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Efeito do programa de estimulação oral em recém-nascidos pré-termo

Pereira, Karine da Rosa January 2017 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de estimulação oral em recém-nascidos pré-termo com intuito de investigar o desempenho alimentar na primeira oferta por via oral, bem como o nível de habilidade oral e o tempo de transição sonda para via oral plena. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado duplo-cego, realizado no período de maio de 2015 a novembro de 2016, incluindo recém-nascidos pré-termo entre 26 e 32 semanas de idade gestacional. Foram excluídas malformações congênitas, presença de hemorragia intracraniana grau III ou IV, displasia broncopulmonar e enterocolite necrosante. O grupo intervenção recebeu o programa de estimulação oral, com duração de 15 minutos, que consistia em manipulações táteis extra, peri e intra-orais, uma vez ao dia, durante 10 dias. O grupo controle recebeu o cuidado padrão. Neste último, os recém-nascidos, acompanhados por uma fonoaudióloga, receberam manipulação de posicionamento durante o mesmo período de tempo dedicado ao grupo intervenção, a fim de auxiliar no cegamento dos cuidadores. A avaliação da capacidade da alimentação, realizada na primeira oferta de via oral por uma fonoaudióloga cegada quanto à randomização do estudo. Na avaliação da via oral, os recém-nascidos foram classificados em níveis de habilidade para alimentação oral, determinados pela proficiência (percentual do volume aceito nos primeiros 5 minutos/volume prescrito), pela taxa de transferência (volume total aceito/min) e pelo desempenho alimentar (percentual do volume total aceito/volume prescrito). Os recém-nascidos foram acompanhados até a alta hospitalar. Resultados: Foram randomizados 74 recém-nascidos, 37 no grupo intervenção. A média da idade gestacional, 30±1.4 semanas e o peso ao nascimento de 1452±330g para o grupo intervenção, e 30±1.5 semanas e 1457±353g para o grupo controle. A média da proficiência foi de 41,5% ± 18,3 no grupo intervenção, e de 19,9% ± 11,6 no grupo controle (p<0.001). A média da taxa de transferência, 2,3 ml/min no grupo intervenção, e 1,1 ml/min no grupo controle (p<0.001). A média do desempenho alimentar foi de 57,2%± 19,7 para o grupo intervenção e 35,0% ± 15,7 para o grupo controle (p<0.001). A mediana do tempo de transição da sonda, 4 dias para grupo intervenção e 8 dias para o grupo controle (p<0.003). Conclusão: O programa de estimulação oral proporciona o desenvolvimento das habilidades motoras-orais e o desempenho alimentar mais eficiente, reduzindo o tempo de transição da alimentação por sonda. / Objective: To evaluate the effect of an oral stimulation program in preterms aiming to investigate performance in the first oral feeding experience as well as level of oral feeding skills and transition time from tube to total oral intake. Methods: This double-blind randomized clinical trial including preterm newborn infants with gestational ages ranging from 26 to 32 weeks was conducted from May 2015 to November 2016. Neonates with congenital malformations, intracranial hemorrhage grade III or IV, bronchopulmonary dysplasia, and necrotizing enterocolitis were excluded from the study. The intervention group received an oral stimulation program consisting of tactile extra-, peri-, and intraoral tactile manipulation once a day for 15 minutes during 10 days. The control group received standard care and was also followed up by a speech therapist who performed positioning maneuvers for the same duration of time than the intervention group, in order to help blinding to treatment allocation. Feeding ability was assessed by a speech pathologist blinded to group assignment when oral feeding was offered for the first time. The classification of infants’ oral performance was based on the level of oral feeding skills determined by proficiency (percentage of volume accepted within the first 5 minutes/volume prescribed), transfer rate (total volume accepted/min), and by feeding performance (percentage of total volume accepted/volume prescribed). Neonates were monitored until hospital discharge. Results: Seventy-four were randomized, 37 of which in the intervention group. Mean gestational age was 30±1.4 weeks in the intervention group and 30±1.5 weeks in the control group. Mean birth weight was 1,452±330g for the intervention group and 1,457±353 g for the control group. Mean proficiency was 41.5%±18.3 in the intervention group and 19.9%±11.6 in the control group (p<0.001). Mean transfer rate was 2.3 mL/min in the intervention group and 1.1 mL/min in the control group (p<0.001). Mean feeding performance was 57.2%±19.7 in the intervention group and 35.0%±15.7 in the control group (p<0.001). Media transition time from tube to oral feeding was 4 days in the intervention group and 8 days in the control group (p<0.003). Conclusion: Our oral stimulation program enables the development of motor and oral skills, promotes a more efficient feeding performance, and reduces transition time from tube to oral feeding.
