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O grau zero da organização: diálogos entre Deleuze e Robert Cooper

Cavalcanti, Maria Fernanda Rios 26 February 2012 (has links)
Submitted by Maria Fernanda Rios Cavalcanti (mfcavalcanti@gmail.com) on 2012-03-26T12:33:18Z No. of bitstreams: 1 O Grau Zero da Organização- Dissertação Maria Fernanda Rios Cavalcanti.pdf: 719721 bytes, checksum: decde30f15df56e6b92594c10ee99d42 (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel (gisele.hannickel@fgv.br) on 2012-03-26T12:51:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 O Grau Zero da Organização- Dissertação Maria Fernanda Rios Cavalcanti.pdf: 719721 bytes, checksum: decde30f15df56e6b92594c10ee99d42 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-03-26T12:57:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 O Grau Zero da Organização- Dissertação Maria Fernanda Rios Cavalcanti.pdf: 719721 bytes, checksum: decde30f15df56e6b92594c10ee99d42 (MD5) Previous issue date: 2012-02-26 / O objetivo do presente trabalho é reconstituir o conceito de grau zero da organização formulado por Robert Cooper a partir de um diálogo entre os escritos desse autor e a filosofia de Gilles Deleuze. Para alcançar este objetivo, primeiramente explicitaremos nosso compromisso epistemológico com o pós-estruturalismo, buscando situar este fenômeno do pensamento em termos de seu posicionamento nos estudos organizacionais. Nesta seção teremos o primeiro contato com o pensamento de Deleuze e Robert Cooper e, de antemão, apresentaremos a noção de grau zero como um conceito capaz de levantar possíveis pontos de convergência/divergência presentes nos trabalhos destes autores bem como de suscitar uma problematização do conceito de organização em seu nível ontológico e a própria ruptura do pós-estruturalismo com o estruturalismo no âmbito do estudo das organizações. Na segunda parte do trabalho analisaremos os escritos de Robert Cooper buscando realizar um apanhado geral de sua obra (que tratou do tema da organização), situaremos o conceito de grau zero da organização na mesma justificando sua escolha como o ponto de partida para o diálogo que buscaremos traçar entre Cooper e Deleuze. Após isso, faremos uma leitura ampla da filosofia deleuzeana e buscaremos compreender alguns de seus elementos fundamentais para, então, aproximar o pensamento de ambos os autores e desenhar possíveis aproximações e/ou afastamento. Foi possível identificar aproximações entre os pensamentos de Deleuze e Cooper: por um lado, destacamos que a primazia do devir, a proposta de um pensamento aberto e plural, uma preocupação com a linguagem e com materialidades, bem como fortes traços de influências vindas do estruturalismo e da psicanálise são pontos de aproximação marcantes entre os pensamentos destes autores. Por outro lado, também destacamos alguns possíveis pontos de divergência: a crítica à representação enquanto instância de limitação/negação; diferentes concepções de inconsciente (o inconsciente freudiano em Cooper/forjamento de noção própria do inconsciente em Deleuze); e, finalmente, no engajamento político da visão crítica proposta por seus trabalhos. Destacamos, finalmente, que a noção de grau zero da organização de Cooper ainda é passível de questionamentos quando deparada com a crítica ao estruturalismo e à representação conforme presente na filosofia de Deleuze. Concluímos que a filosofia de Deleuze impõe a necessidade reconstituir este conceito de forma a fazer com que ele afaste-se da possibilidade de ser tomado como uma visão estruturalista (uma esfera meramente linguística) e/ou oposicional (o grau zero enquanto mera desorganização) da organização.
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O Devir-minoritário e a crítica da democracia: literatura e política em Deleuze / Le devenir mineuritaire et la critique de la democratie: litterature et politique chez Deleuze

