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Efeito do resveratrol em astrócitos : uma abordagem sobre parâmetros gliais específicos em cultura e em fatias hipocampaisAlmeida, Lúcia Maria Vieira de January 2007 (has links)
O resveratrol (3,5,4’-trihydroxy-trans-stilbene) é um polifenol encontrado nas uvas e no vinho tinto, que possui propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, bem como cardioprotetoras. Recentemente, cada vez mais estudos sugerem que o resveratrol possa exercer um papel significativo; regulando funções importantes no SNC, especialmente sob condições patológicas. Assim, neste estudo nós investigamos o papel neuroprotetor do resveratrol através de um efeito modulatório sobre parâmetros gliais em cultura primária de astrócitos corticais e em um modelo de fatias hipocampais. Os astrócitos são as células mais abundantes constituintes do SNC e uma de suas funções consiste em exercer um papel protetor contra o estresse oxidativo. Nós observamos que o tratamento com resveratrol por 24 h foi capaz de aumentar a captação de glutamato, o conteúdo de glutationa e secreção de S100B em cultura de astrócitos corticais. Além disso, a pré-incubação com resveratrol confirmou seu potencial não só como antioxidante, mas também modulando as funções gliais mesmo após um insulto oxidativo com 0,1 mM de H2O2. Observamos que o resveratrol impediu o aumento das espécies reativas de oxigênio após uma injúria com H2O2 e evitou a diminuição da captação de glutamato e do conteúdo de glutationa. Enquanto que a secreção de S100B, 1 h após o dano com H2O2, apresentou um aumento transitório que foi revertido pela presença de resveratrol. O oposto ocorreu 24 h após o insulto, quando o H2O2 levou a uma diminuição na secreção de S100B, enquanto que na presença do resveratrol foi observado um aumento da proteína no meio extracelular. Um perfil semelhante foi encontrado em fatias hipocampais tratadas com resveratrol após um insulto com 0,1 e 1 mM de H2O2. Apesar do resveratrol não ter revertido a diminuição dos níveis extracelulares de lactato e a redução da viabilidade celular induzidos por 1 mM de H2O2, o polifenol preveniu o aumento da permeabilidade da membrana observada. O resveratrol também impediu a diminuição do conteúdo de glutationa após a exposição ao H2O2. Ainda, a ativação da ERK1/2 provocada por 1 mM de H2O2 foi completamente prevenida pelo resveratrol. Entretanto, o resveratrol evitou a diminuição na captação de glutamato apenas após o insulto com 0,1 mM de H2O2. Embora os mecanismos através dos quais o resveratrol exerce seus efeitos ainda não estejam completamente esclarecidos, podemos propor que o polifenol apresenta um papel protetor contra injúrias no SNC por modular funções gliais. / Resveratrol (3,5,4’-trihydroxy-trans-stilbene) is a polyphenol present in grapes and red wine, which has antioxidant, anti-inflammatory and cardioprotective properties. Recently, a great number of reports suggest that resveratrol might be involved in important functions of SNC, especially under pathological conditions. Therefore, in this study, we investigate the neuroprotective role of resveratrol through modulatory effect on glial parameters in primary cortical astrocytes and hippocampal slice preparations. Astrocytes are the most abundant cell type CNS and are involved in a protective role against oxidative stress. We observed that 24 h treatment with resveratrol lead to an increase in glutamate uptake, glutathione content and S100B secretion in astrocyte cultures. Moreover, pre-incubation with resveratrol has confirmed its potential not just as an antioxidant, but also by modulating glial functions even after an oxidative insult with 0,1 mM H2O2. Resveratrol avoided the increase of reactive species of oxygen after an insult with H2O2 and prevented the decrease in glutamate uptake and glutathione content. Moreover, 1 h after H2O2 injury, S100B secretion demonstrated a transitory increase that was reverted by resveratrol. In contrast, 24 h after the oxidative damage exposure it was observed a decrease in S100B caused by H2O2 while in the presence of resveratrol there was an increase of S100B in the extracellular. A similar profile was found in hippocampal slices treated with resveratrol after oxidative damage with 0,1 and 1 mM H2O2. Even though resveratrol did not changed the decrease in lactate levels and the reduction in cell viability induced by 1 mM H2O2, it was able to prevent the increase in cell permeability. Resveratrol also prevented the decrease of glutathione content after H2O2. There was also an activation of ERK1/2 by 1 mM H2O2 that resveratrol fully prevented. However, resveratrol only reverted the decrease in glutamate uptake induced by 0,1 mM H2O2. Although the mechanisms underlying resveratrol effects are not completely clear, we may propose that resveratrol could represent a protective strategy to avoid brain injury by modulating glial functions.
