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Existe associação entre a forma que os pais com TBI foram cuidados na sua infância e a forma como eles cuidam dos seus filhos na vida adulta? / The influence of child-rearing history in the parental care provided by bipolarKarina de Barros Pellegrinelli 05 December 2018 (has links)
Introdução: Nos últimos anos, têm crescido os estudos científicos focados em caracterizar o cuidado parental disfuncional como um possível fator associado ao risco de desenvolvimento de Transtorno Bipolar (TB) nos filhos e em incorporar esses resultados nas orientações para o cuidado parental nas diretrizes de psicoeducação. Objetivos: Verificar se existe associação entre o cuidado recebido durante a infância e o cuidado destinado aos filhos de pacientes bipolares. Caracterizar o cuidado parental bipolar destinado aos filhos e recebido durante a infância com foco em variáveis como: rejeição, superproteção e calor emocional. Método: Grupo experimental: 73 pacientes com filhos e TBI, eutímicos (YMRS <= 12, HAMD <= 7), com idades entre 22 e 65 anos, atendidos no ambulatório de atenção terciária e num de atenção secundária foram avaliados. Grupo controle: 24 voluntários sadios do ponto de vista físico e mental, com idades entre 22 e 65 anos. Instrumentos de avaliação: SCID - CV, YMRS, HAM-D, EMBU-S (para acessar as memórias dos adultos sobre as práticas educativas dos seus pais), EMBU-P (para avaliar o relacionamento dos adultos com seus filhos). Resultados: Os dados indicam que houve associação entre a memória de calor emocional paterna e materna recebida durante a infância e o calor emocional destinado aos filhos (p=0,013; p=0,013). Houve também associação entre a memória de superproteção materna e a superproteção destinada para o filho (p=0.003). Em relação aos dados de rejeição, não foram encontradas associações significativas (p > 0.90). Os resultados nos mostraram que a memória de calor emocional materno foi menor no grupo TBI do que no controle saudável (p=0.036). Conclusão: Há uma associação da memória do calor emocional recebido do pai e da mãe com o calor emocional destinado à criança, da memória de superproteção materna e paterna, com a superproteção destinada ao filho. Além disso, os pacientes bipolares lembraram de terem recebido menos calor emocional de suas mães quando comparados aos do controle saudável / Introduction: In recent years there has been growing scientific studies focused on characterizing the dysfunctional parenting as a possible factor associated with the risk of Bipolar Disorder (BD) development and incorporating guidance for parental care in psychoeducation guidelines. Objectives: Check if there is an association between the care received during childhood and the care given to the children of bipolar patients. Characterize the bipolar parental care given to the children and received during childhood focusing on variables such as rejection, over protection and emotional warmth. Method: As experimental group: 73 patients with children and BDI euthymic (YMRS <= 12, HAMD <= 7) aged between 22 and 65 years, treated at the tertiary care outpatient clinic and in a secondary care unit were evaluated. As control group: 24 healthy volunteers from the physical and mental point of view, aged between 22 and 65 years. Assessment tools: SCID - CV, YMRS, HAM-D, EMBU-S (to access adult memories of their parents rearing practices), EMBU-P (to assess adult´s relationship with their children). Results: The data indicate that there was an association between the paternal and maternal emotional warmth memory received during childhood and the emotional warmth transmitted to the child (p=0.013; p=0.013). There was also an association between the maternal overprotection memory and the overprotection for the child (p=0.003). Regarding rejection data, no significant associations were found (p > 0.90). The results also showed us that the maternal emotional warmth memory was lower in the BDI group than in the healthy control (p=0.036). Conclusion: There is an association between the memory of the emotional warmth received from the father and the mother in the emotional warmth destined to the child, between the memory of the overprotection received from the mother and the overprotection destined for the child. In addition, bipolar patients remember having received less emotional warmth from their mothers when compared with healthy control
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Comunicação não-verbal e depressão: uso de indicadores não-verbais para avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico / Nonverbal communication and depression: the use of non-verbal indicators for assessment of severity, clinical improvement and prognosisFiquer, Juliana Teixeira 19 January 2011 (has links)
Depressão é um transtorno de humor de alta prevalência e repercussões negativas para o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social. Entre os múltiplos aspectos da doença ainda pouco investigados está o comportamento expressivo não-verbal que pode indicar emoções, pensamentos e intenções automáticos que ocasionam problemas interpessoais e piora da depressão. O objetivo desta tese foi investigar o papel da comunicação não-verbal como parâmetro para avaliar características diagnósticas, prognósticas e de melhora clínica da depressão. Para tanto, foram usadas técnicas etológicas para observação de: 1) indicadores não-verbais de pacientes deprimidos (em associação com medidas clínicas e neuropsicológicas); e 2) fatores comportamentais de envolvimento não-verbal de pacientes e do entrevistador. A tese foi dividida em duas partes. Na Parte I apresentam-se estudos que enfocam o comportamento de pacientes deprimidos (n=40) submetidos a três diferentes condições de tratamento com Estimulação Elétrica Transcraniana de Corrente Contínua (ETCC). Pacientes foram avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de escalas para mensuração de sintomas depressivos (medidas clínicas); bateria de testes neuropsicológicos; e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com catálogo de registro de frequência de comportamentos nãoverbais de pacientes (etograma), desenvolvido por nosso grupo de pesquisa. Encontramos que silêncio dos pacientes e menos movimentos expressivos faciais e de cabeça relacionam-se a maior intensidade da depressão, sendo que silêncio em T0 prediz pior prognóstico em T1. Mediante melhora clínica, indicadores de emoções negativas decrescem (ex. choro, testa franzida) enquanto de interesse interpessoal aumentam (ex. contato ocular, yes-nooding). Pacientes também apresentam alterações em funções mnêmicas de longo prazo, atencionais e executivas. Mediante melhora clínica, o desempenho aumenta nas tarefas executivas e atencionais. Melhor performance em tarefa de atenção focada em T0, entretanto, associou-se a menos afetos positivos em T1. Os resultados indicam que a depressão compromete o funcionamento afetivo, cognitivo e expressivo dos pacientes e que indicadores não-verbais apresentam padrão mais consistente de associação com medidas clínicas do que variáveis neuropsicológicas. Na Parte II, apresentam-se estudos que enfocam a interação de pacientes deprimidos (n=38) com seu entrevistador (n=1). Pacientes foram submetidos a tratamento medicamentoso e avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de medidas clínicas e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com um etograma de registro de frequência e duração de comportamentos de pacientes e do entrevistador. Encontramos que comportamentos nãoverbais de envolvimento de pacientes (fator Esforço Comunicativo, EC) e do entrevistador (fator Encorajamento, EN) estão associados e aumentam ao longo da interação. O ajuste (convergência) entre EC e EN ao longo da entrevista associa-se com satisfação dos pacientes. EC em T0 prediz redução de afetos negativos em T1 e, após melhora clínica, EC e EN aumentam. Portanto, o comportamento de busca por suporte social associa-se a maior apoio do entrevistador e este aumento de envolvimento pode indicar melhora clínica. O conjunto de achados sugere que a comunicação não-verbal, avaliada com técnicas etológicas, transmite informações relevantes associadas à gravidade, melhora clínica e