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Uso de IL-2 humana recombinante em pacientes com imunodeficiência comum variável / Use of recombinant human IL-2 in patients with common variable immunodeficiency

João Henrique Fagundes Bastos Narciso 06 May 2008 (has links)
Na imunodeficiência comum variável (ICV) têm sido descritas alterações de linfócitos T, incluindo a produção diminuída da interleucina-2 (IL-2). Desde que a IL-2 pode promover a produção de imunoglobulinas in vitro, nosso principal objetivo foi investigar os efeitos in vivo do tratamento com IL-2 recombinante (IL-2r) em pacientes com ICV. Foram selecionados 4 pacientes que apesar de tratamento adequado com imunoglobulina EV apresentavam infecções recorrentes. Após um período de observação de 12 meses, os pacientes receberam doses crescentes de IL-2r durante 16 semanas com reposição de imunoglobulina apenas se a IgG sérica atingisse níveis menores do que 400mg/dL. A seguir, permaneceram em observação por mais 12 meses recebendo imunoglobulina . A gravidade das infecções foi avaliada segundo um \"score\" numa escala de 3 a 10. A avaliação in vitro incluiu: quantificação dos níveis de IgG, IgA e IgM séricas; resposta linfoproliferativa à PHA; populações linfocitárias CD4+, CD8+, CD19+ e CD25+ no sangue periférico. As reações adversas à IL-2r foram leves e localizadas. Houve redução aparente do número e gravidade das infecções durante os 12 meses subseqüentes ao término da IL-2r. Os níveis da IgG sérica e das células CD4+, CD8+ e CD19+ mantiveram-se estáveis durante todo o estudo. Em 3 pacientes houve relação entre melhora clínica e aumento da proporção de linfócitos T CD25+. Isto permite supor que a remissão de infecções em alguns pacientes com ICV , sob terapêutica com IL-2r associada ou não à imunoglobulina EV, esteja parcialmente relacionada à melhora da imunidade celular. Adicionalmente, nossos dados indicam que a IL-2r pode ser utilizada de modo seguro nas dosagens e período utilizados como terapêutica adjuvante em alguns pacientes com ICV que apresentam infecções recorrentes e má resposta terapêutica à imunoglobulina endovenosa / In Common Variable Immunodeficiency (CVID) T cell function may be impaired and interleukin-2 (IL-2) production diminished. Since IL-2 stimulates immunoglobulin production in vitro, the aim of this study was to determine the in vivo effects of recombinant interleukin-2 (rIL-2) in patients with CVID. We selected four CVID patients, who despite intravenous immunoglobulin infusion (IVIG) had recurrent infections. After a twelve-month run-in period, escalating dosages of rIL-2 were administered during 16 weeks, during which rescue IVIG treatment was performed whenever serum IgG levels dropped below 400 mg/dL. During follow-up (12 months), patients were observed and treated with IVIG. Infection severity was assessed using a 3 to 10 infection score. In vitro analysis included: measurement of serum levels of IgG, IgA and IgM; lymphocyte proliferative responses to phytohaemaglutinin (PHA); CD4+, CD8+,CD19+ and CD25+ lymphocyte populations in peripheral blood. Few local side-effects were observed in 2 patients. In the follow-up period after rIL-2 treatment, patients experienced reduction of the number and severity of infections. Levels of serum IgG, CD4+, CD8+ and CD19+ were stable throughout the study. In 3 patients we observed a relation between improvement of clinical parameters and number of T CD25+ cells. These findings suggest that remission of infections in some CVID patients treated with rIL-2, in combination or not with IVIG is, in part, associated with the improvement of cell immunity. Additionally, our results indicate that rIL-2 administration is safe and may serve as adjuvant therapy in some CVID patients with recurrent infections and poor response to IVIG treatment
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Associação de alótipos de IgG1 e lgG2 bovina com raças geneticamente resistentes e suscetíveis a carrapatos e suas interações com a proteína ligante de lgG (lGBP-C) da saliva do carrapato do boi, Rhipicephalus microplus / The association of bovine IgG1 and IgG2 allotypes with genetically resistant and susceptible breeds to ticks and their interactions with the IgG binding protein (IGBP-C) of the cattle tick saliva, Rhipicephalus microplus

Amanda Fonseca Zangirolamo 20 February 2017 (has links)
O carrapato do boi, Rhipicephalus microplus, é o principal empecilho para o avanço da produção pecuária, causando enormes prejuízos econômicos. Durante a infestação, o carrapato acaba ingerindo uma grande quantidade de imunoglobulinas presentes no soro do hospedeiro. Desse modo, como mecanismo de defesa e com o objetivo de auxiliar o repasto sanguíneo realizado pelas fêmeas, carrapatos machos Ixodidae, secretam proteínas ligantes de IgG (IGBPs) contidas em sua saliva, teoricamente interferindo na ligação específica de anticorpos com antígenos do carrapato, bem como nas funções efetoras da IgG. Raças bovinas taurinas e zebuínas possuem uma peculiar distribuição de alótipos de IgG e, ao mesmo tempo, frente às infestações por carrapatos, tais raças se comportam de maneira distinta, sendo taurinas susceptíveis e zebuínas resistentes a esse ectoparasita. Uma vez que já é relatado na literatura existir diferença na ligação entre as IGBPs de diversos patógenos e os diferentes alótipos de IgG, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a natureza das interações entre a IGBP-C de R. microplus e os alótipos de IgG bovina de animais suscetíveis ou resistentes a carrapatos. Para isso, foi feita a genotipagem por sequenciamento da região CH1-CH3 de IgG1 e IgG2, de 40 bovinos da raça taurina Holandesa (Holandês preto e branco - HPB) e 40 bovinos zebuínos da raça Nelore, com posterior purificação do alótipo de IgG1 e IgG2 mais comum em cada raça a partir do soro dos animais homozigotos. Curiosamente, verificou-se que havia uma associação entre os genótipos da região constante da cadeia pesada de IgG1 e IgG2 com os fenótipos de infestação por carrapato observados nos animais estudados. Em seguida, foram realizados ensaios em sistema de Ressonância Plasmônica de Superfície (Biacore T200 - GE Healthcare) para avaliar a afinidade de ligação entre a proteína recombinante IGBP-C e os alótipos de IgG1 e IgG2 bovinas, de uma forma não cognata. Por meio do ensaio em Biacore, observou-se uma maior afinidade de ligação da IGBP-C com alótipos de IgG2 de ambas as raças estudadas em relação aos alótipos de IgG1 e apesar de ligar em mais moléculas do alótipo de IgG2 mais frequente em bovinos Nelore (resistente a carrapato), apresentou uma afinidade