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Gênero e sexualidade na revista Sexy : um roteiro para a masculinidade heterossexualCâmara, Adriane Peixoto January 2007 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo principal problematizar a revista Sexy como um roteiro para a masculinidade heterossexual. Para tal, foi selecionado como corpus de análise o ano de 2005 da referida revista, num total de doze edições. O referencial teórico deste trabalho é o dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais de inspiração pós-estruturalista. Este trabalho opera um conjunto de conceitos, tais como gênero, sexualidade, masculinidade, representação. O recurso que orientou a aproximação com o material empírico foi analisar, ao longo das doze edições, tudo o que a revista disponibilizou (mensalmente) para seus leitores masculinos, a saber: as reportagens sobre comportamento, sexualidade, viagens, consumo, as entrevistas, informações sobre livros, cinema e DVD, além dos ensaios fotográficos de nu feminino, centrais para a publicação. Também lança um olhar para a relação entre os profissionais que trabalham na revista (homens e mulheres) e os possíveis leitores, observando paulatinamente o desenvolvimento de uma relação de ensinoaprendizagem que a revista estabelece com seus leitores masculinos. Este tipo de exploração do material empírico, que buscou fundamentalmente regularidades, permitiu argumentar que a masculinidade heterossexual, construída culturalmente, é orientada pelos roteiros disponíveis no mercado (ou seja, as inúmeras revistas masculinas que existem atualmente, visam basicamente o entretenimento masculino, incluindo a revista Sexy) em que se exerce com o leitor masculino uma relação pedagógica, ou seja, de ensino-aprendizagem sobre o que é ser um homem heterossexual (em termos de preferências, incluindo as preferências sexuais) e especialmente como se comportar sexualmente. Embora haja um esforço por parte da revista, em sempre delimitar bem os espaços do masculino e do feminino, através da noção de essência, os sentidos atribuídos ao que é ‘essencialmente’ do homem e ao que é ‘essencialmente’ da mulher escapam, sobretudo quando analisamos os lugares das mulheres na publicação. Ou seja, se por um lado, as mulheres ocupam o centro dos desejos eróticos masculinos (especialmente as modelos, atrizes ou cantoras muito jovens), por outro lado, as jornalistas mulheres escreveram e orientaram não somente como os homens devem se relacionar com as outras mulheres, mas também como os homens devem se comportar sexualmente. / This dissertation aims to question the Sexy magazine as a script for the heterosexual masculinity. In order to do so, I selected the magazine’s twelve editions of the year of 2005. The theoretical referential of the work are the Feminist Studies and the Cultural Studies with a post-structuralist influence. This study works with a group of concepts, such as gender, sexuality, masculinity and representation. The resource that guided the approach with the empiric material was the analysis, along the magazine’s twelve editions, of everything that was shown to its male readers, such as reports about behavior, sexuality, trips, consumption, interviews, information on books, movies and DVD, besides the photographies of female nude, the main topic of the magazine. This work also looks at the relationship among the professionals who work in the magazine (men and women) and the possible readers, observing the development of a ‘teachinglearning’ relation that the magazine establishes with its male readers. This type of exploration of the empiric material, which looked for some regularities, enabled me to argue that the heterosexual masculinity - built culturally - is guided by the routes available in the market. In other words, the countless masculine magazines existent nowadays aim at the male entertainment, including the Sexy Magazine. There is a pedagogical relation with the masculine reader, a ‘teaching-learning’ relation concerning what means being a heterosexual man (in terms of preferences, including the sexual preferences), especially how he should behave sexually. Although there is an effort by the magazine in delimiting the spaces of the masculine and the feminine through the notion of essence, the senses attributed to what belongs 'essentially’ to the man and what belongs ‘essentially’ to the woman escape, especially when we analyze the women's places in the magazine. On the one hand, women occupy the center of the masculine erotic desires (especially top models, actresses or very young singers); on the other hand, journalists women wrote and guided not only how men should relate with other women, but also how men should behave sexually.