prognóstico da depressão / Depression is a highly prevalent mood disorder bearing negative consequences for individuals in physical, psychological and social domains. Among the many aspects of the disease which remain poorly understood, the expressive nonverbal behavior of sufferers is an important example: it has been highlighted as an indicator of emotions, automatic thoughts and intentions which can lead to interpersonal problems and worsening of depression. The aim of this thesis is to investigate the role of such nonverbal communication in the evaluation of depression diagnosis, prognosis and clinical response. To this end, we conducted an ethological observation where we analyzed: 1) non-verbal indicators of depressed patients (in combination with clinical and neuropsychological measures), and 2) behavioral factors of nonverbal involvement of patients and their interviewers. This thesis is divided in two parts. Part I presents studies focused on the behavior of patients (n=40) treated with different types of Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS). Patients are evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales for the assessment of depressive symptoms, neuropsychological tests, and the analysis of videotaped interviews. The analysis of interviews is based on an ethogram developed by our research group, wherein the frequencies of nonverbal behaviors of patients are registered. We found that silence, as well as low levels of expressive facial and head movements were related to higher depression severity. Silence at T0 also predicted poor prognosis at T1. There was a decrease in the frequency of indicators of negative emotions (e.g. crying, frowning) and increase in pro-social indicators (e.g. eyes contact, yes-nooding) upon clinical improvement. Patients also showed alterations in long-term memory, attention and executive functions. Their performance increased in executive and attentional tasks, upon clinical improvement. However, a better performance in the focused attention task at T0 was associated with less positive affect at T1. The results indicate that depression affects the patients emotional, cognitive and expressive functioning. In addition, non-verbal indicators showed a more consistent pattern of being associated with clinical measures than with neuropsychological measures. In Part II, we show studies focused on the interaction of depressed patients (n=38) with their interviewer (n=1). Patients treated with psychopharmacotherapy were evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales, and videotaped interviews. Interviews were analyzed through the use of an ethogram which considers frequency and duration of both patients and interviewer behaviors. We found that nonverbal behaviors of involvement of patients (Speaking Effort factor, SE) and their interviewer (Encouragement factor, EN) were correlated and both of them increased during the interaction. The adjustment (convergence) between SE and EN during the interview was associated with patient satisfaction. SE at T0 predicted a reduction of negative affect at T1. Additionally, both factors increased after clinical improvement. Therefore, the support seeking behavior is associated with support giving behavior of the interviewer. The increase of both involvement behaviors may therefore indicate clinical improvement. Taken together, these findings suggest that nonverbal communication, when evaluated by ethological techniques, can convey important information on the severity, prognosis and amenability to clinical improvement of depression
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Vontade e juízo na avaliação psiquiátrica das internações involuntárias / Will and judgment in assessing involuntary psychiatric admissionsCarlos Eduardo de Moraes Honorato 29 April 2013 (has links)
O trabalho reflete acerca dos critérios referentes à avaliação psiquiátrica nas internações e tratamento involuntários. A restrição da liberdade é infração aos direitos do homem e, se ela é justificada em nome da patologia mental, qualificá-la é um imperativo legal e ético. Historicamente, a internação crônica em hospitais psiquiátricos levou à exclusão social e rompimento dos laços significativos da vida pessoal. Nos serviços de emergência ela é muitas vezes determinada em nome de um risco. Assim, é proposta uma análise crítica (à semelhança da desconstrução de Derrida e da genealogia de Foucault) do saber médico-psiquiátrico, que é ferramenta essencial do trabalho clínico. Um panorama dos arranjos dos dispositivos públicos de regulação das internações psiquiátricas involuntárias no ocidente mostra a inter-relação de um modelo médico com um modelo legalista (focado nos direitos dos pacientes), cada qual com seus ganhos e dificuldades. A medicalização da vida humana é um fenômeno do mundo moderno, e é vista como um processo dinâmico, onde a apropriação das categorias médicas por parte dos usuários e familiares também gera empoderamento e mudanças. Vemos como, historicamente, o viés moral da práxis realizada no hospital psiquiátrico é indissociável da construção do saber, e a psicopatologia oficial é de uma nosologia descritiva; mas o trabalho clínico permite outras psicopatologias, mais participativas, centradas na relação do sujeito com o mundo, que possam servir a ele como instrumentos de compreensão e ajuda na experiência vivida. Assim, a categoria da vontade em psicopatologia clássica adota a perspectiva aristotélica de uma deliberação racional, mas a leitura filosófica de Arendt destaca a centralidade da liberdade e da espontaneidade inerentes ao conceito. Esta dicotomia entre vontade livre e determinação traz repercussões para a clínica e para a justiça, como nos casos da avaliação da responsabilidade dos pacientes sobre seus atos. Neste campo, assim como na avaliação do juízo crítico, a ciência não garante a objetividade totalizante, deixando sempre a decisão sobre a internação psiquiátrica involuntária na dependência do político, da moral e da ética que constituem a clínica. / This work is a reflection on the criteria used in psychiatric practice to justify involuntary detention and treatment. The restriction of freedom is an infringement of human rights, and if it is to be justified on the grounds of mental pathology, it must be legally and ethically qualified. Historically, long term internment of people in psychiatric institutions led to social exclusion and the rupture of importante social and personhood ties. Emergency hospitalization is often justified on the grounds of risk. Hence, a critical analysis is offered (along the lines of Derridas deconstruction and Foucaults genealogy), of our current medical-psychiatric understanding, which is the foundation of all clinical work. An overview of the many arrangements for psychiatric involuntary detention on a variety of Western countries demonstrates an interplay between medical and legal (rights based) models. These arrangements all come with benefits and challenges. The medicalization of human life is a modern, world-wide phenomenon, and is viewed as a dynamics process where the appropriation of medical categories by users and their families also produces empowerment and change. We see how, historically, moral bias of practice performed at psychiatric hospitals is inseparable to knowledge construction, and oficial psychopathology is a descriptive nosology, but clinical practice allows other psychopathologies, more participative ones, centered on the relations between the subject and the world, which may help him to understand and survive life experiences. Thus classical pathology adopts a rational aristotelian approach to understanding the concept of Will, while the philosophical view of Arendt emphasizes the centrality of freedom and spontaneity. The inherent dichotomy between free Will and determinism leads to clinical and legal repercussions, in the case of assessing a patients level of responsibility for his actions. In this field, as in the evaluation of a patients level of insight, science does not warrant total objectivity. Hence the decisions about psychiatric involuntary detention will always depend on the basis of the complex interplay between politics, morality and ethics, basis of all clinical work.