Albuquerque, Paulo Germano Barrozo de January 2008 (has links)
ALBUQUERQUE, Paulo Germano Barrozo de. O Devir-minoritário e a crítica da democracia: literatura e política em Deleuze. 2008. 230f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2008. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-21T11:20:57Z No. of bitstreams: 1 2008-TESE-PGBALBUQUERQUE.pdf: 1620201 bytes, checksum: ee8b129e5968c13ad69dc1b88e11bec6 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-21T13:15:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008-TESE-PGBALBUQUERQUE.pdf: 1620201 bytes, checksum: ee8b129e5968c13ad69dc1b88e11bec6 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-21T13:15:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008-TESE-PGBALBUQUERQUE.pdf: 1620201 bytes, checksum: ee8b129e5968c13ad69dc1b88e11bec6 (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta tese analisa as relações entre literatura e política tal como Deleuze as formulou ao longo da composição de sua obra. A obra de Deleuze sempre teve nas artes um intercessor, em especial na literatura. Mas é nos anos 1970 que seu pensamento desenvolve o conceito de literatura menor, fazendo, ao relacionar o campo da literatura com o campo da política, a invocação, em ambas, de devires, singularidades, forças impessoais e pré-individuais, bem como de minorias ativas que constituem um desafio e uma crítica às democracias contemporâneas. Assim, o percurso de nossa tese passou pela relação entre a literatura e a idéia de minoria, pelo cruzamento da literatura e da política que se faz no entrecruzamento da problemática minorias/capitalismo. Na obra de Deleuze com Guattari Kafka por uma literatura menor, vemos os principais conceitos dessa análise da literatura: procedimento, agenciamento coletivo de enunciação, máquina literária etc. Mas é apenas em Mil Platôs que essa análise da literatura se desdobra em dois aspectos fundamentais: primeiro, na criação de uma concepção política da linguagem, que a retira da condição de código abstrato e lhe faz passar pelos dispositivos de poder distribuídos sobre o corpo de uma sociedade, que implica a análise da função de palavra de ordem; segundo, em como as minorias arrastadas por seus devires-minoritários colocam um desafio para as democracias contemporâneas e sua idéia de maioria. Por fim, essas relações entre política e literatura, bem como entre minorias e democracia passam pela questão da formação dos Estados Unidos da América, sobretudo de seu conceito de democracia (o poder da maioria), e de como este foi elemento central para a literatura que também ali se gestava. Assim, percebemos que a relação entre a política e literatura da qual Deleuze nos fala está relacionada ao problema das minorias e à crítica da democracia que daí deriva, problema urgente de nossa contemporaneidade.
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Inconsciente e instinto de morte: um itinerário do debate inicial de Deleuze com a psicanálise / Unconscious and death instinct: itinerary of Deleuze s initial debate on psychoanalysis