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Efeitos agudos e crônicos de suplementação com diferentes doses de vitamina A sobre parâmetros de estresse oxidativo em pulmões de ratosPasquali, Matheus Augusto de Bittencourt January 2010 (has links)
A vitamina A e seus derivados, os retinóides, participam de processos celulares tais como desenvolvimento, proliferação, diferenciação e apoptose. Os efeitos da vitamina A, em sua maior parte, são atribuídos à ativação de receptores nucleares da família dos receptores esteróides, conhecidos como RAR e RXR. No entanto, o excesso de vitamina A ou de retinóides na dieta ou em uso terapêutico, pode ser teratogênico. Diversos trabalhos tem demonstrado in vitro e in vivo que a vitamina A e seus metabólitos são moléculas redox ativas, isto é, podem agir como pró-oxidantes ou antioxidantes , dependendo da concentração e do ambiente em que se encontram. Os objetivos deste trabalho foram investigar possíveis alterações no ambiente redox do pulmão de ratos Wistar tratados com vitamina A. Neste trabalho, foram utilizados ratos Wistar machos adultos – 90 dias (no início do tratamento), que foram tratados por 3, 7 ou 28 dias com vitamina A na forma de palmitato de retinol (Arovit®) nas doses de 1000, 2500, 4500 ou 9000 UI/kg/dia via intra-gástrica (gavagem). Verificamos um aumento significativo nos níveis de marcadores de estresse oxidativo (carbonilação de proteínas, peroxidação lipídica e diminuição no conteúdo de tióis reduzidos) além de modulação da atividade de enzimas antioxidantes em todos os períodos analisados, tanto nas doses consideradas terapêuticas que são as doses de 1000 e 2500 UI/kg/dia quanto nas doses excessivas 4500 e 9000 UI/kg/dia. Então, a partir destes resultados e de outros dados já reportados na literatura, acreditamos que seja necessária uma maior cautela no uso de vitamina A tanto a nível de suplementação quanto a nível terapêutico, visto que ela na forma que foi utilizada nesse trabalho pode ser adquirida livremente em farmácias sem a necessidade de receita médica. / Vitamin A and its derivatives, the retinoids, participate in cellular processes such as growth, cell division and apoptosis. The effects of vitamin A , in part, is ascribed to gene transcription mediated by nuclear receptors from the family of the steroid receptors, known as RAR and RXR. However, excessive vitamin A, or its retinoids, in the diet, or by therapeutic use, may be theratogenic. Diverse works have demonstrated in vitro and in vivo that vitamin A and its metabolites may be pro-oxidant or antioxidant. In this work, we aimed to investigate alterations in the redox environment of the lung of the rats Wistar treated with vitamin A. Here, we have utilized adult male Wistar rats (90/days old) that were treated for 3, 7 or 28 days with vitamin A as retinol palmitate at 1000, 2500, 4500 or 9000 IU/kg/day intra-gastrically (gavage). We have verified an increased level of oxidative stress markers (protein carbonylation, lipid peroxidation, and decreased protein and non-protein thiol content) and antioxidant enzymes activities modulation after any period of treatment, in all periods analyzed, both doses that are considered therapeutic doses of 1000 and 2500 IU / kg / day and in excessive doses 4500 and 9000 IU / kg / day. Then, regarding the results obtained in this work and from other reported data, we recommend caution in the use of vitamim A for supplementation or for therapeutic use.
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Análise da produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio durante a febre e a antipirese em ratosGomes, Bruna Rafaela Bezerra 26 April 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-17T17:20:58Z
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Previous issue date: 2017-07-27 / A febre é o aumento da temperatura corporal que ocorre principalmente em resposta a invasão do organismo por agentes patogênicos e desempenha papel importante na resposta imune de fase aguda e na defesa contra patógenos. Entretanto, a febre também causa efeitos prejudiciais em decorrência do aumento da taxa metabólica e do consumo de oxigênio. Assim, o balanço entre os danos e benefícios deve ser considerado ao se decidir tratar ou não tratar um paciente com antipiréticos. As espécies reativas de oxigênio e nitrogênio são geradas durante processos fisiológicos e patológicos, e podem atuar tanto como moléculas de sinalização celular, quanto como promotoras de estresse oxidativo e nitrosativo. Neste estudo, ratos Wistar machos receberam pré-tratamento oral com dipirona, ibuprofeno, celecoxibe ou n-acetilcisteína 30 min antes de injeção intravenosa de LPS ou veículo, o que levou a redução da resposta febril em todos os animais tratados. A concentração de EROs foi determinada por espectroscopia de ressonância paramagnética associada ao uso da spin probe CMH no sangue, fígado, tecido adiposo marrom (TAM) e hipotálamo de animais febris e tratados com os antipiréticos. Nossos resultados demonstraram aumento na produção de EROs 5 h após a indução de febre no fígado, TAM e hipotálamo e nenhum dos antipiréticos utilizados alterou o perfil dessa produção. Para a estimativa da produção de óxido nítrico, quantificou-se a concentração de HbNO no sangue. Os resultados demonstraram que a concentração de HbNO é 15 vezes maior nos animais que apresentam febre em relação aos controles. Dentre os grupos tratados, apenas a dipirona diminuiu a concentração de HbNO (- 66 %).Os dados desse trabalho sugerem que, durante a febre, há maior concentração de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, que podem causar estresse oxidativo e nitrosativo e que a redução da biodisponibilidade de óxido nítrico pela dipirona pode contribuir para o mecanismo de ação desse fármaco. / Fever is the increase in body temperature that occurs primarily in response to invasion of the body by pathogens, and plays an important role in the acute phase of immune response and in defense against pathogens. However, fever also causes harmful effects as a result of increased metabolic rate and oxygen consumption. Thus, the balance between damages and benefits should be considered when deciding whether or not to treat a patient with antipyretics. The reactive species of oxygen and nitrogen are generated during physiological and pathological processes, and can act as both signaling molecules and as promoters of oxidative and nitrosative stress. In this study, male Wistar rats received oral pre-treatment with dipyrone, ibuprofen, celecoxib or nacetylcysteine 30 min prior to intravenous injection of LPS or vehicle, which led to a reduction in febrile response in all treated animals. The concentration of ROS was determined by paramagnetic resonance spectroscopy associated with the use of spin probe CMH in the blood, liver, brown adipose tissue (BAT) and hypothalamus of febrile animals treated with antipyretics. Our results demonstrated an increase in ROS production 5 h after induction of fever in the liver, BAT and hypothalamus, and none of the antipyretics used altered the profile of this production. For the estimation of the production of nitric oxide, the concentration of NOHb in the blood was quantified. The results demonstrated that the concentration of NOHb is 15-fold higher in the animals of LPS group compared to controls. Among the treated groups, only dipyrone decreased the concentration of NOHb (- 66 %). Data from this study suggest that during fever there is a higher concentration of reactive oxygen and nitrogen species, which may cause oxidative and nitrosative stress, and that reduction of the bioavailability of nitric oxide by dipyrone may contribute to the mechanism of action of this drug.
