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Alterações bioquímicas e celulares causadas pela hipóxia-isquemia neonatal : contribuição do dimorfismo sexual

Weis, Simone Nardin January 2012 (has links)
A hipóxia-isquemia (HI) encefálica é uma das causas mais frequentes de lesões graves com comprometimento crônico das capacidades neurológicas e também de óbito neonatal do mundo. A HI cerebral resulta em alterações hemodinâmicas, bioquímicas e neurofisiológicas como uma consequência direta da falta de oxigênio e glicose. Esses processos podem levar a um dano cerebral por meio da ativação de mecanismos citotóxicos e apoptóticos, que causam prejuízo e morte à célula. Recentemente, alguns estudos mostraram que os danos gerados pela HI neonatal apresentam dimorfismo sexual. Na presente tese, foram avaliados os efeitos da HI neonatal sobre parâmetros de estresse oxidativo e de dano celular após a lesão encefálica em machos e fêmeas a fim de se detectar a contribuição do dimorfismo sexual para a lesão. Foi observado que a HI aumentou a produção de radicais livres causando peroxidação lipídica, e também aumentou a atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase (1h e 2h após a HI). Além disso, a HI inibiu a atividade da enzima Na+, K+-ATPase imediatamente após a lesão. Estes dados demonstram que a HI foi capaz de induzir o estresse oxidativo e levar à perda de homeostase celular através da alteração no controle da bomba de Na+ e K+ no encéfalo dos neonatos após a lesão. Tendo em vista que a mitocôndria é a principal fonte de espécies reativas de oxigênio (EROs) na célula nós investigamos os efeitos da HI sobre a função mitocondrial. Machos e fêmeas expostos à HI apresentaram diminuição na atividade do complexo II da cadeia respiratória em hipocampo, além de diminuição da massa e do potencial de membrana (Δψ) mitocondrial tanto no córtex quanto no hipocampo, 2h após o insulto. Por outro lado, em 18h, a atividade dos complexos (I-III, II e IV) da cadeia respiratória mostrou uma inibição severa que foi acompanhada de diminuição de massa e Δψ mitocondrial em ambos os sexos, exceto pelo fato dos machos não apresentarem diminuição na massa mitocondrial. Esses dados mostram que a formação de espécies reativas bem como a peroxidação lipídica ocorre provavelmente devido à inibição da atividade dos complexos da cadeia respiratória. Tão importante quanto a disfunção mitocondrial induzida pela HI, os resultados apontam a presença de dimorfismo sexual neste parâmetro avaliado, uma vez que as fêmeas, além de apresentarem uma atividade dos complexos da cadeia respiratória per se maior quando comparadas aos machos, elas mostraram-se mais vulneráveis ao dano da HI. Com a finalidade de identificar a possível contribuição da autofagia para as diferentes alterações mitocondriais encontradas em machos e fêmeas, a atividade autofágica foi mensurada nos neonatos 18h após a lesão. Nós constatamos que as alterações encontradas – estresse oxidativo e disfunção mitocondrial – foram capazes de induzir a atividade autofágica. Entretanto esta se manifestou de forma distinta em córtex e hipocampo e também de maneira diferente em machos e fêmeas. No córtex, as fêmeas submetidas à HI tiveram aumento no número de autofagossomos (ativação da autofagia), porém diminuição dos autolisossomos, demonstrando uma possível inibição de algum passo final do processo. Já no hipocampo, os machos submetidos à HI tiveram indução da autofagia e as fêmeas apresentaram um aumento per se da atividade autofágica tanto nos animais controle quanto nos HI. É possível que o aumento das EROs pela cadeia respiratória e a perda de Δψ mitocondrial tenham induzido a autofagia após a lesão causada pela HI no encéfalo dos neonatos. Essas diferenças sexo-específicas são importantes não somente para entendermos o mecanismo de dano causado pelo insulto, mas também para direcionarmos os estudos sobre as estratégias terapêuticas de acordo com o sexo do indivíduo afetado. / Brain hypoxia-ischemia (HI) is one of the most common causes of severe chronic impairment of neurological abilities and also neonatal death in the world. Brain HI results in hemodynamic, biochemical and neurophysiological changes as a direct consequence of oxygen and glucose absence. These processes can lead to brain damage through activation of cytotoxic and apoptotic mechanisms, which cause injury and death to the cell. Recently, some studies have shown that the damage caused by neonatal HI presents sexual dimorphism. In this thesis, it was evaluated the effects of neonatal HI on oxidative stress parameters and cell damage after brain lesion in males and females to verify sexual dimorphism contribution to the lesion. It was observed that HI increased free radicals production leading to lipid peroxidation and also increased superoxide dismutase activity (1h and 2h after HI). Besides, HI inhibited Na+, K+-ATPase activity immediately after injury. These data demonstrated that HI was able to induce oxidative stress and lead to cell homeostase loss through modifications on Na+ and K+ pump control in neonatal brain after injury. Considering that mitochondria are the main source of reactive oxygen species (ROS) in cell we investigated the effects of HI on mitochondrial function. Males and females exposed to HI showed a decrease in complex II activity of hippocampal respiratory chain in addition to diminished mass and mitochondrial membrane potential (Δψ) in both cortex and hippocampus, 2h after insult. On the other hand, at 18h activity of respiratory chain complexes (I-III, II e IV) showed a severe inhibition that was accompanied by a decrease of mitochondrial mass and Δψ in both sexes, except that males do not show decrease in mitochondrial mass. These data demonstrated that reactive species formation and lipid peroxidation probably occur due to inhibition of respiratory chain complexes activities. Just as important as mitochondrial dysfunction induced by HI, results indicate the presence of sexual dimorphism on this parameter, since females, besides having a higher per se activity of respiratory chain complexes compared to males, they were more vulnerable to HI damage. In order to identify the possible contribution of autophagy to the distinct mitochondrial alterations found in males and females, autophagic activity was measured in neonates 18h after injury. We verify that changes found – namely oxidative stress and mitochondrial dysfunction - were able to induce autophagic activity. However, it manifested differently in cortex and hippocampus and also in males and females. In the cortex, females subjected to HI had an increase in autophagosomes (activation of autophagy), but decreased autolysosomes, showing a possible inhibition of a final step of the process. On hippocampus, males subjected to HI had autophagy induction and females showed a per se increase in autophagic activity in both control and HI animals. It is possible that ROS increased in respiratory chain and loss of mitochondrial Δψ had induced autophagy after lesion caused by HI in the neonatal brain. These sex-specific differences are important not only to understand the mechanism of damage caused by HI insult, but also to direct studies on the therapeutic strategies according to the sex of the affected subject.