Sanches, Aline 18 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:12:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5370.pdf: 1832455 bytes, checksum: fdd70676088a2a2b57ea28153b9121d6 (MD5) Previous issue date: 2013-04-18 / Universidade Federal de Minas Gerais / Masochism: Coldness and Cruelty, published in 1967 by Deleuze criticizes psychoanalysis for sustaining the false notion of sadomasochism, and proposes a distinction between death instinct and death drive, so that sadism and masochism are regarded as different processes and mutually exclusive. Deleuze relies on Freud s arguments, more precisely on the text Beyond the Pleasure Principle (1920), to conceive the death instinct as a transcendental principle and to differentiate it from its psychic representative, the death drive. Deleuze thus initiates a philosophical investigation around the transcendental field and the pleasure principle. This investigation runs parallel to an intense debate on psychoanalytical theory, and continues during his later works. Deleuze appreciates the freudian suggestion of an unconscious functioning indifferent to the pleasure principle and governed by repetition. He proposes to develop the concept in the form of transcendental synthesis of time. Difference and Repetition (1968) places Freud in a dialogue with other philosophers especially Hume, Bergson and Nietzsche and postulates three transcendental syntheses marked by repetition, or three passive syntheses of time, which are constitutive of the unconscious and independent of the pleasure principle. From Deleuze s philosophical advances, a reevaluation of several psychoanalytical concepts begins, founded on an understanding of the death instinct as the positive and originating principle of the repetition, as the power that engenders thinking in thought under the effect of violence. Logic of Sense (1969) leads this line of investigation to the argument that the senses are produced by the power of the paradoxes and identifies the death instinct with no sense. Some concepts of Freud, Klein and Lacan are included in the composition of a new image of philosophy and of what it means to think. Trying to demonstrate that thought and sense are produced in close relationship with the erogenous body, Deleuze returns to the psychosexual development but now from the perspective of his philosophical concepts, and presents his own version of the genesis and dynamics of the psychological instances. In view of this philosophical course taking by Deleuze, this doctoral research proposed to explore his discussion with psychoanalysis, according to a trajectory outlined by the concept of death instinct along these three works. We demonstrate how Deleuze understands and appropriates of some psychoanalytic concepts, linking them with other concepts of his philosophy. We indicate which issues from psychoanalysis were valued in the composition of a transcendental philosophy of difference. From a systematic exposition of the criticisms and proposals that Deleuze addresses to the psychoanalytical field in this particular period, we carried out a confrontation between Deleuze's philosophical interventions and the original psychoanalytical texts. Ultimately, this research intends to contribute to a discussion about the pertinence, coherence and relevance of this debate for both domains. / Apresentação de Sacher-Masoch, publicado por Deleuze em 1967, critica a psicanálise por sustentar a falsa noção de sadomasoquismo, ao mesmo tempo em que propõe uma distinção entre instinto de morte e pulsão de morte para que o sadismo e o masoquismo sejam considerados como processos diferentes e mutuamente exclusivos. Deleuze apoia-se nos argumentos de Freud, particularmente no texto Além do princípio de prazer (1920), para conceber o instinto de morte como um princípio transcendental e diferenciá-lo de seu representante psíquico, a pulsão de morte. Deleuze inaugura assim uma investigação filosófica a respeito do campo transcendental e do princípio de prazer, investigação que se fará acompanhada de um intenso debate com a teoria psicanalítica e que terá continuidade em suas obras posteriores. Deleuze valoriza a sugestão freudiana de um funcionamento inconsciente indiferente ao princípio do prazer e regido pela repetição, e propõe retomá-lo sob a forma de sínteses transcendentais do tempo. Diferença e Repetição (1968) coloca Freud em diálogo com outros filósofos principalmente Hume, Bergson e Nietzsche e postula três sínteses transcendentais marcadas pela repetição, ou três sínteses passivas do tempo, que são constitutivas do inconsciente e independentes do princípio de prazer. Daí deriva-se uma releitura de várias noções psicanalíticas a partir de seus avanços filosóficos, que se fundamenta em uma compreensão do instinto de morte como o princípio positivo originário da repetição e a força que engendra o pensar no pensamento sob o efeito de uma violência. Lógica do Sentido (1969) conduz esta linha de investigação para o problema da produção de sentidos a partir da força dos paradoxos e identifica o instinto de morte ao não senso. Algumas coordenadas de Freud, Klein e Lacan são retomadas na composição de uma nova imagem da filosofia e do que significa pensar. Buscando demonstrar que o pensamento e o sentido se produzem em estreita relação com o corpo erógeno e pulsional, Deleuze retoma o desenvolvimento psicossexual à luz de seus conceitos filosóficos e apresenta sua própria versão da gênese e da dinâmica das instâncias psíquicas. Tendo em conta este percurso filosófico de Deleuze, esta pesquisa de doutorado dedicou-se a explorar o seu debate com a psicanálise, segundo uma trajetória delineada pelo conceito de instinto de morte ao longo destas três obras. Procuramos demonstrar como Deleuze compreende e se apropria de algumas noções psicanalíticas, articulando-as com os demais conceitos de sua filosofia. Indicamos quais temas advindos da psicanálise foram valorizados na composição de uma filosofia transcendental da diferença. A partir de uma exposição sistemática das críticas e propostas que este filósofo dirige ao campo psicanalítico neste período específico, realizamos o confronto direto entre as intervenções filosóficas de Deleuze e os textos psicanalíticos originais. Assim, pretendeu-se com esta pesquisa oferecer contribuições para uma discussão sobre a pertinência, coerência e relevância deste debate para ambos os domínios.
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Insensato : um experimento em arte, ciência e educação

Mello, Jamer Guterres de January 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma proposta de discussão sobre a questão dos métodos aplicados à pesquisa científica na área das ciências humanas. Buscou-se identificar os pontos de aproximação e distanciamento entre ciência e arte, para analisar de que forma a produção artística pode contribuir com a pesquisa, de que modo estes dois campos do saber dialogam e quais são as suas possíveis interseções. Mais especificamente, esta dissertação propõe o uso do método do cut-up, formulado por William Burroughs, e da estética dos fanzines como afirmação das potências do falso e do simulacro, conceitos da filosofia de Gilles Deleuze. O trabalho se baseia também na noção de montagem cinematográfica e na sua relação com o cut-up, já que ambos podem operar como mecanismo articulador fundamental que justapõe imagens e textos para priorizar os efeitos de choque visual, de fragmentação, de imagens sujas e borradas que são comuns aos fanzines e a uma certa produção cinematográfica. / This work presents a discussion proposal for the question of the methods applied to scientific research in the human sciences field. The attempt was to identify the points of approach and distance between science and art, to analyze how artistic production may contribute to research, how this two fields of knowledge dialogue and which are their possible intersections. More specifically, this master thesis prompts the use of cut-up method, formulated by William Burroughs, and fanzines aesthetics, as an affirmation of the powers of the false and the simulacrum, concepts of the philoshophy of Gilles Deleuze. The work is also based on the notion of movie editing and its relation with cut-up, as both of them may operate as a prime joining mechanism which juxtaposes imagens and texts to stress visual impact, fragmentation, dirty and blurred image effects common to fanzines and a certain cinematographic production.
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Biografema como estratégia biográfica : escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry Miller

