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A categoria de tempo na enunciação da língua francesa / The tense category in the French language enunciation

Oliveira, Vanessa Ferreira de 26 October 2006 (has links)
José Luiz Fiorin, em suas Astúcias da Enunciação (2001), analisa as categorias da enunciação de tempo, pessoa e espaço na língua portuguesa. Esse é o fundamento teórico no qual se baseia o presente trabalho. Nossa pesquisa concentra-se na língua francesa e nela trabalhamos somente a categoria de tempo, verificando a maneira pela qual a sua colocação estabelece referências temporais no discurso por meio das categorias concomitância vs. não-concomitância (anterioridade e posterioridade). É possível basearse em uma teoria para a língua portuguesa pelo fato de que há muita correspondência entre o francês e o português no que concerne as classes de palavras que expressam tempo em francês (verbo, advérbio, preposição e conjunção), embora haja também alguns pontos em que não existem equivalências, como veremos. O corpus utilizado para a realização desse trabalho é o jornal de maior referência na França: Le Monde; ele tem várias versões, mas utilizamos a mais lida: o quotidiano. Foram lidos somente jornais dos primeiros cinco meses de 2006. Na pesquisa, primeiramente, conceituamos o tempo, em seguida o sistematizamos, considerando os sistemas enuncivo e enunciativo e as categorias topológicas de concomitância e não- concomitância em relação aos momentos de referência presente, pretérito e futuro. Reconhecemos alguns tempos verbais franceses sem equivalentes no português e especiais na língua francesa: passé simple, passé antérieur e passé surcomposé. Ainda estudamos a debreagem de segundo grau e o modo subjuntivo. Culminamos na ação intencional do enunciador e suas neutralizações verbais, isto é, as embreagens temporais. Esperamos contribuir para a conceituação da categoria de tempo da língua francesa, auxiliando no ensino/aprendizagem dessa língua / Jose Luiz Fiorin, in his Astucias da Enunciação, analyses the categories of the expression of time, space and person. This is the theoretical basis of this study. The dissertation analyses the French language and deals only with the tense category, verifying how its collocation establishes temporal references in discourse by means of concomitance vs non-concomitance categories (anterior/posterior). It is possible to use this as a basis for the Portuguese language because there are many parallels between French and Portuguese in terms of the word classes which express tense (verb, preposition and conjunction), although there are also some points that do not have parallels , as we shall see. The corpus used in carrying out this work is the most quoted newspaper in France: Le Monde, and the daily newspapers of the first five months of 2006 are the basis for the corpus. Firstly, time is considered, and then systematized, examining the enuncive and enunciative systems and the topographical categories of concomitance vs nonconcomitance in relation to the present, past and future. Certain tenses with no equivalents in Portuguese have been recognised, such as the passé simple, passé antérieur and passé surcomposé. Second degree \"debreagem\" and the subjunctive mood are also analysed, and the dissertation ends with an analysis of the writer\'s intentional action and his verbal neutralizations. Hopefully, this study will contribute to the conceptualisation of the tense category in French, helping the teaching and learning of this language
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Tempo, espaço e autoconsciência: a construção da identidade em Ensaio sobre a cegueira / Time, space and selfconsciousness: the identity construction in \' Ensaio sobre a cegueira\'