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Avaliação do bioacúmulo de metais e estresse oxidativo em ratos tratados cronicamente com água do Rio Doce após rompimento da barragem Fundão / Evaluation of the bioaccumulation of metals and oxidative stress in rats treated chronically with water from the Doce River after the Fundão iron mining damGuimarães, Natália Carvalho 14 June 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2017. / Texto parcialmente liberado pelo autor. Conteúdo liberado: Resumo e Abstract. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-11-09T19:39:30Z
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Previous issue date: 2018-06-04 / Em 5 de novembro de 2015, ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos de mineração Fundão, localizada em Mariana-MG. Dentre as diversas consequências do desastre, têm-se os impactos na qualidade da água do rio Doce e, consequentemente, no abastecimento público de água das cidades que captam água diretamente deste manancial. Diante disso, ratos foram cronicamente expostos, via oral, à água de dois pontos do rio (estudo I) e de duas cidades abastecidas com a água captada e tratada do rio (estudo II). A divisão dos grupos de tratamento foi feita através da água administrada aos animais, sendo o estudo I composto por: Grupo C: controle, que recebeu água de abastecimento do biotério; Grupo NI: recebeu água coletada do rio Doce próximo às cidades de Naque e Ipatinga-MG; e Grupo RE: água coletada do rio próximo à foz, em Regência-ES. O estudo II, além do Grupo C, tinha o Grupo GV: que recebeu água de abastecimento de Governador Valadares-MG e Grupo CA: tratado com água de abastecimento de Colatina-ES. Avaliou-se o bioacúmulo de metais no córtex, fígado e rim, biomarcadores de estresse oxidativo nestes tecidos e no sangue, e provas de função renal e hepática. Em relação ao estudo I, encontrou-se que, nas amostras de sangue houve diminuição significativa da atividade da GPx do grupo NI em relação ao controle e aumento da CAT do grupo RE em relação ao grupo NI. Quanto ao córtex, observou-se uma diminuição significativa na atividade da GPx no grupo NI e RE em relação ao controle. Apesar do fígado do grupo RE ter concentrações significativamente menores de Al e Mn, houve aumento significativo da CAT em relação ao grupo controle. No rim, houve maior bioacúmulo de Pb e nenhuma alteração no sistema antioxidante, ambos em relação ao grupo controle. No estudo II, encontrou-se aumento significativo de GSH no sangue do grupo CA em relação ao controle. Houve menor bioacúmulo de Fe no córtex no grupo CA em relação ao controle. Observou-se também neste tecido, diminuição significativa na atividade da GPx no grupo CA e forte tendência do grupo GV, ambos em relação ao controle. No fígado, o grupo CA teve concentrações significativamente menores de Fe e Mn em relação ao controle. Porém, houve aumento significativo na atividade da CAT no grupo CA em relação ao controle. No rim, encontrou-se uma forte tendência de menor concentração de EROs radicalares quando comparado ao controle (p=0,055). Alguns metais diminuem a atividade da GPx, justificando a diminuição da mesma no córtex dos grupos tratados comparados ao controle e, também, no sangue do grupo NI em relação ao controle. Em ambos os estudos, não se observou comprometimento hepático e renal dos diferentes tratamentos quando comparados ao grupo controle. Diante dos resultados apresentados, mesmo em concentrações baixas, os metais foram capazes de provocar alterações no organismo através do bioacúmulo e perturbação na homeostase do sistema antioxidante. / On November 5th, 2015 the Fundão iron mining dam, located in Mariana, Minas Gerais State, collapsed. Among the several consequences of the disaster, the main concerns are related to the impact in the water quality of Doce river and consequently in the water supply to many cities. Rats were chronically exposed to the water collected from two points of the river (study I) and from two cities supplied with water from the Doce river and with public treatment (study II). The studies I and II were divided according to the water supplied to the animals. The study I consisted: Group C: received water from the animal facility (control); Group NI: received water collected from the river near the cities Naque and Ipatinga, Minas Gerais State; and Group RE: received water collected from the river near the river mouth, in Regência, Espírito Santo State. The study II included the Group C; the Group GV: animals receiving water from Governador Valadares (Minas Gerais State); and Group CA: receiving water from Colatina (Espírito Santo State). Bioaccumulation of metals in the cortex, liver and kidney, biomarkers of oxidative stress in these tissues and blood, and evidence of renal and hepatic function were evaluated. In the study I, the blood samples of the NI group showed significant decrease of the GPx activity in relation to the Group C. There was an increase of the CAT of the RE group in relation to the NI group. The cortex exhibited significant decrease in GPx activity in the NI group and RE in relation to the control. Although the liver of the RE group had significantly lower concentrations of Al and Mn, there was a significant increase of the CAT in relation to the control group. There was greater bioaccumulation of Pb and no alteration in the antioxidant system, both in relation to the control group in the kidney. In study II, there was a significant increase of GSH in the blood of the CA group in relation to the control. The bioaccumulation of Fe in the cortex the CA group was lower than the Group C. In this tissue, a significant decrease in GPx activity in the CA group and a strong tendency of the GV group were observed, both in relation to the control. In the liver, the CA group had lower concentrations of Fe and Mn in relation to the control. However, there was a significant increase in the CAT activity in the CA group in relation to the control. In the kidney, there was a strong trend towards a lower concentration of ROS than in the control. The decrease in the GPx activity in the cortex of most of the groups is due to the presence of some metals. It also occurred in the blood samples of the NI group in relation to the control. In both studies, there was not hepatic and renal impairment in relation to the control group. Given the results presented, even in low concentrations, the metals could cause changes in the organism through the bioaccumulation and disturbance in the homeostasis of the antioxidant system.
