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Naturalismo biolÃgico: a soluÃÃo dualista de John Searle para o problema mente-corpo

Maxwell Morais de Lima Filho 23 June 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O objetivo deste trabalho à propor uma classificaÃÃo do naturalismo biolÃgico de John Searle em uma das concepÃÃes teÃricas de Filosofia da Mente. Para tanto, apresentarei uma visÃo panorÃmica das principais teorias e uma exposiÃÃo das teses que compÃem o naturalismo biolÃgico, com o intuito de comparar este com aquelas. O prÃprio Searle resiste em rotular o naturalismo biolÃgico, jà que, segundo ele, todas as teorias da tradiÃÃo em Filosofia da Mente partem de um pressuposto equivocado, a saber, o dualismo conceitual, segundo o qual hà uma exclusÃo mÃtua entre as categorias fÃsica e mental: o fÃsico à nÃo mental, e o mental à nÃo fÃsico. Para Searle, fenÃmenos mentais sÃo biolÃgicos e, portanto, sÃo fÃsicos. No entanto, isso nÃo significa que hà uma reduÃÃo ontolÃgica do mental ao fÃsico, pois existe uma distinÃÃo ontolÃgica entre esses dois nÃveis â ontologia de primeira pessoa e ontologia de terceira pessoa, respectivamente. O problema à que com tal distinÃÃo ontolÃgica, Searle acaba por criar um novo tipo de dualismo, que em vez de contrapor o fÃsico ao mental, contrapÃe o objetivo (ontologia de terceira pessoa) ao subjetivo (ontologia de primeira pessoa). Por defender o fisicalismo ontolÃgico e, ao mesmo tempo, endossar que os eventos mentais sÃo reais, causalmente eficazes e ontologicamente irredutÃveis, a concepÃÃo de Searle converge em muitos pontos com o fisicalismo nÃo-redutivo e com o dualismo de propriedade. Compararei o naturalismo biolÃgico com ambas as teorias e, ao final, terei subsÃdios para argumentar o porquà de classificÃ-lo em uma delas e nÃo na outra. / The objective of this work is to propose a classification of John Searle‟s biological naturalism in one of theoretical conceptions of Philosophy of Mind. In order to do that, I will present a panoramic vision of principal theories and a presentation of theses of biological naturalism in order to compare this with those. Searle himself resist to label the biological naturalism since, according him, all theories of tradition in Philosophy of Mind start from a mistaken assumption, that is, the conceptual dualism, according to which there is a mutual exclusion between the physical and mental categories: the physical is not mental, and mental is not physical. For Searle, mental phenomena are biological and, therefore, physical. However, this does not mean that there is an ontological reduction of mental to physical, because there is an ontological distinction between these two levels â first-person ontology and third-person ontology, respectively. The problem is that with such ontological distinction, Searle ends up creating a new kind of dualism, that instead of countering the physical to the mental, opposes the objective (third-person ontology) to the subjective (first-person ontology). By defending the ontological physicalism and, at the same time, to endorse that mental events are real, causally effective and ontologically irreducible, Searle‟s conception converges at many points with the non-reductive physicalism and property dualism. I will compare the biological naturalism with both theories and â at the end â I will have subsidies to argue why classify it in one and not the other.
