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Avaliação dos extratos vegetais de clusia fluminensis planch & triana na neutralização de atividades biológicas provocadas pelo veneno de Bothrops jararacaOliveira, Eduardo Coriolano de 03 April 2017 (has links)
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Oliveira, Eduardo Coriolano de [Dissertação, 2011].pdf: 1135569 bytes, checksum: 8920e224ba454e60a5daa5d299a3e9bb (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-03T16:56:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Oliveira, Eduardo Coriolano de [Dissertação, 2011].pdf: 1135569 bytes, checksum: 8920e224ba454e60a5daa5d299a3e9bb (MD5) / O envenenamento ofídico, dentre os acidentes com animais peçonhentos é o mais
importante deles, pela sua frequência e gravidade. No Brasil, as serpentes do
gênero Bothrops são responsáveis por 90 % dos acidentes ofídicos. Os extratos
vegetais apresentam uma diversidade de moléculas com diversas ações
farmacológicas. As espécies de Clusia são de grande interesse paisagístico, porém
duas espécies deste gênero, C. torresii Standl. e C. palmana Standl. apresentam
propriedades antiofídicas contra o veneno de B. asper. O objetivo do nosso trabalho
foi avaliar as propriedades antiofídicas da espécie Clusia fluminensis Planch &
Triana, utilizando diferentes partes vegetais e solventes de diferentes polaridades
para o preparo dos extratos, assim como uma benzofenona isolada do extrato
hexânico da flor, frente atividades biológicas do veneno de B. jararaca. Ensaios in
vitro mostraram que os extratos hexânicos e metanólicos das folhas e frutos, na
proporção de 1:50 (veneno:extrato) foram capazes de inibir 100 % a atividade
proteolítica do veneno de B. jararaca (9 μg/mL), usando-se azocaseína como
substrato; com exceção do extrato hexânico do caule e da benzofenona que inibiram
cerca de 50 %. Na atividade hemolítica do veneno de B. jararaca (88 μg/mL), a
inibição foi de 40 %, nas proporções de 1:10 e 1:20. Por outro lado, os extratos
nestas mesmas proporções não foram capazes de neutralizar a coagulação do
plasma induzida pelo veneno de B. jararaca (22 μg/mL), de forma significativa. Em
ensaios in vivo (atividade hemorrágica) apenas o extrato acetônico do fruto, na
proporção de 1:20, foi capaz de reverter totalmente a hemorragia causada pelo
veneno de B. jararaca (16,7 μg/g). Sendo assim, nossos resultados mostram que a
planta C. fluminensis pode ser uma fonte de moléculas com propriedades
antiofídicas, especificamente contra o veneno de B. jararaca, e que este efeito
neutralizante está diretamente relacionado a parte do vegetal e a polaridade do
solvente utilizado na extração, Além disso podemos concluir que a benzofenona não
é responsável, isoladamente, pelos resultados obtidos / Snake venom poisoning, among accidents with venomous animals is the most
important of them, by their frequency and severity. In Brazil, Bothrops are
responsible for 90 % of snake bites. The plant extracts have a variety of molecules
with several pharmacological actions. Clusia species are of great landscape interest,
but two species of this genus, C. torresii Standl. and C. palmana Standl. have
properties against snake venom B. asper. The aim of our study was to evaluate the
antivenom properties the species Clusia fluminensis Triana & Planch, using different
plant parts and solvents of different polarities for the preparation of extracts, as well
as a benzophenone isolated from the hexane extract of the flower, against biological
activity of the venom of B. jararaca. In vitro assays showed that the hexane and
methanolic extracts of leaves and fruits at a ratio of 1:50 (venom: extract) were able
to inhibit 100 % proteolytic activity of the venom of B.jararaca (9μg/mL), using
azocaseíne as substrate, with the exception of hexanic extract from stem and
benzophenone which inhibited about 50 %. In the hemolytic activity of the venom of
B. jararaca (88 μg/mL), inhibition was 40 %, the proportions of 1:10 and 1:20. On the
other hand, the same proportions in these extracts were not able to neutralize the
plasma coagulation induced by the venom of B. jararaca (22 μg/mL) significantly. In
vivo assays (hemorrhagic activity) only the acetone extract of the fruit was able to
totally reverse bleeding caused by the venom of B. jararaca (16,7 μg/g). Thus, our
results show that the plant C. fluminensis can be a source of molecules with
neutralizing properties of snake venom, specifically against the venom of B. jararaca,
and that the neutralizing effect is directly related to part of the plant and the polarity of
the solvent used in extraction, we can also conclude that benzophenone is not
responsible alone for the results
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Estudo da utilização dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, captopril e enalapril, dispensados pelas farmácias das unidades públicas de saúde do Distrito Oeste de Ribeirão Preto-SP / Study of utilization of angiotensin-converting enzyme inhibitors, captopril and enalapril dispensed by the brazilian public health system in the west sanitary district of Ribeirão Preto-SP.Olivera, Carolina Maria Xaubet 29 June 2009 (has links)
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina são uma classe de medicamentos freqüentemente prescrita pelos médicos e importante para o tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Os dois primeiros protótipos desta classe, o captopril e o maleato de enalapril, constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) devido à importância terapêutica, eficácia clínica e segurança comprovada, além de seu custo-efetividade. Para cumprir o objetivo de estudar a utilização desta classe terapêutica foi realizado um levantamento no banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto (SMS-RP) do estado de São Paulo (SP) para identificar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que receberam a dispensação de captopril e maleato de enalapril pelas farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Distritais de Saúde (UBDS) no período compreendido entre 01/03/2006 e 28/02/2007. Identificou-se que 9.560 pacientes utilizaram os inibidores da ECA, sendo que destes, 46,57% utilizaram captopril, 45,74% enalapril e 7,69% os dois fármacos simultaneamente ou não. A idade média dos usuários foi de 61 anos e houve um aumento progressivo da utilização desses agentes com o incremento da faixa etária e houve predominância para o gênero feminino. A aderência ao tratamento dos usuários das unidades de saúde do Distrito Oeste de Ribeirão Preto foi estimada em 80,6%. Enquanto que a dispensação única dos inibidores da ECA foi encontrada para 8,6% dos indivíduos, com idade média de 53,5 anos e as doses médias prescritas de captopril e de enalapril foram de 63,8 mg e 19,8 mg/dia respectivamente. Por outro lado, as doses médias prescritas e mantidas de captopril foram de 69,9 mg/dia e de enalapril foram de 21,35 mg/dia. Aproximadamente 0,3% dos pacientes utilizaram captopril em doses médias prescritas e mantidas iguais ou superiores a 150 mg e 0,65% dos pacientes receberam doses de enalapril acima de 40 mg, porém não foram encontradas doses subterapêuticas prescritas para esses medicamentos. Além disso, 20,21% dos pacientes analisados neste estudo tiveram seus esquemas terapêuticos alterados, sendo que a maioria teve apenas uma alteração. Um total de 92,69% dos usuários utilizou mais de um medicamento além dos inibidores da ECA e o incremento desse valor foi diretamente proporcional a faixa etária. O número de pacientes com risco de apresentar interação medicamentosa foi de 3.974 (41,57%), sendo que a maioria dos pacientes utilizou apenas um medicamento com essa possibilidade. / The angiotensin-converting enzyme inhibitors is a class of drugs often prescribed by pharmacian and important for the treatment of systemic arterial hypertension (SAH) and the Congestive Heart Failure (CHF). The first two prototypes of this class, enalapril maleate and captopril, are in the National Essential Drugs (RENAME) because of their therapeutic importance, clinical efficacy and safety established, and its cost-effectiveness. The aim of this study was reached through a survey database of the Municipal Health Secretary of Ribeirão Preto (SMS-RP) of São Paulo (SP) state to identify the users of the Unified Health System (SUS) that received dispensation of captopril and enalapril maleate by the basics health units (UBS) and districts health units (UBDS) for the period between 01/03/2006 and 28/02/2007. It was identified that 9,560 patients used ACE inhibitors, of which, 46.57% used captopril, 45.74% enalapril and 7.69% these two drugs simultaneously or not. The average age of users was 61 years and there was a progressive increase in the use of these agents with increasing age. The treatment adherence was estimated at 80.6% in users of health care units in the Western District of Ribeirão Preto. A single dispensing of ACE inhibitors was found for 8.6% of individuals with a mean age of 53,5 years and mean dose of 63.8 mg and the average prescribed doses of captopril were 69.9 and 19.8 mg/day respectively. Furthermore, the mean doses prescribed and maintained for captopril was 69.9 mg/day and enalapril were 21.35 mg/day. Around 0.3% of patients used average prescribed and maintained captopril doses equal or greater than 150 mg and 0.65% of patients received enalapril doses above 40 mg, but there were no prescribed subtherapeutic doses of these drugs. Moreover, 20.21% of patients analyzed in this study had their treatment regimens modified, and the majority had only one change. A total of 92.69% of users used more than one drug than the ACE inhibitors and the increase of this value was directly proportional to age. The number of patients with potential risk of a potential drug interaction was 3,974 (41.57%), and the most patients used only one drug with possibility.
