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O território do conceito : lógica e estrutura conceitual na filosofia crítica de KantFonseca, Renato Duarte January 2010 (has links)
A concepção kantiana da lógica é marcada pela distinção entre dois níveis de reflexão: à lógica geral concernem as regras que governam o pensamento como tal, em abstração da origem e do conteúdo de nossos conceitos e juízos, e atendo-se exclusivamente às formas de suas relações recíprocas; à lógica transcendental, por sua vez, concernem as condições sob as quais seria possível uma cognição de objetos independentemente da experiência. Não obstante, a despeito de seus escopos distintos, os princípios da lógica geral e da lógica transcendental devem, por óbvio, ser mutuamente compatíveis. A pre-sente tese parte desse truísmo para investigar qual concepção da estrutura da representa-ção conceitual é capaz de satisfazê-lo. Em outras palavras, ela pretende elucidar que tipo de caracterização das dimensões próprias a qualquer conceito – sua extensão e seu conteúdo – pode adequar-se a uma imagem coerente do projeto de Kant, que abranja sua compreensão da forma lógica do juízo e seu tratamento da possibilidade de juízos sinté-ticos a priori. O primeiro capítulo examina a visão kantiana das funções lógicas do juí-zo como funções de subordinação extensional de conceitos e, com base nisso, reconstrói a questão transcendental da possibilidade dos juízos sintéticos a priori nos seguintes termos: como é possível justificar a necessária subordinação da extensão de um conceito à de outro, quando este não está entre as notas que perfazem o conteúdo daquele? Com vistas à clarificação desse problema e de sua pretendida solução, o segundo capítulo consiste na análise crítica de diferentes modelos interpretativos da concepção kantiana de extensão conceitual: o modelo ôntico, segundo o qual a extensão de um conceito é o conjunto de suas instâncias efetivas; o modelo nocional, segundo o qual a extensão de um conceito equivale ao complexo de seus inferiores por subordinação lógica; o modelo híbrido, que interpreta a extensão conceitual como um amálgama das duas dimensões previamente circunscritas, ou então atribui a Kant duas concepções distintas de extensão conceitual, cada qual correspondendo a uma daquelas dimensões. Esses três modelos interpretativos são rejeitados à luz dos compromissos teóricos das lógicas geral e trans-cendental, especialmente considerada a condição subjacente de sua consistência mútua. O terceiro capítulo articula um modelo alternativo da extensão conceitual que vai ao encontro dessa condição, de acordo com o qual a extensão de um conceito é seu campo de aplicação possível. Levando em conta a distinção crítica entre possibilidade lógica e possibilidade real, e explorando algumas metáforas da Crítica da Razão Pura e da Crí-tica do Juízo, a tese desenvolve esse modelo e mostra suas consequências para a com-preensão da concepção kantiana de conteúdo conceitual, particularmente em relação à doutrina do esquematismo. / Kant‟s conception of logic is marked by the distinction between two levels of reflection: general logic concerns the rules governing thought as such, in abstraction of the origin and content of our concepts and judgments, and attaining exclusively to the forms of their reciprocal relations; transcendental logic, in its turn, concerns the conditions under which it could be possible a cognition of objects independently of experience. Neverthe-less, in spite of their different scopes, the principles of general and transcendental logic must obviously be mutually compatible. The present thesis starts from this truism and sets to enquire what conception of the structure of conceptual representation is capable of satisfying it. In other words, it intends to elucidate what sort of characterization of those dimensions proper to any concept – its extension and its content – could fit a co-herent image of Kant‟s project, comprehending his construal of the logical form of judgment as well as his account of the possibility of synthetic a priori judgments. The first chapter examines Kant‟s view of the logical functions of judgment as functions of extensional subordination of concepts and, on that basis, reconstructs the transcendental question of the possibility of synthetic a priori judgments in the following terms: how is it possible to justify the necessary subordination of one concept‟s extension to anoth-er‟s, when the later concept is not among the marks which comprise the content of the former? Aiming at a clarification of this problem and its purported solution, the second chapter consists of a critical analysis of different interpretative models of Kant‟s con-ception of conceptual extension: the ontic model, according to which the extension of a concept is the set of its actual instances; the notional model, according to which the extension of a concept amounts to the complex of its inferior concepts, i. e. those logi-cally subordinated to it; the hybrid model, which interprets conceptual extension as an amalgam of the two dimensions previously circumscribed, or else ascribes to Kant two distinct conceptions of conceptual extension, each corresponding to one of those dimen-sions. These three interpretative models are rejected in the light of the theoretical com-mitments of general and transcendental logic, especially considering the underlying condition of their mutual consistency. The third chapter articulates an alternative model of conceptual extension that meets this condition, according to which the extension of a concept is its field of possible application. Taking account of the critical distinction be-tween logical and real possibility, and exploring some metaphors found in the Critique of Pure Reason and the Critique of the Power of Judgment, the thesis elaborates this model and shows its consequences to the understanding to Kant‟s conception of concep-tual content, particularly in relation to the doctrine of schematism.