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Efeitos da DHEA relacionados com a idade sobre a Akt e marcadores de estresse oxidativo no coração e eritrócitos de ratosJacob, Maria Helena Vianna Metello January 2009 (has links)
Os níveis de DHEA atingem seu pico entre a segunda e a terceira décadas de vida, e então começam a diminuir em torno de 2% ao ano. A diminuição da DHEA associada ao envelhecimento pode levar a doenças autoimunes, disfunção sexual, osteoporose, alteração do metabolismo de lipídios, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Tais observações sugerem que o restabelecimento de DHEA aos níveis encontrados em jovens adultos pode ter efeitos benéficos nos distúrbios relacionados à idade. Muitas hipóteses têm sido propostas para o envelhecimento cardíaco, incluindo o acúmulo de radicais livres. Neste estudo objetivou-se determinar o papel da DHEA sobre o estresse oxidativo (tecido cardíaco e eritrócitos), por meio de medidas de dano oxidativo e de defesas antioxidantes enzimáticas e não-enzimáticas, correlacionando-o com vias de sinalização, em diferentes etapas do envelhecimento de ratos Wistar machos sadios. No primeiro artigo, avaliamos os efeitos de diferentes concentrações de DHEA em distintas janelas temporais sobre o estresse oxidativo e sua relação com a ativação da Akt no miocárdio de ratos adultos (3 meses). A DHEA produziu diferenças significativas entre as diferentes janelas temporais sobre os parâmetros estudados, com uma resposta com perfil prooxidante no miocárdio dos ratos adultos. No segundo artigo, avaliamos os efeitos da administração crônica de DHEA sobre o estresse oxidativo e sua relação com a ativação da Akt no miocárdio de ratos jovens e velhos (3 e 18 meses). A DHEA produziu aumento na fosforilação da Akt e diminuiu a atividade da SOD nas duas idades estudadas. A ativação da via da Akt parece estar relacionada com mudanças nos parâmetros de estresse oxidativo, de acordo com a idade investigada. A administração crônica de DHEA sobre o estresse oxidativo nos eritrócitos de ratos de diferentes idades (3, 13 e 18 meses) foi o objetivo do terceiro artigo, e como resultado a DHEA produziu efeito prooxidante sobre todas as idades, especialmente na idade de 13 meses. Parece que aos 13 meses há uma importante depleção de alguns antioxidantes específicos, que pode ter evidenciado os efeitos da DHEA. No último artigo avaliamos os efeitos da administração crônica de DHEA sobre o estresse oxidativo no coração de ratos jovens e velhos (3 e 24 meses), verificamos se tais mudanças estariam associadas às alterações no estado redox e correlacionamos a concentração de peróxido de hidrogênio à possível modulação da expressão de proteínas redox-sensíveis. A DHEA aumentou significativamente a atividade da GST no miocárdio dos grupos 3 e 24 meses. O fator idade diminuiu a concentração de peróxido de hidrogênio e a concentração proteica de Nrf2, independentemente do tratamento. Entretanto, a idade aumentou as concentrações de GST, Akt e p-Akt em ambos os grupos de 24 meses. O grupo 24 meses tratado com DHEA respondeu diferentemente considerando as medidas de GSSG, a atividade da GPx e a concentração da p-Akt. Os resultados obtidos por meio destes experimentos indicam um cenário em que a DHEA parece modular proteínas redox-sensíveis, bem como exerce diferentes efeitos em relação ao estresse oxidativo dependendo da idade. O uso indiscriminado deste hormônio poderia alterar vias redox-sensíveis de maneira a produzir adaptações inadequadas ou não necessariamente benéficas ao organismo.
