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Baixo peso ao nascer e a poluição do ar no município de São Paulo / Low birth weight and air pollution in the city of São PauloMedeiros, Andréa Paula Peneluppi de 05 July 2004 (has links)
O peso ao nascer é um fator importante na determinação da morbi-mortalidade neonatal e da mortalidade pós-neonatal, sendo assim de grande importância para a saúde pública, dada a freqüência com que o mesmo ocorre. A Organização Mundial de Saúde considera o baixo peso ao nascer (BPN) como o fator isolado mais importante na sobrevivência infantil. Inúmeros fatores de risco têm sido descritos como associados à ocorrência de BPN, por exemplo, o tabagismo materno e o baixo nível sócioeconômico. Mais recentemente, a poluição do ar tem sido investigada como possível determinante do BPN. A distribuição do peso ao nascer na cidade de São Paulo (média 3.160g com 8,9% de BPN) é inferior àquela esperada quando se têm ótimas condições de crescimento fetal (média de 3.400-3.500g com 4-5% de BPN). Esta distribuição tem se mantido estável nos últimos 22 anos, apesar da evolução favorável do estado nutricional das gestantes, da assistência pré-natal e do hábito de fumar durante a gestação. No entanto, são altos os índices de poluição atmosférica em São Paulo, fator que pode estar afetando o desenvolvimento intra-uterino das crianças que aqui nascem. Este estudo foi realizado com a intenção de avaliar uma possível associação do baixo peso ao nascer e a poluição do ar no município de São Paulo. Para tanto foram analisados todos os nascimentos de mães residentes neste município nos anos de 1998 a 2000. As informações sobre esses nascidos vivos foram obtidas do SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) através de seu instrumento, a Declaração de Nascido Vivo (DN). Os dados de poluição do ar foram obtidos junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) que forneceu os registros diários das concentrações de dióxido de enxofre (SO2), partículas em suspensão (PM10), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e dióxido de nitrogênio (NO2). O efeito da exposição materna à poluição do ar, em cada trimestre da gestação sobre a incidência de recémnascidos de baixo peso foi examinado através de modelos de regressão linear e logística. A exposição materna ao PM10, CO, NO2 e SO2 durante o 1º trimestre de gestação mostrou associação estatisticamente significante com a diminuição no peso do recémnascido. Para um aumento na exposição média materna, durante o 1º trimestre de gestação, de 1ppm de CO, observou-se uma diminuição no peso de nascimento de 11,9g. / The birth weight is an important factor of the morbi-mortality neonatal determination and of the mortality neonatal, and then of big importance to public health, due frequency that it occurs. Therefore, the Health World Organization considers the low birth weight (LBW) the most important isolated factor in childhood survival. A lot of risk factors have been described as associated to LBW occurrence, for example, the mother smoker and low social-economic level(nível sócio-econômico). Recently, the air pollution has been investigated as possible LBW determinant. The distribution of birth weight in the city of São Paulo (average 3.160g with 8.9% of LBW) is inferior to that one expected when having good conditions of fetal growth (average between 3400-3500g with 4-5% of LBW). This distribution has been kept stable for the last 22 years, despite of favorable evolution of the nutritional state of the pregnants, pre-birth assistance and the habit of smoking during the pregnancy. However, the indices of atmospheric pollution are high in São Paulo, this factor can be affecting the development intra-uterine of the children that are born here. Considering the factor that the LBW prevalence in the city of São Paulo city has stayed stable for the last twenty years, that is, a high prevalence, and the fact of São Paulo has high rates of air pollution, its possible to suppose that the air pollution can be affecting the intra-uterine development of childhood are born. Therefore, it claims to realize a study to value a possible association of LBW and the air pollution in the city of São Paulo. All the births of mothers living in this city between 1998- 2000 were analysed. The information about these born-alive was obtained from Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) through of yours instrument, the Declaração de Nascido Vivo (DN). The information about air pollution was obtained from Compahia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), that supplied the daily registers of sulphur dioxide (SO2), particulate matter (PM10), carbon monoxide (CO), ozone (O3) and nitrogen dioxide (NO2). The effect of mother exposure to air pollution, each pregnancy trimester about the LBW prevalence was made on linear and logistic models. The maternal exposure to PM10, CO, NO2 and SO2 during the first trimester of pregnancy showed association statistically significant with the decrease in the weight of the new-born child. For an increasing in the maternal average exposure, during the first trimester of pregnancy, in 1 ppm of CO, was observed a decrease of 11.9g in the weight born.
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Avaliação de desfechos relacionados à gestação em áreas contaminadas na região do estuário de Santos e São Vicente / Evaluation of pregnancy outcomes in contaminated areas of Santos and São Vicente estuary regionMariana Tavares Guimarães 06 August 2012 (has links)
Introdução: O Estuário de Santos e São Vicente está contaminado com metais pesados, compostos organoclorados, dioxinas e furanos. Estudos epidemiológicos evidenciam que fetos são mais susceptíveis às substâncias tóxicas que adultos. Este trabalho avaliou a ocorrência de eventos relacionados à gestação em áreas contaminadas e não contaminada na região estuarina. Métodos: Estudo transversal onde foram analisados dados do SINASC entre 2003 e 2007 nos municípios de São Vicente, Guarujá, Cubatão e Bertioga. Foram calculadas as taxas bruta de natalidade e de fecundidade total por ano e os riscos de nascimento prematuro, baixo peso de nascimento, nascimento múltiplo e presença de anormalidade congênita no período, por município. Um questionário estruturado e pré-testado foi aplicado em uma amostra de base populacional (820 famílias) em cinco áreas da região, quatro dessas em áreas contaminadas e uma (controle) sem contaminação conhecida. Foram calculados os riscos de ocorrência de mulheres em idade fértil que engravidaram, aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, natimorto, malformação congênita e nascimento múltiplo. Os dados de aborto e ocorrência de gestação foram georreferenciados na área 3, São Vicente continental. Utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher investigando associações entre as áreas e as variáveis qualitativas. O odds ratio (OR) e os intervalos de confiança de 95% foram calculados por regressão logística de acordo com as áreas, ajustados para fatores de confusão (socioeconômicos, demográficos e de hábitos das mulheres). Nível de significância foi de 5%. Resultados: As taxas de natalidade e fecundidade diminuíram no período em todos os municípios, predominantemente em Bertioga. Existe risco significativamente maior (p=0,00) de ocorrência de baixo peso de nascimento em São Vicente (OR=2,25; 1,93 2,62), no Guarujá (OR=2,14; 1,80 2,56) e em Cubatão (OR=2,06; 1,75 2,43), que em Bertioga, controlado pela idade, estado civil e escolaridade da mãe, consulta pré-natal, e malformações congênitas. O risco de parto