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Gênero e sexualidade na revista Sexy : um roteiro para a masculinidade heterossexualCâmara, Adriane Peixoto January 2007 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo principal problematizar a revista Sexy como um roteiro para a masculinidade heterossexual. Para tal, foi selecionado como corpus de análise o ano de 2005 da referida revista, num total de doze edições. O referencial teórico deste trabalho é o dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais de inspiração pós-estruturalista. Este trabalho opera um conjunto de conceitos, tais como gênero, sexualidade, masculinidade, representação. O recurso que orientou a aproximação com o material empírico foi analisar, ao longo das doze edições, tudo o que a revista disponibilizou (mensalmente) para seus leitores masculinos, a saber: as reportagens sobre comportamento, sexualidade, viagens, consumo, as entrevistas, informações sobre livros, cinema e DVD, além dos ensaios fotográficos de nu feminino, centrais para a publicação. Também lança um olhar para a relação entre os profissionais que trabalham na revista (homens e mulheres) e os possíveis leitores, observando paulatinamente o desenvolvimento de uma relação de ensinoaprendizagem que a revista estabelece com seus leitores masculinos. Este tipo de exploração do material empírico, que buscou fundamentalmente regularidades, permitiu argumentar que a masculinidade heterossexual, construída culturalmente, é orientada pelos roteiros disponíveis no mercado (ou seja, as inúmeras revistas masculinas que existem atualmente, visam basicamente o entretenimento masculino, incluindo a revista Sexy) em que se exerce com o leitor masculino uma relação pedagógica, ou seja, de ensino-aprendizagem sobre o que é ser um homem heterossexual (em termos de preferências, incluindo as preferências sexuais) e especialmente como se comportar sexualmente. Embora haja um esforço por parte da revista, em sempre delimitar bem os espaços do masculino e do feminino, através da noção de essência, os sentidos atribuídos ao que é ‘essencialmente’ do homem e ao que é ‘essencialmente’ da mulher escapam, sobretudo quando analisamos os lugares das mulheres na publicação. Ou seja, se por um lado, as mulheres ocupam o centro dos desejos eróticos masculinos (especialmente as modelos, atrizes ou cantoras muito jovens), por outro lado, as jornalistas mulheres escreveram e orientaram não somente como os homens devem se relacionar com as outras mulheres, mas também como os homens devem se comportar sexualmente. / This dissertation aims to question the Sexy magazine as a script for the heterosexual masculinity. In order to do so, I selected the magazine’s twelve editions of the year of 2005. The theoretical referential of the work are the Feminist Studies and the Cultural Studies with a post-structuralist influence. This study works with a group of concepts, such as gender, sexuality, masculinity and representation. The resource that guided the approach with the empiric material was the analysis, along the magazine’s twelve editions, of everything that was shown to its male readers, such as reports about behavior, sexuality, trips, consumption, interviews, information on books, movies and DVD, besides the photographies of female nude, the main topic of the magazine. This work also looks at the relationship among the professionals who work in the magazine (men and women) and the possible readers, observing the development of a ‘teachinglearning’ relation that the magazine establishes with its male readers. This type of exploration of the empiric material, which looked for some regularities, enabled me to argue that the heterosexual masculinity - built culturally - is guided by the routes available in the market. In other words, the countless masculine magazines existent nowadays aim at the male entertainment, including the Sexy Magazine. There is a pedagogical relation with the masculine reader, a ‘teaching-learning’ relation concerning what means being a heterosexual man (in terms of preferences, including the sexual preferences), especially how he should behave sexually. Although there is an effort by the magazine in delimiting the spaces of the masculine and the feminine through the notion of essence, the senses attributed to what belongs 'essentially’ to the man and what belongs ‘essentially’ to the woman escape, especially when we analyze the women's places in the magazine. On the one hand, women occupy the center of the masculine erotic desires (especially top models, actresses or very young singers); on the other hand, journalists women wrote and guided not only how men should relate with other women, but also how men should behave sexually.
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Representações de sexualidade no currículo da Nova Escola e a construção do sujeito heterossexualStumpf, Débora Karine January 2003 (has links)
A partir da perspectiva pós-estruturalista e de uma aproximação entre o campo dos Estudos Culturais e algumas contribuições foucaultianas, este estudo analisa a revista Nova Escola, discutindo as representações de sexualidade veiculadas pela revista entre os anos de 1997 e 2001. O foco mais específico desta pesquisa está nas reportagens, sugestões, propostas e exemplos de como trabalhar a temática da sexualidade em sala de aula. Discuto essas “orientações”, especialmente a partir da circulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). A partir de uma análise cultural que coloca no seu centro a noção de poder, problematizo o modo como a sexualidade é representada nos textos da revista. Em suma, interessou-me ver, nesta Dissertação, como o currículo da revista produziu diferentes representações sobre a temática da sexualidade, de modo a reiterar a construção do sujeito heterossexual como sendo a norma.
