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Análise da interação profissional-paciente no atendimento odontopediátrico como requisito para a capacitação do dentista para o trabalho com pacientes especiais.Rolim, Gustavo Sattolo 21 February 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-02-21 / Financiadora de Estudos e Projetos / The dental treatment and all its components (behaviors and the clinical environment) frequently acquire aversive functions. The objective of this study was to describe strategies used by the dentist and its effects on children s escape or avoidance behaviors during the dental treatment. Participants were a dentist and six children with previous history of traumatic dental treatment. Two studies were carried out. In first study the procedure consisted of eight sessions separated by two Experimental Conditions. In the First Condition, treatment should be conducted at the first 4 sessions with an explicit requirement of not using children s Physical Restraint. This requirement was suspended for
the Second Condition. In the other study, two dental treatments were carried out without any special requirement, separated by an interval of two years. For both studies, all the
sessions were recorded in VHS and behavioral events sequentially analyzed. Children and professional s behaviors were recorded in a formal protocol. The treatments were analyzed session by session and in each dental routine. Records were made by independent observers. Results showed that children with a history of non-cooperative behaviors when exposed to the same type of situation presented a reduction in the frequency of non-cooperative behaviors, what can be supposed to be a result of an extinction process. Extinction also occurred concerning dentist´s interactive responses. Dentist used Physical
Restraint to manage dental treatment. Participant 1 showed cooperative behaviors during almost all treatment sessions. When the dentist used Physical Restraint, this child emitted
escape responses. For Participant 2, Physical Restraint worked as punition, because it suppressed non-cooperative behaviors. Considering the treatment of Participants 3, 4, 5 and 6 data reveals the possibility of an extinction process of non-cooperative behaviors. Results suggest that the dentist and child learn with each other during dental treatment, and this situation is important not only for the dental health, but also for the promotion and development of coping repertoires with situations that involve aversive events. / A situação de tratamento odontológico, os comportamentos do cirurgião-dentista e o ambiente do consultório freqüentemente adquirem funções aversivas, passando a fazer
parte de relações funcionais definidas como comportamentos de medo e ansiedade. O objetivo desse trabalho foi descrever as estratégias comportamentais empregadas pelo
cirurgião-dentista e seus possíveis efeitos na modificação dos comportamentos de fuga ou esquiva de crianças durante o atendimento odontológico. Os participantes foram um
dentista e seis crianças com história prévia de dificuldades em atendimentos. Foram realizados dois estudos. No primeiro estudo o procedimento geral consistiu em oito sessões
de tratamento separadas em duas condições experimentais. Na Primeira Condição Experimental o atendimento era conduzido de acordo com procedimento padrão, exceto
pela exigência explícita de não usar contenção física e ameaça contingente a comportamentos de não colaboração. Esta exigência foi suspensa para a Segunda Condição
Experimental. No segundo estudo foram realizados dois momentos de atendimento sem qualquer exigência, separados por um intervalo de dois anos. Nos dois estudos, todas as
sessões foram gravadas em VHS e analisadas seqüencialmente. Nas gravações foram inseridos sinais sonoros a cada 15 segundos. A cada sinal a resposta da criança e do profissional era registrada segundo categorias previamente definidas em um protocolo de registro. Os tratamentos foram analisados por sessão e por rotina odontológica realizada. Os registros foram feitos por observadores independentes e mostraram confiabilidade
adequada. Os resultados mostraram que crianças com história comportamental de não colaboração, quando expostas, repetidamente, ao mesmo tipo de situação apresentam
diminuição na freqüência de suas respostas não colaborativas, que podem ser interpretadas como resultantes de um processo de extinção. A extinção ocorreu para as respostas
interativas do dentista no decorrer das sessões. Frente a não colaboração das crianças o dentista utiliza-se da Contenção Física para realizar o tratamento. O Participante 1
colaborou com o tratamento. No momento em que o dentista utilizou-se da Contenção Física e essa criança emitiu respostas de fuga (contracontrole). Para o Participante 2, a
Contenção Física pode ser considerada como punitiva, pois suprimiu os comportamentos não cooperativos. Com relação ao atendimento do Participante 3, 4, 5 e 6 é possível inferir
que o uso da restrição só pode considerada uma estratégia de manejo eficiente quando foi empregada contingente à resposta não cooperativa. Os resultados sugerem que o dentista e a criança aprendem a se comportar um em relação ao outro durante o tratamento odontológico, e que essa situação é importante não apenas para a saúde bucal, mas,
também, para a promoção do desenvolvimento de repertórios de enfrentamento de situações que envolvam eventos aversivos.