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Influência do estresse oxidativo no desenvolvimento da hipertrofia e insuficiência cardíaca induzida pelo hipertireoidismo em ratosAraújo, Alex Sander da Rosa January 2006 (has links)
A elevação do metabolismo basal e do consumo de oxigênio produzido pelos hormônios da tireóide podem predispor a célula a produzir espécies ativas de oxigênio (EAO). Dentre as alterações morfométricas causadas pela disfunção da tireóide, destaca-se a hipertrofia cardíaca. Este crescimento da massa do coração pode ser creditado à ação genômica dos hormônios tireoidianos. Entretanto, o desenvolvimento da hipertrofia cardíaca pode estar correlacionado com as EAO. Por isso, objetivou-se estudar não somente a relação das EAO com desenvolvimento da hipertrofia e a insuficiência cardíaca no hipertireoidismo, mas também os mecanismos moleculares deste processo, utilizando tratamento com um antioxidante clássico, a vitamina E. Foram usados ratos Wistar divididos em quatro grupos (n=10): controle, vitamina E, hipertireoideo, hipertireoideo+vitamina E. O hipertireoidismo foi desenvolvido através da administração de L–tiroxina (12mg/L na água de beber, durante 28 dias). A vitamina E foi administrada (20mg/kg/dia i.p.) por 28 dias. A medida da massa cardíaca foi avaliada pela razão do peso do coração pelo peso corporal. A análise da hemodinâmica consistiu da pressão ventricular sistólica esquerda (LVSP) e a pressão do final da diástole ventricular esquerda (LVEDP), assim como suas derivadas temporais (± dP/dt). A avaliação do estresse oxidativo foi realizada através da lipoperoxidação (medidas de quimiluminescência -QL- e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico – TBARS) e oxidação das proteínas (carbonilas). O metabolismo da glutationa também foi avaliado (GSH/GSSG), juntamente com a capacidade antioxidante total (TRAP). A atividade das enzimas antioxidantes (superóxido dismutase - SOD, catalase -CAT, glutationa peroxidase - GPx, glutationa redutase – GR, e glutationa –S- transferase – GST) também foram medidas. O metabolismo do óxido nítrico (NO), avaliado através da medida dos nitritos e nitratos, e a concentração tecidual de peróxido de hidrogênio (H2O2) também foram quantificadas. As medidas de expressão de proteínas foi realizada pelo método de Western blot, tendo como alvo as seguintes proteínas: Cu/Zn SOD, catalase, GST, receptor do fator de crescimento “insulin like”-I (IGF-IR), Akt e fosfo-Akt, GSK-3β e fosfo-GSK-3β, c-Jun e c-Fos. O tramento com a L–tiroxina foi efetivo no desenvolvimento do hipertireoidismo. O grupo tratado com a L–tiroxina demonstrou maiores valores de massa cardíaca, LVSP e LVEDP, com regressão destes parâmetros no grupo hipertireoideo+vitamina E. A lipoperoxidação, a oxidação das proteínas, a depleção de GSH e o consumo dos antioxidantes totais (TRAP) aumentaram no grupo hipertireoideo. O tratamento com a vitamina E preveniu estas alterações. A atividade e a expressão das enzimas antioxidantes se elevaram com o hipertireoidismo, exceto a catalase. No entanto, a administração da vitamina E reduziu a atividade destas enzimas, exceto da GST que apresentou atividade e expressão mais elevadas. Os nitritos e nitratos e as concentrações de H2O2 foram maiores no grupo hipertireoideo em relação ao grupo controle. Estes valores regrediram no grupo hipertireoideo+vitamina E. As expressões de proteínas do IGF-IR, fosfo-Akt, fosfo-GSK-3β, c-Jun e c-Fos foram maiores no grupo hipertireoideo, porém diminuídos pela ação da vitamina E. Estes dados sugerem não apenas a relação do hipertireoidismo com o estresse oxidativo, mas também uma ação dos radicais livres na ativação de vias intracelulares de sinalização, mediando processos de crescimento celular, como a hipertrofia cardíaca induzida pela tiroxina.
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Comprimento dos telômeros de leucócitos do sangue periférico e estresse oxidativo em portadores de diabetes mellitus tipo 2Rosa, Erica Carine Campos Caldas 19 October 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-02-07T16:08:01Z
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Atenciosamente. on 2017-03-20T21:53:27Z (GMT) / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-03-29T18:15:25Z
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2016_EricaCarineCamposCaldasRosa_Parcial.pdf: 1777588 bytes, checksum: 34f34df3e8651978bf884f3933e99911 (MD5) / Introdução: Os telômeros constituem seqüências repetitivas de DNA que protegem as extremidades dos cromossomos lineares mantêm a estabilidade genômica. Com o envelhecimento, observa-se seu encurtamento progressivo. Fatores adicionais podem acelerar o encurtamento dos telômeros, sobretudo aqueles relacionados a estresse oxidativo (EO) e resposta inflamatória. É possível, assim, que o comprimento dos telômeros represente potencial indicador de dano oxidativo e inflamatório e de senescência celular. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) associa-se a EO e resposta inflamatória e é possível que associe-se também a encurtamento dos telômeros. Este estudo investigou o comprimento de telômeros e marcadores de EO em diabéticos tipo 2, em Brasília, DF. Métodos: Foram determinados, no soro de diabéticos tipo 2 e de sujeitos com tolerância normal à glicose (controles), a concentração de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) e a capacidade antioxidante total (FRAP). O comprimento relativo dos telômeros foi determinado por PCR quantitativa em tempo real, utilizando como normalizador o gene de cópia única 36B4. Resultados: Foram incluídos 165 sujeitos com DM2, com mediana de idade de 49 anos, predomínio do sexo feminino (75,8%), mediana do tempo de diagnóstico do DM2 de 2 anos, predominância de baixo nível de escolaridade e mediana do índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m2. Para avaliação de marcadores de EO, os diabéticos foram comparados a um grupo de 130 controles com mediana de idade de 46 anos, predominância do sexo masculino, maior nível de escolaridade e IMC mediano de 27 kg/m2. Os diabéticos tipo 2 apresentaram concentração sérica de TBARS significativamente maior que a dos controles e capacidade antioxidante total significativamente menor que a dos controles, independentemente do sexo ou IMC. Nos diabéticos tipo 2, a concentração sérica de TBARS foi correlacionada