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Efeitos do enriquecimento ambiental em ratos jovens submetidos à hipóxia-isquemia encefálica neonatal

Diaz, Ramiro January 2012 (has links)
A encefalopatia neonatal causada pela hipóxia-isquemia (HI) é uma importante causa de morte tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Diversas estratégias neuroprotetoras vêm sendo desenvolvidas para o tratamento deste tipo de lesão. O ambiente enriquecido (AE) surge como uma destas estratégias, pois se sabe que a interação social, estímulos visuais e sensoriais e atividade física proporcionadas pelo AE induzem mudanças comportamentais e neurofisiológicas. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do AE sobre a ansiedade, memória emocional, locomoção e expressão de proteína fibrilar glial ácida (GFAP) no hipocampo de ratos Wistar jovens submetidos à HI encefálica neonatal. Ratos wistar machos e fêmeas, no 7º dia pós-natal (DPN), foram submetidos ao modelo de Levine-Rice de HI neonatal, no qual a artéria carótida comum esquerda é ocluída permanentemente e, na seqüência, os animais foram mantidos em uma atmosfera hipóxica (90 min, 8%O2-92%N2).Os animais foram divididos em quatro grupos: CTAP (controle ambiente padrão), CTAE (controle ambiente enriquecido), HIAP (hipóxia-isquemia ambiente padrão) e HIAE (hipóxia-isquemia ambiente enriquecido). Os animais dos grupos AE permaneceram no enriquecimento ambiental mantido desde o 8º DPN. Após o desmame os animais foram divididos em grupos e estimulados em AE (1h/dia por 2 semanas). Foram avaliados os efeitos da HI e do AE sobre a ansiedade na primeira exposição dos animais ao labirinto em cruz elevado (LCE) e a memória emocional através de duas exposições ao LCE; a locomoção foi avaliada através de filmagem e avaliação cinemétrica da altura e tamanho da passada; e, para análise da morfologia foi realizada a técnica de imunofluorescência para a GFAP na região de CA1 do hipocampo. Não houve alteração no nível de ansiedade dos animais, nem pela HI, nem pelo AE. Na análise do primeiro para o segundo dia de exposição ao LCE todos os animais apresentaram diminuição no número de entradas nos braços abertos (EBA). Ao avaliar a porcentagem de EBA, o grupo HIAP foi o único que não diminuiu este índice entre as exposições. Foi observada uma diminuição do percentual de EBA entre os grupos HIAP e HIAE na segunda exposição; também foi identificada uma diminuição do tempo e porcentagem de tempo em braços abertos do primeiro para o segundo dia para os grupos CTAE e HIAE. Na segunda exposição os animais HIAE quando comparados ao HIAP apresentaram menor de tempo e percentual de permanência nos braços abertos. Houve diminuição do número de entradas nos braços fechados (EBF) do primeiro para o segundo dia em todos os grupos, exceto no grupo HIAP. Em conjunto, esses achados indicam um prejuízo na formação da memória emocional nos animais submetidos à HI, sendo revertido pelo AE. A avaliação da cinemetria, observada através da caminhada em plataforma horizontal, indicou que não houve diferença entre o tamanho e altura das passadas nos quatro grupos estudados. Nas análises morfológicas, não foram encontradas diferenças significativas no hipocampo contralateral à lesão, porém do lado ipsilateral foi revelado um aumento da densidade de astrócitos apenas no grupo HIAP. Na porcentagem de área ocupada por astrócitos GFAP+ há um aumento do porcentual em ambos os lados somente no grupo HIAP. Sendo assim, nossos resultados indicam que o enriquecimento ambiental contribui para a recuperação e/ou reversão do déficit da memória emocional em animais com lesão hipóxico-isquêmica, assim como o AE reverte e/ou previne o aumento da densidade e porcentagem de área ocupada por astrócitos na região CA1 do hipocampo. / Encephalopathy caused by neonatal hypoxia-ischemia (HI) is a major cause of death in both developed and developing countries. Several neuroprotective strategies have been developed for the treatment of this type of injury. The enriched environment (AE) emerges as one of these strategies, because we know that social interaction, visual and sensory and physical activities offered by AE induce behavioral and neurophysiological changes. The objective of this study was to investigate the effects of enriched environment on anxiety, emotional memory, motor behavior and expression of glial fibrillary acidic protein (GFAP) in the hippocampus of young Wistar rats submitted to neonatal HI. Male and female Wistar rats, on the 7th day postnatal (DPN) were subjected to the Levine-Rice HI neonatal, in which the left common carotid artery is permanently occluded and, subsequently, animals were kept in an hypoxic atmosphere (90 min, 8% O2, 92% N2). The animals were divided into four groups: CTAP (control environmental standard), CTAE (control enriched environment), HIAP (hypoxia-ischemia environmental standard) and HIAE (hypoxia-ischemia enriched environment). The AE animals groups were maintained in environmental enrichment since the 8th DPN. After weaning, animals were divided into groups and stimulated in another enriched environment (1 h per day, for 2 weeks). The animal´s behavior was observed on elevated plus maze (EPM); locomotion was evaluated by the walking behavior and for morphology analysis was performed by immunofluorescence for GFAP in the hippocampal CA1 region. There was no change in anxiety level of the animals, either by HI or by AE. When analyzing the first to the second day of exposure to EPM all animals showed a reduction in the number of entries into open arms (EOA). HIAP was the only group which did not show a reduction in the percentage of OAE in the first EPM exposure. In the second exposure, HIAE group reduced the percentage of EOA, when compared to HIAP. Considering TOA and percentage of TOA, AE groups showed a decrease from the first to the second day. In the second exposure there was a decrease in percentage of TOA and TOA in HIAE group when compared to the HIAP. There was a decrease in the number of closed arm entries (ECA) from first to second day in all groups except the group HIAP. Taking together, these findings indicate impairment in emotional memory in animals subjected to HI, being reversed by AE. The evaluation of the walking behavior showed no difference between the size and height of the steps in the four groups. In morphological analysis, no significant differences were found in the hippocampus contralateral to the lesion, but the ipsilateral side revealed an increased density of astrocytes only in the group HIAP. The percentage of area occupied by GFAP+ astrocytes increased on both sides in the HIAP group. Thus, our results indicate that environmental enrichment contributes to the recovery and / or reversal of the emotional memory deficit in animals with hypoxic-ischemic injury, as well as the enriched environment reverses and / or prevents the increase in density and percentage of area occupied by astrocytes in the hippocampal CA1 region.