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Medicamentos potencialmente inapropriados prescritos a idosos ambulatoriais / Potentially inappropriate medications prescribed to elderly outpatientsFaustino, Christine Grutzmann 25 August 2010 (has links)
No Brasil, poucos estudos investigaram a prevalência de medicamentos potencialmente inapropriados (MPIs) em idosos ambulatoriais. Este estudo visa determinar a prevalência de MPIs prescritos para estes pacientes, identificando os mais comumente envolvidos e verificando se a idade, o sexo e o número de medicamentos estão relacionados à prescrição de tais medicamentos. Foram coletadas prescrições de 3070 pacientes idosos (60 anos) em banco de dados, provenientes dos ambulatórios de Geriatria e Clínica Geral de um hospital universitário de atenção terciária em São Paulo-Brasil entre fevereiro e maio de 2008, que foram divididas de acordo com o sexo e faixa etária (60-69; 70-79 e 80). Os critérios de Beers versão 2003 foram utilizados para a avaliação de MPIs. A maior parte da casuística foi composta por mulheres em ambos os ambulatórios (66,6% na Clínica Geral e 77,7% na Geriatria). Os pacientes da Clínica Geral apresentaram média de idade de 71,3 anos e os da Geriatria, 80,1 anos. Na Clínica Geral a prevalência média de prescrição de MPIs foi de 37,6% e na Geriatria de 26,9%, sendo que em ambos as mulheres de 60-69 foram as que apresentaram a maior prevalência destes medicamentos. Os MPIs mais prescritos nos dois ambulatórios foram o carisoprodol, a fluoxetina e a amitriptilina, sendo que houve diferenças nos perfis de prescrições entre homens e mulheres. A chance de uso de MPI no sexo feminino é maior que no masculino (p<0,001); a chance de uso de MPI na faixa de 70-79 anos é menor que na faixa de 60-69 anos (p=0,030), assim como na faixa de 80 (p=0,024). Estas conclusões não dependem do ambulatório (p=0,164).O efeito de ambulatório depende do número de medicamentos (p=0,009). Se o número de medicamentos é < 9 a chance de uso de MPI na Clínica Geral é maior que na Geriatria (p=0,041). Quando o número de medicamentos é 7 ou 8, a chance de uso de MPI é maior do que quando são prescritos 1-4 medicamentos (p<0,001), nos dois ambulatórios (p=0,098). Quando são usados 9 medicamentos, a chance de uso de MPI depende do ambulatório (p=0,044). Na Geriatria, a chance de uso de um MPI é 8,2 vezes a RC na categoria 1-4 medicamentos; enquanto que na Clínica Geral a razão de chances é 4,6. As prevalências de MPIs encontradas foram semelhantes ao relatado na literatura e estão correlacionadas ao sexo feminino. A chance de prescrição de MPIs foi menor em pacientes com 70 anos; observou-se que se o número de medicamentos for <9, a chance de uso de MPI na Clínica Geral é maior que na Geriatria, porém, se o número de medicamentos for 9 não há diferença entre as chances de uso de MPI nos dois ambulatórios / In Brazil, few studies have investigated the prevalence of potentially inappropriate medications (PIMs) among elderly outpatients. This study aimed to determine the prevalence of PIMs prescribed to such patients, identify the medications most commonly involved and investigate whether age, sex and number of medications are related to the prescription of such medications. Prescriptions issued to 3,070 elderly patients (60 years) were gathered from a database. These patients were attended at the geriatric and general clinical outpatient services of a tertiary-level university hospital in São Paulo, Brazil, between February and May 2008. They were divided according to sex and age group (60- 69; 70-79; and 80 years). The Beers criteria (2003 version) were used to evaluate PIMs. The majority of the sample comprised women, at both outpatient services (66.6% in the general clinic and 77.7% in geriatrics). The mean age of the general clinical patients was 71.3 years and the mean for the geriatric patients was 80.1 years. At the general clinic, the mean prevalence of prescriptions of PIMs was 37.6%, and it was 26.9% at the geriatric clinic. At both outpatient services, women aged 60-69 years presented the highest prevalence of such medications. The PIMs most prescribed at the two outpatient services were carisoprodol, fluoxetine and amitriptyline, and there were differences in the prescription profiles between the men and women. The chances of using PIMs were greater for the women than for the men (p < 0.001). The chances of using PIMs in the 70-79 years group were lower than in the 60-69 years group (p = 0.030), and likewise for the group 80 years (p = 0.024). These conclusions were independent of the outpatient service (p = 0.164). The outpatient effect depended on the number of medications (p = 0.009). If the number of medications was < 9, the chances of using PIMs at the general clinic were greater than the chances at the geriatric clinic (p = 0.041). When the number of medications was 7 or 8, the chances of using PIMs were greater than when prescribed 1-4 medications (p < 0.001), at both outpatient services (p = 0.098). When 9 medications were used, the chances of using PIMs depended on the outpatient service (p = 0.044). At the geriatric clinic, the chances of using PIMs were 8.2 times greater than the chances in the category of 1-4 medications; while at the general clinic, the odds ratio was 4.6. The prevalence of PIMs encountered was similar to what has been reported in the literature, and it correlated with female sex. The chances of being prescribed PIMs were lower among patients 70 years. If the number of medications was < 9, the chances of using PIMs at the general clinic were greater than the chances at the geriatric clinic. However, if the number of medications was 9, there was no difference in the chances of using PIMs between the two outpatient services
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Uso de trastuzumabe para o tratamento de mulheres com câncer de mama HER2 positivo: um estudo farmacoepidemiológico / Trastuzumab use for the treatment of women with HER2-positive breast cancer: a pharmacoepidemiological studyAyres, Lorena Rocha 24 March 2015 (has links)
Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, com cerca de 1,67 milhões de casos novos e 521 mil mortes a cada ano. O câncer de mama pode ser classificado em diferentes grupos, sendo o subtipo HER2 positivo um dos mais agressivos e relacionado a um mal prognóstico. No entanto novas terapias, tendo como alvo o receptor HER2, vem sendo desenvolvidas com a finalidade de melhorar as condições das pacientes. Dentre elas encontra-se o trastuzumabe, um anticorpo monoclonal recombinante humanizado do tipo IgG1, o qual se liga com alta afinidade ao domínio extracelular do receptor HER2. O uso do trastuzumabe está associado a um aumento da taxa de sobrevida de mulheres com câncer de mama HER2 positivo. O trastuzumabe é geralmente bem tolerado, porém pode apresentar alguns eventos adversos dentre eles, a cardiotoxicidade, a qual pode levar à interrupção do tratamento, fazendo com que as pacientes se privem dos benefícios desta terapia medicamentosa. Além desse efeito, outros podem afetar a satisfação da paciente tais como as reações imunes relacionadas à infusão do trastuzumabe, eventos gastrointestinais, fadiga, dentre outros. Com a finalidade de aprimorar os cuidados à saúde, faz-se necessário avaliar os eventos adversos ao tratamento, bem como a qualidade de vida (QV) das mulheres com câncer de mama HER2 positivo que fazem uso do trastuzumabe visando contribuir para o aumento do seu bem-estar e garantir melhores resultados terapêuticos. Objetivo: Avaliar o perfil farmacoepidemiológico das mulheres com câncer de mama HER2 positivo