Silva, Angela Ignatti 29 April 2008 (has links)
No capítulo denominado \"Formas de tempo e de cronotopo no romance (Ensaios de poética histórica)\", de sua obra Questões de Literatura e de Estética (A Teoria do Romance), Mikhail Bakhtin utiliza-se do termo cronotopo para referir-se à indissolubilidade de espaço e de tempo na literatura, uma vez que considera este como a quarta dimensão daquele. O presente trabalho tem como objetivo o exame dos cronotopos no romance Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, desenvolvido mediante o estudo do manicômio, das ruas, das casas, entre outros. Os cronotopos nesta obra subvertem a relação tradicional entre tempo e espaço, constituindo um mundo invertido em sua totalidade. Por meio dos cronotopos poderemos adentrar o campo da autoconsciência das personagens, o qual revela a ampliação do âmbito de visão delas sobre si mesmas e sobre os outros. Tal ampliação implica o dialogismo e a equiparação das vozes dos protagonistas que empreenderão uma jornada rumo à comunhão e à solidariedade. A autoconsciência desemboca na questão da construção da identidade que descortina a imagem do homem contemporâneo, cindido, em conflito com seu tempo e seu espaço. / In the chapter named \"Formas de tempo e de cronotopo no romance (Ensaios de poética histórica)\", which integrates his Questões de Literatura e de Estética (A Teoria do Romance), Mikhail Bakhtin makes use of the term \"Chronotope\" to refer to the indissolubility of time and space in literature, once he considers the latter as the fourth dimension of the first. The present work aims to investigate the chronotope in Saramago\'s Blindness, by means of the study of some of its chronotopes, such as the asylum, the streets and the houses, among others. In this novel, the chronotopes show the subversion between time and space relation, constituting a world inverted in its wholeness. By means of the chronotopes it will be possible to see the inside of the characters\' selfconsciousness process, which emerge in the narrative and broaden the characters\' visual field about themselves and about the other characters. Such broadening implies the dialogism and characters\' voice equalization (in the sense that each of the characters will be independent, owning their independent voices, which will consequently permit them start a journey towards communion and solidarity. In the novel, the theme of selfconsciousness, however, leads to that of the characters\'s identity building, which is present in the novel\'s plot, and which shows the contemporary individual\'s divided self, in conflict with his time and space.
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A imaginação na Crítica da Razão Pura / The imagination in the Critique of pure reason

Sehnem, Claudio 13 April 2009 (has links)
De acordo com a primeira edição da Dedução Transcendental de 1781, a faculdade da imaginação é a faculdade fundamental que une de um lado a intuição e, de outro, o entendimento. Essa união só pode ser possível, entretanto, se a imaginação possuir um caráter não apenas sensível pois ela é uma faculdade que pertence à sensibilidade mas também intelectual. Mostrar, neste sentido, que ela é essa faculdade fundamental sensível e intelectual torna possível uma «doutrina da imaginação», a partir da qual se estabelece uma determinada leitura da Crítica da Razão Pura de Kant. Para isso é necessária uma compreensão do tempo (na Estética Transcendental) e de como o pensamento categorial se constitui em relação a ele através dessa «doutrina da imaginação», ou seja, através de uma explicação das relações entre a imaginação e o tempo e dela com as categorias do pensamento. / According to the first edition (1781) of the Transcendental Deduction, the faculty of imagination is the fundamental faculty which binds, on the one hand, the intuition, and on the other hand, the understanding.This union can only be possible, however, if the imagination has not only a sensible character - for it is a faculty that belongs to the sensibility - but also an intelectual character. To show, in this sense, that imagination is that fundamental faculty - both sensible and intelectual - makes possible a \"doctrine of imagination\", from which is founded a certain reading of Kant\'s Critique of Pure Reason. For this, is necessary an understanding of time ( in the Transcendental Aesthetic) and of how the categorial thought is constituted in relation to it through a \"doctrine of imagination\", that is, through an explanation of the existing relations between imagination and time and also between imagination and the categories of thought.
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A matéria cênica e o tempo de sua percepção: uma proposta de agenciamento teórico / -

Machado, Vinicius Torres 01 September 2014 (has links)
Esta tese analisa o teatro que tem por característica o jogo com o tempo real da matéria cênica não fabulada. Procura-se apresentar a materialidade da cena como fator de afecção por si, pensada tanto historicamente quanto na cena contemporânea e contrastada no tempo da percepção. O trabalho dividese em duas partes: na primeira, analiso os elementos da matéria cênica em seu devir e as relações de afecção que eles estabelecem entre si; na segunda, analiso de que maneira os elementos constitutivos da cena podem ser compostos no tempo, privilegiando uma relação intensiva entre as partes de um espetáculo. Por fim, abordo como o jogo com a matéria cênica não fábulada pode conduzir o espectador à sensação de um tempo em suspensão / This thesis analyses a form of theatre which plays with the actualized time of non fictional theatre elements. It seeks to present the materiality of the theatre as an affection factor by itself, designed both historically and in the contemporary theatrical landscape, and contrasted by the time of its perception. The work is divided into two parts: in the first one, I analyse the elements of theatre in its becomings and the relations of affection they establish among themselves; in the second, I analyse how these elements can be set up in time, favouring an intensive relationship between them in a performing context. Finally, I discuss how playing with non fictional theatre elements could lead the viewer to the feeling of suspended time.
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O ensino do conceito de tempo: contribuições históricas e epistemológicas. / Teaching the concept of time: historical and epistemological contributions.