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Efeitos da asfixia perinatal sobre a Tireotropina (THS) e os hormônios da tireóide

Pereira, Denise Neves January 2000 (has links)
Objetivo: A proposta deste estudo foi comparar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso e TSH entre recém-nascidos a termo, asfixiados ou não, no sangue do cordão umbilical e com 18 a 24 horas de vida. A incidência da síndrome do doente eutireóideo (SDE), sua relação com a gravidade do caso e a correlação de níveis hormonais com prognóstico do recém-nascido asfixiado também foram estudadas. Método: Foi realizado um estudo do tipo exposto-controle. O grupo de estudo foi formado por recém-nascidos a termo, com escore de Apgar < 7 no primeiro e quinto minutos e pH no sangue do cordão umbilcal < 7,2. O grupo controle foi formado por recém-nascidos a termo com escore de Apgar ~ 8 no primeiro e quinto minutos de vida e pH no sangue do cordão umbilical ~ 7,2. Sangue do cordão umbilical e sangue coletado 18 a 24 horas após o nascimento foram utilizados para determinar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso, TSH, pH, pC02, p02 e excesso de base. Todos os recém-nascidos foram acompanhados até a alta hospitalar. O tamanho amostrai foi calculado em 14 recém-nascidos em cada grupo, a partir de dados da literatura. Resultados: Houve 17 recém-nascidos em cada grupo. Ambos os grupos tinham composição semelhante quanto a idade gestacional, peso de nascimento, sexo, adequação para idade gestacional, tipo de parto e cor. Escores de Apgar no primeiro e quinto minutos de vida foram significativamente mais baixos no grupo dos asfixiados do que no grupo controle. No sangue do cordão, os recém-nascidos asfixiados tinham pH, pOz e excesso de base mais baixos e pC02 mais alto do que os recém-nascidos normais. Não houve diferença na dosagem do TSH e dos hormônios tireóideos, com exceção do T3 reverso que foi mais elevado no grupo que sofreu asfixia. Com 18 a 24 horas de vida, não houve diferenças entre ambos os grupos com relação ao pH, pC02 e excesso de base. A p02 foi significativamente mais alta no grupo dos asfixiados. Os níveis hormonais foram significativamente menores no grupo dos asfixiados, não havendo diferença na dosagem de T3 reverso entre os dois grupos. A SDE foi vista em 14 pacientes asfixiados (82,3%) e em 5 não asfixiados (29,4%). Não se constatou associação entre SDE e gravidade dos casos. Entre os asfixiados, o prognóstico foi pior nos pacientes com níveis baixos de T4livre (inferiores a 2,18 ng/ml). Conclusões: Os dados sugerem que a asfixia provoca uma falha no aumento de T4, T3, T4livre e TSH, fazendo com que suas concentrações sejam menores que a do sangue do cordão. A SDE foi bastante freqüente entre os recém-nascidos asfixiados, mas não houve associação entre a sua ocorrência e a gravidade do caso. Níveis de T4 livre 2': 2,18 ng/ml conferem proteção ao recém-nascido asfixiado, refletindo um menor comprometimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo. / Objective: The purpose of this study was to compare plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH leveis in cord blood and peripheral blood collected 18 to 24 hours after birth of asphyxiated and normal term newborn infants. The incidence of the euthyroid sick syndrome (ESS), its relation with case gravity and the correlation between hormone leveis and the prognosis of asphyxiated newborn infants were also studied. Methods: An exposed-control study was performed. The study group was formed by term newborn infants with Apgar scores < 7 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH < 7.2. The control group was formed by term newborn infants with Apgar scores 2: 8 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH 2: 7.2. Umbilical cord blood and blood collected 18 to 24 hours after birth were utilized to determine plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH concentrations, pH, pC02, p02 and base excess. All the newborn infants were followed until discharge. Based on data reported in literature, a sample size of 14 newborn infants for each group was calculated. Results: There were 17 newborn infants in each group. Both groups were similar in respect to gestational age, mode of delivery and color. Apgar scores in the first and fifth minutes of life were significantly lower in the asphyxiated group compared to the control group. The asphyxiated newbom infants had a lower pH, p02 and base excess and a significantly higher pC02 in cord blood than the normal newborn infants. There weren't differences in the thyroid hormone concentrations and TSH, except reverse T3 , which was higher in the asphyxiated group. At 18 to 24 hours after birth, there were no differences between both groups in respect to pH, pC02 and base excess. The p02 was significantly higher in the asphyxiated group. Plasmatic hormone leveis were significantly lower in the asphyxiated group, but there wasn't difference in the plasmatic reverse T3 levei between both groups. The ESS was observed in 14 asphyxiated newbom infants (82.3%) and in 5 normal newbom infants (29.4%). There wasn't any association between ESS and case gravity. The prognos1s was worse in the patients with low free T 4 leveis ( < 2.18 ng/ml). Conclusions: The data suggest that asphyxia cause a failure of T4, T3, free T4 and TSH to rise, making their concentrations in the newbom infants Iower than the cord blood. The ESS was very frequent in the asphyxiated newbom infants, but there was no association between its incidence and case gravity. Free T4 leveis 2 2.18 ng/ml give protection to the asphyxiated newbom infant, indicating a Iower alteration in the hypothalamic-pituitary-thyroid axis.
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Resposta da meiofauna estuarina e da associação de Copepoda Harpacticoida à perturbação induzida pelo desenvolvimento de tapete de algas

NEVES, Júlia Rodrigues 23 February 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-06-08T19:00:13Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Júlia Rodrigues Neves 2015_Dissertação_Programa de Pós-Graduação em Oceanografia.pdf: 2014909 bytes, checksum: 92828ede38552e8dc7153a95d5152314 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-08T19:00:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Júlia Rodrigues Neves 2015_Dissertação_Programa de Pós-Graduação em Oceanografia.pdf: 2014909 bytes, checksum: 92828ede38552e8dc7153a95d5152314 (MD5) Previous issue date: 2015-02-23 / CNPQ / Em ecossistemas costeiros por todo mundo a incidência de tapetes de algas vem ocorrendo com efeitos prejudiciais sobre os ecossistemas estuarinos. Porém, além de existirem menos estudos avaliando seus efeitos sobre a meiofauna em relação aos da macrofauna, existem ainda respostas divergentes (benefício ou prejuízo na presença dos tapetes) nos diferentes estudos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da presença de tapetes de algas sobre a meiofauna estuarina através de dois estudos: o primeiro com coletas realizadas em campo (tapete compacto de micro e macroalga) para comparar os efeitos do estágio de desenvolvimento de algas recém-formadas ou em decomposição (capítulo 1), e outro em experimento de laboratório (tapete de cianobactéria) observando os dias iniciais após o desenvolvimento do tapete (capítulo 2). As coletas ocorreram no complexo estuarino do Canal de Santa Cruz, localizado no litoral norte do estado de Pernambuco (Brasil), onde a ocorrência de tapetes de algas foi registrada anteriormente. As análises estatísticas envolveram o uso de ferramentas uni e multivariadas, como ANOVA, MDS e PERMANOVA, para analisar os efeitos dos tapetes de algas sobre os parâmetros ambientais, estrutura da comunidade de meiofauna e associação de harpacticoida. Nos dois estudos, a formação dos tapetes causou fortes alterações na estrutura da comunidade e nas densidades dos principais grupos da meiofauna e espécies do microcustáceo Copepoda Harpacticoida, reduzindo, de maneira geral, abundância, riqueza e diversidade nos tratamentos com tapete. Foram observadas ainda diferença entre os estágios fisiológicos dos tapetes, sendo o tapete recém-formado dominado pelo gênero de Copepoda Harpacticoida Cletocamptus que se beneficiou desse ambiente aumentando suas densidades, enquanto nos tapetes em decomposição todos os grupos e espécies foram reduzidos. Em laboratório, foram observadas condições hipóxicas em todos os dias experimentais nos tratamentos com tapete, com mudanças na estrutura e na densidade mais evidentes a partir do dia 4, sendo o dia 8 (final do experimento) o mais crítico. Considerando a importância da meiofauna nas relações tróficas dos ecossistemas estuarinos, o presente trabalho demonstra que estuários com formações de tapetes de algas estão sofrendo fortes perturbações ambientais. / Coastal ecosystems throughout the world have been submitted to increased incidence of algal mats with detrimental effects on estuarine ecosystems. However, there are few studies evaluating its effect on meiofauna, compared to macrofauna, and conflicting responses (increase or decrease) have been observed in different studies. Thus, the present study aims to evaluate the effects of the presence of algal mats on estuarine meiofauna: in a field observational experiment (compacted algal mats) comparing the effects of algae physiological stage, live or decomposing (chapter 1); and in a laboratory experiment (cyanobacteria) evaluating the initial days after the development of the mats (chapter 2). The study area comprised the estuary of Santa Cruz Channel, located on the northern coast of Pernambuco State (Brazil), where previous algal mats have been observed. Univariate and multivariate tests were performed (ANOVA, MDS and PERMANOVA) in order to examine the effects of algal mats on environmental variables, structure of the meiofauna community and harpacticoid assemblage. In both studies, mats caused strong changes in community structure and densities of the main meiofaunal groups and Harpacticoida species, reducing, in general, their abundance and diversity in treatments with mats. Differences were also observed between physiological stages, while live mats were dominated by Cletocamptus that benefited from this environment and increased its densities, in decomposing mats all groups and species had their densities reduced. In laboratory, hypoxic conditions were observed day by day in treatment with mats, and changes in structure and density were more apparent from day 4, day 8 (end of experiment) being the most critical. Considering the importance of meiofauna in the food web of estuarine ecosystems this study suggests drastic changes in estuarine environments that experience algal mats formation.