que utilizaram o trastuzumabe atendidas pelo Sistema Único de Saúde, junto ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Casuística e métodos: O presente trabalho é um estudo observacional, descritivo e quantitativo, o qual foi realizado em duas partes. Parte A: restrospectiva, na qual se avaliou os eventos adversos ao trastuzumabe em monoterapia e/ou combinado com a quimioterapia descritos nos prontuários e por meio de exames laboratoriais e dos resultados do ecocardiograma. Foram utilizados modelos de regressão logística para estimar odds ratios e seus respectivos intervalos de confiança de 95%, com a finalidade de verificar a associação dos eventos adversos mais frequentes e uma série de variáveis sociodemográficas e clínicas das mulheres. Parte B: prospectiva, na qual, além da avaliação dos eventos adversos, foi também avaliada a QV das pacientes por meio do questionário específico para câncer QLQ-C30 e seu módulo de câncer de mama BR-23 da European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) em quatro momentos: antes do início da quimioterapia, após o término da quimioterapia, durante o uso do trastuzumabe e após o término do uso trastuzumabe. Análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas foi utilizada para as comparações entre os escores médios obtidos das escalas e itens individuais dos questionários. Resultados Parte A: Foram analisados os prontuários de 79 pacientes que iniciaram o trastuzumabe entre 2007 e 2011. A incidência de reações imunes relacionadas a infusão do trastuzumabe aconteceu em 16 (20,3%) pacientes. A cardiotoxicidade ocorreu em 26 (32,9%) pacientes, sendo que treze (16,4%) destas interromperam permanentemente o tratamento, três (3,8%) interromperam temporariamente e 10 xi (12,6%) terminaram o tratamento sem interrupção. Com relação aos outros eventos adversos, os mais frequentes apresentados com o uso da quimioterapia combinada com o trastuzumabe foram dor (20,4%), náusea e vômito (15,9%), febre (9,7%), e neutropenia (7,1%), sendo apresentados por 55,7% das mulheres. Com relação ao uso do trastuzumabe em monoterapia, os mais frequentes foram: dor (19,6%), fadiga (10,8%), náusea e vômito (9,8%), e cefaleia (8,8%) apresentados por 49,4% das mulheres. Com exceção da cardiotoxicidade, nenhum outro evento adverso levou à descontinuação do tratamento. Não foram encontradas associações entre os eventos adversos mais frequentes e as variáveis sociodemográficas e clínicas das pacientes pelos modelos de regressão logística. Resultados Parte B: Dez pacientes foram incluídas no estudo, no período de outubro de 2011 a julho de 2012. Durante o uso do trastuzumabe e após o seu término foi observada uma melhora significativa da QV das pacientes nos parâmetros fadiga e efeitos colaterais sistêmicos, em comparação com o momento em que estavam utilizando os quimioterápicos. Entretanto estudos mais extensos com uma maior população são necessários para que possa ser avaliada a existência de associação entre os dados clínicos e sociodemográficos das pacientes como os resultados de QV. Conclusão: Embora o trastuzumabe seja um medicamento relativamente seguro para o tratamento do câncer de mama HER2 positivo, este pode causas alguns eventos adversos. Na população estudada, o único evento que levou à interrupção do tratamento foi a cardiotoxicidade, entretanto outros estudos mostraram que outros eventos adversos também foram capazes de ocasionar a descontinuação do tratamento. Para tanto são necessários que sejam tomados alguns cuidados para a prevenção e manejo desses eventos adversos, como um acompanhamento mais regular da função cardíaca e monitoramento constante das pacientes durante a infusão do trastuzumabe. Além disso, o trastuzumabe mostrou ter efeito positivo sobre a QV das pacientes. A avaliação da QV é importante, pois fornece informações clínica úteis em relação ao real impacto do tratamento proposto sobre a saúde e bem-estar das pacientes e pode também orientar na busca de estratégicas para minimizar os eventos adversos ao tratamento. / Introduction: Breast cancer is the second most common cancer in the world, with about 1.67 million new cases and 521,000 deaths each year. Breast cancer can be classified into different groups, being the HER2 positive subtype one of the most aggressive and related to a poor prognosis. However, new therapies that target the HER2 receptor have been developed in order to improve the conditions of patients. Among them is trastuzumab, a recombinant humanized monoclonal antibody of the IgG1 type, which binds with high affinity to the extracellular domain of the HER2 receptor. The use of trastuzumab is associated with an increase in the survival rate of women with HER2 positive breast cancer. Trastuzumab is generally well tolerated, but may have some adverse events, among them the cardiotoxicity, which can lead to treatment discontinuation, depriving patients of the benefits of this therapy. In addition to this effect, others may affect patient satisfaction such as immune reactions related to the infusion of trastuzumab, gastrointestinal events, fatigue, among others. In order to improve health care, it is necessary to assess treatment adverse events and quality of life (QoL) of women with HER2-positive breast cancer that uses trastuzumab to contribute to the increase in their welfare and ensure better treatment results. Objective: To evaluate the pharmacoepidemiological profile of women with HER2-positive breast cancer that used trastuzumab attended by Brazilian public health system, in the General Hospital of Ribeirão Preto Medical School, University of São Paulo. Patients and methods: This is an observational, descriptive and quantitative study, which was conducted in two parts. Part A: retrospective, in which it was evaluated the adverse events to trastuzumab alone and / or combined with chemotherapy described in the medical records and by laboratory tests and echocardiogram results. We used logistic regression models to estimate odds ratios and their 95% confidence intervals to verify the association of the most frequent adverse events and a number of sociodemographic and clinical variables. Part B: prospective, in which besides the evaluation of adverse events it was also evaluated the QoL of patients through the specific questionnaire QLQ-C30 cancer and its breast cancer module BR-23 from the European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC) in four moments: before the start of chemotherapy, after the end of chemotherapy, during the use of trastuzumab and after the trastuzumab use. Results Part A: The medical records of 79 patients who started the trastuzumab between 2007 and 2011 were analysed. The incidence of immune reactions related to the infusion of trastuzumab occurred in 16 (20.3%) patients. Cardiotoxicity occurred in 26 (32.9%) patients, and 13 (16.4%) of these permanently discontinued the treatment, three (3.8%) discontinued temporarily and 10 (12.6%) completed treatment without interruption. In relation to the other adverse events, the most common events described with the use of trastuzumab combined with chemotherapy were pain (20.4%), nausea and vomiting (15.9%), fever (9.7%), and neutropenia (7.1%), being presented by 55.7% of women. Regarding the use of trastuzumab in monotherapy, the most common were pain (19.6%), fatigue (10.8%), nausea and vomiting (9.8%) and headache (8.8%) presented by 49.4% of women. Except for cardiotoxicity, no other adverse events led to treatment discontinuation. xiii No associations were found between the most frequent adverse events and the sociodemographic and clinical variables of the patients by