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Identificação de indivíduos idosos potecialmente com alteração da deglutição / Identification of older persons potentially with change in swallowing

Rech, Rafaela Soares January 2016 (has links)
A disfagia pode ser definida como uma dificuldade de deglutição. Representa um importante indicador de saúde da população idosa, pois além de se configurar em um dos sintomas de diversos agravos prevalentes neste segmento populacional, ainda pode estar associada a morbidade e mortalidade precoce, podendo conduzir diversas complicações clínicas. A presente dissertação é composta de dois manuscritos. O manuscrito I teve como objetivo avaliar a acurácia diagnóstica do Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista e do Eating Assessment Tool (EAT-10) comparada a do diagnóstico fonoaudiológico de disfagia (padrão ouro) em idosos independentes da comunidade e residentes de instituição de longa permanência. Trata-se de um estudo diagnóstico que avaliou clinicamente 265 idosos no sul do Brasil, dos quais 123 residentes de instituição de longa permanência e 142 da comunidade. Além disso, os idosos responderam ao instrumento de rastreamento autoaplicável EAT-10. A média de idade dos idosos foi de 73,5 (dp= 8,9) anos e a maioria eram mulheres (59,2%, n= 157). A prevalência de disfagia nesta população foi de 45,3% (n=120), variando entre 62,5% para os residentes de instituição de longa permanência e 37,5% para os idosos da comunidade. A acurácia diagnóstica do exame do cirurgião-dentista (CD) foi de 0,84. A sensibilidade foi 0,77, a especificidade foi 0,89, o valor preditivo positivo foi 0,85 e o negativo foi 0,83, a razão de verossimilhança positiva foi 7,02 e a negativa foi 0,25. O EAT-10 demonstrou acurácia diagnóstica de 0,72, a sensibilidade foi de 0,45, a especificidade foi de 0,95, o valor preditivo positivo foi de 0,87 e o negativo foi de 0,68, a razão de verossimilhança positiva foi de 8,31 e a negativa de 0,57. O Exame de Avaliação da Deglutição pelo Cirurgião-Dentista é um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. Em contraste, o EAT-10 se demonstrou um instrumento com baixa acurácia para rastreamento de idosos disfágicos. O manuscrito II teve como objetivo avaliar se a condição de saúde bucal e as alterações sensório-motoras orais estão associadas à disfagia orofaríngea em idosos. Uma fonoaudióloga avaliou a disfagia orofaríngea através da escala GUSS, bem como realizou uma avaliação sensório-motora oral. As condições de saúde bucal dos idosos foram avaliadas clinicamente por um CD. A população estudada foi composta por 46,4% de idosos vinculados a uma instituição de longa permanência e os demais eram independentes da comunidade Indivíduos com quatro ou mais alterações sensórias-motora orais apresentaram uma maior prevalência de disfagia (RP=2,01; IC95%1,27-3,18), bem como apresentaram uma condição de saúde bucal não funcional (RP=1,61; IC95%1,02-2,54). Os resultados se mantem na mesma direção, quando estratificados. Conclui-se que o exame simplificado desenvolvido neste estudo demonstrou ser um método acurado na identificação precoce de disfagia em idosos. O CD pode ser um dos profissionais da área da saúde para que se identifiquem sinais e sintomas de alterações na deglutição, sendo que o referenciamento ao fonoaudiólogo representa um importante avanço na proposta de trabalho interdisciplinar. Além disso, os idosos sem queixas relativas à deglutição com condições de saúde bucal não funcional e alterações do sistema sensório-motor oral estão associados a maior prevalência de disfagia orofaríngea. É importante que se direcione esforços para a investigação de variáveis odontológicas e sintomas ligados a dificuldades de deglutição, visando avaliar mais detalhadamente os indivíduos mais suscetíveis à presença de disfagia orofaríngea ligada a variáveis de saúde bucal. / Dysphagia may be defined as a difficulty in swallowing. It presents itself as an important health indicator for the older person population, since, besides being one of the symptoms of several illnesses prevalent in this population segment, it can still be associated with morbidity and early mortality, and it may lead to several clinical complications. This dissertation comprises two manuscripts. The goal of the manuscript I was to assess the diagnostic accuracy of the Dentist Swallowing Assessment Test (DSAT), and of the Eating Assessment Tool (EAT-10), when compared with the speech-language therapy diagnosis of dysphagia (gold standard) for the elderly in community dwelling and for long-term care institutions’ residents. It is a diagnostic study that evaluated 265 older persons in southern Brazil, 123 were residents in long-term care facilities and 142 were community dwellers. Furthermore, the older persons responded to the self-administered screening tool EAT-10. The average age of the participants was 73.5 (sd= 8.9) years and the majority were women (59.2%, n=157). Prevalence of dysphagia in this population was 45.3% (n=120), varying between 62.5% for the long-term care institutions’ residents and 37.5% for the community dwellers. The diagnostic accuracy of the DSAT was 0.84. The sensitivity was 0.77, the specificity was 0.89, the positive predictive value was 0.85 and negative was 0.83, the positive likelihood ratio was 7.02 and the negative was 0.25. The EAT- 10 presented a diagnostic accuracy of 0.72, a sensitivity of 0.45, a specificity of 0.95, positive predictive value of 0.87 and a negative of 0.68, a positive likelihood ratio of 8.31 and a negative of 0.57. The DSAT is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. However, in contrast, the EAT-10 was shown to have low-accuracy to track older persons with dysphagia. The aim of the manuscript II was to assess if the oral health condition and the sensorimotor changes are correlated with oropharyngeal dysphagia in the older persons. It is a cross-sectional study comprising of 265 older persons. A speech-language therapy assessed the oropharyngeal dysphagia by using the GUSS scale, having carried out an oral sensorimotor evaluation as well. The oral health conditions of the older persons were clinically assessed by a dentist. The population studied encompassed 46,4% of older persons bounded to a long-term institution and the remaining were independent of the community. Individuals with four or more oral sensorimotor changes presented a higher prevalence of dysphagia (PR=2.01; CI95%1.27-3.18), presenting as well as non-functional oral health condition (PR=1.61; CI95%1.02-2.54). The results display the same direction when stratified. It is concluded that the simplified assessment developed in this study is considered to be a highly accurate method for the early identification of dysphagia in the older persons. The dentist may be one of the health professionals to identify signs and symptoms of changes in swallowing, being that the reference to the speech-language therapist represents an important advance in the proposal of interdisciplinary work, furthermore in older persons with no complaints regarding swallowing, non-functional oral conditions and disturbances of the sensorimotor system are associated with a higher prevalence of oropharyngeal dysphagia. An effort to investigate dental variables and symptoms that could be linked to difficulties in swallowing is important, so that individuals that are susceptible to oropharyngeal dysphagia due to their oral health can be assessed with effectiveness.