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Evolução neurologica de recem-nascidos com asfixia neonatal

Rosa, Izilda Rodrigues Machado, 1953- 30 September 2005 (has links)
Orientadores: Sergio Tadeu Martins Marba, Maria Valeriana Leme de Moura-Ribeiro / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-05T15:52:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosa_IzildaRodriguesMachado_D.pdf: 472020 bytes, checksum: daecfbd67be470bdc680787e5e55c343 (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do exame neurológico e do desenvolvimento, pelo Denver developmental screening test (DDST), no primeiro ano de vida e a associação dessa evolução com variáveis maternas, obstétricas, perinatais, neonatais e pós-neonatais, numa população de 81 recém-nascidos de termo com asfixia neonatal, na Maternidade do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas, de janeiro de 1991 a janeiro de 1999. Foi realizado um estudo descritivo observacional de coorte retrospectiva, do seguimento desses recém-nascidos, realizado em consultas com três, seis meses e um ano. Asfixia neonatal foi diagnosticada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: Apgar de 5º minuto menor que seis, tempo de reanimação maior que um minuto, comprometimento neurológico e comprometimento sistêmico. Inicialmente foi feita análise descritiva do exame neurológico nas diversas consultas, análise comparativa das diversas consultas, com o teste de McNemar para amostras emparelhadas e a seguir análise bivariada e múltipla para as variáveis independentes e a evolução neurológica e de desenvolvimento de um ano. Com um ano, 54 ( 66,6%) crianças eram normais e destas, 34 tiveram alterações transitórias em pelo menos uma das consultas e 27 (33,3%) tinham exame neurológico anormal. O DDST mostrou 66 (81,5%) normais e 15 (18,5%) com atraso. Na análise bivariada, as variáveis estatisticamente significativas, para exame neurológico alterado com um ano, foram a hipertensão arterial sistêmica materna, edema cerebral no ultra-som, o exame neurológico de uma semana e tempo de internação > 12 dias. Na análise múltipla, somente mostraram associação independente, o edema pelo ultra-som e a hipertensão arterial crônica. Em relação ao DDST, com um ano, a análise bivariada mostrou associação com atraso, do acometimento de mais de três sistemas, encefalopatia hipóxico-isquêmica grau 2 e 3, convulsões nas 24 horas, ventilação neonatal, tempo de alimentação via oral > 4 dias e tempo de permanência hospitalar > 12 dias e na regressão logística, somente o exame neurológico da primeira semana mostrou associação independente com o atraso. A avaliação de interações de variáveis mostrou na análise bivariada, que a interação exame neurológico até sete dias com ventilação neonatal e interação neurológico até sete dias com edema cerebral no ultra-som, estiveram associadas ao exame neurológico de um ano alterado, e na análise múltipla, somente a interação exame até sete dias com edema cerebral permaneceu associada à alteração do exame neurológico de um ano. Quando avaliada a primeira consulta, como variável independente, ela mostrou associação independente com exame neurológico alterado com um ano e com o atraso no teste de Denver Conclui-se que, a asfixia neonatal ainda contribui para grande número de comprometimentos neurológicos, que estão associados a eventos clínicos, precoces ou tardios, que isoladamente ou em associação podem predizer má evolução, e a importância das manifestações clínicas deve ser analisada da perspectiva do diagnóstico, para tratamento precoce e do prognóstico, para aconselhamento das famílias e encaminhamento a programas de prevenção. Há, entretanto, um contingente de situações transitórias, cujo conhecimento é importante, para evitar o pessimismo nesse aconselhamento / Abstract: The aim of this study was to evaluate the neurological examination and neurodevelopment by Denver Development Screening Test (DDST) evolution, at one year and its association with clinical variables, in 81 term neonates with birth asphyxia, born in the Maternity Unit of the Center for Integral Assistance to Women¿s Health at the State University of Campinas, from january 1991 to january 1999. The study had a observational rectrospective cohort design, of the folow-up of these neonates at three, six months and one year. Neonatal asphyxia was diagnosed by the presence of at least three of the folowing criteria: an Apgar score of less than six at five minutes, a need for positive pressure ventilation via an endotracheal tube for more than one minute after delivery, hipoxic-ischemic encephalopathy, and sistemic abnormalities during neonatal period. The statistical analysis employed, was innitially descriptive of different consultations, then, comparative, with McNemar test for matched samples and then, bivariate and multiple, to evaluate the relationship between independent variables or interactions of variables and abnormal neurological examination and delayed DDST. At year, 54 (66,6 %) infants were normal, 34 of wich, had transient abnormalities, at least in one of consultations and 27 (33,3%) had normal neurological examination. The DDST showed to be normal in 66 (81,5) and delayed in 15 (18,5%). In bivariate analysis, maternal chronic hipertension, ultrassonografy with brain edema, neurological examination at seven days and discharge, a lenght of hospital stay more than 12 days, were factors associated with abnormal neurologic outcome and hipoxic-ischemic encephalopathy, seizures, more than three sistemic abnormalities, renal failure, neonatal ventilation, starting oral feeding more than four days, neurological examination at seven days and discharge, and a lenght of hospital stay, more than 12 days, were factors associated