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A experi?ncia de depress?o na contemporaneidade: uma compreens?o fenomenol?gico-existencialBarbosa, Synara Layana Rocha 23 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:38:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012-03-23 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The depression is one of the most common forms of getting ill nowaday. Due to the increase
in incidence of depression cases registered worldwide, this theme has been the subject of
important studies, especially regarding the symptomatological description and biological
etiology of the disease. This research had the objective to understand the unique experience
of depression experienced by people who recognize themselves in depression, under the
focus of existential phenomenology of Martin Heidegger. To reach the proposed objective,
individuals narratives interviews were conducted with four participants, starting from the
triggering question, "from your experience, how is for you to being depressed?". The survey
revealed that depression affects the whole person and is related to stressful life contexts.
Depression was narrated as an experience of disempowerment and lack of self esteem and
personal worth. The collaborators of the research referred to the depression from sad, angry,
bored and pessimistic mood. The time is experienced as a restriction to the projective
opening towards the possibilities of being in which the future is seen as catastrophic and the
past lived as debt and guilt. The corporeality, in depression is experienced through the
weight, fatigue and pains for no reason. The space is lived from the notion of fall and
collapse. We also realized the desire for isolation and avoidance of social contact. Suicide is
desired and represents the end of the suffering in life. The depression has proved, still, very
stigmatized, because it is discredited and misunderstood. The stigma also addressed to the
experience of hospitalization and the unsuitability to the socially imposed standards of
beauty, which generates enough suffering to the depressed person. The medication was
described based on its positive effects, as a balance and suffering reducer, but also as a
producer of dependence. Were also identified according to the collaborators, traces of selfdemand,
ordenality and being-for-others, characteristic of typus melancholicus. This study
contributes to an understanding of the depression that goes beyond the merely biological
perspective and symptomatology of the pathology. The investigation of the depressive
experience, through the lens of Heidegger's phenomenology, showed us the phenomenon of
the depression in their singularity, complexity and multiple meanings, showing the close
relationship between the formation of the depression and the context of personal and social
life of the participants / A depress?o ? um dos modos de adoecimento mais comuns na atualidade. Devido ao
aumento na incid?ncia de casos de depress?o registrados em todo o mundo, este tema tem
sido objeto de importantes estudos, especialmente, no tocante ? descri??o sintomatol?gica e
etiologia biol?gica da doen?a. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a experi?ncia
singular de depress?o vivida por pessoas que se reconhecem em depress?o, sob o enfoque da
fenomenologia-existencial de Martin Heidegger. Para atingir o objetivo proposto, foram
realizadas entrevistas-narrativas individuais com quatro participantes, partindo da quest?o
disparadora: a partir de sua experi?ncia, como ?, para voc?, estar em depress?o? . A
pesquisa revelou que a depress?o afeta a pessoa em sua totalidade e se relaciona a contextos
de vida estressantes. A depress?o foi narrada como uma experi?ncia de despotencializa??o e
de falta de autoestima e de valor pessoal. Os colaboradores da pesquisa se referiram ?
depress?o a partir do humor triste, irritado, entediado e pessimista. O tempo ? vivido como
restri??o da abertura projetiva em dire??o ?s possibilidades de ser, em que o futuro ? visto
como catastr?fico e o passado vivido como d?bito e culpa. A corporeidade, na depress?o, ?
experienciada por meio do peso, do cansa?o e de dores sem motivo. O espa?o ? vivido a
partir da no??o de queda e de afundamento. Tamb?m percebemos o desejo pelo isolamento e
a evita??o de contato social. O suic?dio ? desejado e representa o fim do sofrimento em vida.
A depress?o se mostrou, ainda, muito estigmatizada, pois ? desacreditada e incompreendida.
