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Instituto de Educação Josué de Castro : Paulo Freire e a "escola diferente"

Andreatta, Marcelo de Faria Corrêa January 2005 (has links)
O presente trabalho trata das experiências educativas desenvolvidas no Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), Escola de nível médio construída pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que se localiza em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Tem por objetivo compreender o significado da expressão “escola diferente” – utilizada no contexto do “movimento por uma educação do campo” –, a partir da referência teórica fornecida pela pedagogia de Paulo Freire. Faz, inicialmente, uma contextualização histórica da sociedade brasileira e da criação do MST e do Setor de Educação desse Movimento. Propõe também uma discussão acerca do sujeito Sem Terra, de sua inserção consciente no processo histórico brasileiro. Aborda as categorias centrais do pensamento pedagógico de Paulo Freire, objetivando apresentar os elementos mais significativos de sua obra para a contemporaneidade. Além disso, faz algumas conexões com o chamado paradigma emergente, conforme proposto por Santos (1999). Discute sobre os espaços formativos construídos pelos integrantes do IEJC, visando à compreensão dos diversos momentos formativos. Busca analisar o cotidiano pedagógico do Instituto em suas mais variadas dimensões, não se limitando, exclusivamente, à análise da sala de aula. Conclui afirmando que o IEJC constitui-se, no panorama educacional contemporâneo, como um espaço educativo diferenciado, e que o pensamento pedagógico de Paulo Freire está presente, de forma substantiva, nas práticas educativas que ali se desenvolvem.
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"Entre a exclusão e a utopia. Um estudo sobre os processos de organização da vida cotidiana nos assentamento rurais (Região Sudoeste/Oeste do Paraná)" / “Between the exclusion and the utopia. A study on the processes of organization of the daily life in the nesting agricultural (Southwestern Region/West of the Paraná)”

Davi Félix Schreiner 18 April 2002 (has links)
Este estudo trata das experiências contemporâneas de trabalhadores rurais em movimentos de resistência organizada, no Sudoeste e Oeste do Paraná, na faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina, entre 1985 e 2001. Analisar as experiências de organização da vida cotidiana nos assentamentos rurais constitui o objetivo central. A investigação centrou-se nas contradições evidenciadas nos processos de organização das diferentes formas cooperativas e ou associativas e de como foram vividas pelos assentados, no fazer-se das experiências da vida cotidiana. Para a pesquisa optou-se pela escolha do Assentamento Vitória, localizado no município de Lindoeste, com 152 famílias assentadas, pelo Assentamento Terra Livre, localizado no município de Nova Laranjeiras, com 30 famílias assentadas, ambos vinculados ao MST, e pelo reassentamentos rurais dos expropriados da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias, em vários municípios da região Oeste, com 612 famílias, vinculadas à Crabi/MAB. Na medida em que os assentamentos não constituem espaços sociais isolados, sua organização interna e formas de solidariedade e cooperação foram analisadas, de um lado, a partir do exame dos nexos entre as transformações da estrutura agrária no espaço regional, a articulação da resistência dos sem-terra e o surgimento dos assentamentos rurais, suas formas de organização da terra e do trabalho, no espaço regional em foco. E, de outro lado, como mediações produzidas nas relações sociais e como processos que integram a dinâmica de movimentos sociais, foram investigadas na relação com o fazer-se da luta pela terra a partir das múltiplas representações que os próprios assentados elaboram como memória de suas trajetórias de vida. Neste contexto, os assentamentos configuram ambiências: espaços sociais e de produção material da vida onde afloram pluralidade e heterogeneidade permeadas pelas relações de poder, por teias de contradições e de conflitos em torno de hábitos, valores e tradições. Neles evidenciam-se tanto as contradições de classe como as inerentes à formação da categoria social de assentados. Uma das principais materializa-se na possibilidade de os assentados retecerem o modo de vida de colono e a práxis em torno de um novo projeto de organização social da produção e de vida comunitária dos seus mediadores. As propostas de cooperação, sobretudo as formas coletivas da terra e do trabalho, são vistas pela maioria dos assentados como um limite à realização da liberdade e autonomia. O estudo mostra que, no esforço de implantar a cooperação nos assentamentos, a concepção dualista do MST, do coletivismo versus individualismo, levou à discriminação dos assentados “individuais” e revelou-se redutora da pluralidade de experiências de cooperação vivenciadas. A coletivização é estranha à sua cultura e constitui-se numa forma redutora do seu modo de vida e utopias. Tal desencontro evidencia a necessidade de valorizar a cultura dos assentados e de considerar suas tradições e valores na formulação de uma política de cooperação na luta. Revela também que é preciso superar práticas autoritárias e de subordinação política na relação entre mediadores e assentados, como uma das condições para uma nova qualidade de vida individual e coletiva, alicerçada nas diferentes formas de reciprocidade horizontal, na democracia e na cooperação. / This study concerns contemporary experiences lived by rural workers in organized resistance movements in southwestern and western Paraná State, along the Brazilian border with Paraguay and Argentina, between 1985 and 2001. Its main objective is to analyze the organization of settlers’ day-to-day living in rural settlements. The investigation focused the evidenced contradictions in the processes of organizing different cooperative and/or associative efforts, and how these efforts influenced day-to-day living among the settlers. The sites picked for survey were Vitória Settlement, in the town of Lindoeste, and Terra Livre Settlement, in the town of Nova Laranjeiras, both linked to the MST and with 30 families settled in all; and the new settlements formed by settlers that were moved from Salto Caxias Waterpower Station to various towns in the west region, comprising 612 families linked to the Crabi/MAB. Considering that settlements are not socially isolated areas, their internal organization and forms of solidarity and cooperation were