with delayed DDST. After multiple analysis, chronic maternal hipertension and neurological examination at seven days, were significantly associated variables. Concerning DDST at year, bivariate analysis, showed more than three sistemic abnormalities, hipoxic-ischemic encephalopathy 2 or 3, seizures at 24 hours, neonatal ventilation, starting oral feeding > 4 days, and lenght of hospital stay more than 12 days, associated with delay. In the logístic regression, only neurological examination reamained as independent variable, associated with delay. Bivariate analysis of interactions, showed that neurological examination with neonatal ventilation and interaction neurological examination with brain edema, in ultrassonografy, were associated with abnormal neurological outcome. In multiple analysis, only the first interaction remained as independent variable associated with abnormal neurological outcome. When neurological examination at first consultation was studied as independent factor, it showed independent association with abnormal neurological outcome and DDST delay. We conclude that, neonatal asphyxia still contributes to a great number of neurological abnormalities, wich are associated with clinical events, wich, isolated or in interactions, can predict desfavorable evolution, and it is important to analyse the diagnosis, to permit early treatment, and prognosis, to permit counselling parents and referral to early intervention programs. There are, however, a distinct group of infants, with transient abnormalities, wich knowledge is important to avoid pessimism in this counselling / Doutorado / Pediatria / Doutor em Saude da Criança e do Adolescente
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Efeito da associação entre a hipóxia e a fase do dia sobre a temperatura corporal em ratos / Effect of the association between hypoxia and phase of day on body temperature in rats

Carolina da Silveira Scarpellini 11 October 2011 (has links)
Muitos animais enfrentam situações de baixa pressão parcial de oxigênio (hipóxia) ao longo da vida, seja por condições ambientais (tocas, altas altitudes) ou clínicas (insuficiência cardíaca, respiratória ou metabólica). Sabe-se que a queda regulada da temperatura corporal (Tc), chamada anapirexia, induzida pela hipóxia tem tanto importância fisiológica quanto para a clínica, entretanto apenas nas últimas décadas alguns pesquisadores têm se dedicado mais intensamente ao estudo dos mecanismos envolvidos neste fenômeno. Estes estudos, em geral, não levaram em conta a fase do dia durante a realização dos experimentos nem durante a análise dos resultados. Considerando que a Tc apresenta um ritmo diário e circadiano com padrão robusto, é possível que a anapirexia seja alterada de acordo com o momento do dia em que o animal é exposto à hipóxia. Diante disso, tal hipótese foi testada no presente estudo e, para isso, os animais foram expostos à hipóxia em diferentes fases do dia e foi registrada a Tc, o consumo de oxigênio (VO2) e o índice de perda de calor (IPC). Estes protocolos foram realizados sob duas temperaturas ambientes (Tas; 26 e 19&#176;C), pois se sabe que a anapirexia também pode ser alterada pela Ta. Em ambas Tas, foi visto que animais expostos à hipóxia no início da fase de escuro apresentam amplitude maior de queda de Tc em relação àqueles expostos no início da fase de claro e, tal diferença deve-se, ao menos em parte, à inibição induzida pela hipóxia da maior termogênese encontrada nestes animais durante a noite. O IPC mensurado no final do intervalo hipóxico parece não ter muita importância para as diferenças nas respostas anapiréticas. Além disso, todas as amplitudes anapiréticas foram maiores nos animais testados sob o frio, independente da fase do dia. Assim, os resultados indicam que a fase do dia interfere na anapirexia induzida por hipóxia aguda e que essa resposta é maior em menores Tas em qualquer momento do dia. / Several animals face reduced oxygen partial pressure (hypoxia) throughout their lives, due to environmental (burrows, high altitudes) or clinical conditions (cardiac, respiratory or metabolic failures). Its known that the hypoxia-induced decrease in body temperature (Tb), named anapyrexia, is a regulated process of adaptive importance. However only in the past few decades researchers have been studied the mechanisms involved in this phenomenon. These studies, in general, did not take the phase of the day into account during the experiments or during the analyses of their results. Considering that Tb shows circadian and diary rhythm with a robust pattern, it is possible that anapyrexia can be altered depending on to the moment of the day in which the animal is exposed to hypoxia. Thus, the present study tested this hypothesis exposing animals to hypoxia in different phases of Day and Tb, oxygen consumption (VO2) and heat loss index (HLI) were measured. These protocols were conducted in two ambient temperatures (Tas; 26&#176;C and 19&#176;C), because it is known that anapyrexia can be altered by Ta. In both Tas, it was observed that animals exposed to hypoxia during the beginning of the dark phase presented bigger anapyrexic amplitude than those exposed during the beginning of the light phase. This difference may be due, at least in part, to the inhibition induced by hypoxia of the biggest thermogenesis found during dark phase. HLI measured at the end of the hypoxia exposure seems to have no influence in the different anapyretic responses. Moreover, the cold condition induced bigger anapyretic responses independent on the phase of day. Thus, the results indicate the phase of day influences the hypoxia-induced anapyrexia and this response is bigger in lower ambient temperatures at any moment of the light-dark cycle.
