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Merleau-Ponty: a experiência do corpo como ser sexuado / Merleau-Ponty: the experience of the body as a sexual beingSchneider, Patrícia 02 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-02 / The objective of this study is to analyze the conception of body and sexuality in a phenomenological-psychoanalytical perspective, and, from this reconstruction, to understand the notion of carnal unconscious in Merleau-Ponty, a notion that is being established from an articulation with the psychoanalytical theory. For this, the work has as an investigative base the first part of Phenomenology of Perception of Maurice Merleau-Ponty, capital text where it is explored the theme of the experience of the own body and its critical counterpoint to the traditional theories current in modern science and metaphysics. The Cartesian doctrine of the body is founded on the premise that the thought is prior to the perception, that is, the spirit has metaphysical and cognitive primacy over the body. The body is characterized for exercising a purely instrumental function in relation to the soul. Empiricism, however, bases the knowledge on sensory experience at which the body is defined as a piece of matter, an object of study of anatomy. However, Merleau-Ponty identifies, on these two canonical positions (intellectualism and empiricism), a convergence of base: a dualistic principle of conception, which camouflages the most characteristic experience of perceived phenomena, among them, the experience of the own body - dualism that splits our internal and external experience, spiritual and corporal. Thus, the tradition ends up masking the true experience of the body in such a way that the sexuality is only an instinct, an isolated physiological process, a predetermined mechanism. For the philosophical or even scientific tradition, the affection becomes an irrelevant issue, without receiving any ontological status more prominent. Differently, shows Merleau-Ponty, Freud has been the one that will launch new theoretical foundations in sense of rethinking more radically the experience of sexuality, considering the fact that everything that humans do has one or more sense or meaning. Thus, sexuality is not just an isolated physiological process, since the own man is understood as a cultural and historical being, a sense producer being, because the body reveals itself, in its latest radicalism, as a "sexual being". Without ever reducing itself to the object condition, the body becomes a source of meaning. It is a living experience. Sexuality becomes, therefore, the most genuine deflagration of this dialectical and paradoxical movement. So, this is a fundamental characteristic of embodiment that Freud already presumes in his clinical experience. Despite Freud's ambivalent relationship with philosophy, this study makes a laconic incursion in his theory, focusing on the notions of desire and unconscious, in order to reconstruct the problematic of the unconscious in Merleau-Ponty. This one, while recognizing the Freudian merit, criticizes and challenges some points, in order to propose his own notion of carnal unconscious. This proposal has as central axis the notion of carnality, which culminates in an ontological rehabilitation of the sensible and announces a challenge to the conception of unconscious structured as a language, typically Lacanian. / O objetivo deste trabalho é analisar a concepção de corpo e sexualidade numa perspectiva fenomenológico-psicanalítica, e, a partir dessa reconstrução, compreender a noção de inconsciente carnal em Merleau-Ponty, noção que passa a ser instituída a partir de uma articulação com a teoria psicanalítica. Para tanto, o trabalho tem como base investigativa a primeira parte da Fenomenologia da Percepção de Maurice Merleau-Ponty, texto capital no qual é explorado o tema da experiência do corpo próprio e seu contraponto crítico às teorias tradicionais vigentes na ciência e na metafísica modernas. A doutrina cartesiana do corpo está fundada no princípio de que o pensamento é anterior à percepção, isto é, o espírito possui primazia metafísica e cognitiva em relação ao corpo. O corpo se caracteriza por exercer uma função meramente instrumental em relação à alma. O empirismo, por seu turno, fundamenta o conhecimento na experiência sensível em que o corpo se define como um pedaço da matéria, um objeto de estudo da anatomia. Ora, Merleau-Ponty identifica, nessas duas posições canônicas (intelectualismo e empirismo), uma convergência de base: um princípio dualista de abordagem, que camufla a experiência mais própria dos fenômenos percebidos, dentre eles, a experiência do corpo próprio  dualismo que cinde nossa experiência interna e externa, espiritual e corporal. Assim, a tradição termina por mascarar a verdadeira experiência do corpo de tal maneira que a sexualidade não passa de um instinto, de um processo fisiológico isolado, um mecanismo predeterminado. Para a tradição filosófica ou até mesmo científica, a afetividade se torna um tema irrelevante, sem receber qualquer estatuto ontológico mais proeminente. Diferentemente, mostra Merleau-Ponty, Freud terá sido aquele que lançará novas bases teóricas no sentido de se repensar mais radicalmente a experiência da sexualidade, ao considerar o fato de que tudo o que o ser humano faz tem um ou mais sentidos. Assim, a sexualidade não é apenas um processo fisiológico isolado, já que o próprio homem é visto como um ser cultural e histórico, um ser produtor de sentido, pois o corpo se revela, em sua radicalidade última, como ser sexuado . Sem jamais se reduzir à condição de objeto, o corpo se torna fonte de sentido. É uma experiência viva. A sexualidade se torna, pois, a deflagração mais genuína desse movimento dialético e paradoxal. Ora, essa é uma característica fundamental da corporeidade que Freud já presumirá em sua experiência clínica. Apesar da ambivalente relação de Freud com a filosofia, este estudo faz uma lacônica incursão na sua teoria, enfocando as noções de desejo e de inconsciente, para reconstruir a problemática sobre o inconsciente em Merleau-Ponty. Este, ao mesmo tempo em que reconhece o mérito freudiano, critica e questiona alguns pontos, para propor a sua própria noção de inconsciente carnal. Essa proposta tem como eixo central a noção de carne, que culmina numa reabilitação ontológica do sensível e anuncia uma provocação à concepção de inconsciente estruturado como linguagem, tipicamente lacaniana.