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Gênero e sexualidade na revista Sexy : um roteiro para a masculinidade heterossexualCâmara, Adriane Peixoto January 2007 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo principal problematizar a revista Sexy como um roteiro para a masculinidade heterossexual. Para tal, foi selecionado como corpus de análise o ano de 2005 da referida revista, num total de doze edições. O referencial teórico deste trabalho é o dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais de inspiração pós-estruturalista. Este trabalho opera um conjunto de conceitos, tais como gênero, sexualidade, masculinidade, representação. O recurso que orientou a aproximação com o material empírico foi analisar, ao longo das doze edições, tudo o que a revista disponibilizou (mensalmente) para seus leitores masculinos, a saber: as reportagens sobre comportamento, sexualidade, viagens, consumo, as entrevistas, informações sobre livros, cinema e DVD, além dos ensaios fotográficos de nu feminino, centrais para a publicação. Também lança um olhar para a relação entre os profissionais que trabalham na revista (homens e mulheres) e os possíveis leitores, observando paulatinamente o desenvolvimento de uma relação de ensinoaprendizagem que a revista estabelece com seus leitores masculinos. Este tipo de exploração do material empírico, que buscou fundamentalmente regularidades, permitiu argumentar que a masculinidade heterossexual, construída culturalmente, é orientada pelos roteiros disponíveis no mercado (ou seja, as inúmeras revistas masculinas que existem atualmente, visam basicamente o entretenimento masculino, incluindo a revista Sexy) em que se exerce com o leitor masculino uma relação pedagógica, ou seja, de ensino-aprendizagem sobre o que é ser um homem heterossexual (em termos de preferências, incluindo as preferências sexuais) e especialmente como se comportar sexualmente. Embora haja um esforço por parte da revista, em sempre delimitar bem os espaços do masculino e do feminino, através da noção de essência, os sentidos atribuídos ao que é ‘essencialmente’ do homem e ao que é ‘essencialmente’ da mulher escapam, sobretudo quando analisamos os lugares das mulheres na publicação. Ou seja, se por um lado, as mulheres ocupam o centro dos desejos eróticos masculinos (especialmente as modelos, atrizes ou cantoras muito jovens), por outro lado, as jornalistas mulheres escreveram e orientaram não somente como os homens devem se relacionar com as outras mulheres, mas também como os homens devem se comportar sexualmente. / This dissertation aims to question the Sexy magazine as a script for the heterosexual masculinity. In order to do so, I selected the magazine’s twelve editions of the year of 2005. The theoretical referential of the work are the Feminist Studies and the Cultural Studies with a post-structuralist influence. This study works with a group of concepts, such as gender, sexuality, masculinity and representation. The resource that guided the approach with the empiric material was the analysis, along the magazine’s twelve editions, of everything that was shown to its male readers, such as reports about behavior, sexuality, trips, consumption, interviews, information on books, movies and DVD, besides the photographies of female nude, the main topic of the magazine. This work also looks at the relationship among the professionals who work in the magazine (men and women) and the possible readers, observing the development of a ‘teachinglearning’ relation that the magazine establishes with its male readers. This type of exploration of the empiric material, which looked for some regularities, enabled me to argue that the heterosexual masculinity - built culturally - is guided by the routes available in the market. In other words, the countless masculine magazines existent nowadays aim at the male entertainment, including the Sexy Magazine. There is a pedagogical relation with the masculine reader, a ‘teaching-learning’ relation concerning what means being a heterosexual man (in terms of preferences, including the sexual preferences), especially how he should behave sexually. Although there is an effort by the magazine in delimiting the spaces of the masculine and the feminine through the notion of essence, the senses attributed to what belongs 'essentially’ to the man and what belongs ‘essentially’ to the woman escape, especially when we analyze the women's places in the magazine. On the one hand, women occupy the center of the masculine erotic desires (especially top models, actresses or very young singers); on the other hand, journalists women wrote and guided not only how men should relate with other women, but also how men should behave sexually.