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Estudo das relações entre a atitude de perdoar ofensas interpessoais e os esquemas iniciais desadaptativosSantana, Rodrigo Gomes 30 August 2011 (has links)
This research was designed to examine the relationship between the willingness to forgive in specific situations and intensity of Early Maladaptive Schemas in a nonclinical sample of adults. Forty-one people participated in the survey, with an average age of 27.8 years. Were used three instruments: the Enright Forgiveness Inventory (EFI), the Crowne-Marlowe Social Desirability Scale and the Young Schema Questionnaire (short version). After application of the measures, statistical procedures were applied. In terms of results related to EFI, the same way in other studies that used this scale, were found positive correlations of the subscales of behavior, cognition and affection among themselves and with the total score of EFI, as well as with the 1-Item Forgiveness Scale an independent measure to evaluate how much the individual has forgiven the offender, in a complete mode. The results also showed that the EFI total score and the 1-Item Forgiveness Scale correlated positively, while the social desirability scale didn t show significant correlations with any of the two measures. Concerning the intensity of the offense, there was a negative correlation of this variable with measures of forgiveness, indicating that the degree of forgiveness was less the greater the perceived intensity of injury. With respect to the intensity of forgiveness, the average degree of forgiveness of the participants was 266 points a score that ranges from 60 (low degree of forgiveness) to 360 (high degree of forgiveness) and over half of the sample (61%, n = 25) reported levels of forgiveness higher than average. In terms of degrees of forgiveness measured by subscales of the EFI, the results showed that sample expressed more intensely the cognitive forgiveness (M = 96.8). The degree of affective forgiveness (M = 81.3) remained significantly lower than the degree of behavioral forgiveness (M = 88.2) and cognitive forgiveness, indicating that it was harder to participants offer the emotional forgiveness. Finally, considering the main objective of this research, the results showed negative correlations between the measure of forgiveness used as a criterion variable (1-Item Forgiveness Scale) and four of the five domains of schemes proposed by Young, to wit: disconnection and rejection (ρ = -0.534, p <0.05), impaired autonomy and performance (ρ = -0.440, p < 0.05), other-directedness (ρ = -0.371, p < 0.05) and finally, the impaired limits domain (ρ = -0.472, p < 0.01). Thus, the probability of the participants forgive their offenders has decreased as a function of the magnitude of the participant's domains and their schemes. The results observed in this study expands the current knowledge about the process of forgiveness, as well as about its interface with the cognitive structures called schemas, which have an important role in the organization of the personality, from the therapeutic point of view in cognitive approaches. / Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar a relação entre a disposição para perdoar em situações específicas e a intensidade dos Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) em uma amostra não clínica de indivíduos adultos. Participaram da pesquisa 41 pessoas, com idade média de 27,8 anos. Foram utilizados três instrumentos de avaliação: a Escala de Atitudes para o Perdão (EFI), a Escala de Desejabilidade Social de Crowne-Marlowe e o Questionário de Esquemas Young (versão breve). Após a coleta, os dados foram submetidos a procedimentos estatísticos descritivos e correlacionais. Em se tratando dos resultados referentes à EFI, assim como em outros estudos que utilizaram a mesma