prematuro também foi significativamente maior (p=0,00) em São Vicente (OR= 2,24; 1,89 2,65), no Guarujá (OR=2,31; 1,91 2,80) e em Cubatão (OR = 2,51; 2,09 3,00) que em Bertioga, controlado por idade, estado civil e escolaridade da mãe, consulta pré-natal, e malformações congênitas. O risco de malformações congênitas também significativamente maior no Guarujá (OR=2,24; 1,43 3,50; p=0,00) e em Cubatão (OR=1,62; 1,04 2,52; p=0,03) que em Bertioga, controlado por idade e estado civil da mãe, consulta pré-natal, e nascimento múltiplo. A prevalência dos desfechos gestacionais foi maior nas quatro áreas contaminadas que na área controle. Comparado com a área 5 (controle), um risco significativamente maior de não ocorrência de gestantes, controlando para idade materna, escolaridade materna e renda familiar, foi encontrado na área 2 (OR=1,47; 1,16 1,85), na área 3 (OR=1,31; 1,03 1,66) e na área 4 (OR=1,40; 1,10 1,77). Também houve um risco significativamente maior de abortos na área 3 (OR=1,83; 1,07 3,12) controlando para anos morando na região, idade e escolaridade materna, renda familiar e uso de tabaco materno passado. Conclusões: O estudo evidencia um aumento de risco de desfechos gestacionais em áreas contaminadas na região dos Estuários de Santos e São Vicente / Background: Santos and São Vicente Estuary is contaminated with heavy metals, organochlorines compounds, dioxins and furans. Epidemiological studies show that fetuses are more susceptible to toxic chemicals than adults. This study evaluated occurrence of pregnancy events in contaminated and non-contaminated areas in estuarine region. Methods: This cross-sectional study analyzed SINASC data from 2003 to 2007 in São Vicente, Guarujá, Cubatão and Bertioga cities. Crude birth and total fertility rates per year, and risks of preterm birth, low birth weight, multiple birth and congenital abnormality in the period were calculated by city. A pre-tested and structured questionnaire was applied in a population-based sample (820 families each) in five areas. Four of these areas are in contaminated regions and one (control) has no known environmental contamination. Risks of childbearing age women who became pregnant, abortion, premature birth, low birth weight, stillbirth, congenital malformation and multiple birth were calculated. Data of abortion and pregnancy occurrence were georeferenced in area 3, continental part of São Vicente city. Pearsons chi-square test or Fishers exact test were used to investigate associations between areas and qualitative variables. Odds ratio and 95% confidence intervals were calculated by logistic regression according to the area, adjusted for confounding factors (socioeconomic, demographic and women habits). The statistical significance level was set at 5%. Results: Birth and fertility rates declined over the years in all cities, predominantly in Bertioga. There were significant higher risks (p<0.01) of low birth weight in São Vicente (OR=2.25, 1.93 2.62), Guarujá (OR=2,14, 1.80 2.56) and Cubatão (OR=2.06, 1.75 2.43), compared to Bertioga, controlling for maternal age, marital status, maternal education, prenatal, and congenital abnormalities. Risk of preterm birth was also significantly higher (p<0.01) in São Vicente (OR=2.24, 1.89 2.65), Guarujá (OR=2.31, 1.91 2.80), and Cubatão (OR=2.51, 2.09 3.00) than Bertioga, controlling for maternal age, marital status, maternal education, prenatal, and congenital abnormalities. Risk of congenital abnormalities was significantly higher in Guarujá (OR=2.24, 1.43 3.50, p=0.00) and Cubatão (OR=1.62, 1.04 2.52, p=0.03) than Bertioga, controlling for maternal age, marital status, prenatal and multiple birth. Prevalences of pregnancy outcomes were higher in the four contaminated areas than in control area. Compared to area 5 (control), significantly higher risks (p<0.05) of non-pregnant women was found in areas 2 (OR=1.47, 1.16 1.85), 3 (OR=1.31, 1.03 1.66), and 4 (OR=1.40, 1.10 1.77) controlling for maternal age, maternal education, and family income. There was also a significantly higher risk of abortion in area 3 (OR=1.83, 1.07 3.12) controlling for years living in the region, maternal age and education, family income and maternal past smoking. Conclusions: The study shows an increased risk of pregnancy outcomes in contaminated areas of Santos and São Vicente Estuary region
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Influência da restrição de crescimento intra-uterino na idade da menarca: estudo da coorte de nascidos vivos de Ribeirão Preto de 1978/9 / Influence of intrauterine growth restriction on the age of menarche: the cohort study of live births of Ribeirao Preto in 1978/9Francine Leite 08 January 2009 (has links)
LEITE, F. Influência da restrição de crescimento intra-uterino na idade da menarca: estudo da coorte de nascidos vivos de Ribeirão Preto de 1978/9. 2008. 85 p. Dissertação (Mestrado) apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP. A idade da menarca é um marco da puberdade e, quando antecipada, parece estar associada a um maior risco de desenvolvimento de câncer de mama, síndrome metabólica e obesidade. É possível que alterações no ambiente intrauterino, como a restrição de crescimento do feto, levem a interferências no sistema hipotálamo-hipófise-gonadal resultando em alterações na idade da menarca. Em vista da controvérsia dos fatores que influenciam na idade da menarca, este estudo testou a hipótese da associação entre restrição de crescimento intra-uterino (baixo peso ao nascer, pequeno para idade gestacional, restrição intra-uterina de Kramer) e antecipação da idade da menarca. Em uma sub-amostra foi testada a possível interação entre a restrição de crescimento intra-uterino e o índice de massa corpórea. Para esse estudo foram utilizadas informações coletadas nos seguimentos de 1987/9 e 2004/5 de 1056 meninas nascidas em Ribeirão Preto, provenientes do estudo de coorte dos nascidos vivos em Ribeirão Preto de 1978/9. Menarca antecipada foi definida como primeiro sangramento vaginal ocorrido antes dos 12 anos de idade. Análise univariada foi seguida de análise bivariada e multivariada por meio de modelo generalizado empregando distribuição de Poisson para estimativa de riscos relativos e erro padrão por meio de método robusto. Os fatores de confusão controlados foram idade, escolaridade e situação conjugal da mãe, número de irmãos, comprimento ao nascer, prematuridade e índice de massa corpórea (apenas para a subamostra). Em média, a menarca ocorreu aos 12,3 anos (DP=1,5). A ocorrência de menarca antecipada foi de 27,7% (n= 293) para a coorte inteira e de 29,1% (n= 172) na sub-amostra. Foi encontrada associação negativa entre restrição de crescimento intra-uterino, seja representado por baixo peso ao nascer (Risco Relativo, RR= 0,47; Intervalo de Confiança de 95%, IC95%: 0,26-0,84), pequeno para idade gestacional (RR = 0,57;IC95%:0,37-0,89) ou restrição de Kramer (RR= 0,65; IC95%:0,47-0,92), com a antecipação da idade da menarca. Os resultados foram semelhantes na análise da sub-amostra, porém sem significância estatística. Quando o índice de massa corpórea foi considerado na análise da sub-amostra, não houve modificação dos resultados. Desta forma, este estudo demonstrou associação negativa entre restrição de crescimento intra-uterino e antecipação da idade da menarca, ou seja, a restrição de crescimento foi fator de proteção da menarca antecipada. / LEITE, F. Influence of intrauterine growth restriction on the age of menarche: the cohort study of live births of Ribeirao Preto in 1978/9. 2008. 