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Mesmidade ouvinte & alteridade surda : invenções do outro surdo no Curso de Educação Especial da Universidade Federal de Santa MariaRampelotto, Elisane Maria January 2004 (has links)
Esta tese, “Mesmidade Ouvinte & Alteridade Surda: invenções do outro surdo no Curso de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria”, deseja problematizar algumas questões que estão engendradas nesse curso e que, de uma certa forma, estão produzindo o outro surdo. O objetivo da pesquisa é buscar e analisar, nas formas de se narrar e de narrar, como é inventado o outro surdo pelas professoras que formam professores para a educação desse outro. Minhas questões de investigação estão relacionadas ao processo de formação de professores de surdos da UFSM que, legitimados pelos discursos e saberes da universidade, são inventados e inventam uma outra forma de ser professor. Para análise, trago como material de investigação as narrativas das professoras que formam no Curso de Educação Especial de Santa Maria ‐ RS. Utilizo como instrumento a entrevista – documento que registra a experiência de ser professora de professores em formação, na área da educação de surdos. É possível perceber, com a análise dos fragmentos das narrativas, que todas as professoras falam da experiência que se faz, que se dá, que se oferece, mas elas não falam de si. Parece, então, que o problema da experiência na formação é só da experiência do próprio professor. Ela não diz nada a respeito da experiência do outro.
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O ser e o estar sendo surdos : alteridade, diferença e identidadePerlin, Gladis Teresinha Taschetto January 2003 (has links)
Esta Tese escrita em língua de fronteira aproxima-se das referências imediatas do ser e do estar sendo surdos elucidando a epistemologia que introduz o seu conceito de diferença, conceito naturalmente firmado no interior, no chão onde reside o povo surdo. O textual do ser e do estar sendo surdos se desenvolve no embasamento de uma temporalidade diferente, no propósito das experiências, das trajetórias que acompanham o discurso utilizado. A perspectiva que o pós-colonialismo, o pós-estruturalismo e os estudos culturais oferecem para os estudos surdos nos meios que possibilitam a estabilidade como espaço para o encontro da alteridade, diferença e identidade se sobressaem como propositores de nova ordem. Ser surdo, naturalmente envolve um processo vital. O evento discursivo da diferença e da afirmação política do ser surdo introduz o resultado elucidativo da matriz produtiva que se constituem em produções políticas. A tese introduz a meta e aos reflexos que adentram questões de alteridade diferença e identidade. Introduz nos campos da experiência do ser e do estar sendo surdos, introduz inclusive nos campos do povo surdo, sua história, sua cultura. No momento perpassa os espaços cruciais da diminuição vivida nos terraplenos da educação, da inclusão, dos meios sociais, das produções decorrentes que vêm a abundar no campo colonial subjacente. E revela que não se pode sugerir passivamente a linha de argumentação que passa pela lógica da ideologia opositora ou insistentemente denominada lógica do colonialismo ou lógica do ouvintismo. É esse o vaivém que introduz a uma política de representação da diferença do ser e do estar sendo surdos contrapondo a proposta ambivalente da perigosa presença de suas estratégias bem como do historicismo e do periodismo.
