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Gestão da Atenção Básica por Organizações Sociais de Saúde no Município de São Paulo: uma análise micropolítica / Management of Basic Care by Social Organizations in Health in the city of São Paulo: a micropolitical analysis.

Bragagnolo, Larissa Maria [UNIFESP] 26 June 2017 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2018-06-04T19:14:39Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2017-06-26 / Introdução: Esta investigação teve como foco a gestão do trabalho na Atenção Básica realizado em duas unidades básicas de saúde gerido por duas Organizações Sociais em Saúde distintas. Objetivo: analisar a gestão de duas UBS do município de São Paulo administradas por OSS. Método: pesquisa qualitativa, do tipo estudo de casos múltiplos, de natureza cartográfica, feita por meio de observação participante em duas UBS do município de São Paulo, com produção de diários de campo, com registros de cenas observadas no cotidiano do trabalho. Utilizou-se também os dois seminários compartilhados realizados com os atores das UBS estudadas. Para a análise do material foi utilizado o conceito de “planos de visibilidade”, qual seja, aquilo que vai se destacando ou que vai se tornando visível/dizível, a partir das conexões das cenas de “natureza” semelhante registradas nos diários. O estranhamento das pesquisadoras pela equipe foi utilizado como um analisador das relações da equipe com as OSS. Resultados: os trabalhadores demonstram uma relação bem marcada com a OSS, que parte de um grande incômodo com as pesquisadoras de campo, e preocupam-se constantemente com a possibilidade das pesquisadoras serem parte de uma estratégia de controle e avaliação. Demonstram desconhecimento das estratégias de gestão aplicadas pelas OSS, e o gerencialismo fica evidente. Um mal-estar institucional fica exposto. Mesmo assim, os trabalhadores defendem este modelo de gestão e por isso ficam entre o medo e a confiança na relação com a empresa. Eles também apontam que a acentuada racionalização das práticas coloca o cuidado e o cumprimento dos números e metas em posições antagonistas. Contudo, apreciam o uso de ferramentas gerencialistas, na ilusão de que estas possam dar contorno a questões estruturais do trabalho em saúde. Isso os coloca num paradoxo: entre a autonomia e as metas permanentemente. Também pudemos observar que as gerentes, porta-vozes das OSS, possuem um discurso de valorização dos números, e fazem a gestão das UBS baseada nas metas de produtividade impostas pelos instrumentos de gestão da relação OSS/Prefeitura Municipal. Dada a intensa utilização de ferramentas gerencialistas o trabalho se assemelha à lógica empresarial, e assim os porta-vozes apresentam um discurso que não vai além do senso comum sobre o SUS, e também certa externalidade. Além de uma identificação e pertencimento maior com o ente privado que em relação ao ente público, se posicionam e disputam o modelo de gestão por OSS. Também pudemos identificar singularidades e regularidades entre as OSS, pois se assemelham na gestão gerencialista, e no aprofundamento do empresariamento, mas se diferenciam naquilo que representam para seus trabalhadores. Ficam em aberto questionamentos a respeito da legitimidade desse SUS produzido nas UBS geridas por OSS e das possíveis iniquidades em saúde a partir de estruturas organizativas tão matizadas. / Introduction: This research focuses the work management in primary care in two basic healthcare units (UBS) done by two different Social Health Organizations (OSS). Objective: analyze the management of two UBS in the municipality of São Paulo managed by OSS. Method: qualitative research, multiple case study type, of a cartographic nature made through participant observation in two UBS in the municipality of São Paulo that resulted in a field journal composed by registers of scenes observed in everyday work. Two shared seminaries held with the subjects of the UBS that are the study object were also adopted. For the material analysis, it was used the “visibility plans” concept, which is something that becomes more prominent or visible/sayable from the scene connections of similar “nature” registered in the journals. The researchers’ estrangement from the team was used as an analyzer of team relations with OSS. Results: the professionals show a well-established relationship with OSS which starts from a big disturbance related the field researchers, and constantly worry about the possibility of the researchers to take part of a control and evaluation strategy. Those professionals are ignorant of the management strategies adopted by OSS, and managerialism is evident. An institutional malaise is exposed, even so professionals support this management model that is why are placed between fear and trust in the relationship with the company. Those professionals also point out that a pronounced rationalization of the practices places care as well as numbers and goals accomplishments in antagonistic positions. However, the professionals estimate the managerialism tools with the illusion they will get past structural issues of health work. This situation constantly places those professionals in a paradox between autonomy and goals. It was also possible to observe managers, the OSS’s spokespeople, having a discourse of valuing numbers and managing UBS based on productivity goals imposed by management instruments of the relationship between OSS and city council. Due to intense adoption of managerialism tools, work is like business logic so the spokespeople support a discourse which does not go beyond common sense about Sistema Único de Saúde (SUS) as well as certain externality. In addition to an identification and greater belonging with public entity they take a position and dispute the OSS management model. It was also possible to identify singularities and regularities among OSS because they are similar when it comes to managerial management and deepening of the entrepreneurship, however they differ in what they represent for their workers. Questionings about the legitimacy of that SUS produced in UBS managed by OSS and possible iniquities related to health from very complex organizational structures are now open. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Entre a intenção e o ato: uma análise da política de contratualização dos hospitais de ensino (2004-2010) / Between the act and intention: a policy analysis contracting of teaching hospitals (2004-2010)

