administrators, who are, the most often, at the initiative of the application. As a matter of fact, the enhancement of the heritage carries territorial stakes such as the touristic development of the city or the quality of life improvement for the inhabitants. However, the scientific literature also points out the negative sides of an urban heritage designation, for instance, when in city centres gentrification or “museumification” processes are described. At the crossroads of these aspects, we question the socio-spatial consequences of the heritage activities on the inhabitants, i.e. those who are the main recipients. Our methodological bias was to mobilise a quantitative and qualitative approach to the main recipients (inhabitants, shopkeepers, visitors) in the case of the Episcopal City of Albi (Tarn) registered on the UNESCO’s list of world heritage in 2010. The result of our thesis is to confirm that the socio-spatial consequences of the public heritage action are not unequivocal depending on the stakeholders and the scale of analysis considered. It produces ambivalent effects compared to the goals announced regarding the attractiveness, the inhabitants' implication in the city life and sense of belonging to the city. Likewise, public authorities are not fully able to avoid the heritage activities producing undesired effects on the living conditions of the inhabitants.
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Victimisation secondaire : vers la création d’un outil standardisé

Deschênes, Audrey 07 1900 (has links)
La victimisation secondaire survient lorsque les victimes d’actes criminels subissent une première blessure par le crime et une seconde par les acteurs du système de justice pénale. Cependant, les recherches empiriques actuelles ne sont pas concluantes quant à l’impact du système de justice pénale sur les victimes. À cet effet, l’absence d’instrument standardisé pour mesurer la victimisation secondaire donne lieu à une opérationnalisation différente de ce construit d’une étude à l’autre, ce qui rend difficile la comparaison des études sur le sujet entre elles. Dans cette recherche, une tentative de standardisation de ce construit a été entreprise, afin de fournir une meilleure compréhension de la victimisation secondaire et de ses effets. Nous avons ainsi créé l’Institutional Betrayal Questionnaire in the Criminal Justice System (IBQ-CJS), un questionnaire que nous avons adapté et traduit en français à partir du Institutional Betrayal Questionnaire (IBQ) de Smith et Freyd (2013, 2017). L’IBQ-CJS a été employé auprès de 26 victimes (N = 26) impliquées dans des poursuites judiciaires et dont la cause avait été ou était présentement entendue devant une cour criminelle du Québec pour mesurer la victimisation secondaire. L’analyse des propriétés psychométriques de l’IBQ-CJS montre une bonne consistance interne (α = 0,82), alors que la validité de construit de l’instrument n’a pu être démontrée. L’IBQ-CJS a ensuite été employé pour explorer les facteurs de risque et les conséquences potentiellement associés à la victimisation secondaire, ce qui s’est avéré infructueux lors des analyses bivariées. Les limites et les avantages de cette étude, ainsi que les implications qui en découle pour de futures recherches, seront finalement soulignés. / Secondary victimisation occurs when crime victims are firstly harmed by the crime and suffer a second injury or an additional harm afterwards by the authorities of the criminal justice system. However, empirical studies conducted so far on the impact of the criminal justice system on victims are inconclusive. On this matter, the lack of a standardized measure for secondary victimisation has generated different operationalizations of this construct across studies, making it difficult to arrive to any generalizable conclusions regarding the results of past research. This study attempts to standardize this construct to give a better understanding of secondary victimisation and its effects. We created the Institutional Betrayal Questionnaire in the Criminal Justice System (IBQ-CJS), a questionnaire that we adapted and translated in French based on the Institutional Betrayal Questionnaire (IBQ) by Smith and Freyd (2013, 2017). The IBQ-CJS was employed among 26 victims (N = 26) who were involved in legal proceedings and whose causes were currently or had been heard in a criminal court of the province of Quebec to assess secondary victimisation. The analysis of the psychometric properties of the IBQ-CJS shows a high internal consistency (α = 0,82), although the construct validity of this instrument was inconclusive. The IBQ-CJS was secondly used to explore risk factors and consequences that might be linked to secondary victimisation, which also proved to be inconclusive using bivariate analysis. The limitations and the benefits of this study, as well as the implications it holds for future research, will finally be emphasized.