negativamente com a de colesterol LDL e a capacidade antioxidante total foi positivamente correlacionada como tempo de diagnóstico, hemoglobina glicada e concentração sérica de triglicerídeo. Para análise do comprimento relativo dos telômeros, os diabéticos foram comparados a 158 controles, com idade semelhante (mediana de 49 anos), predominância do sexo masculino, maior nível de escolaridade e mediana do IMC de 27 kg/m2. O comprimento relativo dos telômeros foi superior no grupo de diabéticos tipo 2 em relação ao controle, porém a diferença não mais foi observada após exclusão dos valores discrepantes (outliers). Não foi observada associação entre o comprimento relativo dos telômeros e o sexo ou estado nutricional, nos dois grupos, nem com retinopatia, entre os diabéticos. Nos diabéticos tipo 2, foi observada correlação negativa do comprimento relativo dos telômeros com o tempo de diagnóstico do DM2, glicemia de jejum, hemoglobina glicada e capacidade antioxidante total, e positiva com a concentração sérica de TBARS. Nos controles, foi observada correlação negativa do comprimento relativo dos telômeros com a idade. Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que o DM2 está associado a aumento de marcador sérico de peroxidação lipídica e redução da capacidade antioxidante total no soro, porém não a encurtamento dos telômeros. O comprimento dos telômeros, no entanto, parece estar relacionado a indicadores metabólicos desfavoráveis no diabético tipo 2, incluindo glicemia de jejum e hemoglobina glicada. / Introduction: Telomeres are repetitive sequences of DNA that protect the ends of linear chromosomes and maintain genomic stability. They gradually shorten with aging, but additional factors may accelerate telomere shortening, especially those related to oxidative stress (OS) and the inflammatory response. It is possible, therefore, that telomere length may represent a potential indicator of oxidative and inflammatory damage. Type 2 diabetes (T2D) is associated with OS and inflammatory response and can also lead to telomere shortening. This study investigated the telomere length and OS markers in type 2 diabetics, in Brasilia, DF. Methods: Serum concentration of TBARS (thiobarbituric acid reactive substances) and total antioxidant capacity (FRAP) were measured in patients with T2D and control subjects with normal glucose tolerance. Relative telomere length was determined by quantitative real-time PCR using as the normalizer the single copy gene 36B4. Results: 165 subjects with T2D were included, with a median age of 49 years, female predominance (75.8%), median time of diagnosis of DM2 of 2 years, a high frequency of low educational attainment and median index body mass index (BMI) of 30 kg/m2. Serum levels of OS markers in T2D patients were compared to those of 130 controls with a median age of 46 years, who were predominantly male, had a higher level of education and a median BMI of 27 kg/m2. Serum levels of TBARS were significantly higher and total antioxidant capacity was significantly lower in T2D patients compared with controls, regardless of gender or BMI. In T2D patients, serum levels of TBARS were negatively correlated with serum LDL cholesterol levels; total antioxidant capacity was positively correlated to time since T2D diagnosis, glycated hemoglobin and serum triglyceride levels. Relative telomere length in T2D patients was compared to that of 158 age-matched controls (median age of 49 years), but who were predominantly male, had higher education level and a median BMI of 27 kg/m2. Relative telomere length was higher in T2D patients compared with controls, but this difference was not observed after exclusion of outliers. No association was found between relative telomere length and gender or nutritional status defined by BMI, either in T2D patients or controls. In T2D patients, relative telomere length was no associated with the presence of retinopathy. In these patients, relative telomere length was negatively correlated with time since diagnosis of T2D, fasting blood glucose, glycated hemoglobin and total antioxidant capacity. On the other hand, it was positively correlated with serum levels of TBARS. Among controls, relative telomere length was negatively correlated with age. Conclusion: The results suggest that T2D is associated with increased OS but not with telomere shortening. Reduced retive telomere length, however, seemed to be related to an unfavorable metabolic profile in T2D patients, including increased fasting blood glucose and glycated hemoglobin.
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Efeito oxidante do imidacloprido em abelhas melíferas (Apis mellifera L.) e potencial ação antioxidante da cafeína / Oxidant effect of imidacloprid in honey bees (Apis mellifera L.) and potential antioxidant action of caffeineBalieira, Kamila Vilas Boas [UNESP] 20 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Pesticidas são considerados um dos principais fatores do declínio populacional das abelhas e substâncias antioxidantes podem auxiliar na proteção desses insetos contra esses produtos. Foram avaliados o efeito oxidante do imidacloprido em abelhas melíferas (Apis mellifera L.) e a ação antioxidante da cafeína. Foram usadas seis dietas à base de xarope (água e açúcar 1:1), controle (apenas xarope); xarope com adição de 0,1 ng de imidacloprido/abelha; xarope com adição de 0,3 ng de imidacloprido/abelha; xarope com 5 μg/mL de cafeína; xarope com adição de 5 μg/mL cafeína e 0,1 ng de imidacloprido/abelha; xarope com adição de 5 μg/mL cafeína e 0,3 ng de imidacloprido/abelha. Após 72 horas da alimentação, foi preparado homogenato do tórax e avaliados: atividade das enzimas glutationa peroxidase (GPx) e catalase (CAT), concentrações de glutationa reduzida (GSH), glutationa oxidada (GSSG), estado oxidativo dos nucleotídeos de piridina (NAD(P)H) e grupos tióis de proteínas, além da formação de malondialdeído (MDA), um indicador de lipoperoxidação. Foi avaliada a sobrevida média de 360 abelhas recém-emergidas (1°dia), alimentadas com as dietas experimentais até às 72 horas, e o consumo médio da dieta por abelha. O imidacloprido aumentou a atividade da GPx em relação ao controle nas duas doses testadas, apresentando um efeito dose-dependente, e o mesmo foi observado com a cafeína. A adição de cafeína juntamente com 0,3 ng de imidacloprido/abelha, estimulou