escala, foram verificadas correlações positivas das subescalas de comportamento, julgamento e afeto, entre si, e com o escore total da EFI, assim como com a escala independente Item do Perdão uma escala independente que mede o quanto o indivíduo perdoou o ofensor de forma completa. Os resultados mostraram também que o escore total da EFI e do Item do Perdão correlacionaram-se positivamente, enquanto que a escala de desejabilidade social não apresentou correlações significantes com nenhuma das duas medidas. Com relação à medida de intensidade da ofensa, observou-se uma correlação negativa desta variável com as medidas de perdão, indicando que o grau de perdão foi tanto menor quanto maior a intensidade percebida da mágoa. Com respeito à intensidade do perdão, o grau médio do perdão dos participantes foi de 266 pontos num escore que varia de 60 (baixo grau de perdão) a 360 (alto grau de perdão) sendo que mais da metade da amostra (61%, n = 25) reportou graus de perdão superiores à média. Em se tratando dos graus de perdão medidos pelas subescalas da EFI, os resultados mostraram que a amostra expressou o perdão mais intensamente pela via cognitiva. O grau de perdão afetivo (M = 81,3) permaneceu significativamente menor que o grau de perdão comportamental (M = 88,2) e cognitivo (M = 96,8), indicando que foi mais difícil para os participantes perdoar afetivamente. Finalmente, considerando o objetivo principal desta pesquisa, os resultados mostraram correlações negativas entre a medida de perdão utilizada como variável critério (Item do Perdão) e quatro dos cinco domínios de esquemas propostos por Young, a saber: desconexão e rejeição (ρ = -0,534; p < 0,05), autonomia e desempenho prejudicados (ρ = -0,440; p < 0,05), orientação para o outro (ρ = -0,371; p < 0,05) e por fim, o domínio de limites prejudicados (ρ = -0,472; p < 0,01). Assim, a probabilidade de que os participantes perdoassem de forma completa seus ofensores foi menor à medida que apresentassem maior intensidade nestes domínios e seus esquemas. Os resultados verificados nesta pesquisa ampliam o conhecimento atual que se tem em relação ao processo de perdão em si, bem como a respeito de sua interface com as estruturas cognitivas denominadas esquemas, que têm um importante papel na organização da personalidade, do ponto de vista terapêutico nas abordagens cognitivas. / Mestre em Psicologia Aplicada
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Encontro, condução e costura: a f(r)icção entre o diretor e o ator social nos documentáriosSantos Segundo, Carlos Antonio dos 15 December 2011 (has links)
The contact with the documentary production as director, turns out to put myself in a
privileged place within the conceptual construction on this genre of film. Being face to face
with the character and to experience its importance in the process of producing a movie made
me understand from a different point of view the stages of conception of artistic work.
Therefore, this research seeks to understand, supported by the psychoanalytic method of
interpretation, these three specific moments - meeting, conduction and sewing - of
fundamental importance for the documentary film. The director and the character within a
relationship of f (r)iction, put their subjectivities in constant shock, and it is precisely this
friction and the different paths that arises is what provides the uniqueness of this mode of
film production as complex and full of nuances. What the camera captures is something
beyond mere likeness, representation and enactment of those who cross their objective. In the
skin, under the skin of film, there is also a psychic wide world that this research tries to
highlight. / O contato com a produção documental como diretor, acaba por me posicionar em
um lugar privilegiado dentro da construção conceitual sobre esse gênero cinematográfico.