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O ESTADO ATUAL DO LEGADO DE BENJAMIN LIBET, SUA COERÃNCIA E SEU IMPACTO NA FILOSOFIA DA MENTE E NO ESTUDO DO LIVRE ARBÃTRIO

Francisco HÃlio Cavalcante FÃlix 29 July 2014 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Analisou-se o legado de Benjamin Libet e o estado atual de seus achados. Os trabalhos de Libet sobre neurofisiologia do ato voluntÃrio provocaram uma intensa discussÃo no campo da filosofia da mente em geral e do livre arbÃtrio em particular. As evidÃncias de seus principais estudos sÃo de que o processo cerebral responsÃvel pelo ato tido como voluntÃrio inicia-se de modo prÃ-consciente. O inÃcio desse processo neural seria definido pelo aparecimento do potencial de prontidÃo em registros eletroencefalogrÃficos. Isso desafia a noÃÃo comum de que o sujeito pode escolher, de modo consciente e livre, sobre o como e quando agir. O cientista defende a ideia de que a possibilidade de se vetar conscientemente o ato que se iniciou inconscientemente pode garantir o exercÃcio do livre arbÃtrio. O indivÃduo teria cerca de 200 milissegundos para usar esse poder de veto antes da concretizaÃÃo da respectiva aÃÃo enquanto tal. Libet procurou elaborar uma teoria filosÃfica de interaÃÃo mente-corpo para compor com seus achados empÃricos o que entendia ser a configuraÃÃo do agir humano e do livre arbÃtrio. As reaÃÃes a esses trabalhos foram considerÃveis. Trata-se de exemplo significativo de interseÃÃo estreita entre o conhecimento filosÃfico e o conhecimento cientÃfico, onde hà tanto a possibilidade de enriquecimento quanto de mal entendidos. Um levantamento do trabalho de Libet e um apanhado dos principais comentadores de suas reflexÃes mostram que a discussÃo foi muito rica e que ainda continua bastante intensa em nossos dias. Os novos mÃtodos de registro de atividade cerebral e as recentes replicaÃÃes do modelo experimental libetiano enfatizam a importÃncia de sua obra. O exame conceitual mais rigoroso e sofisticado de seus achados e de suas anÃlises se mostrou enriquecedor. Algumas de suas conclusÃes estÃo fortalecidas com o tempo, apesar de certos pontos de suas ilaÃÃes se mostrarem mais frÃgeis. Pode-se considerar seu legado como referencial inescapÃvel para qualquer um que se debruce sobre a questÃo do livre arbÃtrio. / Benjamin Libetâs legacy and the current status of his findings were analysed. Libetsâ works on neurophisiology of voluntary act prompted a huge discussion on philosophy of mind in general and specifically on free will. The evidence from his main studies shows that the brain process that is responsible for the so called voluntary act begins preconsciously. The beginning of this neural process would be defined as the appearance of a readiness potential in eletroencephalographics recordings. This defies the common notion that a person can counsciously and freely choose how and when to act. The scientist holds the idea of consciously vetoing the act that has unconsciously begun and thus enable the exercise of free will. One would have about 200 milliseconds to use this veto power before the concrete onset of the respective action. Libet has tried to figure out a philosophic mind-brain interaction theory to compound with his empiric findings and so to shape what he understood as a human action and free will characterization. The reactions to these works were substantial. It seems to be a noticeable example of close interaction between philosophic and scientific knowledge, with a prospect of both enrichment and misunderstandings. A comprehensive review of Libetâs work and the main thinkers who commented on it shows that the discussion was quite rich and still has a great ammount at the present days. New methods of assessing brain activities and the recent replications of Libetâs experimental model emphasize the importance of his work. Some of his conclusions are now strengthened, in spite of the weakening of other points in his argumentations. His legacy can be ultimately regarded as an unavoidable reference to every person who investigates the free will issue.
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A estrutura psicológica do conceito de conhecimento

Lopes, Arthur Viana January 2014 (has links)
A proposta geral desta tese é discutir argumentos de uma linha cognitivista sobre o uso típico de intuições na literatura epistemológica. Em particular, o uso feito por epistemológicos interessados no projeto conhecido como análise do co-nhecimento. A questão central desta tese já está formulada em seu título: qual a estrutura psicológica do conceito ordinário de conhecimento? Em outras palavras, investigamos qual a organização psicológica da unidade mental que responde por nossos julgamentos intuitivos ordinários sobre casos de conhecimento. Argumen-tamos que a resposta a esta pergunta pode gerar lições importantes para o projeto epistemológico, em especial quanto a sua satisfatoriedade. Nossa investigação per-corre literaturas da epistemologia, psicologia comparativa, psicologia do desenvol-vimento, e a psicologia popular (folk). Em uma segunda parte da tese, tratamos de outros argumentos que surgem desta linha cognitivista na literatura epistemológi-ca, tais como argumentos empíricos sobre a robustez de intuições – no sentido de serem amplamente compartilhadas – e considerações sobre as bases cognitivas de uma intuição. Por fim, descrevemos uma forma de dar sentido à metodologia epis-temológica que leva em consideração argumentos cognitivistas em termos da no-ção de equilíbrio reflexivo. / The proposal of this dissertation is to discuss issues from a cognitivist line about the typical use of intuitions in the epistemological literature. In particular, issues about the use of epistemologists interested in the traditional project of the analysis of knowledge. The central question of this dissertation is already formulated in its title: What is the psychological structure of ordinary concept of knowledge? In oth-er words, we investigate what is the psychological organization of the mental unity that responds for our intuitive judgments about cases of knowledge. We argue that the answer for this question can provide important lessons for the epistemological project, especially about whether it can be satisfied. Our inquiry goes through the literature of epistemology, comparative psychology, psychology of development, and folk psychology. In a second part, we deal with other kinds of arguments from this cognitivist line in epistemology, such as empirical arguments about the ro-bustness of intuitions – in the sense of being widely shared – and considerations about the cognitive basis of intuitions. Finally, we describe one way of making sense of the epistemological methodology which takes into account cognitivist ar-guments in terms of the notion of reflective equilibrium.