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A estrutura lógica do reconhecimento na Ciência da Lógica de HegelCosta, Danilo Vaz Curado Ribeiro de Menezes January 2012 (has links)
Die Tradierung von Studien über Hegel hat in den letzten Jahrzehnten sehr an Bedeutung gewonnen, und zwar sowohl was die zahlenmäβige Zunahme der Hegel gewidmeten Werke angeht, als auch im Hinblick auf den modus operandi der Theamtisierung und Präzisierung der Probleme und Reflexionen, die sich aus seinem Werk ergeben. In diesem Kontext der Renaissance der hegelschen Philosophie erscheint das Problem der Anerkennung als eines der wichtigsten der Hegelforschung. Freilich sind im Rahmen dieses neuen Interesses an der Anerkennung die Arbeiten selten, die darauf abzielen, das Thema Anerkennung von seiner logischen Wurzel her aufzugreifen. Die vorliegende Forschungsarbeit hat es sich zur Aufgabe gesetzt, die Rekonstruktion der logischen Struktur der Anerkennung herauszuarbeiten, wobei sie ihre Stufen anhand der Wissenschaft der Logik ausdrücken wird. Die vorliegende These von hermeneutisch-bibliografischem Charakter ist darauf angelegt, dieses Ziel zu erreichen, was sie in einer in 05 (funf) Kapitel aufgeteilten Struktur unternimmt. Die Aufgabe des ersten Kapitels ist es, den Forschungsstand über die Anerkennung in der zeitgenössischen Philosophie herauszuarbeiten. Das zweite Kapitel konstituiert die erste Schicht der Anerkennung und zeigt, wie die Logik als transitiver Nenner arbeitet. Das dritte Kapitel etabliert die zweite Schicht der logischen Struktur der Anerkennung und rekonstruiert die Konditionen der subjektiven Interaktion, die Andersheit als würde sie durch zwei ihr eigene Modi ausgedrückt: durch Beziehung und durch Verhältnis. Das vierte Kapitel stellt die dritte logische Schicht der Anerkennung vor durch die Präzisierung der Subjektivität und die Arten der Relation der Subjektivität, ausgehend von ihren semantisch-pragmatischen meta-Niveaus des Universellen, Partikulären und Singulären. In einer zweiten Argumentation stellt das viertel Kapitel dar, wie die Subjektivität in ihrer theoretischen Dimension als Wissen und in ihrer praktischen Dimension als Wollen zu verstehen ist. Das fünfte Kapitel schlieβlich stellt dar, wie die drei logischen Metaebenen der Erkenntnis, die sich aus dem Kennen und Anerkennen ergeben, im historischen Prozess erkennbar werden durch das Mittel der Phänomenologie des Geistes in seinem 4. Kapitel. Das fünfte Kapitel will auch zeigen, daβ es möglich ist, eine logische Struktur zu rekonstruieren, ohne die Fakten der Theorie zu unterwerfen. Wir erwarten deshalb als Schlussfolgerung, daβ angesichts der logischen Erklärung und Rekonstruktion der Schichten der Transitivität, des relationalen Andersseins und der Subjektivität in Bezug auf die Einheit des Subjekts zwischen dem theoretischen und praktischen Ich, die die Anerkennung betreffende logische Struktur sich zeigen wird. / A tradição de estudos hegelianos assumiu nos últimos decênios uma grande importância, tanto em referência a ampliação numérica dos trabalhos dedicados ao hegelianismo como em relação ao modus operandi de tematização e explicitação dos problemas e reflexões que lhe são oriundos. Dentro deste contexto de Renaissance da filosofia hegeliana, o problema do reconhecimento emerge como de importância capital na Hegel-Forschung. Todavia, a par deste novo interesse sobre o reconhecimento são raros os trabalhos que se propõem a enfrentar o tema reconhecimento desde a sua matiz lógica. O presente trabalho de pesquisa se propõe estabelecer a reconstrução da estrutura lógica do reconhecimento, exprimindo os seus níveis a partir da Wissenschaft der Logik. A presente tese de caráter hermenêutico bibliográfico se configura para a consecução de tal objetivo, dividindo internamente o trabalho em comento em 05 (cinco) capítulos. O primeiro capítulo se destina a situar o estado da arte nas pesquisas sobre o reconhecimento na filosofia