Chioro dos Reis, Ademar Arthur [UNIFESP] 22 February 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:01Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-02-22 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Introdução: o Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino, que compreende a certificação e contratualização desses estabelecimentos, implantado em 2004 pelo Governo Federal, é uma das estratégias para o enfrentamento da crise do setor, ao estabelecer novos modos de financiamento, de gestão e de articulação desses hospitais com o sistema de saúde, mediante contrato de gestão com o gestor local do SUS. Metodologia: o estudo foi realizado em quatro hospitais pertencentes ao primeiro grupo contratualizado já em 2004, de diferentes regimes jurídicos, selecionados por sorteio. Teve como motivação inicial analisar possíveis mudanças decorrentes dessa política governamental no cotidiano dos hospitais de ensino, procurando caracterizar o posicionamento dos diferentes atores institucionais frente a ela, o protagonismo dos gestores e as dificuldades na sua implementação. Para tanto, foram realizadas análise documental e 32 entrevistas envolvendo dirigentes hospitalares, gestores do SUS e dos ministérios responsáveis pela formulação e condução da política de contratualização. Análise de implicação: na condução do estudo, a implicação do autor (que coordenou o processo de formulação e implementação inicial da política ) com o objeto em estudo é tratada de forma explícita. O desafio metodológico central foi conseguir um “deslocamento epistemológico” da posição de sujeito em situação de governo ocupado no passado para a de sujeito epistêmico, tratando de forma explícita essa “relaçãocontaminação”, e procurado construir “relações alteritárias” que possibilitassem compreender a contratualização sob a perspectiva dos atores responsáveis pela sua efetiva implementação. Análise dos dados: a partir da construção de categorias empíricas-espelho (por simplesmente “refletirem” elementos contidos na grade avaliativa da política), e categorias-novidade (constituída por aspectos não previstos na formulação original da política), foram montadas equações para cada hospital, compostas sempre pelas mesmas categorias, mas denotando-se as intensidades distintas que iam assumindo, bem como as diferentes forças de ligação entre elas. A análise foi efetuada em três planos analíticos distintos. O primeiro contém uma caracterização de mudanças ocorridas a partir da contratualização, tomando-se como referência as diretrizes da política para a assistência, gestão, educação em saúde e avaliação e incorporação tecnológica. No segundo, são analisadas as apostas que estiveram implícitas na formulação da contratualização, buscando aí indicações sobre suas bases teórico-conceituais não explícitas. No terceiro, já em nível maior de abstração, desenvolve-se uma reflexão teórica sobre o tema da razão e racionalidade na modernidade, buscando conexões com a racionalidade instrumental presente no paradigma estrutural-funcionalista hegemônico nos estudos e intervenções organizacionais, e, como apontado pelo estudo, na própria formulação da política de contratualização dos hospitais de ensino. Resultados: No primeiro plano analítico, a face mais visível dos avanços proporcionados pela contratualização foi a mudança no perfil de financiamento, resultando em equilíbrio econômico-financeiro e o enfrentamento do endividamento, embora com intensidades e reflexos distintos para os hospitais estudados. No entanto, diretrizes para o ensino, educação permanente, pesquisa e incorporação tecnológica, fundamentais para a produção do novo hospital de ensino, foram finalidades claramente “esquecidas” na implementação da política, que também não foi capaz de proporcionar mudanças consideráveis em relação à qualificação da gestão e da assistência. Num segundo plano analítico, é feita a análise das apostas implícitas da política e seus diferentes graus de realização. A expectativa de indução de uma nova racionalidade gerencial a partir de uma política governamental, ao subestimar a complexidade da micropolítica dos hospitais de ensino, não se concretizou. Os arranjos de participação idealizados, fortemente inspirados na produção de autores que enfatizam a necessidade de “constituição de sujeitos coletivos”, através da horizontalização e democratização das relações entre trabalhadores, usuários e gestores, encontram dificuldades em sua operacionalização, não alcançando produzir uma nova lógica de gestão dos hospitais de ensino. Assim, a política de contratualização termina por reproduzir o comportamento conservador que caracteriza a gestão pública, uma racionalidade instrumental que dá ênfase ao ato administrativo e à normatização excessiva. No terceiro plano analítico, é feita uma discussão teórica sobre o conceito de razão na modernidade, em particular do que tem sido denominado, desde Max Weber, como a “crescente racionalização da sociedade”. É em tal moldura teórico-conceitual que se busca inteligibilidade para o que tem sido denominado de racionalização crescente das práticas médico-hospitalares, caracterizada pelo ideal de funcionamento de hospitais “científicos”, eficientes, previsíveis e, parametrizados pelo mercado e seus critérios de competição e sobrevivência. Este novo “hospital racionalizado” traduz o “hospital dos sonhos” de todos os dirigentes entrevistados, seja no setor público ou privado que, de modo surpreendente, identificam, em boa medida, como sendo o hospital desejado pela política de contratualização! Tudo isso nos alerta para a complexidade inerente à formulação de políticas governamentais, em particular o momento de sua implementação por atores em suas condições concretas de atuação. Impõe-se como pauta, portanto, estudos e intervenções que possam disputar outros sentidos para a gestão hospitalar, que não sejam aqueles moldados pela racionalidade instrumental que vai se estabelecendo como a única e triunfante racionalidade possível, colocando em tela o enfrentamento teórico e político da acachapante funcionalização e homogenização dos modos de se fazer a gestão e sua verdade única. Voltando ao início: conclui-se o estudo com reflexões do autor que, já no final do estudo, e por circunstâncias políticas e profissionais, deparou-se com novo deslocamento, desta vez para a posição de gestor local do SUS, ao ser o responsável por implementar em ato a política de contratualização em hospitais de ensino da cidade. / Introduction: The Teaching Hospital Restructuring