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O Heitor de Homero e as diversas faces do medo /Fortuna, Gabriel Galdino. January 2015 (has links)
Orientador: Maria Celeste Consolin Dezotti / Banca: Luiz Carlos André Mangia Silva / Banca: Fernando Brandão dos Santos / Resumo: Este trabalho tem por objetivo expor os elementos culturais responsáveis por construir e delimitar a figura do herói homérico. Para tanto, selecionou-se uma das personagens mais importantes da Ilíada, Heitor, um guerreiro que por atuar em vários âmbitos torna-se capaz de representar o maior número possível de personagens presentes no épico. Para que este estudo atinja tais objetivos, investiu-se em uma análise que investigasse a personagem citada baseada em suas reações primeiras e mais sinceras, ou seja, àquelas relacionadas ao medo. Optou-se pelo medo devido a sua constante e destacada presença no contexto bélico em que a Ilíada é trabalhada, além disso, a interação que esta emoção possui com o herói homérico foi capaz de compilar todos os elementos motivadores de Heitor e, consequentemente, funcionar como um recurso para a compreensão do herói. Esta função "catalisadora" de valores que o medo possui surgiu por intermédio da visão aristotélica e socrática que possibilitou a distinção e compreensão dos demais conceitos que são indissociáveis a esta emoção, como a coragem, a confiança, a covardia e a alienação. A combinação entre Heitor e o medo foi uma escolha que provou ser fundamental para executar o estudo analítico do herói homérico, visto que não há nada mais coerente para se compreender o herói do que confrontar a emoção capaz de reunir o maior número de valores possíveis com a personagem capaz de atuar em várias situações distintas, constituindo um perfeito modelo que pudesse ser usado como reflexo dos demais heróis da narrativa. A exposição de como o medo se articula com o herói levou ao esclarecimento de que esta emoção é capaz de atuar paradoxalmente, pois assim como pode levar o guerreiro ao caminho da desonra, sem ela, não existiria coragem para que a glória pudesse ser atingida. Diante destas indagações, afirma-se que o texto a seguir trabalhará com uma... / Abstract: This work aims to expose the cultural elements responsible for constructing and defining the figure of the Homeric hero. Therefore, it was selected one of the most important characters in the Iliad, Hector, a warrior who, by acting in various ambits, becomes able to represent as many characters as possible present in the epic. In order that the study reach these goals, we have invested in an analysis to investigate the quoted character based on his first and most sincere reactions, that is, those related to fear. We chose fear because of its constant and detached presence in the bellicose context in which the Iliad is worked, moreover, the interaction this emotion owns with the Homeric hero was able to compile all the motivator elements of Hector and, consequently, works as a resource for understanding of the hero. This "catalyst" function of values that fear has, emerged through the Aristotelian and Socratic views, that enabled the distinction and understanding of other concepts that are inextricably linked to that emotion, such as courage, confidence, cowardice and alienation. The combination between Hector and fear was a choice that was fundamental to execute the analytical study of the Homeric hero, since there is nothing more coherent to understand the hero than to confront the emotion able to gather as much values as possible with the character, able to act in several different situations, becoming a perfect model that could be used as a reflection of the other heroes of the narrative. The exposition of how fear becomes linked to the hero led to the clarification that this emotion is able to act paradoxically, since as well as it can take the warrior to path of dishonor, without it, there would not be courage in order that glory could be achieved. Toward these questions, we affirm that the following text will work with an ambiguous emotion related to a paradoxical character, after all, the Homeric hero is a mythical and... / Mestre
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A presença do simbolo e do mito no mundo contemporaneo : representações no cinemaNaves, Mauro Brilharinho 19 February 2001 (has links)