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Recours à l’avortement provoqué à Lomé (Togo) : évolution, facteurs associés et perceptions

N'Bouke, Afiwa 07 1900 (has links)
Le sujet de l’avortement provoqué demeure encore tabou au Togo et la compréhension du phénomène reste incomplète. La présente étude vise à dresser un portrait complet de ses divers aspects dans la capitale togolaise, qui a connu une baisse importante de la fécondité au cours des dernières années. À partir des données des Enquêtes démographiques et de santé (EDS) de 1988 et 1998, et de celles de l’Enquête sur la planification familiale et l’avortement provoqué (EPAP) de 2002, l’étude montre que le recours à l’avortement est à la hausse à Lomé, bien que l’estimation de son ampleur dépende de la méthode utilisée. Plus de 32 % des femmes ayant déjà été enceintes ont déclaré avoir avorté au moins une fois. Toutefois, l’avortement est plus fréquent chez les jeunes, qui y ont recours de manière plus précoce et plus rapprochée que leurs aînées. En contribuant ainsi à la régulation des naissances, l’avortement réduit la fécondité de 10 à 12 %. En utilisant les données de l’EPAP, réalisée auprès de 4755 femmes âgées de 15-49 ans, nous avons aussi étudié le recours à l’avortement comme une séquence d’étapes débutant par l’exposition au risque de grossesse jusqu’au recours à l’avortement, en passant par une absence de pratique contraceptive et le fait qu’une grossesse qui survient soit déclarée « non désirée ». L’ethnie et la génération sont associées à certaines étapes de la séquence alors que la religion, la parité, le statut matrimonial et le niveau d’instruction sont associés aux quatre étapes. Ainsi, le risque élevé d’avorter chez les femmes instruites découle en fait de leur risque élevé à toutes les étapes. En étant moins à risque de grossesse, les femmes qui ont au moins deux enfants sont plus susceptibles que les nullipares, d’utiliser une contraception moderne, de déclarer une grossesse comme non désirée et d’avorter. Si plusieurs grossesses non désirées surviennent aux âges jeunes, c’est surtout le caractère « hors union » de la grossesse qui fait qu’elle est considérée comme « non désirée » et interrompue. En outre, les femmes qui ont déjà avorté ou utilisé une contraception sont plus enclines à recourir à un avortement. Les résultats montrent également que le partenaire soutient souvent la femme dans la décision d’avorter et s’acquitte des coûts dans la majorité des cas. Malgré le fait qu’ils soient illégaux, plus de 40 % des avortements sont pratiqués à Lomé dans des centres de santé, par un membre du personnel médical, et à l’aide du curetage ou de l’aspiration. Mais, la moitié de ces avortements (22 %) avait été tentée au préalable par des méthodes non médicales. Plusieurs avortements ont aussi lieu soit à domicile (36 %), soit chez des tradi-thérapeutes (24 %), grâce à des méthodes non médicales. Par ailleurs, près de 60 % des avortements ont entraîné des complications sanitaires, conduisant la majorité des femmes à une hospitalisation. Sur le plan psychologique et relationnel, nous avons montré que la plupart des avortements ont entraîné des regrets et remords, de même que des problèmes entre les femmes et leurs parents. Les parents soutiennent en fait peu les femmes dans la décision d’avorter et interviennent rarement dans le paiement des coûts. L’étude a enfin révélé que la loi sur l’avortement est peu connue. Cependant, être âgée de 25 ans ou plus, en union ou très instruite, connaître des méthodes contraceptives, le recours d’une parente ou amie à l’avortement sont associés, toutes choses égales par ailleurs, à une plus grande chance de connaître la loi. L’analyse, en appuyant des déclarations des professionnels de la santé et des femmes, montre que malgré sa forte prévalence à Lomé, le recours à l’avortement demeure largement stigmatisé. Les quelques professionnels et femmes qui se sont prononcés en faveur de sa légalisation pensent que celle-ci permettrait de « réduire les avortements clandestins et risqués ». En fait, ce sont les femmes les plus instruites, âgées de 25 ans ou plus, utilisant la contraception, ayant déjà avorté ou connaissant quelqu’un l’ayant fait, qui sont plus aptes à approuver la légalisation de l’avortement. Celles qui appartiennent aux églises