Program, comprising hospital-related certification and configuration of agreements, was introduced in 2004 by the Brazilian Government. It is one of the strategies to handle the crisis in this sector as it brings forth new funding, management and relationship standards between teaching hospitals and the health system by executing agreements with the local manager of the Brazilian National Health Care System (Sistema Único de Saúde – SUS). Methodology: the research was carried out in four hospitals belonging to the first group to enter into an agreement in 2004 under different legal regimes and selected through a drawing process. The initial motivation was to analyze possible changes found in the daily life of the teaching hospitals deriving from such government policy, in an attempt to characterize the role played by different institutional actors towards this policy, in addition to managers’ protagonism and the difficulties found in its implementation. Therefore, documents were analyzed and 32 interviews were performed with hospital managers, SUS managers, and managers from the federal ministries responsible for the formulation and performance of the contracting policy. Implication Analysis: The author’s implication with the object of study is openly dealt with as the research is conducted (The author coordinated policy formulation and initial implementation). The main methodological challenge was getting through an “epistemological displacement” from the governmental position occupied by the subject in the past to the actual position of an epistemic subject in order to explicitly deal with such “contamination-relationship” and try to construct “alterity relationships” that might lead to understanding the configuration of agreements as viewed by the actors who were responsible for its effective implementation. Data Analysis: starting from the construction of empirical mirror-categories (as they merely “reflect” elements contained in the policy evaluation grid) and novelty-categories (encompassing unpredictable aspects in the original policy formulation), equations were thought of for each hospital. These equations always comprised the same categories, though denoting the different intensities that they would gradually present, as well as different connecting forces between them. The analysis was accomplished within three different analytical plans. The first contains a characterization of changes occurred as the configuration of agreements began. The political guidelines regarding assistance, management, education in health, technological evaluation and incorporation were taken as a point of reference. The second plan analyzes the bets that were implicit placed during the formulation of the configuration of agreements, when indications about its non-explicit theoretical-conceptual bases were pursued. Now, on a deeper abstractional level, the third plan develops a theoretical reflection on the theme of reason and rationality in modern times, in an attempt to find connections with the instrumental rationality found in the hegemonic structural-functionalist paradigm of organizational studies and interventions and, as pointed by the study, in the formulation of the teaching hospital agreement configuration policy itself. Results: In the first analytical plan, the most visible progress made by the configuration of agreements was the change in the funding profile, resulting in financial as well as economic balance and the fight against indebtedness, although with diverse intensities and reflections for the hospitals under study. However, guidelines for teaching, permanent education, technological incorporation and research, which were fundamental for the production of a new teaching hospital, stood for clearly “forgotten” purposes as the policy was introduced. In addition, it was not capable of providing considerable changes in relation to management and health care qualification. A second analytical plan provides the analysis of the implicit political bets and their different accomplishment rates. The expectation of inducing a new management rationality from a government policy was not fulfilled as the complexity of the teaching hospital micropolitics was underestimated. The idealized participation arrangements that were strongly inspired in the production of actors – who emphasized the need to “constitute collective subjects” through the horizontalization and democratization of relationships among workers, users and managers – are faced with operational difficulties so they do not produce a new management logic for the teaching hospitals. Therefore, the contracting policy ends up reproducing the usual conservative behavior found in public management – a specific, instrumental rationality that emphasizes administrative action and excessive standardization. The third analytical plan promotes a theoretical discussion about the concept of reason in modern times, particularly about what has been called, since Max Weber, as the “increasing rationalization of society”. It is within such a theoretical-conceptual frame that intelligibility towards the so-called increasing rationalization of medical-hospital practices is searched for. This is characterized by the ideal operation of hospitals known as "scientific", efficient, predictable, and parameterized by the market and its criteria of competition and survival. This new “rationalized hospital” presents the “dream hospital" of all interviewed managers, either in public or private sectors, as they surprisingly identified it as being the hospital desired by the contracting policy! All that points to the complexity that is inherent to the formulation of governmental policies, mainly the moment of their implementation by actors in their real acting conditions. Studies and interventions are therefore critical to dispute other senses for hospital management. These should not be the ones as shaped by instrumental rationality, which goes on establishing a unique and triumphant possible rationality, bringing forth the theoretical as well as political fight against the extreme functionalization and homogenization of the ways to promote management and its unique truth. Back to the Start: the study is concluded through reflections presented by the author, who was faced into a new displacement at the end of the research, due to political as well as professional reasons, this time as a local SUS manager, as he became responsible for the introduction – in act – of a configuration of agreements policy in local teaching hospitals. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Infusão de imunoglobulina intravenosa em crianças com imunodeficiência primária: bases legais e contribuição da evidência científica na organização dos procedimentos operacionais