maior para o alótipo de IgG2 mais frequente na raça HPB (suscetível a carrapato). Além disso, foi possível confirmar a porção Fc como o sítio de ligação preferencial da IGBP-C na IgG. Por fim, para um maior entendimento da sua função, foi feita a modelagem por homologia da IGBP-C e em ensaios adicionais, visto que essa proteína também interfere no processo de angiogênese, bem como na ativação da via clássica do complemento. Em suma, no presente trabalho foi possível descrever algumas funções promovidas pela IGBP-C, demonstrando assim, a sua importância em compor mecanismos de escape do carrapato R. microplus em relação a resposta imune do hospedeiro / The cattle tick, Rhipicephalus microplus, is the main impediment to the advance of livestock production, causing enormous economic losses. During infestation, the tick ingests a large amount of immunoglobulins present in the host\'s serum. Consequently as a defense mechanism and for assisting the blood meal performed by females, male Ixodidae ticks secrete IgG binding proteins (IGBPs) contained in their saliva, theoretically interfering in the specific binding of antibodies with tick antigens and in the effector functions of IgG. The taurine and zebu bovine breeds have a peculiar distribution of IgG allotypes and also present different phenotypes of tick infestation, being susceptible taurines and zebuines resistant to this ectoparasite. Since it is reported in the literature that there is a difference in the binding between the IGBPs of different pathogens and the different IgG allotypes, the present work aimed to evaluate the nature of the interactions between the IGBP-C of R. microplus and the IgG from susceptible or tick resistant animals. For this, was done genotyping by sequencing of the CH1-CH3 region of IgG1 and IgG2 from forty Holstein taurine and forty Nelore zebu cattle, with subsequent purification of the more common IgG allotypes in each breed, from the serum of homozygous animals. Interestingly, there was an association between IgG1 and IgG2 heavy chain constant region genotypes with tick infestation phenotypes. Subsequently, assays were performed in Surface Plasmon Resonance System (Biacore T200) to evaluate the binding affinity between the recombinant IGBP-C protein and the bovine IgG1 and IgG2 allotypes in a non-cognate manner. Through the Biacore assay, was observed that IGBP-C binding more affinity with IgG2 than IgG1 allotypes of both breeds, and although IGBP-C binds more molecules of the most frequent IgG2 allotype in Nelore tick resistant cattle, showed a higher affinity for the most frequent IgG2 allotype in the HPB, tick susceptible cattle. In addition, it was possible to confirm the Fc portion as the preferred binding site of IGBP-C in IgG. The homology modeling of this protein was done for a better understanding of its function and finally, IGBP-C has also been shown to interfere with the angiogenesis process, as well as in the activation of the classical complement pathway. In short, in the present work it was possible to describe some of the functions promoted by the IGBP-C, thus demonstrating its importance in composing escape mechanisms of the R. microplus tick to the host immune response
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Estudo de doença residual minima em leucemia linfoide aguda da criança e do adolescente / Minimal residual disease study in acute lymphoblastic leukemia of child and adolescent

Ganazza, Mônica Aparecida, 1982- 14 August 2018 (has links)
Orientador: Jose Andres Yunes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-14T02:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ganazza_MonicaAparecida_M.pdf: 2462267 bytes, checksum: 471302ae0756c283d944a7545a0ff930 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A leucemia linfóide aguda (LLA) é o câncer mais comum da infância. Os atuais protocolos de tratamento da LLA levam à cura em 70% dos casos e parte do sucesso se deve à aplicação de diferentes tratamentos para os pacientes estratificados em diferentes grupos de risco, segundo fatores prognóstico pré-tratamento (contagem leucocitária e idade ao diagnóstico). Contudo, pacientes considerados em remissão podem apresentar conteúdo substancial de células neoplásicas, chamada doença residual mínima (DRM), cuja proliferação está associada com a recaída da doença e que podem estar em níveis indetectáveis pelas técnicas convencionais de análise morfológica. Vários trabalhos têm mostrado que é possível prever a evolução clínica dos pacientes com base na DRM, porém, no protocolo do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia Infantil (GBTLI), a DRM não é utilizada como critério de realocação dos pacientes nos grupos de risco. Desta forma, o presente estudo objetivou (1) obter dados prospectivos de DRM com o uso de reação em cadeia da polimerase (PCR) para detecção de rearranjos de genes de imunoglobulina (Ig) e receptores de células T (TCR); (2) comparar resultados de DRM com fatores prognósticos ao diagnóstico e de resposta utilizados nos protocolos do GBTLI e (3) avaliar o valor preditivo da DRM em pacientes tratados pelo protocolo GBTLI-99. No total, foram estudadas 91 amostras de LLA pediátrica classificadas e tratadas pelo protocolo GBTLI-99. Duas metodologias foram empregadas, metodologia do grupo brasileiro (91 casos) e metodologia Biomed-1 (78 casos), as quais são baseadas em PCR com primers consenso para as regiões VDJ das imunoglobulinas e TCR seguido por análise de formação de homo/heteroduplex. Ambos métodos mostraram-se tecnicamente factíveis, reprodutíveis e capazes de detectar marcadores moleculares para a análise da DRM na maioria dos casos, a saber, 2 ou mais marcadores de DRM em 85,7 e 76,9% do total das amostras analisadas, respectivamente. As mesmas metodologias foram aplicadas para a análise da DRM nos dias 14 e 28 da terapia de indução e demonstraram concordância de 96% na detecção da DRM. Gênero masculino, idade <1 e _ 9 anos, imunofenótipo LLA-T, classificação em alto risco, ausência de CD10, presença de blastos no dia 14, presença de mais de 5% de blastos leucêmicos na medula óssea (MO) do D14 e resposta ao tratamento associaram-se com DRM positiva no D14. Já DRM positiva no D28 mostrou estar associada com imunofenótipo LLA-T, ausência de calla (CD10), presença de mais de 5% de blastos leucêmicos na MO no D28 e resposta ao tratamento. O valor preditivo da DRM, nas condições testadas, mostrou-se pouco útil para casos classificados como sendo de risco baixo pelo GBTLI/99. Para casos de alto risco, entretanto, a ausência de DRM no D14 caracteriza um grupo de pacientes com sobrevida similar a