logistic regression models. Results Part B: Ten patients were included in the study from October 2011 to July 2012. During the use of trastuzumab and after its completion, a significant improvement in QoL of patients on the parameters fatigue and systemic side effects were observed in comparison with the moment they were using chemotherapy. Nevertheless, larger studies with a larger population are needed in order to evaluate if there is an association between clinical and social demographic data of the patients with the results of QoL. Conclusion: Although trastuzumab is a relatively safe medication for the treatment of HER2 positive breast cancer, it may cause some adverse events. In this population, the only event that led to treatment interruption was cardiotoxicity, although other studies have shown that other adverse events were also able to cause treatment discontinuation. Therefore, some precaution needs to be taken for the prevention and management of those adverse events, such as a more regular monitoring of cardiac function and constant monitoring of patients during trastuzumab infusion. Furthermore, trastuzumab has shown to have a positive effect on patients QoL. The assessment of QoL is important as it provides useful clinical information regarding the real impact of the proposed treatment on the health and welfare of patients and can also guide the search for strategies to minimize treatment adverse events.
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Utilização de medicamentos em crianças hospitalizadas: uma análise observacional e retrospectiva / Drug utilization in hospitalized children: an observational and retrospective analysisBorges, Anna Paula de Sá 21 December 2012 (has links)
Aproximadamente apenas um terço dos medicamentos utilizados em crianças tem sido estudado de forma adequada e apresentam informações sobre eficácia e segurança do produto. Este fato se deve a dificuldade de realização de ensaios clínicos na população pediátrica tornando-a mais propensa a erros de medicação, predominantemente devido à necessidade de prescrições de apresentações farmacêuticas não aprovadas e não indicadas para uso pela indústria e agência de fiscalização sanitária. Dessa forma, uma ferramenta importante que pode ser utilizada para análise do uso de medicamentos nesta população compreende os estudos da utilização de medicamentos. O presente estudo analisou as prescrições medicamentosas realizadas para crianças hospitalizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, com a finalidade de estabelecer o perfil de utilização de medicamentos de acordo com os critérios de aprovação e indicação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Food and Drugs Administration (FDA). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do respectivo hospital, e classificado como transversal, retrospectivo e observacional. Através do banco de dados informatizado, foram analisadas todas as prescrições medicamentosas a crianças menores de 12 anos no período compreendido entre 01/08/2008 a 31/07/2009. A população pediátrica foi dividida em subgrupos de acordo com os parâmetros fisiológicos do desenvolvimento estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. As apresentações farmacêuticas foram classificadas de acordo com o primeiro nível do sistema Anatomical Therapeutic Chemistry e, por conseguinte, foi realizada a classificação de uso das mesmas em: licenciado, não licenciado - registro, indicado, não indicado, não licenciado - dispersão e licenciado/indicado de acordo com a ANVISA e FDA. Durante o período analisado, foram identificados 6948 pacientes, 56,7% do sexo masculino, média de idade 3,1 (±3,5) anos, média de internação 17,5 (±29,8) dias, 1120 causas de internação e 79 unidades de atendimento. A causa de internação mais frequente esteve relacionada ao nascimento no hospital, sendo dessa forma, o centro obstétrico a unidade mais requisitada para hospitalização. Das 617 apresentações farmacêuticas identificadas, 17,6% foram referentes aos agentes infecciosos de uso sistêmico. A média de apresentações farmacêuticas por paciente foi de 6,1. Em relação ao uso não licenciado - registro 1,1% e 14,9% das apresentações farmacêuticas assim foram classificadas de acordo com a análise da ANVISA e FDA, respectivamente. O uso não indicado esteve presente em 36,5% e 37,3% de acordo com a ANVISA e FDA, respectivamente. Dessa forma, este trabalho ressalta a necessidade em se estabelecer um consenso sobre a classificação de uso dos medicamentos na população pediátrica entre os países, além de enfatizar a necessidade de aumentar a realização ensaios clínicos nesta população, uma vez que houve um elevado número de apresentações farmacêuticas com informações de uso apenas na população adulta sendo utilizadas em crianças / Approximately only one-third of the drugs used in children has been studied adequately and presents information about its effectiveness and safety. This fact is due to the difficulty of conducting clinical trials in the pediatric population making them more prone to medication errors, mainly due to the need for pharmaceutical dosage forms unapproved and off-label for use by industry and regulatory agency. Thus, an important tool that can be used to analyze the use of drugs in this population comprises studies of drug utilization. This study analyzed drug prescriptions for children hospitalized at the Clinical Hospital of the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto - University of São Paulo, in order to establish the profile of drug utilization in accordance to the criteria for approval and indication of the Brazilian Regulatory Agency (ANVISA) and the Food and Drugs Administration (FDA). The study was approved by the Research Ethics Committee of the respective hospital, being classified as cross-sectional, retrospective, observational study. Through the computerized database, all drug prescriptions to children under the age of 12 were analyzed in the period of August 1st, 2008 to July 31st, 2009. The pediatric population was divided into subgroups according to the physiological parameters of development established by the World Health Organization. The pharmaceutical dosage forms were classified according to the first level of the Anatomical Therapeutic Chemistry system. Thereafter, the use of pharmaceutical dosage forms was classified as follows: licensed, unlicensed - registered, label, off-label, unlicensed - dispersion and licensed/label according to FDA and ANVISA. During the study period, 6948 patients were identified, being 56.7% male, mean age 3.1 (± 3.5) years, mean length of hospitalization 17.5 (± 29.8) days, 1120 causes of hospitalization and 79 service units. The most prevalent cause of hospital stays was related to birth at the hospital, being the obstetric center the most required unit for hospitalization. Of the 617 pharmaceutical dosage forms identified, 17.6% were related to infectious agents for systemic use. The average pharmaceutical dosage forms per patient were 6.1. Regarding the unlicensed use, 1.1% and 14.9% of the pharmaceutical dosage forms were classified according to the analysis from ANVISA and FDA, respectively. The off-label use was present in 36.5% and 37.3% according to ANVISA and FDA, respectively. This work emphasizes the need to establish a consensus on the classification of the use of drugs in the pediatric population among countries, and underline the necessity of increase the number of clinical trials performed in this population, since there were a high number of pharmaceutical dosage forms with use information only for adult populations being used in children.