Orientador: Everardo Duarte Nunes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-31T16:55:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2001 / Resumo: o autor estuda a presença de símbolos e mitos no mundo contemporâneo a partir de uma seleção de filmes deste período. O trabalho tem início com uma revisão das formulações sobre símbolos e mitos, segundo os diversos autores, ao longo dos tempos. Opta pelo conceito de símbolo de Paul Ricouer e por uma concepção de mito como desdobramento dinâmico e dramático dos símbolos. A partir de vários autores que estudaram os símbolos e mitos no mundo atual, elabora um protocolo de avaliação do material cultural representado por uma seleção de filmes. Seu pressuposto é de que material simbólico e mítico relevante pode ser encontrado nas produções culturais contemporâneas e de que o roteiro que elaborou permitirá avaliar este material. Apresenta a análise de 21 filmes, que são tabulados em seguida. Conclui que estão presentes elementos simbólicos e míticos relevantes nos filmes analisados, sendo que ,estes satisfazem total ou parcialmente os critérios do protocolo de avaliação utilizado. O material simbólico e mítico encontrado apresenta temática variada, sem que se encontre, do ponto de vista do conteúdo, um denominador comum, como os deuses do Olimpo, na mitologia grega. Que o material encontrado, a despeito do conteúdo heterogêneo, apresenta temas formalmente semelhantes como os heróis, os aspectos da natureza e da cultura. Que heróis continuam apresentando-se, sob uma roupagem moderna, como modelos para o desenvolvimento humano. Que a abordagem dos temas relacionados com a tecnologia sugere que este avanço técnico necessita ser mediado culturalmente, ou seja, na linguagem mítica, permitido pelos deuses e orientado pelos heróis que estabelecem o modelo exemplar das ações humanas. O material obtido sugere que as criações culturais do homem no campo dos rituais de passagem, como casamento, entrada no mundo adulto, funerais, estão sendo transformados, mas o espírito humano continua insistindo no ritual que acomoda o conteúdo e faz a ligação com o universal. O material examinado sugere que, no âmbito do estudo realizado, a uniformidade de algumas manifestações do espírito humano é constatada e se coloca acima das culturas singulares. Conclui, ainda, que as práticas psicoterapêuticas contemporâneas necessitam incorporar o estudo e a utilização do conhecimento da simbologia e mitologia atuais para o atendimento mais adequado de sua clientela, cuja demanda pode ser descrita comoa busca,porparte de cadaum,de seumitoindividual / Abstract: The author studies the presence of symbols and myths in the contemporary world deriving it ftom an analysis of movies dating ftom this period. The study begins with a review of fonnulations about symbolsand myths, following different authors along the time. He chooses Paul Ricouer's concept of symbol and a conception of myth as a dramatic unfolding of symbols.Deriving ftom many authors who studied present day world symbols and myths he elaborates a cultural material evaluation itinerary represented by a selection of movies. Ris assumption is that symbolic and mythic material can be found in contemporary cultural productions and the itinerary will allow to evaluate this material. He presents the analysis of 21 contemporary movies, which are afterwards tabulated. He concludes that the presence of symbolic and mythic elements is verified in the analyzed movies, satisfying totally or partially the evaluation protocol criteria that were utilized. Symbolic and mythic material found are spread among varied themes, without coming across a common denominator on the content point of view. What is found is that a. the material analyzed, despite the heterogeneous content, shows fonnally similarthemes like the heroes, nature and culture aspects; b. heroes continue to be presented, under modem clothing, as models for human development; c. the approach of technology-related topics suggests that this technical advancement needs to be culturally mediated, meaning, allowed by gods and oriented by heroes which establish the exemplary model of human actions. Gathered material suggests that man's cultural creation in the field of passage rituals, like marriage, entrance to adult world, funerals are being transfonned, but the human spirit continues to insist in the ritual that accomodates the content and makes the connection with the universal aspectoExamined material suggests that, in the scope of the study that was penonned, uniformity of some human spirit manifestations is seen and is found above singular cultures; d. contemporary psychotherapeutic practices need to incorporate the study and utilization of up-to-date symbology and mythology for better serving its clientele, whose demand can be described as the search for, by each and every one, his/her individualmyth / Doutorado / Saude Mental / Doutor em Ciências Médicas
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O herói: uma mitologia da vida cotidianaCampos, Maria do Socorro Maia Chaves Arrais January 1989 (has links)
Submitted by Estagiário SPT BMHS (spt@fgv.br) on 2012-03-27T13:39:43Z