analyzed in two ways: on the one hand, from the review of links between changes in the agrarian structure in the region, the organization of the resistance carried out by the landless, and the formation of rural settlements and their ways of organizing land and work in the region; on the other hand, the investigation of the mediation in the social relations and of the dynamics of social movements, and the multiple ways the settlers elaborate to represent the memory of their fights for land and their path through life. In these contexts, the settlements are seen as social and production environments where diversity and difference generate relationships guided by power, intertwined with contradictions and conflicts of habits, values and tradition. Visible in the settlements are the class contradictions, like the one pertaining to the very formation of the social rank of settler. One of the main contradictions materialize in the settlers’ possibility of returning to the colony way of life and the praxis around a new project of social, productive and communitarian organization by their mediators. The proposals of cooperation, especially the collective ways of using the land and dividing the work, are seen by most of the settlers as restraining their freedom and autonomy. The study shows that the dualistic conception of MST (collectivism against individualism) in the effort to implement cooperation in the settlements led to the discrimination of individual settlers and proved to cause reduction of cooperation experiences among them. Collectiveness is something strange to their culture and constitutes a restraint to their lifestyle and utopias. Such incompatibilities evidence the need to value the settlers’ cultures and to consider their traditions and values when formulating a cooperation policy in the fight. It also reveals the need to forget old authoritative and subordinative practices in the political relationship between mediators and settlers, as one prerequisite to a new individual and coletive life qualitx, based in the different kinos of horizontal reciprolity, in the democracy and in co-operation.
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ANÁLISE DOS ASSENTAMENTOS DE JÚLIO DE CASTLHOS/RS: IMPLICAÇÕES SOCIAIS, AMBIENTAIS E A QUALIDADE DE VIDA DOS ASSENTADOS

Petry, Deoclécio Gomes 29 September 2014 (has links)
The overall objective of this dissertation was to analyze the settlements Ramada, Alvorada and Santa Júlia of MST in Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul and its social implications, environmental and quality of life of settlers. The methodology applied to this study was guided by the completion of a study of descriptive and applied nature, with the use of mixed research methodology, qualitative and quantitative, to outline the collection, description, and analysis of data. The methodology applied to this study was guided by the completion of a study of descriptive and applied nature, with the use of mixed research methodology, qualitative and quantitative, to outline the collection, description, and analysis of data. The mixed method answered the need to understand the relationship between certain variables and to qualitatively explore aspects of research issue being studied. Based on the use of mixed-method, the procedure for the removal of the questions was descriptive, with the technique of data collection by questionnaires. The results obtained, it can be concluded that all the specific objectives Identify the perception and concern of the settlers as the use of natural resources in the settlements; identify the profile of the settlements of the municipality of Júlio de Castilhos (Ramada, Alvorada e Santa Júlia); check for difference between the profile of the three settlements that are part of this study; identify social, environmental implications; identify the quality of life of the settlers) have been met and that the quality of life of the settlers who participated in the survey, the item with higher representativeness was personal relationships (89.54%), followed by Spirituality, religion and personal beliefs (88.56%) and the lowest was financial resources with 0.98%. With respect to the distribution of items according to the fields, through factor analysis, it can be concluded that the domain with greater participation in the explanation of the variability of the items was the PHYS (physical) with 21.181% followed by the PSYCH (Psychological) with 12.678% from 10.71% of SOCIAL ENVIR (environment) with 6.99% and Auto-evaluation of the quality of 5.85%. / O objetivo geral desta dissertação foi analisar os assentamentos Ramada, Alvorada e Santa Júlia do Movimento Sem Terra (MST), em Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul e as suas implicações sociais, ambientais e a qualidade de vida dos assentados. A metodologia aplicada ao presente estudo foi pautada pela realização de um estudo de natureza descritiva e aplicada, com a utilização da metodologia de pesquisa mista, qualitativa e quantitativa, para delinear a coleta, a descrição e análise dos dados. O método misto respondeu à necessidade de entender quantitativamente a relação entre determinadas variáveis e de explorar qualitativamente os aspectos da questão de pesquisa a ser estudada. Com base na utilização de método misto, o procedimento para o levantamento das questões foi descritivo, com a técnica de coleta de dados por questionários. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que todos os objetivos específicos Identificar a percepção e a preocupação dos assentados quanto o uso dos recursos naturais nos assentamentos; identificar o perfil dos assentamentos do Município de Júlio de Castilhos (Ramada, Alvorada e Santa Júlia); verificar se há diferença entre o perfil dos três assentamentos que fazem parte deste estudo; identificar as implicações sociais, ambientais; identificar a qualidade de vida dos assentados) foram atingidos e que em relação na qualidade de vida dos assentados que participaram da pesquisa, o item com maior representatividade foi relações pessoais (89,54%), seguido de Espiritualidade/religião/crenças pessoais com (88,56%) e o menor foi recursos financeiros com 0,98%. Com relação à distribuição dos itens de acordo com os dominíos, através da análise fatorial, pode concluir que o domínio com maior participação na explicação da variabilidade dos itens foi o PHYS (Físico) com 21,181% seguido do PSYCH (Psicológico) com 12,678%, do SOCIAL com 10,71%, do ENVIR (Meio Ambiente) com 6,99% e de Auto-Avaliação da Qualidade de com 5,85%.
