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Impacto da derivação gástrica em Y de Roux no perfil metabolômico global de mulheres obesas portadoras de diabetes tipo 2 / Impact of Roux-em-Y gastric bypass on metabolomic profile of obese women with type 2 diabetes

Machado, Natasha Mendonça 23 January 2019 (has links)
Nos últimos anos, muito vem se aprendendo sobre o papel metabólico da derivação gástrica em Y de Roux (DGYR), embora ainda existam questões importantes a serem respondidas. Pacientes obesos, metabolicamente descompensados, apresentam rápida melhora do quadro de diabetes mellito tipo 2 (DM2) no pós-operatório precoce da DGYR. As taxas de remissão do DM2 chegam em até 89% após 1 ano, mas os mecanismos e os fatores determinantes dessa melhora ainda são desconhecidos. Até o quanto se pode averiguar, não há nenhum estudo clínico que explique completamente esse fenômeno em seres humanos. O advento da era pós-genômica vem mudando substancialmente o modo pelo qual a ciência e a medicina são praticadas, possibilitando a investigação de doenças sobre perspectivas moleculares. Obesidade e DM2 resultam de alterações sistêmicas no metabolismo e, nesse contexto, a metabolômica surge como abordagem promissora para investigação das transformações promovidas pela DGYR, ao estudar flutuações dinâmicas de moléculas que traduzem o metabolismo, os metabólitos. Estas moléculas refletem a resposta final de sistemas biológicos frente a alterações metabólicas, genéticas e ambientais, para constituir fonte importante de informação celular e sistêmica. Na presente pesquisa, considerou-se que os mecanismos de ação da DGYR incluem alterações metabolômicas intestinais e sistêmicas que modulam diversas vias metabólicas, e que podem levar à melhora do DM2 em pacientes obesos. Com essa perspectiva, realizou-se um estudo clínico prospectivo autocontrolado (pareado), no qual foram estudadas 23 pacientes obesas portadoras de DM2 submetidas à DGYR. Análises metabolômicas foram realizadas com abordagem multicompartimental, em amostras de plasma, urina e biópsias do tecido gastrintestinal nos períodos pré e pós-operatório de 3 meses. Estas análises foram conduzidas no centro de referência internacional na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América (NIH West Coast Metabolomics Center), com uso de plataformas analíticas de cromatografia líquida e gasosa, acopladas à espectrometria de massas. As pacientes foram analisadas em conjunto e, para determinar a relação da cirurgia com o controle glicêmico, foram divididas, posteriormente, de acordo com a remissão do DM2, utilizando os critérios da American Diabetes Association. Todas as pacientes apresentaram melhora na composição corporal e nos parâmetros clínicos avaliados, demonstrando que, do ponto de vista clínico, não existem diferenças aparentes entre as pacientes. Contudo, o perfil metabolômico revelou um padrão discriminatório de alterações, indicando grandes diferenças entre as pacientes que apresentaram ou não melhora do DM2. No plasma, 235 metabólitos estiveram significativamente alterados, na urina 113 e 106, 0, 82, 146 e 60 no estômago corpo alto, estômago corpo médio, duodeno, jejuno e íleo, respectivamente. Os principais metabólitos envolvidos nestas alterações incluíram AB, toxinas urêmicas produzidas pela microbiota, ácidos dicarboxílicos e diferentes classes lipídicas. Diversas hipóteses foram geradas com base nos resultados, indicando que a DGYR altera profundamente o perfil metabolômico e que a remissão do DM2 parece estar associada à melhora da flexibilidade metabólica estimulada pela maior atividade da ômega oxidação e ativação de receptores nucleares que modificam o metabolismo de lipídios e da glicose. Em contrapartida, a não remissão do DM2 parece ser em razão de mudanças na composição da microbiota e presença de disfunção renal subclínica, que restringem a adaptação metabólica na qual esta melhora ocorre. Portanto, supõe-se que a DGYR desempenha um papel funcional, incluindo, mas não limitado à regulação no fluxo e na utilização de substratos, na composição e/ou atividade da microbiota e na ativação de receptores nucleares. Estas alterações metabólicas parecem atuar em conjunto, formando um circuito de alterações que ativam gatilhos que levam à melhora do DM2 / In recent years, much has been learned about the metabolic role of Rouxem- Y gastric bypass (RYGB), although there are still important questions to be answered. Obese metabolically decompensated patients present fast improvement of type 2 diabetes (T2D) in the early RYGB postoperative. T2D remission rates reach up to 89% after a year, but the precise mechanisms and determinant factors of this improvement are still unknown. To the best of our knowledge, there is no clinical study that fully explains the phenomena in humans. Post-genomic era has substantially changed the way science and medicine are practiced, making it possible to investigate diseases at molecular level. Obesity and T2D result from systemic metabolic alterations and, in this context, metabolomics appears as a promising approach to investigate changes induced by RYGB, as is focused on dynamic fluctuations of the molecules that translate metabolism, the metabolites. These molecules reflect the ultimate response of biological systems to metabolic, genetic and environmental changes, representing an important source of cellular and systemic information. In this research, we considered that the mechanisms of RYGB action includes systemic and gastrointestinal metabolomic alterations, which modulate several metabolic pathways, and that may lead out T2D improvement in obese patients. In this perspective, we developed a prospective clinical study, self-controlled (paired), in which 23 obese patients with T2D submitted RYGB were investigated. Metabolomic analysis were performed in a multi-compartmental approach, analyzing plasma, urine and gastrointestinal biopisies before and after 3 months of surgery. Analysis were performed at an international reference metabolomics center, located at University of California, United States of America (NIH West Coast Metabolomics Center), by using liquid and gas chromatography, coupled to mass spectrometry. Patients were analyzed together, and to determine the relationship of glycemic control with RYGB, we also analyzed patients divided by groups, classified according T2D remission, following the American Diabetes Association criteria. All patients presented body composition and clinical improvements, showing no difference from the clinical perspective. On the other hand, metabolomic profile exhibited a discriminatory pattern of alterations, suggesting