Martins, André Ferrer Pinto 14 September 1998 (has links)
Tendo como ponto de partida o que poderia ser chamado de "epistemologias históricas da ciência", delineia-se uma concepção de ciência que se insere, mais amplamente, numa teoria dialética do conhecimento, em contraposição a uma visão metafísica. Busca-se em seguida explicitar a relação entre tais epistemologias e a prática pedagógica, emergindo disso nossa opção por uma educação dialógica e libertadora, da qual se depreende, entre outras coisas, a relevância da história da ciência sob diversos aspectos. Fundamentado nessa perspectiva, aborda-se o conceito de tempo, de extrema importância no âmbito da física, resultando na construção de um texto, destinado preferencialmente a professores de ciências, a partir da re-leitura de uma pesquisa histórica sobre esse tema. / Starting from what may be called "historical epistemologies of science", we elaborate a conception of science which may be classified in a general way as a dialectical theory of knowledge, as opposed to a metaphysical point of view. We then explore the relation between such epistemologies and pedagogic practice, from which emerges our option for a dialogical and liberative education, which in turn emphasizes, beside other things, the relevance of history of science under various aspects. Bared on such perspective, we study the concept of time, which is extremely important in physics, and as a result, after re-reading a historical research on this theme, construct a text aimed primarily at science teachers.
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Habitar o presente, fazer um mundo: movimentos de crianças e adultos em uma escola de educação infantil / To inhabit the present, to make a world: movements of children and adults in a early childhood school

Alessandra de Barros Piedras Lopes 26 February 2015 (has links)
Lugar de criança é na escola? Talvez sim. Talvez não. Talvez exista um problema em querer determinar um lugar para crianças que estão em movimento, que se movimentam por diversos e variados espaços e tempos. O caminho que percorre este texto se põe a caminhar nessa questão inicial, mas não se preocupa em respondê-la. Busca, antes, pensar uma escola de educação infantil habitada e habitável por crianças, onde suas vozes se fazem ouvir em contraponto às dos adultos na experiência de uma infância que é mais do que mera etapa em um desenvolvimento cronológico. Uma infância que nos faz seres à espreita, sensíveis ao novo que nasce para o mundo, e a devires que nos levam a renovar o mundo. Essa escola vai sendo contornada na ideia de skholé, um espaço de tempo livre. Um tempo que iguala todos que nela estão em torno de algo comum, algo que é suspenso, profanado, feito comum, algo que nos atrai para o presente. E que presente seria esse? Um presente que se vê em um ponto entre um passado e um futuro ou um presente que acontece em um instante de intensidade que tudo muda? Entre crianças e adultos, em suas incessantes movimentações, encontra-se uma escola feita de experiências, de um aprender que nos leva a decifrar o mundo em individuações em que somos unos e múltiplos. Uma escola que faz professores-pedagogos e crianças-alunos, e que é feita por eles. Poderia o brincar, em uma tal escola de educação infantil nos igualar ao mesmo tempo que nos diferencia, fazendo-nos dissolver; levar-nos a habitar o presente, a fazer um mundo? / Is school the place for children? Maybe it is. Maybe it is not. Perhaps the problem lies in wanting to establish a place for kids that are constantly in motion, moving in a diversity and a variety of spaces and times. The road that runs through this text begins to move in this initial question, but does not aim to find a proper answer to it. It intends to think a school of early childhood education that is inhabited, and inhabitable, by children, where their voices are heard in contrast to the adults in a experience of a childhood that is more than a mere step in a chronological development. A childhood that makes us beings lurking, waiting, sensitive to the new born to the world, to becomings that leads us to renew the world. This school is being circumvented by the idea of skholé, a space of free time, a time that equates every one in it, where something is suspended, profaned, made common, something that draws us to the present. And what present would that be? A present that is seen as a point between the past and the future or a present that happens in a moment of intensity in which changing comes? Between children and adults, in their incessant movements, one finds a school made of experiences, of an idea of learning that leads us to decipher the world in individuations in which we are one and multiple. A school that makes teachers and students at the same time that it is made by them. Could play in such a school of early childhood education differentiate ourselves at the same time it equates us, leading us to inhabit the present, to make a world?
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O tempo como noção a priori : contribuições da epistemologia genética à teoria do conhecimento /