Costa, Luciano Bedin da January 2010 (has links)
Comment écrire une vie? Cette question apparemment simple est la question qui anime ce texte. L'écriture de la vie - qu'on appelle ici la biographie (bíος - bios, vie et γραφή - graphein, écrire) - est un thème transversal. L'écriture biographique couvre pas seulement la littérature mais aussi d'autres domaines de la santé et des sciences humaines, comme la psychologie, l'éducation, anthropologie, histoire et sciences sociales. La bio-graphie comprend un large tissu de méthodologies; elle apparaît dans les histoires de la vie, dans la formation professionnelle, dans les études cas dans, dans les projets de vie, études de cas, etc. Le binôme vie-écriture est traité avec la philosophie de Friedrich Nietzsche et Gilles Deleuze, comme la force capable de créer, et surtout, créer elle-même. La notion de biographème proposé par Roland Barthes, c'est une stratégie puissante pour une réflexion sur l'écriture de la vie ouvert à la création de la possibilité de dire et surtout de vivre cette vie. L'apparition du biographème conduit à un nouveau traitement biographique de l'histoire. C'est une autre position de lecture, de sélection et de récupération des signes de vie. Plutôt que de passer par le contour de l'historiographie, la « pratique biographematique » se tourne vers le détail, le pouvoir du minuscule, vers le insignifiant et inexact. En pensant à la biographie comme création (et pas seulement comme une représentation du réel, déjà vécu) c'est mis en avant d'une politique contre l'utilisation de la biographie qui étouffle la vie, contre toute la stratégie ou méthodologie thanatographique. Le sujet luimême se déplace aussi - il devient, en effet, aussi un créateur, une réalité incroyable, même un acteur d'écriture et de la vie. Après tout, est-ce qu'il y avait un autre sens par écrit une vie qui n'est pas de croire en la puissance de la réinvention de cette vie? / Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos, vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas, acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida?
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Informática educativa : uma atualização do plano educação

Santos, Suzana Lima dos January 2005 (has links)
Alguns movimentos de atualização do plano educação se efetuam no funcionamento de máquinas abstratas. A partir de uma abordagem genealógica do processo de informatização das escolas públicas, ocorrido no Brasil, este trabalho de Dissertação marca alguns movimentos de desterritorialização e de territorialização no plano Informática Educativa. Um movimento de abordagem genealógica analisa o modo como estamos inseridos num dispositivo específico e será objetivo desta Dissertação assinalar a produção e a mutação do que denomino dispositivo informático – que se produz no acontecendo. Para efetivar esta análise utilizei como referência as perspectivas político-filosóficas de Michel Foucault e Gilles Deleuze, produzindo desdobramentos entre as aproximações que efetuo desses autores. Utilizando o conceito foucaultiano de dispositivo articulado com outros conceitos que se avizinham em linhas segmentares e de fuga, conecto os campos da informática, da militarização e da economia ao campo educacional. Em tal movimento, conceptualizo a Informática Educativa como plano de imanência, configurando uma política, cujos traços diagramáticos, informatização, pedagogização e democratização, atravessam os agenciamentos concretos, escola, comunidade, secretarias de ensino, equipamentos informáticos, Estado, alunos, professores, entre outros, produzindo uma rede de tensionamentos. As trajetórias percorridas indicam possibilidades de produzir uma experimentação, no sentido de Deleuze – trajetórias múltiplas que possibilitam produzir múltiplos devires.
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Por uma alma dos serviços de saúde para além do bem e do mal : implicações micropolíticas à formação em saúde