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Patient Responses To Swallowing Safety Cues: A Comparison Of Traditional Face-to-Face And Tele-Dysphagia Instructional Methods

Cassel, Stacy Gallese January 2016 (has links)
An estimated 15 million individuals in the United States have been formally diagnosed with dysphagia, defined as swallowing dysfunction -- the fifth leading cause of death in Americans over the age of 65. Statistical findings indicate that at least 50% of these individuals have limited access to treatment. However, despite the rapid expansion of telepractice (defined as the use of telecommunications technology to provide services at a distance) as a statistically valid online method for the provision of medical and clinical intervention to those without access, telepractice has yet to consistently incorporate online dysphagia service delivery (referred to as tele-dysphagia) into its clinical scope. This investigation compared the outcomes of traditional face-to-face intervention to online tele-dysphagia intervention by measuring the correct and incorrect responses to visual and auditory cues presented by a clinician during dysphagia intervention sessions. Data analysis conducted via t-test indicated that there was no significant difference in the mean scores from tele-dysphagia method (M = 9.67, SD = 3.74) as compared to face-to-face method (M = 9.00, SD = 2.70), t (28) = - 0.56, p = 0.580. Additionally, inter-rater reliability scores were obtained by determining a Cohen’s kappa coefficient in order to measure the degree of agreement between the two raters. Findings indicated a kappa statistic of k=1 for all items, given a 100% agreement for all trials. Additionally, results of a mixed-design analysis of variance suggested a significant within-subject effect with the use of cues, but there were no significant main effects of between-subject factors (gender, delivery type, etiology, or age) on the patients’ responses. Given that there was no significant statistical difference between the two delivery methods and inter-rater reliability scores demonstrated perfect agreement, we can suggest that the online tele-dysphagia method can potentially yield clinical outcomes similar to a traditional face-to-face method. Results from a mixed-design analysis of variance additionally suggested that there is a significant within-subject effect given the use of cues (F (1, 29)=14.99, p = .001) on patients’ responses. However, there were no significant main effects of between-subject factors (gender, delivery type, etiology, or age) on the patients’ responses. It is hoped that the results of this study will lend validity and direction to future attempts to provide much-needed dysphagia intervention via online service methods. Such attempts, in turn, would have the potential to promote increased longevity and quality of life in those populations currently unable to access such services.
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Avaliação prognóstica funcional de nervos cranianos de pacientes submetidos à exérese de schwannoma vestibular / Functional prognostic analysis of cranial nerves in patients submitted to excision of vestibular schwannoma

Abbas, Raiene Telassin Barbosa 26 May 2017 (has links)
Introdução: O schwannoma vestibular (SV) é um tumor benigno que se origina na bainha de schwann de um dos nervos vestibulares. De acordo com sua topografia lesões nos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares podem estar presentes. Apesar do conhecimento da possibilidade de lesão nos nervos cranianos bulbares, a condução de estudos com o intuito de identificar alterações funcionais relacionadas raramente é estudada. Objetivos: Analisar fatores prognósticos de resultados funcionais relacionados aos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares e correlacionar o prognóstico fonoaudiológico com os resultados de escalas funcionais finais dos nervos cranianos avaliados. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte com coleta de dados parcialmente retrospectiva que analisa a incidência de déficits funcionais de nervos cranianos em pacientes submetidos à exérese de SV, por meio de um protocolo de avaliação clínica estruturado (PAEC) especificamente para este estudo. O PAEC foi constituído de 2 sessões, sendo a primeira referente aos fatores prognósticos de sequelas e a segunda com dados funcionais referentes à deficiência auditiva (DA), comprometimento neurológico global (CNG), paralisia facial periférica (PFP), disfagia (DG) e fonação (DF). A coleta de dados foi realizada durante os meses de janeiro a junho do ano de 2016 no ambulatório de tumores da divisão de neurologia funcional do instituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A análise dos dados foi realizada por meio do software SPSS de modo inferencial univariado e multivariado adotando um p valor inferior a 0.05. Resultados: A amostra foi composta por 101 sujeitos, sendo 77,2% do sexo feminino e 22,8% do sexo masculino. A média de idade correspondeu à 47,1 anos. Foram identificados 20,8% pacientes portadores de neurofibromatose do tipo 2 (NTFII). A via de acesso cirúrgico preferencial foi a retrossigmoidea (92,1%) com média tumoral igual a 3,4cm.70% dos pacientes apresentaram ressecção total do tumor com uma única abordagem. Na análise univariada foram identificados os fatores preditivos de sequela por desfecho estatisticamente significantes tamanho tumoral, presença de neurofibromatose e ressecção total respectivamente- CNG ( < 0,001; 0,023; 0,010), DG (pvalor < 0,001; pvalor 0,007; pvalor < 0,001), DF (pvalor 0,013; pvalor 0,002), confirmados pela análise multivariada respectiva - CNG (Odds Ratio (OD) 1,5 - pvalor 0,07; OR 3,5 - pvalor 0,036; OR 2,4- pvalor 0,08), DG (OR 2,3 - pvalor 0,006; OR 5,7 - pvalor 0,015; OR 3,9 - pvalor 0,018) e DF (OR 1,6 -pvalor 0,062; OR 5,5 - pvalor 0,006). Para o desfecho PFP a análise univariada foi estatisticamente significante para NTFII (pvalor 0,009) e PFP prévia (pvalor < 0,001) confirmados pela análise multivariada (OR 24,6 - pvalor 0,009; OR 0,3 - pvalor < 0,001), neste desfecho foi realizado estudo correlacional entre as escalas funcionais de DG (pvalor < 0,001) e CNG (pvalor < 0,001) com resultados estatisticamente significantes para a correlação entre os desfechos. Os sinais clínicos da deglutição estatisticamente relevantes corresponderam em 44,4% fase preparatória oral e oral e 66,6% fase faríngea. Conclusões: Os fatores prognósticos significativos relacionados aos déficits funcionais encontrados