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Borges, um estranho : litorais entre a literatura e a psicanálise / The uncanny Borges : littorals between literature and psychoanalysisLeme, Patrícia de Oliveira, 1986- 02 January 2013 (has links)
Orientador: Nina Virgínia de Araújo Leite / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-21T22:47:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O presente trabalho consiste em uma leitura do estilo de Jorge Luis Borges a partir de um inquietante efeito narrativo, passível de ser abordado na área psicanalítica através do enigmático conceito de estranho. Para a elaboração dessa hipótese, inicialmente chamou-se à baila três contos de Borges: "La escritura del dios", "La muerte y la brújula" e "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius". Mesmo estendendo-se a outras incursões na vasta obra borgeana, as três narrativas constituem a moldura necessária para a compreensão de certos mecanismos do estilo borgeano, que nesse trabalho acabam por figurar como elemento causa de estranhamento. No primeiro capítulo tomaram-se os textos como cenas de leitura, em um procedimento que buscou explicitar esse inquietante efeito da escrita de Borges, bem como salientar suas reverberações no campo da crítica literária. O impacto do estilo borgeano na sua crítica pôde elucidar alguns pontos cruciais ao enodamento com a teoria psicanalítica nos capítulos posteriores, recuperando também algumas chaves de leitura importantes no delineamento do efeito em questão. No segundo capítulo promoveu-se uma leitura d' "O estranho", de Sigmund Freud, a partir desse funcionamento da obra borgeana: seus pontos de contato puderam revelar que o conceito erigido por Freud supera os limites de sua própria elaboração, fazendo-se presente mais como um lugar de enunciação do estranho do que como um conceito fechado em suas próprias bases. Esse movimento convocou, no terceiro capítulo, a retomada do conceito de estranho por Jacques Lacan em seu O seminário, livro 10: a angústia. Nele, Lacan promove uma elaboração do estatuto do objeto a, noção paradigmática no campo psicanalítico, a partir do estranho como um efeito de seu aparecimento na estrutura subjetiva. Para tecer o enodamento com o literário, as teorizações lacanianas em seu décimo oitavo seminário foram fundamentais, por trazerem à tona a noção de discurso e de escrita, sobretudo em sua "Lição sobre Lituraterra". O estabelecimento da letra como litoral entre saber e gozo, bem como o seu funcionamento a partir da rasura, permitiram a sustentação da hipótese de leitura que se soergueu inicialmente a partir de um efeito: há em Borges algo que causa estranhamento, e ele se anuncia para além do registro do relato, constituindo uma operação formal que produz esse efeito de escrita / Abstract: This work consists in a reading of Jorge Luis Borges' style beginning from a disquieting narrative effect, which is liable to be approached by the psychoanalytic area through the enigmatic concept of the uncanny. For the elaboration of this hypothesis three Borges' short stories were primarily chosen: "La escritura del dios", "La muerte y la brújula" and "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius". Even having made other incursions into the vast borgesian oeuvre, these three narratives constitute the needed frame for the understanding of certain mechanisms of the borgesian style, which in this work figure in the end as elements cause of uncanniness. In the first chapter these texts were boarded as reading scenes in a procedure that aimed to make explicit this disquieting Borges' writing effect, as well as to underline its repercussion in the field of literary criticism. The impact that the borgesian style had on his critics could elucidate some crucial points to the entanglement with the psychoanalytic theory in the posterior chapters, as well as recovering important keys for the reading in the proposed outlining. In the second chapter was promoted a reading of Freud's "The uncanny" through this aspect of the functioning of the borgesian oeuvre: their points of contact could reveal that the concept created by Freud overcomes the boundaries of its own elaboration, making itself present as a place of enunciation of the uncanny rather than a concept closed in its own bases. This movement summoned, in the third chapter, the resumption of the uncanny concept in the seminar, book 10. The anguish, by Jacques Lacan. In this work Lacan promotes an elaboration of a paradigmatic notion for the