O estigma tamb?m se dirigiu ? viv?ncia de hospitaliza??o e pela n?o adequa??o aos padr?es
de beleza institu?dos socialmente, o que gera bastante sofrimento ? pessoa em depress?o. A
medica??o foi descrita a partir de seus efeitos positivos, como um equil?brio e atenuador do
sofrimento, mas tamb?m como gerador de depend?ncia. Tamb?m foram identificados, na
fala dos colaboradores, tra?os de auto-exig?ncia, ordenalidade e ser-por-outrem,
caracter?sticos do typus melancholicus. Este estudo contribui para uma compreens?o da
depress?o que transcende a perspectiva unicamente biol?gica e sintomatol?gica da
patologia. A investiga??o da experi?ncia depressiva, sob a lente da fenomenologia
heideggeriana, nos relevou o fen?meno da depress?o em sua singularidade, complexidade e
m?ltiplos sentidos, mostrando a ?ntima rela??o entre a constitui??o da depress?o e o
contexto de vida pessoal e social dos participantes
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Comunicação não-verbal e depressão: uso de indicadores não-verbais para avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico / Nonverbal communication and depression: the use of non-verbal indicators for assessment of severity, clinical improvement and prognosisJuliana Teixeira Fiquer 19 January 2011 (has links)
Depressão é um transtorno de humor de alta prevalência e repercussões negativas para o indivíduo do ponto de vista físico, psicológico e social. Entre os múltiplos aspectos da doença ainda pouco investigados está o comportamento expressivo não-verbal que pode indicar emoções, pensamentos e intenções automáticos que ocasionam problemas interpessoais e piora da depressão. O objetivo desta tese foi investigar o papel da comunicação não-verbal como parâmetro para avaliar características diagnósticas, prognósticas e de melhora clínica da depressão. Para tanto, foram usadas técnicas etológicas para observação de: 1) indicadores não-verbais de pacientes deprimidos (em associação com medidas clínicas e neuropsicológicas); e 2) fatores comportamentais de envolvimento não-verbal de pacientes e do entrevistador. A tese foi dividida em duas partes. Na Parte I apresentam-se estudos que enfocam o comportamento de pacientes deprimidos (n=40) submetidos a três diferentes condições de tratamento com Estimulação Elétrica Transcraniana de Corrente Contínua (ETCC). Pacientes foram avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de escalas para mensuração de sintomas depressivos (medidas clínicas); bateria de testes neuropsicológicos; e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com catálogo de registro de frequência de comportamentos nãoverbais de pacientes (etograma), desenvolvido por nosso grupo de pesquisa. Encontramos que silêncio dos pacientes e menos movimentos expressivos faciais e de cabeça relacionam-se a maior intensidade da depressão, sendo que silêncio em T0 prediz pior prognóstico em T1. Mediante melhora clínica, indicadores de emoções negativas decrescem (ex. choro, testa franzida) enquanto de interesse interpessoal aumentam (ex. contato ocular, yes-nooding). Pacientes também apresentam alterações em funções mnêmicas de longo prazo, atencionais e executivas. Mediante melhora clínica, o desempenho aumenta nas tarefas executivas e atencionais. Melhor performance em tarefa de atenção focada em T0, entretanto, associou-se a menos afetos positivos em T1. Os resultados indicam que a depressão compromete o funcionamento afetivo, cognitivo e expressivo dos pacientes e que indicadores não-verbais apresentam padrão mais consistente de associação com medidas clínicas do que variáveis neuropsicológicas. Na Parte II, apresentam-se estudos que enfocam a interação de pacientes deprimidos (n=38) com seu entrevistador (n=1). Pacientes foram submetidos a tratamento medicamentoso e avaliados no pré (T0) e pós-tratamento (T1) por meio de medidas clínicas e entrevistas filmadas. A análise das filmagens foi feita com um etograma de registro de frequência e duração de comportamentos de pacientes e do entrevistador. Encontramos que comportamentos nãoverbais de envolvimento de pacientes (fator Esforço Comunicativo, EC) e do entrevistador (fator Encorajamento, EN) estão associados e aumentam ao longo da interação. O ajuste (convergência) entre EC e EN ao longo da entrevista associa-se com satisfação dos pacientes. EC em T0 prediz redução de afetos negativos em T1 e, após melhora clínica, EC e EN aumentam. Portanto, o comportamento de busca por suporte social associa-se a maior apoio do entrevistador e este aumento de envolvimento pode indicar melhora clínica. O conjunto de achados sugere que a comunicação não-verbal, avaliada com técnicas etológicas, transmite informações relevantes associadas à gravidade, melhora clínica e prognóstico da depressão / Depression is a highly prevalent mood disorder bearing negative consequences for individuals in physical, psychological and social domains. Among the many aspects of the disease which remain poorly understood, the expressive nonverbal behavior of sufferers is an important example: it has been highlighted as an indicator of emotions, automatic thoughts and intentions which can lead to interpersonal problems and worsening of depression. The aim of this thesis is to investigate the role of such nonverbal communication in the evaluation of depression diagnosis, prognosis and clinical response. To this end, we conducted an ethological observation where we analyzed: 1) non-verbal indicators of depressed patients (in combination with clinical and neuropsychological measures), and 2) behavioral factors of nonverbal involvement of patients and their interviewers. This thesis is divided in two parts. Part I presents studies focused on the behavior of patients (n=40) treated with different types of Transcranial Direct Current Stimulation (tDCS). Patients are evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales for the assessment of depressive symptoms, neuropsychological tests, and the analysis of videotaped interviews. The analysis of interviews is based on an ethogram developed by our research group, wherein the frequencies of nonverbal behaviors of patients are registered. We found that silence, as well as low levels of expressive facial and head movements were related to higher depression severity. Silence at T0 also predicted poor prognosis at T1. There was a decrease in the frequency of indicators of negative emotions (e.g. crying, frowning) and increase in pro-social indicators (e.g. eyes contact, yes-nooding) upon clinical improvement. Patients also showed alterations in long-term memory, attention and executive functions. Their performance increased in executive and attentional tasks, upon clinical improvement. However, a better performance in the focused attention task at T0 was associated with less positive affect at T1. The results indicate that depression affects the patients emotional, cognitive and expressive functioning. In addition, non-verbal indicators showed a more consistent pattern of being associated with clinical measures than with neuropsychological measures. In Part II, we show studies focused on the interaction of depressed patients (n=38) with their interviewer (n=1). Patients treated with psychopharmacotherapy were evaluated before (T0) and after treatment (T1) through clinical scales, and videotaped interviews. Interviews were analyzed through the use of an ethogram which considers frequency and duration of both patients and interviewer behaviors. We found that nonverbal behaviors of involvement of patients (Speaking Effort factor, SE) and their interviewer (Encouragement factor, EN) were correlated and both of them increased during the interaction. The adjustment (convergence) between SE and EN during the interview was associated with patient satisfaction. SE at T0 predicted a reduction of negative affect at T1. Additionally, both factors increased after clinical improvement. Therefore, the support seeking behavior is associated with support giving behavior of the interviewer. The increase of both involvement behaviors may therefore indicate clinical improvement. Taken together, these findings suggest that nonverbal communication, when evaluated by ethological techniques, can convey important information on the severity, prognosis and amenability to clinical improvement of depression
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Existe associação entre a forma que os pais com TBI foram cuidados na sua infância e a forma como eles cuidam dos seus filhos na vida adulta? / The influence of child-rearing history in the parental care provided by bipolarPellegrinelli, Karina de Barros 05 December 2018 (has links)