neste trabalho foram o tamanho do tumor e presença de NFT II em todos os desfechos estudados. Para CNG e DG foi evidenciado ainda o fator preditor de tipo de ressecção estatisticamente significante. Os déficits funcionais de paralisia facial periférica se correlacionaram aos déficits da deglutição em fase oral e fase faríngea e de incapacidade funcional / Introduction: Vestibular schwannoma (VS) is a benign tumor that originates in the schwann sheath of one of the vestibular nerves. According to their topography lesions in the cranial, facial, trigeminal, cochlear and bulbar pairs may be present. Although knowledge of the possibility of injury in the lower cranial nerves, the conduction of studies with the purpose of identifying related functional alterations are rarely studied. Objectives: To analyze prognostic factors of functional results related to facial, trigeminal, cochlear and bulbary cranial nerves and to correlate the final functional prognosis of the cranial nerves with each other. Methodology: This is a cohort study with partial retrospective data collection that analyzes the incidence of functional deficits of cranial nerves in patients submitted to SV excision, using a structured clinical evaluation protocol (PAEC) specifically for this study . The PAEC consisted of 2 sessions, the first one referring to prognostic factors of sequelae and the second with functional data regarding hearing loss (DA), global neurological impairment (CNG), peripheral facial paralysis (PFP), dysphagia (DG) and Phonation (DF). The data collection was performed during the months of January to June of the year 2016 in the ambulatory of acoustic neurinoma of the Hospital das Clínicas of the Faculty of Medicine of the University of São Paulo. Data analysis was performed using univariate and multivariate inferential mode SPSS software, adopting a value of less than 0.05. Results: The sample consisted of 101 subjects, being 77.2% female and 22.8% male. The mean age was 47.1 years. 20.8% of patients with neurofibromatosis type 2 (NTFII) were identified. The preferred surgical access route was retrossigmoid (92.1%) with a mean tumor equal to 3.4cm.70% of the patients presented total tumor resection with a single approach. In the univariate analysis, the predictive sequelae factors were identified by statistically significant tumor size, presence of neurofibromatosis and total resection, respectively - CNG ( < 0.001; 0.023; 0.010), DG (pvalor < 0.001, pvalor 0.007, pvalor < 0.001), DF (Odds ratio 0.05, pvalor 0.013, pvalor 0.002), confirmed by the respective multivariate analysis - CNG (Odds Ratio (OD) 1.5 - pvalor 0.07, OR 3.5 - pvalor 0.036, OR 2.4 - pvalor 0.08), DG (OR 2.3 - pvalor 0.006; OR 5.7 - Pvalor 0.015, OR 3.9 - pvalor 0.018) and DF (OR 1.6 -value 0.062, OR 5.5 - pvalor 0.006). For the PFP endpoint, the univariate analysis was statistically significant for NTFII (pvalor 0.009) and previous PFP (pvalor < 0.001) confirmed by the multivariate analysis (OR 24.6 - pvalor 0.009; OR 0.3 - pvalor < 0.001). The functional scales of DG (pvalor < 0.001) and CNG (pvalor < 0.001) with statistically significant results for the correlation between the outcomes. Significant clinical signs of swallowing corresponded in 44.4% oral and oral preparatory phase and 66.6% pharyngeal phase. Conclusions: The significant prognostic factors related to the functional deficits found in this study were tumor size, NFT II presence and resection type in all the outcomes studied. Functional deficits of peripheral facial paralysis were correlated with oral and pharyngeal deglutition deficits and functional disability
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Estado nutricional e disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálico / Oropharyngeal dysphagia and nutritional status in elderly patients with stroke

Silva, Tatiane Aparecida da 27 August 2013 (has links)
O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos. / The stroke can be considered one of the major diseases that result in oropharyngeal dysphagia, swallowing disorders being considered one of the factors contributing to higher incidence of respiratory complications and nutritional. The relationship oropharyngeal dysphagia and nutritional status is rarely described in the literature, where most studies addresses individuals in the acute phase of stroke, were not found studies that include those affected by stroke in late stage. The purpose of this study was to verify the influence of the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction on the level of oral intake and nutritional status in elderly patients with stroke in the late phase after stroke. Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges, speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). The classification of the level of oral intake (FOIS) was conducted by reviewing the usual patterns of food consumption in that 24-hour dietary recall, and nutritional status assessment was performed by using data from the Mini Nutritional Assessment (MNA) and measures anthropometric weight, height, body mass index (BMI), circumferences (arm - CB; calf - CP), skinfolds (triceps - PCT; biceps - PCB; subscapularis - SBB; suprailiac - PCSI). Were included in the study, data from 25 elderly subjects (14 men and 11 women), mean age of 72 years. According to the evaluation FEES, the majority of individuals with functional limitations presented swallowing, followed by dysphagia in mild to moderate occurred in 24% of subjects. As regards rating scale levels FOIS, 56% of subjects had level V oral ingestion, followed VI levels (36%) and VII (8%), respectively. Regarding the assessment of nutritional status protocol based MAN and BMI was found that the majority of individuals presented themselves well nourished. With regard to body composition from skinfolds and circumferences, was observed accumulation of body fat and adequate amounts of muscle mass in both genders. Positive correlation was found between the degree of oropharyngeal dysphagia - DOSS and FOIS (p=0.051), screening score (p=0.011) and total score (p=0.006) protocol MAN, well as between the classification levels of FOIS with BMI (p=0.029) and anthropometric measurements related to muscle mass, CB (p=0.021), CMB (p=0.010) and AMB (p=0.023). Thus, we can conclude that although the majority of individuals included in the study presented functional swallowing or dysphagia was mild, the oropharyngeal dysphagia influenced the level of oral intake and nutritional status of these individuals.