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Reações adversas a medicamentos: coorte de pacientes ortopédicos / Adverse drug reactions: cohort of orthopedic patientsMartins, Tathiana Silva de Souza 08 September 2015 (has links)
Introdução: Reação Adversa a Medicamento (RAM) é qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou para modificação de funções fisiológicas. Atualmente, representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade na área da saúde. Objetivo: Analisar as reações adversas a medicamentos e fatores associados em pacientes ortopédicos tratados com antibióticos. Método: Coorte prospectiva conduzida com 273 pacientes ortopédicos internados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, Brasil. A coleta de dados ocorreu nos anos de 2012 e 2013, por meio de instrumento composto por variáveis demográficas-clínicas e terapia medicamentosa. Para identificação das RAMs realizou-se o monitoramento ativo, composto de: entrevista, análise de prontuários e exames laboratoriais. As RAMs consideradas graves foram analisadas por meio do formulário do Instituto Catalão de Farmacologia, Espanha. Na análise dos dados utilizaram-se os testes Mann-Whitney, Qui-Quadrado, exato de Fisher e regressão logística, com significância de p 0,05. Resultados: A incidência de RAM foi de 41%. O grupo com RAM apresentou maior média de idade (43,3; DP 10,9), tempo de internação (72,7; DP 40,9) e número de medicamentos concomitantes (13,2; DP 4,1). Os fatores associados foram número de medicamentos, uso de antimicobacteriano (OR 2,44; IC 1,3944,270) e carbapenêmicos (OR 2,38; IC 1,167 4,872). Identificaram-se 466 RAM, cuja maioria (67,1%) foi classificada como leve. No grupo de pacientes com RAMs graves identificaram-se leucopenia (46,6%), insuficiência renal aguda (40%) e hepatite medicamentosa (26,6%). Os antibióticos foram os principais medicamentos suspeitos de causar as RAMs graves (76,4%), sendo os mais frequentes (23,5%) formados pela tríade: amicacina + vancomicina + piperacilina com tazobactam. Conclusão: A incidência de RAM é maior quando se incorpora ao serviço de farmacovigilância a técnica de monitoramento contínuo dos pacientes hospitalizados e se utiliza a analise de exames laboratoriais como preditores para suspeitas de RAMs potencialmente graves / Introduction: Adverse Drug Reaction (ADR) is any noxious, undesired or unintended response which occurs in the use of normal dosages of drugs for prophylaxis, diagnosis, treatments or for modifying physiologic functions. Nowadays, ADR represents one of the main causes of morbidity and mortality in the health service area. Objective: To analyze the occurrence of adverse reaction to drugs and factors related to orthopedic patients treated with antibiotics. Method: The prospective cohort study was conducted in 273 orthopedic patients hospitalized at the Brazilian Institute of Traumatology and Orthopedics in Rio de Janeiro. The data collection was made during the years 2012 and 2013, using instruments composed by demographic-clinical variables and drug therapies. With the purpose of identifying occurrences of ADRs, during active monitoring, interviews were conducted, medical charts and exams were analyzed. In addition, the occurrence of ADRs considered harmful was analyzed by using a form provided by the Catalan Institute of Pharmacology, Spain. In the study of the data collected, was made use of Mann-Whitney tests, Chi-Squared test, Fishers exact test and logist regression, with p-value 0,05. Results: The occurrence of ADRs was of 41%. This group was composed by individuals with major age rage (43,3, SD 10,9), major time spent hospitalized (72,7; SD 40,9), and quantity of concurrent drugs used (13,2; SD 4,1). Also, the related factors were the number of drugs, the usage of Antimicobacterial agents (OR 2,44, CI 1,394-4,270) and Carbapenemases (OR 2,38; CI 1,167 4,872). During the study, there were identified 466 ADRs, and the majority (67,1%) was classified as low-grade. Additionally, in the group of patients with harm adverse reactions, it was possible to identify leukopenia (46,6%), acute kidney failure (40%) and drug-induced hepatitis (26,6%). The antibiotics were the main drugs suspected to be the cause of potentially harmful ADRs (76,4%), being the most frequent (23,5%) formed by the triad: amikacin + vancomycin + piperacillin-tazobactam. Conclusion: The occurrence of ADRs is higher when the practice of continuous monitoring of hospitalized patients is incorporated to the pharmacovigilance service, and the analyzes of lab exams are used as predictors for the suspicion of potentially harmful ADRs
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Efetividade de interferon peguilado e ribavirina no tratamento da hepatite C crônica em pacientes atendidos em um centro universitário no Estado de São Paulo / Effectiveness of pegylated interferon and ribavirin for the treatment of chronic hepatitis C among patients treated at a reference center in São Paulo stateGrando, Aline Vitali 23 June 2016 (has links)
Introdução: Informações de vida real relativas ao tratamento da hepatite C crônica com interferon peguilado (Peg-IFN) e ribavirina (RBV) servem para mensurar sua efetividade nos anos em que o seu uso foi amplamente difundido, além de auxiliar em tomada de decisões futuras. Objetivos: Avaliar a taxa de resposta virológica sustentada (RVS) nos pacientes com hepatite C crônica tratados com Peg-IFN e RBV, fora de protocolos de pesquisa. Determinar os fatores associados à obtenção de RVS, frequência e causas de interrupção precoce do tratamento e de redução ou interrupção temporária dos medicamentos. Métodos: Estudo observacional retrospectivo de uma coorte de pacientes de dois ambulatórios de um centro de referência brasileiro localizado em São Paulo/SP. Resultados: Dos 440 indivíduos analisados, 182 apresentaram RVS (prevalência: 41,4% [IC95%: 36,7 - 46,1]). A RVS ocorreu em 33,5% (104/310) dos pacientes com genótipo 1 e em 53,8% (7/13) e 60,5% (69/114) daqueles com genótipos 2 e 3, respectivamente. Após análise multivariada, a RVS esteve positiva e independentemente associada à presença dos genótipos 2 ou 3 (p < 0,001), ausência de esteatose (p = 0,025) e de tratamento prévio (p = 0,038). Os eventos adversos mais frequentemente relacionados à redução de dose ou suspensão temporária de Peg-IFN ou RBV foram anemia (15,6%) e plaquetopenia (3,9%). Dos eventos adversos que levaram 79 (18%) pacientes a interromper o tratamento precocemente, distúrbios psiquiátricos (15,1%) e anemia (13,9%) foram os mais frequentes. Conclusões: A taxa de RVS foi semelhante àquela obtida em outros estudos de vida real. A RVS esteve independentemente associada à: presença dos genótipos 2 ou 3, ausência de esteatose e ausência de tratamento prévio. As principais causas de redução de dose dos medicamentos foram anemia e plaquetopenia e de interrupção precoce do tratamento, desordens psiquiátricas, e citopenias / Introduction: The association of pegylated interferon (Peg-IFN) and ribavirin (RBV) was considered a first line treatment for chronic hepatitis C during the past decade. Routine clinical practice information and real-life treatment outcomes can guide future therapeutic strategies for this group of patients. Objectives: The main objective of our study was to determine the sustained virological response (SVR) rate under current clinical practice. The secondary objectives were: 1- to investigate the factors that before or during treatment could predict SVR 2- to identify the causes of treatment interruption. Method: This cross-sectional study enrolled hepatitis C patients treated with Peg-IFN and RBV in a tertiary