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Processo de apropriação da escrita da língua de sinais e escrita da língua portuguesa informática na educação de surdosLoureiro, Cristiane de Barros Castilho January 2004 (has links)
Ao tratarmos da Educação para Surdos, a presente dissertação insere-se no plano de discussão que envolve duas visões diferentes: uma clínica-orgânica e outra sócio cultural. Partindo destas visões, encaminhamos apontamentos da Proposta Educacional Bilíngüe postulando características que envolvem a alfabetização do Surdo, quando inserido em padrões próprios de sua cultura enfatizando a comunicação através da LIBRAS e da escrita de sua língua natural. Para tanto, buscamos embasamento em ambientes digitais concentrando nosso estudo no aprimoramento de um teclado padrão, transformando-o em suporte para a escrita dos sinais. Assim sendo, o objetivo desta dissertação volta-se para a observação de como se dá o processo de apropriação da escrita da língua de sinais e da língua portuguesa em atividades mediadas por ambientes digitais de aprendizagem. Mostramos que, a partir da abordagem de investigação qualitativa envolvendo três (3) estudos de casos, sujeitos surdos construíram páginas pessoais apropriando-se da escrita dos sinais utilizando o teclado especial na seleção dos símbolos, construindo sinais, frases e textos. Desenvolveram estratégias de escrita de acordo com a LIBRAS estruturando e organizando constituintes fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos em suas construções. Constatamos a produção de textos correspondentes com a estrutura de sua própria língua e podemos ressaltar que houve aumento do vocabulário para a língua portuguesa buscando modelos mais descritivos e explanatórios de comunicação escrita. Evidenciamos, ao final, que a pesquisa realizada proporcionou a abertura para novos campos de investigação, no que se refere a construção e transmissão da escrita dos sinais formalizando acervos culturais e abriram possibilidades de comunicação proporcionando interações mais significativas entre todos desmistificando as diferenças.
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O que a criança nos diz quando parece nada falar? : o desbloqueio do discurso falado através do não-verbalMastrascusa, Celso Luiz January 2005 (has links)
Esta dissertação tem como base o estudo de caso de uma criança com dificuldade na fala, diagnosticada por neurologista, fonoaudiólogo e psicólogo como apresentando um distúrbio no desenvolvimento global com suspeita de deficiência mental. A metodologia está amparada na forma e na estrutura que FREUD se utiliza na descrição do caso do pequeno Hans (1909), onde a criança é falada por seus pais. Utilizamos como referencial teórico a Psicomotricidade Relacional, a Psicanálise e a Educação Inclusiva, fazendo parte de uma idéia de estrutura interligada e inter-relacionada. Seus fundamentos foram caminhos ao tema desta dissertação ou seja: o que a criança nos diz quando parece nada falar? o desbloqueio do discurso falado através do não-verbal. Este desbloqueio do discurso falado, que no início das sessões propostas pelo pesquisador com base na comunicação não-verbal, apresentava-se, pela criança (estudo de caso), apenas com monossílabas e a repetição de uma palavra “amnei”, foi aos poucos e progressivamente, evoluindo a outras palavras, chegando a frases pequenas, juntamente com sua mudança de comportamento e relacionamento na família e na escola. Nossa abordagem visa fazer emergir da criança seus desejos, seus interesses, suas faltas e falas, através do jogo livre e espontâneo, do brincar, na busca de seu reconhecimento de sujeito diferente, portanto único, ator, atuante. O foco psicoafetivo do sujeito é o cerne de nossa atuação, onde o facilitador, orientador das sessões, deve estar disponível e disposto a interagir mas observando o desejo da criança, favorecendo a realização simbólica de seus desejos e frustrações inconscientes. Desta forma pretendemos apresentar, quem sabe, novas formas e maneiras de abordagens possíveis a serem realizadas com crianças com dificuldades na aprendizagem, procurando restabelecer a dinâmica do desejo do ser, em busca de sua autonomia, utilizando suas possibilidades na resolução dos problemas.