Introdução: Nos últimos anos, têm crescido os estudos científicos focados em caracterizar o cuidado parental disfuncional como um possível fator associado ao risco de desenvolvimento de Transtorno Bipolar (TB) nos filhos e em incorporar esses resultados nas orientações para o cuidado parental nas diretrizes de psicoeducação. Objetivos: Verificar se existe associação entre o cuidado recebido durante a infância e o cuidado destinado aos filhos de pacientes bipolares. Caracterizar o cuidado parental bipolar destinado aos filhos e recebido durante a infância com foco em variáveis como: rejeição, superproteção e calor emocional. Método: Grupo experimental: 73 pacientes com filhos e TBI, eutímicos (YMRS <= 12, HAMD <= 7), com idades entre 22 e 65 anos, atendidos no ambulatório de atenção terciária e num de atenção secundária foram avaliados. Grupo controle: 24 voluntários sadios do ponto de vista físico e mental, com idades entre 22 e 65 anos. Instrumentos de avaliação: SCID - CV, YMRS, HAM-D, EMBU-S (para acessar as memórias dos adultos sobre as práticas educativas dos seus pais), EMBU-P (para avaliar o relacionamento dos adultos com seus filhos). Resultados: Os dados indicam que houve associação entre a memória de calor emocional paterna e materna recebida durante a infância e o calor emocional destinado aos filhos (p=0,013; p=0,013). Houve também associação entre a memória de superproteção materna e a superproteção destinada para o filho (p=0.003). Em relação aos dados de rejeição, não foram encontradas associações significativas (p > 0.90). Os resultados nos mostraram que a memória de calor emocional materno foi menor no grupo TBI do que no controle saudável (p=0.036). Conclusão: Há uma associação da memória do calor emocional recebido do pai e da mãe com o calor emocional destinado à criança, da memória de superproteção materna e paterna, com a superproteção destinada ao filho. Além disso, os pacientes bipolares lembraram de terem recebido menos calor emocional de suas mães quando comparados aos do controle saudável / Introduction: In recent years there has been growing scientific studies focused on characterizing the dysfunctional parenting as a possible factor associated with the risk of Bipolar Disorder (BD) development and incorporating guidance for parental care in psychoeducation guidelines. Objectives: Check if there is an association between the care received during childhood and the care given to the children of bipolar patients. Characterize the bipolar parental care given to the children and received during childhood focusing on variables such as rejection, over protection and emotional warmth. Method: As experimental group: 73 patients with children and BDI euthymic (YMRS <= 12, HAMD <= 7) aged between 22 and 65 years, treated at the tertiary care outpatient clinic and in a secondary care unit were evaluated. As control group: 24 healthy volunteers from the physical and mental point of view, aged between 22 and 65 years. Assessment tools: SCID - CV, YMRS, HAM-D, EMBU-S (to access adult memories of their parents rearing practices), EMBU-P (to assess adult´s relationship with their children). Results: The data indicate that there was an association between the paternal and maternal emotional warmth memory received during childhood and the emotional warmth transmitted to the child (p=0.013; p=0.013). There was also an association between the maternal overprotection memory and the overprotection for the child (p=0.003). Regarding rejection data, no significant associations were found (p > 0.90). The results also showed us that the maternal emotional warmth memory was lower in the BDI group than in the healthy control (p=0.036). Conclusion: There is an association between the memory of the emotional warmth received from the father and the mother in the emotional warmth destined to the child, between the memory of the overprotection received from the mother and the overprotection destined for the child. In addition, bipolar patients remember having received less emotional warmth from their mothers when compared with healthy control
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Genes, environment and their interplay in the development of psychopathological characteristics and their neuroimaging correlates in general population / Genes, ambiente y su interacción en el desarrollo de características psicopatológicas y sus correlatos de neuroimagen en poblaicón generalAlemany Sierra, Silvia 15 April 2013 (has links)
The present dissertation, which can be framed in the fields of behavioural and psychiatric genetics, was aimed to study how early environmental factors such as parental negativity and childhood adversity, directly or in interaction with genetic factors account for psychopathological variation (subclinical and clinical psychiatric symptoms) in general populatiol including childhood behavioural problems, adult psychotic, depressive and anxious symptoms and their neuroimaging correlates. Furthermore, from the different studies included in this dissertation, additional research questions were also explored. The studies included in the thesis were based in singletons and twins samples. We found evidence indicating that child behaviour problems, anxious and depressive symptoms and psychotic experiences (PEs) were present in our samples drawn from the general population which is in agreement with a dimensional approach to psychopathology. Furthermore, using neuroimaging techniques, we were able to find structural brain correlates of vulnerability for anxiety and depression in a MZ twin sample from the general population. Also, psychotic experiences were associated with brain activation to facial emotion in this MZ twin sample. In regard to the specific environmental factors studied (parental negativity and childhood maltreatment), experiences occurring early in life showed to be associated to adolescent behaviour problems and adult psychotic experiences highlighting the enduring effects of exposure to childhood adversity. These results highlight the relevance of early adversity in the understanding of psychopathological features. Finally, our findings provide evidence of different ways through genes, environment and their interplay can modulate the final expression of the phenotype. Thus, while there is no doubt regarding that genes and environmental factors can have a direct influence in the phenotype, there is a gene-environment interdependence that must be considered when studying the etiology of complex characters. / Esta tesis doctoral, que se puede enmarcar en las áreas de la genética de la conducta y psiquiatría genética, se centró en el estudio del papel que desarrollan los factores ambientales, tales como la negatividad parental y la adversidad infantil, de manera directa o en interacción con factores genéticos, en la expresión de características psicopatológicas subclínicas en población general. La variación psicopatológica subclínica estudiada incluyó problemas de conducta en la infancia y el desarrollo de experiencias psicóticas y síntomas ansiosos y depresivos en la etapa adulta. Además se exploraron posibles correlatos de neuroimagen de estos fenotipos subclínicos. En cuanto a los resultados, se hallaron evidencias que indicaban que los problemas de conducta infantil, los síntomas ansiosos y depresivos y las experiencias psicóticas se distribuyen de forma continua en la población general. Estos hallazgos están de acuerdo con el enfoque dimensional a la psicopatología. Por otra parte, mediante el uso de técnicas de neuroimagen, se encontraron correlatos cerebrales estructurales para la vulnerabilidad para el desarrollo de síntomas ansiosos y depresivos en una muestra de gemelos monozigóticos (MZ) de la población general. Además, las experiencias psicóticas se asociaron con la activación del cerebro en respuesta a la emoción facial en esta muestra de gemelos MZ. En referencia a los factores ambientales específicos estudiados (negatividad parental y maltrato en la infancia), las experiencias que acontecen durante los primeros años de vida se asociaron con el desarrollo de problemas de conducta adolescentes y el riesgo a desarrollar experiencias psicóticas en la etapa adulta. Estos hallazgos ponen de relevancia los efectos a largo de la exposición a la adversidad durante la infancia. Por último, nuestros resultados ponen de manifiesto la compleja interacción y diferentes tipos de efectos mediantes los cuales los factores genéticos y ambientales ejercen sus influencias en la variabilidad fenotípica. En este sentido, variación en algunas variantes genéticas como el gen del BDNF o el gen de la COMT proporcionaban mayor vulnerabilidad neurobiológica a algunos individuos que habían estado expuestos a maltrato infantil y/o consumo de cannabis, factores de riesgo ampliamente reconocidos en psicosis.