de type « pentecôtiste », plus sévères quant aux relations sexuelles hors mariage, sont par contre moins susceptibles que les catholiques d’avoir une telle attitude positive. / Induced abortion remains a taboo topic in Togo and the understanding of the phenomenon is still incomplete. This study aims to provide more complete portrait of its various aspects in the Togolese capital city, Lomé, where an important decrease in fertility has occurred during recent years. Using data from the 1988 and 1998 Demographic and Health Surveys (DHS) and from the 2002 Survey on Family Planning and Induced Abortion (EPAP), results clearly show that induced abortion prevalence has increased in Lomé, although the estimate of its magnitude depends on the method used. Overall, more than 32 % of ever-pregnant women declare having had at least one abortion. However, abortion is more common among young women, who make use of it at an earlier age and more frequently than older women. The intensity of abortion should then reduce fertility by 10 to 12 %. Using data from EPAP, conducted among 4755 women aged 15-49, we approached the abortion as a sequence of stages beginning with exposure to a pregnancy, going through a lack of contraceptive use and a declaration of a pregnancy as “unwanted” by the woman, and ending with abortion. While ethnicity and generation influence certain stages leading to the abortion, women’s religion, marital status and age, educational attainment and parity have significant association with all four stages. Thus, the expected high risk of abortion among educated women results from their higher likelihood at all stages. Even if they are less at risk of a pregnancy, women who have at least two children are more likely to use modern contraception, to declare a pregnancy as unwanted and to end it through abortion, compared to childless women. Even if several unwanted pregnancies occur at younger ages, it is mainly the “out of wedlock” character of the pregnancy that leads it to be considered as unwanted and to be interrupted. In addition, women who had a previous abortion or who used contraception are more likely to resort to abortion. The study also shows that the partner often supports the woman in the abortion decision-making process, and, in most cases, he pays the related costs. Even though they are clandestine, more than 40 % of abortions in Lomé are performed in healthcare centers by medical staff, and by using curettage or aspiration. However, in half of these cases (22 %), abortions had been previously attempted using non-medical methods. Probably to keep the abortion secret, many abortions also take place either at home (36 %) or through traditional therapists (24 %) using non-medical abortion methods. Consequently, almost 60 % of abortions resulted in health complications, leading the majority of women to hospitalization. On the psychological and relational side, we find that most women who have had abortions express regrets and remorse, and also commonly speak of problems between themselves and their parents. In fact, parents are rarely involved in the abortion decision-making and almost never pay the abortion fees. Finally, this study shows that the abortion law is barely known in Lomé. However, being older than 24 years, in a relationship or highly educated, having knowledge of contraceptive methods, having a relative or a friend who had an abortion are associated, other factors being equal, to a better knowledge of the law. By supporting qualitative statements from health professionals and women, the analysis illustrated that, despite its high prevalence in Lomé, abortion remains widely stigmatized. The few professionals and women, who are in favour of its legalization, believe that this would “reduce illegal and unsafe abortions”. Opinion on the legalization of abortion, which remains a sensitive and little studied topic, is influenced by women’s characteristics, especially their religion. In fact, women attending “Pentecostal churches”, which are less tolerant of sexual relations outside marriage, are less likely than Catholics to approve the legalization of abortion. The most educated and older women, those who use contraception, who had an abortion or know someone who had an abortion, are also more likely to have such positive attitude.