ainda mais a atividade da enzima. Observou-se também aumento na atividade da CAT pelas duas doses do imidacloprido e pela cafeína em relação ao controle. A adição da cafeína não alterou o efeito das doses do inseticida sobre a CAT. Nenhum dos tratamentos alterou a razão entre as concentrações de GSH e GSSG (GSH/GSSG) ou a concentração de NAD(P)H. Foi observada uma redução significante na concentração de grupo tióis de proteínas em relação ao grupo controle nas abelhas tratadas com as duas doses do imidacloprido, e a adição de cafeína protegeu contra a oxidação desses grupos. Para a concentração de MDA, observou-se aumento dose-dependente do imidacloprido em relação ao controle. A cafeína diminuiu parcialmente esse efeito, indicando que inibiu a lipoperoxidação. A sobrevida média das abelhas durante 72 horas não foi alterada por nenhum dos tratamentos. O consumo das dietas foi maior para as abelhas tratadas com 0,3 ng de imidacloprido/abelha. Os resultados do presente estudo indicam que o imidacloprido provocou danos oxidativos nas abelhas melíferas, enquanto que a cafeína atuou como antioxidante, e ainda, que as abelhas melíferas têm o consumo estimulado quando o alimento estiver intoxicado com o imidacloprido. / Pesticides are the main factors in the population decline of bees and antioxidant substances may aid in protecting these insects against these products. The oxidizing effect of imidacloprid in honey bees (Apis mellifera L.) and the antioxidant action of caffeine were evaluated. Six diets based on syrup (water and sugar 1: 1), control (syrup only) were used; syrup with addition of 0.1 ng imidacloprid/bee; syrup with addition of 0.3 ng imidacloprid/bee; Syrup with 0.5 μg/mL caffeine; syrup with addition of 5 μg/mL caffeine and 0.1 ng imidacloprid/bee; syrup with addition of 5 μg/mL caffeine and 0.3 ng imidacloprid/bee. After 72 hours of use, the activity of glutathione peroxidase (GPx) and catalase (CAT), concentrations of reduced glutathione (GSH), oxidized glutathione (GSSG), oxidative state of pyridine nucleotides (NAD(P)H) and thiol groups of protein, besides the production of malondialdehyde (MDA), an indicator of lipoperoxidation. The longevity of 360 freshly emerged bees (1st day), fed experimental diets, was evaluated. Imidacloprid increased GPx activity compared to the control, in a dose-dependent manner, and the same and was observed with caffeine. The addition of caffeine with 0.3 ng of imidacloprid/bee stimulated the activity of the enzyme. There was an increase in CAT activity by the two doses of imidacloprid in relation to the control and also by caffeine. The addition of caffeine did not alter the effect of doses of the insecticide on the CAT activity. The GSH:GSSG ratio or the NAD(P)H concentration were not affected. A significant reduction in the concentration of thiol group of proteins was observed in the two groups of imidacloprid relative to the control group, and the addition of caffeine protected against the oxidation of these groups. Imidacloprid caused a dose-dependent increase in the MDA concentration while the addition of caffeine partially decreased this effect, indicating that it inhibited the lipoperoxidation. The average survival of the bees during 72 hours was not altered by any of the treatments. Diets consumption was higher for bees treated with 0.3 ng imidacloprid/bee. The results of the present study indicate that imidacloprid caused oxidative damage in honey bees, whereas the caffeine acted as an antioxidant, and also that the consumption is stimulated when the food is intoxicated with imidacloprid.
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Análise comparativa dos parâmetros redox em diferentes cultivares de Phaseolus vulgaris L. que apresentam susceptibilidade diferenciada à exposição ao ozônioCaregnato, Fernanda Freitas January 2013 (has links)
O ozônio (O3) troposférico pode ser considerado um dos poluentes atmosféricos mais tóxicos da atualidade. Nas espécies vegetais o O3 penetra através dos estômatos, interferindo nos processos fisiológicos, metabólicos e celulares das plantas. Os efeitos negativos do O3 são desencadeados devido ao fato deste ser um potente agente oxidante capaz de gerar espécies ativas de oxigênio (EAO) no meio intracelular. No entanto, as investigações sobre os impactos da exposição ao O3 na fisiologia e produtividade das principais culturas agrícolas da América do Sul ainda são escassos. Para a maioria das espécies vegetais cultivadas no Brasil, uma análise integrada dos aspectos fisiológicos e bioquímicos relacionados à toxicidade deste ainda é limitada. O objetivo deste trabalho de doutorado foi avaliar as modificações nos parâmetros bioquímicos de estresse oxidativo e do balanço redox celular em resposta à exposição controlada a elevadas concentrações de O3 no tecido foliar de diferentes cultivares subtropicais de feijão (Phaseolus vulgaris L.). As alterações desencadeadas pelo O3 no sistema antioxidante enzimático e não-enzimático foram determinadas através de diferentes abordagens, como a avaliação da extensão do dano oxidativo a lipídios; a quantificação da atividade e dos níveis proteicos da enzima antioxidante catalase; a avaliação dos níveis teciduais dos antioxidantes ácido ascórbico e grupamentos tióis totais; e a produção de espécies ativas de oxigênio. Os resultados indicam que níveis constitutivos mais elevados de espécies ativas de oxigênio (EAO) e de antioxidantes não-enzimáticos (ascorbato), acompanhados da modulação do sistema antioxidante enzimático (aumento na quantidade e atividade da catalase), conferem proteção ao tecido foliar contra insultos oxidativos, como a oxidação de lipídios de membrana e a diminuição dos níveis de pigmentos fotossintetizantes, desencadeados pelo O3. Ao contrário, quando a exposição ao O3 aumenta a geração de EAO, e este aumento está aliado à falta da modulação eficaz tanto do sistema antioxidante enzimático como do não enzimático, a indução de alterações oxidativas severas (aumento de lipoperoxidação e diminuição nos níveis de clorofila a e b) ocasiona perda no conteúdo proteico das folhas, o que compromete a estrutura celular e o processo fotossintético. Sendo assim, pode-se concluir que, nas cultivares estudadas, a capacidade de resistir aos efeitos negativos do O3 está relacionada com as diferenças bioquímicas constitutivas capazes