85 p. Dissertation (Master) submitted to the Faculty of Medicine of Ribeirao Preto/USP. This study tested the hypothesis of association between intrauterine growth restriction and early age of menarche. For this study, follow-up data (n = 1056) from the population based livebirth cohort study of Ribeirao Preto of 19789 were analyzed. Early menarche was defined as having the first menstrual event before 12 years-old and intrauterine growth restriction was defined by three measurements: low birthweight (< 2500grs), small for gestational age (< 10% Williams growth curve) and fetal growth ratio (< 0.85 mean weight for gestational age). Relative risks were estimated by generalized estimation equations (Poisson distribution) with robust method for estimation of standard errors. Analyzes were adjusted for maternal age, education and marital status, number of siblings, birth length and preterm. Body mass index was tested as intervenient or interaction factor in a subsample of the cohort examined at 9 yrs-old. The mean age of menarche was 12.3 years (Standard Deviation = 1.5). Early menarche was observed for 27.7% for the entire cohort and 29.1% for the sub-sample. Negative association was observed between intrauterine growth restriction and early menarche. The adjusted relative risks and respective confidence intervals (95% CI) for low birth weight, small for gestational age and fetal growth ratio were respectively: 0.47 (95% CI: 0.26-0.84), 0.57 (95% CI: 0,37-0,89), and 0.65 (95%CI: 0,47-0, 92). No evidence that body mass index was an intermediate or interaction factor was observed. Thus, this study showed a negative association between intrauterine growth restriction and anticipation of age of menarche.
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Relação entre poluição do ar e baixo peso ao nascer. / The Relation between air pollution and low weight at birth.Silva, Macerlane de Lira 12 June 2017 (has links)
Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2018-01-15T12:20:11Z
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Previous issue date: 2017-06-12 / Introduction: Birth weight is one of the main factors of neonatal morbidity, being determinant for survival conditions in early childhood. Studies have shown correlations between exposure to air pollution and low birth weight (LBW). Objective: To analyze the relationship between air pollution and LBW from the information contained in the Birth Information System that occurred in the city of São Paulo, SP, between 2011 and 2015. Method: The present ecological study with an individual, retrospective base. Data about air pollutants and climatic variables were obtained from Environment Company of the State of São Paulo (CETESB). For data analyses, it was used the software SPSS. Quantitative variables were presented in terms of their values (media) and dispersion (standard deviation) values and the qualitative variables were presented in terms of their absolute and relative values. To verify the association between birth weight (normal or LW), maternal age (aging rate), marital status, education, type of pregnancy, number of prenatal consultations, type of delivery, gender of the newborn it was used the Square QI-test. Aiming to verify the relationship between LW at birth and air pollution, it was used the logistic regression model, adjusted for mean humidity, minimum temperature, maternal schooling, maternal age, number of prenatal consultations, type of pregnancy and type of delivery. The level of significance was 5%. Results: During the study period, the results showed that 327,675 births were recorded in SINASC. From these, 31,161 (9.5%) were born with LW and 296,514 (90.5%) with adequate weight. It was observed a prevalence of males (51.1%), born with adequate gestational age (87.2%), by a cesarean delivery (54.0%), having the pregnant women attended 7 or more prenatal consultations (74,9%). The majority of mothers had 7 years or more of studies (86.4%). Data analysis revealed that mothers under 20 and over 35 years old had 1.15 (CI95%: 1.11-1.20) and 1.16 (CI95%: 1.12-1.20) more chances to have newborns with LW than mothers aged between 20 and 35 years, pregnant women who performed less than 7 prenatal visits had 1.16 (CI95%: 1.12-1.21), as did non-married pregnant-women presented 1.14 (CI95%: 1.11-1.18) times more of chances of having a new born with LW. Prematurity appears with a predictive value of birth with LW of 25.74 (CI95%: 25.04-26.46). Only SO2 had a significant effect with the low weight presented. For each increase of an interquartile at the level of SO2 within the three trimesters of gestation, an increase in the occurrence of LW of newborns. Conclusion: There are many deleterious health effects due to pollution, especially the exposure of women in the gestational period, leading to LWB. / Introdução: O peso ao nascer é um dos principais fatores de morbidades neonatais, sendo determinante para as condições de sobrevivência na primeira infância. Estudos revelam correlações entre a exposição a poluição do ar e Baixo Peso ao Nascer (BPN). Objetivo: Analisar a relação entre a poluição do ar e o BPN, a partir das informações contidas no Sistema de Informação de Nascimentos, ocorridos no município de São Paul/SP entre 2011 e 2015. Método: O presente estudo é do tipo ecológico de base individual, retrospectivo. Os dados de poluentes do ar e vaiáveis climáticas foram obtidos junto a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Para analise dos dados utilizou-se o software SPSS. As variáveis quantitativas foram apresentadas em termos de seus valores de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) e as variáveis qualitativas foram apresentadas em termos de seus valores absolutos e relativos. Para verificação de associação entre peso ao nascer (normal ou BP), idade materna (faixa etária), estado civil, escolaridade, tipo de gravidez, número de consultas pré-natal, tipo de parto, sexo do RN foi utilizado o teste de Qui-quadrado. Visando a verificação da relação existente entre BP ao nascer e a poluição do ar, foi utilizado o modelo de regressão logística, ajustado por umidade média, temperatura mínima, escolaridade materna, idade materna, número de consultas pré-natal, tipo de gravidez e tipo de parto. O nível de significância foi de 5%. Resultados: No período de estudo, os resultados evidenciaram que foram registrados, no SINASC 327.675 nascimentos. Destes, 31.161 (9,5%) nasceram com BP e 296.514 (90,5%) com peso adequado. Observou-se maior ocorrência de RN do sexo masculino (51,1%), nascidos com idade gestacional adequada (87,2%), através de parto cesárea (54,0%), tendo as gestantes comparecido à 7 ou mais consultas pré-natais (74,9%). A maioria das mães, tinham 7 anos ou mais de estudos (86,4%). A análise dos dados revelou que mães com menos de 20 anos e mais de 35 anos tem, respectivamente, 1,15 (IC95%: 1,11-1,20) e 1,16 (IC95%: 1,12-1,20), mais chance ter recém-nascido com BP do que mães com idade entre 20 a 35 anos. Gestante que realizaram menos de 7 consultas pré-natais tem 1,16 (IC95%: 1,12-1,21) assim como, mulheres não casadas apresentam 1,14 (IC95%: 1,11-1,18) vezes mais chance de ter filho de BP. A prematuridade aparece com valor preditivo de nascimento com BP de 25,74 (IC95%: 25,04-26,46). Apenas o SO2 apresentou efeito significativo com o baixo peso apresentando, para cada aumento de um interquartil no nível de SO2 em cada um dos três trimestres de gestação. Observa-se, ainda, um aumento na ocorrência de Recém-nascido de BP. Conclusão: Muitos são os efeitos deletérios a saúde, decorrentes da poluição, em especial a exposição de mulheres no período gestacional, acarretando o BPN.