pacientes de risco básico. Novos protocolos para análise da DRM foram propostos baseados nas metodologias aplicadas no presente estudo visando otimizar o tempo e minimizar os custos / Abstract: Acute lymphoblastic leukemia (ALL) is the most common pediatric cancer. The recent ALL treatment protocols can achieve the complete remission in 70% of cases and this success is due to different treatments for patients stratified into different risk groups , according to pre-treatment prognostic factors (white count cells and diagnosis age). Therefore, patients considered in remission may have substantial contents of neoplasic cells, the minimal residual disease (MRD). The proliferation of such neoplasic cells is associated with disease relapse and they can be undeteced by conventional methods. It has been demonstrated that the clinical evolution of patients based on MRD can be forecasted. Therefore, in the Brazilian Group for Childhood Leukemia Treatment (GBTLI), MRD is not used as a reallocation criterion of patients in risk groups. The present study aimed to (1) obtain MRD data through the use of polymerase chain reaction (PCR) for the detection of immunoglobulin (Ig) and T cell receptor genes rearrangements (TCR); (2) compare the results of MRD with prognostic factors at diagnosis and response factors used in the GBTLI protocols and (3) estimate the predictive value of MRD in patients treated by the GBTLI-99 protocol. In total, 91 samples of pediatric ALL classified and treated with the GBTLI-99 protocol were studied using two methodologies: Brazilian group methodology (91 cases) and Biomed-1 methodology (78 cases), both using the consensus PCR primers for the immunoglobulin and TCR VDJ regions followed by homo/heteroduplex formation. These methods were feasible, reproducible and able to detect molecular markers for MRD analysis in most cases, since they provided the detection of two or more markers in 85,7% and 76,9% of the samples analyzed, respectively. The same methodologies were applied in the MRD analysis on days 14 and 28 of induction therapy and the results are in agreement in 96% of the MRD detection. Male, age (<1 e _ 9 years), immunophenotyping (T-ALL), high risk classification, calla (CD10) absence, presence of blasts in peripheral blood on day 14, presence of more than 5% of leukemic blasts in the bone marrow (BM) on day 14 of treatment response were associated with positive MRD on D14. Already, positive MRD on day 28 of treatment were associated with immunophenotyping (T-ALL), CD10 absence, presence of more than 5% of leukemic blasts in the BM on D28 and treatment response. MRD predictive value on the conditions tested proved to be useful for the patients classified by GBTLI/99 as basic risk. However, for high risk cases, the absence of MRD on D14 defines a new group of patients with similar survival to basic risk patients. New protocols to the MRD analysis were proposed based on methodologies applied in this study to optimize the time and minimize the costs / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Estudo das interações de moléculas orgânicas com imunoglobulinas G / Study of organic molecules interactions with immunoglobulin G

Bezerra, Fabio de Castro 30 April 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-10-16T12:31:22Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fábio de Castro Bezerra - 2015.pdf: 1134192 bytes, checksum: 61d0dd74a6363dfdeccf24d48ee39e2d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-10-16T12:32:52Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fábio de Castro Bezerra - 2015.pdf: 1134192 bytes, checksum: 61d0dd74a6363dfdeccf24d48ee39e2d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-16T12:32:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Fábio de Castro Bezerra - 2015.pdf: 1134192 bytes, checksum: 61d0dd74a6363dfdeccf24d48ee39e2d (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-04-30 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / (Sem resumo em outra língua) / Este trabalho teve por objetivo estudar a interação entre moléculas orgânicas e anticorpos visando seu uso em sistemas de entrega de fármacos e diagnóstico fluorescente. Foram investigadas moléculas orgânicas de porfirinas e anticorpos reativos a Herpesvírus bovino, micro-organismo amplamente disseminado em rebanhos de corte e leite. Para o desenvolvimento deste projeto foram empregadas técnicas espectroscópicas de absorção UV/Vis, emissão fluorescente e espalhamento ressonante. Os resultados obtidos apresentaram indícios de que a ligação entre as porfirinas e os anticorpos ocorre. As constantes de ligação associadas à essa interação sugeriram alta afinidade das porfirinas pelos anticorpos. As investigações da conformação dos anticorpos indicaram que a sua estrutura enovelada não é significativamente afetada pelas porfirinas e os estudos de Transferência de Energia Ressonante de Förster sugeriram que esse mecanismo pode ser o principal responsável pela supressão da fluorescência dos anticorpos pelas porfirinas.
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"Imunoglobulina na patogenia da leishmaniose visceral em hamsteres" / Immunoglobulin in the pathogenesis in visceral leishmaniasis in hamsters

Regiane Mathias 21 January 2005 (has links)
A patogênese das lesões teciduais na leishmaniose visceral (LV) foi pesquisada em hamsteres infectados com amastigotas de Leishmania (Leishmania.) chagasi. Foi observada a internalização de IgG de hamsteres com LV por células endoteliais da veia umbilical humana in vitro e no fígado e rim, sob microscopia eletrônica de transmissão aos 30 e 60 dias de infecção. Também foi observado o aumento na permeabilidade vascular aos 60 dias de infecção e a IgG purificada de hamsteres com LV induziu aumento na permeabilidade em hamsteres normais. Os resultados sugerem a internalização de IgG por células endoteliais como um mecanismo alternativo envolvido na patogênese das lesões teciduais em LV. / Pathogenesis of tissue lesions in visceral leishmaniasis (VL) was searched in hamsters infected with Leishmania (Leishmania) chagasi amastigotes. Internalization of IgG from VL hamsters by human umbilical vein endothelial cells was observed in vitro and in liver and kidney in hamsters VL, under transmission electron microscopy, at 30 and 60 days of infection. Increased vascular permeability was observed at 60 days of infection in VL hamsters, and purified IgG from VL hamsters induced permeability increase in normal hamsters. These data suggest the internalization of IgG by endothelial cells as an alternative mechanism involved in the pathogenesis of tissue lesions in VL.