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Teorias da introspecção e psicologia moral

Medeiros, Eduardo Vicentini de January 2013 (has links)
Existe alguma relação conceitual relevante entre introspecção e conceitos morais? Qual a relação entre as diferentes teorias da introspecção e temas da psicologia moral? Estas são as perguntas centrais desta dissertação. O ponto para o qual quero chamar a atenção é sobre a relação entre diferentes teorias da introspecção e teses em psicologia moral e nas teorias morais. Argumentarei a favor da seguinte afirmação: qualquer filosofia moral pressupõe determinadas teses sobre atribuição e autoatribuição de estados mentais, em especial, atribuição e autoatribuição de atitudes proposicionais. Ou seja, nenhuma teoria moral é inocente em relação a determinados pressupostos que podem ser mapeados em diferentes teorias da introspecção. Além disso, creio que o caminho inverso também mereça análise, a saber que assumir uma determinada teoria sobre o funcionamento de conceitos psicológicos pode ter implicações para o tipo de teoria moral que deva ser aceita. Nosso objetivo é demarcar dois grupos de teorias sobre o funcionamento dos processos introspectivos. De um lado as teorias que assumem uma analogia de inspiração lockiana entre sentido externo e sentido interno, quando serão analisadas teses de autores seminais da psicologia introspeccionista do final do século XIX, como Franz Brentano (Psychologie vom empirischen Standpunkten- 1874), William James (The Principles of Psychology-1890) e James Sully (Illusions - 1881). Examinaremos também a primeira formulação filosófica contemporânea das teorias do sentido interno, apresentada por David Armstrong (A Materialist Theory of the Mind – 1968). De outro lado, discutiremos as teorias da introspecção que rejeitam o modelo perceptual. O principal responsável na filosofia contemporânea por esta crítica à analogia lockiana é Sydney Shoemaker. Faremos uma detalhada análise dos argumentos de Shoemaker apresentados nas Royce Lectures, de 1994. Os argumentos de Shoemaker deram origem ao que se convencionou chamar teorias racionalistas da introspecção ou do autoconhecimento, e dentre os vários autores representativos desta tendência, escolhemos Richard Moran (Authority and Estrangement: An Essay on Self-Knowledge - 2001) como representativo do desenvolvimento consequente da crítica ao modelo perceptual da introspecção em direção aos temas da psicologia moral. Argumentaremos que as teorias que assumem a analogia lockiana entre sentido externo e interno dão suporte ao que denominamos de visão não-relacional do argumento moral. Dado que os argumentos que criticam estas teorias do sentido interno são cogentes, então as características distintivas desta visão não-relacional devem ser deixadas de lado em uma análise adequada do argumento moral. / Is there any relevant conceptual connection between introspection and moral concepts? What is the connection between different theories of introspection and issues in moral psychology? Those are the central questions of this dissertation. The point to which I wish to draw attention is the relationship between different theories of introspection and theses in moral psychology and moral theories. I shall argue in defense of the following statement: any moral philosophy presupposes certain theses on self-attribution of mental states and, in particular, self-attribution of propositional attitudes. That is, no moral theory is innocent on certain assumptions that can be mapped into different theories of introspection. Furthermore, I believe that the opposite way also deserves analysis, namely one assuming that a particular theory about the functioning of psychological concepts may have implications for the kind of moral theory that should be accepted. Our goal is to demarcate two groups of theories about the operation of introspective processes. On one side, theories that assume an analogy, inspired by Locke, between external and internal sense. In this case we will analyze theses of seminal authors associated with introspective psychology from the late nineteenth century, as Franz Brentano (Psychologie vom empirischen Standpunkten-1874), William James (The Principles of Psychology, 1890) and James Sully (Illusions - 1881). We will also examine the first formulation of contemporary philosophical theories of the internal sense presented by David Armstrong (A Materialist Theory of the Mind - 1968). On the other side, we shall discuss the theories of introspection that reject the perceptual model. The main responsibility in contemporary philosophy for this critique of the Lockean analogy is Sydney Shoemaker. We will pursue a detailed analysis of the arguments presented in Royce Lectures delivered in 1994. Shoemaker's arguments gave rise to the so-called rationalist theories of introspection or self-knowledge, and among the several authors of this trend we chose Richard Moran (Authority and Estrangement: An Essay on Self-Knowledge- 2001) as representative of the consequent development of this critique to the perceptual model of introspection toward themes of moral psychology. We will argue that theories that assume the Lockean analogy between internal and external senses, offer support to what we are naming non-relational view of the moral argument. Given that the arguments criticizing these theories of the internal sense are cogent, the distinctive characteristics of this non-relational view must be set aside in a proper analysis of the moral argument.