important differences between patients with and without T2D remission. On plasma, 235 metabolites were significantly changed, while urine 113 and 106, 0, 82, 146 and 60 at stomach upper body, stomach median body, duodenum, jejunum and ileum, respectively. The principal metabolites involved in these alterations includes bile acids, uremic toxins produced by microbiota, dicarboxylic acids, and different lipid classes. Several hypotheses were generated from our results, indicating that RYGB deeply changes metabolomic profile and that T2D remission seems to be associated with metabolic flexibility improvement, stimulated by increased omega oxidation and nuclear receptors activation, modifying lipid and glucose metabolism. In contrast, non-remission of T2D seems to be related to changes of microbiota, associated with subclinic kidney dysfunction, that impairs the metabolic adaptation in which RYGB occurs. Thus, we suppose that RYGB develops a functional role, including - but not limited to - regulation in the substrate flux and utilization, microbiota composition and activity, and activation of nuclear receptors. These metabolic alterations seem to act together to form a circuit of alterations that activate triggers that lead to T2D improvement
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Flora bacteriana e citoquínas pró-inflamatórias no trato digestório exclusivo após cirurgia de derivação em Y de Roux para obesidade mórbida / Microbial flora and proinflammatory cytokines in excluded digestive tract after Roux en-Y gastric bypass for morbid obesity

Ishida, Robson Kiyoshi 10 October 2007 (has links)
Introdução: Em estudo prospectivo, os efeitos da gastroplastia redutora com reconstrução em Y de Roux sobre a flora bacteriana e produção de citoquinas nas câmaras gástricas proximal e excluída foram estudados. Métodos: pacientes bariátricos (n=37) foram submetidos à avaliação endoscópica em ambos reservatórios gástricos,7,3+-1,4 anos após a gastroplastia. Idade foi de 42,4+-9,9 anos (70,2% sexo feminino), IMC pré-operatório de 53,5+-10,6, e IMC atual de 32,6+-7,8kg/m2. TNFalfa e TGF-beta foram medidos pelo método ELISA em biópsias da mucosa gástrica., assim como cultura quantitativa da secreção gástrica, com pH gástrico e teste respiratório lactulose/hidrogênio.Resultados: Nenhum dos pacientes apresentou queixas sugestivas de supercrescimento bacteriano gastrointestinal. Todavia, contagens elevadas de bactérias e fungos foram identificadas nas duas câmaras, principalmente no estômago proximal. Gram-positivos representaram a maioria dos isolados. O pH foi neutro na câmara proximal, enquanto que também na câmara distal nem sempre conservou-se em níveis esperados. Conclusões: 1)Produção elevadas de TNF-alfa e TGF-beta, com a colonização de aeróbios, anaeróbios e fungos em ambas câmaras gástricas foram identificadas; 2)O pH gástrico como a contagem bacteriana foram maiores no estômago proximal funcionante; 3)Teste respiratório foi positivo para supercrescimento bacteriano em 40,5% dos pacientes,entretanto não foram identificadas manifestações clínicas de supercrescimento bacteriano gastrointestinal. / Background: In a prospective study, the effect of Roux-en-Y gastric bypass (RYGBP) on bacterial flora and cytokines production in the used (proximal pouch) and unused (large bypassed) gastric chamber was analysed. Methods: Bariatric subjects (n=37) were submitted to endoscopic examination of both gastric reservoirs, 7.3 ± 1.4 years after RYGBP. Age was 42.4 ± 9.9 years (70.2% females), preoperative BMI was 53.5 ± 10.6, and current BMI was 32.6 ± 7.8 kg/m2.TNF-alpha and TGF-beta were meausured by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) from gastric mucosal biopsies. Quantitative culture of gastric secretion along with gastric pH and actulose/hydrogen breath test were also investigated.Results: None of the subjects displayed complaints suggestive of GI bacterial overgrowth. Elevated counts of bacteria and fungi were identified in both chambers, mostly in the proximal stomach. Gram-positives represented the majority of the isolates. Gastric pH was neutral in the proximal pouch, whereas the distal chamber mostly but not always onserved the expected acidity. Conclusions: 1)Increased TNF-alpha and TGFbeta production, as aerobes, anaerobes and fungi colonization of both gastric chambers was detected; 2) Gastric pH as well as bacterial count was higher in the functioning proximal stomach; 3) Breath test was positive for bacterial overgrowth in 40.5% of the subjects, however clinical manifestation of GI bacterial overgrowth were not demonstrated
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Fatores preditivos ecoendoscópicos da recidiva de varizes esofágicas após erradicação com ligadura elástica em pacientes com doença hepática crônica avançada / Echoendoscopic predictive factors for esophageal varices recurrence after eradication with band ligation in advanced chronic hepatic disease

Carneiro, Fred Olavo Aragão Andrade 21 December 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A recidiva de varizes é frequente após tratamento endoscópico com ligadura elástica para a profilaxia secundária de hemorragia por rotura de varizes esofágicas em pacientes com doença hepática crônica avançada. Alguns estudos relacionaram tanto recidiva quanto ressangramento de varizes com características ecoendoscópicas de vasos paraesofágicos. OBJETIVO: Relacionar avaliações ecoendoscópicas de varizes paraesofágicas, veia ázigos e ducto torácico com recidiva de varizes após erradicação com ligadura elástica em pacientes com doença hepática crônica avançada através de estudo prospectivo e observacional. MÉTODOS: A análise ecoendoscópica foi realizada antes da terapia com ligadura elástica e 1 mês após a erradicação endoscópica das varizes. Os diâmetros máximos das varizes paraesofágicas, da veia ázigos e do ducto torácico foram avaliados em localizações ecoendoscópicas prédeterminadas. Após a erradicação das varizes, os pacientes foram submetidos a endoscopias a cada 3 meses durante o período de 1 ano. Foi verificado se alguma das características ecoendoscópicas analisadas poderia predizer a recidiva das varizes. RESULTADOS: Um total de 30 pacientes completou o protocolo de seguimento por 1 ano. Dezessete (57%) pacientes apresentaram recidiva de varizes. Não houve relação entre os diâmetros máximos da veia ázigos e do ducto torácico com a recidiva de varizes. O diâmetro máximo de varizes paraesofágicas foi fator preditivo para recidiva de varizes em ambos os períodos avaliados. Os diâmetros das varizes paraesofágicas que melhor se relacionaram com recidiva de varizes foram 