de manter homeostase do estado redox celular no tecido foliar. / Tropospheric ozone (O3) can be considered one of the most toxic air pollutants today. In plant species O3 penetrates through leaf stomata, interfering with physiological, metabolic and cellular processes in plants. The negative effects of O3 are triggered due to the fact that this is a potent oxidizing agent capable of generating reactive oxygen species (ROS) in the intracellular environment. However, research on the impacts of exposure to O3 in physiology and productivity of major crops in South America are still scarce. For most plant species grown in Brazil an integrated analysis of the physiological and biochemical aspects related to toxicity of this contaminant is still limited. The aim of this study was to evaluate the changes in oxidative stress parameters and cellular redox balance in response to controlled exposure to high O3 concentrations in the leaf tissue of different subtropical cultivars of common bean (Phaseolus vulgaris L.). Changes triggered by O3 in enzymatic and non-enzymatic antioxidant system were determined by different approaches, such as the extent of oxidative damage to lipids, the quantification of protein levels and activity of the antioxidant enzyme catalase; evaluation of tissue levels of the antioxidants ascorbic acid and total thiol groups, and the production of reactive oxygen species. The results indicate that constitutive higher levels of ROS and non-enzymatic antioxidants (ascorbate) accompanied by modulation of enzymatic antioxidant system (enhanced catalase activity and content) confer protection against oxidative insults triggered by O3 in leaf tissue, such as the oxidation of membrane lipids and decreased levels of photosynthetic pigments. In contrast, when the O3 exposure increases ROS generation, and this increase is coupled with the lack of an effective modulation of the antioxidant (both enzymatic and non-enzymatic), the induction of severe oxidative changes (increase in lipoperoxidation levels and decrease in the levels of chlorophyll a and b) leads to protein content loss on leaves, which compromises the cellular structure and the photosynthetic process. Thus, it can be concluded that in the studied cultivars the ability to resist the negative effects of O3 relies on the constitutive biochemical differences that are capable of maintaining the cellular redox homeostasis of leaf tissue.
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Estresse oxidativo e cognição como endofenótipos de esquizofreniaMassuda, Raffael January 2013 (has links)
Endofenótipos são características mensuráveis que se encontram entre a doença e o genótipo e podem ser medidas neurofisiológicas, bioquímicas, endocrinológicas, neuroanatômicas ou cognitivas. Gottesman e Shields propuseram pela primeira vez o conceito em transtornos psiquiátricos, em 1973. Endofenótipos têm sido estudados em familiares de pacientes com transtornos psiquiátricos e servem para correlacionar os fenótipos e risco genético. O objetivo do nosso estudo foi caracterizar possíveis endofenótipos em uma população brasileira com os riscos genéticos para a esquizofrenia (SZ). Nós medimos dois grupos de possíveis endofenótipos: marcadores de estresse oxidativo e de defesa antioxidante (artigo 1) e domínios cognitivos (artigo 2). A fim de examinar os marcadores de estresse oxidativo no soro, foram selecionados 37 irmãos de pacientes com SZ e 37 controles saudáveis sem história de transtorno psiquiátrico. Medimos TBARS, carbonilação proteica e níveis da glutationa peroxidase. Encontramos aumento significativo do estresse oxidativo proteico em irmãos de pacientes com esquizofrenia (p = 0,03). Não foram encontradas diferenças de TBARS (p = 0,73) e dos níveis da glutationa peroxidase (p = 0,53) (artigo 1). Para caracterizar funções cognitivas como possíveis endofenótipos, medimos memória verbal (VM), memória de trabalho (WM) e função executiva (EF) em 90 participantes (45 irmãos de pacientes com SZ e 45 controles saudáveis pareados). Não foram encontradas diferenças na EF (p = 0,42) e WM (p = 0,19 para sequencia de números e letras e p = 0,43 para Digit Span). No entanto, em VM, irmãos de pacientes tiveram desempenho pior do que os controles no teste de memória tardia (p <0,01, d = 0,6) e no teste de memória verbal total (p <0,05, d = 0,5) (artigo 2). Nossos resultados sugerem que a prejuízos em memória verbal e estresse oxidativo proteico podem ser considerados endofenótipos de SZ. / Endophenotypes are considered measurable components along the pathway between disease and genotype and could be neurophysiological, biochemical, endocrinological, neuroanatomical, cognitive, or neuropsychological. Gottesman and Shields first proposed the concept for psychiatry disorders in 1973. Endophenotypes have been studied in relatives of patients with psychiatry disorders to correlate phenotypes and genetic risk. The aim of our study was characterize possible endophenotypes in a Brazilian population with genetic risks to schizophrenia (SZ). We measured two groups of possible endophenotypes: oxidative stress and antioxidant defense serum markers (article 1) and cognitive domains (article 2). In order to examine serum oxidative stress markers, we selected 37 siblings and 37 healthy controls without actual or past psychiatry disorder. We measured TBARS, Protein Carbonyl Content, and Glutathione Peroxidase levels. We found significant increase in protein oxidative stress in siblings of patients with schizophrenia (higher Protein Carbonyl Content levels) (p=0.03). We haven’t found differences in TBARS (p=0.73) and Glutathione Peroxidase (p=0.53) levels (article 1). To characterize cognitive deficits as possible endophenotypes, we measured verbal memory (VM), working memory (WM) and executive function (EF) in 90 subjects (45 unaffected siblings of patients with SZ and 45 matched healthy controls). No differences were found in EF (p = 0.42) and WM (p = 0.19 to Letter-Number Sequencing and p=0.43 to Digit Span). However, in VM, siblings of patients performed worse than controls in the delayed recall test (p<0.01, d=0.6) and in the total recall test (p<0.05, d=0.5) (article 2). Our results suggest that verbal memory impairment and protein oxidative stress could be considered endophenotypes of SZ.
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