contemporânea. O segundo capítulo constitui o primeiro nível do reconhecimento e apresenta a lógica operando como um denominador transitivo. O terceiro capítulo estabelece o segundo nível da estrutura lógica do reconhecimento e reconstitui as condições de interação subjetiva, a alteridade (Andersheit) como se explicitando por dois modos próprios: por referência (Beziehung) e por relação (Verhältnis). O quarto capítulo apresenta o terceiro estágio lógico do reconhecimento pela explicitação da subjetividade e os modos de relação da subjetividade a partir de seus metaníveis semântico-pragmáticos do: universal, particular e singular. Num segundo momento, o quarto capítulo expõe como a subjetividade se compreende enquanto dimensão teórica: como conhecer, e em sua dimensão prática como querer. Por fim, o quinto capítulo, expõe como os três metaníveis lógicos do reconhecimento, os quais seguem do conhecer (Kennen) ao reconhecer (Anerkennen), se fazem explicitar no processo histórico pelo recurso a Fenomenologia do Espírito em seu capítulo IV. O quinto capítulo objetiva ainda demonstrar que é possível reconstruir uma estrutura lógica sem subordinar os fatos à teoria. Espera-se por tanto, a título de conclusão, que mediante a explicitação e reconstrução lógica dos níveis da transitividade, da alteridade relacional, e da subjetividade enquanto unidade no sujeito entre o eu teórico e prático, se faça exprimir a estrutura lógica subjacente ao reconhecimento. / During the last decades, the tradition of studies of Hegel has assumed great importance, as much referring to the amount of work dedicated to his philosophy as to the mode of operation of focusing and explaining the problems and reflections raised by him. In this context of the revival of Hegel’s philosophy, the problem of recognition emerges as of capital importance in the research about Hegel. However, in the context of this new interest about recognition, studies that go about pursuing the theme of recognition until its logical matrix are rare. The present study aims at establishing a reconstruction of the logical structure of recognition, expressing its levels starting from the Wissenschaft der Logik. The present theses of hermeneutic-bibliographic character is conceived to reach this aim, internally dividing the work in 05 (five) chapters. The first chapter aims at showing the state of research in the studies of recognition in contemporary philosophy. The second constitutes the first level of recognition and presents logic working as transitive denominator. The third chapter establishes the second level of the logical structure of recognition and reconstitutes the conditions of subjective interaction, the otherness (Andersheit) as being made explicit by two proper modes: by reference (Beziehung) and relationship (Verhältnis). The fourth chapter presents the third logical stage of recognition by making explicit the subjectivity and the mode of relationship of subjectivity starting from its semantic-pragmatic metalevels: the universal, the particular and the singular. In a second moment, the fourth chapter exposes how subjectivity is to be understood in its theoretic dimension as knowledge, and in its practical dimension as wish. Lastly, the fifth chapter shows how the three logical metalevels of recognition, which proceed from knowledge (Kennen) to recognition (Anerkennen), are made explicit in the historical process by the tool of the Phenomenology of Spirit in its fourth chapter. The fifth chapter also aims at showing that it is possible to reconstruct a logical structure without subordinating fact to theory. It is hoped, however, in terms of a conclusion, that in the face of a logical attempt at making explicit and reconstructing the levels of transitivity, of relational otherness and the subjectivity in terms of unity of subject between the theoretical and the practical I, the logical structure subjacent to recognition can be made to express itself.