Rocha, Caio Prior. January 2009 (has links)
Resumo: Na presente dissertação temos como objetivo analisar e compreender alguns problemas levantados pela Teoria do Conhecimento sobre a forma como um sujeito epistêmico universal organiza seu campo temporal. Estaremos preocupados em pensar sobre as condições de possibilidade presentes no aparato cognitivo humano que possibilitam a elaboração de um campo temporal e, principalmente, na discussão do tempo como uma noção a priori na Epistemologia Genética. Para tanto faremos um estudo dos trabalhos desenvolvidos por Immanuel Kant, essencialmente a primeira parte da “Crítica da Razão Pura”, intitulada “Estética Transcendental”, onde o autor se preocupa em analisar a noção de tempo. Juntamente com este texto estudaremos também o trabalho de Jean Piaget “A Noção de tempo na Criança” e desta análise em conjunto pretendemos mostrar as possibilidades de aproximação e distanciamento entre a proposta teórica destes dois autores para a compreensão da noção de tempo no ser humano. Concluímos que o tempo, para Kant é um aspecto formal a priori, portanto completamente independente da experiência; já para a Epistemologia Genética, o tempo não é dado a priori, já organizado no aparato cognitivo humano, ela o compreende como uma noção que precisa ser elaborada pelo sujeito no contato com a realidade e, portanto, o concurso da experiência é essencial para a construção desta noção. / Abstract: Not available. / Orientador: Adrian Oscar Dongo Montoya / Coorientador: Ricardo Pereira Tassinari / Banca: Marcelo Carbone Carneiro / Banca: Ubirajara Rancan de Azevedo Marques / Mestre
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Tempo e devir na narrativa fantástica de Jorge Luis Borges

Costa, Lannusse Bergem Balbino 08 May 2014 (has links)
Submitted by Deise Lorena Araújo (deiselorena@uepb.edu.br) on 2016-08-18T17:46:42Z No. of bitstreams: 1 PDF - Lannusse Bergem Balbino Costa.pdf: 24426482 bytes, checksum: 6c7fd9f44f87e19ef94d89708a763b82 (MD5) / Approved for entry into archive by Irenilda Medeiros (nildamedeiros@uepb.edu.br) on 2016-09-02T15:09:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Lannusse Bergem Balbino Costa.pdf: 24426482 bytes, checksum: 6c7fd9f44f87e19ef94d89708a763b82 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-02T15:09:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Lannusse Bergem Balbino Costa.pdf: 24426482 bytes, checksum: 6c7fd9f44f87e19ef94d89708a763b82 (MD5) Previous issue date: 2014-05-08 / Universidade Estadual da Paraíba / Esta pesquisa pretende analizar las concepciones sobre el tiempo y el devenir tejidos en la narrativa ficcional de Jorge Luis Borges. Embasamos la análisis a partir de la obra “Ficções” y utilizamos algunos ensayos teóricos de Borges que nos auxiliaran en el desarrollo de la temática. Teniendo en vista la constatación de un tiempo no linear, que tiene en el devenir una coexistencia de planes, capaz de romper con la barrera entre el real y el imaginario, el trabajo tiene como objetivo reflejar sobre esas posibilidades de ruptura cronológica de tiempo, que indican en el texto, una multiplicidad de acontecimientos ilimitados, ya que Borges mezcla el fantástico y la realidad para cambiarlos en metáforas de la vida y del universo. El corpus está dividido en tres capítulos. En el primero, damos un enfoque especial a la construcción del tiempo y del devenir desvelados a través de la literatura ficcional de Borges. En el segundo, expusimos el labirinto como siendo el centro del texto borgeano. En el tercero capítulo, presentamos los desdoblamientos del tiempo a través de la concepción del movimiento, devenir y eternidad. De esta forma, la pesquisa comprende el tiempo como una ilusión fácilmente desintegradle, ya que el devenir reside entre el tiempo y la eternidad y abarca la simultaneidad de los instantes: el pasado está en su presente, así como la eternidad. El trabajo de cuño hermenéutico construye un aporte bibliográfico con base en las aportaciones de Deleuze (2011); Pelbart (2010); Sarlo (2008); Monegal (1980), entre otros. / Esta pesquisa pretende analisar as concepções sobre o tempo e o devir tecidos na narrativa ficcional de Jorge Luis Borges. Embasamos a análise a partir da obra “Ficções” e utilizamos alguns ensaios teóricos de Borges que nos auxiliaram no desenvolvimento da temática. Tendo em vista a constatação de um tempo não linear, que tem no devir uma coexistência de planos, capaz de romper com a barreira entre o real e o imaginário, o trabalho busca refletir sobre essas possibilidades de ruptura cronológica de tempo, que indicam no texto, uma multiplicidade de acontecimentos ilimitados, já que Borges mistura o fantástico e a realidade para transformá-los em metáforas da vida e do universo. O corpus está dividido em três capítulos. No primeiro, damos um enfoque especial à construção do tempo e do devir desvelados através da literatura ficcional de Borges. No segundo, expomos o labirinto como sendo o centro do texto borgeano. No terceiro capítulo, apresentamos os desdobramentos do tempo através da concepção do movimento, devir e eternidade. Desta forma, a pesquisa compreende o tempo como uma ilusão facilmente desintegrável, já que o devir reside entre o tempo e a eternidade e abarca a simultaneidade dos instantes: o passado está em seu presente, assim como a eternidade. O trabalho de cunho hermenêutico constrói um aporte bibliográfico com base nas contribuições de Deleuze (2011); Pelbart (2010); Sarlo (2008); Monegal (1980), entre outros.
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Atenção visual em crianças e adolescentes com distúrbio de aprendizagem / Visual attention in children and adolescents with learning disorder