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000055270.pdf: 2127958 bytes, checksum: df1ce45d519ab8464e0d80f1e9fa7927 (MD5) / O presente estudo teve por objetivo, através da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, configurar a emergência do mito do herói no desenvolvimento psicológico do homem contemporâneo, vinculando-o a uma perspectiva simbólica. Observou-se que as forças simbólicas, através das quais os mitos se expressam, não perderam importância para a humanidade, mas ao contrário, servem como mediadores entre os processos conscientes e inconscientes. A dimensão arquetípica reconduz o ser humano a experiências vividas repetidamente durante milênios, na tentativa de situá-lo na sua condição de ser participante do mundo, em que vive. A mudança é apenas no modo como o mito é pontoado em sua determinada época. A validade do simbolismo arquetípico do herói, com muita propriedade, projeta-se através dessa demanda, porque sua manifestação ocorre em todos os locais e culturas inscrevendo sua característica universal ou coletiva. Na realização desta pesquisa foi utilizado o Teste de Apercepção Temática de Murray e relatos de sonhos coletados de um grupo de 27 pessoas, das quais quinze são do sexo feminino e doze do sexo masculino, adultas e normais no tocante aos aspectos de natureza psicológica do ser humano. As narrativas de histórias do TAT e os sonhos apresentados foram utilizados a guisa de ratificar a teorização aqui exposta. Este estudo constatou dentro de uma relativa elasticidade do modelo analítico, a emergência do mito do herói de maneira transparente, tanto nas histórias como nos sonhos que é o modo específico do inconsciente se comunicar com a consciência numa linguagem metaforizada, dialetizada, mas que fornece senhas que facilitam ir aos conteúdos e motivos básicos da totalidade psíquica. Finalmente, buscou a compreensão do significado psicológico da polaridade do mito do herói no desenvolvimento da personalidade, descrevendo as três etapas da trajetória e evolução do herói, interligando histórias e sonhos, que remetem ao processo de individualização e conduz o indivíduo a retomada de um viver mais maduro, consequente e sobretudo singular.
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Corpos sobreviventes : o heroi e o vilão burgues na obra "A queda de Murdock"Zancha, Daniel 28 February 2005 (has links)
Orientador: Carlos Eduardo Albuquerque Miranda / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-04T07:18:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Esta dissertação passeará por discussões do corpo sobrevivente. Especificamente pelos corpos do herói e vilão na obra de história em quadrinhos ¿A queda de Murdock¿. Corpos habilidosos, de virtudes e vícios, construídos no limite das forças. Como inquietação pretendo dialogar sobre estes corpos inseridos na sociedade burguesa, na cidade, educados em estética e política por ideologias. Encontrar fragmentos e permanências no tempo destes corpos ocidentais urbanos, e ao me deparar com sinais nestes corpos, tentar entender o corpo no limiar, a beleza e os valores que despertam aos olhos de quem os espreita / Abstract: This thesis walks around discussions of the survival body. More specifically over the hero¿s and villain¿s bodies in the comic book ¿Born Again¿. Skillful bodies, of virtues and addictions, built on the borders of strength. As for questioning, I intend to discuss over these bodies inserted in the burgher society, in the city, educated in aesthetics and politics by ideologies. To find fragments and permanence in the time of this western urban bodies, and by facing signals in such bodies, to try to understand the body in its margins, the beauty and values which arise before the eyes of those who watch them / Mestrado / Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte / Mestre em Educação
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A figura do herói antigo nas crônicas medievais da Península Ibérica (séculos XIII e XIV) /Almeida, Simone Ferreira Gomes de. January 2011 (has links)
Orientador: Susani Silveira Lemos França / Banca: Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva / Banca: Tania da Costa Garcia / Resumo: O propósito deste trabalho é analisar a retomada da figura do Herói clássico, procedente das obras de Homero, nas crônicas ibéricas da baixa Idade Média. Especificamente, restringir-nos-emos aos séculos XIII e XIV, visto que as crônicas ibéricas produzidas nesse período se conduziram pelo desígnio comum de construir uma boa imagem de seus reis, além de se preocuparem em legitimar a reconquista da Península aos mouros. Tal construção historiográfica foi um dos recursos utilizados na tentativa de consolidação de um sentimento de nacionalidade ibérica, que não se confunde ainda nessa altura com consciência nacional, mas permite já notar o