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Imagens para além do olhar : escritas possíveis na escola especialFerreira, Anelise Barra January 2004 (has links)
A presente dissertação visa, ao mapear e analisar as concepções elaboradas pelos alunos na aquisição do sistema de escrita no contexto da escola especial, oferecer uma versão das possibilidades de aprendizagem dos alunos “com deficiência mental”. As produções e interpretações escritas (escrita do nome, palavras, frases, textos) realizadas na dinâmica da sala de aula de uma turma coordenada pela pesquisadora apresentaram nove alunos na condição de “leitores e de escritores em processo”, construtores de variadas e particulares reflexões em interação com este objeto de conhecimento. A intervenção efetiva da professora e do contexto escolar enquanto intérpretes e informantes deste conhecimento culturalmente organizado tornou-se fundamental no sentido de oferecer uma série de vivências significativas com atos de leitura e escrita, possibilitando aos alunos um questionar-se e o desejo de apropriar-se da cultura escrita. Observou-se uma rede (não linear) de concepções que oscilavam entre diferentes níveis de conceitualização. O olhar teórico foi determinante no sentido de possibilitar visualizar o processo de alfabetização, dando a compreender o que poderia ser entendido como “erro, imaturidade ou deficiência” como formas de pensar diferenciadas da convencional, pertinentes ao processo de desenvolvimento e de aprendizagem em geral, como nos mostram os autores Emilia Ferreiro, Ana Teberosky e David Olson. Reconheceu-se o sujeito inventivo da teoria piagetiana. Este entendimento marca possibilidades de se viver novas formas de ser, diferenciadas do padrão “deficiente mental”: o de um aluno que também pode vir a ser letrado, independentemente de dominar ou não a forma oficial do sistema de escrita. Uma pessoa que assina seu nome e suas aprendizagens. / The present dissertation presents the concepts students with mental deficiencies are able to build when acquiring the written code, and discusses a version of these students´ learning possibilities. Their written productions and interpretations (spelling of names and words, writing of full statements and texts) emerge as a result of a classroom dynamic work coordenated by the present researcher. The study finds out nine students as readers-and-writers-in-process – able of producing varied and private reflections in interaction with the target object. The effective intervention of the teacher and the whole school context, as interpreters and communicators of this culturally-organized-knowledge, became crucial factors to offer students a series of meagninful experiences of life along to the reading and writing tasks, so the students behaved like questioning themselves and had the wish to acquire the written code. It was possible to observe a growing network of concepts (not in a linear basis), which floated among different levels of nominalization. The theoretical choice, making it clear what we should consider or should not consider as an “error”, “imaturity” or a “deficiency”. It also was decisive to best visualize the literacy process in a different approach from the ones used by convencional learning and development practices, as Emilia Ferreiro, Ana Teberosky and David Olson have pointed out. It made possible to recognize the inventive subject according to the piagetian theory. The understanding that underlines this work sets new possibilities of living new ways of being, which differ from the mental deficient standard. We talk about a student that is also able to become lectured, and that despite acquiring or not the official writen code, is a person who is able to sign his/her name and his/her productions.
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A produção da anormalidade surda nos discursos da educação especialLunardi, Marcia Lise January 2003 (has links)
A presente tese, A Produção da Anormalidade Surda nos Discursos da Educação Especial, insere-se no terreno das discussões que pretendem examinar as relações entre normalidade/anormalidade e poder/saber. Tendo como foco principal a Política Nacional de Educação Especial (PNEE), ela aponta para as formas como um dispositivo pedagógico torna possível a produção de um aparato de verdades que, ao dizer coisas sobre os sujeitos deficientes e ao definir modelos para conduzir a ação pedagógica a eles dirigida, operam na constituição de subjetividades anormais. Tal empreendimento analítico foi constituído a partir de um conjunto de ferramentas extraídas do campo dos Estudos Culturais, principalmente aqueles que estão próximos a uma perspectiva pós-estruturalista; entre elas, destaco as noções foucaultianas de poder disciplinar, biopoder e normalização. Tais ferramentas possibilitaram-me operar sobre as formas como os discursos instituídos pelas práticas da Educação Especial colocam em funcionamento estratégias de normalização para os sujeitos surdos. Mostrei, por meio da análise desses discursos, como os surdos são constituídos como sujeitos patológicos e como se incide sobre eles uma terapêutica que é capaz de acionar mecanismos de correção, exame e vigilância, uma vez que analisam, decompõem e classificam esses sujeitos e estabelecem sobre eles a partilha entre normalidade e anormalidade. Também problematizei a norma como uma estratégia de gerenciamento do risco social. Faço isso por meio da análise dos discursos das políticas de inclusão voltadas para os sujeitos surdos. Evidencio, ao final, a pedagogia da diversidade como uma estratégia normalizadora que, ao enaltecer as diferenças, captura-as a partir de uma norma transparente, colocando em funcionamento uma operação de apagamento das diferenças.
