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Modelos estatísticos para previsão de metástases axilares em câncer de mama em pacientes submetidos à biópsia de linfonodo sentinela / Statistical models for predicting axillary metastases in breast cancer patients submitted to sentinel lymph node biopsy

Bevilacqua, José Luiz Barbosa 21 September 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: O status axilar é o fator prognóstico mais importante em câncer de mama. A biópsia de linfonodo sentinela (BLS) tornou-se o procedimento padrão no estadiamento axilar em pacientes com axila clinicamente negativa. O procedimento recomendado para pacientes com metástase em linfonodo sentinela (LS) inclui a linfadenectomia axilar completa (LAC). Porém questiona-se a necessidade da LAC em todos os pacientes com metástase em LS (MLS), particularmente naqueles com baixo risco de metástase em linfonodos axilares adicionais (Não-LS). Estimar de forma precisa a probabilidade de MLS e metástase em Não-LS (MNão-LS) pode auxiliar em muito o processo de decisão terapêutica. Os dados publicados referentes aos fatores preditivos de MLS e MNão-LS são de certa forma escassos. A forma de como esses dados são apresentados – geralmente expressos como razão de chance (odds-ratio) – dificulta o cálculo de probabilidade de MLS ou MNão-LS para um paciente em específico. Nesta tese, dois modelos de previsão computadorizados de fácil utilização foram desenvolvidos, utilizando-se um grande número de casos, para facilitar o cálculo de probabilidade de MLS e MNão-LS. MÉTODOS: Todos os dados clínico-patológicos foram coletados do banco de dados prospectivo de LS do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC), Nova York, EUA. Os projetos de desenvolvimento de ambos os modelos foram aprovados pelo Institutional Review Board do MSKCC. Dois modelos foram desenvolvidos: Modelo de MLS (Modelo LS) e Modelo de metástase em Não-LS (Modelo Não-LS). No Modelo LS, os achados clínico-patológicos de 4.115 procedimentos subseqüentes de BLS (amostra de modelagem) foram submetidos à análise de regressão logística multivariada para se criar um modelo de previsão de MLS. Um software baseado nesse modelo foi desenvolvido utilizando-se as variáveis: idade, tamanho do tumor, tipo histológico, invasão vásculo-linfática (IVL), localização do tumor e multifocalidade. Esse modelo foi validado em uma amostra distinta (amostra de validação) com 1.792 BLSs subseqüentes. No Modelo Não-LS, os achados patológicos do tumor primário e das MLS, obtidas de 702 procedimentos de BLS (amostra de modelagem) em pacientes submetidos à LAC, foram submetidos à análise de regressão logística multivariada para se criar um modelo de previsão de MNão-LS. Um nomograma e um software baseados nesse modelo foram desenvolvidos utilizando-se as variáveis: tamanho do tumor, tipo histológico, grau nuclear, IVL, multifocalidade, receptor de estrógeno, método de detecção da MLS, número de LS positivos, número de LS negativos. Esse modelo foi validado em uma amostra distinta (amostra de validação) com 373 casos subseqüentes. RESULTADOS: O software do Modelo LS na amostra de modelagem mostrou-se adequado, com a área sob a curva de características operacionais (ROC) de 0,76. Quando aplicado na amostra de validação, o Modelo LS também previu de forma acurada as probabilidades de MLS (ROC = 0,76). O software e o nomograma do Modelo Não-LS na amostra de modelagem apresentaram uma área ob a curva ROC de 0,76 e, na amostra de validação, 0,77. CONCLUSÕES: Dois softwares de fácil utilização foram desenvolvidos, utilizando-se informações comumente disponíveis pelo cirurgião para calcular para o paciente a probabilidade de MLS e MNão-LS de forma precisa, fácil e individualizada. O software do Modelo LS não deve ser utilizado, porém, para se evitar a BLS. Para download dos softawares clique em: <A HREF="http://www.mastologia.com" TARGET="_BLANK">www.mastologia.com . / INTRODUCTION: Axillary lymph node status is the most significant prognostic factor in breast cancer. Sentinel lymph node biopsy (SLNB) has become the standard of care as the axillary staging procedure in clinically node negative patients. The standard procedure for patients with sentinel lymph node (SLN) metastasis includes complete axillary lymph node dissection (ALND). However, many experts question the need for complete ALND in every patient with detectable SLN metastases, particularly those perceived to have a low risk of additional lymph node (Non-SLN) metastasis. Accurate estimates of the likelihood of SLN metastases and additional disease in the axilla could greatly assist in decision-making treatment. The published data on predictive factors for SLN and Non-SLN metastases is somewhat scarce. It is also difficult to apply these data – usually expressed as odds ratio – to calculate the probability of SLN or Non-SLN metastases for a specific patient. In this thesis, two user-friendly computerized prediction models based on large datasets were developed, to assist the prediction of the presence of SLN and Non-SLN metastases. METHODS: All clinical and pathological data were collected from the prospective SLN database of Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC), New York, USA. The development projects of both models were approved by the Institutional Review Board of MSKCC. Two models were developed: Model for predicting SLN metastases (SLN Model) and Model for predicting Non-SLN metastases (Non-SLN Model). In the SLN Model, clinical and pathological features of 4,115 sequential SLNB procedures (modeling sample) were assessed with multivariable logistic regression to predict the presence SLN metastases. A software based on the logistic regression model was created using age, tumor size, tumor type, lymphovascular invasion, tumor location and multifocality. This model was subsequently applied to another set of 1,792 sequential SLNBs (validation sample). In the Non-SLN Model, pathological features of the primary tumor and SLN metastases, identified in 702 SLNBs (modeling sample) on patients who underwent complete ALND, were assessed with multivariable logistic regression to predict the presence of additional disease in the Non-SLNs of these patients. A nomogram and a software were created using tumor size, tumor type and nuclear grade, lymphovascular invasion, multifocality, and estrogen-receptor status of the primary tumor; method of detection of SLN metastases; number of positive SLNs; and number of negative SLNs. This model was subsequently applied to another set of sequential 373 procedures (validation sample). RESULTS: The software of the SLN Model for the modeling sample was accurate and discriminating, with an area under the receiver operating characteristic (ROC) curve of 0.76. When applied to the validation sample, the SLN-Model accurately predicted likelihood of SLN metastases (ROC = 0.76). The software and nomogram of the Non-SLN Model was also accurately predicted likelihood of Non-SLN metastases, with an area under ROC curve of 0.76 for the modeling sample, and 0.77 for the validation sample. CONCLUSION: Two user-friendly softwares were developed, using information commonly available to the surgeon to easily and accurately calculate the likelihood of having SLN metastases or additional, Non-SLN metastases for individual patients. However, the software of the SLN Model should not be used to avoid SLNB. Click on <A HREF="http://www.mastologia.com" TARGET="_BLANK">www.mastologia.com to download these softwares.