Bilibio, Luiz Fernando Silva January 2009 (has links)
Das minhas experimentações coletivas no Projeto de Vivência-Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS/RS), nos ano de 2002 e 2003, no Estado do Rio Grande do Sul e, depois, no Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS/BR), entre os anos de 2003 e 2005, em diferentes estados do país, surgiram signos mundanos os quais foram interpretados neste trabalho acadêmico como dimensões morais e políticas. Com um pensamento impregnado pela filosofia de Friedrich Nietzsche e contaminado por Gilles Deleuze, operei uma problematização genealógica destas dimensões no campo da saúde coletiva brasileira, mais especificamente, a perspectiva de valores morais operada pelo chamado Movimento em defesa da vida (MDV), na sua concepção da micropolítica do trabalho em saúde. Buscando achar pontos de conexão e desconexão entre estas formulações do MDV e a perspectiva da vontade de poder e da transvaloração dos valores da filosofia de Nietzsche, formulei uma perspectiva da micropolítica do processo de trabalho da saúde, configurada pela multiplicidade da vontade de poder e caracterizada como encontros humanos para além do bem e do mal. Uma formulação que, deste modo, também é endereçada para os encontros que ocorrem na formação dos profissionais da área da saúde. / De mis experimentaciones colectivas en el Projecto de Vivencia-Estágio en la Realidad del Sistema Único de Salud (VER-SUS/RS) en los años de 2002 y 2003, en el Estado del Rio Grande do Sul y, después, en el Projecto de Vivencias y Estágios en la Realidad del Sistema Único de Salud (VERSUS/ BR), entre los años de 2003 y 2005, en diferentes estados del país, surgieron señales mundanos los cuales fueron interpretados en este trabajo académico como dimensiones morales y políticas. Utilizando herramientas conceptuales de la filosofia de Friedrich Nietzche e Guilles Deleuze, operé una problematización genealógica de estas dimensiones en el campo de la salud colectiva brasileña, más específicamente, la perspectiva de valores morales operada por el llamado Movimiento en defensa de la vida (MDV), en su concepción de micropolítica del trabajo en salud. Buscando hallar puntos de conección y desconección entre estas formulaciones del MDV y la perspectiva de la voluntad de poder y de la transvaloración de los valores de la filosofia de Nietzche, formulé una perspectiva de la micropolítica del processo de trabajo de la salud impregnada por la multiplicidad de la voluntad de poder y caracterizada como encuentros humanos para más allá del bien y del mal. Una formulación, que, desta manera también és direccionada para los encuentros que ocurren en la formación de los profesionales de la área de la salud.
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Insensato : um experimento em arte, ciência e educação

Mello, Jamer Guterres de January 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma proposta de discussão sobre a questão dos métodos aplicados à pesquisa científica na área das ciências humanas. Buscou-se identificar os pontos de aproximação e distanciamento entre ciência e arte, para analisar de que forma a produção artística pode contribuir com a pesquisa, de que modo estes dois campos do saber dialogam e quais são as suas possíveis interseções. Mais especificamente, esta dissertação propõe o uso do método do cut-up, formulado por William Burroughs, e da estética dos fanzines como afirmação das potências do falso e do simulacro, conceitos da filosofia de Gilles Deleuze. O trabalho se baseia também na noção de montagem cinematográfica e na sua relação com o cut-up, já que ambos podem operar como mecanismo articulador fundamental que justapõe imagens e textos para priorizar os efeitos de choque visual, de fragmentação, de imagens sujas e borradas que são comuns aos fanzines e a uma certa produção cinematográfica. / This work presents a discussion proposal for the question of the methods applied to scientific research in the human sciences field. The attempt was to identify the points of approach and distance between science and art, to analyze how artistic production may contribute to research, how this two fields of knowledge dialogue and which are their possible intersections. More specifically, this master thesis prompts the use of cut-up method, formulated by William Burroughs, and fanzines aesthetics, as an affirmation of the powers of the false and the simulacrum, concepts of the philoshophy of Gilles Deleuze. The work is also based on the notion of movie editing and its relation with cut-up, as both of them may operate as a prime joining mechanism which juxtaposes imagens and texts to stress visual impact, fragmentation, dirty and blurred image effects common to fanzines and a certain cinematographic production.
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Biografema como estratégia biográfica : escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry Miller