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Representações de sexualidade no currículo da Nova Escola e a construção do sujeito heterossexualStumpf, Débora Karine January 2003 (has links)
A partir da perspectiva pós-estruturalista e de uma aproximação entre o campo dos Estudos Culturais e algumas contribuições foucaultianas, este estudo analisa a revista Nova Escola, discutindo as representações de sexualidade veiculadas pela revista entre os anos de 1997 e 2001. O foco mais específico desta pesquisa está nas reportagens, sugestões, propostas e exemplos de como trabalhar a temática da sexualidade em sala de aula. Discuto essas “orientações”, especialmente a partir da circulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). A partir de uma análise cultural que coloca no seu centro a noção de poder, problematizo o modo como a sexualidade é representada nos textos da revista. Em suma, interessou-me ver, nesta Dissertação, como o currículo da revista produziu diferentes representações sobre a temática da sexualidade, de modo a reiterar a construção do sujeito heterossexual como sendo a norma.
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Homens heterossexualmente ativos e gerenciamento do risco de infecção pelo HIV no contexto da profilaxia pós-exposição sexual (PEPsexual): experiências em cinco cidades brasileiras / Heterosexually active men and risk management of HIV infection in the context of post-exposure prophylaxis (PEPsexual): experiences in five Brazilian citiesSantos, Lorruan Alves dos 22 February 2019 (has links)
Introdução: As representações coletivas que alicerçam os ideais de masculinidade hegemônica distanciaram os homens heterossexualmente ativos das respostas à epidemia de HIV ao longo das últimas décadas, o que resultou no aumento da vulnerabilidade desses indivíduos em diversos países do mundo, inclusive no Brasil. Entretanto, a partir do paradigma da prevenção combinada, a Profilaxia Pós-exposição Sexual (PEPsexual), bem como outros métodos baseados no uso de antirretrovirais, torna possível novas formas de gerir os riscos de infecção pelo HIV, ao mesmo tempo em que traz novas questões a serem enfrentadas. Objetivos: O objetivo desta pesquisa é caracterizar os homens heterossexualmente ativos e seus comportamentos sexuais, considerando risco e prevenção à infecção pelo HIV, e explorar os significados atribuídos ao risco de contrair HIV e às formas de gerenciamento de risco entre homens heterossexualmente ativos que buscaram a PEPsexual em serviços em cinco cidades brasileiras. Metodologia: O perfil e o comportamento dos homens foram descritos utilizando a abordagem quantitativa, com dados obtidos das consultas iniciais de PEPsexual registradas em prontuários clínicos. Foram analisados todos os homens atendidos nos serviços nos anos de 2014 e 2015, sendo realizada análise descritiva. O significado do risco e o gerenciamento das vivências foram analisados utilizando a abordagem qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade (16) com usuários dos serviços, com foco na situação que levou ao uso do método, bem como as experiências com o uso da PEPsexual. Para a análise dos dados empíricos empregou-se o método de interpretação de sentidos, de acordo com os princípios hermenêuticos-dialéticos. Resultados: Com base nas características descritas no eixo quantitativo, os participantes são, em sua maioria, adultos jovens, com idade média de 31 anos, altamente escolarizados, brancos e sem uso prévio da PEPsexual. A maioria das exposições aconteceu com parceria casual. O uso da camisinha foi mencionado pela maioria dos participantes, no entanto, a falha do preservativo foi o principal motivo pela busca da profilaxia. A maioria dos usuários relatou não conhecer a sorologia da parceria envolvida na exposição sexual, além disso as frequências de testagem sorológica para HIV, Hepatites B e C, Sífilis e Anti-HBs anteriores ao episódio da exposição sexual foram baixas. A análise dos dados qualitativos mostra que a camisinha é o principal e mais acessado método de prevenção à infecção pelo HIV, mas sua efetiva utilização foi condicionada a diversos fatores subjetivos e contextuais. As relações sexuais com parceria estável oferecem maior sensação de proteção, enquanto que a percepção de risco aumenta quando as relações são com parcerias casuais ou em ambientes associados às populações mais vulneráveis à infecção, como profissionais do sexo ou casas de swing. Evitar ou reduzir, ao máximo, o número de relacionamentos extraconjugais, utilizar mais consistentemente o preservativo e buscar informações especializadas emergiram como estratégias amplamente utilizadas pelos participantes. A PEPsexual consistiu numa oportunidade de reflexão acerca da forma de pensar e fazer