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Neurotoxoplasmose = diagnóstico molecular, resposta imune e relação com transtornos mentais / Neurotoxoplasmosis : molecular diagnosis, immune response and relationship with mental disorders

Nascimento, Fernanda Santos 02 February 2012 (has links)
Orientador: Cláudio Lúcio Rossi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T13:51:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nascimento_FernandaSantos_D.pdf: 5313856 bytes, checksum: fd526ebe03ae5465c13afe95ffe8df9a (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A neurotoxoplasmose é considerada uma grave complicação em pacientes com comprometimento do sistema imune e em crianças congenitamente infectadas pelo Toxoplasma gondii. O presente estudo abordou três aspectos da neurotoxoplasmose, o diagnóstico molecular, a resposta imune e a relação desta infecção com transtornos mentais. Com relação ao diagnóstico molecular, a eficiência das técnicas de nested-PCR (nPCR) e PCR convencional (PCRc) em detectar DNA do T. gondii foi avaliada em nove amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes com neurotoxoplasmose, cinco amostras de LCR de pacientes com outras desordens neurológicas (dois com neurocriptococose, dois com neurosífilis e um com neurocisticercose) e amostras artificiais contendo diferentes concentrações do parasito. A nPCR foi positiva em todos os nove pacientes com neurotoxoplasmose, enquanto a PCRc foi positiva em somente cinco casos. As duas técnicas de PCR foram negativas em LCR de pacientes com outras desordens neurológicas. Nas amostras artificiais, a concentração de taquizoítos detectada por nPCR foi dez vezes menor do que aquela detectada por PCRc. Para avaliar a resposta imune, anticorpos das subclasses da IgG anti-T. gondii foram pesquisados em 19 amostras de LCR de pacientes com neurotoxoplasmose, utilizando ELISA padronizada com uma preparação antigênica de cistos do parasito. Os anticorpos IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4 foram detectados em 84,2%, 73,7%, 36,8% e 36,8% dos pacientes, respectivamente. Não foram encontradas diferenças significativas entre as sensibilidades e as médias das absorbâncias das reações ELISA para IgG1 e IgG2, porém, as sensibilidades e as médias das absorbâncias das reações para essas duas subclasses foram significativamente maiores do que as encontradas nas reações ELISA para IgG3 e IgG4. A associação entre toxoplasmose e transtornos mentais foi investigada comparando as prevalências e/ou as concentrações dos anticorpos IgG, IgM e IgA anti-T. gondii, detectados por reações imunoenzimáticas, em amostras de soro de 41 pacientes com esquizofrenia, 38 pacientes com transtornos do humor e 95 voluntários sadios. Os anticorpos IgG foram detectados em 43,9% dos pacientes com esquizofrenia, 52,6% dos pacientes com transtornos do humor e 28,4% dos voluntários sadios. A prevalência da IgG e as concentrações desse anticorpo nos pacientes com transtornos do humor foram significativamente maiores do que as encontradas em voluntários sadios (p=0,0204 e p=0,0059, respectivamente). Por outro lado, não foram encontradas diferenças significativas nesses dois parâmetros entre pacientes com esquizofrenia e voluntários sadios ou entre os pacientes com esquizofrenia e transtornos do humor. Os anticorpos IgA foram detectados em um paciente (2,6%) com transtorno do humor e em um (1,1%) voluntário sadio, enquanto os anticorpos IgM foram detectados em dois pacientes (5,2%) com transtornos do humor. O presente estudo indica que a nPCR pode ser uma ferramenta potencialmente útil para a confirmação diagnóstica da infecção do sistema nervoso central pelo T. gondii e sugere que esse parasito poderia ser um dos possíveis fatores causais dos transtornos do humor. Estudos adicionais são necessários para compreender melhor a fisiopatologia da neurotoxoplasmose e sua associação com outras doenças / Abstract: Neurotoxoplasmosis is considered a serious complication in patients with an impaired immune system and in children congenitally infected by Toxoplasma gondii. The present study addressed three aspects of neurotoxoplasmosis, namely, the molecular diagnosis, the immune response and the relationship of this infection to mental disorders. With regard to molecular diagnosis, the ability of nested-PCR (nPCR) and conventional PCR (cPCR) to detect T. gondii DNA was assessed in nine cerebrospinal fluid (CSF) samples from patients with neurotoxoplasmosis, five CSF samples from patients with other neurological disorders (two with neurocryptococcosis, two with neurosyphilis and one with neurocysticercosis) and artificial samples containing different concentrations of the parasite. The nPCR was positive in all nine patients with neurotoxoplasmosis whereas the cPCR was positive in only five cases. Both PCR procedures were negative in CSF from patients with other neurologic disorders. In the artificial samples, the tachyzoite concentrations detected by nPCR were ten times lower than those detected by cPCR. To assess the immune response, 19 CSF samples from patients with neurotoxoplasmosis were screened for IgG subclass antibodies to T. gondii using an ELISA standardized with an antigenic preparation from parasite cysts. IgG1, IgG2, IgG3 and IgG4 antibody subclasses were detected in 84.2%, 73.7%, 36.8% and 36.8% of the patients, respectively. There were no significant differences in the ELISA sensitivities and mean absorbances for IgG1 and IgG2, whereas the sensitivities and mean absorbances for these two IgG subclasses were significantly higher than for IgG3 and IgG4. The association between toxoplasmosis and mental disorders was investigated by comparing the prevalences and/or the concentrations of anti-T. gondii IgG, IgM and IgA antibodies screened by immunoenzymatic reactions in serum samples from 41 patients with schizophrenia, 38 patients with mood disorders and 95 healthy volunteers. IgG antibodies were detected in 43.9% of patients with schizophrenia, 52.6% of patients with mood disorders and 28.4% of healthy individuals. The prevalence of IgG and the concentration of this antibody in patients with mood disorders were significantly greater than in healthy volunteers (p=0.0204 and p=0.0059, respectively). In contrast, there were no significant differences in these two parameters between patients with schizophrenia and healthy volunteers, or between patients with schizophrenia and patients with mood disorders. IgA antibodies were detected in one patient (2.6%) with mood disorders and in one (1.1%) healthy volunteer, whereas IgM antibodies were detected in two patients (5.2%) with mood disorders. The present study indicates that nPCR may be a potentially useful tool for the diagnosis of T. gondii infection of the central nervous system and suggests that this parasite could be a possible cause of mood disorders. Further studies are necessary to improve our understanding of the physiopathology of neurotoxoplasmosis and its association with other diseases / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Atividade de células entéricas de cordeiros recém-nascidos aleitados com colostro bovino e ovino / Enteric cell activity in newborn lambs fed bovine and ovine colostrum