Costa, Luciano Bedin da January 2010 (has links)
Comment écrire une vie? Cette question apparemment simple est la question qui anime ce texte. L'écriture de la vie - qu'on appelle ici la biographie (bíος - bios, vie et γραφή - graphein, écrire) - est un thème transversal. L'écriture biographique couvre pas seulement la littérature mais aussi d'autres domaines de la santé et des sciences humaines, comme la psychologie, l'éducation, anthropologie, histoire et sciences sociales. La bio-graphie comprend un large tissu de méthodologies; elle apparaît dans les histoires de la vie, dans la formation professionnelle, dans les études cas dans, dans les projets de vie, études de cas, etc. Le binôme vie-écriture est traité avec la philosophie de Friedrich Nietzsche et Gilles Deleuze, comme la force capable de créer, et surtout, créer elle-même. La notion de biographème proposé par Roland Barthes, c'est une stratégie puissante pour une réflexion sur l'écriture de la vie ouvert à la création de la possibilité de dire et surtout de vivre cette vie. L'apparition du biographème conduit à un nouveau traitement biographique de l'histoire. C'est une autre position de lecture, de sélection et de récupération des signes de vie. Plutôt que de passer par le contour de l'historiographie, la « pratique biographematique » se tourne vers le détail, le pouvoir du minuscule, vers le insignifiant et inexact. En pensant à la biographie comme création (et pas seulement comme une représentation du réel, déjà vécu) c'est mis en avant d'une politique contre l'utilisation de la biographie qui étouffle la vie, contre toute la stratégie ou méthodologie thanatographique. Le sujet luimême se déplace aussi - il devient, en effet, aussi un créateur, une réalité incroyable, même un acteur d'écriture et de la vie. Après tout, est-ce qu'il y avait un autre sens par écrit une vie qui n'est pas de croire en la puissance de la réinvention de cette vie? / Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos, vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas, acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida?
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Por uma alma dos serviços de saúde para além do bem e do mal : implicações micropolíticas à formação em saúde

Bilibio, Luiz Fernando Silva January 2009 (has links)
Das minhas experimentações coletivas no Projeto de Vivência-Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS/RS), nos ano de 2002 e 2003, no Estado do Rio Grande do Sul e, depois, no Projeto de Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS/BR), entre os anos de 2003 e 2005, em diferentes estados do país, surgiram signos mundanos os quais foram interpretados neste trabalho acadêmico como dimensões morais e políticas. Com um pensamento impregnado pela filosofia de Friedrich Nietzsche e contaminado por Gilles Deleuze, operei uma problematização genealógica destas dimensões no campo da saúde coletiva brasileira, mais especificamente, a perspectiva de valores morais operada pelo chamado Movimento em defesa da vida (MDV), na sua concepção da micropolítica do trabalho em saúde. Buscando achar pontos de conexão e desconexão entre estas formulações do MDV e a perspectiva da vontade de poder e da transvaloração dos valores da filosofia de Nietzsche, formulei uma perspectiva da micropolítica do processo de trabalho da saúde, configurada pela multiplicidade da vontade de poder e caracterizada como encontros humanos para além do bem e do mal. Uma formulação que, deste modo, também é endereçada para os encontros que ocorrem na formação dos profissionais da área da saúde. / De mis experimentaciones colectivas en el Projecto de Vivencia-Estágio en la Realidad del Sistema Único de Salud (VER-SUS/RS) en los años de 2002 y 2003, en el Estado del Rio Grande do Sul y, después, en el Projecto de Vivencias y Estágios en la Realidad del Sistema Único de Salud (VERSUS/ BR), entre los años de 2003 y 2005, en diferentes estados del país, surgieron señales mundanos los cuales fueron interpretados en este trabajo académico como dimensiones morales y políticas. Utilizando herramientas conceptuales de la filosofia de Friedrich Nietzche e Guilles Deleuze, operé una problematización genealógica de estas dimensiones en el campo de la salud colectiva brasileña, más específicamente, la perspectiva de valores morales operada por el llamado Movimiento en defensa de la vida (MDV), en su concepción de micropolítica del trabajo en salud. Buscando hallar puntos de conección y desconección entre estas formulaciones del MDV y la perspectiva de la voluntad de poder y de la transvaloración de los valores de la filosofia de Nietzche, formulé una perspectiva de la micropolítica del processo de trabajo de la salud impregnada por la multiplicidad de la voluntad de poder y caracterizada como encuentros humanos para más allá del bien y del mal. Una formulación, que, desta manera también és direccionada para los encuentros que ocurren en la formación de los profesionales de la área de la salud.

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