Estar de frente com o personagem e vivenciar a sua importância no processo de produção de
um filme me fez compreender a partir de um outro ponto de vista as etapas de concepção da
obra artística. Portanto, essa pesquisa procura entender, tendo como suporte o método
interpretativo psicanalítico, esses três momentos específicos encontro, condução e costura
de fundamental importância para o filme documental. O diretor e o personagem, dentro de
uma relação de f(r)icção, colocam suas subjetividades em choque constante, e é justamente
esse atrito e os diferentes caminhos que surgem é que proporciona a singularidade desse
modo de produção fílmica tão complexa e rica de sutilezas. O que a câmera capta algo além
da simples efígie, da representação e da encenação de quem cruza sua objetiva. Na pele, na
carne fílmica, há também um mundo psíquico amplo que essa pesquisa procura evidenciar. / Mestre em Psicologia Aplicada
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O impacto das políticas de gestão de pessoas na efetividade organizacionalTanabe, Tatiana Ribeiro 23 September 2011 (has links)
Researchers in Organizational Behaviour are usually intrigued by topics such as Management
and Affectivity when they examine the impact of human resource on organizational
affectivity. Human Resources Management has developed due to ongoing appreciation and
acknowledgement of people as active agents who offer innovation and creativity for
organizational competitiveness and affectivity. Similarly, literature on Organizational
Affectivity has developed not only due to the achievement of organizational goals, but also
due to its ability to adapt to constant environmental changes. Several studies have confirmed
that human resources practices may have a positive impact on organizational affectivity,
which highlights the importance of investing in people to gain competitive advantages
(Barney 1991; Hitt et al., 2001; Huselid, 1995; Lepak & Snell, 1999; Patterson, West & Wall,
2004; Pfeffer, 1998). Additionally, a lot of research suggests that the organizational results of
these actions would be better in the industry (Combs, Liu e Ketchen, 2006). This calls for
more studies to elucidate this complex relation in organizations from different areas. The
present study intends to fill part of this gap, characterizing and comparing the models of these
relations for 324 workers of industry, commerce and services. The data collected were
subjected to correlational analysis (Pearson s r) and stepwise multiple regression analysis
with the aid of the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 18.0. The study
confirmed the theoretical model proposed and recognized the impact of Perception of Human
Resource Management (PHRM) on the Perception of Organizational Affectivity (PEO).
Furthermore, the results indicate different analysis models for both the group as a whole and
the three sectors. In fact, the Involvement factor of the PPGP indeed seems to be the best
predictor for the PEO. The findings in this study lead to the recognition of specific
performance configurations in the analysis of the impact of PGP on the PEO. Moreover, due
to the lack of specific studies that relate PPGP and PEO that address the performance of
organizations, we suggest a research agenda. / Gestão e Efetividade são temas que intrigam os pesquisadores da área de Comportamento
Organizacional quando investigam o impacto das políticas de gestão de pessoas na efetividade
organizacional. O desenvolvimento da Administração de Recursos Humanos ocorreu por
meio da contínua valorização e reconhecimento das pessoas, enquanto agentes ativos que
ofertam inovação e criatividade para a competitividade e efetividade organizacional. De
forma semelhante, a literatura sobre Efetividade Organizacional desenvolveu-se abordando,
não somente o atingimento dos objetivos pela organização, mas também sua capacidade de se
adaptar a constantes mudanças no ambiente. Diversos estudos confirmam que práticas de
Gestão de Pessoas podem afetar favoravelmente a efetividade das organizações, reafirmando
a importância do investimento nas pessoas como forma de adquirir vantagens competitivas
(Barney, 1991; Hitt et al., 2001; Huselid, 1995; Lepak & Snell, 1999; Patterson, West &
Wall, 2004; Pfeffer, 1998). Além disso, várias pesquisas sugerem que os resultados
organizacionais destas ações seriam mais fortes na indústria (Combs, Liu & Ketchen, 2006); o
que requer mais estudos para elucidação desta complexa relação em organizações de atuação
diferentes. Este trabalho buscou suprir parte desta lacuna na literatura, caracterizando e
comparando os modelos destas relações para 324 empregados de organizações da indústria,
comércio e serviços. Os dados colhidos foram submetidos às análises de correlação (r de
Pearson) e às análises de regressão múltipla stepwise, por meio do programa estatístico SPSS
(Statistical Package for Social Sciences) versão 18.0. O estudo confirmou o modelo teórico
proposto, reconhecendo o impacto da Percepção de Políticas de Gestão de Pessoas (PPGP) na