fortalecimento dos sentimentos regionalistas e dinásticos. Buscamos perceber a forma de retomada da imagem do herói grego, levando em conta o conceito de virtude cristianizado e alimentado pela moral cavaleiresca, então em voga. Nossa principal fonte de estudo é a Crônica Troiana, pois trata-se do escrito medieval que retoma e redefine de forma mais completa as histórias da mitologia e da épica antiga. Propomo-nos pensar sobre o que pode ter estimulado o interesse dos compiladores da corte de Afonso XI pela história troiana, as alterações valorativas no que diz respeito ao modo como a lenda passou a ser contada na Idade Média e como a figura heroica passou a ser identificada com os santos e os reis. A partir, pois, do exame da configuração dessa Crônica Troiana e das fontes de que fez uso, procuramos notar certa persistência de valores antigos na forma de afirmação do poder real nos referidos séculos medievais. Além desse relato originário da corte de Afonso XI de Castela, procuraremos interrogar a figura do herói na General Estoria de Afonso X e na Crônica Geral de Espanha de 1344, do conde Pedro de Barcelos, que apresentam histórias sobre as aventuras de seus antepassados, indicandoos como modelos a serem seguidos. / Abstract: The purpose of this research is to analyze the resumption of the classic hero image, present in Homer's texts, into the Iberian chronicles of low Middle Ages. Specifically, we will get focus into the XIIIth and XIVth centuries, in as much as the Iberian chronicles that have been made in this period had as identity the assign of building a good image of their kings. This movement delineates an attempt for the consolidation of Iberian nationality feelings - but, is important to highlight, it cannot be confused with the national knowingness of Absolutists States - it allows us to notice the reinforcement of the regionalist and dynastic feelings. We seek to perceive the meaning alteration from the Greek hero for the medieval hero, taking in account the concept of virtue considered in Middle Ages for the "men's ideal type" in the chronicles, from the chivalrous moral in craze. For that, we will employ the Crónica Troiana, since this is the medieval write which better represents the histories of mythology and ancient epic. Our first interest consists of thinking about how the Crónica Troiana was made and from witch papers it could born. Beyond this one, produced in Alfonso's XI court (in Castile) we intend to argue about the hero picture in General Estoria of Alfonso X and in La Crónica Geral de Espanha de 1334, written by Dom Pedro, Count of Barcelos. Those papers present us histories about their ancestors and bounces that they are models to be followed. We also propound to think about the reasons that encouraged the compilers from Alfonso's XI court to write about Trojan history, the different moral values present in the way the legend was narrated in times and, in the end, the incidence in Middle Ages of other models that can correspond to a heroic figure, as the saints and the kings. / Mestre
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Literatura de Cordel e a construção subjetiva do herói / Pamphlet Literature and subjective construction Hero (Inglês)Machado, Daniela Lucia Cavalcante 12 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-12 / The Pamphlet Literature, poetic narrative production, comes as an expression of
social communication whose intercession brought a socio-historical and cultural
valuesmeeting. Reproducing and disseminating social representations of the
backcountry people, their values and their identities, produces knowledge, senses
and meanings, collaborating for the restructuring of social reality.The goal of this
dissertation was to identify, through the analysis of cordel pamphlets, how it
produces and represents the hero, his voice and his speech. Trying to achieve this
goal, we selected a corpus of two cordel pamphlets, performing the due clipping to
speech sequences which verse specifically on the subject of hero, always focusing
on the repetition of heroic passages of the character chosen to illustrate this study:
Lampião.To prepare the construction proposed it was used a pamphlet literature
history through the centuries until its emergence in northeastern Brazil, in the first
chapter.In the second chapter,sought to establish the importance of the character in
narratives and understanding the recurrent features of hero presented in studies of
the psychoanalyst Otto Rank, 2008, and the anthropologist Joseph Campbell, 1949
and 1990,chasing out clues that point to the northeastern hero marks present on
pamphlet literature. In the third chapter,aimed to understand narratives about the
hero, identifying recurring features in subjective cordel poets productions.