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Consciência-de-si e reconhecimento na Fenomenologia do Espírito e suas implicações na Filosofia do DireitoSoares, Josemar Sidinei January 2009 (has links)
Este trabalho pretende demonstrar a importância e o papel da consciência de si no desenvolvimento da Filosofia do Direito, de forma que se possa estabelecer uma relação entre esta obra e a Fenomenologia do Espírito. Na Fenomenologia, a consciência de si apresenta-se como a consciência prática, que vive situações atemporais da existência humana, como o desejo, o reconhecimento, e a luta por independência, isto é, situações que não são particulares de algum momento histórico, mas a todos eles. Sendo assim, estas experiências repercutem no trabalho racional do indivíduo, que na Filosofia do Direito, como pessoa, sujeito, e membro da comunidade, realiza, conforme sua vontade livre, a Idéia de Liberdade. Neste sentido, o objetivo é comprovar como estas experiências da consciência de si podem influenciar as dimensões políticas e jurídicas, tendo como ponto de partida que o §142 da Filosofia do Direito apresenta o conceito de Eticidade como fundamentado na consciência de si. Ademais, para se reforçar a relação entre as duas obras, será apresentada também a seção da Fenomenologia também intitulada como Eticidade, que naquele caso, apresenta-se como o desenvolvimento do mundo grego, de forma que se possa conhecer a relação e as diferenças entre os dois modelos éticos. / This work aims to demonstrate the importance and role of self-consciousness in the development of Philosophy of Right, so that it can establish a relation between this work and the Phenomenology of Spirit. In the Phenomenology, the selfconsciousness appears as a practice conscious, living no time situations of human existence, as desire, recognition, and the struggle for independence, that is, situations that are not particular of some historical moment, but all of them. Thus, these experiences reflect in the rational work of the individual, who in the Philosophy of Right, as a person, subject, and community member, holds as its free will, the idea of freedom. In this sense, the objective is to show how these experiences of the selfconsciousness can influence the political and legal dimensions, taking as a starting point that § 142 of Philosophy of Right introduced the concept of "ethical life" as based on selfconsciousness. Furthermore, to strengthen the relationship between the two works, will also be apresented the section of the Phenomenology also named as "ethical life", in which case, it appears as the development of the Greek world, so it can be knew the relationship and differences between the two ethical models.
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Wolff e o jovem Kant : os princípios de contradição e de razão e a prova da existência de DeusSaltiél, Eduardo Ruttke von January 2012 (has links)
No presente trabalho, nos propomos a investigar a relação entre os princípios da filosofia primeira de Christian Wolff, a saber, os princípios de contradição e de razão suficiente, com as teses apresentadas por Immanuel Kant em sua Nova Dilucidatio. Para tanto, nosso primeiro capítulo aborda brevemente as concepções de filosofia e de método adotadas por Wolff. Particularmente importante, nesse sentido, foi a análise dos textos wolffianos Discursus praeliminaris de philosophia in genere e sua chamada Lógica Latina. Nosso segundo capítulo é dedicado ao tratamento fornecido por Wolff do princípio de contradição; a fim de analisarmos esse aspecto da filosofia wolffiana, além do exame de seus tratados de ontologia, foi mais uma vez útil considerarmos o que a Lógica Latina sustenta a respeito da relação entre a contradição e a falsidade. Em nosso terceiro capítulo, voltamos nossa atenção para a discussão wolffiana do princípio de razão suficiente; aqui, buscamos reconstruir o argumento de Wolff, bem como apontamos algumas fraquezas de sua argumentação. Também procuramos expor o sentido da “suficiência” do princípio de razão mediante a consideração de algumas noções que ocorrem em trechos posteriores da Ontologia. Em nosso último capítulo, examinamos como a Nova Dilucidatio de Kant discute os princípios da filosofia primeira de Wolff. Constatamos aqui que Kant rejeita pressupostos da ontologia wolffiana, e propõe as rationes veritatis e exsistentiae. Finalmente, discutimos brevemente em que consiste a prova para a existência de Deus apresentada na Proposição VII do texto kantiano, bem como o sentido de sua conformidade com as razões de verdade e de existência introduzidas pela Nova Dilucidatio. / In the present study, we propose ourselves to investigate the relation between Christian Wolff’s principles of philosophy, namely, the principles of contradiction and sufficient reason, with the theses presented by Immanuel Kant in his Nova Dilucidatio. Accordingly, our first chapter briefly treats the conceptions of philosophy and method adopted by Wolff. Particurlarly important, in this sense, was the analysis of the Wolffian texts Discursus praeliminaris de philosophia in genere and his so-called Latin Logic. Our second chapter is dedicated to the treatment rendered by Wolff of the principle of contradiction; in order to analyze this aspect of the Wolffian philosophy, it was once again useful to consider what the Latin Logic holds about the relation between contradiction and falsity. In our third chapter, we turned our attention to the Wolffian discussion of the principle of sufficient reason; here, we tried to reconstruct Wolff’s argument, just as we pointed out some weakness of his argumentation. We have also tried to expose the meaning of “sufficiency” of the principle of reason by means of a consideration of some notions which occur in later passages of the Ontologia. In our last chapter, we examined how Kant’s Nova Dilucidatio discusses Wolff’s principles of first philosophy. Here we found that Kant rejects some presuppositions of Wolffian ontology, and proposes rationes veritates and exsistentiae instead. Finally, we briefly discussed the proof to the existence of God presented in the Proposition VII of the Kantian text, just as the sense of its conformity with the reasons of truth and of existence introduced by Nova Dilucidatio.