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A importância da interação mãe-criança no desenvolvimento do discurso narrativo e da teoria da mente

Araujo, Greicy Boness de January 2012 (has links)
A teoria da mente é definida como a capacidade de atribuir estados mentais ao outro, como desejos, crenças e intenções e, assim, prever o comportamento. A literatura destaca a potencialidade das narrativas e histórias para favorecer conversas sobre estados mentais e para a consideração de diferentes pontos de vista, aspectos importantes para o desenvolvimento da teoria da mente e do discurso narrativo. O objetivo geral deste estudo foi verificar a relação entre a teoria da mente e o discurso narrativo de mães e crianças, especificamente, quanto à coerência, avaliação e emprego de termos mentais, no contexto da contação de histórias. A amostra foi constituída por 25 duplas de mães e de crianças, de nível socioeconômico médio, tendo as crianças idades entre quatro e cinco anos. Foram realizados três estudos: o primeiro objetivou verificar a relação entre os termos mentais utilizados pelas mães nas histórias contadas aos seus filhos e o desempenho destes em uma escala de tarefas de teoria da mente e na tarefa de crença falsa; o segundo estudo teve como foco as histórias contadas pelas mães e pelas crianças, as quais foram analisadas quanto à coerência narrativa, quanto ao uso de termos mentais e de explicações destes termos; o terceiro estudo enfoca o desenvolvimento sociocognitivo da criança, no que concerne à teoria da mente e à habilidade narrativa, buscando correlações entre teoria da mente, termos mentais e os indicadores de coerência e de avaliação narrativa. Quanto ao primeiro estudo, os resultados mostraram que o emprego de cognições clarificadas pelas mães em suas narrativas, isto é, termos ligados à cognição seguidos de explicação, apresenta relação significativa com a teoria da mente, avaliada através da escala de tarefas de teoria da mente e da tarefa de crença falsa. Os resultados do segundo estudo mostraram que as crianças cujas mães apresentaram indicadores elevados de coerência, também se mostraram mais coerentes em suas narrativas. Além disso, o emprego de cognições clarificadas pela mãe correlacionou-se com a habilidade narrativa da criança, quanto à coerência. Tanto no primeiro quanto no segundo estudo, as cognições clarificadas maternas mostraram-se como fator explicativo para a teoria da mente e para coerência narrativa das crianças. Os resultados do terceiro estudo indicaram que o emprego de termos mentais pelas crianças em suas narrativas não se correlacionou com o desempenho das crianças na escala de tarefas de teoria da mente e na tarefa de crença falsa. Por outro lado, o discurso de termos mentais das crianças correlacionou-se de forma significativa com os indicadores de coerência. Ao longo dos três estudos, os resultados mostram a importância do discurso de termos mentais seguidos de explicações para o desenvolvimento da teoria da mente e da habilidade narrativa. A contação de histórias mostrou-se como uma ferramenta efetiva para o desenvolvimento, tanto da teoria da mente como da habilidade narrativa da criança. / Theory of mind is defined as the ability to attribute mental states like desires, beliefs and intentions, to ourselves and others, and thus to predict behavior. The literature stresses the potential of narratives and stories in favoring conversations about mental states and for the consideration of different points of view, important aspects for the development of theory of mind and narrative discourse. The central aim of this study was to verify the relation between theory of mind and the narrative discourse of mothers and children, specifically concerning coherence, evaluation and the use of mental terms, in the context of telling stories. 25 middle-class mothers and their four to five old children composed the dyads used as sample. Three studies were carried out: the first study aimed to verify the relation between mental terms used by mothers in their stories while telling them to their children and children’s performance in the theory of mind scale and in the false belief task; the second study focused on the stories told by mothers and children, which were analyzed with reference to narrative coherence, mental terms use, and mental terms explanations; the third study dealt with children’s socio-cognitive development, relative to theory of mind and narrative ability. Correlations were searched among theory of mind, mental terms, and indicators of narrative coherence and narrative evaluation. Concerning the first study, the results showed that the mothers’ use of clarifying cognitions in their narratives, i.e., cognitive terms followed by explanations, related significantly with theory of mind ability, evaluated by the theory of mind scale and the false belief task. Results of the second study showed that children whose mothers presented high levels of coherence also produced more coherent narratives. Moreover, the mother’s use of clarifying cognitions correlated with the child’s narrative ability, with respect to coherence. In both, the first and the second studies, clarifying cognitions showed themselves as the explanatory factor for the theory of mind ability and narrative discourse. Results of the third study evinced that children’s use of mental terms in their narratives does not correlated with children’s performance in the theory of mind scale and the false belief task. On the other hand, children’s mental terms discourse displayed a significant correlation with coherence indicators. Throughout the three studies, the results revealed the importance of the mental terms discourse followed by explanations for the development of theory of mind and narrative ability. Telling stories were shown as an effective tool for the development of both, theory of mind and narrative discourse.