Santos, Antonio Eduardo Vieira dos January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-11T16:47:17Z (GMT). No. of bitstreams: 4 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 67116.pdf: 2298128 bytes, checksum: 91d0e7f852b6451a9d7e8374ce393983 (MD5) 67116.pdf.txt: 502782 bytes, checksum: 0d13492e72b937cf9787dbc7098ce2e8 (MD5) 67116.pdf.jpg: 1540 bytes, checksum: d1304f080dc5009c8c1b9302aceb4882 (MD5) Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, 2012. / Pacientes com imunodeficiência primária (IDP) são tratados por toda a vida com imunoglobulina intravenosa (IGIV), um hemoderivado caro, limitado e cuja demanda é crescente. A infusão de IGIV comporta grande número de aspectos técnicos especializados indispensáveis para evitar complicações. No Brasil, o Sistema Único de Saúde viabiliza acesso a este tratamento de alto custo, porém inexistem diretrizes governamentais que orientem esse procedimento. Essa Tese de Doutorado teve como objetivos analisar a legislação que regulamenta uso de IGIV em crianças com IDP e repertoriar as melhores evidências disponíveis na literatura para infusão de IGIV nesses pacientes. Inicialmente foi realizada busca sistemática nas bases da legislação brasileira, cuja análise revelou que a mesma é apoiada por estudos de bom grau de recomendação e nível de evidência. Contudo, aspectos legais importantes para infusão de IGIV não são bem esclarecidos (atribuições, responsabilidades e critérios de avaliação infusional, normas de infusão, monitorização de eventos adversos) e seu enfoque não minimiza riscos nem desperdício de IGIV. Para o segundo objetivo foi realizada revisão sistemática que recuperou grande quantidade de referências relacionadas ao tema em geral, porém, poucas relativas às práticas e diretrizes de infusão, especificamente para a Enfermagem. Os aspectos mais relevantes encontrados nos artigos estavam centrados na avaliação do paciente, com foco no reconhecimento, manejo e prevenção de reações adversas. A síntese qualitativa permitiu elaboração, pela primeira vez em língua portuguesa e dirigida ao profissional de Enfermagem, de diretrizes que cobrem os aspectos mais essenciais do procedimento de infusão de IGIV em pacientes com IDP.
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Gestão compartilhada em saúde : o estudo de caso de uma unidade de atenção primária à saúde em Porto Alegre, RS

Torres, Aline Arrussul January 2011 (has links)
A Gestão Compartilhada utilizada em alguns serviços de saúde é um modelo de gestão alternativo ao modelo hegemônico vigente, centrado na figura de um “chefe” que detém o conhecimento e o poder de decisão da condução do processo de trabalho. Este estudo objetiva descrever a experiência de Gestão Compartilhada desenvolvida na Unidade de Saúde Jardim Itu (USJI), Serviço de Saúde Comunitária, Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, além de descrever a percepção dos profissionais da equipe e das lideranças comunitárias (conselheiros locais de saúde) sobre esta experiência. Os dados foram coletados através de três Grupos Focais, formado por trabalhadores com nível de escolaridade superior no cargo que ocupam, por trabalhadores com nível de escolaridade médio no cargo e por conselheiros locais de saúde, respectivamente. Os dados coletados nos grupos focais seguiram o princípio de saturação - categorias de análise foram estabelecidas a priori e outras que emergiram a partir da coleta de dados. Observou-se no estudo que os sujeitos apresentam diferenças substantivas entre suas percepções. Os sujeitos-trabalhadores referem em sua maioria muitos avanços, com processos de trabalho tornados mais produtivos e satisfatórios. Já os sujeitos-usuários, representados pelos conselheiros locais de saúde, sentem o peso do “desconhecimento” do processo, sentindo-se a parte de várias decisões. Na Gestão Compartilhada, é necessário qualificar os espaços de tomada de decisão, valorizando a autonomia dos sujeitos, desde a idealização até a concretização do fazer em saúde, requerendo o envolvimento contínuo de todos com este ideal. No referido estudo observou-se que a Gestão Colegiada não atinge em sua totalidade os objetivos a que se propõe. Investimentos nos trabalhadores, gestor e usuários, que visem à reflexão e incorporação de tecnologias sobre o modelo pretendido ainda são caminhos a serem percorridos. / Shared Health Management practiced in some health services is a management tool used as an alternative to the hegemonic valid model, which has a chief figure that has all the knowledge and decision power for conducting work processes. This paper describes the shared management experience developed at Itu Health Center, a part of the Community Health Services of Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS. It also describes the team members and the community leaders (local health counselors) perceptions about this experience; identifies the existence of processes that takes into account sharing responsibilities in tasks; organize the decision making process and its implication on daily work and describes professional interaction on work processes, satisfaction level and new senses acquired. Data was obtained through 3 focal groups; the first comprised by health workers which have higher schooling in the job they carry; the second group comprised by health workers which have medium schooling in the job they carry; and the last comprised by local health workers. The analysis of data collected on focal groups followed the principle of saturation sampling. Categories for analysis were established a priori and also others that emerged from the data collected. It was observed that the subjects have significant differences in their perceptions however; the health workers in its majority perceive a huge progress that qualified the work, turning it in a more productive and satisfactory process. Yet the user subjects, represented by the local health counselors sense the weight of “unawareness” feeling apart of many decisions. In this study it was observed that sharing managent as a whole does not reach the goals that are proposed. Investments in workers, managers and user, aimed at reflection and incorporation of technology on the desired model are still paths to be followed.