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Cenário armado, objetos situados : o ensino da geografia na educação de surdosSilva, Claudionir Borges da January 2003 (has links)
A pesquisa teve por objetivo apresentar atividades didáticas envolvendo a Língua Brasileira de Sinais com o intuito de estabelecer uma relação de mútuo reforço entre o ensino de Geografia e a utilização da leitura e escrita da língua portuguesa a partir da inclusão de alunos surdos em uma escola de Ensino de Jovens e Adultos. Na primeira parte da dissertação foi analisado o histórico das propostas pedagógicas para educação de surdos e os conflitos gerados pela disputa de saber e poder. A segunda parte, apresenta a abordagem do espaço na perspectiva geográfica e pedagógica em busca de elementos que propiciem partir da potencialidade visual dos surdos e a espacialidade da língua de sinais como instrumentos do processo de ensino-aprendizagem. A terceira parte, resgata a reflexão sobre a educação de surdos e análise das atividades didáticas desenvolvidas.
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O cinema e a flutuação das representações surdas : "Que drama se desenrola neste filme? Depende da perspectiva ..."Thoma, Adriana da Silva January 2002 (has links)
Este estudo aborda o jogo da flutuação das representações e dos discursos em textos cinematográficos e em textos surdos: num primeiro momento, investigo como a alteridade surda é narrada/produzida/inventada/incluída e excluída em filmes que focalizam a surdez e os/as surdos/as e, num segundo, analiso como ocorrem as interpelações dos filmes em um grupo de sujeitos surdos universitários. O alicerce teórico e as ferramentas metodológicas estão nos Estudos Culturais e no pensamento de Michel Foucault, a partir dos quais utilizo os entendimentos de discurso, representação, cultura, pedagogia cultural, interpelação, produção de significados, entre outros. A perspectiva analítica dos Estudos Culturais toma a cultura e os artefatos culturais como práticas de significação, não fazendo distinção entre alta-cultura e baixa-cultura. Michel Foucault oferece ferramentas teóricas e metodológicas com as quais podemos analisar o discurso como prática. O resultado das análises dos textos cinematográficos é apresentado através de um conjunto de lições, as quais foram organizadas pela recorrência das representações e dos discursos que compõem os filmes. Não se trata de verificar o que está “por trás” do que é dito, nem tampouco proceder a uma análise “comparativa”, supondo-se que poderiam existir melhores ou piores formas de se narrar a surdez e os/as surdos/as. Interessa, isto sim, entender como a surdez e os/as surdos/as são narrados/descritos/controlados/normalizados/excluídos ou incluídos pelas narrativas ouvintes sobre a alteridade surda, bem como colocar sob suspeita os saberes que aprisionam os sujeitos surdos em posições, territórios e significados que justificam o controle, regulação e governo de seus corpos. Os textos surdos, por sua vez, foram analisados a partir daquilo que os/as surdos/as universitários/as dizem quando são interpelados pelos filmes que assistimos durante nossos encontros. Inverter epistemologicamente a ordem de quem fala, entendendo como ocorrem as negociações e os jogos de poder, como se legitimam certas perspectivas e se excluem outras, pode ser um caminho para entendermos a complexidade que se apresenta quando falamos pelo outro, quando o narramos e o inventamos a partir das marcas da normalidade. / This study comprehends the fluctuation of discourses and representations in cinematographic texts and in deaf texts. Firstly I examine how the deaf otherness is narrated/produced/invented/left out and included in movies which focus on deafness and deaf people. Secondly I analyse how the film questionings happen in a group of university deaf students. The theoretical basis and the methodological tools are in Cultural Studies, mainly in British Cultural Studies and in Michel Foucault’s thought. From those sources I use discourse understandings, representation, culture, cultural pedagogy, questioning, meaning production and power, between other issues. The analytical perspective in Cultural Studies considers culture and cultural tools as practices of meaning, not making any difference between high culture and low culture. Michel Foucault offers theoretical and methodological tools in which we can analyse the discourse as practice. The result of cinematographic text analysis is presented through a set of “lessons” that were organised by the reiterate representations and discourses that make up the films. It is not about examining what is behind what is said, not even having a “comparative” analysis, saying that it might have better or worse euphemisms to narrate deafness and deaf people as well. It is important to be suspicious of the range of learning that takes deaf people prisoners in positions, territories and meanings that justify the control and regulation of their bodies. Deaf texts, in turn, were analysed from what university deaf students said when questioned about the movies we saw in our meetings. Epistemologically reversing the order of speakers, understanding how negotiations and power games occur, also how some perspectives take place and others are excluded might be a way to understand the complexity that exists when we speak in other people’s place, when we narrate them and when we make them up from the normality signs.