psychoanalytic field, the object a, starting from the uncanny as an effect of its appearance on the subjective structure. The lacanian theories in his eighteenth seminar were essential in order to compose the entanglement with the literary form, as they shed light on the notions of discourse and writing, especially in his "Lesson on Lituraterre". The establishment of the letter as littoral between knowledge and jouissance, as well as its way of function through the erasure, allowed to sustain this reading hypothesis, which was raised from an effect: there is something that causes uncanniness in Borges' writing and it shows itself beyond the register of the narrated story, constituting a formal operation that produces this writing effect / Mestrado / Linguistica / Mestra em Linguística
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Endgame no limite da interpretação / Endgame and the boundaries of interpretationTinti, Tauan Fernandes, 1985- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Fabio Akcelrud Durão / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-18T14:56:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Este trabalho consiste em uma leitura de Fim de Partida, de Samuel Beckett, construída a partir da hipótese de que esta peça, com o que pode ser definido como uma recusa sistemática a tudo o que lhe venha de fora, é capaz de integrar à sua própria estrutura formal os impasses gerados pelas tentativas de interpretá-la, em um movimento que paradoxalmente fortalece cada vez mais sua lógica interna à medida que a interpretação é negada. Ao longo de três capítulos, busca-se investigar as diferentes ramificações dessa ideia como forma de esboçar a posição-limite na qual a peça se encontra: no primeiro capítulo, a hipótese em questão é desenvolvida a partir da leitura de alguns objetos de Fim de Partida, e a partir disso se argumenta que os personagens se aproximam mais de seus objetos fraturados e ausentes do que de pessoas; no segundo, a condição desses personagens é desenvolvida no sentido de um confronto entre duas formas de temporalidade, a progressão e a circularidade, submetidas ao mesmo princípio de escassez que atravessa outros níveis da peça; no terceiro capítulo, a hipótese central é a de que em Endgame são colocados em questão diversos procedimentos do humor de forma altamente destrutiva, e a significação retroativa que seus destroços passam a ter adquirido nesse processo podem ser extrapolados de modo a produzir um pequeno vislumbre, de dentro da própria peça, tanto de seu estatuto de obra de arte, quanto de sua relação complexa com a tradição / Abstract: This work consists in a reading of Samuel Beckett's Endgame built upon the hypothesis that the play, through what can be defined as a deliberate exclusion of everything external to it, is capable of integrating the resulting deadlocks from the attempts of its interpretation to its own formal structure, in a paradoxical movement that strengthens the play's internal logic through the denial of interpretation. Throughout three chapters, this work aims to explore different ramifications of that idea in order to outline the boundary represented by the play: in the first chapter, the interpretative hypothesis is developed upon a reading of the objects of Endgame, culminating in the idea that its characters are closer to the absent and fractured objects that they demand than to proper persons; in the second chapter, their condition is developed in the sense of a confrontation between two forms of temporality, progression and circularity, which are submitted to the same principle of scarcity that penetrates other levels of the play; in the third chapter, the central hypothesis is that Endgame puts into question some procedures of humor in a highly destructive manner, and that the retroactive meaning acquired by the resulting ruins of this process may be extrapolated into a glimpse, from within the play itself, both of its status as a work of art and of its complex relationship with tradition / Mestrado / Teoria e Critica Literaria / Mestre em Teoria e História Literária
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El mal radical según Hannah Arendt y el psicoanálisis freudianoKristal Mitastein, Ruth 14 February 2017 (has links)
Buscamos establecer un paralelo entre algunos conceptos del psicoanálisis freudiano y el concepto kantiano del «mal radical», el cual fue adoptado por Hannah Arendt para referirse a las atrocidades cometidas por el régimen totalitario nazi contra los judíos en la Shoah.