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Efeitos da ingestão de cafeína Em exercício aeróbio de alta intensidade em hipóxia = parâmetros fisiológicos e perceptuais = Effects of caffeine ingestion on high-intensity aerobic exercise in hypoxia : physiological and perceptual parameters / Effects of caffeine ingestion on high-intensity aerobic exercise in hypoxia : physiological and perceptual parameters

Smirmaul, Bruno de Paula Caraça, 1988- 30 January 2013 (has links)
Orientador: Antonio Carlos de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física / Made available in DSpace on 2018-08-21T22:00:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Smirmaul_BrunodePaulaCaraca_M.pdf: 4243812 bytes, checksum: 6a170352ba2b6b469396a6dd7c5d13f5 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Introdução: Apesar de ser uma substância extensivamente estudada no âmbito do desempenho físico, a cafeína e seus efeitos no desempenho em altitude (hipóxia) foram estudados em apenas 2 investigações científicas (Berglund & Hemmingsson 1982; Fulco et al 1994), sugerindo que esta tem seus efeitos potencializados nesse ambiente. As únicas variáveis analisadas foram percepção de esforço e parâmetros cardiorrespiratórios. Porém, um dos mecanismos de ação sugeridos da cafeína é no sistema neuromuscular que, em hipóxia, sofre com uma mais rápida ocorrência de fadiga. Objetivo: Investigar o efeito da cafeína no desempenho aeróbio em hipóxia nos parâmetros psicofisiológicos, em particular seus efeitos na fadiga periférica e central. Métodos: Sete sujeitos (29 ± 6 anos, 179 ± 8 cm, 75 ± 8 kg, VO2máx 51 ± 5 ml.kg-1) participaram desse estudo duplo-cego e randomizado. Primeiro realizaram um teste incremental máximo em hipóxia (FIO2 = 0,15) para determinar a potência pico. A segunda e terceira visita consistiu em um período fixo de 6 min de exercício, seguido de um teste constante até a exaustão, ambos a _80% da potência pico e em hipóxia. Lactato, SpO2, percepção de esforço, frequência cardíaca, e fadiga periférica e central foram mensuradas. Resultados: Durante o teste incremental, a potência pico alcançada foi de 275 ± 38 W, com valores finais de percepção de esforço, lactato, frequência cardíaca e SpO2 de 18 ± 1, 13 ± 2 mmol/l, 179 ± 10 bpm, e 81 ± 5%, respectivamente. Tempo até a exaustão foi significativamente maior (11,8%) na condição cafeína (402 ± 137 s) comparado à condição placebo (356 ± 112 s) (P = 0,016). Tempos individuais foram maiores com cafeína em 6 dos 7 sujeitos. Variação intra-sujeito foi de -5 a 23% (-10 a 74 s). Cafeína teve um impacto significativo na subescala de humor fadiga, apresentando menores valores, enquanto a subescala vigor apresentou tendência a ser maior nessa condição. A percepção de esforço apresentou menores valores para o grupo cafeína durante o teste até exaustão. Tanto para o período de 6 minutos como durante o teste de tempo até a exaustão, a frequência cardíaca foi maior para o grupo cafeína. Enquanto SpO2 foi menor para o grupo cafeína apenas durante o período de 6 minutos, os valores de lactato não diferiram entre os grupos, mas apresentaram tendência a maiores valores na condição cafeína. Os valores de contração voluntária máxima apresentaram declínio significativo, com maior queda para o grupo cafeína. Já os valores de ativação voluntária e estímulos duplos, apesar de decrescerem, não foram diferentes entre as condições. Por fim, todos os parâmetros de oxigenação não diferiram entre as condições. Conclusão: O efeito ergogênico da cafeína em altitude ocorreu concomitantemente a alterações no estado de humor, percepção de esforço, sinais eletromiográficos, frequência cardíaca e contração voluntária máxima / Abstract: Introduction: Despite being a substance extensively studied in the physical performance scope, caffeine and its effects on performance in altitude (hypoxia) have been studied only in 2 scientific investigations (Berglund & Hemmingsson 1982; Fulco et al 1994), and it is suggested that is has greater effects in this environment. The variables analyzed were only perception of effort and cardiorespiratory parameters. However, one of the suggested caffeine's mechanisms of action is upon the neuromuscular system that, in hypoxia, presents a faster development of fatigue. Aim: Study the effects of caffeine during aerobic performance in hypoxia in the psychophysiological parameters, in particular its effects on peripheral and central fatigue. Methods: Seven subjects (29 ± 6 years, 179 ± 8 cm, 75 ± 8 kg, VO2max 51 ± 5 ml.kg-1) participated in this randomized double-blind study. First it was performed a maximal incremental test in hypoxia (FIO2 = 0.15) to determine peak power output. The second and third visits consisted of a fixed period of 6 min of exercise, followed by a time to exhaustion test, both at _80% of peak power output and in hypoxia. Lactate, SpO2, perception of effort, heart rate, and peripheral and central fatigue were measured. Results: During the incremental test, peak power output reached was 275 ± 38 W, with end-values of perception of effort, lactate, heart rate and SpO2 of 18 ± 1, 13 ± 2 mmol/l, 179 ± 10 bpm, and 81 ± 5%, respectively. Time to exhaustion was significantly longer (11.8%) with caffeine (402 ± 137 s) compared to placebo (356 ± 112 s) (P = 0.016). Individual times were longer with caffeine in 6 out of 7 subjects. Intra-subject variability was from -5 to 23% (-10 to 74s). Caffeine had a significant impact on the mood subscale fatigue, presenting lower values, while the subscale vigor presented a trend to be higher in this condition. Perception of effort presented lower values in the caffeine condition during time to exhaustion test. Both to the fixed period of 6 minutes and to the time to exhaustion test, heart rate was higher in the caffeine condition. While SpO2 was lower with caffeine only during the fixed period of 6 minutes, lactates values did not differ between groups, but presented a trend to be higher during the caffeine condition. Values of maximal voluntary contraction showed a significant reduction, with greater reduction in the caffeine condition. However, voluntary activation and doublet values, despite decreasing, were not different between conditions. Finally, all the brain oxygenation parameters did not differ between conditions. Conclusion: The ergogenic effect of caffeine at altitude occurred concomitantly with alterations in mood state, perception of effort, electromyographic signals, heart rate and maximal voluntary contraction / Mestrado / Biodinamica do Movimento e Esporte / Mestre em Educação Física
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Percepção de esforço em exercício sob fadiga em normóxia e hipóxia / Perceived exertion in fatiguing exercise in normoxia and hypoxia

Fontes, Eduardo Bodnariuc, 1979- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Carlos de Moraes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física / Made available in DSpace on 2018-08-18T17:14:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fontes_EduardoBodnariuc_D.pdf: 9503115 bytes, checksum: ace5f37f3ad02cc8337e62c4be60c8b2 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: O presente trabalho buscou um maior entendimento da formação da percepção subjetiva de esforço (PSE) durante esforços exaustivos. Dessa forma, o primeiro estudo verificou as associações da atividade muscular (EMG) com a PSE, bem como a determinação do limiar de esforço percebido (LEP) e de fadiga neuromuscular (LFN). Esse estudo analisou 11 adultos jovens durante testes de carga constante até a exaustão voluntária máxima com monitoramento constante de PSE e EMG. A taxa de aumento dessas variáveis (EMGslope e PSEslope) foram significativamente correlacionados e inversamente associados ao tempo de exaustão. LEP e LFN e não se diferiram significativamente. Assim, indicamos a estreita relação do recrutamento adicional de fibras com o aumento da PSE. O segundo estudo foi realizado durante estágio no exterior (sanduíche) na África do Sul no ano de 2009. Nesse trabalho, foi analisado os efeitos da diminuição de oferta de oxigênio (hipóxia) sobre variáveis centrais e periféricas e suas associações com PSE. Seis ciclistas realizaram testes exaustivos de carga constante em normoxia e hipóxia com contínua aquisição de respostas de PSE, EMG e oxigenação muscular (MOX) e cerebral (COX). Foi demonstrado que na condição hipóxia ocorre um significativo aumento sobre PSE em seus diferentes modos (local, respiração e geral), EMG e COX, mas não em MOX. Os slopes de PSE e valores finais de COX foram relacionados ao desempenho em normóxia, no entanto ainda maiores