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Marcadores culturais na literatura surda : constituição de significados em produções editoriais surdasMüller, Janete Inês January 2012 (has links)
Nesta dissertação apresento uma investigação acerca dos marcadores culturais em produções editoriais de surdos, considerando obras que circulam em português escrito, destinadas ao público juvenil e adulto. Vinculada aos Estudos Culturais em Educação, discuto o problema de pesquisa: como as produções culturais surdas, que circulam em português escrito no mercado editorial brasileiro, possibilitam a construção de marcadores culturais? Assim, objetivo: mapear e investigar as produções culturais de surdos publicadas em português escrito; b) discutir marcadores culturais surdos, considerando posições identitárias, de comunidades e de usos das línguas; c) problematizar a constituição de representações surdas que circulam nas obras analisadas. Após a leitura de dez livros produzidos por surdos, a narrativa da experiência de si e a identidade surda como uma diferença sobressaem-se como marcas culturais das produções editoriais surdas. A produção da identidade/diferença surda se dá principalmente pela experiência do olhar, uso das línguas de sinais, tradução cultural através da escrita em línguas orais e a participação em comunidades e lutas, que marcam a(s) cultura(s) surda(s). Além disso, essa produção identitária se processa através de representações que circulam nas obras, inclusive constituindo outros marcadores culturais das publicações: a denúncia do silêncio e de estereótipos e, diante disso, a capacidade de superação e o sucesso dos sujeitos surdos. A produção da identidade e da diferença surda é, por sua vez, consumida pelos sujeitos, conduzindo suas condutas através da regulação que se dá através da cultura. Observa-se, ainda, que as marcas que emergem das obras surdas analisadas aproximam-se às produções de outros sujeitos culturalmente considerados ‘diferentes’. / In this dissertation I present an investigation about the cultural markers in editorial productions of deaf, considering materials written in Portuguese designated to the juvenile and adult public. Linked to Cultural Studies in Education, I discuss the research problem: how does deaf cultural production written in Portuguese and available in the Brazilian editorial market allow the construction of cultural markers? Thus, I objective: to map and investigate the cultural productions of deaf published in Portuguese written; b) to discuss deaf cultural markers, considering positions of identity, of community and of the use of languages; c) to discuss the constitution of deaf representations that circulate in the material analyzed. After reading ten books produced by deafs, the narrative of the experience of themselves and the deaf identity stand out as cultural markers of deaf editorial productions. The production of deaf identity/difference is caused, mainly, by the experience of looking, the use of sign languages, the cultural translation through the writing in oral languages, and the participation in communities and fightings that mark the deaf culture. Moreover, this identitary production takes place through representations that circulate in the materials, also constituting others cultural markers of publications: the denunciation of silence and stereotypes and, facing that, the ability to overcome and the success of deaf subjects. The production of identity and of deaf difference is consumed by the subjects, leading its conduits through the regulations given through culture. It is observed that the brands that emerge from the deaf materials analyzed approach to the production of other subjects culturally considered ´different´.