Débora Botéquio Moretti 07 October 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de aquisição de anticorpos em cordeiros recém-nascidos aleitados com colostro bovino e ovino, bem como a taxa de proliferação celular no epitélio intestinal. Este estudo contribui com informações sobre a aquisição de imunidade passiva nesta espécie, com o conhecimento do desenvolvimento e maturação do trato gastrintestinal no período neonatal, e para a avaliação de uma alternativa de manejo de colostro para estes pequenos ruminantes. Foram utilizados 30 cordeiros recém-nascidos. Às 0 e 6 horas de vida, 12 animais receberam 250 mL de colostro bovino (grupo CB) e outros 12 animais receberam 250 mL de colostro ovino (grupo CO). Amostras de sangue foram coletadas às 0, 6, 24, e 72 horas de vida para quantificação de imunoglobulina G (IgG) e proteína total sérica (PT). Seis animais foram sacrificados aleatoriamente, logo após o nascimento, sem ingestão de colostro, constituindo o grupo controle. Os demais grupos foram abatido às 24 e 72 horas. Amostras do intestino delgado foram coletadas para a quantificação da taxa de divisão celular nas criptas intestinais. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, sendo as variáveis séricas analisadas como medidas repetidas no tempo. Para a variável histológica foi considerado um arranjo fatorial 2 X 2 + 1, tendo como efeitos principais o colostro fornecido, as idades de abate e o grupo controle. As concentrações de IgG sérica às 6, 24 e 72 horas foram significativamente superiores para o grupo CB (16,58±6,19; 34,12±5,67 e 28,77±5,45 mg mL-1) comparado com CO (10,76±6,08, 20,77±6,53 e 20,25±7,3 mg mL-1). A eficiência aparente de absorção (EAA) da IgG mostrou-se inferior no grupo CB (15,06±4,97%) em relação aos animais do grupo CO (25,70±13,08%). O grupo CB apresentou às 24 e 72 horas maiores (P<0,05) valores de PT (7,29±0,87 e 6,89±0,30 g 100mL-1) em relação ao grupo CO (5,73±1,35 e 5,69±0,57 g 100mL-1). Ao nascimento, os animais apresentaram 32,52%, 45,47% e 30,60% de células em divisão para as regiões do duodeno, jejuno médio e íleo, respectivamente. Às 24 horas, os animais do grupo CO apresentaram menor (P<0,0001) porcentagem de células em mitose no duodeno (42,12%) e no íleo (35,66%) em relação aos animais CB, 46,44% e 39,74%, respectivamente. Às 72 horas, foi observada uma porcentagem menor (P<0,0001) de células em divisão nas criptas do duodeno dos animais CO (36,28%), comparados com o grupo CB (43,18%). Não foi observada diferença significativa entre os tratamentos na porcentagem de células mitóticas nas criptas do jejuno às 24 e 72 horas, bem como nas criptas do íleo às 72 horas (P>0,05). Independente do tratamento, o jejuno foi o segmento com maior (P<0,0001) porcentagem de células mitóticas em todos os períodos. Os valores superiores na taxa de divisão celular no grupo CB indicam que o colostro bovino, provavelmente pela elevada concentração de fatores bioativos e de anticorpos, influencia positivamente o processo de renovação epitelial e que o mesmo pode ser utilizado como fonte alternativa de IgG para cordeiros recém-nascidos. / The objective of this study was to evaluate the antibody acquisition mechanism in newborn lambs fed bovine or ovine colostrum as well as the cell proliferation rate in the intestine epithelium. This study contributes with information about passive immunity acquisition in this specie, with knowledge about development and maturation of the small ruminant intestine tract, and for the evaluations of colostrums management alternative to these small ruminant. Thirty newborn lambs were used. At 0 and 6 hours of life, 12 animals received 250 mL of bovine colostrum (BC group) and another 12 animals received 250 mL of ovine colostrum (OC group). Blood samples were collected at 0, 6, 24, e 72 hours of life for immunoglobulin G (IgG) and total serum protein (TP) quantification. Six animals were randomly slaughtered just after birth, without colostrum intake, constituting the control group. The other groups were randomly slaughtered at 24 and 72 hours. Samples of the small intestine were collected for quantification of cellular division rate in intestinal crypts. A completely randomized desining was used, with the serum variables analyzed as repeated measures on time. For the histological variable it was considered a 2 X 2 + 1 factorial arrangement, having as the main factors colostrum supply, slaughter date and the control group. The IgG serum concentration at 6, 24 and 72 hours were significantly higher for the BC group (16,58±6,19; 34,12±5,67 and 28,77±5,45 mg mL-1) compared with the OC group (10,76±6,08, 20,77±6,53 and 20,25±7,3 mg mL-1). The apparent efficiency of IgG absorption (AEA) were lower for the BC group (15,06±4,97%) in relation to the animals from the OC group (25,70±13,08%). The BC group showed at 24 and 72 hours higher (P<0,05) TP values (7,29±0,87 and 6,89±0,30 g 100mL-1) in relation to the OC group (5,73±1,35 and 5,69±0,57 g 100mL-1). At birth, the animals showed 32,52%, 45,47% and 30,60% cells in division for duodenum, jejunum and ileum, respectively. At 24 hours, the animals from the OC group showed lower (P<0,0001) percentage of cells in mitosis in the duodenum (42,12%) and ileum (35,66%) in relation to the BC animals, 46,44% and 39,74%, respectively. At 72 hours, it was observed lower percentage (P<0,0001) of cells in division in the duodenum crypts of the OC animals (36,28%) compared with the BC group (43,18%). It was not observed significantly difference between treatment in mitotic cell percentage of jejunum crypts at 24 and 72 hours as well as in ileum crypts at 72 hours. Independent of the treatment the jejunum was the segment with higher mitotic cells percentage in all periods. The highest values in cellular division rate in the BC group, probably due to high concentrations of bioactive factors and antibodies, indicates that bovine colostrum influences positively the epithelium renovation process and that it can be used as an alternative source of IgG for newborn lambs.