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O efeito da reperfusão cerebral na deglutição de indivíduos após acidente vascular cerebral

Ribeiro, Priscila Watson. January 2017 (has links)
Orientador: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / Resumo: Introdução: A terapia de reperfusão cerebral é uma das modalidades de tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo capaz de promover a recuperação dos déficits neurológicos e a redução da incapacidade funcional. A restauração do fluxo sanguíneo pela ação do trombolítico em áreas corticais específicas pode minimizar o grau de comprometimento da disfagia orofaríngea bem como suas complicações. Objetivo: analisar e comparar o desempenho de parâmetros qualitativos e quantitativos específicos da deglutição em indivíduos pós-AVC trombolisados e não trombolisados. Casuística e Método: Estudo coorte prospectivo. Participaram no estudo 32 indivíduos pós-AVC isquêmico, sendo 19 trombolisados (grupo 1) e 13 não trombolisados (grupo 2). Realizado o exame de videofluoroscopia da deglutição e análise da penetração laríngea e aspiração laringotraqueal, Início da Resposta Faríngea (IRF), Tempo de Trânsito Faríngeo (TTF), além do nível de ingestão oral e ocorrência de pneumonia nos primeiros cinco dias após o tratamento de reperfusão cerebral e em 30 dias após o AVC. Resultados: Na comparação entre os grupos em relação à penetração laríngea e aspiração, o grupo de pacientes não trombolisados apresentou maiores índices de penetração laríngea com líquido na avaliação de 30 dias (p=0,007). Quanto às medidas temporais de IRF e TTF, ambos os grupos apresentaram pacientes com alterações nos dois momentos de avaliação, sem diferença estatística entre eles (p=0.646 e p=1,000). A evolução no ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Background: The cerebral reperfusion therapy is one of the treatments for stroke that promoting recovery of neurological deficits and reduction of functional incapacity. Restoration of blood flow by thrombolytic action in specific cortical areas may minimize the degree of impairment of oropharyngeal dysphagia as well as its complications. The aim of this study was to analyze and compare the performance of specific qualitative and quantitative parameters of swallowing in stroke patients who are both thrombolytic and non-thrombolytic. Method: Prospective cohort study. The study included 32 individuals after ischemic stroke, of which 19 thrombolytic (group 1) and 13 non-thrombolytic (group 2). The videofluoroscopy examination and analysis of laryngeal penetration and aspiration, pharyngeal swallow response (PSR), Pharyngeal Transit Time (PTT), oral intake level and occurrence of pneumonia in the first five days after treatment reperfusion and within 30 days after stroke. Results: In the comparison between the groups in relation to laryngeal penetration and aspiration, the group of non-thrombolytic patients presented higher rates of laryngeal penetration with fluid at the 30-day (p = 0.007). Regarding the temporal measures of PSR and PTT, both groups presented patients with alterations in the two moments of evaluation, without statistical significance between the groups (p = 0.646 and p = 1,000). The evolution in the level of oral intake was higher in the group of patients with t... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Tradução e adaptação transcultural para a língua portuguesa do Brasil dos questionários Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL) e Quality of Care in Swallowing Disorders (SWAL-CARE) para idosos com disfagia neurogênica / Translation and cross-cultural adaptation of the SWAL-QOL and SWAL-CARE questionnaires into brazilian portuguese for the elderly with neurogenic dysphagia

Leila Maria Gumushian Felipini 29 November 2016 (has links)
Na área da saúde, a grande maioria dos instrumentos de avaliação desenvolvida até o momento encontra-se no idioma inglês e foi elaborada com a intenção de ser utilizada em países falantes de língua inglesa. Os questionários de qualidade de vida Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL) e Quality of Care and Patient Satisfaction (SWAL-CARE) em língua portuguesa do Brasil foram traduzidos para utilização em pacientes com disfagia por diferentes etiologias. É de extrema importância o uso desses protocolos de qualidade de vida específicos, ou seja, traduzidos, adaptados e validados para um público-alvo definido. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma nova tradução e adaptação transcultural dos questionários SWAL-QOL e SWAL-CARE originais para a língua portuguesa do Brasil, de acordo com a realidade de idosos acometidos por disfagia neurogênica. Em um primeiro momento, a tradução anterior dos questionários para aplicação em pacientes com disfagia por diferentes etiologias foi aplicada em 05 idosos para observarmos as dificuldades de compreensão relatadas pelas fonoaudiólogas que já aplicavam esses questionários na clínica de fonoaudiologia da FOB - USP. Gravamos os encontros em que os questionários foram aplicados a fim de comprovarmos a dificuldade por parte dos idosos de compreenderem o conteúdo dos questionários. Em seguida, iniciamos o processo de tradução e adaptação transcultural que seguiu as diretrizes para escalas de qualidade de vida relacionadas à saúde propostas por Beaton et al. (2000). Assim, para a tradução e adaptação transcultural foram considerados seis estágios: (1) traduções, (2) síntese das traduções, (3) retrotraduções, (4) comitê de peritos, (5) teste da versão prévia e (6) submissão dos documentos deste processo para um comitê de acompanhamento. No primeiro estágio, duas traduções foram elaboradas por tradutores distintos; no segundo estágio, essas duas traduções foram analisadas, e uma versão síntese foi estabelecida durante uma reunião entre os tradutores e um juiz neutro; no terceiro estágio, essa versão síntese foi retrotraduzida para a língua inglesa por dois falantes de língua inglesa; no quarto estágio, houve uma nova reunião envolvendo os dois tradutores, um dos dois retrotradutores, uma fonoaudióloga, um perito em Letras e um metodologista que estabeleceram a versão prévia a ser testada; no quinto estágio, aconteceram os testes e as adequações necessárias para que uma versão final em língua portuguesa fosse estabelecida. Fizeram parte do estágio 5, 10 pacientes pertencentes ao público-alvo desta pesquisa, idosos com disfagia orofaríngea neurogênica. Em um primeiro momento, esses 10 pacientes responderam à versão final dos questionários a fim de identificarmos a clareza e a compreensão da terminologia utilizada nos questionários. As questões que apresentaram 15% de respostas de difícil compreensão e não se aplica foram reavaliadas por uma banca de especialistas composta por 3 fonoaudiólogas