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Avances en el conocimiento de la cromogranina A y otros biomarcadores salivares de estrés en cerdos= Advances in the knowledge of chromogranin A and other salivary biomarkers of stress in pigsEscribano Tortosa, Damián 07 November 2014 (has links)
Tesis por compendio de publicaciones / Esta tesis doctoral, por compendio de artículos, ha sido diseñada con el fin de producir avances en la medición de biomarcadores de estrés y para desarrollar y validar un panel de biomarcadores salivares para evaluar los diferentes sistemas fisiológicos (simpático-adrenomedular (SAM), hipotálamo-pituitario-adrenal (HPA), hipotálamo-pituitario-gonadal (HPG) y sistema inmune) que participan en el mecanismo de estrés. Para ello, los objetivos de esta tesis son los siguientes: desarrollar y validar un ensayo inmunofluorométrico a tiempo resuelto (TR-IFMA) para las mediciones de cromogranina A (CgA) salivar porcina, utilizando un anticuerpo específico de la especie, y evaluar su comportamiento como posible biomarcador del sistema SAM en un modelo de estrés agudo. Además, estudiar si las concentraciones de CgA salivar exhiben un patrón circadiano durante el día, y evaluar su estabilidad bajo diferentes condiciones de almacenamiento. Por otra parte, validar inmunoensayos disponibles comercialmente para la cuantificación de cortisol (biomarcador del sistema HPA), testosterona (biomarcador del sistema HPG) e IgA (biomarcador del sistema inmune) en la saliva de los cerdos. Evaluar la respuesta de un panel de varios biomarcadores salivares tanto del sistema inmune como del sistema neuroendocrino a la administración repetida de Escherichia coli lipopolisacárido (LPS) y, por último, investigar la respuesta de todo este grupo de biomarcadores salivares después de aplicar un modelo de estrés psicosocial en cerdos basado en el aislamiento y el reagrupamiento. En cuanto a la metodología empleada, los anticuerpos policlonales específicos producidos para el desarrollo del TR-IFMA fueron obtenidos mediante la inmunización con un péptido recombinante de proteína CgA porcina. La precisión, exactitud y sensibilidad analítica del TR-IFMA desarrollado y de los inmunoensayos comerciales empleados fueron evaluadas mediante los coeficientes de variación intra- e interensayo, la linealidad bajo dilución y el porcentaje de recuperación, el límite de detección y los límites de cuantificación. Para estudiar la respuesta de los biomarcadores salivares frente al estrés se emplearon modelos en los que los animales fueron inmovilizados con un acial o transportados a matadero. Tomando muestras de saliva antes y después de aplicar dichos estímulos estresantes. Por otro lado, en el caso de la administración de LPS, los cerdos que fueron utilizados recibieron tres dosis de LPS en intervalos de 48 h. Las muestras de saliva fueron tomadas antes de la administración de LPS y 3 h después de cada una de las administraciones. Por otra parte, en el modelo de aislamiento y reagrupamiento todos los animales se adaptaron a la vida en grupo durante 5 días, después de lo cual, un grupo de cerdos fueron sometidos al procedimiento de aislamiento, donde los animales permanecieron sin contacto físico con otros cerdos durante 5 días. Después, los cerdos del ensayo se reagruparon de nuevo durante 3 días, regresando a las condiciones iniciales. Los cerdos controles permanecieron en las mismas condiciones durante todo el estudio. Las muestras de saliva se tomaron diariamente, a la misma hora, y un muestreo adicional fue realizado a los 30 min tras los procedimientos de aislamiento y reagrupado. En general, nosotros podemos concluir de este trabajo que: el TR-IFMA desarrollado permite la cuantificación de CgA en muestras de saliva porcina de una forma precisa, exacta y sensible y su concentración aumenta significativamente después de una situación de estrés agudo. Además, no ha sido detectado un patrón circadiano para la CgA salivar y este biomarcador fue bastante estable, siendo posible su almacenamiento hasta un año a -20ºC o -80ºC. Por otra parte, los inmunoensayos comerciales validados para las concentraciones de cortisol, testosterona e IgA pueden ser utilizados para su uso en muestras de saliva de cerdos con una buena precisión, sensibilidad y exactitud. En cuanto a la administración de LPS, una sola administración en cerdos produce incrementos de IgA salivar y cortisol. Sin embargo, administraciones repetidas solo producen incrementos en IgA mientras que el cortisol retorna a valores basales. No se observaron variaciones en las concentraciones de CgA ni con una sola administración ni con administraciones repetidas. Finalmente, el uso de un panel de biomarcadores salivares podría ser esencial en la investigación de estrés, ya que estos reaccionan de manera diferente a diversos tipos de factores estresantes. En el caso del aislamiento, CgA e IgA parecen ser marcadores más sensibles que el cortisol y la testosterona, mientras que después del proceso de reagrupado, el cortisol, la testosterona y la CgA parecen ser marcadores más sensibles que la IgA. / This PhD thesis, for compendium of articles, was designed in order to produce advances in the measurement of salivary biomarkers of stress and to develop and validate a panel of salivary biomarkers to evaluate the different physiological systems (sympatho-adrenomedullary (SAM), hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA), hypothalamus-pituitary-gonadal (HPG) and immune system) that are taking part in stress mechanism. To this end, the objectives of this thesis are: to develop and validate a time-resolved immunofluorometric assay (TR-IFMA) for porcine salivary chromogranin A (CgA) measurements, using a species-specific antibody, and evaluate its behaviour as a potential biomarkers of SAM system in an acute stress model. In addition, to study if salivary CgA concentrations exhibit any circadian pattern during the daytime, and to evaluate its stability under different storage conditions. Moreover, validate commercially available immunoassays for cortisol (HPA system biomarker), testosterone (HPG system biomarker) and IgA (immune biomarker) quantification on the saliva of pigs. To evaluate the response of a panel of several salivary biomarkers both of immune system as well as of the neuroendocrine system to repeated administration of Escherichia coli lipopolysaccharide (LPS) and, finally, to investigate the responses of this group of salivary biomarkers after applying a psychosocial stressor model in pigs based on isolation and regrouping. Regarding the methodology, polyclonal antibodies specific for the development of TR-IFMA were produced in rabbits immunized with a