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As formas organizacionais de produção dos camponeses assentados no município de Batayporã/MS

Silva, Tânia Paula da [UNESP] 08 October 2004 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:24:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2004-10-08Bitstream added on 2014-06-13T20:51:39Z : No. of bitstreams: 1 silva_tp_me_prud.pdf: 1127129 bytes, checksum: 789b5cb6564d37b1844739e8c2d912a3 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Nesta pesquisa, analisamos as formas organizacionais de produção dos camponeses assentados no município de Batayporã/MS. Partimos do pressuposto de que embora exista o ideal de cooperação e de cooperativas de produção para os assentamentos rurais exposto nas publicações do e sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a predominância na forma de trabalho tem sido aquela que possibilita maior autonomia para o assentado e sua família no tocante ao processo de produção, e com isso, sobre o seu próprio modo de vida. Dessa maneira, visamos apreender o que o MST tem construído/praticado em termos de cooperação, bem como os desafios enfrentados pelos assentados nestas frações camponesas do território capitalista, os assentamentos rurais. Para isto, procuramos, através de leituras de obras referentes à temática, principalmente, dos documentos produzidos pelo setor de produção do MST e de análises da realidade a partir de entrevistas realizadas com os assentados e observações em campo, verificar as condições econômicas, políticas, sociais e culturais que essas formas de organização da produção proporcionam as famílias assentadas. Os resultados desta pesquisa evidenciaram, entre outras coisas, que no Mato Grosso do Sul a luta pela resistência na terra tem feito os assentados lançarem mão de diversas formas de trabalho de acordo com as circunstâncias de mercado e de vida na terra, onde a alternância de formas organizacionais de produção tem sido a marca mais evidente, tornando os assentamentos um verdadeiro campo de lutas e de permanentes redimensionamentos da experiência de cooperação. / In this research we analysed the production (labour) organization forms used by peasants settled down in Batayporã/MS. We found out that although there is an ideal of cooperation and several production cooperatives for the rural settlers, as present in many publications written by and for the Landless People Movement (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST) the prevailing labour form has been the one that permits greater autonomy for the rural settler and his family, as far as production is concerned, and so, greater control over his own life. Thus, we tryed to capture what the MST Movement has built/practiced in terms of cooperation, as well as the challenges faced by rural settlers on these small areas belonging to capitalist territories, the rural settlements. For this purpose, we had access to reading concerning this subject, mainly the documentation produced by the production sector of the movement and we also interviewed rural settlers and did field observation, trying to check the economic, political, social and cultural conditions that these production organization forms offer the rural settled families. The results of this research showed basically that in Mato Grosso do Sul the struggle and resistance for the land has forced the rural settlers to make use of different labour forms according to circumstances and their own survival, where alternative production forms of organization have been evident, showing that the small settlements have become vast struggling fields and a permanent reavalution in cooperation experiences.
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Mulheres da reforma agrária na educação: os significados em ser pedagoga da terra

Amaral, Débora Monteiro do 27 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6117.pdf: 1424961 bytes, checksum: f43fc47e47d732df0e955ad27161e910 (MD5) Previous issue date: 2014-02-27 / Financiadora de Estudos e Projetos / This research investigated the professional activity of land-pedagogues graduated in the first year of the course Land Pedagogy in the state of Sao Paulo. It discussed the rural education and the struggles and efforts of social movements to certify that the education in the rural communities occurs with quality and respect to their culture. The aim of this research is to present what it meant to the personal and professional lives of graduates in Land Pedagogy at UFSCar to attend this course. Moreover, it aims to identify, describe and analyze the educational processes in the performance of these professionals as well as the ease and difficulties encountered by them. The methodology used was based on the principles of popular education, which engages social movements and breaks through the power relations aiming to fight the elitist hegemonic order settled in society. The oppressed and exploited subjects struggles for emancipation is within the social movements and within popular education. The theoretical and methodological background used were based on Paulo Freire and other authors of popular education, especially the books of Carlos Rodrigues Brandão. The data collection came about through a bibliographic survey concerning the topic and semi-structured individual interviews with 7 women egressed in the course. The data analysis occurred as a result of content analysis that revealed what this course meant to the personal and professional lives of its