especialistas em disfagia. A única questão apontada por dois pacientes como de difícil compreensão foi a questão 28 do SWAL-QOL. O conteúdo dessa questão foi discutido entre as fonoaudiólogas durante reunião da banca de especialistas e foi alterado. No sexto estágio, os documentos deste processo foram submetidos para acompanhamento pela pesquisadora e sua coorientadora. A pesquisadora revisou a versão prévia e foi estabelecida, então, a versão final em língua portuguesa do Brasil dos questionários SWAL-QOL e SWAL-CARE para idosos com disfagia neurogênica. / In the health field, most assessment instruments that have been developed so far are written in English and designed to be used in English-speaking countries. The SWAL-QOL, a dysphagia-specific quality of life questionnaire, and the SWAL-CARE, a quality of care questionnaire, were first translated and cross-culturally adapted into the Brazilian language to be used with patients with dysphagia by different etiologies. It is extremely important that these questionnaires be specific for a defined target public. Thus, the objective of this study was to translate and cross-culturally adapt both questionnaires, the SWAL-QOL and the SWAL-CARE, into the Brazilian Portuguese language according to the reality of the elderly with neurogenic dysphagia. First, the Brazilian Portuguese version of both questionnaires, developed to be used with people with dysphagia by different etiologies, were applied in 05 elderly people so that we could observe the difficulties patients have to understand the content as reported by speech pathologists that had been using the questionnaires in their clinical practice at FOB - USP. The meetings were filmed so that we could record the difficulties the elderly had to understand the content while trying to answer the questionnaires. After that, the process of translation and cross-cultural adaptation was initiated and followed the guidelines for the translation of health-related quality of life protocols recommended by Beaton et al. (2000). Thus, the process of translation and cross-cultural adaptation was conducted in 6 stages: (1) translations, (2) synthesis of translations, (3) back translations, (4) expert committee, (5) pretesting and (6) submission and appraisal of all written reports by developers/committee. In the first stage, two translations were done by two different translators; in the second stage, these two translations were analyzed by the two translators and a neutral judge in order to reach a synthesis version; in the third stage, this synthesis version was back translated into English by two native speakers; in the fourth stage, another meeting was held with the two translators, one of the two back translators, a speech language pathologist, a specialist in Languages and a methodologist that together reached a previous version to be tested; in the fifth stage, tests were performed and the necessary changes were made in order to reach the final version of the questionnaires. A total of 10 patients, who belonged to the target public of this study, elderly people with oropharyngeal neurogenic dysphagia, took part in this fifth stage. First, the previous version of the questionnaires was applied in these 10 patients in order to observe whether the content was clear and understandable for them. Items analyzed as hard to understand and content does not apply by more than 15 % of the participants were reconsidered by an expert committee composed by three speech pathologists. The only question marked as hard to understand by two patients was the question 28 of the SWAL-QOL. The speech pathologists discussed the content of such question during the expert committee meeting and decided on changing it. In the sixth stage, all documents were submitted and appraised by a committee composed by the researcher and her co-supervisor. Then, the researcher reviewed the previous version and we reached the final version of the SWAL-QOL and SWAL-CARE for the elderly with neurogenic dysphagia.
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Estado nutricional e disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálico / Oropharyngeal dysphagia and nutritional status in elderly patients with stroke

Tatiane Aparecida da Silva 27 August 2013 (has links)
O acidente vascular encefálico (AVE) pode ser considerado uma das principais doenças que resultam em quadros de disfagia orofaríngea, sendo os distúrbios da deglutição considerados um dos fatores que contribui para maior incidência de complicações respiratórias e nutricionais. A relação entre disfagia orofaríngea e a condição nutricional é pouco descrita na literatura, em que a maioria dos estudos aborda indivíduos na fase aguda do AVE, não tendo sido encontradas pesquisas que contemplem os acometidos por AVE em fase tardia. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do grau da disfunção da deglutição orofaríngea sobre o nível de ingestão oral e o estado nutricional em idosos acometidos por AVE na fase tardia após ictus. Realizado estudo retrospectivo transversal, por meio da análise do banco de dados do projeto de pesquisa intitulado Deglutição, fala e voz em indivíduos acometidos por doenças neurológicas. A disfagia orofaríngea foi classificada por três juízes, fonoaudiólogos de acordo com The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) a partir da análise das imagens da avaliação videoendoscópica da deglutição (VED). A classificação do nível de ingestão oral (FOIS) foi realizada por meio da revisão dos padrões usuais de consumo alimentar referido no recordatório alimentar de 24 horas, e a avaliação do estado nutricional foi realizada por meio da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e medidas antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC), circunferências (braquial CB; panturrilha CP), pregas cutâneas (tricipital PCT; bicipital PCB; subescapular PCSE; suprailiaca PCSI). Foram incluídos no estudo os dados de 25 idosos (14 homens e 11 mulheres), idade média de 72 anos. De acordo com a avaliação VED, a maioria dos indivíduos (72%) apresentou deglutição com limitações funcionais, seguido da disfagia em grau leve a moderado, verificada em 24% dos indivíduos. No que se refere classificação da escala FOIS, 56% dos indivíduos apresentou nível de ingestão oral V, seguido dos níveis VI (36%) e VII (8%). Em relação à avaliação do estado nutricional, baseado no protocolo MAN, bem como no IMC, verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou-se bem nutridos. No que se refere à composição corporal a partir das pregas cutâneas e circunferências, foi verificado acúmulo de gordura corporal e valores adequados de massa muscular em ambos os gêneros. Foi verificada correlação positiva entre o grau da disfagia orofaríngea e FOIS (p=0,051), escore