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Avaliação da atividade imunomoduladora de \'Alternanthera tenella\' Colla e investigação de ações do extrato aquoso em modelo de artrite experimental / Evaluation of the immunomodulatory activity of Alternanthera tenella Colla. Effects of the aqueous extract investigated in an experimental arthritis model

Biella, Carla de Agostino 15 June 2007 (has links)
Plantas do gênero Alternanthera (Amaranthaceae) vêm sendo estudadas por suas propriedades antiparasitária, antibacteriana e antiviral. No Brasil a planta Alternanthera tenella Colla, objeto de nossa investigação, é utilizada na medicina popular por possuir atividade antiinflamatória. Considerando a importância do sistema imunológico em infecções e em doenças auto-imunes sistêmicas que apresentam intensa reação inflamatória, o objetivo do atual estudo foi investigar a ação imunomoduladora de extratos de A. tenella no sistema imune de camundongos BALB/c e sua atividade em modelo de artrite experimental induzida pelo óleo mineral pristane (2,6,10,14-tetrametilpentadecano) em camundongos AIRmax, obtidos por seleção genética para reação inflamatória aguda máxima. Extratos brutos orgânicos (etanólico e hexânico), aquosos, frações e flavonóides foram inoculados via intraperitoneal em camundongos BALB/c imunizados ou não com eritrócitos de carneiro (EC). Efeitos imunomoduladores e imunotóxicos foram avaliados através da determinação do peso corporal e dos órgãos linfóides, celularidade do baço e de ensaios funcionais como enumeração de células formadoras de placas (PFC, plaque forming cells), produção de anticorpos anti-EC e edema de pata induzido por carragenina. Posteriormente foram avaliados os efeitos dos extratos aquosos nas subpopulações de linfócitos esplênicos (CD3, CD4, CD8 e CD19), na expressão de marcadores de ativação de linfócitos (CD25, CD40, CD45RB e CD69) e na indução de apoptose nessas células. Os extratos avaliados não induziram alterações no peso dos animais e dos órgãos (baço, timo e fígado) após 4 e 14 dias. Animais imunizados com EC e tratados com o flavonóide 2-O--L-ramnopiranosilvitexina (15 mg/kg), isolado de extrato bruto etanólico (E) ou com o extrato aquoso extraído a frio (AF - 100 mg/kg) apresentaram aumento significativo (p<0,05) no número de PFC anti-EC em comparação aos controles. Os extratos E e AF induziram aumento no título de anticorpos circulantes anti-EC das classes IgG e IgM. Estes resultados sugerem atividade imunoestimulante. Ambos os extratos aquosos, AF e extraído a quente (AQ), apresentaram atividade antiinflamatória no edema de pata induzido por carragenina, principalmente AF que demonstrou efeito dose-dependente (50% e 61% de inibição do edema nas doses de 200 mg/kg e 400 mg/kg, respectivamente). Estes extratos em camundongos BALB/c normais não induziram apoptose, alterações nas subpopulações de linfócitos e não modificaram a expressão de marcadores de ativação em linfócitos T e B. Com base nestes resultados, o extrato AF foi selecionado para utilização nos experimentos em camundongos AIRmax, para investigação de suas possíveis atividades moduladora e/ou terapêutica na artrite induzida por pristane. Os animais que foram tratados com seis doses de 200 mg/kg do extrato AF antes das injeções do pristane (G1, n=15) apresentaram menor incidência de artrite em comparação ao grupo controle positivo, composto por animais que receberam apenas pristane (G4, n=15) (54,5% e 70%, respectivamente). A porcentagem de animais que apresentaram deformidade nas articulações, também foi menor no grupo G1 (18,2%) em comparação ao G4 (30%). Os animais que receberam apenas o extrato (G3, n=14) não apresentaram artrite. Adicionalmente, AF conferiu atividade protetora ao desenvolvimento de ascite, processo inflamatório que também pode ser induzido pelo óleo mineral. As taxas de incidência de ascite nos animais tratados previamente (G1) bem como nos animais tratados após (G2, n=16) as injeções de pristane foram menores do que a do grupo controle positivo (G1=18,2%, G2=6,7% e G4= 50%). Ressalta-se que os índices de sobrevivência nos grupos de animais que receberam o extrato foram superiores ao grupo controle positivo (G1= 86,7%; G2= 93,7%; G4= 60,0%). A taxa de sobrevivência do grupo G3 foi de 100% ao final do experimento. Esses efeitos moduladores do extrato no processo da artrite parecem não ser dependentes da modulação de marcadores de ativação de linfócitos T, nem de alterações nas subpopulações dessas células (CD4+, CD8+, T regulatórias). Tampouco dependeram da indução de apoptose nos linfócitos esplênicos, conforme avaliado pelas técnicas da anexina V e análise da fragmentação de DNA. Entretanto, aumentos na porcentagem de células B/CD69+ sugerem possível participação destas células no processo de modulação da doença. Analisados conjuntamente, os resultados apresentados sugerem que alguns dos produtos vegetais avaliados podem modular a função de linfócitos B, além de apresentarem importante atividade antiinflamatória em edema de pata induzido por carragenina. Adicionalmente, o extrato AF apresentou ação moduladora na artrite induzida por pristane. Esses resultados fornecem subsídios para o entendimento das atividades biológicas da Alternanthera tenella e para a validação científica do seu uso popular / Antiparasitic, antibacterial and antiviral activities in plants of the Alternanthera genus (Amaranthaceae) have been studied. In Brasil, Alternanthera tenella Colla are used in popular medicine as an anti-inflammatory agent. Considering the importance of the immune system in infectious and systemic autoimmune diseases showing intense inflammatory reaction, the objective of this study was to investigate the immunomodulatory activity of A. tenella extracts in BALB/c mice. The plant extracts were also tested in a mineral pristane oil (2,6,10,14-tetramethylpentadecane) induced arthritis model in AIRmax mice, genetically selected for maximal acute inflammatory reactions. Organic solvent crude extracts (ethanol and hexane), aqueous fractions and isolated flavonoids were intraperitoneally inoculated in BALB/c mice immunized or not with sheep red blood cells (SRBC). Immunomodulatory and immunotoxic effects were evaluated by determining body and lymphoid organ weights, splenic cellularity and through functional assays like plaque-forming cells (PFC), antibody anti-SRBC production and carrageenan-induced paw edema. The effects of aqueous extracts on splenic lymphocyte subtypes (CD3, CD4, CD8 and CD19) and apoptosis detection in these cells were further evaluated. The extracts tested did not induce changes in body and organ (spleen, thymus and liver) weights 4 and 14 days after administration. PFC numbers were significantly increased (p<0,05) in SRBC immunized animals treated with 15mg/kg 2-O--L-ramnopiranosilvitexina, a flavonoid isolated from the etanolic (E) crude extract or with the cold aqueous extract (CAE 100 mg/kg) when compared to the controls. The E and CAE extracts induced increased anti-SRBC IgG and IgM circulating antibody titers, suggesting immunostimulatory activity. Aqueous extracts, CAE and hot aqueous extract (HAE), had significant anti-inflammatory activity in the carrageenan paw edema, especially CAE, which showed a dose-related effect (50% and 61% edema inhibition in dosages of 200 mg/kg and 400 mg/kg, respectively). In normal BALB/c mice the extracts did not induce apoptosis or changes in lymphocyte subtypes and T and B activation markers. Based on these results, CAE was selected for tests of modulatory and /or therapeutic activity in a model of pristane induced arthritis in AIRmax mice. Animals (G1, n=15) treated with six doses of CAE (200 mg/kg) before pristane injections showed smaller arthritis incidence when compared to the control positive group receiving pristane only (G4, n=15) (54,4% and 70%, respectively). Percentage of animals showing joint deformities was smaller in G1 (18,2%) in comparison to G4 (30%). The animals receiving extract only (G3, n=14) did not show signs of arthritis. In addition, CAE showed protective activity against ascites development, an inflammatory process that may be induced by the mineral oil. The arthritis incidence index, both in CAE previously treated animals (G1) and in animals treated after pristane injections (G2, n=16), was smaller than in the positive control group (G1=18,2% and G2=6,7% x G4= 50%). It is noteworthy that extract- treated animals, in both groups, also had a higher survival index when compared to the positive control group (G1= 81,9% and G2= 90,8% x G4= 40,2%). The survival index in the G3 group was 100% up to the end of the experiments. The extract modulatory effects in arthritis do not seem to be dependent on the modulation of T lymphocyte activation markers, or on changes in T cells subtypes (CD4+, CD8+, regulatory T cells). Also, they did not depend on apoptosis induction in splenic lymphocytes as evaluated by annexin V and analysis of DNA degradation techniques. However, the percentage increase of B/CD69+ cells suggest their participation in the modulatory process. Together, the results suggest that some of the evaluated plant-derived products may modulate B lymphocyte functions, besides showing important anti-inflammatory activity in carrageenan paw edema. In addition, CAE showed modulatory action in pristane induced arthritis. These results contribute to the understanding of Alternanthera tenella biological activities and provide scientific validation to its popular use.