6,3 mm antes da ligadura elástica (sensibilidade de 52,9%, especificidade de 92,3% e área sob a curva ROC de 0,749) e 4 mm após a ligadura elástica (70,6% de sensibilidade, 84,6% de especificidade e área sob a curva ROC de 0,801). CONCLUSÃO: A medida ecoendoscópica do diâmetro das varizes paraesofágicas pode predizer a recidiva das varizes esofágicas no primeiro ano após a erradicação com ligadura elástica. O diâmetro de varizes paraesofágicas após a ligadura elástica é o melhor fator preditivo, pois apresenta menor valor de corte, maior sensibilidade e maior área sob a curva ROC / INTRODUCTION: Variceal recurrence after endoscopic band ligation for secondary prophylaxis is a frequent event. Some studies have reported a correlation between variceal recurrence and variceal re-bleeding with the endoscopic ultrasound (EUS) features of para-esophageal vessels. OBJECTIVE: A prospective observational study was conducted to correlate EUS evaluation of para-esophageal varices, azygos vein and thoracic duct with variceal recurrence after endoscopic band ligation variceal eradication in patients with in advanced chronic hepatic disease. METHODS: EUS was performed before and 1 month after endoscopic band ligation variceal eradication. Para-esophageal varices, azygos vein and thoracic duct maximum diameters were evaluated in pre-determined anatomic stations. After endoscopic band ligation variceal eradication, patients were submitted to endoscopic examinations every 3 months for 1 year. We looked for EUS features that could predict variceal recurrence. RESULTS: A total of 30 patients completed 1-year endoscopic follow-up. Seventeen (57%) patients presented variceal recurrence. There was no correlation between azygos vein and thoracic duct diameters with variceal recurrence. The maximum diameter of para-esophageal varices predicted variceal recurrence in both evaluation periods. Para-esophageal varices diameters that best correlated with variceal recurrence were 6.3 mm before endoscopic band ligation (52.9% sensitivity, 92.3% specificity, and 0.749 area under ROC curve); and 4 mm after endoscopic band ligation (70.6% sensitivity, 84.6% specificity, and 0.801 area under ROC curve). CONCLUSION: We conclude that paraesophageal varices diameter measured by EUS predicts variceal recurrence within one year after endoscopic band ligation variceal eradication. Paraesophageal diameter after variceal eradication is a better recurrence predictor, because it has lower cut-off parameter, higher sensitivity and higher area under the ROC curve
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Análise crítica das técnicas de tratamento cirúrgico da obesidade mórbida / Critical analysis of surgical treatment techniques of morbid obesity

Carvalho, Marnay Helbo de 29 March 2016 (has links)
Introdução: A obesidade é uma afecção com alta prevalência no Brasil e no mundo. É fator de risco para comorbidades como Diabetes tipo 2 (DM2), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Dislipidemia, Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), entre outras. Seu tratamento é complexo e a cirurgia bariátrica, executada por diferentes técnicas, tem sido uma das opções. Objetivo: Analisar os resultados publicados na literatura em relação às técnicas cirúrgicas de Banda Gástrica Ajustável (BGA), Gastrectomia Vertical (GV), Gastroplastia com derivação em Y de Roux (GDYR) e Derivação Biliopancreática (DBP) - técnica de \"Scopinaro\" e de \"Duodenal Switch\" quanto às complicações operatórias, à mortalidade, à perda do excesso de peso (PEP) e ao reganho, e a resolução das comorbidades após a operação. Método: Foram analisados 116 estudos selecionados na base de dados MEDLINE por meio da PubMed publicados na Língua Inglesa entre 2003 e 2014. Para comparar as diferentes técnicas cirúrgicas (BGA, GV, GDYR e DBP), realizou-se estudo estatístico por meio da análise de variância (ANOVA) aplicando os testes de Duncan e de Kruskal Wallis avaliando: complicações pós-operatórias (fístula, sangramento e óbito); perda e reganho do excesso de peso, e resolução das comorbidades. Resultados: A ocorrência de sangramento foi de 0,6% na média entre todos os estudos, sendo 0,44% na BGA; 1,29% na GV; 0,81% na GDYR e 2,09% na DBP. Já a ocorrência de fístulas foi de 1,3% na média entre todos os estudos, 0,68% para BGA; 1,93% para GV; 2,18% para GDYR e 5,23% para DBP. A mortalidade nos primeiros 30 dias pós-operatórios foi de 0,9% na média entre todos os estudos, 0,05% na BGA; 0,16% na GV; 0,60% na GDYR e 2,52% na DBP. A PEP após cinco anos na média entre todos os estudos foi de 63,86%, especificamente na BGA, foi de 48,35%; 52,7% na GV; 71,04% na GDYR e 77,90% na DBP. A taxa de DM2 resolvida foi de 76,9% na média entre todos os estudos, sendo 46,80% na BGA; 79,38% na GV; 79,86% na GDYR e 90,78% na DBP. A taxa de Dislipidemia resolvida após a operação foi de 74,0% na média de todo o estudo, sendo 51,28% na BGA; 58,00% na GV; 73,28% na GDYR e 90,75% na DBP. A taxa de HAS resolvida após a operação foi de 61,80% na média de todo o estudo, sendo 54,50% na BGA; 52,27% na GV; 68,11% na GDYR e 82,12% na DBP. A taxa de AOS resolvida após a operação foi de 75,0% na média de todo o estudo, sendo 56,85% na BGA; 51,43% na GV; 80,31% na GDYR e 92,50% na DBP. Conclusão: quando analisadas e comparada as quatro técnicas observa-se que nos primeiros 30 dias pós-operatório a taxa de sangramento é superior nos pacientes submetidos à DBP e taxa de fístula inferior nos pacientes da BGA. Quanto à mortalidade observou-se taxa mais pronunciada nos pacientes submetidos à DBP e menos nos submetidos à BGA. Quanto à PEP observou-se uma uniformidade entre os pacientes submetidos à GV, GDYR E DBP até o terceiro ano. Após esse período observa-se reganho de peso nos submetidos à GV até o quinto ano de seguimento. Já nos pacientes submetidos à BGA observou-se taxas de PEP menos pronunciadas em relação às demais desde o início do seguimento. Quanto à resolução das comorbidades observou-se taxas de resolução de DM2 inferiores nos pacientes submetidos à BGA, e não houve diferença entre nenhuma técnica quanto à resolução das demais comorbidades: HAS, AOS e dislipidemia / Introduction: Obesity is a disease with high prevalence in Brazil and worldwide. It is a risk factor for comorbidities such as type 2 diabetes (T2D), hypertension, dyslipidemia, obstructive sleep apnea, among others. Treatment is complex and bariatric surgery, performed by different techniques, has been one of the options. Objective: To analyze the surgical the results presented in the literature related to techniques of Adjustable Gastric Banding (AGB), Sleeve Gastrectomy(SG), Roux-en-Y