participants. The results shows some educational processes such as the awareness of these women who started to understand their life stories when they had the opportunity to deepen their studies on the agrarian context and rural education. This enabled them to possess new instruments to transform the reality in which they live. Through the reflexion between theory (content) and practice (life experience) they could also improve their performance as educators, becoming more critical in their work environments. The data indicates that these women increased their commitment to the settlement and the communities and feel responsible for collaborating with the people and contribute to the rural education. According to the data, one difficulty found by these women is the lack of paid work opportunities since there are no schools in the majority of the settlements that leads them to find jobs in the city where they cannot apply the knowledge about rural education acquired during their studies. It is revealed that to these women being a land-pedagogue means to believe that man and women are able to transform their lives through education and so transform the society where they live. This research shows that Land Pedagogy courses contribute to the qualifications of people in settlements and equips these people to return to their settlements and collaborate with the development of these communities. / Esta pesquisa investigou atuação de pedagogas da terra formadas no primeiro curso de Pedagogia da Terra do estado de São Paulo. Fez a discussão da Educação do Campo e do processo de luta dos movimentos sociais para garantir a educação nos assentamentos rurais e que ocorra com qualidade e respeito a esta cultura. O objetivo da pesquisa foi descrever os significados para a vida pessoal e profissional atribuídos por licenciadas do curso de pedagogia da terra da UFSCar e ainda identificar, descrever e analisar processos educativos na prática destas pedagogas da terra, as facilidades e dificuldades encontradas na sua atuação. A metodologia utilizada foi pautada nos princípios da educação popular que, atrelada aos movimentos sociais, se insere nas relações de poder, na luta contra a ordem hegemônica elitista instalada na sociedade. A luta pela emancipação dos sujeitos oprimidos e explorados está no seio dos movimentos sociais, tal como no da educação popular. O referencial teórico-metodológico utilizado foi baseado em Paulo Freire e teóricos da educação popular, com destaque a obras de Carlos Rodrigues de Brandão. A coleta de dados se deu através do levantamento bibliográfico sobre a temática e entrevistas individuais e semi-estruturadas com 7 mulheres egressas do curso. A análise dos dados se deu pela análise de conteúdo que desvelou significados desta formação, tanto para a vida pessoal quanto para a vida profissional destas mulheres. Os resultados apontaram alguns processos educativos, como a conscientização destas mulheres, que passaram a compreender suas histórias de vida ao terem a oportunidade de aprofundar seus estudos em relação ao contexto agrário e da educação do campo, permitindo com isso que elas tivessem outros instrumentos para transformar a realidade em que vivem. Também, através da reflexão entre a teoria (conteúdo) e a prática (experiência de vida), puderam melhorar sua atuação enquanto educadoras, tendo uma postura mais crítica nos espaços onde estão atuando. Os dados também apontam que o comprometimento dessas mulheres com seus assentamentos e com a comunidade aumentou e, elas se sentem responsáveis por colaborar com as pessoas e contribuir com a educação do campo nesses locais. Uma dificuldade encontrada por essas mulheres, apontada pelos dados, é falta de oportunidade de trabalho remunerado nos assentamentos, visto que na maioria deles não há escolas, fazendo com que elas precisem procurar emprego na cidade, não conseguindo desta forma, colocar em prática os ensinamentos referentes à educação do campo que tiveram em sua formação. Os significados de serem pedagogas da terra, desveladas por essas mulheres, demonstram que elas acreditam que homens e mulheres, através da educação, podem transformar suas vidas e assim, transformar a sociedade em que vivem. A pesquisa demonstra que cursos de Pedagogia da Terra vêm para contribuir com a qualificação de pessoas assentadas, possibilitando que estas possam retornar a seus assentamentos e colaborar com o desenvolvimento dos mesmos.
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A escola no acampamento do MST: institucionalização e gestão estatal da escola itinerante Carlos Marighella

Amboni, Vanderlei 12 December 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6516.pdf: 2973933 bytes, checksum: 9ac19eee121a239e2e06a05abb2018ac (MD5) Previous issue date: 2014-12-12 / The thesis contains a study on the School in MST Camp: Institutionalization and Management of State Itinerant School Carlos Marighella. The problem of this study lies in the way of managing the traveling school in the MST camp, the contradiction is present with regard to the class struggle and interests defending, as Brazil is, par excellence, the land of large estates and, he, a deep social inequality in rural and urban areas, that can be characterized as social apartheid. In this regard, it is noteworthy that the construction of the Itinerant School has history and school history in the MST has the story of the struggle for agrarian reform. In these struggles, the Paraná bears the mark of the explosion of class struggle in the