outpatient clinic setting. Data were collected retrospectively on patients treated for hepatitis C. Demographics, treatment outcomes and potential predictors of outcome were recorded. Results: Among the 440 analyzed patients 182 achieved SVR (prevalence: 41.4% [95% CI: 36.7 to 46.1]). On an intention-to-treat basis, SVR rates were 33.5% (104/310), 53.8% (7/13) and 60.5% (69/114) in genotypes 1, 2 and 3 respectively. After multivariate analysis, SVR was independently associated with presence of genotypes 2 or 3 (p < 0.001), no hepatic steatosis (p=0.025) and absence of prior treatment (p = 0.038). Anemia (15.6%) and thrombocytopenia (3.9%) were the most frequent causes of treatment dose reduction. Among the adverse events that led 79 patients into treatment discontinuation, the most frequent were psychiatric complications (15.1%) and anemia (13.9%). Conclusion: In our cohort, the treatment success rate (SVR) was similar to that observed in other in real-life setting studies. The SVR was independently associated with: presence of genotypes 2 or 3, no hepatic steatosis and absence of prior treatment. Psychiatric disorders and anemia were the main causes of premature treatment discontinuation
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Estudo de utilização da varfarina em pacientes hospitalizados: análise do risco de interações medicamentosas e reações adversas / Study of warfarin utilization in hospitalized patients: analysis of risk of drug interactions and adverse reactionsGuidoni, Camilo Molino 20 December 2012 (has links)
Introdução. A varfarina tem sido considerada a principal terapêutica anticoagulante oral há aproximadamente 50 anos, estando entre os dez medicamentos mais envolvidos com reações adversas a medicamentos (RAM), apresenta estreita janela terapêutica e complexo regime posológico, exibe enorme variabilidade doseresposta e elevado risco de interações medicamentosas (IM). Objetivo. Identificar e avaliar as IM e RAM relacionadas com a administração da varfarina. Casuística e Métodos. Trata-se de um estudo transversal. Os dados foram coletados retrospectivamente através do banco de dados informatizado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo pertencente ao Sistema Único de Saúde. As prescrições de janeiro/2004 a dezembro/2010 dos pacientes que utilizaram varfarina foram analisadas, sendo os pacientes divididos em dois grupos: estudo (uso de vitamina K até 168 horas após prescrição de varfarina) e controle. Posteriormente, as prescrições medicamentosas que não continham varfarina foram excluídas da análise. As informações coletadas incluíram idade, gênero, raça, unidade de atendimento, diagnóstico clínico, doses e medicamentos, e exames laboratoriais. As IM com varfarina foram classificadas em risco A, B, C, D e X de acordo a base de dados da Lexi-Interact(TM) Online. Foi realizada análise descritiva e analítica (p<0,05). Resultados e Discussão. Foram identificados 3048 pacientes, os quais receberam 154161 prescrições medicamentosas (42120 continham varfarina). A idade média foi de 55,8 (±19,3) anos, 53,2% do gênero feminino, prevalência de idosos (48,1%) e do diagnóstico outras doenças cerebrovasculares específicas (4,3%). Os valores médios da international normalized ratio (INR) (2,4±1,7) e dose de varfarina (5,1±1,8mg) encontraram-se dentro dos preconizados pelos protocolos terapêuticos. Foi observado que 66,4% dos pacientes realizaram uso de polifarmácia, o que pode elevar o risco de IM. Além disso, 63,2% dos pacientes apresentaram prescrição(ões) de medicamentos classificados como risco D e/ou X, com média de 1,4 (±0,4) medicamento/prescrição, destacando-se o ácido acetilsalicílico e amiodarona. Quando comparado grupo de estudo (n=429) versus controle (n=2619), houve diferença estatisticamente significativa na idade média (anos) (59,0±18,8 vs. 55,5±19,3; p<0,000), número médio de medicamentos/prescrição (7,1±2,8 vs. 6,2±2,8; p<0,000), número médio de medicamentos de Risco D e X de IM por prescrição (1,4±1,3 vs. 1,0±1,0; p<0,000), albumina sérica (g/dL) (3,4±0,6 vs. 3,7±0,6; p<0,000), aspartato aminotransferase (U/L) (60,7± 200,6 vs. 41,5±84,5; p<0,005) e INR (4,9±3,4 vs. 2,1±0,7; p<0,000), fatores estes que podem ter contribuído para ocorrência de RAM no grupo de estudo. Conclusão. Observou-se elevada ocorrência de possíveis IM e RAM nos usuários de varfarina, as quais podem comprometer a efetividade e segurança do tratamento farmacológico. Como possíveis fatores de risco para ocorrência de RAM, destacam-se elevados valores de idade, número de medicamentos/prescrição, prescrição de medicamentos classificados como risco D e/ou X, de INR e de aspartato aminotransferase, e valores diminuídos de albumina sérica. / Introduction. Warfarin has been considered the main oral anticoagulant therapy about 50 years ago and is among the ten drugs most commonly involved in adverse drug reactions (ADR), has a narrow therapeutic index and complex dosage regimen, exhibits enormous variability dose-response and high risk drug-drug interactions (DDI). Objective. To Identify and evaluate DDI and ADR related to the administration of warfarin. Casuistry and Methods. This was a cross sectional study. Data were collected retrospectively through the computerized database of the Faculty of Medicine of Ribeirao Preto Hospital, University of Sao Paulo linked to the Unified Health System. The prescriptions of the January/2004 to December/2010 of patients using warfarin were analyzed, and the patients were divided into two groups: study (utilization of vitamin K until 168 hours after prescribing warfarin) and control. Thereafter, the drug prescriptions that did not contain warfarin were excluded from analysis. Information collected included age, gender, race, patient service center, clinical diagnosis, dosages and drugs, and laboratory exams. The warfarin DDI were classified at risk A, B, C, D and X according to the database Lexi-Interact (TM) Online. Descriptive and analytical analysis were performed (p<0.05). Results and Discussion. We identified 3048 patients who received 154,161 drug prescriptions (42,120 contained warfarin). The mean age was 55.8 (±19.3) years, 53.2% female, prevalence of elderly (48.1%) and other cerebrovascular diseases specific diagnosis (4.3%). The average values of international normalized ratio (INR) (2.4±1.7) and warfarin dose (5.1±1.8mg) were within those recommended by therapeutic protocols. It was observed that 66.4% of patients received polypharmacy, which can raise the risk of DDI. In addition, 63.2% of patients had prescription(s) of drugs classified as D or X risk, with an average of 1.4 (±0.4) drugs per prescription, especially aspirin and amiodarone. Compared study group (n=429) versus control (n =2619), there was a statistically significant difference in mean age (years) (59.0±18.8 vs. 55.5±19.3; p<0.000), average number of medications/prescriptions (7.1±2.8 vs. 6.2±2.8; p<0.000), mean number of drugs with risk D and X DDI/prescription (1.4±1.3 vs. 1.0±1.0, p<0.000), serum albumin (g/dL) (3.4±0.6 vs. 3.7±0.6; p<0.000), aspartate aminotransferases (U/L) (60.7±200.6 vs. 41.5±84.5; p<0.005) and INR (4.9±3.4 vs. 2.1±0.7; p<0.000), factors that may have contributed to the occurrence of ADR in the study group. Conclusion. There was a high occurrence of possible DDI and ADR in patients treated with warfarin, which may compromise the effectiveness and safety of pharmacological treatment. Noteworthy is the high values of age, number of medications/prescriptions, prescription drugs classified as risk D or X, INR and aspartate aminotransferases, and lower values of serum albumin as potential risk factors for the occurrence of ADR.