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Práticas entre saúde mental e atenção básica : coletivos como dispositivos de resistência na intercessão apoio-formação

Lima, Ana Paula de January 2015 (has links)
Essa pesquisa de mestrado explorou o tema do Apoio na Atenção Básica, a partir da participação na Pesquisa de Saúde Mental na Atenção Básica e de experienciações de coletivos com práticas de Apoio na rede de saúde de Porto Alegre (Brasil). Ao colocar em análise as práticas/discursos no campo da Saúde, pensando a gestão da saúde a partir do Sistema Único de Saúde, foi possível estabelecer um diálogo entre as políticas públicas de Saúde Mental, Atenção Básica e Humanização. A metodologia da pesquisa-intervenção sustenta o estudo que traçou uma cartografia de práticas de Apoio em Saúde Mental na Atenção Básica, tomando como intercessores os conceitos de: Apoio em Campos, Prática, em Foucault; Cartografia, em Deleuze & Guattari; e Micropolítica do trabalho em saúde, a partir da teoria do trabalho vivo de Merhy. As Reformas Sanitária e Psiquiátrica são apresentadas como campo de lutas transversais – pela Vida e pela Cidadania – em articulação com a Saúde Coletiva como campo das práticas em suas relações com a produção do conhecimento e a Formação em saúde. As experiências compõem esse percurso como registro de processos coletivos de fazeres em saúde, de modo a dar visibilidade e dizibilidade a essas práticas, restituindo sua dimensão histórica nos cenários de produção do SUS na cidade – como memória coletiva. O Apoio é apresentado como produção coletiva, que aposta em produzir autoanálise e interrogar a gestão em saúde, funcionando como dispositivo de resistência frente à normatização do trabalho em saúde e colocando em análise as práticas em saúde – produzindo efeitos de (des)institucionalização. Ao traçar mapas de processos coletivos dos fazeres em saúde a partir das experiências, apontamos as práticas em saúde na cidade, que indicaram relações intercessoras entre Apoio e Formação, sustentando um Apoio que se constitui a partir de vetores-dobras da atenção, gestão e formação em Saúde. / This study discussed Support in Primary Care, based on the participation in the Mental Health Research on Primary Care and collective experiences as Support practices in the Health system of Porto Alegre (Brazil). When analyzing the practices/discourses in the Public Health System (SUS) it is possible to connect the public policies of Mental Health, Primary Care and Humanization. By the use of interventional research, the study drew a mapping of Support practices in Mental Health, taking the concepts of: support, in Campos; practice, in Foucault; mapping, in Deleuze & Guattari; and micropolicy in Health work, from the theory of living work, in Merhy. The Health Reform and the Psychiatric Reform are presented as a field of transversal struggles – for Life and Citizenship – joining the Public Health as a practice field, in its relations with the production of knowledge and the Health Training. The experiences compose this route as a record of collective processes of doing in health, in order to provide visibility and voice to these practices, restituting its historical dimension within the Public Health System in the city – as a collective memory. The Support is presented as collective production that attempts to generate self-analysis and to question management in Health, working as resistance device to the norming of the Health work and questioning the Health practices – producing effects of (de)institutionalization. By drawing maps of collective processes in the health doings, we point the health practices in the city that indicate intercessor relations between Support and Training, showing a Support that is formed from vectors-folds of Care, Management and Training in Health.
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Melhorias de processos : integrando princípios da produção enxuta e dos sistemas complexos em um hospital

Rosso, Caroline Brum January 2016 (has links)
A crescente demanda por serviços de saúde, juntamente com a necessidade de proporcionar um cuidado com qualidade e com segurança, trazem desafios para as instituições que trabalham nessa área. Buscando-se soluções para esse problema, hospitais vêm aderindo a filosofia Lean Healthcare (LH), contudo é necessário ressaltar a dificuldade que essas aplicações podem ter, em longo prazo, por ser uma abordagem distinta da gestão tradicional e não levar em consideração a natureza complexa da saúde. Esse estudo buscou em desenvolver um Framework para análise e intervenção em Sistemas Complexos (SC), por meio da integração entre princípios de gestão de sistemas enxutos e princípios da ciência da complexidade. Para isso, lançou-se mão de métodos, como mapeamento de fluxo de valor, mapeamento de processos e Functional Resonance Analysis Method (FRAM). O Framework proposto estruturou-se em 6 etapas, sendo construído por meio da Design Science Research. O estudo aplicado ocorreu em um hospital universitário na análise do fluxo do paciente grave do Serviço de Emergência para a Unidade de Terapia Intensiva. Como resultado dessa aplicação, foi possível identificar 16 problemas nesse fluxo, propondo-se um plano de ação para um dos problemas e simulando os potenciais impactos por meio da utilização do FRAM. Concluiu-se que é possível unificar as visões de LH e de SC, gerandose uma visão aprofundada dos problemas enfrentados no cotidiano dos serviços da saúde, criando meios para intervenções mais seguras e que proporcionem maior qualidade no cuidado prestado ao paciente. / The increasing demand for healthcare, altogether with the necessity to provide quality and secure care, bring challenges for institutions in this domain. Pursuing solutions for this problem, hospitals are implementing Lean Healthcare (LH) philosophy, although, it is important to consider difficulties that this application might have in a long term. This is due to the fact LH differs from a tradition approach and does not take in consideration the complex nature of healthcare systems. This study sought to develop a Framework for analysis and intervention in Complex Systems (CS) through integration of principals from Lean Production Management and Complex Science. In this way, methods such as Value Stream Mapping, Process Mapping, and Functional Resonance Analysis Method (FRAM) were used. The proposed Framework had six stages, been based in Design Science Research. The Framework application took place in an university hospital, focusing in the critically ill patients flow from the emergency service to the intensive therapy unit. As a result, it was possible to identify 16 problems in the flow and an action plan was proposed for one problem using FRAM for potential impacts simulation. In conclusion, the integration of LH and CS was possible, generating a deeper understanding of day-by-day problems in healthcare, creating means for secure interventions and allowing more quality in patient care.