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Fatores contextuais e individuais associados ao baixo peso ao nascer no estado do Rio de Janeiro, 2000-2005 / Contextual and individual factors associated with low birth weight in the State of Rio de JaneiroRaulino Sabino da Silva 27 April 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O baixo peso ao nascer (BPN) é um importante problema de saúde pública em todo o mundo, embora mais acentuado nas áreas menos desenvolvidas. Crianças com BPN apresentam um maior risco de morbidade e mortalidade durante o primeiro ano de vida e, aquelas que sobrevivem ficam mais expostas ao risco de desenvolver sequelas. No presente estudo, fatores individuais e contextuais, associados com o baixo peso, foram identificados com base em informações sobre nascido-vivos do estado do Rio de Janeiro, no período 2000-2005. Um modelo logístico multinível com dois níveis, municípios e mães, foi utilizado. Os resultados mostraram uma tendência de queda da proporção de baixo peso no Estado. Em média, a cada ano, a chance de uma criança nascer com baixo peso declinou aproximadamente 2%. O PIB per capita também se mostrou associado com o baixo peso ao nascer. Aumentos de R$ 5000,00 no PIB anual reduziu a chance de uma criança nascer com baixo peso em 2%. Mulheres adolescentes ou com 40 anos ou mais, assim como as solteiras e viúvas foram mais propensas a ter um filho com baixo peso. A chance de ter um filho com baixo peso diminuiu com o aumento da escolaridade da mãe, mas com pequena variação nas categorias acima de três anos de estudo. O tipo de hospital apareceu como forte preditor do BPN, com chance mais elevada de ter um filho com BPN entre mulheres cujo parto foi realizado em hospital público. Destaque deve ser dado para o efeito que o número de consultas pré-natal exerceu sobre o BPN. A chance de uma criança, cuja mãe realizou pelo menos sete consultas durante o pré-natal, nascer com baixo peso foi 44% menor do que a observada entre mães que realizaram até três consultas. A variância do componente aleatório estimada pelo modelo multinível indica que há uma variação significativa do baixo peso no nível municipal não-explicada pelas variáveis incluídas na análise. Estudos futuros devem procurar identificar esses fatores. Políticas públicas devem ser implementadas, focando não apenas na redução da prevalência do baixo peso, mas também no monitoramento dessas crianças, de modo a reduzir a chance de uma criança apresentar sequelas ou diminuir os danos por elas causados / Low birth weight (LBW) is a major public health problem worldwide, although more pronounced in less developed areas. LBW children are at greater risk of morbidity and mortality during the first year of life, and those who survive are most at risk of developing sequela. In this study, individual and contextual factors associated with low birth weight were identified based on information on births in the state of Rio de Janeiro from 2000 to 2005. A multilevel logistic model with two levels, municipalities and mothers, was used. The results showed a downward trend in the proportion of low birth weight in the state. On average, each year, the chance of a low birth weight declined approximately 2%. GNP per capita was also associated with low birth weight. Increases of R$ 5,000.00 in annual GNP reduced the chance of a low birth weight by 2%. Adolescents or women aged 40 years or more, as well as single women and widows, were more likely to have a child with low birth weight. The chance of having a child with low birth weight decreased as mother's education increased, but with little variation in the categories above three years of study. The type of hospital emerged as a strong predictor of low birth weight, with increased probability of having a child with LBW among women whose deliveries were performed in public hospitals. Emphasis must be given to the effect that the number of pre-natal consultations exerted on LBW. The chance of a child whose mother had at least seven visits during prenatal care, low birth weight was 44% lower than that observed among mothers who had up to three visits. The variance of the random component estimated by the multilevel model indicates that there is significant variation in the low-weight at the municipal level, not explained by variables included in the analysis. Future studies should seek to identify these factors. Public policies should be implemented, focusing not only on reducing the prevalence of low birth weight, but also on monitoring these children, in order to reduce the chance that a child has sequelae or decrease the damage they caused
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Condições de nascimento e amamentação e saúde cardiovascular de crianças de 9 e 10 anosBatista, Milena Santos 05 April 2013 (has links)