countryside, whose centrality is in the mechanization of agriculture, land concentration and construction of dams in Santiago Jump and Itaipu, which displaced more than 3,000 families from their land. In the struggle for land, northwest region of Paraná brings the land occupation and school occupation as dispute space. There is, in this struggle, the occupation of Fazenda Santa Filomena, in Planaltina of Paraná, and with it the construction of Camp Elias Gonçalves de Meura. This camp was built Itinerant School Marighella Carlos, who was born as a public school in 2004, which started teaching activities in a stable. Therefore, our purpose was to this school, meet its internal structure and forms of management. So our object is the school management. So we ask ourselves: How is the management of a school of MST in the capitalist state structure? There is an autonomous management from the State? Management mechanisms that are present in the Itinerant School? Collegiate bodies that are present in the school structure? How is the social control of the Itinerant School? In this sense, the school management is the MST or no state control over school management? Given these issues, our intention was to investigate the School Itinerant Carlos Marighella both the organizational aspects, the management, the administrative, educational and financial dimensions, from 2004 to 2013. Therefore, we undertook a bibliographic nature of research and interviews. In literature, the empirical sources consulted were the texts and MST works on education, and the documents produced by the MEC, SEED and State Councils of Education relevant to Education Field and Itinerant Schools. Besides these, we also drew the texts produced by several researchers who analyzed the Itinerant Schools in the different aspects of studies. Interviews were conducted with members of the MST Education Sector, educators and students of EI, public officials and school community camping. The reflections on the school management, despite being a singularity as pedógica experience, to be tensioned by the conflict of land, EI is not the government school, nor he directed. She is the dual management, but brings in your organization elements of the socialist school of work as selforganization in the training process. This is the meaning of this research thesis answered. / A tese contém um estudo realizado sobre a Escola no Acampamento do MST: Institucionalização e Gestão Estatal da Escola Itinerante Carlos Marighella. O problema deste estudo situa-se na forma de administrar a escola itinerante no acampamento do MST, cuja contradição está presente no tocante à luta de classes e aos interesses que defende, pois o Brasil é, por excelência, a terra do latifúndio e, com ele, de uma profunda desigualdade social no campo e nas cidades, que podemos caracterizar como apartheid social. Neste particular, cabe ressaltar que a construção da Escola Itinerante tem história e a história da escola no MST tem a história das lutas por Reforma Agrária. Nestas lutas, o Paraná traz a marca da explosão das lutas de classes no campo, cuja centralidade está na mecanização da agricultura, concentração fundiária e construção das barragens de Salto Santiago e Itaipu, que desalojou mais de 3.000 famílias de suas terras. Na luta pela terra, a região noroeste do Paraná traz a ocupação da terra e a ocupação da escola como espaço de disputa. Tem-se, nesta luta, a ocupação da Fazenda Santa Filomena, em Planaltina do Paraná, e com ela a construção do Acampamento Elias Gonçalves de Meura. Neste acampamento foi construída a Escola Itinerante Carlos Marighella, que nasceu como escola pública no ano de 2004, e iniciou as atividades letivas em um estábulo. Diante disso, nosso propósito foi conhecer esta escola, conhecer sua estrutura interna e as formas de gestão. Assim, nosso objeto é a gestão da escola. Portanto, nos interrogamos: Como se dá a gestão de uma escola do MST na estrutura do Estado capitalista? Há uma gestão autônoma frente ao Estado? Que mecanismos de gestão estão presentes na Escola Itinerante? Que órgãos colegiados estão presentes na estrutura da Escola? Como se dá o controle social na Escola Itinerante? Neste sentido, a gestão da escola é do MST ou há o controle estatal sobre a gestão escolar? Diante destas questões, nossa intenção foi investigar a Escola Itinerante Carlos Marighella tanto nos aspectos organizativos, quanto de gestão, nas dimensões administrativas, pedagógicas e financeiras, no período de 2004 a 2013. Para tanto, empreendemos uma pesquisa de natureza bibliográfica e de entrevistas. Na pesquisa bibliográfica, as fontes empíricas consultadas foram os textos e obras do MST referentes à educação, bem como os documentos produzidos pelo MEC, SEED e Conselhos Estaduais de Educação pertinentes à Educação do Campo e às Escolas Itinerantes. Além destas, também recorremos a textos produzidos por diversos pesquisadores que analisaram as Escolas Itinerantes nos diferentes aspectos de estudos. As entrevistas foram realizadas com membros do Setor de Educação do MST, educadores e educandos da EI, agentes públicos e comunidade escolar acampada. Nas reflexões sobre a gestão escolar, apesar de ser uma singularidade como experiência pedógica, de ser tensionada pelo conflito da terra, a EI não é a escola do governo, nem por ele dirigida. Ela faz a gestão dual, mas traz na sua organização elementos da escola socialista do trabalho, como auto-organização no processo de formação. Este é o sentido da tese respondido nesta pesquisa.