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A educação a distância como ferramenta para abordar a gestão orçamentária e financeira da saúde

Motta, Iuday Gonçalves January 2017 (has links)
A Educação a Distância (EaD) tem se transformado à medida que as tecnologias de informação e comunicação se desenvolvem e são incorporadas no ensino. Estimula uma aprendizagem interativa, em processo de consolidação e expansão. Neste contexto, este estudo objetiva apresentar uma proposta de curso na modalidade EaD com enfoque na gestão orçamentária e financeira dos recursos da saúde por meio de um termo de referência, documento que descreve elementos educacionais organizados em um quadro demonstrativo com itens justificados a partir do referencial teórico. Tal iniciativa considera a necessidade de preparar gestores/as e demais agentes para atuarem com segurança nos processos de tomada de decisão quanto à aplicação dos recursos financeiros destinados à saúde. Para tanto, foi desenvolvida pesquisa bibliográfica para a construção do referencial teórico, organizado em quatro eixos: (i) a contextualização da educação a distância, seus princípios e modelos; (ii) abordagens pedagógicas e sistemáticas de desenvolvimento; (iii) organização, avaliação e custeio; e, por fim, (iv) experiências em EaD voltadas a profissionais da saúde. Como resultado, o termo de referência, produto desta Dissertação, foi estruturado em cinco eixos: (i) técnicas a serem utilizadas; (ii) gestão e organização do curso; (iii) sistemáticas de desenvolvimento; (iv) conteúdos a serem desenvolvidos; e (v) instrumentos de avaliação. Por fim, optou-se por enfatizar no termo de referência conceitos e metodologias que apresentassem sentido prático e aplicabilidade para favorecer o aprendizado de profissionais da saúde. Além disso, a estrutura do produto poderá ser empregada em outros cursos a depender do projeto político-pedagógico delineado. / Distance Education (DE) has been transformed as information and communication technologies develop themselves and are incorporated into education. It stimulates an interactive learning, in the process of consolidation and expansion. In this context, this study aims to present a course proposal in the DE mode with a focus on the budgetary and financial management of health resources by means of a reference term, a document that describes educational elements organized in a demonstration frame with items justified from the theoretical referential. This initiative considers the need to prepare managers and other agents to act safely in the decision-making processes regarding the application of financial resources for health. For that, a bibliographical research was developed to construct the theoretical framework, organized in four axes: (i) the contextualization of distance education, its principles and models; (ii) pedagogical and systematic approaches to development; (iii) organization, evaluation and costing; And, finally, (iv) experiences in DE aimed at health professionals. As a result, the term of reference, the product of this Dissertation, was structured in five axes: (i) techniques to be used; (ii) management and organization of the course; (iii) development systematic; (iv) content to be developed; And (v) evaluation tools. Finally, it was decided to emphasize in the reference term concepts and methodologies that presented practical meaning and applicability to favor the learning of health professionals. In addition, the structure of the product can be used in other courses depending on the political-pedagogical project outlined.