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Identificação de microRNAs associados com recidiva em carcinoma papilífero da tireoide / Recurrence associated MicroRNAs in papillary thyroid cancer

Afonseca, Adriana Sondermann de 16 June 2015 (has links)
O carcinoma da glândula tireoide é o câncer endócrino mais prevalente, com crescente incidência anual. Dentre as neoplasias tireóideas, o carcinoma papilífero é o mais frequente, representando 80 a 90% destes tumores. A despeito do excelente prognóstico de seus portadores e da baixa taxa de mortalidade, cerca de 5% a 20% dos indivíduos submetidos à tireoidectomia total desenvolverão recidiva regional e todavia não há consenso sobre os fatores preditivos de recidiva tumoral. MicroRNAs são pequenos RNAs endógenos, que não codificam proteínas, e que medeiam a regulação póstranscricional da expressão gênica ligando-se seletivamente aos RNAs mensageiros por pareamento de bases. A expressão dos microRNAs de uma forma controlada exerce papel importante em múltiplos processos fisiológicos. Em contrapartida, em câncer, níveis de microRNAs podem estar diminuídos ou aumentados e existem evidências de que microRNAs estão envolvidos no processo de metástase e recidiva. No presente estudo, investigamos se os níveis de miR-9, miR-10b, miR-21 e miR-146b são preditores de recidiva em carcinoma papilífero de tireoide. Utilizando amostras de carcinoma papilífero de tireoide fixadas em formalina e emblocadas em parafina, avaliamos a expressão de miR-9, miR-10b, miR-21 e miR-146b em amostras de tumor primário de 66 pacientes através da PCR em tempo real. Os pacientes foram reunidos em dois grupos: pacientes que apresentaram recidiva tumoral (n=19) e pacientes que não apresentaram recidiva tumoral (n=47). Todos os pacientes foram submetidos à tireoidectomia total e seguidos por um tempo mínimo de 120 meses para serem considerados livres de recidiva. Comparamos os grupos de pacientes com e sem recidiva tumoral em relação às variáveis idade, sexo, tamanho do tumor, riscos ATA e MSKCC-NY, estadiamento TNM, variante histológica do tumor, presença de multicentricidade, invasão vascular e perineural, extensão extra-tireóidea e metástases linfonodais cervicais. Análises univariadas e multivariadas foram realizadas utilizando-se os modelos de riscos proporcionais de Cox. Conforme análise univariada, tamanho do tumor primário (p=0,001) e extensão extra-tireóidea (p=0,027) estão associados à recidiva tumoral. Da mesma forma, pacientes em estadios mais avançados (III e IV) segundo TNM (p=0,001) ou classificados em grupos de risco mais elevados segundo ATA (p=0,025) também apresentam maior risco de evoluírem com recidiva da doença. Observamos níveis de expressão de mir- 9 e miR-21 significativamente inferiores nos indivíduos que apresentaram recidiva quando comparados aos que não apresentaram recidiva neoplásica (p<0,001 e p=0,001, respectivamente). Os resultados deste estudo demonstraram que expressão diminuída de miR-9 ou de miR-21 é fator prognóstico significativo para recidiva em indivíduos portadores de carcinoma papilífero de tireoide quando avaliados em amostras do tumor primário (RR = 1,48; 95% IC: 1,24-1,77 e RR = 1,52; 95% IC: 1,18-1,94; respectivamente), enquanto miR-10b e miR-146 não se mostraram diferentemente expressos entre os dois grupos. A análises multivariada envolvendo os níveis de expressão de miR-9 e mR-21 e parâmetros clínicos indica que os níveis de expressão destes microRNAs são fatores prognósticos independentes para pacientes com carcinoma papilífero de tireoide. Concluindo, nossos resultados sugerem que o nível de expressão de miR-9 e miR-21 poderia ser utilizado na prática clínica como biomarcador para avaliar o potencial para recidiva em carcinoma papilífero de tireoide / Thyroid cancer is the most prevalent endocrine neoplasm, and its annual incidence continues to rise. Papillary thyroid cancer is the most common histological type, accounting for 80-90% of all thyroid cancers. Despite its excellent prognosis and low mortality rates, regional recurrence is observed in 5-20% of patients and there is still no consensus concerning tumor recurrence predictive factors. MicroRNAs are endogenous small noncoding RNAs that mediate, post-transcriptionally, gene expression regulation. MicroRNAs selectively bind to mRNAs, playing important roles in multiple physiological processes. On the other hand, microRNAs levels may be down regulated or over expressed in cancer, and have been implicated in recurrence and metastasis-related processes. In the present study, we investigated whether miR-9, miR-10b, miR-21 and miR-146b expression levels could be predictive factors of papillary thyroid cancer recurrence. Using macrodissection followed by quantitative real-time PCR, we measured miR-9, miR-10b, miR-21 and miR- 146b expression levels in formalin-fixed, paraffin-embedded primary tumor samples from 66 patients with papillary thyroid cancer. Patients were categorized into two groups: the recurrent group (n=19) and the non-recurrent group (n=47). All patients underwent total thyroidectomy and were followed for at least 120 months after surgery to be considered recurrence-free. Both groups were compared for clinical and pathological characteristics, including age, gender, tumor size, ATA and MSKCC-NY risk, TNM stage, multicentricity, vascular and perineural invasion, presence of cervical lymph node metastasis and histological type. Univariate and multivariate analysis were performed using the Cox proportional hazard analysis. Tumor size (p=0,001), extrathyroidal extension (p=0,027), higher risk ATA groups (p=0,025) and advanced TNM stages (p=0,001) were associated with recurrence. Expression levels of miR-9 and miR-21 were significantly lower in the recurrent group than in the nonrecurrent group (p<0,001 and p=0,001, respectively). MiR-9 and miR-21 expression levels were considered significant prognostic factors for recurrence in patients with papillary thyroid cancer (RR = 1,48; 95% CI: 1,24-1,77 and RR = 1,52; 95% CI: 1,18-1,94; respectively), but miR-10b and miR-146b were not. Multivariate analysis involving the expression levels of miR-9 and miR-21 and clinical parameters indicates that the expression levels are independent prognostic factor for papillary thyroid cancer patients. In conclusion, our results support the potential clinical value of miR-9 and miR-21 expression levels assessed in primary tumor samples as prognostic biomarkers for recurrence in papillary thyroid cancer