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Produção e comercialização em assentamentos de reforma agrária do MST : pesquisa participativa e pesquisaação em Pernambuco e no Rio Grande do Sul

Betanho, Cristiane 25 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:50:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1889.pdf: 2179325 bytes, checksum: 6e4bbaf916aa5687a7e55acf976a1ba1 (MD5) Previous issue date: 2008-06-25 / Looking for to legitimize their action the landless country laborers movement has been offering part of the nestings production to the society, it is one way that they found for that. The nestings agriculturists has organizing in association and cooperatives looking for working together can be stronger producing and commercializing instead of producing the capital surplus in any cost as capitalism idea. By the other hand, most part of the production in general raw materials and product in nature with low aggregated value realized has been commercialized by the brokers or executives who add value and take the under values generated by this activity. This research had two objectives: a) analyse the limits and possibilities on the production and on the commercialization in ten enterprises created and administrated for the Rio Grande do Sul and Pernambuco nestings by the participative research and b) to present the process and results of Action Research developed by the students of the Technical Institute of Agrarian Reform and Capacitation (RS), that was looking for the development of the professional qualification methodology in strategic for commercialization applied in land and fruits agro industry. The hypothesis of the forces on the market and the use of the societal marketing strategy acknowledge could show them how to build new offers with major added value to commercialize in choose markets who improves with the dependency relation brake by the brokers increasing the salary for this families and by the other hand keeping the principles and values of he MST and Solidary Economy. The results of the participle research showed that in both states the nestings decided by the production lines first and with the raw material in their hand searching for new markets to sale the production and this logical will generate the tentative and error process that is difficult to suppose and with higher cost. The action research results xi showed the societal marketing acknowledge adapted for and improving the economic result and relationship with the market for the studied enterprise. / Um meio que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tem buscado para legitimar suas ações é a oferta de parte da produção dos assentamentos à sociedade. Agricultores assentados organizam-se em cooperativas e associações, com vistas ao fortalecimento conjunto, buscando produzir e comercializar, sem reproduzir o paradigma capitalista da geração de excedente a qualquer custo. Entretanto, boa parte da produção, geralmente matérias-primas e produtos in natura com baixo valor agregado percebido, tem sido comercializada via atravessadores ou por empresários do setor, que agregam valor e apropriam-se dos sobrevalores gerados por essa atividade. Esta pesquisa teve por objetivos: a) analisar limites e possibilidades na produção e comercialização em 10 empreendimentos criados e administrados por assentados nos estados do Rio Grande do Sul e Pernambuco, por meio de Pesquisa Participativa; e b) apresentar o processo e os resultados da Pesquisa-Ação desenvolvida com educandos do Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (RS), que visou a contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia de qualificação profissional em estratégias de comercialização, aplicada na agroindústria Terra e Frutos. Avaliou-se a hipótese de que o conhecimento das forças de mercado e o uso de estratégias de marketing societal poderiam orientar a construção de ofertas de maior valor agregado para comercialização em mercados objetivamente escolhidos, contribuindo, por um lado, com o rompimento das relações de dependência de atravessadores, gerando aumento de renda para essas famílias e, por outro, preservando os princípios e valores do MST e da Economia Solidária. Os resultados da pesquisa participativa apontaram que, em ambos os estados, os assentados primeiramente decidiram pelas linhas de produção e, com matéria-prima à mão, buscaram mercados para ix escoar a produção, lógica que tende a gerar um processo de tentativa-e-erro difícil de suportar e custos mais altos. Os resultados da pesquisa-ação mostraram que o conhecimento de marketing, devidamente adaptado à orientação societal, contribuiu para a melhoria do resultado econômico e de relacionamento com o mercado para o empreendimento estudado, indicando a oportunidade de posicionar produtos em nichos específicos e politizar o mercado, sem comprometer os valores da economia solidária e do MST.
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A formação educacional e a igualdade de gênero no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Educational training and gender equality in the Landless Rural Workers Movement (MST)

Pessôa, Jeniffer Ribeiro [UNESP] 27 February 2018 (has links)
Submitted by JENIFFER RIBEIRO PESSÔA null (jenifferpessoa.adv@hotmail.com) on 2018-03-05T20:40:32Z No. of bitstreams: 1 2018 - PPGE - Dissertação Mestrado Jeniffer Ribeiro Pessoa.pdf: 839648 bytes, checksum: 3113f718067685077e19ce94f8e60fe5 (MD5) / Approved for entry into archive by Satie Tagara (satie@marilia.unesp.br) on 2018-03-06T14:35:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 pessoa_jr_me_mar.pdf: 839648 bytes, checksum: 3113f718067685077e19ce94f8e60fe5 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-06T14:35:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 pessoa_jr_me_mar.pdf: 839648 bytes, checksum: 3113f718067685077e19ce94f8e60fe5 (MD5) Previous issue date: 2018-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi constituído em 1984 com os objetivos de lutar pela terra, lutar pela reforma agrária e lutar por mudanças sociais no país. Essa luta por mudanças sociais contribuiu para a criação de uma nova formação educacional voltada para a construção de valores, dentre esses valores, a luta pela igualdade de gênero. A pesquisa, documental e bibliográfica, apresenta como o MST abordou desde a constituição do Movimento, a questão da mulher em seu interior e como posteriormente, introduziu o conceito de gênero com a criação de um setor específico. Objetivamos verificar os princípios pedagógicos e o projeto político-pedagógico do MST analisando sua política de formação educacional que abrange a questão de igualdade de gênero, e que possui uma política geral de gênero com propostas ligadas à formação educacional. Concluímos que o Movimento, desde sua criação, tem produzido textos teóricos e desenvolvido ações práticas buscando ampliar a participação das mulheres, com cursos de educação formal e de formação, nos diversos setores e instâncias do Movimento. Assim, a igualdade de gênero deve estar presente seja na produção, nos coletivos decisórios e coordenações políticas. Buscando garantir e ampliar a igualdade de gênero entre os homens e mulheres militantes, o MST elaborou