Percepção de Efetividade Organizacional (PEO). Os resultados indicam modelos diferentes
das análises tanto para o grupo como um todo como para os três segmentos. Além disso, o
fator envolvimento da PPGP parece mesmo ser o melhor preditor para a PEO. Ademais,
diante da carência de estudos específicos que relacionem PPGP e PEO abordando as atuações
das organizações, sugere-se uma agenda de pesquisas. / Mestre em Psicologia Aplicada
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Ser mãe eu sei, o que agora falta é social : sobre o processo de constituição da identidade profissional no Acolhimento Institucional de CriançasLima, Aline Ottoni Moura Nunes de 30 April 2009 (has links)
This work aimed to comprehend how social mothers give meaning to their daily life in an
Institutional Shelter and to analyze their inter-relations with the making up of Professional
identity. We were guided by a Historical-material dialect of man and world and the
expression of this in Psychology which considers the making up of a person as a human
being as a material and historical character and is made up in and from the established
relations between I and the other throughout ontogenesis. We also assume that the
process of building professional identity of the Social Mothers surges from a network of
personal and social articulated interactions which make multiple meanings possible in a
dialectic process. We then performed a qualitive research in which we interviewed two
professionals (Social Mothers), responsible for the direct care of children in temporary and
exceptional shelter. Interviews were taped individually and completely transcribed. From
there, we defined, through an adaption of idea association maps proposed by Spink e
Lima (2000), four general categories: 1) family history; 2) work at the shelter; 3) the social
mothers and the children; 4) the social mothers and other actors of the guarantee of rights
system. The basic fundamental that oriented our analysis was the interpretive character of
knowledge, highlighted by Gonzáles-Rey (2002), which consists in a process of giving
meaning to the expressions of the participants in a way of integrating them so as they can
make sense to the group of researchers. Our interviews produced a context of review and
emergence of meanings upon the activity Social Mother made from phylogenetic
development as well as ontogentic development. Family histories were highlighted
especially those that were connected to meanings of child, family and Institutional Shelter.
The question about what it is to be a Social Mother led to talk of the professionals to a
movement of fusion (action repetition) and differentiation (creation) in the construction of
meanings on social mothering played by them. We emphasize however that professional
identity is not a data or a fragmented product, an isolated character lived by the person in
his/her life, but a whole in composition involving multiple social roles inserted in historical
and cultural context. / Este trabalho teve como objetivo de compreender como as mães sociais
significam o cotidiano no Acolhimento Institucional e analisar suas interrelações com a
constituição da sua identidade profissional. Pautamo-nos numa concepção materialista
histórico dialética de homem e mundo e na expressão desta na Psicologia, que considera
a constituição da pessoa enquanto ser humano como um caráter material e histórico e se
dá pelas e nas relações estabelecidas entre o eu e o outro ao longo de sua ontogênese.
Também partimos do pressuposto de que o processo de constituição da identidade
profissional das Mães Sociais emerge a partir de uma rede de interações pessoais e
sociais articuladas, que possibilitam a construção de significados múltiplos em um
processo dialético. Frente a isto realizamos uma pesquisa qualitativa, na qual
entrevistamos duas profissionais (Mães Sociais) responsáveis pelos cuidados diretos de
crianças em situação provisória e excepcional de abrigamento. As entrevistas foram
gravadas individualmente e transcritas na íntegra. A partir daí delimitamos, por meio de
uma adaptação do mapa de associação de idéias proposto por Spink e Lima (2000),
quatro categorias gerais: 1) história familiar; 2) o trabalho no abrigo; 3) as mães sociais e
as crianças; 4) as mães sociais e os outros atores do sistema de garantia de direitos. O
princípio básico que orientou nossas análises foi o caráter interpretativo do
conhecimento, realçado por Gonzáles-Rey (2002), que consiste num processo de dar
sentido às expressões dos participantes, de forma a integrá-las de tal maneira, que
passem a fazer sentido para o conjunto de pesquisadores. Nossas entrevistas
produziram um contexto de revisão e emergência de significados sobre a atividade Mãe
Social, constituídos a partir, tanto do desenvolvimento filogenético, quanto das relações
estabelecidas ao longo de seu desenvolvimento ontogenético. Sobretudo, realçaram suas
histórias familiares, que se conectam aos significados de criança, família e abrigo.