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Conselhos de saúde : a percepção dos membros do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS) quanto a este modelo de controle social

Alessio, Maria Alice Gabiatti January 2016 (has links)
Existe um consenso que o modelo atual de Conferências de Saúde se esgotou e questionamentos quanto à efetividade do controle social efetuado via Conselhos de Saúde. Objetivo: Descrever a percepção dos membros do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS) quanto ao modelo de controle social por meio de conselhos de saúde. Métodos: Entrevistas semiestruturadas com representantes titulares dos quatro segmentos do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS), realizadas em 2016. Resultados: Embora com graus diferentes de problematização, todos os entrevistados percebem que o modelo de conselhos para o controle social na saúde urge aprimoramento e que a realidade do CES/RS é semelhante aos demais conselhos no país. Os mecanismos percebidos como falhos pelos entrevistados e que deveriam ser aprimorados relacionam-se, principalmente: ao quadro de conselheiros; ao imperativo de maior reconhecimento, flexibilidade e integração do órgão; e, à necessidade de um modelo fortalecido e que cumpra integralmente suas atribuições com efetiva representatividade. Como pontos positivos, quase que por unanimidade, convenciona-se destacar a existência dos conselhos como uma conquista social. Ao se buscar a existência de proposta alternativa à atual dos conselhos chegou-se à constatação do desconhecimento da existência de tais propostas pelos entrevistados, ainda que tenha sido percebida a necessidade de novo modelo. Conclusão: Segundo a percepção dos conselheiros entrevistados, semelhante aos relatos encontrados na literatura, são várias as dificuldades que os conselhos enfrentam enquanto órgãos de controle social. Neste contexto, sua adequação como modelo de democracia participativa deve ser, ao menos, interrogada. / There is a consensus that the current model of Health Conferences are exhausted and there are questions about the effectiveness of social control carried out through Health Councils. Objective: To describe the perception of members of the State Health Council of Rio Grande do Sul (CES/RS) regarding the model of social control through health councils. Methods: Semistructured interviews with representatives of the four segments of the State Health Council of Rio Grande do Sul (CES/RS), held in 2016. Results: Although with different degrees of questioning, all respondents realize that the advice model for social control in health improvement is urgent and that the reality of CES / RS is similar to other councils in the country. The mechanisms perceived as flawed by respondents and should be improved relate mainly: the advisory board composition; the need for greater recognition, flexibility and integration of the Council; and the need for a strengthened model that fully fulfills its attributions. As a positive point, almost unanimously, stands out the existence of councils as a social achievement. Regarding the existence of an alternative proposal to the current councils, it was verified the lack of knowledge of the existence of such proposals by the interviewees, even though the need for a new model was perceived. Conclusion: According to the perception of the counselors interviewed, similar to the reports found in the literature, the councils face several difficulties as a mechanism of social control. In this context, its adequacy as a model of participatory democracy must be at least questioned.
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Modelo de gerenciamento de projetos para a pesquisa clínica

Zanotto, Angelica Dutra January 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A globalização da pesquisa clínica no mundo está fortemente ligada ao processo de internacionalização e terceirização de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da indústria farmacêutica. A escolha do local de sua execução envolve considerações sobre custo, recrutamento de pacientes, infraestrutura e ambiente ético-regulatório em pesquisa científica. O Brasil tem cenário favorável para condução da pesquisa clínica por apresentar grande massa populacional, com população heterogênea, além de alta incidência de doenças, condições climáticas distintas, médicos capacitados, adequada estrutura de centros de pesquisas e, principalmente, observância dos princípios de boas práticas clínicas. Entretanto são escassos os dados de modelos de gerenciamento aplicados aos centros de pesquisa no país.Influenciada por esse contexto, esta dissertação propõe desenvolver um modelo para o gerenciamento de projetos de pesquisa no cenário público-privado e privado. MÉTODOS: Estudo transversal prospectivo com aplicação de um questionário específico para centros de pesquisa no país. Este instrumento avaliou a aplicação prática das dez áreas de conhecimento (gerenciamento da integração, do escopo, do tempo, de custos, de qualidade, de recursos humanos, de comunicações, de riscos, de aquisições e partes interessadas) do Project Management Body of Knowledge (PMBOK®) com relação à prática diária da pesquisa clínica nos centros de pesquisa do país. RESULTADOS: 55 centros responderam ao questionário completo. Em 37 deles (67,3%) o profissional com o cargo de gerente de projetos é inexistente; não há escritório de gerenciamento de projetos (EGP) em 41 centros (74,5%). O controle de despesas e receitas é realizado por 50 centros (90,9%), porém 28(50,9%) realizam avaliação da rentabilidade. Quanto ao gerenciamento da qualidade, 28 centros (50,9%) não têm parâmetros de qualidade implantados e 11 (40,7%) não realizam auditoria interna. Falhas de comunicação estão presentes em 48 centros (87,2%). A partir da avaliação da aplicação prática das dez áreas de conhecimento do Guia PMBOK® foi desenvolvido o modelo de gerenciamento de projetos com aplicabilidade dos conceitos, ferramentas e técnicas aos centros de pesquisa clínica.CONCLUSÕES: Com a aplicação deste modelo, é possível que os centros tenham uma melhor definição do escopo de cada projeto, que os custos e prazos possuam baixa margem de variabilidade, que se estabeleça uma boa comunicação entre as partes envolvidas e que o impacto econômico do gerenciamento possa ser reconhecido. / INTRODUCTION: The globalization of clinical research in the world is strongly linked to the internationalization and outsourcing process of research and development (R&D) of the pharmaceutical industry and the place of implementation choice involves considerations about cost, patient recruitment, infrastructure and ethical- regulatory framework in scientific research. Brazil has a favorable scenario for conducting clinical research because it has a large population, with a heterogeneous population, high incidence of diseases, different climatic conditions, trained physicians, adequate structure of research centers and mainly compliance with the principles of good clinical practice. However, data on management models applied to research centers in Brazil are scarce. Influenced by this context, this dissertation proposes to develop a model for the management of research projects, in the public-private and private scenarios. METHODS: This was a prospective cross - sectional study with the application of a specific questionnaire for research centers in the country. This instrument evaluated the practical application of the 10 areas of knowledge (management of integration, scope, time, costs, quality, human resources, communications, risks, acquisitions and stakeholders) of Project Management Body of Knowledge (PMBOK®) in relation to the daily practice of clinical research in the country's research centers. RESULTS: 55 centers answered the complete questionnaire. The professional with the position of project manager does not exist in more than half of the active centers in the country 37 (67.3%); there is no project management office (EGP) in 41 (74.5%) centers. The control of expenses and revenues is carried out by 50 (90.9%) centers; however, 28 (50.9%) carry out an evaluation of the profitability. Regarding quality management, 28 (50.9%) did not have quality parameters implanted and 11 (40.7%) did not perform internal audit. Communication failures are present in 48 (87.2%) centers. Based on the evaluation of the practical application of the 10 knowledge areas of the PMBOK® Guide, the project management model was developed with applicability of concepts, tools and techniques to clinical research centers. CONCLUSIONS: With the application of this model, it is possible that the centers have a better definition of the scope of each project, the costs and deadlines have a low margin of variability, a good communication between the parties is established and the economic impact of the management can be recognized.