Arendt considera el nazismo como un régimen totalitario basado en una ideología racial que proporcionó la «ficción creíble» que argumenta que gracias a las Leyes de la Naturaleza surgió la raza aria - «superior y pura» - para la cual su objetivo principal fue destruir a su contraparte, el pueblo judío «infrahumano». Los nazis utilizaron campos de concentración y exterminio para eliminar a millones de personas consideradas «superfluas» y «prescindibles».
En este artículo analizamos la obsesión de los nazis de exterminar a los «infrahumanos», utilizando, entre otros, el concepto psicoanalítico freudiano de la «pulsión de muerte» y sus subrogados, fenómenos de la psicología individual que se aplican a las masas colaboradoras de los nazis.
Entendemos el «mal radical» utilizado por Arendt como un constructo que abarca aspectos socio-económicos, políticos, filosóficos e históricos; simbólicamente, el mundo externo, mientras que los conceptos freudianos dan cuenta de la dinámica intrapsíquica inconsciente como sustrato del comportamiento destructivo, que representan el mundo interno. Argumentamos que ambos mundos: interno y externo se encuentran en permanente dinámica e interacción. Encontramos semejanzas y aspectos complementarios en los aportes de ambos Arendt y Freud.
Creemos que, en el sustrato inconsciente de los perpetradores nazis, ocurrieron los fenómenos psicológicos antes señalados, y además, que las acciones nazis fueron el producto del proceso secundario, del pensamiento consciente, con pleno uso de libertad de elección y de una voluntad pervertida. Reiteramos que la implementación del «mal radical» por los nazis es imputable. / In this work, we aim to establish a parallel between some elements in Freudian Psychoanalysis and the Kantian concept of «radical evil» adopted by Hannah Arendt to give an account of the atrocities committed by the Nazis against the Jews during the Holocaust.
Arendt considers Nazism to be a totalitarian regime based on a racist ideology which provided the so-called «credible fiction» which argues that thanks to the Laws of Nature, the «superior and pure» Arian Race emerged, for which its main objective was the destruction of its counterpart: the «subhuman» Jewish People. The Nazis used concentration and extermination camps for the elimination of millions of people considered superfluous and disposable.
We also analyze the Nazi obsession with the extermination of the «subhuman» using, among others, the psychoanalytic Freudian concept of the «death drive» and its subrogates, concepts that describe a phenomenon of individual psychology applied to the masses which collaborated with the Nazis.
We understand the concept of «radical evil» used by Arendt as a construct that encompasses socio-economic, political, philosophical and historical aspects, symbolizing the external world, while the Freudian concepts give rise to an intra-psychological dynamic unaware of its role as the substrate of destructive behavior, representing the internal world. We argue that both worlds: the external and the internal, exist in perpetual interactive dynamics. We thus find similarities and complementary aspects in the contributions of Freud and Arendt.
We believe that in the unconscious substrate of the Nazi perpetrators of evil the above mentioned psychological phenomena took place. Moreover, the explicit actions undertaken by the Nazis were the product of a secondary process, of conscious thought, with full use of freedom of choice and an evil will. Therefore, we reiterate that the implementation of the «radical evil» by the Nazis is imputable.
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A subjetivação da criança escolar : um estudo sobre o tempo de latênciaDrügg, Angela Maria Schneider January 2007 (has links)
A presente pesquisa consiste num estudo sobre o processo de constituição psíquica da criança em idade escolar a partir do conceito tempo de latência, buscando articulá-lo ao processo de escolarização da infância. Situa o conceito no conjunto da obra freudiana desde seus primeiros trabalhos sobre as neuroses e a sexualidade infantil, passa pelo período de formulação da teoria das pulsões, localiza-o no contexto da teoria estrutural e, igualmente, nas reflexões de Freud acerca das relações entre natureza e cultura. Em sucessão, verifica os desdobramentos que o conceito tem na obra de reconhecidos psicanalistas que se dedicaram à análise de crianças, como Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff e Françoise Dolto, culminando com uma leitura do tempo de latência como um tempo lógico a partir do enfoque lacaniano. Enquanto tempo lógico infere que a latência não decorre de um processo natural, desencadeado pelo organismo, e sim pela demanda do Outro. Nesse sentido procura vinculá-lo às transformações culturais da modernidade, entre estas o processo de escolarização da infância. Sustenta que a escolarização favorece a constituição do tempo de latência, na medida em a escola se organiza como o espaço social destinado à criança, distanciando-a do ambiente familiar sem, no entanto, incluí-la no mundo adulto, ao mesmo tempo em que possibilita formas de sublimação. Entendendo o tempo de latência como uma produção do laço social, cogita que novas transformações na cultura podem extingui-lo enquanto tempo constitutivo. Aponta que fraturas na sustentação do trabalho psíquico deste tempo constitutivo aparecem em algumas formações clínicas, como a inibição intelectual e a fobia escolar. / The research consists of a study on the process of psychic constitution of