Ana Beatriz Sacomano Montassier 25 September 2013 (has links)
A atenção encontra-se incluída no grupo de funções psíquicas, agrupadas sob o nome de funções cognitivas que subsidiam o processo de aprendizagem escolar. Em relação à atenção visual, a literatura vem apontando a existência de diferenças no tempo de reação a estímulos visuais entre escolares com e sem distúrbios de aprendizagem (DA). Neste sentido, o objetivo deste estudo foi caracterizar a função atencional visual em escolares com DA. Participaram deste estudo 50 escolares, sendo 25 com o diagnóstico de distúrbio de aprendizagem, formando o grupo de estudo (GE), e 25 crianças sem queixas escolares, formando o grupo controle (GC), com faixa etária entre oito e 14 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram o Teste de Atenção Visual (TAVIS4), um teste computadorizado composto por três tarefas para avaliar a capacidade atentiva de sustentar, selecionar e mudar o foco de atenção para estímulos visuais e da impulsividade motora, e a Escala de Conners na forma abreviada para professores, apropriado para discriminar crianças com problemas de comportamento e com sintomas de TDAH. Os resultados evidenciaram que o tempo de reação médio (TRM) do GC foi significativamente menor que o do GE na tarefa de atenção sustentada. O GE também apresentou diferença estatística significativa na atenção alternada, com menor número de acertos (NA), maior número de erros por omissão (EO) e maior número de erros por ação (EA). Na Escala de Conners a pontuação do GE foi maior do que do GC. Houve correlação entre os testes nas tarefas de atenção alternada e nas tarefas de atenção sustentada para o número de acertos (NA), erros por omissão (EO) e erros por ação (EA). Podemos inferir que as crianças com DA apresentam déficit dos processos atencionais, embora não possam ser caracterizadas com o TDAH. No subgrupo dos adolescentes houve diferença significativa na atenção seletiva para o número de erros por omissão (EO), no TRM da atenção sustentada e na atenção alternada para número de erros por omissão (EO) e erros por ação (EA). Houve correlação entre os testes, neste subgrupo do GE e GC na atenção seletiva para o número de acertos (NA), erros por omissão (EO) e erros por ação (EA). Portanto, os maiores índices apontados na escala (déficit atencional) estão associados aos piores resultados dos participantes nas tarefas de atenção alternada e sustentada. Pode-se observar que quanto maior a idade dos participantes, melhor é a capacidade de atenção seletiva, sustentada e alternada. Desta maneira, o TMR mais baixo do subgrupo dos adolescentes em comparação com o grupo geral pode evidenciar a melhora da atenção com o desenvolvimento. Porém, os adolescentes do GE apresentaram melhor desempenho do que as crianças, ou seja, algumas alterações notadamente persistem quando comparadas ao GC sugerindo uma disfunção dos mecanismos neuropsicológicos subjacentes ao processamento da atenção visual nos adolescentes com DA. / Attention is included in the group of psychic functions, grouped under the name of cognitive functions, and that support the learning process in school. Regarding the visual attention, literature has pointed to the existence of differences in reaction time to visual stimuli between students with and without learning disabilities (LD). In this sense, the purpose of this study was to characterize the visual attentional function in children with LD. A total of 50 students, including 25 with learning disorders without signs of Attention Deficit Disorder and Hyperactivity Disorder (ADHD), forming the study group (SG), and 25 children without impairments, forming the control group (CG) , aged between eight and 14 years old. The instruments used were the Test of Visual Attention (TAVIS4), computerized test consists of three tasks to assess the ability to sustain attentional, select and change the focus of attention to visual stimuli and motor impulsivity, and the Scale of the Conners abbreviated form for teachers, appropriate to discriminate children with behavior problems and ADHD signs. The results showed that the hit reaction time (HRT) of the CG was significantly less than the SG in the sustained attention task. SG also showed statistically significant differences in the alternating attention, with less number of right answers (RA), higher number of omission errors (OE) and higher number of commissions errors (CE). Scale of the Conners scores of GE was higher than the GC. There was a correlation between tests in alternating attention tasks and sustained attention tasks to the number of right answers (RA), omission errors (OE) and commission errors (CE). We may deduce that children with LD have deficits of attentional processes, although they cannot be characterized with ADHD. In the subgroup of adolescents was significant difference in selective attention to the number of omission errors (OE), the HRT of sustained attention and alternating attention to the number of omission errors (OE) and commission errors (CE). There was a correlation between tests, this subgroup of SG and CG in selective attention to the number of right answers (RA), omission errors (EO) and commissions errors (CE). So, the highest rates indicated on the scale (attentional deficits) are associated with worse outcomes of participants in the tasks of sustained and alternating attention. It can be observed that the higher the age of the participants, the better the ability of selective attention, sustained attention and alternating attention. That way, the HMT less subgroup of adolescents compared with the overall group may show an improvement in attention to development. However, adolescents SG improved their attentional capacity, but some changes persist especially when compared to CG suggesting a dysfunction of neuropsychological mechanisms underlying the processing of visual attention in adolescents with LD.
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O corpo e o tempo na Ãtica de Spinoza: um diÃlogo sobre a finitude humana.