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tese_6422_2011_Milena Batista Santos.pdf: 4504155 bytes, checksum: 2e5a0bc2576eeeb83dab522c8a5772df (MD5) / Há evidências de que fatores de risco para ocorrência de Doenças Crônicas não Transmissíveis têm início silencioso em etapas precoces do desenvolvimento. Essa questão foi suscitada a partir de estudos que relacionaram o peso ao nascer com o desenvolvimento de doenças na vida adulta, cuja hipótese se baseia na ideia de que o feto seria programado intra-útero, principalmente por fatores nutricionais que influenciariam no metabolismo e na fisiologia do indivíduo por toda a vida. O objetivo deste estudo foi investigar a saúde cardiovascular de crianças de 9 a 10 anos e sua relação com as condições de nascimento (baixo peso ao nascer e prematuridade) e de amamentação. Foram avaliadas 231 crianças, de ambos os sexos, matriculadas em escolas públicas e privadas do município de Vitória/ES. As crianças compareceram em jejum, acompanhadas de seus responsáveis, no Centro de Investigação Cardiovascular da UFES para realização de exames antropométricos, laboratoriais e hemodinâmicos (pressão arterial e velocidade de onda de pulso carótida-femoral - VOP). No dia da visita, as crianças e seus responsáveis responderam a um questionário sobre questões de saúde atuais e pregressas. O teste Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para testar a normalidade das variáveis contínuas e depois realizados os testes t de Student para amostras independentes ou Mann Whitney. O teste do qui-quadrado (X2) foi utilizado para avaliar a distribuição das variáveis categóricas. Variáveis hemodinâmicas, categorizadas em tercis, foram analisadas utilizando ANOVA a uma via, seguida do teste de Tukey para avaliação entre grupos. Variáveis contínuas foram correlacionadas utilizando teste de Pearson ou de Spearman. Aplicou-se a análise de regressão linear múltipla para identificar a contribuição parcial e total dos fatores na determinação dos valores de VOP e de pressão arterial. O nível de significância estabelecido para todos os testes foi de =0,05. Observou-se maior frequência de meninos nas classes socioeconômicas A+B (61%) e na condição de sobrepeso (meninas= 38%, meninos= 51%, p=0,05). O baixo peso ao nascer foi mais frequente entre meninas (meninas=18%, meninos=7%, p=0,01). Crianças do sexo masculino apresentaram maiores médias de PAS (p=0,05), VOP (p=0,03) e peso ao nascer (p<0,01), quando comparados às meninas. A PAS foi maior entre as crianças nascidas com peso igual ou superior a 2500g. Não foi encontrada diferença estatística das médias de PAD e VOP e peso ao nascer. A prematuridade e amamentação também não foram
associadas aos níveis pressóricos e à rigidez arterial. O IMC apresentou associação positiva e significativa com PAS, PAD e VOP. A análise de regressão linear indicou que 44% do aumento da PAS nas crianças avaliadas são explicados pelo IMC. Para a PAD as variáveis que se mantiveram no modelo foram o IMC e VOP, explicando 38% nas alterações de PAD. Os fatores que explicaram as alterações na VOP foram IMC e PAD (r=0,29; p<0,01). Conclui-se que a hipótese de programação fetal e infantil não foi comprovada neste estudo e que apenas o IMC foi associado ao aumento da PAS, da PAD e da VOP, após ajuste por sexo. / There are evidences that risk factors for the occurrence of Chronic Non-Communicable diseases begin silently in early stages of development. This question was raised from studies related to birth weight in the development of diseases in adulthood, whose hypothesis is based on the idea that the fetus would be programmed in utero, mainly nutritional factors that influence the metabolism and physiology the individual throughout life. The objective of this research was investigate the cardiovascular health of children 9-10 years and their relation to perinatal conditions (low birth weight and prematurity) and breastfeeding. We evaluated 231 children of both sexes enrolled in public and private schools of the city of Vitória / ES. The children attended fasting, were accompanied by their guardians to the Cardiovascular Research Center of UFES for exams anthropometric, laboratory and hemodynamic (blood pressure and pulse wave velocity carotid-femoral). On the day of the visit, children and their parents completed a questionnaire on health issues, and were instructed to collect the urine of 12 hours night. The Kolmogorov-Smirnov test was used to test the normality of continuous variables and then performed the Student t test for independent samples or Mann Whitney. The chi-square (X2) was used to assess the distribution of categorical variables. Hemodynamic variables, categorized into tertiles were analyzed using ANOVA to a route followed by the Tukey test to evaluate between groups. Continuous variables were correlated using Pearson or Spearman. We applied the multiple linear regression analysis to identify the contribution partial and total factor in determining values of PWV and blood pressure. The significance level for all tests was set at α = 0.05. There was a higher frequency in boys socioeconomic classes A + B (61%) and overweight status (girls = 38%, boys = 51%, p = 0.05). The low birth weight was more common among girls (girls = 18%, boys = 7%, p = 0.01). Male children had higher mean SBP (p = 0.05), PWV (p = 0.03) and birth weight (p <0.01) when compared to girls. SBP was higher among infants born weighing less than 2500g. There was no statistical difference of mean DBP and PWV and birth weight. Preterm birth and breastfeeding were not associated with blood pressure and arterial stiffness. BMI showed significant positive association with increased SBP, DBP and PWV. Linear regression analysis indicated that 44% of the increase of SBP in children evaluated are explained by BMI. For DBP the variables that remained in the model were BMI
and PWV changes in explaining 38% of PAD. Factors that explained the changes in PWV were BMI and DBP (0.29, p <0.01). We conclude that the hypothesis of fetal programming and child was not proven in this study and that only BMI was associated with increased SBP, DBP and PWV after adjustment for sex.