the child in school age from the concept of latency time, searching the education process of infancy. It points out the concept in the set of the Freudian workmanship since the first works on the neuroses and the infantile sexuality, passes for the period of formularization of the drive theory, still locates it in the context of the structural theory and in the reflections of Freud about the relations between nature and culture. To leave of this, it verifies the unfoldings that the concept has in the workmanship of recognized psychoanalysts who had dedicated themselves to analyze of children as Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff and Françoise Dolto, culminating with a reading of the latency time as a logical time from the lacanian approach. While logical time understands that the latency does not elapse of a natural process, unchained for the organism, and yes for the demand of the Other. In this direction it searches to tie it to the cultural transformations of modernity, between these the education process of infancy. It supports that the education favors the constitution of the latency time, in the measure where the school is organized as the social space destined to the child, distancing itself of the familiar environment without, in meanwhile include them in the adult world, at the same time where it makes possible subliming forms. Understanding the latency time as a production of the social bow, it cogitates that new transformations in the culture can extinguish it while constituent time. It points that breakings in the sustentation of the psychic work of the latency appear in some clinical formations as the intellectual inhibition and the pertaining to school phobia.
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O fantasma no castelo do materialismo: uma história do inconsciente Freudiano / The ghost in materialisms’ castle: a history of Freudian uncounsciousPINHEIRO, Heráclito Aragão January 2009 (has links)
PINHEIRO , Heráclito Aragão. O fantasma no castelo do materialismo: uma história do inconsciente Freudiano. 2009. 91 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-01-17T12:22:11Z
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Previous issue date: 2009 / This research has the goal of understanding the path of Freud in his elaboration of the notion of unconscious, to realize the ways by which he got to this crucial notion to the foundation of the psychoanalytical knowing. To reach this goal I decided to deal with the models and references of Freud. The principal results were that the models which had more weight in the development of his idea of unconscious were his clinical work with the hysterics, as well as his divergence with the conventional ideas about this affection, his contact with the hypnosis and the interlocution he established with Charcot, Breuer and Fliess. And the principal references were the agnosticism and the physicalism,in relation to what it concerns the form by which he finally distanced himself. / Esta dissertação tem por objetivo compreender o percurso de Freud em sua elaboração da noção de inconsciente, perceber de que maneira ele chega até essa noção crucial para a fundação do saber psicanalítico. Para alcançar esse objetivo decidi abordar os modelos e os referentes de Freud. Os principais achados com relação aos modelos que tiveram maior peso em sua elaboração do inconsciente foram sua clínica com as histéricas, bem como seu confronto com as idéias vigentes sobre essa afecção, seu contato com a hipnose e a interlocução que estabeleceu com Charcot, Breuer e Flies. E os principais referentes foram o agnosticismo e o fisicalismo, no que concerne à forma como ele findou se afastando deste.
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A subjetivação da criança escolar : um estudo sobre o tempo de latênciaDrügg, Angela Maria Schneider January 2007 (has links)
A presente pesquisa consiste num estudo sobre o processo de constituição psíquica da criança em idade escolar a partir do conceito tempo de latência, buscando articulá-lo ao processo de escolarização da infância. Situa o conceito no conjunto da obra freudiana desde seus primeiros trabalhos sobre as neuroses e a sexualidade infantil, passa pelo período de formulação da teoria das pulsões, localiza-o no contexto da teoria estrutural e, igualmente, nas reflexões de Freud acerca das relações entre natureza e cultura. Em sucessão, verifica os desdobramentos que o conceito tem na obra de reconhecidos psicanalistas que se dedicaram à análise de crianças, como Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff e Françoise Dolto, culminando com uma leitura do tempo de latência como um tempo lógico a partir do enfoque lacaniano. Enquanto tempo lógico infere que a latência não decorre de um processo natural, desencadeado pelo organismo, e sim pela demanda do Outro. Nesse sentido procura vinculá-lo às transformações culturais da modernidade, entre estas o processo de escolarização da infância. Sustenta que a escolarização favorece a constituição do tempo de latência, na medida em a escola se organiza como o espaço social destinado à criança, distanciando-a do ambiente familiar sem, no entanto, incluí-la no mundo adulto, ao mesmo tempo em que possibilita formas de sublimação. Entendendo o tempo de latência como uma produção do laço social, cogita que novas transformações na cultura podem extingui-lo enquanto tempo constitutivo. Aponta que fraturas na sustentação do trabalho psíquico deste tempo constitutivo aparecem em algumas formações clínicas, como a