Gastric Bypass(RYGB) and Biliopancreatic Diversion(BPD) - (\"Scopinaro\" and \"Duodenal Switch\" procedures) as to the postoperative complications, mortality, excess weight loss (EWL) and regain, and resolution of the comorbidities after surgery. Method: 116 studies were selected in MEDLINE through PubMed published in the English language between 2003 and 2014. To compare the different surgical techniques (AGB, SG, RYGB, BPD), statistical analysis was performed by analysis of variance applying Duncan and Kruskal Wallis tests assessing: postoperative complications (leak, bleeding and death); EWL and regained, and resolution of comorbidities after surgery. Results: The incidence of bleeding was in average 0.6% from all studies; 0.44% in AGB; 1.29% for SG; 0.81% RYGB and 2.09% for BPD. The average incidence of leaks was 1.3% in all studies; 0.68% for AGB; 1.93% in SG; 2.18% RYGB and 5.23% for BPD. Average mortality in the first 30 postoperative days was 0.9% in all studies; 0.05% for AGB; 0.16% in SG; 0.60% in RYGB and 2.52% in BPD. The average percentage of EWL after five years in all studies was 63.86%, specifically in AGB it was 48.35%; 52.7% in SG; 71.04% in RYGB and 77.90% in BPD. The rate of T2D resolved was in average 76.9% across all studies, 46.80% for AGB; 79.38% for SG; 79.86% RYGB and 90.78% for BPD. The rate of dyslipidemia resolved was in average 74.00% across all studies, 51.28% for AGB; 58.00% for SG; 73.28% RYGB and 90.75% for BPD. The rate of hypertension resolved was in average 61.80% across all studies, 54.50% for AGB; 52.27% for SG; 68.11% for RYGB and 82.12% for BPD. The rate of apnea resolved was in average 75.00% across all studies, 56.85% for AGB; 51.43% for SG; 80.31% for RYGB and 92.50% for BPD. Conclusion: After analyzing and comparing the four techniques it was observed that in the first 30 postoperative days the bleeding rate is higher in patients undergoing BPD and lower fistula rate in patients undergoing AGB. Regarding mortality was observed higher rate in patients undergoing BPD and smaller in patients undergoing AGB. As for EWL there was uniformity among patients submitted to SG, RYGB and BPD until the third year. After this period there has been regained weight in the patients submitted to SG until the fifth year. The patients undergoing AGB have lower rates of EWL. As for the resolution of comorbidities, observed T2D resolution rates were lower in patients undergoing AGB, and there was no difference between the techniques regarding: hypertension, dyslipidemia and obstructive sleep apnea
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Elastografia hepatoesplênica para predizer varizes esofágicas em pacientes com hipertensão portal não cirrótica: estudo de acurácia diagnóstica / Liver and spleen transient elastography to predict esophageal varices in patients with non-cirrhotic portal hypertension: a diagnostic accuracy study

Ramos, Danusa de Souza 17 September 2018 (has links)
Introdução: elastografia ultrassônica é um método não invasivo validado e rotineiro para a determinação indireta do grau de fibrose hepática e em investigação para predizer a presença de varizes esofágicas. Entretanto, a elastografia foi validada somente em doenças que evoluem para cirrose. Na revisão de literatura que realizamos, observamos que há escassez de estudos de acurácia diagnóstica em pacientes com hipertensão portal não cirrótica. Objetivos: avaliar a acurácia diagnóstica das técnicas de elastografia hepatoesplênica (transitória por FibroScan e ARFI) para predizer a presença de varizes esofágicas e se as varizes são de risco de sangramento em pacientes com hipertensão portal não cirrótica. Avaliar a concordâncias das duas técnicas e correlacioná-las com outros índices (plaquetas/baço, APRI e FIB-4). Métodos: Foram incluídos pacientes com diagnóstico confirmado das seguintes condições: oclusão da veia porta extra-hepática, esquistossomose mansônica, hipertensão portal não cirrótica idiopática e fibrose hepática congênita. A endoscopia digestiva alta foi considerada como marcador da presença de hipertensão portal clinicamente significante. Critérios de inclusão: idade acima de um ano; diagnóstico etiológico definido; concordância do paciente ou responsável legal em participar do estudo. Critérios de exclusão: cirrose, confirmada pela combinação de critérios diagnósticos clínicos, de imagem e laboratoriais ou pela biópsia hepática quando o resultado estivesse disponível; hipertensão portal pós sinusoidal; condições que impeçam tecnicamente a realização da elastografia (ascite volumosa e insuficiência cardíaca); esplenectomia; gestação; carcinoma hepatocelular avançado. O desenho do estudo foi prospectivo, transversal, de acordo com a metodologia STARD, avaliando a acurácia, sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos e razões de verossimilhança positiva e negativa. Procedimentos no estudo: consulta aos dados de prontuário; ultrassonografia abdominal e elastografia hepatoesplênica com os equipamentos/métodos FibroScan e ARFI. Os pontos de corte foram determinados por curva ROC. Resultados: os valores de elastografia transitória hepática por FibroScan foram de 5,91 ± 1,87 kPa na oclusão da veia porta extra-hepática, 8,89 ± 3,96 kPa na esquistossomose, 10,60 ± 3,89 kPa na hipertensão portal não cirrótica idiopática e 10,30 ± 4,14 kPa na fibrose hepática congênita, enquanto os valores de ARFI foram de 1,27 ± 0,23 m/s; 1,35 ± 0,45 m/s; 1,43 ± 0,40 m/s; 1,55 ± 0,39 m/s; respectivamente. Os valores de elastografia transitória esplênica por FibroScan foram de 60,82 ± 20,56 kPa na oclusão da veia porta extra-hepática, 54,16 ± 22,94 kPa na esquistossomose, 52,64 kPa ± 21,97 kPa na hipertensão portal não cirrótica idiopática e 48,50 ± 24,86 kPa na fibrose hepática congênita, enquanto os valores de ARFI foram de 3,22 ± 0,62 m/s; 3,01 ± 0,74 m/s; 2,86 ± 0,53 m/s; 2,80 ± 0,55 m/s; respectivamente. A elastografia esplênica por FibroScan com ponto de corte 65,1 kPa apresentou acurácia de 0,62 (intervalo de confiança 95% 0,46-0,78; p=0,121) para presença de varizes. Para predizer varizes de alto risco de sangramento, o melhor ponto de corte foi 40,05 kPa, que apresentou acurácia de 0,63 (intervalo de confiança 95% 0,52-0,76; p=0,016). A elastografia esplênica ARFI com ponto de corte de 2,67m/s apresentou acurácia de 0,64 (intervalo de confiança 95%, 0,50-0,78; p=0,065) para presença de varizes. O melhor ponto de corte para predizer varizes de alto risco de sangramento com esse método foi de 3,17m/s, que apresentou acurácia de 0,61 (intervalo de confiança 95%, 0,51- 0,71; p=0,033). Conclusões: métodos de elastografia esplênica apresentaram uma acurácia