foram apresentados em hipóxia. Além disso, COX foi ainda significativamente relacionada RPE local em normóxia e novamente, hipóxia exerceu efeitos maiores nessas associações, mas dessa vez para todos os modos de PSE. No terceiro estudo, foram utilizado os mesmos dados do estudo anterior para verificamos os possíveis efeitos de hipóxia ao estimarmos LEP de maneira diferenciada (local, respiração e geral) e LFN pelo mesmo protocolo. Todos os modos de LEP diminuíram significativamente sob hipóxia, com maiores efeitos sobre LEP local. Já LFN não respondeu aos efeitos da condição experimental. Dessa forma, expandiu-se a utilização de LEP para altitudes moderadas e foi apresentado uma nova forma de predizer capacidade aeróbia referente aos membros envolvidos e respiração, além de PET para o corpo como um todo. Associando os achados dos estudos, podemos inferir a estreita relação de respostas periféricas e centrais sobre a formação de PSE, senda essas fortalecidas em condições de diminuídas ofertas de oxigênio. Mais adiante, essas associações justificam a ampliação de utilização prática de PSE, podendo ser para o exercício de alta intensidade ou monitoramento localizado da capacidade aeróbia / Abstract: The present study aimed to bring better understanding of ratings of perceived exertion (RPE) during exhaustive exercise. Thus, the first study verified the associations of the neuromuscular responses (EMG) with RPE, as well as the determination of the perceived exertion threshold (PET) and neuromuscular fatigue threshold (NFT). Eleven adults performed exhaustive constant-load tests with RPE and EMG recordings. The rate of increase of these variables (EMGslope e RPEslope) were significantly related and associated to performance. Além disso, PET and NFT did not differed. Therefore, it was shown the close relationship of the additional muscle recruitment and RPE. The second study was completed during the international internship in South Africa in 2009. At this investigation, were demonstrated the effects of decreased fraction of inspired oxygen (hypoxia) on central and peripheral responses, as well their relationship with RPE. Six trained cyclists completed exhaustive constant-load tests under normoxia and hypoxia having continuously monitoring of RPE, EMG and cerebral (COX) and muscle (MOX) oxygenation. It was shown that under hypoxia there is a significant increase for all RPE modes (legs, breathing and overall), EMG and COX, but not MOX. The RPE slopes and end values for COX were related to performance under normoxia, however higher associations were found under hypoxia. In addition, COX was significantly related to RPE for legs under normoxia, but again, hypoxia exert higher effects on this association, but this time to all RPE modes. During the third study, the data from last investigation was used to verify the possible effects of hypoxia when estimating differentiated PET (legs, breathing and overall) and NFT during same protocol. All PET modes decrease significantly under hypoxia, with higher effects of PET legs, however, NFT estimation was not affects by this experimental condition. Thus, PET's used was expanded to moderated altitudes and presented a new method to predict aerobic capacity associated to active limbs and breathing, in addition to whole body PET. Associating the studies' findings it is possible to conclude that there is a strict relationship of peripheral and central responses to RPE construct, being this sthrengthed by decreased oxygen availability. Furthermore, these relationship justifies the practical use RPE, as for prescription of high intensity exercise or localized monitoring of aerobic capacity / Doutorado / Ciencia do Desporto / Doutor em Educação Física
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Efeito da variação do oxigênio sobre o perfil transcricional de ilhotas pancreáticas humanas em cultura / Effect of oxygen concentration variation on the transcriptional profile of cultured human pancreatic islets

Marluce da Cunha Mantovani 15 January 2007 (has links)
Glicose e oxigênio desempenham um importante papel na regulação do metabolismo celular. Dada a importância de ambos no metabolismo - o primeiro como fonte de carbono preferencial da maior parte das células, e o segundo como aceptor final de elétrons na cadeia respiratória, em diversos organismos desenvolveram-se métodos adequados para detectar sua presença de modo a ajustar o metabolismo em função de sua disponibilidade. Neste trabalho foi realizado o estudo da expressão, no nível transcricional, dos genes envolvidos nas vias metabólicas primárias e genes envolvidos em morte celular, em células humanas, com o intuito de determinar as alterações no metabolismo energético em resposta a condições de hipóxia e anóxia, por meio da técnica de microarrays de cDNA. Utilizamos, inicialmente, células normais de fibroblasto humano ASl98 e células de fibroblasto humano MRC-5 imortalizadas por transfecção por SV40, e por fim células provenientes de ilhotas pancreáticas humanas, para a elaboração de um protocolo de cultura celular em que as mesmas crescessem aderidas a microcarregadores Cytodex I. Numa segunda etapa, células de ilhotas pancreáticas humanas foram cultivadas em suspensão, aderidas aos microcarregadores, num biorreator, sendo então realizada a análise do perfil transcricional dos genes escolhidos, frente às condições de baixa tensão de oxigênio. É apresentada a análise da expressão gênica de aproximadamente 160 genes na qual foram verificados um comportamento de indução daqueles envolvidos no metabolismo de lipídios e alguns na morte celular e um comportamento inicial de indução, e posterior inibição, do metabolismo primário como um todo. Em vista dos dados obtidos é de interesse ressaltar que essas células deveriam ser mantidas em saturações de oxigênio acima de 5% para evitar o efeito deletério observado na baixa concentração de oxigênio sobre a viabilidade celular, em termos da indução de alguns genes envolvidos na morte celular e da repressão geral dos relacionados ao metabolismo energético. Também foi verificado que, em saturações de oxigênio de até 10%, as células adotaram um padrão transcricional que indicou uma resposta ao estresse por falta de oxigênio, este por sua vez reflete-se na viabilidade celular, característica crucial para o sucesso do transplante clínico de ilhotas. / Glucose and oxygen have important roles on the regulation of cellular metabolism. Due to their importance in metabolism, the former as the preferential carbon source and the later as the final electron acceptor of the respiratory chain, many organisms have developed suitable processes to detect their presence in order to adjust the cellular metabolism to their availability. In this work, we have studied, in human cells and at the transcriptional level, the expression of genes involved in primary metabolism pathways and some of those related to cell death, aiming to resolve alterations in the energetic metabolism as a response to hypoxic and anoxic conditions, by means of cDNA microarrays. We initially used AS198 human fibroblastic normal cells and MRC-5 human fibroblastic cells immortalized by SV40, and later on cells from human pancreatic islets, to develop a cell culture protocol in which they would grow on the surface of Cytodex 1 microcarriers. As a second step, cells from human pancreatic islets were cultured on microcarriers in suspension inside a bioreactor. This culture was then used to carry out the transcriptional profile analysis of selected genes in response to low levels of oxygen. This work presents the analysis of gene expression of approximately 160 genes that can be divided into two distinct groups. The first group, the expression of which is induced, comprises genes involved in lipid metabolism and some of those related to cell death. The expression of the second group, consisting of diverse genes of the primary metabolism, suffers an initial induction followed by repression. Given the data acquired it is interesting to note that the human pancreatic islets should be maintained under at least 5% dissolved oxygen to avoid the deleterious effects on cell viability observed at lower oxygen concentrations, resulting in the induction of some genes involved in cell death and the repression of those related to energetic metabolism. It was also verified that, under oxygen saturation of at least 10%, these cells adopted a transcriptional profile that indicated a response to the stress created by the lack of oxygen, which would in turn reflect on cell viability, a crucial characteristic for success in clinical islet transplantation.