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Efeito do treino específico na habilidade de alcance manual em lactentes pré-termoGuimarães, Elaine Leonezi 25 November 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-11-25 / This study aimed to investigate the impact of a specific training (serial varied practice) of short duration on the performance of manual reaching in preterm infants, in the period immediately following the acquisition of this skill. For this purpose, the thesis consisted of three studies: Study 1, in which a systematic review of the behavior of manual reaching in preterm infants was conducted. Three independent reviewers participated in the selection and analysis of the selected articles. It was found that the manual reaching movement in preterm infants has still not been extensively described in the literature, indicating that there is much to learn about how prematurity associated with organic immaturity, and the extrinsic factors which influence the dynamics of this ability. In studies 2 and 3, for the assessment and training of reaching, infants were randomly divided into two groups: experimental and control. They were assessed positioned sitting reclined at 45° to the horizontal in a child seat up to 3 days after emergence of reaching. The experimental group underwent specific training (serial varied practice) for about five minutes and the control group was trained in social interaction in the same conditions for the same time. Two evaluations were performed, one pre- and one post-training, lasting two minutes each, for both groups. The assessments were recorded by three digital cameras, and the images were captured and analyzed using the Dvideow 5.0 videogrammetry system; Matlab 7.9 was used for the filtering of the results and the calculation of the kinematic variables of the study 3. Study 2, confirmed the influence of specific training on the frequency, in the proximal adjustments (uni-and bimanual) and distal adjustments (contact surface of the hand, palm orientation and opening of hand) of the manual reaching, in the period of emergence of the skill in preterm infants. The participants in the study were 18 infants of both sexes, born between 29 and 33 weeks of gestational age, with a birth weight less than 2500 grams, and who required postnatal hospital care. In the experimental group, the results after training showed a significant increase in the frequency of intragroup reaching (p=0.015) and between groups (p=0.026). There was significant difference in proximal adjustments, in the intragroup analysis, where after training the infants in the experimental group presented more unimanual (p= 0.025) and bimanual reaching (p = 0.023). In the intragroup analysis, the experimental group showed a significant difference in bimanual reaching (p=0.016) after training. Regarding distal adjustments apenas the experimental group displayed more reaching with the hand semiopen after training. A significant difference was noted in contact with the dorsal surface of the hand and fingers (p=0.027) and external oblique orientation (p=0.025). In the intergroup analysis there was a significant difference in opening of the hand (open, p=0.029), and in the orientation of the palm (external oblique, p=0.041) for the experimental group after training. Study 3 assessed the effect of specific training (serial varied practice) of short duration, on the kinematic variables (peak velocity, movement duration, mean velocity, straightness index, adjustment index, and movement unit) in manual reaching. It was found after specific training that only the experimental group showed a significant difference in peak velocity intragroup (p=0.036) and intergroup (p=0.016), which decreased after specific training, and the other variables showed no significant difference. However, according to the test that confirms the clinical relevance (Cohen's d), it was observed that after specific training (serial varied practice) of short duration, the experimental group showed a decrease in peak velocity, duration of movement, the number of movement units, and a slight increase in the rate of adjustment, indicating educational and clinical significance, suggesting that something has been learned and / or changed in the period immediately following the training session. The results indicate that specific training (serial varied practice) of short duration, favored more reaching with the external oblique, semiopen and open hand, with slower movement, with greater adjustment and fewest movement units in the period of acquisition, which may thus contribute to a better development and enhancement of this skill. Therefore, it is suggested that preterm infants may benefit from early practice (training), and this can be used as an intervention strategy for the acquisition, as well as the improvement of the reaching skill in the acquisition period, thus coming closer to the standard of mature reaching. / Este trabalho teve por objetivo investigar o efeito de um treino específico (prática variada seriada) de curta duração no desempenho do comportamento de alcance em lactentes pré-termo considerados de risco, no período imediato à aquisição dessa habilidade. Para tanto a tese constituiu-se de três estudos: Estudo 1 (já publicado) foi realizada uma revisão sistemática sobre o comportamento de alcance manual em lactentes pré-termo. Três revisores independentes participaram da seleção e análise dos artigos selecionados. Verificou-se que o movimento de alcance em lactentes pré-termo ainda não está extensivamente descrito na literatura. Isto pode estar relacionado ao fato de que é necessário entender primeiro o comportamento motor típico antes de se investigar os movimentos de lactentes pré-termo. Nos estudos 2 e 3, para a avaliação e treino do alcance, os lactentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: experimental e controle. Estes foram avaliados posicionados sentados reclinados a 45º da horizontal em uma cadeira infantil, até três dias após a emergência do alcance. O grupo experimental foi submetido a um treino específico (prática variada seriada) por aproximadamente cinco minutos e o grupo controle a um treino de interação social nas mesmas condições e tempo. Foram realizadas duas avaliações uma pré e outra pós-treino, com duração de dois minutos cada uma para ambos os grupos. As avaliações foram filmadas por três câmeras digitais, as imagens capturadas e analisadas pelo Sistema de Videogrametria Dvideow 5.0 e para a filtragem dos resultados e cálculo das variáveis cinemáticas do estudo 3 foi utilizado o software Matlab 7.9. No Estudo 2, verificou-se a influência do treino na frequência, nos ajustes proximais (uni e bimanual) e distais (superfície de contato da mão, orientação de palma e abertura da mão) no período de emergência do alcance manual, em lactentes pré-termo e considerados de risco para alterações no desenvolvimento motor. Participaram 18 lactentes de ambos os sexos, nascidos entre 29 e 33 semanas de idade gestacional, com menos de 2500 gramas, e, que necessitaram de cuidados hospitalares no pós-natal. Os resultados demonstraram no grupo experimental após o treino, aumento significativo da frequência de alcances intragrupo (p=0,015) e intergrupos (p=0,026). Verificou-se diferença significativa nos ajustes proximais, os lactentes do grupo experimental no pós-treino apresentaram mais alcances unimanuais (p=0,025) e bimanuais (p=0,023). Quando comparado ao grupo controle, o grupo experimental apresentou diferença significativa de alcances bimanuais (p=0,016) após o treino. Em relação aos ajustes distais observou-se diferença significativa na abertura da mão (aberta, p=0,029), e, na orientação de palma da mão (oblíqua externa, p=0,041) para o grupo experimental após o treino. Na análise intragrupo, apenas o grupo experimental apresentou mais alcances com a mão semiaberta após treino. Verificou-se diferença significativa para o contato com a superfície dorsal da mão e dedos (p=0,027) e orientação oblíqua externa (p=0,025). O Estudo 3 verificou o efeito do treino específico (prática variada seriada) de curta duração, nas variáveis cinemáticas (duração do movimento, pico de velocidade, velocidade média, índice de retidão, índice de ajuste e unidade de movimento) do alcance manual. Verificou-se após o treino específico que o grupo experimental apresentou diferença significativa apenas no pico de velocidade intragrupo (p=0,036) e intergrupo (p=0,016). Entretanto, por meio do teste de relevância clínica (Cohen s d), verificou-se que após o treino específico o grupo experimental apresentou diminuição da duração do movimento, do pico de velocidade, do número de unidades de movimento, e aumento no índice de ajuste, sugerindo que algo foi aprendido e/ou mudado no período imediato à sessão de treino. Os resultados indicaram que o treino específico de curta duração favoreceu mais alcances com a mão oblíqua externa, semiaberta e aberta, com movimento mais lento, com maior ajuste e menor número de unidades de movimento no período de aquisição, podendo contribuir para um melhor desenvolvimento e aprimoramento dessa habilidade. Diante disso, sugere-se que lactentes pré-termo podem se beneficiar da prática precoce, e esta poderá ser utilizada como estratégia de intervenção para a aquisição, bem como, para o aprimoramento da habilidade de alcance no período de aquisição aproximando-se do padrão de alcance maduro.