inibição intelectual e a fobia escolar. / The research consists of a study on the process of psychic constitution of the child in school age from the concept of latency time, searching the education process of infancy. It points out the concept in the set of the Freudian workmanship since the first works on the neuroses and the infantile sexuality, passes for the period of formularization of the drive theory, still locates it in the context of the structural theory and in the reflections of Freud about the relations between nature and culture. To leave of this, it verifies the unfoldings that the concept has in the workmanship of recognized psychoanalysts who had dedicated themselves to analyze of children as Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff and Françoise Dolto, culminating with a reading of the latency time as a logical time from the lacanian approach. While logical time understands that the latency does not elapse of a natural process, unchained for the organism, and yes for the demand of the Other. In this direction it searches to tie it to the cultural transformations of modernity, between these the education process of infancy. It supports that the education favors the constitution of the latency time, in the measure where the school is organized as the social space destined to the child, distancing itself of the familiar environment without, in meanwhile include them in the adult world, at the same time where it makes possible subliming forms. Understanding the latency time as a production of the social bow, it cogitates that new transformations in the culture can extinguish it while constituent time. It points that breakings in the sustentation of the psychic work of the latency appear in some clinical formations as the intellectual inhibition and the pertaining to school phobia.
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A subjetivação da criança escolar : um estudo sobre o tempo de latênciaDrügg, Angela Maria Schneider January 2007 (has links)
A presente pesquisa consiste num estudo sobre o processo de constituição psíquica da criança em idade escolar a partir do conceito tempo de latência, buscando articulá-lo ao processo de escolarização da infância. Situa o conceito no conjunto da obra freudiana desde seus primeiros trabalhos sobre as neuroses e a sexualidade infantil, passa pelo período de formulação da teoria das pulsões, localiza-o no contexto da teoria estrutural e, igualmente, nas reflexões de Freud acerca das relações entre natureza e cultura. Em sucessão, verifica os desdobramentos que o conceito tem na obra de reconhecidos psicanalistas que se dedicaram à análise de crianças, como Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff e Françoise Dolto, culminando com uma leitura do tempo de latência como um tempo lógico a partir do enfoque lacaniano. Enquanto tempo lógico infere que a latência não decorre de um processo natural, desencadeado pelo organismo, e sim pela demanda do Outro. Nesse sentido procura vinculá-lo às transformações culturais da modernidade, entre estas o processo de escolarização da infância. Sustenta que a escolarização favorece a constituição do tempo de latência, na medida em a escola se organiza como o espaço social destinado à criança, distanciando-a do ambiente familiar sem, no entanto, incluí-la no mundo adulto, ao mesmo tempo em que possibilita formas de sublimação. Entendendo o tempo de latência como uma produção do laço social, cogita que novas transformações na cultura podem extingui-lo enquanto tempo constitutivo. Aponta que fraturas na sustentação do trabalho psíquico deste tempo constitutivo aparecem em algumas formações clínicas, como a inibição intelectual e a fobia escolar. / The research consists of a study on the process of psychic constitution of the child in school age from the concept of latency time, searching the education process of infancy. It points out the concept in the set of the Freudian workmanship since the first works on the neuroses and the infantile sexuality, passes for the period of formularization of the drive theory, still locates it in the context of the structural theory and in the reflections of Freud about the relations between nature and culture. To leave of this, it verifies the unfoldings that the concept has in the workmanship of recognized psychoanalysts who had dedicated themselves to analyze of children as Melanie Klein, Anna Freud, Donald Winnicott, Charles Sarnoff and Françoise Dolto, culminating with a reading of the latency time as a logical time from the lacanian approach. While logical time understands that the latency does not elapse of a natural process, unchained for the organism, and yes for the demand of the Other. In this direction it searches to tie it to the cultural transformations of modernity, between these the education process of infancy. It supports that the education favors the constitution of the latency time, in the measure where the school is organized as the social space destined to the child, distancing itself of the familiar environment without, in meanwhile include them in the adult world, at the same time where it makes possible subliming forms. Understanding the latency time as a production of the social bow, it cogitates that new transformations in the culture can extinguish it while constituent time. It points that breakings in the sustentation of the psychic work of the latency appear in some clinical formations as the intellectual inhibition and the pertaining to school phobia.
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