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Análise da expressão de galectina-3 em células de glioma expostas a condições hipóxicas e seu papel no desenvolvimento de tumores in vivo / Analysis of galectin-3 expression in glioma cells exposed to hypoxic conditions and its role in tumor development in vivo

Ikemori, Rafael Yamashita 06 May 2014 (has links)
A galectina-3 (gal-3) pertence a uma família de proteínas com domínios de ligação a beta-galactosídeos e está relacionada com diversos aspectos tumorais, como proliferação e adesão celular, angiogênese e proteção contra morte celular. Estudos mostram sua relação com o fenômeno da hipóxia, característica de diversos tumores sólidos que apresentam altas taxas de proliferação celular. A adaptação à hipóxia é mediada principalmente pelo Fator Induzido por Hipóxia (HIF-1), a qual atua na indução de diversos genes de sobrevivência em ambientes com baixas concentrações de oxigênio. Além de HIF, outros fatores são importantes nesse processo, como NF-kB, por exemplo, sendo um fator de transcrição responsivo a diversos estresses celulares, entre eles, a hipóxia. Alguns modelos tumorais apresentam-se ideais para o estudo dos efeitos da hipóxia no microambiente tumoral, como os glioblastomas. Estes são tumores do sistema nervoso central com altas taxas de letalidade, são refratários aos principais métodos de tratamento por sua plasticidade, crescimento infiltrativo e heterogeneidade. Histologicamente, estes tumores apresentam atipia nuclear, altas taxas de mitose e áreas de pseudopaliçada. Postula-se que estas áreas sejam compostas por células migrantes de ambientes necróticos, os quais são também hipóxicos devido a sua distância de vasos sanguíneos e é demonstrado que estas células expressam tanto HIF-1alfa quanto gal-3. Ensaios in vitro realizados por nosso grupo demonstraram que a gal-3 é positivamente regulada pela hipóxia em uma linhagem de glioma híbrido, NG97ht, além de demonstrar que esta proteína é um fator chave na proteção destas células contra a morte celular induzida pela privação de oxigênio e nutrientes, mimetizando condições necróticas de pseudopaliçada in vivo, destacando-se as habilidades antiapoptóticas desta proteína. Embora uma de suas possíveis funções tenha sido elucidada, os mecanismos de atuação e de indução da gal-3 ainda são obscuros. Deste modo, este projeto visa explorar os papéis pró-tumorais da gal-3, podendo torná-la um possível alvo em terapias anti-neoplásicas, entendendo melhor seus mecanismos de proteção contra a morte celular e controle de expressão em ambientes hipóxicos, além de estudar suas possíveis funções in vivo no desenvolvimento de tumores, e também estendendo seus estudos para outras linhagens de glioblastoma. Nossos resultados demonstraram que a gal-3 está co-localizada com mitocôndrias nestas linhagens de glioma, podendo sofrer alterações pós-traducionais em hipóxia, como a fosforilação e que houve acúmulo de HIF-1alfa nuclear nestas células em hipóxia. Vimos também que a gal-3 na linhagem NG97ht apresentou-se proveniente de dois alelos diferentes e que fatores intermediários deveriam ser expressos previamente pela célula antes da indução de gal-3 em hipóxia. Também demonstramos que houve dependência de NF-kB na indução transcricional de gal-3 nestas condições. Estes experimentos também demonstraram que a exposição de células à hipóxia e privação de nutrientes é capaz de induzir tanto espécies reativas de oxigênio como o aumento da autofagia nestas células, fatores importantes na indução da morte celular, além de demonstrar que na linhagem NG97ht a indução da morte nestas condições ocorreu por necrose, sem apresentar apoptose celular. Expandimos esta teoria da participação da gal-3 como molécula protetora contra a morte em hipóxia e privação de nutrientes para outra linhagem de glioma humano, a T98G. E finalmente, demonstramos que a diminuição da expressão de gal-3 em células tumorais da linhagem U87MG levou a diminuição das taxas de estabelecimento e crescimento tumoral in vivo / Galectin-3 (gal-3) belongs to a family of proteins with beta-galactoside binding domains and is related to various tumoral aspects, such as cell proliferation and adhesion, angiogenesis and protection against cell death. Studies show its relationship with the hypoxia phenomenon, a characteristic of many solid tumors that have high cell proliferation rates. The adaptation to hypoxia is mainly mediated by Hypoxia Induced Factor (HIF-1), which acts in the induction of several survival genes in environments with low oxygen concentrations. In addition to HIF, other factors are important in this process, such as NF-kB, for example, which is a transcription factor responsive to various cellular stresses, including hypoxia. Some tumor models are ideal for studying the effects of hypoxia in the tumor microenvironment, e.g. glioblastomas. These central nervous system tumors with high mortality rates are refractory to the main treatment methods due to their plasticity, heterogeneity and infiltrative growth. Histologically, these tumors exhibit nuclear atypia, high mitotic rates and pseudopalisading areas. It is postulated that these areas are composed of migrating cells out of necrotic microenvironments, which are also hypoxic due to their distance from the blood vessels and it is shown that these cells express both HIF-1alfa and gal-3. In vitro assays performed by our group demonstrated that gal-3 is positively regulated by hypoxia in a hybrid glioma cell line, NG97ht, and demonstrated that this protein is a key factor in protecting these cells against cell death induced by oxygen and nutrient deprivation conditions mimicking necrotic pseudopalisading areas in vivo, highlighting the pro-survival abilities of this protein. Although one of its possible functions has been elucidated, gal-3 mechanisms of action and induction are still unclear. Thus, this project aims to explore the gal-3 pro-tumoral effects, which may make it a possible target for anti-neoplastic therapies, better understanding the mechanisms of protection against cell death and expression in hypoxic environments, and also study its possible functions in vivo, extending these studies to other glioma cell lines. Our results demonstrated that gal-3 is located within the mitochondria in these glioma cell lines and may undergo posttranslational modifications in hypoxia, such as phosphorylation and that there is accumulation of nuclear HIF-1alfa in these cells under hypoxia. We have also seen that gal-3 in the NG97ht cell line presents two different alleles and that intermediate factors must be expressed previously by the cell before gal-3 induction in hypoxia. We also demonstrated that there is dependence on the NF-kB transcriptional factor for the gal-3 induction under these conditions. These experiments also demonstrated that exposure of cells to hypoxia and nutrient deprivation is capable of inducing reactive oxygen species and increased autophagy in these cells, which are important factors in the induction of cell death. In addition, we demonstrated that the induction of the NG97ht cell death in these conditions is due to necrosis. We expanded this theory of the participation of gal-3 as a protective molecule against cell death in hypoxia and nutrient deprivation to another human glioma cell line, T98G. And finally, we demonstrated that decreased expression of gal-3 in the U87MG glioma cell line leads to lower tumor establishment rates and decreased growth in vivo

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