moderada e valor preditivo positivo elevado para diagnosticar presença de varizes. A elastografia transitória esplênica por FibroScan quando associada à razão plaqueta/baço apresentou acurácia moderada com especificidade alta para predizer varizes de alto risco de sangramento. Entretanto, considerável superposição de valores foi observada entre pacientes com e sem varizes esofagianas, o que limita a aplicação a utilidade clínica do método / Background and rationale: transient elastography is a noninvasive, validated, method allowing evaluation of liver fibrosis by measurement of liver stiffness and under investigation to predict the presence of esophageal varices. However, elastography has been validated only in diseases that progress to cirrhosis. In a literature review we found few studies on diagnostic accuracy in patients with non-cirrhotic portal hypertension. Aims: to evaluate the accuracy of hepatosplenic elastography (FibroScan and ARFI) to predict the presence of esophageal varices and whether varices are at risk of bleeding in patients with non-cirrhotic portal hypertension. To evaluate the concordances of the two techniques and correlate them with other indexes such as the platelet /spleen diameter ratio, APRI and FIB-4. Methods: patients with confirmed diagnosis of the following conditions were included: extrahepatic portal vein occlusion, schistosomiasis, idiopathic non-cirrhotic portal hypertension and congenital hepatic fibrosis. Upper digestive endoscopy was considered as a marker of the presence of clinically significant portal hypertension. Inclusion criteria: age above one year; defined etiological diagnosis; agreement of the patient or legal guardian to participate in the study. Exclusion criteria: cirrhosis confirmed by combination of clinical, imaging and laboratory diagnostic criteria or by liver biopsy when the result was available; post sinusoidal portal hypertension; conditions that technically preclude the performance of elastography (massive ascites and heart failure); splenectomy; pregnancy; advanced hepatocellular carcinoma. The study design was prospective, transversal, according to the STARD methodology, evaluating the accuracy, sensitivity, specificity, positive and negative predictive values and positive and negative likelihood ratios. The procedures of the study were: review of medical records data, abdominal ultrasonography and hepatosplenic elastography with FibroScan and ARFI equipment / methods. Cut-off points for elastography were determined by ROC curves. Results: liver stiffness measurement by FibroScan were 5.91 ± 1.87 kPa in extrahepatic portal vein occlusion, 8.89 ± 3.96 kPa in schistosomiasis, 10.60 ± 3.89 kPa in portal hypertension non-cirrhotic idiopathic and 10.30 ± 4.14 kPa in congenital hepatic fibrosis, whereas by ARFI were 1.27 ± 0.23 m/s; 1.35 ± 0.45 m/s; 1.43 ± 0.40 m/s; 1.55 ± 0.39 m/s; respectively. Spleen stiffness measurement by FibroScan were 60.82 ± 20.56 kPa in extrahepatic portal vein occlusion, 54.16 ± 22.94 kPa in schistosomiasis, 52.64 ± 21.97 kPa in idiopathic non-cirrhotic portal hypertension, and 48.50 ± 24.86 kPa in congenital hepatic fibrosis, while by ARFI were 3.22 ± 0.62 m/s; 3.01 ± 0.74 m/s; 2.86 ± 0.53 m/s; 2.80 ± 0.55 m/s; respectively. Liver stiffness measurement by FibroScan with a cut-off of 65.1 kPa had an accuracy of 0.62 (95%confidence interval, 0.46-0.78, p=0.121) for the presence of esophageal varices. The best cut-off point for predicting the presence of varices at high risk of bleeding was 40.05 kPa (accuracy, 0.63, 95% confidence interval, 0.52-0.76, p = 0.016). The spleen stiffness measurement by ARFI with a cut-off of 2.67 m/s showed (accuracy, 0.64, 95% confidence interval, 0.50-0.78, p=0.065) for the presence of esophageal varices. The best cut-off point for predicting the presence of varices at high risk of bleeding was 3.17 m/s (accuracy, 0.61, 95% confidence interval, 0.51-0.71, p=0.033) for varices at high risk of bleeding. Conclusions: spleen stiffness measurement by transient elastography (FibroScan and ARFI) presented a moderate accuracy and a high positive predictive value to diagnose the presence of esophageal varices. Spleen stifness by FibroScan when associated with platelet/spleen diameter ratio, there is a moderate accuracy with a high specificity to predict varices at high risk of bleeding. However, overlapping values between patients with or without varices was high and this precludes the clinical applicability of these methods
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Previsão de recorrência do câncer gástrico após cirurgia potencialmente curativa: validação externa do nomograma preconizado pelo GIRCG (Grupo Italiano de Estudo do Câncer Gástrico) / Predicting Recurrence of gastric cancer after potentially curative surgery: External validation of the nomogram recommended by GIRCG (Italian Research Group of Gastric Cancer)

Barchi, Leandro Cardoso 26 October 2015 (has links)
NTRODUÇÃO: A maioria dos nomogramas para o câncer gástrico (CG) foi desenvolvida para prever a sobrevida global dos pacientes após ressecção curativa. O sistema de pontuação prognóstico (SPP) do Grupo Italiano de Pesquisa do Câncer Gástrico (GIRCG) foi projetado para prever o risco de recorrência após tratamento curativo baseado no estadiamento patológico do tumor e do tratamento realizado (linfadenectomia D1- D2/D3). Este estudo foi elaborado para avaliar a reprodutibilidade do SPP do GIRCG. PACIENTES E MÉTODO: Para validação do SPP preconizado pelo GIRCG, foram utilizados 185 pacientes operados no Serviço de Cirurgia de Estômago, Duodeno e Intestino Delgado do HCFMUSP, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2007, que preencheram os mesmo critérios utilizados pelo grupo italiano para construção e validação interna do SPP, ou seja, pacientes submetidos a cirurgias potencialmente curativas com ressecções R0, com linfadenectomia a D2 conforme preconizado pela Escola Japonesa. Os pacientes que apresentaram doença disseminada ou metástases a distância, mesmo sendo submetidos a ressecções paliativas, foram excluídos do estudo; assim como pacientes com menos de cinco anos de seguimento, pacientes que faleceram por complicações perioperatórias (até 30 dias) ou que, eventualmente, foram a óbito por outras causas não relacionadas ao CG. Tumores da transição esofagogástrica (TEG) e Linitis plastica também foram excluídos. O tempo mediano de seguimento foi de 77,8 meses (mínimo de 5,9 e máximo de 150,8) para todos os pacientes e de 102,5 meses (mínimo de 60,9 e máximo de 150,8) para os pacientes livres de doença. Foi utilizado modelo de regressão logística múltipla para