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O livre-arbítrio em John R. Searle : uma contraposição do naturalismo biológico ao fisicalismo e ao funcionalismo

Nunes, Daniel Pires 15 December 2014 (has links)
Nesta dissertação, procura-se analisar se o naturalismo biológico de John Searle se apresenta como uma alternativa mais viável que as correntes fisicalistas e funcionalistas nas pesquisas que tratam da questão do livre-arbítrio. Sendo assim, toma-se, como estratégia de pesquisa, identificar os pressupostos destas linhas de pensamento da filosofia da mente, bem como as consequências filosóficas da adesão a cada uma delas. Para seguir tal caminho, toma-se como fio condutor o conceito de intencionalidade intrínseca. Entretanto, primeiramente define-se o que se entende por livre-arbítrio para então caracterizar de forma geral os posicionamentos fisicalistas e funcionalistas na filosofia da mente e tratar de como a questão do livre-arbítrio surge e pode ser crucial para tais correntes de pensamento. Posteriormente o naturalismo biológico é sintetizado (sobretudo no que tange à ontologia da consciência e à questão da intencionalidade) e contraposto ao fisicalismo e ao funcionalismo para, então, examinar a possibilidade do livre-arbítrio. Em tal contraposição, cada teoria é decomposta em seus enunciados para que os mesmos possam ser analisados criticamente. Nesta análise, verificase que o livre-arbítrio parece não encontrar espaço no cenário apresentado pelo fisicalismo e pelo funcionalismo. Defende-se que o naturalismo biológico searleano consegue esclarecer mais do que as outras duas correntes filosóficas como pode a ação livre ter a origem da sua motivação no que é externo ao estado mental que a faz ser realizada. A partir de tais constatações, avalia-se suas implicações éticas articulando as questões da intencionalidade intrínseca, do livre-arbítrio, da inteligência artificial forte e da responsabilidade moral a fim de concluir que às máquinas atuais não se pode atribuir responsabilidade moral por não serem capazes de intencionalidade intrínseca. Em seguida, argumenta-se pela origem evolutiva da intencionalidade e, por conseguinte, da moralidade. Neste sentido, defende-se também que a neurociência não elimina a responsabilização moral pois não prova que o livre-arbítrio é uma ilusão, ou seja, que tal ramo da ciência não contradiz o naturalismo biológico de John Searle. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. / This dissertation aims to examine whether John Searle’s biological naturalism is a more viable alternative to current physicalist and functionalist positions in dealing with the issue of free will. Thus, my strategy is to identify the assumptions of these lines of thought and their philosophical consequences. In order to accomplish this goal the concept of intrinsic intentionality is taken as a guide. I begin by defining what is meant by free will and go on to broadly characterize physicalist and functionalist positions in philosophy of mind. Then, I go on to show how the question of free will arises and can be crucial to such currents of thought. Subsequently, I summarize the biological naturalist position (especially regarding the ontology of consciousness and the question of intentionality) and oppose it to physicalism and functionalism in order to examine the possibility of free will. In this opposition, each theory is decomposed into its main tenets so that they can be critically analyzed. In this analysis, it appears that free will does not seem to find any room in the scenario presented by physicalism and functionalism. It is argued that Searlean biological naturalism is able to explain – better than the other two positions – how free action can be motivated by something that is external to the mental state which is itself performing the action. I then evaluate the ethical implications of these findings, articulating the issues of intrinsic intentionality, free will, strong artificial intelligence in order to conclude that current machines cannot be assigned moral responsibility, since they are not capable of intrinsic intentionality. Then, I argue for the evolutionary origin of intentionality and therefore morality. Finally, I argue that neuroscience does not eliminate moral responsibility since it does not prove that free will is an illusion, i.e., that this branch of science does not contradict John Searle’s biological naturalism.