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Utilização de psicofármacos pela população geral residente na região metropolitana de São Paulo / Psychotropic medication utilization in the general population resident in the metropolitan area of São PauloCampanha, Angela Maria 17 March 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Os transtornos psiquiátricos são altamente prevalentes e têm sido associados ao maior uso de serviços e de medicamentos. Entretanto resultados do World Health Organization (WHO) World Mental Health (WHM) Surveys, conduzidos em diversos países, têm apresentado baixas prevalências de uso de psicofármacos entre sujeitos com diagnóstico de transtornos psiquiátricos no ano anterior à entrevista. OBJETIVOS: Estimar a prevalência, o padrão, e os fatores associados ao uso de psicofármacos em amostra da população geral e entre sujeitos com diferentes diagnósticos para doenças psiquiátricas, de acordo com DSM-IV. MÉTODOS: Os dados são provenientes do São Paulo Megacity Mental Health Survey (SPMHS), segmento brasileiro do estudo World Mental Health Survey (WMH survey). O WMH survey é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Universidade de Harvard e Universidade de Michigan, que vem sendo realizada em mais de 28 centros de pesquisa no mundo. O São Paulo Megacity Mental Health Survey é um estudo de corte transversal, de base populacional, desenhado para avaliar a morbidade psiquiátrica em uma amostra representativa da população geral, com 18 anos ou mais, residentes na Região Metropolitana de São Paulo. Uma amostra de 5.037 indivíduos (taxa de resposta: 81,3%) foi entrevistada por leigos treinados, utilizando a versão do Composite International Diagnostic Interview para o World Mental Health Survey, elaborado para gerar diagnósticos de acordo com o DSM-IV. O foco do presente estudo foi uma subamostra de 2.935 entrevistados, os quais foram avaliados com a versão longa da entrevista e que foram questionados sobre psicofármacos prescritos no ano anterior à entrevista para \"problemas com emoções, nervos, saúde mental, uso de substâncias, energia, concentração, sono ou a capacidade de lidar com o estresse\". Os dados foram ponderados para ajustar a subamostragem dos não casos dessa subamostra e para ajustar as discrepâncias residuais entre as distribuições amostrais e populacionais de uma série de variáveis sociodemográficas, garantindo, assim, a representatividade dessa subamostra. RESULTADOS: Apenas 6,13% dos respondentes relataram o uso de psicofármacos no ano anterior à entrevista. Os hipnóticos e sedativos (incluindo os benzodiazepínicos) (3,63%) e os antidepressivos (3,46%) foram os mais comumente relatados, enquanto os estabilizadores de humor (0,64%) e os antipsicóticos (0,61%) foram pouco frequentes. Ser do sexo feminino (OR= 2,55; 95% IC=1,58-4,11), avançar da idade, escolaridade abaixo do nível superior e ter maior renda foram fatores associados ao maior uso de psicofármacos, assim como ter comorbidades e transtornos graves. A prevalência de transtornos psiquiátricos de acordo com os critérios do DSM-IV/WMH-CIDI no ano anterior à entrevista foi 29,49%. Entretanto, somente 13,75% dos sujeitos com diagnóstico de transtorno psiquiátrico no ano anterior à entrevista, 24,93% com transtorno de humor, 14,43% com transtorno de ansiedade e, aproximadamente, 10% com transtorno por uso de substância e com transtorno de controle do impulso relataram uso de psicofármacos no mesmo período. Respondentes sem diagnóstico também reportaram uso de psicofármacos (2,94%). O uso de antidepressivos (9,10%) e de hipnóticos e sedativos (7,81%) foi pouco frequente naqueles com diagnóstico, apresentando a seguinte distribuição, respectivamente: sujeitos com transtorno de humor (17,94% e 14,70%), ansiedade (9,04% e 8,08%), controle de impulso (6,76% e 5,80%) e por uso de substâncias (5,08% e 7,86%). O uso de psicofármacos foi maior entre sujeitos que apresentaram três transtornos ou mais (26,91%) quando comparado aos que apresentaram dois (15,21%) ou um transtorno (8,96%). Entre os sujeitos com transtornos considerados leve, de moderada gravidade e grave, a prevalência de uso de psicofármacos foi 6,60%, 10,68% e 23,77%, respectivamente. Entretanto aproximadamente 75% casos graves e com três ou mais transtornos, permaneceram sem tratamento farmacológico. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a maioria dos sujeitos com transtornos psiquiátricos ativos não estão recebendo tratamento farmacológico para seus transtornos psiquiátricos na Região Metropolitana de São Paulo. Políticas públicas poderiam aumentar o acesso aos cuidados de saúde adequado, particularmente entre sujeitos com transtornos graves e comorbidades / INTRODUCTION: Mental Disorders are highly prevalent and have been associated with high use of health services and medications. However results of the World Health Organization (WHO) World Mental Health (WHM) Surveys carried out in several countries have found low prevalence rates of psychotropic medication among those with 12-month disorders. OBJECTIVES: To estimate the prevalence, pattern, and associated factors with the use of psychotropic medication in a sample in the general population and, within this sample, among those with different diagnoses for psychiatric disorders, according to DSM-IV. METHODS: Data were from the São Paulo Megacity Mental Health Survey (SPMHS), the Brazilian segment of the World Mental Health (WMH) Survey Initiative, coordinated by the World Health Organization and Harvard University, which has been held in more than 28 research centers in the world. The São Paulo Megacity Mental Health Survey is a cross-sectional population-based study, designed to evaluate psychiatric morbidity in a representative sample in the general population, aged 18 years or more, living in the São Paulo Metropolitan Area. A sample of 5,037 individuals (response rate: 81.3%) was assessed by trained lay interviewers using the World Mental Health version of the Composite International Diagnostic Interview, designed to generate DSM-IV diagnoses. The focus of the current report was a subsample of 2,935 subjects to whom the long version of the interview was applied and were asked about prescription medicines that used in the previous12 months for \"problems with emotions, nerves, mental health, substance use, energy, concentration, sleep or ability to cope with stress\". Data were weighted to adjust the undersampling of long interview respondents non-cases and to adjust residual discrepancies between the sample and population distributions of a range of sociodemographic variables. RESULTS: Only 6.13% of the respondents reported psychotropic medication use in the previous year the interview. Hypnotics and sedatives (including benzodiazepines) (3.63%) and antidepressants (3.46%) were the most commonly reported, while mood stabilizers (0.64%) and antipsychotics (0.61%) were used less frequently. In the general population of the SPMHS, be female gender (OR= 2.55; 95% IC=1.58-4.11), older, education low level high and higher income were associated the higher psychotropic medication use, well as have comorbidity and serious disorders. The 12-month prevalence of DSM-IV/WMH-CIDI disorder was 29.49%. However, only 13.75% of those with 12-month disorders, 24.93% among those with mood disorder, 14.43% in those with anxiety disorder and, approximately 10% impulse-control disorder and substance use disorder reported psychotropic medication use in the same period. Respondents without diagnosis also reported psychotropic medication use (2.94%). Antidepressants (9.10%) and hypnotics and sedatives (7.81%) were commonly reported, with the following distribution, respectively: subjects with mood disorder (17.94% and 14.70%), anxiety (9.04 % and 8.08%), impulse control (6.76% and 5.80%), and substance use (5.08% and 7.86%). Psychotropic medication use was higher among the respondents with three or more disorders (26.91%), when compared with those with two (15.21%) or with one disorder (8.96%). Among the respondents with mild, moderate, or severe disorders, the prevalence of Psychotropic medication use was 6.60%, 10.68%, and 23.77%, respectively. However approximately 75% severe cases and comorbidities, remained without pharmacologic treatment. CONCLUSION: These findings suggest that the majority of individuals diagnosed with an active mental disorder are not being treated with psychotropic medication in the São Paulo Metropolitan Area. Public policies should increase access to appropriate care, particularly among subjects with serious disorders and comorbidities