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A teoria crítica de H. Marcuse: fundamentação filosófica de um novo princípio de realidade / Critical theory of H. Marcuse: philosophical grounding of a new reality principleLeonhardt, Cleberson Odair 20 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim objective of this master thesis is to stimulate a reading on the Herbert Marcuse s work that rises an innovative comprehension of the established capitalist society, in order to foster possibilities for social change guided by primarily qualitative dimensions. For this purpose we sought, first, to situate Marcuse in the context of the Frankfurt School and critical theory, as well as demonstrate the development of the specificities of the critical theory improved by him. When Marcuse appropriated of the Marx and Freud s ideas, he has raised a possibility of conceptual expansion, enabling, for instance, the idea of an extension of the social place of denial and the historical contextualization of the reality principle. By pointing out these conceptual extensions and the historicity of the reality principle, also specifying the surplus- repression and performance principle, Marcuse overcomes Freud supported by Marx and expands Marx thematic horizon supported by Freud. It became possible to perform a reading that identifies, even in the biological and natural base, potential changes in human social relations with this theoretical-critical construction. These, especially guided for structural modifications in view of a new sensibility and a new solidarity. The theoretical perspectives thus conquered legitimize the possibility of certain groups and social movements being considered new locals of social place of denial. These have developed and / or preserved the ability of providing subsidies for the modification of the reality principle and, therefore, boost the qualitative change of the whole society. In this perspective it becomes possible to determine parameters for identifying (and fostering) emancipatory capacities of certain social groups in a broad and fruitful way. The possibilities of engagement and change, thus, expanded, diversified and strengthened. / O objetivo almejado nesta dissertação é estimular uma leitura da obra de Herbert Marcuse que suscite uma compreensão inovadora da sociedade capitalista estabelecida, de maneira a fomentar possibilidades de uma modificação social orientada por dimensões prioritariamente qualitativas. Para tal intento buscou-se, primeiramente, situar Marcuse no contexto da Escola de Frankfurt e da teoria crítica, bem como, demonstrar o desenvolvimento das especificidades da teoria crítica aperfeiçoada por ele. Marcuse ao apropriar-se das ideias de Marx e Freud fez surgir uma possibilidade de ampliação conceitual, viabilizando, por exemplo, a ideia de uma ampliação do lugar social de negação e da contextualização histórica do princípio de realidade. Ao apontar estas ampliações conceituais e a historicidade do princípio de realidade, especificando também a mais-repressão e o princípio de desempenho, Marcuse supera Freud apoiado em Marx e amplia o horizonte temático de Marx apoiado em Freud. Com esta construção teórica-crítica tornou-se possível realizar uma leitura que identifica, inclusive já na base biológica e natural, potencialidades de modificação nas relações sociais humanas. Estas, pautadas, de modo especial, por modificações estruturais em vista de uma nova sensibilidade e de uma nova solidariedade. As perspectivas teóricas assim conquistadas legitimam a possibilidade de certos grupos e movimentos sociais serem considerados novos locais de negação social. Estes teriam desenvolvido e/ou preservado a capacidade de fornecer subsídios para a modificação do princípio de realidade e, portanto, de impulsionar a mudança qualitativa de toda a sociedade. Em tal perspectiva torna-se possível a determinação de parâmetros para a identificação (e fomentação) de capacidades emancipatórias de certos grupos sociais de um modo amplo e fecundo. As possibilidades de engajamento e de mudança, dessa maneira, se ampliam, diversificam e fortalecem.