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Identidade pessoal

Torriani, Tristan Guillermo, 1968- 19 July 1995 (has links)
Orientador: Michael Beaumot Wrigley / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-20T12:58:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Torriani_TristanGuillermo_M.pdf: 31047474 bytes, checksum: e73b21ceaad20c6ed9e37d3cf75e6b5e (MD5) Previous issue date: 1995 / Resumo: Este trabalho trata das idéias básicas de Derek Parfit, Colin McGinn, Charles Taylor e Alasdair Maclntyre (entre outros) sobre o problema da identidade pessoal. Parfit mostra a possibilidade lógica do "eu" se dividir e sobreviver sem identidade pessoal. Em reação a isto, surgem duas tentativas de superar o caráter anti-intuitivo do "eu" parfitiano e recuperar sua unidade perdida. A primeira, de Colin McGinn, procura reafirmar o conceito do "eu" unitário com base na análise da linguagem ordinária. A segunda, de Alasdair Maclntyre e Charles Taylor, enfatiza a necessidade (a) de um contexto teleológico para o "eu" e (b) da narração para tornar inteligível a identidade. pessoal através do tempo. Deste modo, Maclntyre e Taylor propõem uma nova maneira de recuperar a unidade do "~u": a identidade narrativa / Abstract: In this dissertation I present the basic of ideas of Derek Parfit, Colin McGinn, Charles Taylor and Alasdair Maclntyre on personal identity. Parfit shows that the division of the self and its survival without identity is logically possible. I then present two attempts to overcome the counter-intuitive character of Parfit's self, and to recover its lost unity. Colin McGinn argues for the concept of the self as a simple entity. Alasdair Maclntyre and Charles Taylor stress the need of (a) a teleological context for the self, and (b) a narrative competence for the self to be able to confer inteligibility to his or her personal identity through time. Thus, Maclntyre and Taylor offer a new way to recover the lost unity of the self: narrative identity / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Um estudo filosófico interdisciplinar do conceito de corpo /

Frastrone, Maria Guiomar Benuto. January 2009 (has links)
Orientador: Mariana Cláudia Broens / Banca: Alfredo Pereira Júnior / Banca: Gustavo Maia Souza / Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar alguns pressupostos e implicações filosóficas da noção cartesiana de corpo e contrapor esta concepção ao entendimento de que o corpo dos organismos é uma estrutura biológica com capacidades cognitivas que se atualiza evolutivamente de modo auto-organizado. Apoiados na teoria de sistemas complexos, tal como proposto por Souza (2000, 2004, 2007), Souza e Daminelli (2008), Guimarães (2000, 2004), Pereira Júnior (2004), caracterizamos o corpo como instância auto-organizada que se atualiza nas relações com o meio e entre suas estruturas constituintes. Defendemos também a hipótese, apoiados em Haselager (2004, 2007, Gonzalez (2004) e Broens (2004, 2007), que a estrutura corpórea, em contraste com os postulados dualistas - mais proeminente o cartesiano -, corresponde à atualização de padrões disposicionais cuja interação com o meio é de importância central para a cognição. Assim, entendemos que o corpo não pode ser reduzido a uma substância extensa sem nenhum papel cognitivo, como entendiam Descartes e muitos dualistas, ou, como parecem pressupor alguns cognitivistas tradicionais, a desempenhar, quando muito, um papel cognitivo secundário. Procuraremos ressaltar que, adotada uma perspectiva evolucionária, (1) o corpo deve ser entendido simultaneamente como produto e produtor de processos cognitivos na dinâmica auto-organizativa própria da vida e (2) a adoção desta perspectiva têm implicações importantes para a Filosofia da Mente / Abstract: This work aims at inquiring into some of the philosophical assumptions and implications of the Cartesian concept of body, seeking to contrast such view to the understanding that the body of organisms is a biological structure with cognitive capacities actualizing itself in an evolutive self-organized way. We rely on the theories of complex systems, such as those argued for by Souza (2000, 2004, 2007), Souza and Daminelli (2008), Guimarães (2000, 2004), Pereira Júnior (2004), and we seek to identify the body as a self-organized instance actualizing itself in the relations with the environment and in between its constitutive structures. Based on the