recombinant protein peptide of CgA porcine. Precision, accuracy and analytical sensitivity of the TR-IFMA developed and of the commercial immunoassays used were evaluated by the coefficients of variation intra- and inter-assay, linearity under dilution and the percentage of recovery, limits of detection and limits of quantitation. To study the stress response of salivary biomarkers, models in which the animals were immobilized with a nose-snare or transported to slaughterhouse were used. Saliva samples were taken before and after of applying these stressful stimuli. On the other hand, in the case of LPS administrations, the pigs were selected to receive three doses of LPS at 48 h intervals. Saliva samples were taken prior to any LPS administration and at time points corresponding to 3 h after each injection. Moreover, in the model of isolation and regrouping all animals were adapted to group living for 5 days, after which time, pigs in one group were subjected to the isolation procedure, where each animal had not physical contact with other pigs during 5 days. After, test pigs were regrouped again during 3 days returning to the initial conditions. Control pigs were remained in the same housing condition during the entire experimental period. Saliva samples were taken daily, at the same time, and one sampling was carried out at 30 min after of isolation and regrouping events. In overall, we can conclude of this work that: the TR-IFMA developed allows the quantification of CgA in porcine saliva samples in a precise, accurate and sensitive way and its concentrations increase after an acute stress situation. In addition, no circadian pattern has been detected for salivary CgA and this biomarker was fairly stable being able to be stored till 1 year at -20ºC or -80ºC. Moreover, the commercial immunoassays validated for cortisol, testosterone and IgA concentrations can be suitable for its use in saliva samples of pigs with a good precision, sensitivity and accuracy. In relation to LPS administrations, a single administration in pigs produces increases of salivary IgA and cortisol. However, repeated administrations only produced increases in IgA whereas cortisol returned to baseline values. No variation in CgA concentrations were observed neither in single nor in repeated LPS administration. Finally, the use of a panel of salivary biomarkers would be essential in stress research, since these react differently to various types of stressors. In the case of isolation, CgA and IgA appear to be more sensitive markers than cortisol and testosterone, whereas after the process of regrouped, cortisol, testosterone and CgA seem to be more sensitive markers than IgA.
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Situacions vitals estressants i resiliència a l'adolescènciaPont Serra, Elisenda 30 June 2008 (has links)
Durant dècades, són molts els estudis científics i la literatura que han intentat explicar les causes de les conductes desadaptades i han estudiat com compensar-les. L'èmfasi s'ha posat en l'estudi dels símptomes psicopatològics, la seva etiologia, tractament i resultats. Amb aquesta finalitat els investigadors han buscat els factors predisposants i/o potenciadors -biogenètics o de l'entorn- o els esdeveniments desencadenants que expliquessin els orígens dels trastorns.En els darrers anys ha pres molt d'interès la recerca sobre el risc en psicopatologia i els investigadors intenten respondre preguntes com: per què algunes persones desenvolupen trastorns psicopatològics mentre que d'altres -en condicions molt similars- no ho fan. Ajudats per les moltes contribucions de la recerca epidemiològica, l'èmfasi previ en els factors predisposants ha anat confluint en un creixent interès pels factors de "protecció". L'atenció ha passat de trastorn individual real al trastorn individual potencial, i del pacient adult al "no-pacient" infant (Garmezy, 1988).En aquest canvi d'enfocament que han aportat els estudis de risc psicopatològic, pren molt d'interès i protagonisme un concepte relativament nou a nivell científic: la resiliència. Per donar-ne una definició inicial es pot dir que és la capacitat que té una persona d'afrontar amb èxit unes condicions de vida adverses (Vanistendael, 1997).I és en aquesta línia que s'ha volgut enfocar aquesta recerca: en comptes d'analitzar les claus que expliquen els comportaments anòmals, s'intentarà estudiar els factors i mecanismes que afavoreixen l'adaptació.És evident que a les societats occidentals molts infants creixen en entorns socials desafavorits i/o viuen situacions personals adverses (problemes de salut propis o en familiars propers, dificultats econòmiques importants, manca d'entorns socio-afectius saludables o de pautes educatives adequades, etc.). Molts d'aquests infants tenen a l'adolescència i, sovint posteriorment, dificultats importants per adaptar-se al seu entorn i desenvolupar-se satisfactòriament. Però també n'hi ha d'altres, els que anomenarem resilients, que aconsegueixen de tirar endavant malgrat les dificultats viscudes. En aquest sentit, el concepte de resiliència està molt relacionat amb el d'afrontament a l'estrès (o "coping").En el present estudi s'intentarà analitzar per què hi ha molts adolescents sans malgrat les dificultats que els ha tocat viure; o, dit d'una altra manera, perquè nens amb risc de desenvolupar determinats problemes no ho fan. L'objectiu serà analitzar quines claus fan possible aquest procés: passar d'una infància estressant a una adolescència resilient. S'analitzarà com actuen i interactuen diversos factors interns i externs a l'individu per modificar els efectes dels esdeveniments vitals adversos.L'estudi inclou primerament un aprofundiment conceptual (Part 1) on es presentarà i analitzarà el concepte resiliència -a partir dels treballs de diversos autors- i es vincularà a la teoria de l'estrès i l'afrontament. En els estudis sobre estrès i afrontament, la resiliència té un matís diferent: implica que s'ha assolit un ajust eficaç, és a dir, que s'han realitzat els esforços per restaurar o mantenir l'equilibri intern o extern mitjançant activitats que inclouen pensament i acció (Fortin i Bigras, 2000).El següent gran apartat es dedicarà a la recerca empírica (Part 2), i s'iniciarà amb la presentació d'objectius, hipòtesis, participants, disseny, instruments, etc. (Capítol V).A continuació s'estudiaran algunes característiques dels participants, amb l'objectiu d'aprofundir en la realitat dels adolescents i de contextualitzar l'anàlisi dels estressors i les estratègies per afrontar-los (Capítol VI). S'analitzaran aspectes sociodemogràfics, aspectes de descripció personal i social, i manifestacions psicopatològiques.Tot seguit s'estudiaran