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Habermas e Foucault: entre o universal e o particular: um debate ético filosófico da contemporaneidade / Habermas and Foucault: between universal and particular: an debate ethical philosophical contemporaryBonin, Joel Cesar 30 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-30 / This study aimed to examine the works of Michel Foucault and Jürgen Habermas, the views that each author has, on contemporary ethics. The two thinkers have points of
reference and thought very different. Foucault addresses through the History of Sexuality and how a person can be as thinkers and protagonists of an ethics focused on
subjectivity, directed to a personal care of themselves. His texts refer to greek life and the possibility of a life guided by an aesthetic of existence, where universal precepts
don t have chance. Habermas, however, part of a different paradigm and almost antagonistic. He believes that the living world was colonised and was alienated by a
systemic world, where money and the State are their most expressive bulwarks. The output for this colonization is, to Habermas, the communicative action, which by means
of language, the person interact and seek through the use of rationality argumentative, the consensus. This exercise is rational, according Habermas, the most appropriated
option for the balance between objectivity and subjectivity of the human beings in the world. Indeed, communication is an intersubjective action, which takes into account the
inclusion of other, the acceptance of the argumentation of others and the intent of the search for harmonization between the private and public sphere. The problem of Habermas lies in his desire to make the communicative action a universal action, valid for all. Habermas, therefore, develop an ethical theory that regards any act of speech has a claim to validity. The act of saying has an intention, a purpose. If this act of speech is
valid or not, will depend on the analysis of the community in which the man is posed to discuss, it will depend on the strength of the argument and the acquiescence of the better
argument. This act of putting under discussion is what will validate or not the argument. According Habermas, what matters is that this discussion should be free from coercion
or domination. Something that Foucault understand how impossible, as every speech itself has power. It is not something that can be discarded or forgotten. In other words,
according Foucault, the speech itself is power, whoever speaks. With this, we can see that Habermas and Foucault have very different points of view on what it means to be ethical. This work, in the end, shows that Foucault attempts to show that taking care of themselves is a free opportunity to be ethical, where through personal techniques, the subject search to know and meet themselves, with their bodies and their sexuality as a
focus of this process. / Este trabalho teve por objetivo analisar nas obras de Michel Foucault e Jürgen Habermas, os pontos de vista que cada autor tem, sobre a ética contemporânea. Os dois pensadores possuem pontos de referência e de pensamento bastante divergentes. Foucault aborda através da História da Sexualidade como que os sujeitos podem se constituir como pensadores e protagonistas de uma ética voltada para a subjetividade,
direcionada para um cuidado pessoal de si. Seus textos nos remetem à vida grega e à possibilidade de uma vida pautada em uma estética da existência, onde preceitos universais não têm vez. Habermas, em contrapartida, parte de um paradigma diverso e praticamente antagônico. Ele acredita que o mundo vivido foi colonizado e instrumentalizado por um mundo sistêmico, onde o dinheiro e o Estado são seus baluartes mais expressivos. A saída que Habermas encontra para esta colonização é o agir comunicativo, onde por meio da linguagem, os sujeitos interagem e buscam através do uso da racionalidade argumentativa, o consenso. Este exercício racional é, segundo
Habermas, a possibilidade mais adequada para o equilíbrio entre a subjetividade e a objetividade dos sujeitos que vivem no mundo. No fundo, a comunicação é uma ação intersubjetiva, que leva em conta, a inclusão do outro, a aceitação dos argumentos alheios e a intencionalidade da busca de harmonização entre a esfera privada e a esfera pública. O problema de Habermas reside em sua pretensão de tornar a ação
comunicativa uma ação universal, válida para todos. Habermas, para isso, desenvolve uma teoria ética que considera que todo ato de fala possui uma pretensão de validade. O ato de dizer possui uma intenção, uma finalidade. Se esse ato de fala será válido ou não, dependerá da análise da comunidade na qual o sujeito se põe a discutir, dependerá da força argumentativa e da aquiescência ao melhor argumento. Esse ato de pôr em
discussão é que validará ou não o argumento. Segundo Habermas, o que importa também é que esta discussão deve ser isenta de coação ou dominação. Algo que Foucault compreende como impossível, pois todo discurso possui em si poder. Não é algo que pode ser descartado ou esquecido. Ou seja, segundo Foucault, o próprio discurso é poder, independentemente de quem discursa. Com isso, podemos ver que Habermas e Foucault possuem pontos de vista bastante diversos sobre o que significa ser ético. Este trabalho, ao final, apresenta que Foucault tenta demonstrar que o cuidado
de si é uma possibilidade livre de ser ético, onde através de técnicas pessoais, o sujeito busca encontrar-se e descobrir-se, tendo seu corpo e sua sexualidade como foco deste processo.
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Sobre a função da exposição transcendental do conceito de espaço na estética transcendentalTogni, Magda Madguna January 2012 (has links)
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Sobre a função da exposição transcendental do conceito de espaço na estética transcendentalTogni, Magda Madguna January 2012 (has links)
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Sobre a função da exposição transcendental do conceito de espaço na estética transcendentalTogni, Magda Madguna January 2012 (has links)
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