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Influência do grau de especialização médica no diagnóstico de fraturas vertebrais benignas e malignas nas imagens de ressonância magnética / Influence of the degree of medical specialization in the diagnosis of benign and malignant vertebral fractures in magnetic resonance imaging

Santos, Iranilson Medeiros Germano dos 02 June 2017 (has links)
As fraturas benignas osteoporóticas e malignas da coluna vertebral representam um desafio diagnóstico para os médicos especialistas. As fraturas benignas osteoporóticas ocorrem em virtude da fragilidade óssea da osteoporose e as fraturas malignas são secundárias a infiltração neoplásica. Estes dois grupos tem em comum o fato de acometerem predominantemente a população idosa. Alguns sinais radiológicos favorecem o diagnóstico de fraturas benignas osteoporóticas enquanto outros sinais de imagem favorecem o diagnóstico de fraturas malignas, no entanto nenhum sinal identificado nas imagens é específico. O propósito de realizar esse estudo foi identificar se o nível de formação médica dos radiologistas e ortopedistas (cirurgiões da coluna vertebral) exerce influência para o diagnóstico etiológico dessas fraturas nos exames de RM da coluna lombar, assim como avaliar o grau de concordância intra e interobservador para o diagnóstico de fraturas benignas por osteoporose e fraturas malignas. Foram incluídos no estudo de forma retrospectiva os exames de 63 pacientes consecutivos da rotina clínica do HCRP, realizados previamente por indicação clínica e com diagnóstico de fratura não traumática de corpo vertebral. Para avaliar a influência do nível de formação médica, quatro radiologistas e dois cirurgiões da coluna vertebral com diferentes níveis de formação realizaram avaliações de forma independente e as cegas em relação as demais leituras e em relação às informações do prontuário clínico. As imagens de RM anonimizadas e no formato DICOM foram avaliadas em workstation OsiriX. Os médicos observadores fizeram as leituras classificando cada vértebra da região lombar da seguinte forma: sem fratura, com fratura de características benignas ou com fratura de características malignas. Cada observador realizou duas leituras, com intervalo de 15 dias entre as leituras. O padrão de referência foi obtido a partir da avaliação pormenorizada do prontuário eletrônico de cada paciente realizada por médico radiologista sênior, a partir do Sistema de Informações do Hospital (HIS) e do Sistema Informatizado da radiologia (RIS), incluindo a biópsia com confirmação histopatológica nos casos de neoplasia e o seguimento clinico e laboratorial por pelo menos dois anos nos casos em que não houve indicação clínica de biópsia. Utilizando este padrão de referência foram calculadas para cada leitura, a sensibilidade, a especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e negativo com intervalo de confiança (IC) 95%. Os resultados demonstram uma excelente concordância intraobservador e uma boa concordância interobservador, porém sem relevância estatística. Além disso, de uma forma geral a sensibilidade dos observadores para a detecção de fraturas malignas foi boa. A especificidade, acurácia e valor preditivo negativo foram elevados para todos os observadores. O valor preditivo positivo variou de moderado a substancial. Portanto, não houve influência do nível de formação médica para o desempenho diagnóstico na detecção de fraturas benignas osteoporóticas e fraturas malignas nas imagens de ressonância magnética. / Benign osteoporotic and malignant spinal fractures represent a diagnostic challenge for medical specialists. Osteoporotic benign fractures occur because of the bone fragility of osteoporosis and malignant fractures are secondary to neoplastic infiltration. These two groups have in common the fact that they affect predominantly the elderly population. Some radiological signs favor the diagnosis of benign osteoporotic fractures while other imaging signs favor the diagnosis of malignant fractures, however no signs identified in the images are specific. The purpose of this study was to identify whether the level of medical training of radiologists and orthopedists (spine surgeons) influences the etiological diagnosis of these fractures in lumbar spinal MRI (magnetic resonance imaging), as well as to evaluate the degree of intra and interobserver agreement for the diagnosis of benign fractures due to osteoporosis and malignant fractures. We retrospectively included the exams of 63 consecutive patients from the clinical routine of the HCRP, performed previously by clinical indication and with diagnosis of non-traumatic vertebral body fracture. To evaluate the influence of the level of medical training, four radiologists and two spine surgeons with different levels of training performed evaluations independently, without knowing the other readings and without the information in the medical record. The anonymized MRI in the DICOM format were evaluated in OsiriX workstation. Observer doctors did the readings by classifying each vertebra in the lumbar region as follows: no fracture, with fracture of benign features or with fracture of malignant characteristics. Each observer performed two readings, with a 15-day interval between readings. The reference standard was obtained from the detailed evaluation of each patient\'s electronic medical record by a senior radiologist, with the Hospital Information System (HIS) and the Computerized Radiology System, including biopsy with histopathological confirmation in cases of neoplasia and clinical and laboratory follow-up for at least two years in cases in which there was no clinical indication of biopsy. Using this reference standard, sensitivity, specificity, accuracy, positive and negative predictive value with 95% confidence interval (CI) were calculated for each reading. The results demonstrate excellent intraobserver agreement and good interobserver agreement, but without statistical relevance. In addition, the sensitivity of the observers for the detection of malignant fractures was generally good. The specificity, accuracy and negative predictive value were high for all observers. The positive predictive value ranged from moderate to substantial. Therefore, there was no influence of the level of medical training for diagnostic performance in the detection of benign osteoporotic fractures and malignant fractures in magnetic resonance imaging.