prevenção não só ao HIV, mas também às outras ISTs. O estigma relacionado ao uso de antirretrovirais e a necessidade de esconder a medicação dos amigos e familiares foram elementos disparadores de autorreflexão acerca das vulnerabilidades pessoais frente à epidemia. Os participantes que planejaram ações concretas e detalhadas de prevenção após uso da PEPsexual foram também aqueles que relataram maior autopercepção do risco individual. Conclusão: As características dos usuários PEPsexual nos cinco serviços investigados revelam que os homens heterossexualmente ativos brancos, altamente escolarizados e jovens são maioria entre aqueles que buscam a profilaxia. No entanto, grande esforço deve ser direcionado às ações de prevenção à infecção pelo HIV entre diferentes segmentos dos homens heterossexualmente ativos, considerando os marcadores sociais de classe, cor, raça e geração. Os ideais de masculinidade hegemônica permearam os discursos de percepção e gerenciamento de risco à infecção pelo vírus. Ações de sensibilização devem ser direcionadas para que tais padrões de masculinidade sejam ressignificados a fim de diminuir a vulnerabilidade dos homens em geral e, mais especificamente, entre os segmentos dos heterossexuais / Introduction: The collective representations that support the ideals of hegemonic masculinity have distanced the heterosexually active men from the responses to the HIV epidemic over the last decades, which has resulted in the increased vulnerability of these individuals in several countries around the world, including Brazil. However, from the new prevention paradigm, Sexual Post-exposure Prophylaxis (PEPsexual), as well as other methods based on the use of antiretrovirals, make possible new ways of managing the risks of HIV infection, while bringing new issues to be addressed. Objectives: The objective of this research is to characterise heterosexually active men and their sexual behaviours, regarding risk and prevention of HIV infection, and to explore the meanings attributed to the risk of contracting HIV and the forms of risk management among heterosexually active men who sought PEPsexual in services in five Brazilian cities. Methodology: The profile and behaviour of the men were described using the quantitative procedure, with data obtained from the initial consultations of sexual PEPs documented in clinical reports. All the records from the men who have searched the services in the years 2014 and 2015 were analysed, and a descriptive analysis was performed. The meaning of risk and the management of the experiences were interpreted using the qualitative approach, through in-depth interviews (16) with users of the services, focusing on the situation that led to the use of the method, as well as the experiences with the use of PEPsexual. For the analysis of the empirical data, the sense interpretation approach was used, according to the hermeneutic-dialectic principles. Results: Based on the characteristics described in the quantitative component, the participants are mostly young adults, with a mean age of 31 years, highly educated, white and without previous use of PEPsexual. Most of the sexual HIV risk behaviours happened with a casual partnership. The use of condoms was mentioned by most of the participants; however, condom failure was the main reason for searching the PEPsexual prophylaxis. Most participants reported not knowing the serology of the partner involved in the sexual encounter and the frequency of serological testing for HIV, Hepatitis B and C, Syphilis and Anti-HBs before the episode of sexual exposure was low. The analysis of qualitative data shows that condoms are the main and most widely used method of HIV prevention, but their effective use has been conditioned by diverse subjective and contextual factors. Stable sexual relations offer a greater sense of protection, while the perception of risk increases when the relationships are with casual partnerships or in environments associated with populations most vulnerable to HIV infection, such as sex workers or swing houses. Avoiding or minimizing the number of extramarital relationships, using condoms more consistently, and seeking specialized information emerged as strategies widely used by participants. PEPsexual consisted of an opportunity for thinking on how to prevent not only HIV but also other STIs. The stigma related to the use of antiretrovirals and the need to hide medication from friends and relatives were self-reflexive triggers about personal vulnerability to the epidemic. Participants who planned concrete and detailed prevention actions after using PEPsexual were also those who reported greater self-perception of individual risk. Conclusion: The characteristics of PEPsexual users in the five services studied reveal that heterosexually active white man, highly educated and young are the majority among those who seek PEPsexual prophylaxis; however, great effort should be focused on actions to prevent HIV infection among different segments of heterosexually active men, regarding the social markers of class, colour, race and generation. The ideals of hegemonic masculinity permeated perceptions and risk management discourses to HIV infection. Preventive actions should be undertaken to replace such masculinity patterns in order to reduce the vulnerability of men in general and, more specifically, among heterosexual segments