Keywords: pamphlet literature; subjectivity; hero. / A Literatura de Cordel, produção narrativa poética, surge como expressão de
comunicação social propiciadora de reunião de valores sócio-históricos e culturais.
Reproduzindo e disseminando representações sociais do povo do sertão, seus
valores e suas identidades, produzem saberes, sentidos e significados, colaborando
para a reestruturação da realidade social. O objetivo desta dissertação consistiu em
identificar, por meio da análise de folhetos de cordel, como se produz e se
representa o herói, sua voz e seu discurso. Intentando alcançar esse objetivo,
lançou-se mão de um corpus de dois folhetos de cordel, realizando o devido recorte
das sequências do discurso que versam especificamente sobre o tema do herói,
sempre enfocando a recorrência das passagens heroicas do personagem escolhido
para ilustrar este estudo: Lampião. Para elaborar a construção proposta,realizou-se
um histórico da literatura de cordel através dos séculos até seu surgimento no
nordeste do Brasil. E depois, buscou-se estabelecer a importância da personagem
nas narrativas e a compreensão das características recorrentes do herói
apresentadas nos estudos do psicanalista Otto Rank, 2008 e do antropólogo Joseph
Campbell, 1949 e 1990, perseguindo indícios que apontassem para as marcas do
herói nordestino presentes na literatura de cordel. Em seguida, propôs-se
compreender narrativas que versam sobre o herói, identificando características
recorrentes nas produções subjetivas dos poetas de cordel.
Palavras-chave: literatura de cordel; subjetividade; herói.
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O Heitor de Homero e as diversas faces do medoFortuna, Gabriel Galdino [UNESP] 04 May 2015 (has links) (PDF)
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000846438.pdf: 693270 bytes, checksum: a479cabf4914bd699a70bd4fda17d029 (MD5) / Este trabalho tem por objetivo expor os elementos culturais responsáveis por construir e delimitar a figura do herói homérico. Para tanto, selecionou-se uma das personagens mais importantes da Ilíada, Heitor, um guerreiro que por atuar em vários âmbitos torna-se capaz de representar o maior número possível de personagens presentes no épico. Para que este estudo atinja tais objetivos, investiu-se em uma análise que investigasse a personagem citada baseada em suas reações primeiras e mais sinceras, ou seja, àquelas relacionadas ao medo. Optou-se pelo medo devido a sua constante e destacada presença no contexto bélico em que a Ilíada é trabalhada, além disso, a interação que esta emoção possui com o herói homérico foi capaz de compilar todos os elementos motivadores de Heitor e, consequentemente, funcionar como um recurso para a compreensão do herói. Esta função catalisadora de valores que o medo possui surgiu por intermédio da visão aristotélica e socrática que possibilitou a distinção e compreensão dos demais conceitos que são indissociáveis a esta emoção, como a coragem, a confiança, a covardia e a alienação. A combinação entre Heitor e o medo foi uma escolha que provou ser fundamental para executar o estudo analítico do herói homérico, visto que não há nada mais coerente para se compreender o herói do que confrontar a emoção capaz de reunir o maior número de valores possíveis com a personagem capaz de atuar em várias situações distintas, constituindo um perfeito modelo que pudesse ser usado como reflexo dos demais heróis da narrativa. A exposição de como o medo se articula com o herói levou ao esclarecimento de que esta emoção é capaz de atuar paradoxalmente, pois assim como pode levar o guerreiro ao caminho da desonra, sem ela, não existiria coragem para que a glória pudesse ser atingida. Diante destas indagações, afirma-se que o texto a seguir trabalhará com uma... / This work aims to expose the cultural elements responsible for constructing and defining the figure of the Homeric hero. Therefore, it was selected one of the most important characters in the Iliad, Hector, a warrior who, by acting in various ambits, becomes able to represent as many characters as possible present in the epic. In order that the study reach these goals, we have invested in an analysis to investigate the quoted character based on his first and most sincere reactions, that is, those related to fear. We chose fear because of its constant and detached presence in the bellicose context in which the Iliad is worked, moreover, the interaction this emotion owns with the Homeric hero was able to compile all the motivator elements of Hector and, consequently, works as a resource for understanding of the hero. This catalyst function of values that fear has, emerged through the Aristotelian and Socratic views, that enabled the distinction and understanding of other concepts that are inextricably linked to that emotion, such as courage, confidence, cowardice and alienation. The combination between Hector and fear was a choice that was fundamental to execute the analytical study of the Homeric hero, since there is nothing more coherent to understand the hero than to confront the emotion able to gather as much values as possible with the character, able to act in several different situations, becoming a perfect model that could be used as a reflection of the other heroes of the narrative. The exposition of how fear becomes linked to the hero led to the clarification that this emotion is able to act paradoxically, since as well as it can take the warrior to path of dishonor, without it, there would not be courage in order that glory could be achieved. Toward these questions, we affirm that the following text will work with an ambiguous emotion related to a paradoxical character, after all, the Homeric hero is a mythical and...