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Gene supressor de tumor RECK: clonagem e caracterização do promotor e regulação de sua expressão / Gene suppressor tumor RECK: cloning and characterization of the promoter and regulation of its expression

Sasahara, Regina Maki 10 January 2000 (has links)
A expressão do gene RECK é ubíqua em tecidos normais e não detectável nas linhagens celulares tumorais testadas e em fibroblastos transformados por diversos oncogenes. Inicialmente isolado como um gene indutor da reversão fenotípica tumoral&#8594;normal em fibroblastos transformados por v-Ki-ras, o gene RECK codifica uma glicoproteína de membrana que suprime a invasão tumoral e metástase através da regulação da metaloprotease de matriz-9. Para entender os mecanismos de inibição da expressão do gene RECK, mediada por oncogenes, isolou-se e caracterizou-se a região 5\'- flanqueadora do gene RECK de camundongo (mRECK). Ensaios de atividade promotora utilizando mutantes de deleção da região 5\' - flanqueadora e o gene repórter luciferase, revelaram que a sequência de 52 pb, imediatamente \"upstream\" ao gene, possui uma atividade promotora que é suprimida pelo produto do oncogene Ha-ras (V12). Esta sequência contém dois sítios de ligação a Sp1 (SplA e SplB), um sítio de ligação a cEBPb e um CAAT box. EMSAs e ensaios de atividade promotora, utilizando mutantes pontuais nestes sítios, revelaram que as proteínas Spl e Sp3 se ligam a ambos os sítios Spl, e que a resposta a Ras é mediada apenas pelo sítio SplB. Análise por Southern blot utilizando uma enzima de restrição sensível à metilação e por Northern blot de mRNA extraído de células tratadas com um agente desmetilante, sugeriram que o mecanismo de metilação de DNA não está envolvido na regulação transcricional do gene RECK. O envolvimento de RECK em diversos sistemas de proliferação, invasão e reversão celular foi analisado através de Northern blot. Os resultados sugerem que a expressão de RECK é regulada por soro na linhagem A3l de fibroblastos normais de camundongo. / The RECK gene is ubiquitously expressed in normal human tissues, but is downregulated both in tumor cell lines and in oncogenically transformed fibroblasts. Initially isolated as a tumor&#8594;normal phenotypic reversioninducing gene in v-ki-ras-transformed fibroblast, RECK encodes a membrane-anchored glycoprotein that suppresses tumor invasion and metastasis by regulating the matrix metalloproteinase-9. In order to understand the mechanism of oncogene-mediated suppression of RECK gene expression, we have isolated and characterized the 5\'-flanking region of the mouse RECK gene (mRECK). Deletion mutants constructs of this 5\' -flanking region with the luciferase reporter gene, revealed that the 52 base pairs upstream displays promoter activity which is suppressed by the Ha-ras (V12) oncogene. This region contains two Spl-binding motifs (SplA and SplB), one cEBPb-binding motif, and one CAAT box. Gel shift analysis and reporter gene assays, in combination with site-directed point mutations in these elements, revealed that both Spl sites associate with Spl as well as Sp3 proteins, although Ras- responsiveness seems to be mediated only by the downstream Spl site (SplB). Southern blot analysis using a methylation-sensitive restriction enzyme and Northern blot analysis with mRNA extracted from cells treated with a demethylating agent, indicated that the mechanism of DNA methylation is not involved in the regulation of RECK gene transcription. The role of RECK in several systems of cell proliferation, invasion and reversion, analysed by Northern blot, suggested that RECK expression is cell cycle regulated by serum in normal A3l mouse fibroblast cell line.
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Avaliação das metástases encefálicas antes e após radiocirurgia através de técnica de permeabilidade por ressonância magnética / Assessment of irradiated brain metastases using dynamic contrast-enhanced magnetic resonance imaging

Daniela Batista de Almeida Freitas 03 June 2015 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito da radiocirurgia estereotática (RC) sobre a permeabilidade tumoral das metástases encefálicas, utilizando-se como parâmetro a o coeficiente de transferência de contraste (transfer coefficient, Ktrans) obtida pela técnica de permeabilidade por ressonância magnética (RM). Objetivou-se também avaliar a capacidade de medições Ktrans para prever a resposta volumétrica tumoral a médio prazo depois da RC. Métodos: Vinte e seis pacientes adultos com um total de 34 metástases encefálicas foram submetidos a exames de RM, com sequência dinâmica ponderada em T1, após administração de contraste, em magneto de 1,5 T, antes da RC (linha de base) e 4-8 semanas após o tratamento. A partir desta sequência, foram obtidos mapas paramétricos Ktrans e realizadas medições em regiões de interesse das lesões. Adicionalmente, imagens convencionais ponderadas em T1 pós-contraste foram obtidas pelo menos 16 semanas após a RC, a fim de avaliar a resposta volumétrica tumoral baseada na variação de volume. Resultados: A média ± (devio-padrão [DP]) do valor de Ktrans foi 0,13 ± 0,11 min-1 no exame inicial e 0,08 ± 0,07 min-1 após 4-8 semanas do tratamento (p < 0,001). Os pacientes foram seguidos em média por 7,9 ± 4,7 meses. Dezessete deles (22 lesões) foram submetidos a RM após 16 semanas do tratamento. Destes, 9 (41%) lesões tinham progredido no médio prazo. O aumento da medida de Ktrans após RC foi preditivo de progressão do volume tumoral (taxa de risco = 1,50, interval de confiança 95%: 1,16-1,70, p < 0,001), sendo que a elevação em 15% do valor de Ktrans mostrou uma sensibilidade de 78% e uma especificidade de 85% para a previsão de progressão do volume tumoral a médio prazo. Conclusão: RC está associada a redução dos valores Ktrans das metástases encefálicas no período pós-tratamento precoce. Além disso a variação Ktrans, medida através da técnica de permabilidade por RM, pode ser útil para prever a resposta do volume tumoral a médio prazo para este tratamento / Purpose: The purpose of this study was to evaluate the effect of stereotactic radiosurgery (SRS) on cerebral metastases using the transfer coefficient (Ktrans) assessed with dynamic contrast-enhanced (DCE) MRI. Furthermore, we aimed to evaluate the ability of Ktrans measurements to predict mid-term tumor outcomes after SRS. Methods: Twenty-six adult patients with a total of 34 cerebral metastases underwent T1-weighted DCE MRI in a 1.5T magnet at baseline (prior to SRS) and 4-8 weeks after treatment. Quantitative analysis of DCE MRI was performed generating Ktrans parametric maps, and region-of-interest-based measurements were acquired for each metastasis. Conventional MRI was performed at least 16 weeks after SRS to assess mid-term tumor outcome using volume variation. Results: The mean ± (Standard Deviation[SD]) Ktrans value was 0.13 ± 0.11 min-1 at baseline and 0.08 ± 0.07 min-1 after 4-8 weeks posttreatment (p < 0.001). The mean (± SD) total follow-up time was 7.9 ± 4.7 months. Seventeen patients (22 lesions) underwent mid-term MRI. Of those, 9 (41%) lesions had progressed at the mid-term follow-up. An increase in Ktrans after SRS was predictive of tumor progression (hazard ratio =1.50; 95% confidence interval: 1.16-1.70, p < 0.001). An increase of 15% in Ktrans showed a 78% sensitivity and 85% specificity for prediction of progression at mid-term follow-up. Conclusion: SRS was associated with a reduction of Ktrans values of the cerebral metastases in the early post-treatment period. Furthermore, Ktrans variation as assessed using DCE MRI may be helpful to predict mid-term outcomes after SRS