works of Haselager (2004, 2007), Gonzales (2004) and Broens (2004, 2007), and in contrast to dualistic assumptions, mainly of a Cartesian character, we also defend the hypothesis that corporal structure corresponds to the actualization of dispositional patterns, of which the interaction with the environment is chiefly significant to cognition. So, we understand that the body cannot be reduced to a mere bundle of matter and made to occupy a secondary role, as traditional cognitivists defend. Our account acquires consistency when the body is seen as a source of knowledge grounded on a fluid and continuous evolutive history, being not only a mere result reached from logical processes coordinated by knowledge representations, as Haselager points out (2004). We stress the central role of the body in processes of acquisition of knowledge. Finally, we conclude that the body cannot be resumed to an extended substance with no cognitive role at all, as Descartes and many other dualistic thinkers assumed; or, as many traditional cognitivists seem to assume, that it has only a secondary role in cognition. We seek to reinforce that once an evolutive standpoint is taken, (1) the body must be understood at the same time both as producer ... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Sobre a filosofia da mente de John Searle /

Canal, Rodrigo. January 2010 (has links)
Orientador: Antonio Trajano Menezes Arruda / Banca: Maria Eunice Quilici Gonzalez / Banca: Andre Leclerc / Resumo: O problema da Intencionalidade da mente tem sido, por mais de duas décadas, objeto de intensa e persistente análise filosófica elaborada pelo filósofo americano John Rogers Searle (1932- ). Junto com o problema da consciência, não menos relevante no conjunto de sua teorização, sua visão acerca da natureza e das operações da Intencionalidade se constitui como um dos pilares centrais de seu programa filosófico de estudos dos fenômenos mentais. O objetivo principal desta dissertação é apresentar, discutir e avaliar criticamente sua concepção de Intencionalidade da mente. Com o fim de atingir esses três objetivos, que estruturam nosso trabalho, argumentamos que, para alcançar uma compreensão bem detalhada, ampla e profunda da concepção searleana de Intencionalidade da mente, é preciso explicar esta última tanto como um fenômeno mental (psicológico) quanto como um fenômeno natural/biológico. Expomos de modo pormenorizado as famílias de noções que definem a natureza, a estrutura, as formas mentais centrais, o funcionamento, bem como a maneira como Searle entende que devamos naturalizar a Intencionalidade, no capitulo 2 deste trabalho (respectivamente nas seções 3.1, 3.2, 3.3, 3,4, 3.5). Além disso, observamos que a ambição desse filósofo, no campo da filosofia da mente, não se limitou somente a ter desenvolvido uma visão sobre a natureza e o funcionamento da Intencionalidade da mente, e em mostrar como tratá-la naturalisticamente, mas consistiu também em apontar o que há de errado nos estudos filosóficos e científicos contemporâneos sobre o assunto, e propor correções. Nesse ponto, apresentamos os principais e gerais descontentamentos de Searle no Capítulo 1: das seções 2.1 à seção 2.6 apresentamos sua ambição de criticar e reformar os estudos atuais, os quais são focados na análise do materialismo contemporâneo no estudo da mente... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The problem of the intentionality of mind has been, by more than two decades, object of intense and persistent philosophical analysis prepared by American philosopher John Rogers Searle (1932 - ). Together with the problem of conscience, not least in the whole of its theorizing, his vision about the nature and of the operations of the intentionality is as a central pillars of its philosophical program studies of mental phenomena. The aim of this work is to discuss and evaluate John Searle's conception of Intentionality. In order to carry out this task it was necessary first to show that to reach a more detailed, broader and more profound understanding of Searle's conception of Intentionality it is necessary to explain Intentionality as a mental (psychological) phenomenon as well as a natural/biological one. We present in detail the families of concepts which define the nature, the structure, the central mental forms, operation, as well as how Searle believes that we should naturalize the Intentionality, in Chapter 