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Outros cantos, começa agora, deusa : as representações de Jasão e a epopeia de Valério Flaco /Mello, Jéssica Frutuoso. January 2019 (has links)
Orientador: Brunno Vinicius Gonçalves Vieira / Banca: Márcio Meirelles Gouvêa Júnior / Banca: Márcio Thamos / Resumo: Considerando as múltiplas representações que o herói Jasão recebe desde a Antiguidade, escolheu-se a epopeia de Valério Flaco, autor do século I d.C., como principal objeto de análise para refletir sobre a construção do líder dos argonautas. Oferece-se um panorama dos autores que trabalham com as narrativas relacionadas ao herói em obras literárias anteriores a Flaco, de modo a que se possa ter uma visão geral da tradição que foi construída acerca do herói e das diferenças que existem na abordagem do mito, o que poderia impactar a construção do herói. Nessa exposição, dá-se destaque à obra de Apolônio de Rodes, por ser considerada um marco no que se refere a essa construção, tendo em vista que o poeta trata da viagem dos argonautas em gênero épico, o que permitiria um maior detalhamento acerca de diversos aspectos do mito que poderiam não ser possíveis em um gênero mais curto, não predominantemente narrativo e em que a figura central não fosse o herói. Aborda-se a representação dada a Jasão por Valério Flaco, confrontando o herói, intrinsecamente, a seus companheiros de viagem e, extrinsecamente, a seus antecessores, de modo a refletir sobre essa nova inserção do herói em gênero épico em contexto latino. Assim, pretende-se analisar tanto a construção do herói isoladamente na obra em que está inserido quanto, ao mostrar as diversas possibilidades oferecidas por poetas anteriores, quais versões Valério Flaco poderia ter explorado, seja por um processo de eleição de modelo a ser... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Considering the multiple representations that the hero Jason received since Antiquity, the epic of Valerius Flaccus, a first century AD author, was chosen as the main object of analysis to reflect on the construction of the leader of the Argonauts. It is offered an overview of the authors who work with the narratives related to the hero in literary works previous to Flaccus, so that the reader can have an overview of the tradition that was constructed about the hero and the possible differences in the approach of the myth, which could affect his construction. In this exhibition, the work of Apollonius of Rhodes is emphasized as it's considered a mark in regard to this construction, given that the poet deals with the Argonauts' journey in epic genre, which would allow greater detail about various aspects of the myth that might not be possible in a shorter genre, in which the narrative was not predominant and the central figure was not the hero. The representation given to Jason by Valerius Flaccus is dealt confronting the hero intrinsically to his fellows and extrinsically to his predecessors in order to reflect on his new insertion in the epic genre in Latin context. Thus, it is intended to analyze both the construction of the hero alone in the work in which he is inserted and, by showing the various possibilities offered by previous poets, which versions Valerius Flaccus could have explored, either by a process of election of a model to be followed, affiliating to a traditio... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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A recepção do mito de Heráclio por Gautier d'Arras /Souza, Guilherme Queiroz de. January 2014 (has links)
Orientador: Ruy de Oliveira Andrade Filho / Banca: Ana Paula Tavares Magalhães / Banca: Terezinha Oliveira / Banca: Celso Taveira / Banca: Ricardo Gião Bortolotti / Resumo: Esta tese analisa a recepção do mito do basileus Heráclio (c. 575-641) pelo clérigo francês Gautier d'Arras. Em Eracle (fim do século XII), romance octossilábico tripartite (6570 versos), Gautier adaptou a trajetória biográfica do soberano bizantino, do nascimento à morte. Especialmente na terceira parte da obra, o autor baseou-se na Reversio Sanctae Crucis, texto litúrgico que popularizou o mito heracliano no imaginário cristão ocidental. Na Reversio, cuja