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Unfairness and stress at work : an examination of two competing approaches : organizational justice and effort reward imbalance / L'injustice et le stress au travail : évaluation de deux approches concurrentes : la justice organisationnelle et le déséquilibre effort/récompense

Murtaza, Ghulam 23 March 2017 (has links)
L’injustice au travail engendre des émotions négatives chez les employés, ces émotions influencent les résultats du travail. Cette recherche vise à mettre en évidence cette perspective en utilisant deux approches théoriques alternatives de l’injustice au travail : La justice organisationnelle et le déséquilibre effort-récompense ainsi que leurs conséquences sur les deux différents échantillons. Basé sur une étude transversale, ce travail compare la justice organisationnelle et le déséquilibre effort-récompense en examinant les perceptions de l’injustice par les employés et leurs relations aux rendements au travail au Pakistan (N=583) et en France (N=241). En plus, nous examinons les effets modérateurs des valeurs humaines sur la relation entre l’injustice au travail et le rendement. Cependant, les résultats de l'analyse de la régression hiérarchique révèlent que les deux modèles théoriques de l’injustice (la justice organisationnelle et le déséquilibre effort-récompense) étaient positivement liés à l'épuisement lié au travail et à l'intention de départ, et négativement liés à l'engagement organisationnel, et au comportement au travail. Nous avons démontré que les valeurs humaines et la sensibilité à l’équité modèrent la relation entre l’injustice et les conséquences du stress dans les deux échantillons. Nous avons aussi abordé notre contribution à la littérature existante, les multiples implications managériales et les pistes de recherches. / Unfairness at work often causes in inducing negative emotions among employees that influence their work outcomes or strains. In this research, we seek to advance this perspective by using two alternative theoretical models of unfairness at work: organizational (in)justice and effort-reward imbalance and its consequences on two different samples of employees. Based on cross-sectional two different samples this study offered a comparison between organizational (in)justice and effort-reward imbalance in examining employees' unfair perceptions and their relationships to work outcomes in Pakistan (N=583) and in France (N=241).Further, this research examined the moderating effects of personal human values and equity sensitivity between the relationships of unfairness at work and outcomes. However, results of hierarchical regression analysis revealed that both theoretical models of unfairness (organizational (in)justice and effort-reward imbalance) were positively related to job-burnout, turnover intention whereas negatively related to organizational commitment, employees’ performance, and employees in role behavior. We also found that personal human values and equity sensitivity moderated the relationship between unfairness and stress outcomes in both samples. Contribution towards the existing literature, managerial implications, and future research direction was also discussed.
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La maladie cœliaque et les allergies alimentaires sévères : les effets sur les relations sociales au Québec.

Brabant, Mireille 04 1900 (has links)
Cette recherche porte sur les conséquences sociales, au Québec, de la maladie cœliaque et des allergies alimentaires. Elle vise à expliquer et comprendre comment la maladie cœliaque et les allergies alimentaires influencent les relations sociales, les activités sociales et les perceptions des personnes qui vivent avec ces conditions, ainsi que celles de leurs proches. Pour ce faire, des entrevues semi-dirigées ont été effectuées auprès de 11 participants qui étaient soit cœliaque, allergique ou membre de l’entourage. Durant ces entrevues, il a été question de diagnostic, d’accidents alimentaires, d’accessibilité, d’activités amicales, de la réaction et de l’adaptation de la famille, de perceptions et de relations amoureuses. Une comparaison, entre les expériences des cœliaques et des allergiques, est réalisée suite à la description celles-ci. Les données d’entrevues ont été analysées avec le concept d’habitus de Bourdieu (1980), les concepts d’agency et de règles de Giddens (1979), les concepts d’exclusion et d’identité ainsi qu’avec les différentes définitions de la maladie et une échelle de gravité des perceptions. De cette recherche, on notera que les perceptions de la maladie sont différentes chez les cœliaques et les allergiques. La maladie cœliaque tend à être moins prise en charge par les professionnels de la santé et être considérée avec moins de sérieux, par les cœliaques et la population générale, que les allergies alimentaires. Les deux conditions amènent une modification de l’habitus et une période d’adaptation. Par contre, cet exercice semble être plus difficile et complexe pour les cœliaques que les allergiques, dû à l’âge où la condition est découverte. Dépendant de la souplesse de l’habitus individuel et de groupe, la confrontation à cette reformulation de l’habitus se produira plus ou moins bien. Dans le cas où la confrontation prend une tangente négative, il en découlera une désapprobation sociale ou un déni personnel qui mènera à l’exclusion. La littérature indique généralement que la qualité de vie des cœliaques et des allergiques diminue progressivement avec le temps, entraînant des conséquences négatives au niveau social, émotif et physique. Mes participants semblent, toutefois, bien vivre avec leur condition respective puisqu’ils profitent d’un bon support de la part de leur entourage. / This research is about the social consequences, in Québec, of the celiac disease and food allergies. Its aim is to bring an explanation and a better understanding of how celiac disease and food allergies influence the social relations, the social activities and the perceptions of the people that are living with those conditions and their close relations. With this aim in mind, semi-directed interviews were carried out with 11 participants that were either celiac, allergic or near relations. During these interviews, diagnostic, food accidents, accessibility, activities with friends, the family’s reaction and adaptation, perceptions and relationships were the main topics that were discussed. The experiences of the people living with celiac disease (CD) or food allergies (FA) were compared following their description. The data stemming from the interviews was analysed by using Bourdieu’s habitus concept (1980), Giddens’s concepts of agency and rules (1979), concepts of exclusion and identity as well as the definitions of sickness, illness and disease and a gravity scale of perceptions. From this research will be noticed that perception of illness is different for the people living with CD than those living with FA. CD tends to be taken less in charge by health professionals and to be taken with less seriousness, by people living with CD and the general population, than FA are. Both conditions lead to a modification of habitus and an adaptation phase. Nevertheless, these changes seem to be harder to deal with and more complex for people living with CD than for people living with FA because of the age period where the condition was revealed. Depending on the flexibility of the individual and group habitus, the confrontation to the recasting of habitus will go more or less well. If the confrontation is more on the negative side of the spectrum, social disapproval or personal denial will take place, leading to exclusion. The literature generally shows that the quality of life for people living with CD and FA gradually diminishes over time, bringing negative social, emotional and physical consequences. My participants, however, are apparently living well with their respective conditions because they benefit from a good support of their peers.