Perguntarmos sobre o que é ser Mãe Social conduziu os discursos das profissionais a um
movimento de fusão (repetição de ações) e diferenciação (criação) na constituição de
significados sobre a maternagem social protagonizados pelas Mães Sociais. Enfatizamos,
portanto, que a identidade profissional não é um dado ou um produto fragmentado, um
personagem isolado dos demais vividos pela pessoa em sua vida, mas sim um todo em
constituição, envolvida por múltiplas determinações e múltiplos papéis sociais, inseridas
em um contexto histórico e cultural. / Mestre em Psicologia Aplicada
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Impacto das percepções de suporte organizacional e social no trabalho sobre o bem-estar no trabalho da EnfermagemAlves, Priscila Castro 10 November 2011 (has links)
Well-being at work is based on the Positive Psychology and can be defined as a psychological
state composed by positive affective attachments with work and with the organization. This
study had as objective to investigate the impact of organizational and social support at work
on the well-being at work. The sample was composed by 340 workers that answered valid
scales to measure the constructs: perception of social support at work, job satisfaction, job
involvement, affective organizational commitment and perception of organizational support.
The data were analyzed using SPSS, 12nd version, in order to calculate descriptive statistics,
index of reliability for the scales, means differences and multiple regression coefficients. The
main results showed that PSO explained 29% of the organizational affective commitment and
21% of the job involvement; the instrumental PSST was identified as the main variable to
explain satisfaction with the salary, the task and the promotions, with percents varying
between 18 and 19%; and, finally, the informational PSST and the PSO explained 23% of the
satisfaction with the leaders. So, greater explanation was due to PSO and instrumental PSST,
suggesting that the hospital administration must plan strategies to offer material and
managerial support, and to value the contribution of the Nursing professionals, keeping in
mind that the level of well-being of the health teamwork can reflect on the quality of
attendance to the patients of the university hospital. / Bem-estar no trabalho apóia-se na Psicologia Positiva, sendo definido como um estado
psicológico composto por vínculos afetivos positivos com o trabalho e com a organização.
Este estudo teve por objetivo investigar o impacto das percepções de suporte organizacional e
social no trabalho sobre o bem-estar no trabalho. A amostra foi composta por 340
trabalhadores de Enfermagem, que responderam escalas válidas dos construtos: Percepção de
Suporte Social no Trabalho, Satisfação no Trabalho, Envolvimento com o Trabalho,
Comprometimento Organizacional Afetivo e Percepção de Suporte Organizacional. Para
análise dos dados utilizou-se o programa SPSS, versão 12, através do qual foram calculadas
estatísticas descritivas, índices de confiabilidade das escalas, diferenças entre médias e
coeficientes de regressão múltipla, método stepwise. Os principais resultados mostraram que
a PSO explicou 29% do comprometimento organizacional afetivo e 21% do envolvimento
com o trabalho; a PSST instrumental configurou-se como a principal variável na explicação
da satisfação com o salário, com a tarefa e com as promoções, com percentuais variando entre
18 e 19%; a satisfação com os colegas foi explicada pela PSST emocional (19%); e, por fim, a
PSST informacional e a PSO explicaram 23% da variância da satisfação com a chefia.
Portanto, os maiores percentuais foram atribuídos à PSO e à PSST instrumental, indicando
que a administração hospitalar deve tecer estratégias para oferecer apoio material e gerencial,
além de valorizar a contribuição dos profissionais da área de Enfermagem, tendo em vista que
o nível de bem-estar da equipe de saúde pode ter reflexos na qualidade do atendimento
prestado aos pacientes do hospital universitário. / Mestre em Psicologia Aplicada
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