de triagem (p=0,011) e escore total (p=0,006) do protocolo MAN, bem como entre a classificação dos níveis da FOIS com o IMC (p=0,029) e as medidas antropométricas referentes à massa muscular, CB (p=0,021), CMB (p=0,010) e AMB (p=0,023). Dessa forma, pode-se concluir que embora a maioria dos indivíduos incluídos na pesquisa apresentassem deglutição funcional ou disfagia em grau leve, o quadro de disfagia orofaríngea influenciou o nível de ingestão oral e o estado nutricional desses indivíduos. / The stroke can be considered one of the major diseases that result in oropharyngeal dysphagia, swallowing disorders being considered one of the factors contributing to higher incidence of respiratory complications and nutritional. The relationship oropharyngeal dysphagia and nutritional status is rarely described in the literature, where most studies addresses individuals in the acute phase of stroke, were not found studies that include those affected by stroke in late stage. The purpose of this study was to verify the influence of the degree of oropharyngeal swallowing dysfunction on the level of oral intake and nutritional status in elderly patients with stroke in the late phase after stroke. Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). Conducted retrospective study, through the analysis of the database of the research project entitled \"Swallowing, speech and voice in individuals affected by neurological diseases.\" Oropharyngeal dysphagia was rated by three judges, speech according to The Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS) from the image analysis of endoscopic evaluation of swallowing (VED). The classification of the level of oral intake (FOIS) was conducted by reviewing the usual patterns of food consumption in that 24-hour dietary recall, and nutritional status assessment was performed by using data from the Mini Nutritional Assessment (MNA) and measures anthropometric weight, height, body mass index (BMI), circumferences (arm - CB; calf - CP), skinfolds (triceps - PCT; biceps - PCB; subscapularis - SBB; suprailiac - PCSI). Were included in the study, data from 25 elderly subjects (14 men and 11 women), mean age of 72 years. According to the evaluation FEES, the majority of individuals with functional limitations presented swallowing, followed by dysphagia in mild to moderate occurred in 24% of subjects. As regards rating scale levels FOIS, 56% of subjects had level V oral ingestion, followed VI levels (36%) and VII (8%), respectively. Regarding the assessment of nutritional status protocol based MAN and BMI was found that the majority of individuals presented themselves well nourished. With regard to body composition from skinfolds and circumferences, was observed accumulation of body fat and adequate amounts of muscle mass in both genders. Positive correlation was found between the degree of oropharyngeal dysphagia - DOSS and FOIS (p=0.051), screening score (p=0.011) and total score (p=0.006) protocol MAN, well as between the classification levels of FOIS with BMI (p=0.029) and anthropometric measurements related to muscle mass, CB (p=0.021), CMB (p=0.010) and AMB (p=0.023). Thus, we can conclude that although the majority of individuals included in the study presented functional swallowing or dysphagia was mild, the oropharyngeal dysphagia influenced the level of oral intake and nutritional status of these individuals.
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Funções orofaciais em portadores de síndrome de Sjögren / Orofacial functions in patients with Sjögren\'s syndrome

Mariana Cristina Zanin 09 November 2017 (has links)
Introdução: A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença crônica, sistêmica, autoimune que afeta diversas glândulas, principalmente lacrimais e salivares, causando sensação de olhos e boca secos. Objetivo: Investigar as características miofuncionais orofaciais e a presença de sinais e sintomas de Desordem Temporomandibular (DTM) em portadores de Síndrome de Sjögren, comparativamente a um grupo controle. Metodologia: Estudo transversal, prospectivo descritivo e comparativo. Participaram 19 mulheres (média de idade: 33,2±8,7 anos), seis portadoras da forma primária da SS e treze portadoras da forma secundária da SS.Vinte mulheres saudáveis, pareadas por idade (média de idade 31,9±9,3 anos) compuseram o grupo controle (grupo C). As avaliações e os exames realizados foram: Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores (AMIOFE), medida dos limites de movimentos mandibulares, pressão de língua e de lábios (Iowa Oral PerformanceInstrument- IOPI), palpação dos músculos e das articulações temporomandibulares (ATMs), Instrumento de Autoavaliação da Alimentação (EAT-10), questionário para investigação dos sinais e sintomas de desordem temporomandibular (ProDTMmulti), escala de dificuldade para mastigar, escala de funcionalidade mandibular (JFLS) e eletromiografia de superfície (EMG) dos músculos da mastigação e deglutição. Os dados categóricos ou com distribuição não normal foram analisados pelo teste estatístico não paramétrico de Mann-Whitney e aqueles com distribuição normal pela Análise de Variância (ANOVA), seguida do pós-teste. O nível de significância adotado foi P< 0,05. Resultados: O grupo SS apresentou diferenças estatisticamente significantes na comparação com o grupo C, com piores condições na avaliação miofuncional orofacial, quanto ao aspecto/postura das estruturas orais, a mobilidade de lábios, língua, bochechas e mandíbula, assim como nas funções de mastigação, deglutição e respiração. Foram também estatisticamente menores a abertura bucal, a distância interincisal horizontal, a pressão da língua na protrusão e elevação (valor da média e máximo), bem como no valor da deglutição. Os portadores de SS mostraram, por meio de escores,maior dificuldade para mastigar e risco de disfagia (EAT-10). Também foram maiores no grupo SS, comparado ao controle, os escores de dor à palpação, a severidade dos sinais e sintomas de DTM (ProDTMmulti) e a limitação funcional da mandíbula (JFLS). A atividade dos músculos mastigatórios nas provas de máxima contração voluntária (MCV) foi menor no grupo SS com um maior impacto por ciclo na mastigação unilateral esquerda. As mudanças temporais na deglutição, com duração aumentada para a consistência líquida e reduzida na deglutição de sólido também foram significantes no grupo SS, comparado ao grupo C. Conclusão: os resultados mostraram que os portadores de Síndrome de Sjögren apresentam prejuízos acentuados na musculatura e funções orofaciais e sinais e sintomas de DTM moderados, uma percepção de grande limitação funcional. Portanto, as consequências da SS não se resumem às queixas subjetivas, mas sim envolvem comprometimentos reais do sistema e funções estomatognáticas. / Introduction: Sjögren\'s syndrome (SS) is a chronic, systemic, autoimmune disease that affects several glands, mainly lacrimal and salivary, causing dry eyes and mouth. Objective: To investigate myofunctional orofacial characteristics and the presence of signs and symptoms of Temporomandibular Disorderers (TMD) in Sjögren\'s Syndrome patients compared to a control group. Methodology: Prospective descriptive and comparative cross-sectional study. Participants were 19 women (mean age: 33,2±8,7), with primary (n = 6) or secondary (n = 13) Sjögren Syndrome (SS group) and 20 healthy women, matched by age (mean age: 31,9 ±9,3-C group). The evaluations and examinations were performed with the Protocol of Orofacial Myofunctional Evaluation with Scores (OMES), measurement of limits of mandibular movements, tongue and lip pressure measure with Iowa Oral Performance Instrument (IOPI), Eating Assessment Tool (EAT-10), Temporomandibular Muscles and Temporomandibular Joint (TMJ) palpation, questionnaire for investigation of signs and symptoms of temporomandibular disorder (ProDTMmulti), difficulty of Chewing Scale, Jaw Functional Limitation Scale (JFLS), and Surface Electromyography (sEMG) of chewing and swallowing muscles. The categorical or non-normal distribution data were analyzed by nonparametric Mann-Whitney statistical test and data with normal distribution analyzed by Variance Analysis (ANOVA), followed by post-test. The level of significance was P<0.05. Results: The SS group presented statistically significant differences in comparison with group C, with worse conditions in the orofacial myofunctional evaluation, regarding the appearance / posture of oral structures, mobility of lips, tongue, cheeks and mandible, as well as in the functions of chewing, swallowing and breathing. The oral opening, horizontal interincisal distance, tongue pressure on protrusion and elevation (mean and maximum value), as well as the value of swallowing were also statistically lower. SS patients showed by scores greater difficulty in chewing and risk of dysphagia (EAT-10). There were also higher in the SS group, compared to control, pain scores at palpation, the severity of TMD signs and symptoms (ProDTMmulti) and functional limitation of the mandible (JFLS). The activity of the masticatory muscles in the tests of maximum voluntary contraction (MCV) was also lower in the SS group with a greater impact per cycle during the masticatory EMG. The temporal changes in swallowing, with increased duration for the liquid consistency and reduced for solid swallowing were also significant in the SS group, compared to the control. Conclusion: the results showed that patients with Sjögren\'s Syndrome present marked impairments in musculature and orofacial functions and moderate TMD signs and symptoms, a perception of great functional limitation. Therefore, the consequences of SS are not limited to subjective complaints, but rather involve real system compromises and stomatognatic functions.
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Videofluoroscopia da Deglutição : alterações esofágicas em pacientes com disfagia / Videofluoroscopic swallowing study : esophageal alterations in patients with dysphagia

Scheeren, Betina January 2013 (has links)
Introdução: A Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) é um exame dinâmico e permite a avaliação de todo o processo da deglutição, entretanto, a maioria dos estudos publicados relata apenas alterações na orofaringe e transição faringoesofágica, não sendo rotina o estudo do esôfago. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a prevalência de alterações na fase esofágica à VFD em pacientes com disfagia cervical. Métodos: Pacientes com queixa de disfagia cervical submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição incluindo estudo esofágico entre maio de 2010 e maio de 2012 tiveram seus exames revisados retrospectivamente. Os pacientes foram classificados em dois grupos: Grupo I - sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido e Grupo II – com diagnóstico de doença neurológica. Durante o exame os pacientes ingeriram três consistências de alimento (líquido, pastoso e sólido) contrastadas com sulfato de bário e 19 itens foram analisados segundo protocolo. A fase esofágica foi considerada alterada quando apenas um dos itens avaliados estivesse comprometido. Resultados: Trezentos e trinta e três (n=333) pacientes consecutivos foram estudados com 213 (64%) no Grupo I e 120 (36%) no Grupo II. Alterações esofágicas foram identificadas em 104 (31%) pacientes, sendo a prevalência maior no Grupo I (36,2%), principalmente, nos itens clareamento esofágico (16,9%) e contrações terciárias (16,4%). Pudemos observar que 12% dos indivíduos do Grupo I apresentaram somente alteração em fase esofágica. Conclusão: Avaliação da fase esofágica durante a Videofluoroscopia da Deglutição identificou alterações esofágicas em um terço dos pacientes com queixa de disfagia cervical, principalmente no grupo sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido. / Introduction: Videofluoroscopic Swallowing Study (VFSS) is a dynamic exam and allows the evaluation of the complete swallowing process. However, most published studies have only reported alterations in the oropharynx and pharyngoesophageal transition, leaving the analysis of the esophagus an under researched area. The goal of this study was to investigate the prevalence of alterations in the esophageal phase thorough VFSS in patients with cervical dysphagia. Methods: Consecutive patients with cervical dysphagia who underwent VFSS including esophageal analysis between May 2010 and May 2012 had their exams retrospectively reviewed. Patients were classified into two groups: Group I - without a pre-established etiological diagnosis and Group II - with neurological disease. During the exam, the patients ingested three different consistencies of food (liquid, pasty and solid) contrasted with barium sulfate and 19 items were analyzed according to a protocol. The esophageal phase was considered abnormal when at least one of the evaluated items was compromised. Results: Three hundred and thirty-three (n = 333) consecutive patients were studied - 213 (64%) in Group I and 120 (36%) in Group II. Esophageal alterations were found in 104 (31%) patients, with a higher prevalence in Group I (36,2%), especially on the items esophageal clearance (16,9%) and tertiary contractions (16,4%). It was observed that 12% of individuals in Group I only presented alterations on the esophageal phase. Conclusion: Evaluation of the esophageal phase of swallowing during VFSS detects abnormalities in patients with cervical dysphagia, especially in the group without pre-established etiological diagnosis.

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