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Recours à l’avortement provoqué à Lomé (Togo) : évolution, facteurs associés et perceptions

N'Bouke, Afiwa 07 1900 (has links)
Le sujet de l’avortement provoqué demeure encore tabou au Togo et la compréhension du phénomène reste incomplète. La présente étude vise à dresser un portrait complet de ses divers aspects dans la capitale togolaise, qui a connu une baisse importante de la fécondité au cours des dernières années. À partir des données des Enquêtes démographiques et de santé (EDS) de 1988 et 1998, et de celles de l’Enquête sur la planification familiale et l’avortement provoqué (EPAP) de 2002, l’étude montre que le recours à l’avortement est à la hausse à Lomé, bien que l’estimation de son ampleur dépende de la méthode utilisée. Plus de 32 % des femmes ayant déjà été enceintes ont déclaré avoir avorté au moins une fois. Toutefois, l’avortement est plus fréquent chez les jeunes, qui y ont recours de manière plus précoce et plus rapprochée que leurs aînées. En contribuant ainsi à la régulation des naissances, l’avortement réduit la fécondité de 10 à 12 %. En utilisant les données de l’EPAP, réalisée auprès de 4755 femmes âgées de 15-49 ans, nous avons aussi étudié le recours à l’avortement comme une séquence d’étapes débutant par l’exposition au risque de grossesse jusqu’au recours à l’avortement, en passant par une absence de pratique contraceptive et le fait qu’une grossesse qui survient soit déclarée « non désirée ». L’ethnie et la génération sont associées à certaines étapes de la séquence alors que la religion, la parité, le statut matrimonial et le niveau d’instruction sont associés aux quatre étapes. Ainsi, le risque élevé d’avorter chez les femmes instruites découle en fait de leur risque élevé à toutes les étapes. En étant moins à risque de grossesse, les femmes qui ont au moins deux enfants sont plus susceptibles que les nullipares, d’utiliser une contraception moderne, de déclarer une grossesse comme non désirée et d’avorter. Si plusieurs grossesses non désirées surviennent aux âges jeunes, c’est surtout le caractère « hors union » de la grossesse qui fait qu’elle est considérée comme « non désirée » et interrompue. En outre, les femmes qui ont déjà avorté ou utilisé une contraception sont plus enclines à recourir à un avortement. Les résultats montrent également que le partenaire soutient souvent la femme dans la décision d’avorter et s’acquitte des coûts dans la majorité des cas. Malgré le fait qu’ils soient illégaux, plus de 40 % des avortements sont pratiqués à Lomé dans des centres de santé, par un membre du personnel médical, et à l’aide du curetage ou de l’aspiration. Mais, la moitié de ces avortements (22 %) avait été tentée au préalable par des méthodes non médicales. Plusieurs avortements ont aussi lieu soit à domicile (36 %), soit chez des tradi-thérapeutes (24 %), grâce à des méthodes non médicales. Par ailleurs, près de 60 % des avortements ont entraîné des complications sanitaires, conduisant la majorité des femmes à une hospitalisation. Sur le plan psychologique et relationnel, nous avons montré que la plupart des avortements ont entraîné des regrets et remords, de même que des problèmes entre les femmes et leurs parents. Les parents soutiennent en fait peu les femmes dans la décision d’avorter et interviennent rarement dans le paiement des coûts. L’étude a enfin révélé que la loi sur l’avortement est peu connue. Cependant, être âgée de 25 ans ou plus, en union ou très instruite, connaître des méthodes contraceptives, le recours d’une parente ou amie à l’avortement sont associés, toutes choses égales par ailleurs, à une plus grande chance de connaître la loi. L’analyse, en appuyant des déclarations des professionnels de la santé et des femmes, montre que malgré sa forte prévalence à Lomé, le recours à l’avortement demeure largement stigmatisé. Les quelques professionnels et femmes qui se sont prononcés en faveur de sa légalisation pensent que celle-ci permettrait de « réduire les avortements clandestins et risqués ». En fait, ce sont les femmes les plus instruites, âgées de 25 ans ou plus, utilisant la contraception, ayant déjà avorté ou connaissant quelqu’un l’ayant fait, qui sont plus aptes à approuver la légalisation de l’avortement. Celles qui appartiennent aux églises de type « pentecôtiste », plus sévères quant aux relations sexuelles hors mariage, sont par contre moins susceptibles que les catholiques d’avoir une telle attitude positive. / Induced abortion remains a taboo topic in Togo and the understanding of the phenomenon is still incomplete. This study aims to provide more complete portrait of its various aspects in the Togolese capital city, Lomé, where an important decrease in fertility has occurred during recent years. Using data from the 1988 and 1998 Demographic and Health Surveys (DHS) and from the 2002 Survey on Family Planning and Induced Abortion (EPAP), results clearly show that induced abortion prevalence has increased in Lomé, although the estimate of its magnitude depends on the method used. Overall, more than 32 % of ever-pregnant women declare having had at least one abortion. However, abortion is more common among young women, who make use of it at an earlier age and more frequently than older women. The intensity of abortion should then reduce fertility by 10 to 12 %. Using data from EPAP, conducted among 4755 women aged 15-49, we approached the abortion as a sequence of stages beginning with exposure to a pregnancy, going through a lack of contraceptive use and a declaration of a pregnancy as “unwanted” by the woman, and ending with abortion. While ethnicity and generation influence certain stages leading to the abortion, women’s religion, marital status and age, educational attainment and parity have significant association with all four stages. Thus, the expected high risk of abortion among educated women results from their higher likelihood at all stages. Even if they are less at risk of a pregnancy, women who have at least two children are more likely to use modern contraception, to declare a pregnancy as unwanted and to end it through abortion, compared to childless women. Even if several unwanted pregnancies occur at younger ages, it is mainly the “out of wedlock” character of the pregnancy that leads it to be considered as unwanted and to be interrupted. In addition, women who had a previous abortion or who used contraception are more likely to resort to abortion. The study also shows that the partner often supports the woman in the abortion decision-making process, and, in most cases, he pays the related costs. Even though they are clandestine, more than 40 % of abortions in Lomé are performed in healthcare centers by medical staff, and by using curettage or aspiration. However, in half of these cases (22 %), abortions had been previously attempted using non-medical methods. Probably to keep the abortion secret, many abortions also take place either at home (36 %) or through traditional therapists (24 %) using non-medical abortion methods. Consequently, almost 60 % of abortions resulted in health complications, leading the majority of women to hospitalization. On the psychological and relational side, we find that most women who have had abortions express regrets and remorse, and also commonly speak of problems between themselves and their parents. In fact, parents are rarely involved in the abortion decision-making and almost never pay the abortion fees. Finally, this study shows that the abortion law is barely known in Lomé. However, being older than 24 years, in a relationship or highly educated, having knowledge of contraceptive methods, having a relative or a friend who had an abortion are associated, other factors being equal, to a better knowledge of the law. By supporting qualitative statements from health professionals and women, the analysis illustrated that, despite its high prevalence in Lomé, abortion remains widely stigmatized. The few professionals and women, who are in favour of its legalization, believe that this would “reduce illegal and unsafe abortions”. Opinion on the legalization of abortion, which remains a sensitive and little studied topic, is influenced by women’s characteristics, especially their religion. In fact, women attending “Pentecostal churches”, which are less tolerant of sexual relations outside marriage, are less likely than Catholics to approve the legalization of abortion. The most educated and older women, those who use contraception, who had an abortion or know someone who had an abortion, are also more likely to have such positive attitude.

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