comparar o SPP com o sistema de estadiamento TNM. RESULTADOS: A recorrência do CG ocorreu em 70 (37,8%) dos 185 pacientes. A média de idade foi de 59,7 anos (± 12,8; SE 0,94, amplitude de 22 a 88). O tempo mediano de recorrência foi de 22,2 meses (mínimo de 5,9 e máximo de 98,1). A pontuação média dos pacientes com recidiva e livres de doença foram, respectivamente, 68,2 (± 29,7 amplitude de 2,57 a 99,7) e 30,5 (± 29 amplitude de 3,6 a 97,7). A maioria dos pacientes obteve pontuações altas ou baixas, ou seja, situaram-se nos extremos da curva de distribuição da pontuação. Oito (4,3%) pacientes com pontuação maior que 90 não apresentaram recorrência e quatro (2,1%) pacientes com pontuação inferior a 10 apresentaram recidiva da doença. O SPP previu corretamente recorrência em 50 dos 70 pacientes (sensibilidade de 71,4% - IC 95% 0,61 a 0,82), enquanto a ausência de recorrência foi prevista em 88 dos 115 pacientes (especificidade de 75,6% - IC95% 0,69 a 0,84), sendo a acurácia global de 74,6% (IC95% 0,68 a 0,81). Em consonância com os resultados obtidos pelo GIRCG, apenas os valores do SPP provaram ser uma variável de previsão significante (P < 0,001), enquanto o estadio do tumor não mostrou a mesma significância (p=0,416). CONCLUSÃO: Este estudo validou o SPP do GIRCG que prevê recorrência após tratamento cirúrgico radical para CG. Este nomograma é simples, facilmente reproduzível e possui boa aplicabilidade clínica / BACKGROUND: Most nomograms for Gastric Cancer (GC) were developed to predict overall survival after curative resection. The Italian Research Group for Gastric Cancer (GIRCG) prognostic scoring system was designed to predict the risk of recurrence after curative treatment based on pathologic tumor stage and treatment performed (D1- D2/D3 lymphadenectomy). We carried out this study to externally validate the GIRCG\'s prognostic scoring system. PATIENTS AND METHODS: In order to validate the prognostic scoring system recommended by GIRCG, 185 patients operated at the Department of Surgery of Stomach, Duodenum and Small Intestine at HCFMUSP from January 2001 to December 2007 who met the same criteria used by the Italian Group for construction and internal validation have been used, that is, patients who underwent potentially curative surgery with R0 resection, with D2 lymphadenectomy as recommended by the Japanese School. Patients with disseminated disease or distant metastases, even if undergoing palliative resections were excluded from the study. As well as patients with less than five years of follow up, patients who died of perioperative complications (within 30 days) or who eventually died of other causes unrelated to the GC. Tumors of the esophagogastric junction and Linitis plastica were also excluded. The median follow-up period was 77,8 months (range 5,9 - 150,8) for all patients and 102,5 months (range 60,9 - 150,8) for patients free of disease. A multiple logistic regression model was used to compare the scoring system with TNM stage system. RESULTS: CG recurrence occurred in 70 (37.8%) of 185 patients. The mean age was 59.7 years (± 12.8; SE 0.94, range 22 to 88). The median time to recurrence was 22.2 months (range 5,9 - 98,1). The average values of the scores of patients with recurrence and disease-free were, respectively, 68.2 (± 29.7 range 3.77 to 99.7) and 30.5 (± 29.4 range 2,57 to 97.7). Most patients had high or low scores, ie, stood at the extremes of the range. Eight (4,3%) patients with score higher than 90 showed no recurrence and only four (2,1%) patients with score lower than 10 recurred. The prognostic scoring system correctly predicted recurrence in 50 of 70 patients (sensitivity71.4% - CI 95% 0.61 to 0.82), while the absence of recurrence was predicted in 88 of 115 patients (specificity of 75.6% - CI 95% 0.69 to 0.84%) with an overall accuracy of 74.6% (CI 67.8% to 80.3%). In consonance with the results obtained by GIRCG only score level proved to be a significant predictive variable (P < 0.001), while the stage of the tumor did not showed the same significance (P=0.416). CONCLUSION: This study has validated the GIRCG prognostic scoring system that predicts recurrence after radical surgical treatment for CG. This nomogram is simple, easily reproducible and has good clinical applicability
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O jejum regula diferencialmente a corticosterone binding globulin (CBG) plasmática, o receptor de glicocorticóide (GR) e proteínas que controlam a progressão do ciclo celular na mucosa gástrica de filhotes e ratos adultos / Fasting differentially regulates plasma corticosterone-binding globulin, glucocorticoid receptor and cell cycle in the gastric mucosa of pups and adult rats

Ogias, Daniela 18 September 2009 (has links)
O estado nutricional influencia o crescimento gástrico, e enquanto a proliferação celular é estimulada pelo jejum em filhotes, ela é inibida em ratos adultos. A corticosterona também age no desenvolvimento, e seus efeitos são regulados pela corticosterone binding globulin (CBG) e receptores de glicocorticóides (GR). Para investigar se a atividade da corticosterona responde ao jejum e como possíveis mudanças poderiam controlar o ciclo celular epitelial gástrico, nós avaliamos diferentes parâmetros durante a progressão do jejum em ratos de 18 e 40 dias de vida pós-natal. A restrição alimentar induziu um aumento de corticosterona no plasma em ambas as idades, mas apenas em filhotes o binding da CBG se elevou após o jejum curto, permanecendo alto até o final do tratamento. O jejum aumentou a atividade transcricional do GR na mucosa gástrica e os níveis protéicos, porém o efeito foi mais pronunciado em adultos. Além disso, observamos que nos filhotes, o GR é principalmente citoplasmático, enquanto em animais adultos, o receptor é acumulado no núcleo durante o jejum. As proteínas HSP 70 e HSP 90 foram diferencialmente reguladas, e podem contribuir para a estabilidade do GR no citoplasma em filhotes, e para o trânsito de GR para o núcleo em animais adultos. Quanto ao ciclo celular epitelial, observamos que em filhotes, ciclina D1 e p21 aumentaram durante o jejum, enquanto em ratos adultos, a ciclina E diminuiu e a p27 aumentou muito. Assim, nós demonstramos que a atividade da corticosterona é diferencialmente regulada pelo jejum em filhotes e ratos adultos, e que as variaçõe observadas poderiam atenuar um possível efeito supressor durante o desenvolvimento pós-natal. Sugerimos que este mecanismo pode estimular a proliferação celular e possibilitar o crescimento da mucosa gástrica durante condições nutricionais adversas. / The nutritional status influences gastric growth, and interestingly, whereas