autoria era atribuída ao carolíngio Rábano Mauro, celebram-se o triunfo de Heráclio contra os persas e a recuperação da relíquia da Santa Cruz e de Jerusalém. Inicialmente analisamos o nascimento do mito em três autores da Alta Idade Média ocidental: dois da "tradição histórica" (Fredegário e o Cronista Moçárabe) e um da "tradição lendária" (Pseudo-Rábano). Depois, entramos no cerne da tese, com o exame da recepção e "literarização" da figura mítica de Heráclio por Gautier. Influenciado por uma linguagem simbólica, o clérigo introduziu as etapas da infância/juventude do herói (1ª parte do romance) e adaptou a narrativa da Reversio (3ª parte do romance). Com seu talento literário e liberdade imaginativa, Gautier potencializou determinadas características do basileus e originalmente inseriu outras, o que resultou num personagem singular. Da mesma forma, a "atualização" do conteúdo da Reversio tornou o governante bizantino um homem mais familiar ao público do século XII / Abstract: This thesis analyzes the reception of the myth of the basileus Heraclius (ca. 575-641) by the French cleric Gautier d'Arras. In Eracle (late 12th century), tripartite octosyllabic romance (6570 verses), Gautier adapted the biographical trajectory of the Byzantine ruler, from his birth to his death. Especially in the third part of the work, the author was based in the Reversio Sanctae Crucis, liturgical text that popularized the Heraclian myth in the Western Christian imaginary. In Reversio, whose authorship was attributed to the Carolingian Rabanus Maurus, are celebrated the triumph of Heraclius against the Persians and the recovery of the relic of the Holy Cross and of Jerusalem. Initially we analyze the origin of the myth in three authors of the Western Early Middle Ages: two from "historical tradition" (Fredegar and Mozarabic Chronicler) and one from "legendary tradition" (Pseudo-Rabanus). Then, we enter into the core of the thesis, with the exam of the reception and "literarization" of the mythical figure of Heraclius by Gautier d'Arras. Influenced by a symbolic language, the cleric introduced the stages of the hero's childhood/youth (1st part of the romance) and adapted the narrative of the Reversio (3rd part of the romance). With his literary talent and imaginative freedom, Gautier potentiated certain characteristics of the basileus and originally introduced others, which resulted in a singular character. In the same way, the "update" of Reversio content became the Byzantine ruler a more familiar man to the public of the 12th century / Doutor
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Carreira de presidentes de empresas: a jornada do herói corporativo / Career of CEOs: the journey of the corporate heroSilva, Maria Tereza Gomes da 02 October 2012 (has links)
Quem acompanha o noticiário de negócios já se acostumou com as manchetes sobre os executivos e suas incríveis realizações profissionais. Eles tiram empresas da falência, salvam empregos, investem milhões, são recebidos por presidentes e ministros. Sua ascensão ao longo do século XX acompanhou a evolução da administração de empresas como ciência pesquisada por nomes como Jules Henri Fayol, Henry Ford, Frederick Taylor e Peter Drucker. Todos tentaram explicar a forma como o executivo trabalhava e, como consequência, como as organizações poderiam obter mais sucesso. Ao mesmo tempo em que subiam na hierarquia social - Drucker chegou a chamá-los de \"indispensáveis\" ao sucesso econômico -, um novo campo de estudos se desenvolveu para entender como suas carreiras aconteciam, progrediam, seja dentro ou fora das empresas. Os estudos de carreira se intensificaram a partir dos anos 1970, coincidindo com as mudanças econômicas, sociais e tecnológicas que agitaram o mundo e exigiram uma nova postura dos profissionais frente a sua carreira. No coração das empresas, as relações de emprego passaram de estáveis para instáveis, de duradouras para efêmeras. Nesse contexto de ascensão dos executivos, um cargo em especial passou a representar as aspirações de toda uma categoria: a presidência da empresa. Chegar ao topo da hierarquia organizacional significava obter os símbolos de status e poder de alguém com capacidade para