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Linguagem e subjetividade do cego na escolaridade inclusivaSantos, Sueli Souza dos January 2007 (has links)
Nesta tese, propomo-nos a analisar efeitos de sentido no discurso de alunos cegos e de professores cegos e videntes. Temos como propósito a educação inclusiva, sob a perspectiva da linguagem e subjetividade do cego no processo de educação formal escolarizada. Buscamos compreender como são produzidos sentidos na experiência pedagógica da inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais, tendo em vista trazer elementos para novas significações educacionais. Fundamentamos a pesquisa, principalmente, em conceitos da teoria da Análise de Discurso (AD) de linha francesa, criada por M. Pêcheux e teoria enunciativa de Authier-Revuz, autores que consideram a interface dos campos teóricos da linguagem e da psicanálise de Freud e Lacan, bem como nos estudos que configuram a área da Educação Inclusiva de portadores de deficiência. Trabalhamos com conceitos tais como os de discurso, interdiscurso, intradiscurso; enunciação e heterogeneidade, não-coincidências do dizer, conceitos estes que abrem um leque de articulações com a psicanálise e o complexo campo das questões de identidade, singularidade, subjetividade, bem como da pulsão escópica, implicados na constituição das representações discursivas, tanto dos deficientes visuais como dos videntes. O corpus da pesquisa foi constituído a partir de transcrições de gravações de observações diretas em sala de aula em classes de pré-alfabetização e alfabetização e outros contextos escolares, durante dois anos, e ainda a partir de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com alunos cegos em estágio avançado de escolarização, com professores licenciados cego e vidente, atuantes em classes inclusivas, na cidade de Porto Alegre-RS. A análise discursiva, efetivada a partir de recortes destacados, foi conduzida de modo a evidenciar efeitos de sentidos produzidos pelos sujeitos. As conclusões da análise evidenciam a singularidade de cada experiência relacionada à inclusão escolar do cego. Propõe-se a abertura para uma investigação constante e sistemática de avanços e recuos das possibilidades de trabalho em educação inclusiva, de modo que os novos fazeres e relações pedagógicas promovam um contínuo movimento revitalizador do processo educativo, o qual está sempre em construção, quer se trate de cegos, videntes ou portadores de qualquer tipo de diferença. A educação deve ser sempre inclusiva. / In this thesis we propose to analyze the effects of sense in the discourse of blind students and of blind teachers and not blind ones. Our purpose is the inclusive education from the perspective of the language and subjectivity of the blind in the process of formal education in schools. We intend to understand how senses are produced in the pedagogical experience of the inclusion of disabled children, having in mind new educational significations. We based our research, mainly on the concepts of the Discourse AnalysisTheory (AD) from the French line of thinking, created by M.Pêcheux and on the Enunciative Theory by Authier-Revuz who are authors that consider the interface of the theoretical fields of language and Freud and Lacan’s psychoanalysis, as well as on the studies which build the field of Inclusive Education of disabled children. We worked with concepts like the ones of discourse, interdiscourse, intradiscourse, enunciation and heterogeneity, as well as non-coincidence of speech, concepts which establish a wide range of discussions with psychoanalysis and the complex field of identity questions, singularity and subjectivity as well as scopic pulsion, implicated in the discourse representations of visually impaired children and not blind ones. The corpus of this research was based on recorded transcriptions of direct observations in classrooms of prealphabetized and alphabetized as well as on other school contexts during two years. It was carried out also based on semi-structured interviews that were conducted with blind students in a high scolarization level and with graduated blind and not blind teachers, who were working in inclusive classes in the city of Porto Alegre – RS. The discoursive analysis accomplished was based on paper clippings in order to make evident the effects of the senses produced by the subjects. The conclusions of the analysis show the singularity of each experience related to the inclusive process of the blind in school. We propose a constant and systematic investigation of the advances and setbacks of the possibilities of working with inclusive education, aiming at new constructions and pedagogical relationships in order to promote a continuous movement to revitalize the educational process that’s being built, not taking into account if it deals with the deaf, not blind or people with any kind of disability. Education has to be always inclusive.
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