2 of this work (respectively in sections 3.1, 3.2, 3.3, 3.4, 3.5). Furthermore, we emphasize that our philosopher's ambition, as regards his investigations in the philosophy of mind is not limited to developing a theory of the nature and functioning of the intentionality of mind and to show how to naturalize it as a natural/biological phenomenon, but consists also in identifying, criticizing and correcting with a view to overcome various mistakes in the views of other thinkers (philosophers or scientists) about what he takes to be errors in the studies of mental phenomenon both in philosophy and in contemporary science. In that point, we present the main and general disagreements of Searle in Chapter 1: in the sections 2.1 of section 2.6 presenting its ambition to criticize and reform the current studies, which are raised in the analysis of materialism contemporary in the study... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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A crítica contemporânea ao dualismo metafísico alma-corpo de René Descartes

Borges, David Gonçalves 02 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:09:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 David Goncalves Borges.pdf: 489392 bytes, checksum: fa1c53da7e4218a179649ae64cffd2d1 (MD5) Previous issue date: 2010-12-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation aimed to research about the contemporary conceptions concerning the mind, using as philosophical reference René Descartes - the thinker who inaugurates the inquiries on the subject with his works "Meditations On First Philosophy" and "Treatise on the Passions of the Soul." The investigation sought to identify the main implications of Cartesian metaphysics on the philosophy of mind, and to show that the latter only became a field of study distinct from other philosophical fields since it started from criticism of the Cartesianism. In the first section an extensive presentation of the thought of René Descartes was prepared, with special emphasis on his views about the "soul" (or "mind" in contemporary terms). The second section addressed the first criticisms on dualism, as well as the objections contained in the works of Gilbert Ryle and Daniel Dennett. The third section presents non-dualistic and noneliminativistic approaches, focusing on the positions of John Searle and Antonio Damasio. It was concluded that the philosophy of mind followed a linear, gradual, and somehow inevitable development - in the latter case, keeping in mind mainly how it originated from the categories postulated initially by Descartes. Additionally, it was concluded that the path to greater success and wider potential for the advancement of cognitive science is in the union between empirical and philosophical knowledge, similar to the methodology employed by Damasio / Esta dissertação tem como propósito a investigação a respeito das concepções contemporâneas sobre a mente, usando como referência filosófica René Descartes o pensador que inaugura as inquirições sobre o tema com suas obras Meditações Metafísicas e Tratado das Paixões da Alma . A pesquisa procurou identificar as principais implicações da metafísica cartesiana sobre a filosofia da mente, bem como demonstrar que esta última se constituiu, enquanto área de estudos distinta de outros campos filosóficos, a partir das críticas em relação ao cartesianismo. Na primeira seção é realizada uma ampla exposição do pensamento de René Descartes, com especial ênfase em suas concepções a respeito da alma (ou mente , em termos contemporâneos). Na segunda, são abordadas as primeiras críticas ao dualismo, bem como as objeções contidas nos trabalhos de Gilbert Ryle e Daniel Dennett. Na terceira seção são apresentadas abordagens não-dualistas e não-eliminativistas, tendo como foco os posicionamentos de John Searle e António Damásio. Concluiu-se que filosofia da mente seguiu um desenvolvimento linear, gradual, e, de certo modo, inevitável neste último caso, tendo em vista principalmente a forma como se originou a partir das categorias postuladas inicialmente por Descartes. Adicionalmente, foi possível concluir que o caminho de maior sucesso e com mais amplo potencial para o avanço das ciências cognitivas reside na união entre dados empíricos e conhecimento filosófico, de forma semelhante à metodologia empregada por Damásio

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