les fonts d'estrès principals i la vivència de problemes dels adolescents participants. S'analitzaran estressors de diferents tipus i s'intentarà vincular-los a la presència de recursos socials (Capítol VII).Després de l'anàlisi dels estressors, es passarà a estudiar les estratègies amb que els adolescents hi fan front (coping). Per fer-ho, primerament s'adaptarà una eina de mesura: s'aplicarà i validarà en població catalana el qüestionari d'afrontament: l'A-COPE de Patterson i McCubbin (1987). Tot seguit, s'analitzaran les estratègies que posen en joc els adolescents per resoldre els seus problemes; i s'intentarà valorar si són majoritàriament adaptatives o, per contra, els generen noves dificultats (Capítol VIII).S'optarà, a l'hora de parlar de resiliència o desenvolupament satisfactori, per un enfocament de la resiliència que tingui presents aspectes emocionals i de salut mental, d'adaptació social i els resultats acadèmics -donat que es treballa amb adolescents en edat escolar-.Es farà especial èmfasi en els elements mediadors entre l'estrès i la resiliència, en particular es pararà atenció a la personalitat, la intel·ligència, les estratègies d'afrontament (coping) i el suport de l'entorn social (família, escola i comunitat). Interessarà especialment contrastar els grups de subjectes resilients i no-resilients en relació a tots aquests aspectes (Capítol IX).També s'intentarà determinar quins models de relació s'estableixen entre els estressors vitals i la simptomatologia psicopatològica, segons el model teòric de Baron i Kenny (1986). Per a fer-ho, es partirà de l'anàlisi de regressions entre els estressors i les manifestacions psicopatològiques, i entre els estressors i les estratègies d'afrontament (Capítol X).Finalment, es clourà l'estudi amb la discussió i presentació de conclusions finals (Part 3, Capítol XI). / In these past years, the interest in the study of the prevention and protection in psychopathology has very much increased. In this context, there is a relatively new concept in psychology that has become stronger: resilience.The principal objective of this study is to go deeper in the concept of resilience, firstly at a theoretical level, and secondly, at an empirical level. The resilient subjects are defined within a group of 477 participants ranging from the ages of 14 to 16 years, and the differences are analyzed among the resilient subjects and those who aren't resilient at the following levels: coping strategies, personality, intelligence, psychopathological manifestations, academic performance, and social adaptation, among some of them.In order to delimit and analyze the role of resilience and as part of prior objectives, some of the sociodemographic and psychological characteristics of the participants are deepened, as well as their vital stressors and social resources and coping strategies. In order to evaluate the different constructs, the following instruments are used: Life Stressors and Social Resources Inventory (Moos & Moos, 1994), Adolescent Coping Orientation for Problems Experiences (Patterson & McCubbin, 1987), Youth Self Report (Achenbach, 1991), High School Personality Questionnaire (Cattell & Cattell, 1973) and Inteligencia General y Factorial (Yuste, 1991).The results are presented in the framework of current discussions about resilience and coping. As well, the models of the influence of coping among the vital stressors and psychopathological manifestations are discussed (according to the methodological model of Baron & Kenny, 1986).
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Autolesão e produção de identidadeRenata Lopes Arcoverde 23 April 2013 (has links)
Alguns saberes têm se destacado no estudo da autolesão, entre eles a medicina, (notadamente a psiquiatria), a psicologia e a psicanálise. Estes campos do conhecimento diferenciam os atos de ferir a si mesmo como parte de uma cultura específica ou ritual religioso das práticas autolesivas que são atribuídas a patologias ou disfunções. Estas últimas são consideradas como atos de autodestruição produzidos por pessoas que precisam de intervenções de especialistas para que deixem de ferir-se. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assim, a intenção deste trabalho é analisar, à luz da perspectiva pós-estruturalista, mensagens de pessoas que se autolesionam e discutem a sua experiência em comunidades virtuais da rede social Orkut. Resultados indicam que além dos discursos em comum com os citados campos de saber e com a religião, há ainda quem defina a autolesão como arte, maneira privilegiada de expressão das emoções ou mesmo fonte de prazer. Alguns internautas reivindicam o corpo como território de intervenção pertencente unicamente a si próprios, reclamando o direito de utilizá-lo como bem entendem, no que se pode caracterizar como um movimento de resistência à norma de ter que apresentar um corpo dócil. Por fim, compreende-se que os sujeitos envolvidos nessa prática relacionam-se com seu corpo e com as comunidades de que participam enquanto locais de produção de identidades. / Some fields of knowledge have been highlighted in the study of self-harm, such as medicine (especially psychiatry), psychology and psychoanalysis. These areas differentiate the acts of harming oneself as part of a specific culture or religious ritual from those recognized as pathologies or dysfunctional behavior. The last ones are considered as acts of self-destruction produced by individuals who need assistance so that they can stop self-injuring. Partimos do pressuposto de que a autolesão é um modo de subjetivação construído e transformado por diferentes discursos dependendo do contexto sociocultural em que acontece. Assuming that self-harm is a form of subjectivity produced and transformed by different speeches, depending on the social context in which it takes place, this study intends to analyze, using the post-structuralism perspective, messages left on Orkut virtual communities by people who self-harm and discuss their experiences in that social network. Results indicate discourses in common with the aforementioned fields of knowledge and with religion, as well as definitions of self-harm as art, a privileged way of expressing emotions or even a source of pleasure. Some internet users claim for the right to use their bodies as they please since it is meant to be their territory of intervention and their only, what can be understood as a movement of resistance to the rule of having a docile body. In conclusion, it is understood that the subjects involved with self-harm relate to their bodies and with virtual communities as means of producing identities.
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