propostas estratégicas e criou um Setor de Gênero voltado à promoção da igualdade de gênero e à participação igualitária. O MST aponta linhas de ações necessárias, para que seja alcançada a igualdade de gênero. Nesse sentido, a criação dessa nova forma de fazer educação proposta, trouxe avanços proporcionando a implementação dessas ações no Movimento como um todo. A pesquisa demonstra que a educação está presente em todos os espaços do MST, portanto, a Pedagogia do Movimento é um processo educacional mais ampla, que passa pela escola e é desenvolvida nos assentamentos e acampamentos, perpassando, ainda, pelos mais diversos setores. A participação igualitária entre homens e mulheres do Movimento é necessária para a transformação da realidade, contudo, ainda tem muito a avançar para efetivar as linhas de ação em todos os assentamentos e acampamentos, por isso, este deve ser um processo contínuo. / The Landless Rural Workers Movement (MST) was established in 1984 with the aim of fighting for land, fighting for land reform and fighting for social change in the country. This struggle for social change contributed to the creation of a new educational formation focused on the construction of values, among these values, the struggle for gender equality. The research, documentary and bibliographical, presents how the MST has addressed since its inception, the issue of women in its interior and how later, introduced the concept of gender with the creation of a specific sector. We aim to verify the pedagogical principles and the political-pedagogical project of the MST by analyzing its education policy that covers the issue of gender equality and has a general gender policy with proposals linked to educational training. We conclude that the Movement, since its inception, has produced theoretical texts and developed practical actions aimed at increasing the participation of women, with courses in formal education and training, in the various sectors and instances of the Movement. Thus, gender equality must be present in production, decision-making bodies and political coordination. Seeking to guarantee and expand gender equality among militant men and women, the MST elaborated strategic proposals and created a Gender Sector focused on the promotion of gender equality and equal participation. The MST points out necessary lines of action to achieve gender equality. In this sense, the creation of this new way of doing the proposed education, has brought progress giving the implementation of these actions in the Movement as a whole. The research demonstrates that education is present in all spaces of the MST, therefore, Pedagogy of Movement is a broader educational process, which passes through the school and is developed in settlements and encampments across various sectors. Egalitarian participation between men and women in the Movement is necessary for the transformation of reality, however, there is still much to be done to implement the lines of action in all settlements and camps, so this must be an ongoing process.
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Entre a contestação e a superação: a produção camponesa no assentamento rural Tiradentes em Mari.

Souto, Jackson Vital 31 August 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-16T14:48:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2245051 bytes, checksum: ea88bb88ac8927b82da47f0510b502c2 (MD5) Previous issue date: 2007-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The forest zone of Paraíba was always constituted in a privileged space to the advance understanding of the capitalist relations of production in the field and the way the peasant react to this advance, that expropriates them from its condition of peasant. This exactly geographic space was and has been scene of social conflicts, many bloody times, between large estate owners and a population of agricultural workers who search its land piece to guarantee its proper sustenance and conditions of a worthy life. This fight politics has resulted in some relative advances, as the institutionalization of the rural settlement, product of the politics pressure of peasant and landless agricultural workers, organized by the Movement of the Landless Agricultural Workers. This work studies the constitution and the ways of the production organization of the Tiradentes rural settlement, located in the city of Mari and considered the settlement model of the Movement of the Landless - MST in the middle-region of the forest zone of the State of Paraíba. Tiradentes rural settlement was constituted in 2000, into the politics of agrarian reform of the federal government, the Tiradentes gains life after long process of fight whose culminating point was the period of occupation-encampment. After conquering the land and institutionalized the settlement, it was our interest to know the specialities of its productive system, the forms of organizing the production, the canals of commercialization, the relations struck up between the seated peasants and the politics leaderships of the local Movement of the Landless - MST. One of our main finding was that, although the Movement of the Landless Agricultural Workers - MST searches to keep its influence and to lead the settlement through centered goals and national, the seated people follow its proper forms of production searching to preserve, thus, certain autonomy of its condition of being a peasant. / A Zona da Mata paraibana sempre se constituiu num espaço privilegiado para o entendimento do avanço das relações capitalistas de produção no campo e de como os camponeses reagem a esse avanço, que os expropria de sua condição camponesa. Esse mesmo espaço geográfico foi e tem sido palco de conflitos sociais, muitas vezes sangrentos, entre latifundiários e sujeitos diversos como os camponeses e os trabalhadores rurais que buscam seu pedaço de terra para garantir seu próprio sustento e condições de uma vida digna. Essa luta política tem resultado em alguns avanços relativos, como a institucionalização dos assentamentos rurais, produto da pressão política de camponeses e de trabalhadores rurais sem terra, organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST e outros movimentos e luta pela terra. Este trabalho estuda a constituição e as formas de organização da produção no Assentamento Rural Tiradentes, localizado no município de Mari e considerado o assentamento modelo do MST na Meso-região da Zona da Mata do Estado da Paraíba. Constituído em 2000, no seio da política de reforma agrária do governo federal, o Tiradentes ganha vida após processo de luta cujo ponto culminante foi o período de ocupaçãoacampamento. Conquistada a terra e institucionalizado o assentamento, interessounos conhecer as especificidades do seu sistema produtivo, as formas de organizar a produção, os canais de comercialização, as relações travadas entre os camponeses assentados e as lideranças políticas do MST local. Uma de nossas principais constatações foi que, embora o MST busque manter sua influência e conduzir o assentamento via diretrizes centralizadas e nacionais, os camponeses assentados seguem suas próprias formas de produção buscando preservar, assim, uma certa autonomia na sua condição camponesa.