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Comparação da Escala Brunet-Lézine modificada com as Escalas Bayley-III na avaliação do desenvolvimento infantil de 0-2 anos / Comparison between Brunet-Lézine modified scale and Bayley-III Scales in infant development assessment from 0-2 years oldCardoso, Fernanda Guimarães Campos 02 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Diante do importante avanço nos cuidados perinatais das últimas décadas, houve um aumento no número de nascimentos de bebês cada vez mais prematuros e com peso mais baixo. Com isso, houve também um aumento na preocupação quanto ao desenvolvimento desses bebês expostos a diversos fatores de risco. O uso de escalas padronizadas e validadas é fundamental para a detecção de alterações e para o direcionamento precoce dessas crianças para a estimulação neuropsicomotora. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo comparar a escala Brunet-Lézine modificada com as escalas Bayley-III na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças nascidas com peso <1500g nos grupos de 1-6 meses, de 6-12 meses e de 18-24meses. Foram selecionados intencionalmente 88 participantes. Cada criança foi avaliada pelas duas escalas no mesmo dia, em ordem de aplicação aleatória, por dois avaliadores diferentes. Os escores da Bayley-III foram corrigidos com a redução de 7 pontos tendo em vista sua já criticada superestimação dos desempenhos. A análise estatística dos resultados foi feita pelo SPSS versão 17.0, onde, para comparar as médias das áreas nas duas escalas, foi utilizado o teste t pareado ou Wilcoxon. Para calcular a correlação entre as duas escalas, foi usado o teste de Pearson ou Spearman. A acurácia, sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN) foram analisados na amostra agrupadamente. Não houve diferença entre os grupos em relação à variável peso (p=0,739) e idade gestacional (p=0,501). Na área da motricidade grosseira a escala Brunet-Lézine modificada apresentou maiores médias que a Bayley-III nos três grupos (p<0,001), com diferenças entre elas de 35,8 pontos no grupo 1, 32,2 pontos no grupo 2 e 22,1 pontos no grupo 3. Ainda na motricidade grosseira, a correlação entre as escalas foi moderada nos grupos 2 e 3 (ρ=0,484, p=0,03 e ρ=0,468, p=0,037, respectivamente). Na motricidade fina, a Brunet-Lézine modificada apresentou maiores médias nos grupos 1 e 2 (p=0,038 e p=0,001, respectivamente) com diferenças de 14,3 pontos no grupo 1 e 7,7 pontos no grupo 2. No grupo 3 as médias foram semelhantes (p=0,655), com diferença de 1,7 pontos em favor da Bayley-III. A correlação entre as escalas na motricidade fina foi moderada nos grupos 1 e 2 (ρ=0,448, p=0,01 e r=0,489, p=0,02, respectivamente). Na linguagem, a Brunet-Lézine modificada também apresentou médias maiores nos três grupos (p<0,001, p<0,001, e p=0,001, respectivamente), com diferenças entre as médias de 55,4 pontos no grupo 1, de 12,2 pontos no grupo 2 e 14,1 pontos no grupo 3. A correlação entre a linguagem das duas escalas foi fraca no grupo 1 (ρ=0,383, p=0,030) e forte no grupo 3 (r=0,890, p<0,001). Na sociabilidade, a Brunet-Lézine modificada apresentou maiores médias nos grupos 1 e 2 (p=0,002 e p<0,001, respectivamente) com diferenças de 24,9 pontos no grupo 1 e 32,2 pontos no grupo 2, enquanto no grupo 3 as médias foram semelhantes (p=0,204), com diferença de 4,2 pontos em favor da Bayley-III. A correlação da sociabilidade foi moderada somente no grupo 2 (r=0,435, p=0,008). Na motricidade grosseira, a Brunet-Lézine modificada apresentou valores de sensibilidade de 10%, especificidade de 96,2%, VPP de 25%, VPN de 89,3% e acurácia de 86,4%, com percentual diagnóstico de 4,5%, enquanto o da Bayley-III foi de 11,4%. Na motricidade fina, a Brunet-Lézine modificada apresentou valores de sensibilidade 20%, especificidade de 95,2%, VPP de 20%, VPN de 95,2% e acurácia de 90,9%, com percentual diagnóstico de 5,7% em ambas as escalas. Na linguagem, a Brunet-Lézine modificada apresentou valores de sensibilidade de 75%, especificidade de 95,2%, VPP de 43%, VPN de 98,8% e acurácia de 94,3%, com percentual diagnóstico de 8%, enquanto o da Bayley-III foi de 4,5%. Na sociabilidade, a Brunet-Lézine modificada apresentou valores de sensibilidade de 13%, especificidade de 96,3%, VPP de 25%, VPN de 91,7% e acurácia de 88,6%, com percentual diagnóstico de 4,5%, enquanto o da Bayley-III foi de 9,1%. A partir desses resultados, concluímos que: a Brunet-Lézine modificada superestimou o desenvolvimento em todas as áreas no 1º ano de vida e também na motricidade global e sociabilidade entre 18 e 24 meses; com exceção da linguagem, a Brunet-Lézine modificada apresentou reduzida capacidade diagnóstica; na área motora fina e linguagem da Bayley-III é preciso corrigir mais do que 7 pontos; a escala Brunet-Lézine modificada mostrou-se válida para a avaliação da linguagem no grupo de 18 a 24 meses; a Brunet-Lézine modificada apresentou baixa sensibilidade, alta especificidade, VPP baixo, VPN alto e acurácia aceitável em todas as áreas, no entanto, sugerimos cautela na interpretação dos resultados clínico-epidemiológicos.
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Desmame em rec?m-nascidos de muito baixo peso ao nascer no primeiro retorno ambulatorial ap?s a alta hospitalarMaia, Cl?udia Rodrigues Souza 11 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-11 / Investigate intrahospital and neonatal determinants associated to the
weaning of very low birth weight (VLBW) infants. Methods: 119 VLBW (<1500g) infants
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were monitored from July 2005 through August 2006, from birth to the first ambulatory
visit after maternity discharge. This maternity unit uses the Kangaroo Method and the
Baby Friendly Hospital Initiative. Results: Out of 119 VLBW infants monitored until
discharge, 88 (75%) returned to the facility, 22 (25%) were on exclusive breastfeeding
(EB) and 66 (75%) were weaned (partial breastfeeding or formula feeding). Univariate
analysis found an association between weaning and lower birth weight, longer stays in
the NICU and longer hospitalization times, in addition to more prolonged enteral feeding
and birth weight recovery period. Logistic regression showed length of NICU stay as
being the main determinant of weaning. Conclusion: The negative repercussion on EB
of an extended stay in the NICU is a significant challenge for health professionals to
provide more adequate nutrition to VLBW infants / O leite materno ? o alimento recomendado para rec?m-nascidos de risco, no
entanto, baixas taxas de aleitamento materno s?o observadas entre eles na alta
hospitalar, sobretudo para aqueles de muito baixo peso ao nascer. A identifica??o dos
fatores de risco associados ao insucesso dessa pr?tica pode auxiliar na ado??o de
novas condutas pela equipe multiprofissional que os assiste. Esse estudo tem por
objetivo identificar determinantes maternos e neonatais intra-hospitalares associados
ao desmame de rec?m-nascidos de muito baixo peso ao nascer (RNMBP) na primeira
consulta ambulatorial ap?s a alta da maternidade. Todos os RNMBP (PN<1500g)
nascidos de julho/2005 a agosto/2006 foram acompanhados do nascimento ao primeiro
retorno ambulatorial em at? sete dias ap?s alta de Maternidade que adota o M?todo
Canguru e a Iniciativa Hospital Amigo da Crian?a. Dos 119 RNMBP acompanhados at?