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Aspectos clínico-laboratoriais na evolução de pacientes com deficiência de imunoglobulina A diagnosticados na infância e de seus familiares / Clinical and laboratorial features from patients with IgA deficiency diagnosed in childhood and from their relatives

Fahl, Kristine 24 June 2008 (has links)
A deficiência de imunoglobulina A (DIgA) é a imunodeficiência primária mais comum com prevalência de 1: 223 a 1:1000 em estudos epidemiológcos, sendo menos freqüente em populações asiáticas. As manifestações clínicas variam desde indivíduos assintomáticos até aqueles com manifestações atópicas, auto-imunes ou infecciosas. Entre estas últimas destacam-se os acometimentos dos tratos respiratório e digestório. Associação com outras imunodeficiências primárias tem sido reportada, em especial a imunodeficiência comum variável e a deficiência de subclasses de imunoglobulina G. Os objetivos deste estudo foram a avaliação dos pacientes com DIgA, diagnosticados na infância, após a segunda década da vida e a avaliação diagnóstica de seus familiares quanto aos aspectos clínicos e laboratoriais. A metodologia utilizou, para o diagnóstico de DIgA, o critério adotado pelo ESID/PAGID (1999). Foi realizada a avaliação das concentrações de imunoglobulina A(IgA) e imunoglobulina M (IgM), na saliva e a pesquisa de auto-anticorpos séricos (Anti-tireóide, FR,FAN) nos pacientes e familiares com DIgA. Realizou-se uma curva de distribuição de IgM salivar em indivíduos normais para comparação com os pacientes DIgA. Os resultados mostraram a avaliação dos 34 pacientes (19 do sexo feminino) com deficiência de imunoglobulina A (DIgA) com idade superior a 10 anos (variação: 10 à 52 anos), sendo 27 deles diagnosticados na infância e 7 familiares dos 62, que responderam à convocação. Considerando-se todos os indivíduos com DIgA, processos infecciosos (de repetição ou graves) ocorreram em 91,2%, manifestações atópicas em 58,8% e auto-imunidade em 52,9%. Manifestações clínicas de auto-imunidade foram observadas em 14/18 indivíduos, sendo que sete foram diagnosticados após 10 anos de idade, por ocasião da realização da pesquisa. Auto-anticorpos foram observados em 10 pacientes, sendo quatro pacientes assintomáticos. Fator reumatóide não foi detectado nesta casuística. Tireoidopatias (seis casos) e artropatias (quatro casos) foram as manifestações clínicas auto-imunes mais observadas. As concentrações de IgM salivar mostraramse elevadas em todos, exceto cinco casos. A comparação dessas concentrações nos grupos com e sem auto-imunidade não mostrou diferença significante (p= 0,48). As conclusões desta pesquisa mostraram os processos infecciosos como as manifestações clínicas mais freqüentes nos pacientes com DIgA, observando-se, porém, uma relevante presença de auto-imunidade nestes pacientes quando reavaliados após a segunda década de vida. Este fato alerta para a necessidade de avaliação rotineira de fenômenos auto- imunes nestes pacientes, durante seguimento. As concentrações de IgM salivar foram semelhantes em pacientes com DIgA com e sem auto-imunidade. Auto-anticorpos foram detectados independentemente da presença de sintomatologia clínica, sendo os mais encontrados aqueles relacionados à tireóide. Os familiares de primeiro grau dos pacientes com DIgA devem ser avaliados, tanto para diagnóstico de imunodeficiências como para detecção de fenômenos auto-imunes, permitindo assim o diagnóstico e abordagens precoces de ambas condições. / IgA deficiency (IgAD) is the most frequent primary immunodeficiency. Its prevalence varies from 1:223 to 1:1000 in epidemiological studies, but in asiatic populations it is uncommon. The clinical manifestations of IgAD are spectral, ranging from asymptomatic patients to recurrent infections, allergic symptoms and/or autoimmunity conditions. The most common infections frequently associated to IgAD involve respiratory and gastrointestinal tracts. The association with other primary immunodeficiency such as common variable immunodeficiency and immunoglobulin G subclasses deficiency has been reported. The aim of this study is to describe clinical and laboratorial evolution regarding autoimmune manifestations in IgAD patients diagnosed during the first years of life and after the second decade and their relatives diagnosed during this study. Laboratorial data included immunoglobulins A and M levels in saliva and auto-antibody screening in immunoglobulin A deficient relatives and patient. The criterion adopted for IgAD diagnosis was defined by Pan-American Group for Immunodeficiency and European Society for Immunodeficiency. The results showed 34 (19 female) immunoglobulin A deficient patients (IgAD) over 10 years of age (range: 10-52 years), 27 of them diagnosed during their childhood, and seven adults detected among 62 screened relatives. Recurrent infections were diagnosed in 91.2% of cases, atopic manifestations in 58.8% and autoimmune clinical manifestation in 52.9%. Autoimmune clinical manifestations were observed in 14 of our 18 IgA deficient patients and relatives with autoimmunity phenomena and seven of them diagnosed only over 10 years old during the study. Auto-antibodies were observed in (10/18) of patients and relatives, with four of them (asymptomatic) showing only the presence of auto-antibodies. Thyroid and osteo-articular involvement (six and four cases, respectively) were the most frequent clinical autoimmune manifestations. The rheumatoid factor was not detected in this casuistic. Auto-antibodies had no statistical difference among patients with or without autoimmunity phenomena. High salivary IgM concentrations were detected in all IgA deficient patients and relatives, except five cases. The comparison of these concentrations in the groups with and without autoimmunity did not show significant difference (p=.0, 48). In conclusion, recurrent infections were the most frequent clinical manifestations of IgA deficient patients and also autoimmune diseases, after the second decade of life. This fact at this series reinforced the necessity of active search for autoimmune conditions diagnosis in these patients. IgM levels showed no statistical difference among IgA deficient patients and relatives with or without autoimmunity. Auto-antibodies, mainly anti-thyroid antibodies, were detected in patients independently of autoimmunity clinical manifestation presence. This study showed the importance of the first degree relatives of IgA deficient patients evaluation, focusing as immunodeficiency as autoimmune disease, permiting an earlier diagnosis of both conditions and an adequate approach to optimize the clinical management and improvement of quality of life of IgAD patients.