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Estudo de utilização de medicamentos em idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) / Drug utilization study in elderly people attends by Unique Health System (SUS)Baldoni, André de Oliveira 06 August 2010 (has links)
O Brasil está passando por uma transformação demográfica, com o grupo etário dos idosos crescendo rapidamente no país, e a demanda deste grupo por recursos de saúde é intensa, tanto no que se refere à utilização de serviços de saúde quanto no que diz respeito ao uso de medicamentos. Os medicamentos em idosos se comportam de maneira diferente devido às alterações na farmacocinética e na farmacodinâmica, portanto as reações adversas dos medicamentos (RAM) nesses pacientes podem ocorrer de maneira mais proeminente. A discussão sobre a qualidade da farmacoterapia nesses indivíduos é um tema importante relacionado com a atenção, tendo em vista que o medicamento é considerado um instrumento de recuperação e manutenção da saúde dos indivíduos. Diante disso este projeto de pesquisa tem por objetivo estudar a utilização de medicamentos por usuários idosos do SUS. Para coleta de dados utilizou-se um formulário, previamente padronizado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (CEP-CSE-FMRP-USP). Com este instrumento entrevistou-se 1000 idosos no período de novembro de 2008 a maio de 2009, os dados relativos a esses pacientes foram lançados no programa estatístico, Epi Info® versão 3.4.3. A média de idade foi de 69,8 anos, sendo 66,1% do sexo feminino, com renda per capita média de R$ 581,00, com predomínio de brancos (56,2%), casados (51%), com ensino fundamental incompleto (65%). A morbidade de maior prevalência entre os entrevistados foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (72,8%); em se tratando dos cuidados com a saúde 58,8% são sedentários, 93,2% ingerem bebida cafeinada, 18% utilizam bebida alcoólica, 8,5% são tabagistas. Considerando o acesso aos medicamentos e serviços de saúde 46,8% dos idosos retiram todos os medicamentos na farmácia dos SUS; 15,8% possuem planos de saúde privado; a média de consultas agendadas pelo SUS foi de quatro consultas/paciente/ano; 16,3% não recebem orientação sobre o uso correto dos medicamentos de nenhum profissional de saúde; 12,6% recebem orientações do farmacêutico no momento da dispensação dos medicamentos. Com relação ao perfil farmacoepidemiológico encontrou-se um intervalo de um a vinte e um fármacos utilizados por paciente, sendo a média de sete fármacos/paciente; a maior prevalência foram dos medicamentos do aparelho cardiovascular (83,4%); 30,9% realizam automedicação. A polifarmácia (uso de seis ou mais princípios ativos) esteve presente em 60,1% dos idosos, sendo que 74% são mulheres; 80,2% utilizam MIPs (medicamentos isentos de prescrição); 46,2% relataram pelo menos uma RAM; 36% utiliza medicamentos controlados pela portaria 344/98; 44,2% utilizam medicamentos considerados inapropriados ao idoso; e encontrou-se 282 interações medicamentosas. As variáveis com maior correlação com o uso de mais seis princípios ativos são: sexo feminino, uso de medicamentos considerados inapropriados aos indivíduos idosos, automedicação, quantidade maior de problemas de saúde, número de consultas médicas agendadas, presença de RAM, uso de MIPs, falta de exercício físico, uso de adoçante e uso de medicamentos controlados pela portaria 344/98. Diante de tais evidências verifica-se a necessidade de se adotar estratégias para melhoria da farmacoterapia e a assistência prestada à saúde do paciente idoso. / Brazil is undergoing a demographic transformation which means elderly group is growing rapidly in the country and the demand of health resources for them is intense, referring to the use of health services and to the use of drugs. The drugs in elderly behave differently due to changes in pharmacokinetics and pharmacodynamics, thus adverse drugs reactions (ADR) in these patients may occur more prominent. The discussion about the quality of pharmacotherapy in these individuals is an important issue related to attention, as the drug is considered an instrument of rehabilitation and maintenance of peoples health. Therefore, this research has the purpose to study the use of drugs by elderly users of SUS. To collect the data, a form standardized and approved by Ethics Committee in Research of Health School Center of the College of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo (CEP-CSE-FMRP-USP) was used. With this instrument, 1000 elderly was interviewed in the period of November 2008 to May 2009, the data of these patients were inserted in statistic program, Epi Info ® version 3.4.3.The average age was 69.8 years, 66.1% were female, the average income per capita was R$ 581.00, with predominance of whites (56.2%), married (51%), with elementary school incomplete (65%). The morbidity most prevalent among the elderly was the Hypertension (72.8%), in the case of health care, 58.8% are sedentary, 93.2% ingest caffeinated drink, 18% use alcohol, 8,5% are smokers. Considering the access to medicines and health services, 46.8% of elderly took out all drugs at the pharmacy of SUS; 15.8% have private health insurance; and the average medical visits scheduled by SUS was four visits/patient/year; 16.3% did not receive guidance about correct form of use of drugs from any health professional, 12.6% receive guidance from pharmacist when the drug was dispensed. Regarding the Pharmacoepidemiological profile, a range of one to twenty-one drugs used was found per patient, with an average of seven drugs/patient, the greater prevalence was cardiovascular drugs (83.4%) 30.9% perform self-medication. Polypharmacy (use of six or more drugs) was present in 60.1% of the elderly, and 74% are women, 80.2% use OTC\'s (over-the- counter), 46.2% reported at least one ADR, 36% use controlled drugs by decree 344/98, 44.2% used drugs considered inappropriate for the elderly, and we found 282 drug interactions. The variables most strongly correlated with the use of six drugs are: female gender, use of inappropriate drugs by elderly, self-medication, increased amount of health problems, number of medical visits scheduled, the presence of ADR, use of OTC\'s , lack of physical exercise, use of artificial sweetener, and use of controlled drugs by decree 344/98. Facing these evidences, it is perceptible the need to adopt strategies to improve pharmacotherapy and health assistance offered to the elderly.
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