a alta, 88 retornaram ao ambulat?rio. Destes, 22 (25%) encontravam-se em
aleitamento materno exclusivo (grupo AME) e 66 (75%) j? haviam introduzido f?rmula
infantil na dieta, sendo 63 (71,5%) associado ao uso de leite materno e 03 (3,5%) em
uso exclusivo da f?rmula (grupo desmame). Na an?lise univariada, associaram-se ao
grupo desmame (f?rmula exclusiva ou f?rmula+leite materno) o menor peso ao nascer
e os maiores tempos de perman?ncia na UTI neonatal (UTIN), de interna??o total, de
dieta enteral e para recupera??o do peso de nascimento. A regress?o log?stica
demonstrou ser o tempo prolongado de interna??o na UTIN o principal determinante da
introdu??o da f?rmula alimentar para alimenta??o dos RNMBP logo ap?s a alta da
maternidade. Conclui-se que houve alto percentual de introdu??o de f?rmula no
domic?lio, observada em consulta de retorno em at? 07 dias, e consequentemente
baixas taxas de aleitamento materno exclusivo (AME). A longa perman?ncia em UTIN
representou o principal determinante de risco sobre o AME e consiste um grande
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desafio para os profissionais de sa?de proporcionarem a alimenta??o mais adequada
para os RNMBP.
A atua??o conjunta de m?dicos neonatologistas, nutr?logo, nutricionistas,
assistentes sociais, psic?logos e equipes de enfermagem na assist?ncia dos rec?mnascidos
de risco na Unidade de Terapia Neonatal permitiu o trabalho em equipe
interdisciplinar, objetivo primordial do Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias da
Sa?de, trazendo viv?ncias enriquecedoras que s?o essenciais ao bom desempenho
profissional e a relev?ncia de um atendimento mais humanizado, colaborativo e
compartilhado
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Fatores contextuais e individuais associados ao baixo peso ao nascer no estado do Rio de Janeiro, 2000-2005 / Contextual and individual factors associated with low birth weight in the State of Rio de JaneiroRaulino Sabino da Silva 27 April 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O baixo peso ao nascer (BPN) é um importante problema de saúde pública em todo o mundo, embora mais acentuado nas áreas menos desenvolvidas. Crianças com BPN apresentam um maior risco de morbidade e mortalidade durante o primeiro ano de vida e, aquelas que sobrevivem ficam mais expostas ao risco de desenvolver sequelas. No presente estudo, fatores individuais e contextuais, associados com o baixo peso, foram identificados com base em informações sobre nascido-vivos do estado do Rio de Janeiro, no período 2000-2005. Um modelo logístico multinível com dois níveis, municípios e mães, foi utilizado. Os resultados mostraram uma tendência de queda da proporção de baixo peso no Estado. Em média, a cada ano, a chance de uma criança nascer com baixo peso declinou aproximadamente 2%. O PIB per capita também se mostrou associado com o baixo peso ao nascer. Aumentos de R$ 5000,00 no PIB anual reduziu a chance de uma criança nascer com baixo peso em 2%. Mulheres adolescentes ou com 40 anos ou mais, assim como as solteiras e viúvas foram mais propensas a ter um filho com baixo peso. A chance de ter um filho com baixo peso diminuiu com o aumento da escolaridade da mãe, mas com pequena variação nas categorias acima de três anos de estudo. O tipo de hospital apareceu como forte preditor do BPN, com chance mais elevada de ter um filho com BPN entre mulheres cujo parto foi realizado em hospital público. Destaque deve ser dado para o efeito que o número de consultas pré-natal exerceu sobre o BPN. A chance de uma criança, cuja mãe realizou pelo menos sete consultas durante o pré-natal, nascer com baixo peso foi 44% menor do que a observada entre mães que realizaram até três consultas. A variância do componente aleatório estimada pelo modelo multinível indica que há uma variação significativa do baixo peso no nível municipal não-explicada pelas variáveis incluídas na análise. Estudos futuros devem procurar identificar esses fatores. Políticas públicas devem ser implementadas, focando não apenas na redução da prevalência do baixo peso, mas também no monitoramento dessas crianças, de modo a reduzir a chance de uma criança apresentar sequelas ou diminuir os danos por elas causados / Low birth weight (LBW) is a major public health problem worldwide, although more pronounced in less developed areas. LBW children are at greater risk of morbidity and mortality during the first year of life, and those who survive are most at risk of developing sequela. In this study, individual and contextual factors associated with low birth weight were identified based on information on births in the state of Rio de Janeiro from 2000 to 2005. A multilevel logistic model with two levels, municipalities and mothers, was used. The results showed a downward trend in the proportion of low birth weight in the state. On average, each year, the chance of a low birth weight declined approximately 2%. GNP per capita was also associated with low birth weight. Increases of R$ 5,000.00 in annual GNP reduced the chance of a low birth weight by 2%. Adolescents or women aged 40 years or more, as well as single women and widows, were more likely to have a child with low birth weight. The chance of having a child with low birth weight decreased as mother's education increased, but with little variation in the categories above three years of study. The type of hospital emerged as a strong predictor of low birth weight, with increased probability of having a child with LBW among women whose deliveries were performed in public hospitals. Emphasis must be given to the effect that the number of pre-natal consultations exerted on LBW. The chance of a child whose mother had at least seven visits during prenatal care, low birth weight was 44% lower than that observed among mothers who had up to three visits. The variance of the random component estimated by the multilevel model indicates that there is significant variation in the low-weight at the municipal level, not explained by variables included in the analysis. Future studies should seek to identify these factors. Public policies should be implemented, focusing not only on reducing the prevalence of low birth weight, but also on monitoring these children, in order to reduce the chance that a child has sequelae or decrease the damage they caused
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