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Transferência transplacentária de anticorpos em gestações gemelares / Placental transfer of immunoglobulins in twin pregnancies

Stach, Sônia Christina Leme 13 April 2016 (has links)
Há poucos dados na literatura sobre o transporte transplacentário de imunoglobulinas em gestações múltiplas. O objetivo deste estudo foi observar fatores que influenciam a concentração de imunoglobulina G (IgG) no cordão umbilical dos neonatos e a transferência transplacentária de IgG total e de IgG contra o Streptococcus grupo B (EGB), e lipopolissacarídeos (LPS) de Klebsiella spp. e Pseudomonas spp.. Métodos: estudo prospectivo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 2012 a 2013. Foram coletadas amostras de sangue materno e de cordão umbilical no momento do parto. Os critérios de inclusão foram gestações gemelares com ausência de sinais de infecção por HIV, citomegalovírus, Hepatites B e C, toxoplasmose e rubéola e ausência de doenças autoimunes, malformação fetal e síndromes genéticas. A análise multivariada foi realizada para avaliar a associação entre os níveis de IgG em cordão umbilical e as taxas de transferência de anticorpos com a concentração materna de IgG, a corionicidade da gestação, a presença de insuficiência placentária, a restrição de crescimento intrauterino, a idade gestacional de nascimento, o peso de nascimento, o tabagismo, a doença materna e a via de parto. Resultados: a concentração de IgG total em cordão umbilical apresentou correlação positiva com os níveis maternos séricos de IgG total e a idade gestacional do parto. Os níveis de IgG total em cordão umbilical foram significativamente menores em gestações monocoriônicas quando comparadas às dicoriônicas. A taxa de transferência de IgG total apresentou correlação positiva com a idade gestacional do parto, mas negativa com as concentrações maternas de IgG total. As concentrações de IgG contra EGB e LPS de Klebsiella spp. e Pseudomonas spp. apresentaram associação com os níveis maternos de IgG específicos contra esses antígenos e com o diabetes. Os níveis de IgG contra LPS de Klebsiella spp. também foram associados com o peso de nascimento e com hipertensão materna. As taxas de transferência de IgG contra EGB e LPS de Pseudomonas spp. apresentaram correlação com os níveis maternos de IgG específicos contra os antígenos referidos. A taxa de transferência de IgG contra EGB também esteve associada com a idade gestacional do parto, enquanto a taxa de transferência de IgG contra LPS de Pseudomonas spp. apresentou correlação com diabetes. Não houve correlação entre a taxa de transferência de IgG contra a LPS de Klebsiella spp. com nenhum fator analisado. Conclusão: em gestações gemelares, a concentração total de IgG em cordão umbilical foi influenciada pela concentração materna de IgG total, pela idade gestacional do parto e pela corionicidade placentária. As concentrações de IgG total foram significativamente menores em gestações monocoriônicas que em dicoriônicas. As concentrações séricas de IgG contra EGB e LPS de Klebsiella spp. e Pseudomonas spp. em cordão umbilical apresentaram associação com os níveis maternos de IgG específicos contra esses antígenos e com a presença de diabetes. Todos os outros parâmetros estudados apresentaram diferentes associações com as concentrações de IgG e com as taxas de transferências de IgG específicas contra cada antígeno investigado / There is a lack of data in the literature regarding the placental transport of immunoglobulins in twin pregnancies. The objective of this study was to examine factors that influence the concentration of immunoglobulin G (IgG) in cord serum and the placental transfer of total IgG and of IgGs against Klebsiella spp. LPS and Pseudomonas spp. LPS, and Group B Streptococcus (GBS). Methods: A prospective study was conducted at the Hospital das Clinicas in the São Paulo University Medical School between 2012 and 2013. Maternal and umbilical cord samples were collected at birth. The inclusion criteria were twin pregnancies with no evidence of infection with HIV, cytomegalovirus, hepatitis B or C, toxoplasmosis, or rubella. Twin pregnancies with evidence of autoimmune disease, fetal malformations or genetic syndromes were also excluded. Stepwise multivariate regression analysis was used to evaluate the association between cord serum concentrations of IgG and IgG transfer ratios as well as the associations between cord serum concentrations of IgG and maternal serum concentrations of IgG, pregnancy chorionicity, the presence of an abnormal umbilical artery pulsatility index, intrauterine growth restriction, gestational age at delivery (GAD), birth weight, placental weight, smoking during pregnancy, maternal disease, and mode of delivery. Results: Total IgG concentrations in cord sera were positively correlated with total IgG concentrations in maternal sera. Cord serum concentrations of IgG were also positively correlated with GAD. Cord serum concentrations of total IgG were significantly lower in monochorionic versus dichorionic pregnancies. The total IgG transfer ratio was positively correlated with GAD but was inversely correlated with total IgG concentration in maternal serum. Cord serum concentrations of IgGs against GBS, Klebsiella spp. LPS and Pseudomonas spp. LPS were significantly associated with maternal concentrations of specific IgGs and the presence of maternal diabetes. Cord serum concentrations of anti-Klebsiella spp. LPS IgG were also correlated with birth weight and the presence of maternal hypertension. The transfer ratios of IgGs against GBS and Pseudomonas spp. LPS were related to maternal concentrations of specific IgGs. The transfer ratios of IgGs against GBS and Pseudomonas spp. LPS were also associated with GAD and the presence of diabetes, respectively. None of the examined parameters were found to be correlated with the transfer ratio of IgG against Klebsiella spp. LPS. Conclusions: In twin pregnancies, in addition to the influences of maternal serum concentrations of total IgG and of GAD, chorionicity was also found to influence cord serum concentrations of total IgG. Compared with dichorionic twins, monochorionic twins were found to have lower concentrations of total IgG in cord sera. Umbilical cord serum concentrations of IgGs against GBS, Klebsiella spp. LPS and Pseudomonas spp. LPS were associated with maternal serum concentrations of specific IgGs and with maternal diabetes. All of the remaining parameters that were investigated had varying associations with concentrations of specific IgGs in cord serum and with placental transfer and were dependent on the antigen being studied

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