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As representações sociais sobre a reforma agrária popular nas mídias digitais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Engelmann, Solange I. January 2018 (has links)
avanço da internet e das mídias digitais torna o ciberespaço em um novo canal de comunicação e informação. Dessa forma, várias organizações e movimentos populares de luta por direitos, cidadania e mudanças sociais se apropriem desse espaço para troca de ideias e produção de conhecimento no contexto da esfera pública virtual. As mídias digitais ampliam a circulação das representações sociais sobre os espaços rurais e seus agentes sociais, como é o caso dos movimentos populares de luta pela terra e reforma agrária no Brasil, pois estes passam a exercer um papel de mediação, ampliando o ambiente do debate público, anteriormente concentrado nas mídias tradicionais monopolizadas. O que possibilita uma expansão em relação às discussões sobre as demandas de direitos e os discursos acerca da questão agrária nas mídias digitais. Nesse sentido, esse estudo analisa quais as representações sobre o projeto de Reforma Agrária Popular do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que circulam nas mídias digitais deste Movimento. Partimos de uma perspectiva teórica da Teoria das Representações Sociais (TRS), enfatizando seu caráter mediador no debate contemporâneo sobre os usos e as apropriações das mídias digitais pelos movimentos populares nos espaços rurais, na luta por direitos sociais e busca de cidadania. Apresentamos debate sobre a construção de uma nova cidadania no Brasil, a luta por cidadania comunicativa e as potencialidades das mídias digitais na ampliação da visibilidade pública dos movimentos populares na esfera pública virtual Realizamos ainda análise contextual sobre a problemática da questão agrária brasileira, a formação histórica do MST, bem como seu papel político no país e as características do processo de comunicação popular dessa organização. A abordagem metodológica fundamenta-se na Análise de Conteúdo, para a investigação textual do conteúdo informativo e análise dos dados e informações coletadas nas entrevistas. Utilizamos a técnica de entrevista com comunicadores e lideranças do MST. A pesquisa qualitativa on-line foi realizada para coleta de conteúdos informativos de duas páginas virtuais da organização e de formulação de mapas representacionais, a partir da análise da ancoragem e objetivação das representações sociais. O estudo de caráter qualitativo analisa os conteúdos informativos em publicações, nas páginas on-line especiais da Feira Nacional da Reforma Agrária do MST, de 2015, e na Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária do MST, de 2016. Conclui-se que as principais representações sociais sobre a Reforma Agrária Popular do MST apresentam este como um movimento político, que a partir da sua luta social transforma as áreas de assentamentos em produtores de alimentos para o abastecimentos dos centros urbanos. Ampliando a função da reforma agrária e buscando transformá-la em um projeto alternativo e sustentável para o desenvolvimento do campo. / The advancement of the Internet and digital media turns the cyberspace into a new channel for communication and information. In this way, various organizations and popular civil rights movements take over this space in order to exchange ideas and produce knowledge on the virtual public sphere. The digital media broadens the circulation of rural spaces and their social agents' social representations, like the people's movements fighting for land and agrarian reform in Brazil, as they begin to play a mediating role, broadening the public debate conditions, which were previously focused on the traditional monopolized media. This enables an expansion of discussions regarding civil rights demands and dialogues about the agrarian issue, in the digital media. In this sense, this study analyzes which representations on the Landless Rural Workers Movement's (MST) Popular Agrarian Reform project circulate on its digital media. We set off with a theoretical perspective from the Social Representations' Theory (TRS), emphasizing its mediating character to the contemporary debate on the uses and appropriations of digital media by popular movements in rural areas fighting for social rights and pursuing citizenship. We present a debate about the construction of a new citizenship in Brazil, the struggle for communicative citizenship and the potential of digital media in broadening the public visibility of popular movements in the virtual public sphere. We also perform a contextual analysis on the problems of the Brazilian agrarian issue, the MST's historical formation, as well as its political role in the country and on this organization's characteristics of the popular communication process The methodological approach is based on Content Analysis, in order to elaborate a textual research of the content and to analyze all the data and information collected during the interviews. We employed an interview technique with MST communicators and leaders. On-line qualitative research was carried out to collect informative contents of two of the organization's virtual pages and to formulate representative maps, based on the analysis of the social representations' progress and objectification. The qualitative study analyzes the information content in publications in the special online pages of the MST's National Land Reform Fair, in 2015, and in the MST's Fight for Land Reform's National Working Day, in 2016. It is concluded that the main social representations on the MST's Popular Agrarian Reform show it as a political movement, which, from its social struggle, transforms settlements areas into food producers to supply the urban centers. To this extent, being able to extend the agrarian reform function and seek to transform it into an alternative and sustainable project for the development of the farmlands.

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