decidir o destino de pessoas e empresas. Em outras palavras, alcançava o imaginário coletivo de herói corporativo, aquele que venceu todos os obstáculos rumo ao sucesso. O objetivo central deste trabalho é o de verificar se os presidentes de empresa, ao falarem de sua trajetória profissional, também se colocam na posição de herói, representando o papel que a sociedade espera deles. Realizou-se um estudo qualitativo por meio da análise de conteúdo em doze entrevistas dirigidas, concedidas por presidentes de empresa para um programa de televisão, no qual responderam a perguntas abertas sobre sua história pessoal e profissional. Constatou-se que o relato público do presidente sobre a sua trajetória possui elementos que estão presentes no conceito de monomito do herói descrito por Joseph Campbell. Foi possível encontrar na narrativa dos presidentes características compatíveis com todas as 17 etapas da jornada do herói - desde o chamado à aventura até o retorno após as conquistas. Tais etapas - que ilustram o conceito de monomito - foram usadas como categorias de análise, assim como \"mundo comum\", que examina o período anterior ao início da jornada do herói. Foram analisados, ainda, os discursos dos presidentes sobre carreira e liderança, de maneira generalizada e em relação a suas próprias experiências. Esses resultados sugerem que o presidente de empresa, quando fala publicamente sobre sua trajetória, incorpora o papel de herói corporativo. / Those who follow the business news have got used to headlines about executives and their incredible professional accomplishments. They take companies from bankruptcy, save jobs, invest millions, and are received by presidents and ministers. Their ascension to the twentieth century followed the evolution of business administration as a science searched by names such as Jules Henri Fayol, Henry Ford, Frederick Taylor e Peter Drucker. Everyone tried to explain how the executive used to work and as a consequence, such organizations could be more successful. While they climbed the social hierarchy - Drucker called them \"essential\" to economic success - a new field of study developed to understand how their careers developed, whether inside or outside companies. Career studies have intensified since the 1970s, coinciding with the economic, social and technological changes that shook the world and demanded a new attitude of the professionals in their careers. At the heart of business, employment relations went from stable to unstable, from everlasting to ephemeral. In this executive rising context, an office in particular has come to represent the aspirations of an entire category: the presidency of the company. Reaching the top of the organizational hierarchy meant getting the symbols of status and power of someone with the ability to decide the destiny of individuals and companies. In other words, it reached the collective imagination of the corporate hero, who overcame all obstacles to succeed. The main objective of this paper is to verify that CEOs, when talking of their careers, also pose as the hero figure, playing the role that society expects of them. A qualitative study was carried out using content analysis of twelve directed interviews granted by corporate CEOs for a television program, in which they responded to open-ended questions about their personal and professional history. It was found that the CEO\'s public reporting on their path has elements that are present in the concept of the hero monomyth described by Joseph Campbell. It was possible to find in the narrative of these CEOs features that are compatible with all 17 steps of a hero\'s journey - from the call to adventure to the return after the conquests. These steps - which illustrate the concept of the monomyth - were used as categories of analysis, along with the \"ordinary world\", which examines the period before the start of the hero\'s journey. We also analyzed the CEOs\' speeches on career and leadership, both generally and with regards to their own experiences. These results suggest that CEOs, when speaking publicly about their careers, personify the role of the corporate hero.
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