cell proliferation is stimulated by fasting in suckling rats, it is inhibited in adult animals. Corticosterone takes part in the mechanisms that govern development, and its effects are regulated in particular by corticosterone binding globulin (CBG) and glucocorticoid receptor (GR). To investigate whether corticosterone activity responds to fasting and how possible changes might control gastric epithelial cell cycle, we evaluated different parameters during the progression of fasting in 18- and 40-d-old rats. Food restriction induced higher corticosterone plasma concentration at both ages, but only in pups did CBG binding increase after short and long-term treatments. Fasting also increased gastric GR at transcriptional and protein levels, but the effect was more pronounced in 40-d-old animals. Moreover, in pups, GR was observed in the cytoplasm, whereas in adults, it accumulated in the nucleus after the onset of fasting. HSP 70 and HSP 90 were differentially regulated, and might contribute to the stability of GR and to the high cytoplasmic levels in pups and elevated shuttling in adult rats. As for gastric epithelial cell cycle, whereas cyclin D1 and p21 increased during fasting in pups, in adults, cyclin E slowly decreased concomitant with higher p27. In summary, we demonstrated that corticosterone function is differentially regulated by fasting in 18- and 40-d-old rats, and such variation might attenuate any possible suppressive effects during postnatal development. We suggest that this mechanism could ultimately increase cell proliferation and allow regular gastric growth during adverse nutritional conditions.
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Avaliação endoscópica e histopatológica do estômago excluso após cirurgia bariátrica / Endoscopic and histopathologic evaluation of the excluded stomach after bariatric surgery

Kuga, Rogerio 12 December 2007 (has links)
O tratamento cirúrgico para a obesidade mórbida é a única modalidade que consegue a perda de peso sustentada e manutenção a longo prazo. Dentre as técnicas cirúrgicas empregadas, a gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux é uma das mais empregadas mundialmente e em nosso meio. Através desta técnica, o estômago é dividido em duas partes assimétricas, uma vertical e tubular com cerca de 5 cm de extensão que faz parte do trânsito alimentar e outra denominada exclusa. O seguimento endoscópico pós-operatório de rotina, com o uso do endoscópio convencional, avalia o coto gástrico proximal, mas não alcança o estômago excluso. Com o advento do enteroscópio de duplo balão, tornou-se possível o acesso e avaliação endoscópica, permitindo a realização de biópsias da mucosa do estômago excluso para estudo histológico. Quarenta pacientes submetidos à gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux foram incluídos no estudo de maneira prospectiva, com período pós-operatório médio de 77,3 meses (36 - 133), idade média de 44,6 anos (22 - 61), sendo 85% do sexo feminino. O sucesso de acesso ao estômago excluso com a utilização do enteroscópio de duplo balão foi de 87,5% (35 pacientes), com tempo médio decorrido até o estômago excluso de 24,9 minutos (5 - 75). O controle radioscópico concomitante ao exame endoscópico para auxílio direcional foi utilizado em 11 pacientes (27,5 %). Os achados endoscópicos do estômago excluso nos 35 pacientes foram: normal em 9 pacientes(25,7 %); gastrite enantemática em 10 (28,6 %); gastrite erosiva plana ou elevada em 5 (14,3%); gastrite erosiva com sinais de hemorragia em 5 (14,3%) e gastrite atrófica em 6 (17,1 %), sendo que dois destes apresentavam concomitantemente áreas sugestivas de metaplasia intestinal no antro que foram confirmadas pelo estudo histológico. Quanto aos achados histológicos, observou-se 100% de gastrite no estômago excluso, sendo 33/35 pacientes com pangastrite (94,3%). A gastrite foi leve em 23/35 (65,7%) e moderada em 12/35 (34,3%). Gastrite atrófica histológica foi observada em 5/35 (14,3%) pacientes e metaplasia intestinal em 4/35 (11,4%). Todos os pacientes com metaplasia intestinal possuíam gastrite atrófica. Dos 35 pacientes em que se obteve sucesso de acesso endoscópico do estômago excluso, observou-se positividade para o Helicobacter pylori em 7/35 pacientes (20%) e no coto gástrico proximal em 12/35 pacientes (34,3%), através da histologia e coloração por Giemsa modificado. Todos os pacientes Helicobacter pylori positivos no estômago excluso, foram positivos no coto gástrico proximal. Não se observou significância estatística na correlação entre os achados endoscópicos e histológicos (p = 0,2). Das variáveis estudadas, observou-se que a intensidade da gastrite histológica (inflamação) do estômago excluso e do coto gástrico proximal associou-se à presença de Helicobacter pylori (p < 0,05), assim como todos os pacientes Helicobacter pylori positivos no estômago excluso também foram positivos no coto gástrico proximal (p = 0,0005). Não houve complicações durante e após o procedimento de endoscopia de duplo balão. Em conclusão, o método de endoscopia de duplo balão tem elevada capacidade de alcançar o estômago excluso dos pacientes submetidos à gastroplastia vertical com derivação gastrojejunal em Y de Roux; os achados endoscópicos e histológicos indicam alta prevalência de gastrite crônica, atrofia e metaplasia intestinal no estômago excluso desta população selecionada; o Helicobacter pylori está presente no estômago excluso após derivação gástrica em Y de Roux e todos aqueles Helicobacter pylori positivos no estômago excluso também foram positivos no coto gástrico proximal; e a intensidade da inflamação do estômago excluso e do coto gástrico proximal associou-se à presença de Helicobacter pylori. / The surgical treatment for morbid obesity is the only modality that in the long term obtains the supported loss of weight and maintenance. Vertical banded Roux-en-Y gastric bypass is the most used technique worldwide and in Brazil. Through this technique, the stomach is divided in two assimetrical pouchs, one vertical and tubular with about 5 cm of extension and another called excluded. The endoscopic follow-up during the postoperative period using standard gastroscope evaluates the proximal gastric pouch, but doesn\'t reach the excluded stomach. With the advent of the double balloon enteroscope, it became possible the access and endoscopic evaluation, allowing biopsies of the excluded stomach mucosa for histopathologic study. Forty patients who underwent vertical banded Roux-en-Y gastric bypass were enrolled in this study. The mean postoperative time was 77.3 months (36-133 months). The mean age was 44.6 years