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Avaliação da linfangiogênese intratumoral em carcinoma precoce do colo de útero / Evaluation of intratumoral lymphangiogenesis in early-stage carcinoma of the uterine cervix

Zaganelli, Fabrícia Leal 10 August 2010 (has links)
A incidência do câncer cervical permanece elevada em nosso país, provavelmente devido ao rastreamento ser realizado principalmente em áreas urbanas e haver áreas menos favorecidas onde os programas de rastreamento não são efetivos. É bem sabido que a mortalidade pelo câncer raramente é devida ao tumor primário, mas à disseminação metastática das células tumorais em órgãos distantes. A via linfática é considerada a preferencial para disseminação metastática nos tumores ginecológicos. E o estágio clínico e os linfonodos regionais são considerados os fatores prognósticos mais potentes no carcinoma de colo útero. A compreensão da linfangiogênese pode ser considerada uma importante chave na elucidação dos mecanismos usados pelas células tumorais na sua disseminação. Os objetivos do presente estudo são avaliar as características clínico-patológicas do câncer do colo do útero e sua associação com o comprometimento linfonodal e o desfecho; avaliar a linfangiogênese intratumoral pela análise quantitativa da microdensidade vascular linfática (MDVL), usando o método imunoistoquímico para marcação dos vasos linfáticos e três métodos morfométricos para a quantificação; determinar a associação entre a MDVL, características clínico-patológicas de apresentação, comprometimento linfonodal, desfecho e a expressão de podoplanina em células neoplásicas e a expressão da podoplanina em células fibroblásticas do estroma intratumoral. Os estudos sobre a MLVD em câncer de colo de útero são raros e controversos. Nossos resultados demonstraram que a MLVD foi mais acentuada nos tumores de menor tamanho (<2 cm), nos estádios iniciais (IB1), com menos infiltrações, sem comprometimento vascular e sem comprometimento linfonodal, provavelmente porque a indução da linfangiogênese pode ser um evento inicial na progressão do câncer, quando ainda nem todos os vasos neoformados estão funcionantes ou patentes. Isto explicaria a elevada MLVD nos tumores iniciais quando os linfonodos estavam frequentemente negativos. Observou-se que não não houve associação significativa entre expressão de podoplanina em células neoplásicas e comprometimento vascular, comprometimento dos linfonodos ou desfecho. A expressão de podoplanina em fibroblastos do estroma intratumoral no câncer precoce de colo de útero está associada a melhor prognóstico. Até o presente, acreditase que este seja o primeiro estudo a investigar o papel da expressão da podoplanina no estroma intratumoral de carcinoma precoce do colo do útero, relacionando-a com MLVD, comprometimento dos linfonodos e o desfecho / Cervix carcinoma incidence remains still high in our country, probably as the screening occurrence is carried out mainly in the urban areas and there are less favored areas where the screening programs are not effective. It is well known that the cancer mortality is rarely caused by the primary tumor, but it is caused by the metastatic spread of tumor cells in distant organs. The lymphatic route is considered the choice for the metastatic dissemination in the gynecological tumors. And the clinical stage and the regional lymphonodes are considered the most powerful prognostic factors in the uterine cervix cancer. The understanding of the lymphangiogenesis can be considered an important key for the elucidation of the mechanisms used in the tumor cells dissemination. The current study objectives are to evaluate the clinic-pathological characteristics of the uterine cervix carcinoma and its association with the lymphnodal involvement and outcome; to evaluate the intratumoral lymphangiogenesis by the quantitative analysis of the lymphatic vessel micro density (LVMD), using the immunoistochemical method for marking the lymphatic vessels and three morphometric methods for the quantification. To determine the association between the LVMD, the clinicpathological characteristics, the lymphonodal involvement and outcome and the podoplanin expression in neoplasic cells and in fibroblastic cells of the intratumoral stroma. Studies about the LVDM in uterine cervical cancer are rare and controversial. Our results demonstrated that the LVDM was more remarkable in the smaller tumors(<2cm), in the initial stages (IB1), with less infiltrations, with no vascular involvement and no lymphnodal involvement. Probably because the induction of lymphangiogenesis may be an early event in cancer progression, while still not all the newly formed vessels are functioning or patent. This would explain the high LVMD in the initial tumors while the lymphonodes were frequently negative. It was noted that there were no significant association between podoplanin expression in neoplasic cells and vessel involvement, lymphonodes involvement or outcome. Podoplanin expression in fibroblasts of the intratumoral stroma in early cervix carcinoma was associated to better prognosis. To date, it is believed that this is the first study to investigate the role of podoplanin expression in intratumoral stroma of cervix carcinoma, relating it to LVMD, lymph node involvement and outcome
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Células estromais mesenquimais multipotentes promovem a metástase de melanoma pela ativação da transição epitélio-mesenquimal / Multipotent mesenchymal stromal cells promote melanoma metastasis through activation of the epithelial-to-mesenchymal transition

Souza, Lucas Eduardo Botelho de 11 June 2012 (has links)
A interação entre células tumorais e células estromais tem um papel central na progressão neoplásica. As células estromais mesenquimais multipotentes (MSCs) podem se integrar ao microambiente tumoral onde modulam o crescimento dos tumores por meio de distintos mecanismos. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel das MSCs na metástase, a principal causa de morte em pacientes com câncer. Utilizando um modelo de melanoma murino ortotópico, nós demonstramos que MSCs obtidas da medula óssea de camundongos (MO-MSCs) ocupam o nicho perivascular nos tumores primários e aumentam 2,5 vezes a incidência de micrometástases pulmonares quando co-infundidas com células de melanoma B16. Observamos ainda que o meio condicionado das MO-MSCs não altera o potencial de colonização pulmonar das células B16 infundidas sistemicamente. Isto indica que as MO-MSCs modulam as fases iniciais da cascata metastática, durante a qual ocorrem os processos de invasão e intravasão nos vasos sangüíneos. Em correlação com estes efeitos pró-metastáticos, o secretoma das MO-MSCs induziu a transição epitélio-mesenquimal (EMT) nas células de melanoma in vitro. Após cultivo em meio condicionado das MO-MSCs, as células B16 adquiriram uma morfologia evidentemente fibroblástica. Ao mesmo tempo, houve o rearranjo dos filamentos de actina e o aumento da expressão de marcadores mesenquimais como fibronectina, vimentina, FSP1, N-caderina e ZEB2, acompanhado da repressão transcricional de E-caderina. A ativação da EMT pelo secretoma das MO-MSCs resultou na aquisição de propriedades metastáticas nas células de melanoma. Após cultivo em meio condicionado de MO-MSCs, as células B16 tiveram seu potencial de ancoragem à fibronectina reduzido, ao passo que houve o aumento na mobilidade e no potencial de invasão em matrizes tridimensionais. Utilizando inibidores competitivos de ATP contra o receptor tirosina-cinase Met, demonstramos que a aquisição de todas as propriedades metastáticas avaliadas e a ativação da EMT nas células de melanoma é mediada pela ativação da via HGF/Met. Estes dados destacam o papel das MOMSCs no microambiente tumoral como fonte perivascular de moléculas indutoras da EMT, cuja ativação leva a aquisição de traços metastáticos nas células de melanoma. Além disso, a inibição da via HGF/Met pode neutralizar os efeitos das MO-MSCs sobre as células tumorais, contribuindo para a repressão de propriedades fundamentais que sustentam a progressão e a disseminação neoplásica. Estas informações são importantes para o desenvolvimento seguro das MO-MSCs como ferramenta terapêutica e demonstram a importância da sinalização entre MSCs e células tumorais na disseminação metastática. Mais especificamente, estas observações reforçam a inibição da via HGF/Met como uma abordagem promissora para o tratamento da metástase. / The crosstalk between tumor cells and stromal cells can profoundly impact tumor progression. Multipotent mesenchymal stromal cells (MSCs) have been reported to integrate the tumor microenvironment where they are described to modulate tumor growth by distinct mechanisms. However, little is known about the impact of MSCs on metastasis, the main cause of death in patients with cancer. Using an orthotopic mouse melanoma model, we showed that mouse bone marrow-derived MSCs (BMMSCs) occupy the perivascular niche within primary tumors and increased by 2.5-fold the incidence of lung micrometastases after co-infusion with B16 melanoma cells. Also, MO-MSCs conditioned medium did not affect the lung colonization ability of systemically infused B16 cells. This indicates that MO-MSCs induces the initial steps of the metastatic cascade, during which the invasion and intravasion occurs. Correlating with these metastatic effects, the BM-MSCs\' secretome activated the epithelial-to-mesenchymal transition (EMT) in B16 cells in vitro. After culture in BMMSCs\' conditioned medium, B16 cells acquired an evident fibroblastic morphology. Simultaneously, we observed the rearrangement of actin filaments and the upregulation of mesenchymal markers such as fibronectin, vimentin, FSP1, Ncadherin and ZEB2. In agreement with the loss of epithelial phenotype, BM-MSCs\' secretome also suppressed E-cadherin expression in B16 cells. The activation of EMT by BM-MSCs leaded to the acquisition of metastatic traits in melanoma cells. After culture in BM-MSCs\' conditioned medium, B16 cells displayed reduced anchorage to fibronectin and increased motility and invasiveness in threedimensional matrix plugs. Inhibition of Met receptor with competitive ATP inhibitors demonstrated that the induction of EMT and the resultant acquisition of metastatic traits are driven by activation of HGF/Met signaling pathway. Taken together, these evidences highlight the role of BM-MSCs as a perivascular source of EMT-inductive signals, whose activation leads to acquisition of metastatic traits in melanoma cells. Furthermore, inhibition of HGF/Met signaling pathway can neutralize the effects of BM-MSCs on tumor cells, thereby allowing the repression of fundamental properties which support tumor progression and metastasis. This information is useful to safely develop BM-MSCs as therapeutic tool and demonstrate the relevance of the signaling between MSCs and tumor cells during metastasis. More specifically, it reinforces that inhibition of Met signaling can be a promissory approach for the treatment of metastasis.
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Validade do mapeamento do linfonodo sentinela na detecção de metástase linfática cervical do carcinoma papilífero da glândula tireoide / Impact of sentinel lymph node mapping to detect papillary thyroid carcinoma lymph node metastasis

Steck, José Higino 23 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O mapeamento do linfonodo sentinela (MLNS) é largamente utilizado em pacientes com melanoma cutâneo, câncer de mama e outras neoplasias malignas sólidas com a finalidade de estadiá-las e indicar esvaziamento linfático apenas na presença de metástase. Nos últimos anos aumentou o interesse pelo uso do MLNS em pacientes com carcinoma papilífero de tireoide (CPT) sem metástases linfáticas detectáveis clinicamente (estádio cN0), devido à alta frequência de metástases ocultas nesses pacientes. O MLNS pode evitar o esvaziamento linfático do compartimento central (ECC) em portadores de CPT sem metástase. Mesmo que não se planeje o ECC eletivo, o MLNS pode também ser usado para estadiar adequadamente o pescoço e indicar tratamento posterior com radioiodoterapia em casos com metástase. Esse estudo tem como objetivo verificar: 1) a efetividade da técnica do MLNS nos pacientes com CPT; 2) a acurácia do MLNS em diagnosticar as metástases linfáticas; 3) se o MLNS pode modificar o estadiamento dos pacientes com CPT cN0. MÉTODOS: Trata-se de estudo de acurácia, prospectivo longitudinal de 38 casos consecutivos de CPT clinicamente N0, atendidos em um único centro, no período de 2010 a 2015. Todos foram submetidos à tireoidectomia total, MLNS com radiofármaco e ECC eletivo. Os resultados relativos ao MLNS foram comparados com o exame anatomopatológico do conteúdo do ECC. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento dos doentes foi de 36 ± 13 meses. Os LNS foram localizados com maior frequência nos níveis VI e III. O LNS foi detectado em 95% da casuística e os valores de avaliação de testes diagnósticos foram: 1 falso negativo, 95% de sensibilidade, 100% de especificidade, 94% de valor preditivo negativo e 97% de acurácia. O MLNS foi capaz de reestadiar 49% dos pacientes inicialmente N0 para pN positivo. Quanto ao grupo de estadiamento AJCC (que leva em conta a idade), 3% dos pacientes foram reestadiados para estádio III e 18% para estádio IV. CONCLUSÕES: 1) a técnica de MLNS utilizada nos pacientes com CPT foi efetiva em 95% dos procedimentos realizados; 2) a acurácia do MLNS em diagnosticar as metástases linfáticas cervicais foi de 97%; 3) o MLNS re-estadiou os portadores de CPT, classificados clinicamente como N0, para pN positivo em 49% da casuística, e para estádio III e IVa em 21% / INTRODUCTON: Sentinel lymph node mapping (SLNM) is widely perfomed in melanoma, breast cancer and other solid tumors, to adequately stage these diseases. More recently, the interest in SLNM for clinically N0 Papillary Thyroid Cancer (PTC) has increased due to the high rate of occult metastases in these patients, to avoid unnecessary central neck dissection (CND), and its complications. Even if routine elective CND is not planned, SLNM can be used to adequately stage the neck, and to indicate further treatment with radioiodine in cases with neck metastases, for instance. This study aims to evaluate 1) SLNM effectiveness in PTC patients, 2) SLNM accuracy to diagnosis lymph node metastases and 3) if SLNM can upstage cN0 PTC patients. METHODS: This is a prospective longitudinal, diagnostic test accuracy study with 38 consecutive cN0 PTC patients, treated in a single center between 2010 and 2015. Surgical treatment in all cases included total thyroidectomy and elective CND after SLNM. Results of SLNM were compared to CND pathological findings, in order to verify if sentinel lymph node (SLN) predicted the occurrence of PTC occult lymph node metastasis. RESULTS: The mean patients\' follow-up was 36 ± 13 months. 