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Performatividade de g?nero em O primeiro homem mau, de Miranda JulyMorais, Maria Eug?nia Bonocore 20 January 2017 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-05-23T17:41:07Z
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Previous issue date: 2017-01-20 / Gender technologies are, according to Lauretis (1994), cultural and discursive constructions and they are not a priori in relation to the subject. Though, they cannot also be considered as fixed categories and given by culture. It is precisely within the discursive and cultural character of the gender technologies that such technologies are never considered ready, but always in construction within culture. Gender technologies have direct relation to the sexual representation of sexualities and to what Foucault (2012a) calls mechanism of sexuality, as its ramifications (the regulation of the bodies and the interpellation, for example), and make the subversion of the identity possible. For the keeping of such technologies, the reiteration within culture and discourse is constantly necessary, and for that the theory of gender performativity, as postulated by Butler (2015a) accounts for the complex process of ?maintaining the gender? of a certain individual. Such process consists of a series of cultural and discursive acts performed, up to a certain point, intentionally, by the subject as a product of gender technologies. These acts are regulated by what Althusser (1980) names ?ideological State apparatuses? and they seem to be in consensus with the current norm. To Rich (2010) this norm is called heteronormativity and is always compulsory, its work is to regulate bodies, identities and genders, however this regulation collects its price by the obliteration of certain existences. This paper proposes a queer reading of The first bad man, a novel by the north-american writer Miranda July, to discuss the way the character Cheryl Glickman?s gender is constructed and deconstructed along the narrative and if the novel contemplates only the binary expressions of gender (male and female), or if July sees other gender identities, although marginal, possible. / Tecnologias de g?nero s?o para Lauretis (1994) vistas como constru??es culturais e discursivas que n?o est?o a priori em rela??o ao sujeito; por?m, tampouco podem ser consideradas como categorias fixas e dadas pela cultura. O car?ter discursivo e cultural das tecnologias de g?nero ? que faz com que tais tecnologias nunca se encontrem prontas, mas em constante constru??o na cultura. As tecnologias de g?nero t?m rela??o direta com as representa??es das sexualidades e com o que Foucault (2012a) denomina dispositivo da sexualidade, assim como seus desdobramentos (a regula??o dos corpos e a interpela??o, por exemplo), e fazem a identidade pass?vel de subvers?o. Para que tais tecnologias sejam mantidas, ? necess?rio que sejam reiteradas a todo o momento na cultura e no discurso, para isso a teoria da performatividade de g?nero, como postulada por Butler (2015a), dar? conta de elucidar o complexo processo de ?manter o g?nero? de um determinado sujeito. Tal processo consiste em uma s?rie de atos culturais e discursivos realizados, at? certa medida intencionalmente, pelo sujeito enquanto um produto das tecnologias de g?nero. Estes atos s?o regulados pelo que Althusser (1980) denomina ?aparelhos ideol?gicos do Estado? e parecem estar em consenso com uma norma vigente. Para Rich (2010), essa norma s? ? poss?vel enquanto heteronormatividade, e esta ? sempre compuls?ria. Seu trabalho ? o de regular os corpos, as identidades e os g?neros. No entanto, essa regula??o cobra o pre?o do apagamento de certas exist?ncias. Este trabalho prop?e uma leitura queer de O primeiro homem mau, romance da autora estadunidense Miranda July, para discutir de que maneira o g?nero da personagem Cheryl Glickman, a protagonista do romance, ? constru?do e desconstru?do ao longo da narrativa e se o romance d? conta apenas das express?es de g?nero bin?rias (masculino e feminino), ou se July v? como poss?vel outras identidades de g?nero, embora marginais.