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O paradoxo do território e os processos de estigmatização da AIDS na atenção básica em saúde

Zambenedetti, Gustavo January 2014 (has links)
Este estudo propõe uma análise da dimensão paradoxal do território e dos processos de estigmatização da Aids no contexto da Atenção Básica, mostrando os tensionamentos entre a proposição de políticas de saúde, o trabalho das equipes de saúde e os modos de vida da população. Entendemos que esse elemento paradoxal do território na articulação Aids – Atenção Básica não encerra um sentido único, mas que ali coexistem sentidos múltiplos e contraditórios que devem ser considerados na implementação de políticas públicas para esta área. A pesquisa que dá subsídios à construção desta tese busca compreender as tensões emergentes na relação entre os processos de estigmatização e o território no decorrer da descentralização do cuidado em HIV-Aids para a Atenção Básica no município de Porto Alegre-RS. A abordagem teórico-metodológica reuniu as contribuições de autores como Michel Foucault, Erving Goffman, Gilles Deleuze e René Lourau. A pesquisa teve como participantes usuários e trabalhadores de uma unidade da Estratégia Saúde da Família, além de representantes da equipe de matriciamento, da gestão municipal da política de DST-Aids e do Conselho Local de Saúde, com os quais foram realizadas entrevistas e/ou grupos focais, além de observação participante. Apresentamos uma caracterização dos procedimentos de descentralização, segundo a perspectiva dos participantes, destacando os tensionamentos, receios e movimentos de aderência a tal processo. Colocamos em evidência a atualidade dos processos de estigmatização relacionados à Aids a partir de quatro linhas concernentes aos modos de subjetivação: 1) os processos de visibilidade/invisibilidade, 2) a sobreposição de espaço-tempo, 3) a familiaridade com a Aids e 4) a familiaridade com os óbitos relacionados à Aids. Estes modos de atualização do estigma podem ser agrupados em três variações discursivas em torno da Aids: a estigmatização, a banalização e a politização do diagnóstico de Aids. Procuramos problematizar a noção de território e os seus tensionamentos na atenção em HIV-Aids, explorando os discursos que remetem à fixidez, à flexibilidade e/ou à interrogação da relação entre estigma e território. Os dados apresentados apontam para o elemento paradoxal do território nas ações de aconselhamento/teste na unidade de saúde, mostrando que a proximidade com o serviço de saúde tanto facilita quanto dificulta o acesso de alguns segmentos da população. / This study proposes an analysis of the paradoxical dimension of territory and of the stigmatization processes of AIDS in the context of Primary Health Care, emphasizing the tension between the health care politics propositions, the work of the health care teams and the way of life of the population. As we understand, such paradoxical element of the territory in the articulation Aids – Primary Health Care does not convey only one sense, but multiple and contradictory senses simultaneously, that should be considered in the implementation of public policies regarding such matter. The research that subsidizes the construction of the thesis aims to comprehend the emerging tensions of the relation between the processes of stigmatization and the territory, along the process of decentralization of care regarding HIV-Aids, in Primary Health Care in the city of Porto Alegre-RS. The theoretical and methodological approach was founded on the contributions of authors, such as Michel Foucault, Erving Goffman, Gilles Deleuze and René Lourau. The participants of the research were users and workers of a unit of Family Health Strategy, members of the matrix support team, of the local management of the STD-AIDS politics and of the Local Health Council. Interviews and/or focal groups with such participants were carried out, as well as participant observation. We present a characterization of the procedures of decentralization, according to the perspective of the participants, highlighting tensions, fears and adherence movements to such process. We evidence the current processes of stigmatization involving Aids, considering as starting point four lines related to the means of subjectivation: 1) the process of visibility/invisibility, 2) the overlap of space-time, 3) familiarity with Aids and 4) familiarity with deaths related to Aids. Such ways of updating the stigma may be grouped into three discursive variations related to Aids: stigmatization, banalization and the politicization of the Aids diagnosis. We problematize the concept of territory and tensions in health care related to HIV-Aids, exploring the discourses that relate to fixity, flexibility and/or to the questioning of the relation between stigma and territory. Data presented point to the paradoxical element of territory in the actions of counseling/testing in the health care unit, highlighting that the closeness with the health care service both facilitates and hinders the access of some segments of the population to it.

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