old (22-61 years) and 85% of the patients were female. The success rate of accessing the excluded stomach with the use of double balloon enteroscope was 87.5% (35 patients), and the mean time to reach the excluded stomach was 24.9 minutes (5-75 minutes). The concomitant radioscopic control was used in 11 patients (27.5%). Endoscopic findings of the excluded stomach in the 35 patients were: normal in 25.7% patients (9); enantematous gastritis were found in 10 patients (28.6%); flat or raised erosive gastritis in 5 patients (14.3%); hemorrhagic gastritis in 5 patients (14.3%) and atrophic gastritis in 6 patientes (17.1%). Two patients presented with suggestive areas of intestinal metaplasia in the antrum that had been confirmed by histopathologic study. The histologic findings showed 100% of gastritis in the excluded stomach; 33/35 patients with pangastritis (94.3%). Mild gastritis was present in 23/35 patients (65.7%) and moderate gastritis in 12/35 (34.3%). Atrophic gastritis were found in 5/35 patients (14.3%) and intestinal metaplasia in 4-35 (11.4%). All patients with intestinal metaplasia had atrophic gastritis. Of the 35 patients whom the excluded stomach were reached, Helicobacter pylori was positive in 7/35 patients (20%) and in 12/35 patients (34,3%) in the proximal pouch through the modified Giemsa staining. Statistical significance was not observed in the correlation between the endoscopic and histologic findings (p=0,2). The intensity of the histologic gastritis (inflammation) of the excluded stomach and the proximal pouch was associated to the presence of Helicobacter pylori (p < 0,05). All positive Helicobacter pylori patients in the excluded stomach were also positive in the proximal pouch (p = 0,0005). There were no complications during or after the procedure of double balloon endoscopy. In conclusion, the double balloon method has good success rate of access to the excluded stomach after vertical banded Roux-en-Y gastric bypass; the endoscopic and histologic findings indicate high prevalence of chronic gastritis, atrophy and intestinal metaplasia in the excluded stomach in this selected population; the Helicobacter pylori is present in the excluded stomach after Roux-en-Y gastric bypass; all patients positive for Helicobacter pylori in the excluded stomach were positive in the proximal pouch; and the intensity of inflammation of the excluded stomach and the proximal pouch associate with the presence of Helicobacter pylori.
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Bons e maus resultados de perda e manutenção do peso após colocação da banda gástrica ajustável: o que o discurso do paciente revela / Good and poor outcomes following adjustable gastric banding: what the patient s feedback reveals

Scavone, Flávia de Souza 21 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:40:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Flavia de Souza Scavone.pdf: 1468651 bytes, checksum: d5ee7e1fa5a0a6c904942e4c28be2c3a (MD5) Previous issue date: 2010-05-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aims to observe the differences in the feedback of the patients who had good and poor outcomes following adjustable gastric banding (AGB). In-depth interviews were conducted with thirty patients (22 women), from 20 to 73 years old, who had AGB within the past 24 to 92 months. Patients were split into two groups of 15: good outcomes were considered percentage of excess weight loss (%EWL) > 40% and, poor outcomes %EWL £40%. The answers were divided into categories. Statistical analysis was performed (Fischer s Exact Test and X² Test) to test the statistical differences between categories and groups (p £ 0,05). The significant results were qualitatively analyzed based on the theoretical guidelines of analytical psychology and the Jungian approach to psychosomatic illness. Analyzing differences among patients feedback, a relationship between psychological aspects and the outcomes of the AGB was observed. The decision to have AGB based on heath-related issues, psychological treatment, a better understanding of the use of food as a defense mechanism and the development of others strategies to deal with stress was related to good outcomes. Unrealistic expectations to the AGB outcomes, leaving treatment, conflictive relationship with medical team, stressful situations and high intake of sweets were related to poor outcomes. It was understood that the patients from the group with poor results had more difficulty elaborating on the many psychological aspects that are directly related to their eating behavior. This understanding suggests how important is to have psychological guidance after bariatric surgery to achieving good outcomes / Este estudo visa observar diferenças no discurso dos pacientes com bons e maus resultados após colocação da banda gástrica ajustável (BGA). Para isso, foi realizada entrevista semidirigida com trinta pacientes (22 mulheres), entre 20 e 73 anos e com tempo de pós-operatório entre 24 e 92 meses. Os entrevistados foram divididos em dois grupos de quinze, de acordo com critério de divisão em que bons resultados foram considerados porcentagem de perda do excesso de peso (%PEP) > 40% e maus resultados, %PEP £ 40%. As respostas das questões abertas foram transformadas em categorias e realizou-se análise estatística (Teste Exato de Fischer e Teste do x²) buscando diferenças significativas entre as categorias e os grupos (p £ 0,05). As diferenças foram analisadas por meio do referencial teórico da Psicologia Analítica e do modelo da psicossomática junguiana. Foram observadas diferenças no discurso dos pacientes, sugerindo relação entre aspectos psicológicos e resultados pós-cirúrgicos. Escolher o tratamento por preocupações com a saúde, fazer acompanhamento psicológico, compreender o comer demais como mecanismo de defesa e desenvolver outras estratégias para lidar com o estresse foram relacionados a bons resultados. Expectativas irreais sobre os resultados, passar por situações de estresse, abandono precoce do tratamento, não ter bom relacionamento com a equipe e alto consumo de doces foram relacionados a maus resultados. Compreende-se que o grupo dos maus resultados apresentou dificuldade em elaborar os aspectos psicológicos relacionados ao comportamento alimentar, sugerindo a importância do acompanhamento psicológico na busca de melhores resultados após cirurgia bariátrica
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Diagnostische Varianzen bei Ösophagus- und Magentumoren / Diagnostic variances in esophageal and gastric tumors

Diekhoff, Maria 10 April 2019 (has links)
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