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Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidadeSabat, Ruth Francini Ramos January 2003 (has links)
A heterossexualidade não é natural, ela é uma condição culturalmente construída que precisa ser constantemente reiterada de modo a ‘normalizar’ os sujeitos. Esta pesquisa assume tal premissa como seu fundamento. No que se refere à perspectiva analítica, alinho-me aos Estudos Culturais em sua vertente pós-estruturalista e recorro a formulações dos Estudos Feministas e da Teoria Queer. Entendo que, no processo contínuo de reiteração da heterossexualidade como norma, inúmeras estratégias e artefatos culturais são utilizados. Nesta tese, analiso os mecanismos postos em ação pelos filmes infantis de animação da Disney, quais sejam: A Pequena Sereia, Mulan, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Esses artefatos culturais têm grande importância não apenas no cotidiano das crianças, como também no funcionamento da economia global, movimentando milhões de dólares. Eles certamente constituem-se em importante recurso pedagógico contemporâneo. Interessam-me, aqui, especialmente os enunciados performativos que são repetidos nos filmes infantis, de modo a produzir identidades de gênero e sexuais e garantir a heterossexualidade como norma Acredito que a identidade hegemônica não é perseguida apenas e tão somente através da constante apresentação do Mesmo, mas também (e, talvez, principalmente) é reafirmada através da produção do estranho, do monstro, do abjeto, que funcionam, nesse contexto, como parâmetros de normalidade, como modos de garantir o cumprimento das normas regulatórias. Para desenvolver esta análise, utilizo como ferramentas analíticas fundamentalmente os conceitos de identidade, performatividade, abjeção e normalização.
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Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidadeSabat, Ruth Francini Ramos January 2003 (has links)
A heterossexualidade não é natural, ela é uma condição culturalmente construída que precisa ser constantemente reiterada de modo a ‘normalizar’ os sujeitos. Esta pesquisa assume tal premissa como seu fundamento. No que se refere à perspectiva analítica, alinho-me aos Estudos Culturais em sua vertente pós-estruturalista e recorro a formulações dos Estudos Feministas e da Teoria Queer. Entendo que, no processo contínuo de reiteração da heterossexualidade como norma, inúmeras estratégias e artefatos culturais são utilizados. Nesta tese, analiso os mecanismos postos em ação pelos filmes infantis de animação da Disney, quais sejam: A Pequena Sereia, Mulan, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Esses artefatos culturais têm grande importância não apenas no cotidiano das crianças, como também no funcionamento da economia global, movimentando milhões de dólares. Eles certamente constituem-se em importante recurso pedagógico contemporâneo. Interessam-me, aqui, especialmente os enunciados performativos que são repetidos nos filmes infantis, de modo a produzir identidades de gênero e sexuais e garantir a heterossexualidade como norma Acredito que a identidade hegemônica não é perseguida apenas e tão somente através da constante apresentação do Mesmo, mas também (e, talvez, principalmente) é reafirmada através da produção do estranho, do monstro, do abjeto, que funcionam, nesse contexto, como parâmetros de normalidade, como modos de garantir o cumprimento das normas regulatórias. Para desenvolver esta análise, utilizo como ferramentas analíticas fundamentalmente os conceitos de identidade, performatividade, abjeção e normalização.
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Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidadeSabat, Ruth Francini Ramos January 2003 (has links)
A heterossexualidade não é natural, ela é uma condição culturalmente construída que precisa ser constantemente reiterada de modo a ‘normalizar’ os sujeitos. Esta pesquisa assume tal premissa como seu fundamento. No que se refere à perspectiva analítica, alinho-me aos Estudos Culturais em sua vertente pós-estruturalista e recorro a formulações dos Estudos Feministas e da Teoria Queer. Entendo que, no processo contínuo de reiteração da heterossexualidade como norma, inúmeras estratégias e artefatos culturais são utilizados. Nesta tese, analiso os mecanismos postos em ação pelos filmes infantis de animação da Disney, quais sejam: A Pequena Sereia, Mulan, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Esses artefatos culturais têm grande importância não apenas no cotidiano das crianças, como também no funcionamento da economia global, movimentando milhões de dólares. Eles certamente constituem-se em importante recurso pedagógico contemporâneo. Interessam-me, aqui, especialmente os enunciados performativos que são repetidos nos filmes infantis, de modo a produzir identidades de gênero e sexuais e garantir a heterossexualidade como norma Acredito que a identidade hegemônica não é perseguida apenas e tão somente através da constante apresentação do Mesmo, mas também (e, talvez, principalmente) é reafirmada através da produção do estranho, do monstro, do abjeto, que funcionam, nesse contexto, como parâmetros de normalidade, como modos de garantir o cumprimento das normas regulatórias. Para desenvolver esta análise, utilizo como ferramentas analíticas fundamentalmente os conceitos de identidade, performatividade, abjeção e normalização.
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