Ravena Olinda Teixeira 21 March 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente trabalho versa sobre a finitude. No entanto, apesar da sÃlida fundamentaÃÃo ontolÃgica que Spinoza realiza na primeira parte da Ãtica para definir as coisas finitas, o presente texto nÃo à apenas um trabalho de ontologia. Nosso objetivo na construÃÃo desse diÃlogo à tratar da finitude pela perspectiva da experiÃncia humana. Com efeito, nos propomos a um diÃlogo sobre a finitude usando os conceitos de corpo e de tempo, porque tais conceitos se entrelaÃam quando analisamos a condiÃÃo de existÃncia dos homens, ou seja, a duraÃÃo. Para tanto, faz-se necessÃrio analisar o conceito de corpo e sua estrutura de composiÃÃo dinÃmica, assim como a mente e os seus gÃneros de conhecimento. Vale ressaltar que o diÃlogo que desenvolvemos nesse texto nÃo à explicitamente realizado por Benedictus de Spinoza, mas tornou-se possÃvel e intrigante ao lermos que o autor da Ãtica afirma, contrariando a finitude humana, que sentimos e experimentamos que somos eternos. Por fim, o escopo do presente trabalho à tratar do corpo, da duraÃÃo, da finitude, do tempo e da eternidade, e compreender como todos esses conceitos podem aparecer em uma mesma filosofia sem que esta entre em uma contradiÃÃo sem fim ou em um paradoxo inexplicÃvel. / The present work deals with the finite. However, despite solid ontological reasoning Spinoza accomplishes the first part of Ethics to define finite things, this text is not only a work of ontology. Our purpose in building this dialogue is to talk about the finitude from the perspective of human experience. Indeed, we propose a dialogue about the finitude using the concepts of body and of time because such concepts intertwine when we analyze the condition of existence of men, ie the duration. Therefore, it is necessary to analyze the concept of body and its structure of the dynamic composition, as well as the mind and its genres of knowledge. The dialogue that developed in this text is not explicitly done by Benedictus de Spinoza, but it has become possible and intriguing to read that the author of Ethics claims, contrary to human finitude, we feel and experience that we are eternal. Finally, the scope of the present work is to treat the body, duration, finitude, time and eternity, and understand how all these concepts may appear in the same philosophy without such a contradiction between this endless or a unexplained paradox.

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