133 SLN were found in the neck, on levels VI and III. The SLN was identified in 95% of the patients with 1 false negative, 95% sensitivity, 94% negative predictive value and 97% accuracy. The SLNM upstaging from cN0 to pN+ was 49%, with 3% stage III and 18% stage IVa. CONCLUSION: 1) SLNM was effective in 95% of procedures, 2) SLNM accuracy was 97%, 3) SLNM upstaging from cN0 to pN+ was 49%, and to stage III and IVa was 21%
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Infiltrados eosinofílico e linfocítico em carcinoma espinocelular de lábio como fatores prognósticos / Eosinophilic and lymphocytic infiltrating in squamous-cell carcinoma of the lip as prognosis

Silva, Bruno de Santana 25 April 2005 (has links)
O carcinoma espinocelular de lábio (CEC) é uma patologia relativamente freqüente e acomete preferencialmente indivíduos de pele clara e com antecedentes de exposição solar. A localização labial do CEC está associada ao comportamento clínico mais agressivo. Algumas características clínicas e histológicas, como tamanho do tumor, grau de diferenciação, espessura, invasão perineural e perivascular, atuam como fatores prognósticos do CEC de lábio. A presença do infiltrado inflamatório vem sendo associada ao comportamento de diversos tumores, dentre eles o CEC. Esse infiltrado é composto por linfócitos T, B, células natural killer, macrófagos e eosinófilos. O papel do infiltrado eosinofílico no CEC é bastante controverso, mostrando associação tanto com melhor como com pior prognóstico. Neste trabalho, tentamos relacionar os infiltrado eosinofílico e linfocítico entre si e estabelecer uma possível associação com o prognóstico do tumor. Foram avaliados 29 casos de CEC de lábio atendidos no ambulatório de cirurgia dermatológica do HC-FMUSP, no período de 1980 a 1989. Foram colhidos dados clínicos provenientes dos prontuários (sexo, idade, tabagismo, duração da lesão, presença de recidiva e metástase) e dados histológicos (grau de diferenciação, espessura, invasão perineural e perivascular, comprometimento da camada muscular, contagem de eosinófilos peritumoral e intratumoral, contagem de linfócitos) em lâminas coradas pela hematoxilia-eosina. A comparação entre a quantificação dos eosinófilos na área intra e peritumoral mostrou-se semelhante. Não foi encontrada significância estatística entre a contagem de eosinófilos tumorais e fatores que funcionam como prognósticos do CEC de lábio (espessura, duração da lesão, infiltrado perivascular e perineural, comprometimento da camada muscular, grau de diferenciação, presença de recidiva e metástase). O infiltrado linfocítico desempenha fator prognóstico nos casos de melanoma, porém, no CEC, ainda é controverso. Foi realizada a classificação semiquantitativa do infiltrado linfocítico e comparada às mesmas variáveis estudadas com os eosinófilos. Foi encontrada relação estatisticamente significativa entre maior infiltrado linfocítico e menor grau de diferenciação das células tumorais, sugerindo um papel importante dos antígenos de superfície presentes no desencadeamento da resposta imune linfocitária anti-tumoral. As outras comparações não se mostraram significativas. Tentamos relacionar ainda a quantidade de eosinófilos e linfócitos no infiltrado, e observamos que as duas populações de células se comportam de maneira independente. Concluímos então que os infiltrados eosinofílicos peritumoral e intratumoral apresentam quantidades semelhantes de eosinófilos; o infiltrado eosinofílico não tem relação com prognóstico do CEC de lábio; o número de linfócitos no infiltrado tumoral é maior em tumores mais indiferenciados; o infiltrado linfocítico não influencia no restante dos fatores que funcionam como prognóstico do CEC de lábio; a quantidade de eosinófilos e linfócitos no CEC de lábio comportam-se de maneira independentes / The squamous-cell carcinoma (SCC) is a pathology quite frequent in people in general, mostly in white persons with history of excessive exposition to the sun rays. The fact of the SCC is located on the lips is associated with the most aggressive clinical behavior. Some clinical and histological characteristics, as the size of the tumor, degree of differentiation, density, perineural and perivascular invasion, act as prognostic factors of SCC of the lip. The presence of the tumor-infiltrating has being associated with the behavior of several tumors, including SCC. This infiltrating is composed by lymphocytes T, B, natural killer cells, macrophages and eosinophils. The role of the eosinophilict infiltrating in SCC is controversial enough because it shows association with both best and worst prognosis. In this study, we tried to stablish relations between the eosinophilic and the lymphocytic infiltratings, to stablish a possibility of association with the tumor prognosis. In order to achieve our objective, we have analized 29 cases of SCC os lip observed in the ambulatory of dermatologic surgery of HC-FMUSP from 1980 to 1989. We have also collected clinical data from the patient\'s promptuaries (sex, age, tobaccoism, time of lesion, presence of recurrence and metastasis) and histological data (degree of differentiation, depth, perineural and perivascular invasion, infiltration of the muscle layer, counting of peritumoral and intratumoral eosinophils, counting of lymphocytes) in microscopic features stained with hematoxylin and eosin. When comparing quantities of eosinophils in the intra and peritumoral areas we found them similar. We have not found any significant differences between the counting of tumoral eosinophils and factors that work as SCC of lips prognosis (depth, time of lesion, perivascular and perineural invasion, infiltration of the muscle layer, degree of differentiation, presence of recurrence and metastasis). The lymphocytic infiltrating acts as prognostic factor in the cases involving melanoma, however, in CEC it is still controversial. We have proceeded a classification of the lymphocytic infiltrating and compared with the same fluctuations studied with the eosinophils. We have found a significant relationship between the higher lymphocytic infiltrating and a minor degree of differentiation of tumoral cells, which suggests that the surface antigens in the lymphocytic anti-tumor immune response have an important role. Other comparisons were not significant. We tried to list the quantity of eosinophils and lyphocytes in the infiltrating and we noted that two groups of cells had differents behaviors. We conclude, therefore, that: the peritumoral and intratumoral eosinophilic infiltrating present similar quantities of eosinophils; the eosinophilic infiltrating is not related to the SCC of lips prognosis; the number of lyphocytes in the tumoral infiltrating is higher in less differentiated tumors; the lymphcytic infiltrating has no influence in the other factors that work as lips\' CEC prognosis; and the quantity of eosinophils and lymphocites in the SCC of lips have independent behaviors
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Avaliação dos genes envolvidos na transição epitelial-mesenquimal e sua relação com a progressão e a invasão tumoral em câncer de pulmão / Evaluation of genes involved in the epithelial-mesenchymal transition and its relation to tumor progression and invasion in lung cancer

Rocha, Tabatha Gutierrez Prieto Martins 17 September 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: As recidivas e as metástases são os fatores responsáveis pela morte de pacientes com câncer de pulmão (representando 90% dos casos), indicando a necessidade de conhecer as múltiplas vias sinalizadoras envolvidas em sua patogênese, progressão, invasão e metástase. Adenocarcinomas e carcinomas de grandes células invadem primariamente vasos sanguíneos e linfáticos, metastatizando à distância. Já os carcinomas de células escamosas envolvem diretamente o mediastino, sobretudo, linfonodos e pericárdio. Carcinomas neuroendócrinos de baixo grau (carcinoides típicos e atípicos) invadem e metastatizam apesar de serem indolentes, enquanto que carcinomas neuroendócrinos de alto grau (carcinoma neuroendócrino de grandes células e carcinoma de pequenas células), rapidamente metastatizam à distância. Esse espectro diferencial de invasividade nos carcinomas de pulmão ainda não pôde ser definitivamente demarcado por biomarcadores, sobretudo nas variantes neuroendócrinas. Neste aspecto, acredita-se que a EMT esteja mais intimamente envolvida no processo de invasão, despontando como potencial biomarcador. OBJETIVO: Realizar o mapeamento genético da EMT nos carcinomas pulmonares, estabelecendo uma assinatura gênica capaz de prever o potencial de invasão nos diferentes tipos histológicos do câncer de pulmão. MÉTODOS: Espécimes de tumores ressecados cirurgicamente e criopreservados de 60 pacientes foram submetidos a análise de expressão gênica através da qPCR em tempo real, por meio do kit RT2 Profiler PCR array para a EMT com 84 genes de interesse. RESULTADOS: Observou-se a elevada expressão de 24 genes (AKT1, COL1A2, COL3A1, COL5A2, DSP, EGFR, FR11, GSK3B, ILK, ITGA5, ITGAV, ITGB1, JAG1, MAP1B, MMP2, MMP3, SNAI2, SPARC, SPP1, STAT3, TCF3, TGF?3, VPS13A, WNT5A) que participam do processo da EMT e atuam no desenvolvimento da neoplasia pulmonar. Tumores em estádio avançado e com metástases linfonodais apresentaram significante maior expressão dos seguintes genes, COL1A2, COL5A2, DSP, EGFR, FR11, GSK3B, ILK, ITGAV, ITGB1, MAP1B, SNAI2 e VPS13A. Comparando-se carcinomas nãoneuroendócrinos (CEC e AD) e neuroendócrinos (CT, CA, CPPC, CNEGC), observou-se que os neuroendócrinos apresentaram elevada expressão significativa dos genes: FR11, GSK3B, ILK, ITGB1, JAG1, MAP1B e VPS13A. Em relação à sobrevida, a análise univariada demonstrou menor sobrevida para pacientes em estádio avançado do tumor com metástase linfonodal e portador de carcinoma neuroendócrino que apresenta a hiperxpressão de todos os 24 genes da EMT, com exceção dos genes COL3A1 e SPP1. Pela análise multivariada demonstrou-se que pacientes com carcinomas neuroendócrinos com expressão elevada de MMP2 e SPARC apresentaram maior risco de morte (OR 5,41 e 4,94, respectivamente), enquanto que pacientes portadores de carcinomas de células escamosas ou adenocarcinomas com baixa expressão gênica de ILK, SPP1, COL1A2, ITGB1 apresentaram menor risco de morte (OR -7,02; -0,4, -1,3 e -3,02). CONCLUSÃO: Através do presente estudo estabeleceu-se uma assinatura gênica de 24 genes capaz de prever o potencial de agressividade histológica, de invasão e de metástases nos carcinomas pulmonares neuroendócrinos e não-neuroendócrinos / INTRODUCTION: Metastasis are responsible for the death of 90% of patients with lung cancer, indicating the need to know the multiple signaling pathways involved. Adenocarcinomas (Adc) and large cell carcinomas primarily invade blood vessels with distant metastasis, whereas squamous cell carcinoma (SqCC) involves the mediastinal lymph nodes. Neuroendocrine carcinomas of low-grade (typical and atypical carcinoid) are indolent, while high-grade neuroendocrine carcinoma (large cell neuroendocrine carcinoma and small cell carcinoma) metastasize rapidly. Biomarkers of aggressiveness in lung carcinomas remain to be determined, especially in neuroendocrine variants. In these fields, Epithelial to mesenchymal transition (EMT) genes profile emerge promise as an indicator of invasion and metastasis. AIMS: Carry out the genetic mapping of EMT in lung cancer, establishing a gene signature capable of predicting the invasion potential of different histological types of lung cancer. METHODS: Were included specimens of 60 patients and the EMT gene expression was quantified with a quantitative real-time (RT)- PCR carried out on StepOnePlus(TM) Real-Time PCR System (Applied Biosystems) with RT2 Profiler PCR Array System for the EMT pathway wih 84 target genes. (Qiagen, Dusseldorf, Germany). Associations of the gene signature and clinicopathological features, as well as prognostic factors were evaluated. RESULTS: Was observed high expression of 24 genes (AKT1, COL1A2, COL3A1, COL5A2, DSP, EGFR, FR11, GSK3B, ILK, ITGA5, ITGAV, ITGB1, JAG1, MAP1B, MMP2, MMP3, SNAI2, SPARC, SPP1, STAT3, TCF3, TGFbeta3, VPS13A, WNT5A) that are involved in the EMT process and act in the development of pulmonary neoplasia. Tumors at the advanced stage and with lymph node metastasis shown a significant higher expression of the genes COL1A2, COL5A2, DSP, EGFR, FR11, GSK3B, ILK, ITGAV, ITGB1, MAP1B, SNAI2 and VPS13A. Comparing the histological subtypes non-neuroendocrine (SqCC and AD) and neuroendocrine carcinomas (TC, AT, SCLC, LCNEC), was observed that the neuroendocrine variant shown a higher significant expression of the genes FR11, GSK3B, ILK, ITGB1, JAG1, MAP1B and VPS13A. Regarding survival, univariate analysis showed lower survival for patients in the advanced tumor stage, with lymph node metastasis and with neuroendocrine carcinoma histology that presenting overexpression for all 24 EMT genes, with the exception of the COL3A1 and SPP1 genes. Cox regression controlled by, histological types and gene expression of ILK, MMP2, SPP1, SPARC, COL1A2 and ITGB1 showed that patients with neuroendocrine carcinomas with higher expression of MMP2 and SPARC had a higher risk of death (OR 5.41 and 4.94, respectively), whereas patients with squamous cell carcinomas or adenocarcinomas with lower gene expression of ILK, SPP1, COL1A2, ITGB1 showed lower risk of death (OR -7.02, -0.4, -1.3 and -3.02). CONCLUSION: Was established a potential gene signature of 24 genes involved in the EMT process and capable of predicting the histological aggressiveness, invasion and metastasis in neuroendocrine and non-neuroendocrine variants of lung carcinomas

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