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ReproduÃÃo e sexualidade de pessoas que (con)vivem com HIV/AIDS: uma abordagem humanÃstica / Reproduction and sexuality of people who live with HIV/AIDS: a humanistical approachEglÃdia Carla Figueiredo Vidal 30 June 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / RESUMO
O surgimento do HIV/aids e o delineamento da epidemia demandaram mudanÃas para a saÃde sexual e reprodutiva de homens e mulheres que (con) vivem com o vÃrus. A sobrevida e a qualidade de vida melhoradas com o aparecimento da terapia antiretroviral combinada colocou em destaque o aspecto de cronicidade da infecÃÃo pelo HIV, delineando possibilidades de relaÃÃes afetivo-sexuais e reprodutivas, mediante esta nova realidade, num panorama complexo que envolve casais soroconcordantes e sorodiscordantes em contextos de vida similares aos nÃo-infectados, num processo de re-significaÃÃo do HIV/aids e de busca pelo controle dessa pandemia. Este estudo teve como objetivo compreender vivÃncias sexuais e reprodutivas de pessoas que (con) vivem com HIV. A Teoria HumanÃstica de Enfermagem de Paterson e Zderad foi utilizada como referencial teÃrico-metodolÃgico. Trata-se de uma pesquisa descritiva com delineamento qualitativo, realizada no ambulatÃrio de infectologia do Hospital-Escola Santo InÃcio, em Juazeiro do Norte-CE. Os sujeitos do estudo foram 16 pessoas que (con) vivem com HIV/aids, 7 homens e 9 mulheres. Os dados foram coletados nos meses de julho a novembro de 2007, por meio de observaÃÃo livre, consulta aos prontuÃrios e entrevista semi-estruturada. Para anÃlise dos depoimentos foi adotada a tÃcnica de anÃlise de conteÃdo, de onde emergiram trÃs temÃticas: 1. VivÃncia Sexual; 2. VivÃncia Reprodutiva; e 3. VivÃncia da Conjugalidade. Nestas temÃticas, foram identificadas onze sub-temÃticas: 1. O preservativo nas relaÃÃes sexuais; 2. AlteraÃÃes no desejo apÃs a descoberta da soropositividade ao HIV; 3. AlteraÃÃes na prÃtica sexual apÃs a descoberta da soropositividade ao HIV; 4. MÃtodos contraceptivos usados antes da vivÃncia e convivÃncia com o HIV/aids; 5. O preservativo como referÃncia contraceptiva e de proteÃÃo nas relaÃÃes sexuais; 6. Desconhecimento do uso de outros mÃtodos contraceptivos na infecÃÃo pelo HIV; 7. Desejo de ter filhos; 8. Medo da transmissÃo vertical do HIV; 9. (Des)conhecimento das medidas profilÃticas na reduÃÃo da transmissÃo vertical do HIV; 10. ModificaÃÃo na relaÃÃo conjugal frente ao cuidado consigo e com o outro; 11. A quebra da confianÃa depositada no outro frente ao HIV. Das pessoas que vivem e convivem com HIV/aids foram apreendidas diferentes experiÃncias e significados para as vivÃncias sexuais e reprodutivas, em cenÃrios de vida complexos, ainda permeados pelos estigmas decorrentes da aids. Os sujeitos deste estudo viviam em uniÃo conjugal variando de oito meses hà mais de quinze anos, dos quais onze viviam em relaÃÃo conjugal soroconcordante ao HIV e cinco em relaÃÃo sorodiscordante. NÃo percebemos divergÃncia de dados pela variÃvel tempo de uniÃo. Verificamos situaÃÃo sÃcio-econÃmica precÃria e presenÃa de filhos, dos quais cinco concebidos apÃs o conhecimento do status sorolÃgico, e mais duas mulheres no perÃodo gestacional. O tempo de convivÃncia com a infecÃÃo foi variÃvel, de menos de um ano a mais de onze anos. Em metade dos casos o contexto de descoberta da infecÃÃo pelo HIV envolveu o perÃodo gestacional, sendo os outros apÃs doenÃa oportunista ou por convocaÃÃo de parceiro, revelando-se como um momento difÃcil pela infidelidade conjugal comprovada. Os resultados indicaram que o preservativo nÃo fazia parte da rotina sexual atà o conhecimento do status sorolÃgico, sendo essa condiÃÃo determinante para a adesÃo ao preservativo masculino. A estabilidade da relaÃÃo conjugal atuava, na fase prÃ-infecÃÃo, como um dos fatores que contribuÃa para a determinaÃÃo do nÃo uso de preservativo, oferecendo contextos de maior vulnerabilidade, onde o gÃnero aparece como principal fator. O uso do preservativo masculino, apÃs a soroconversÃo, evidenciou as dificuldades nessa adesÃo, principalmente entre os que nunca haviam experienciado esse mÃtodo de proteÃÃo, revelando possÃvel consciÃncia para a necessidade de adaptaÃÃo ao dispositivo na relaÃÃo sexual, que se mostra re-significada para essas pessoas. Contudo, hà um enfrentamento maior para a manutenÃÃo da prÃtica de prevenÃÃo pelo uso do preservativo masculino em casais sorodiscordantes. A descoberta da soropositividade ao HIV demandou modificaÃÃes na rotina sexual, evidenciando a diminuiÃÃo do desejo sexual e alteraÃÃo nas prÃticas sexuais, com distintos aspectos entre homens e mulheres pesquisados. Foram expressas mudanÃas no uso rotineiro dos mÃtodos contraceptivos anterior à soroconversÃo, com a utilizaÃÃo de novos mÃtodos, notadamente o preservativo masculino, frente à presenÃa do HIV. Evidenciamos o desconhecimento de alternativas anticonceptivas diante da infecÃÃo pelo HIV e da aids. O desejo de ter filhos foi observado em homens e mulheres, onde o medo da transmissÃo vertical aparece como forte determinante em abolir essa escolha, com o desconhecimento de medidas profilÃticas na reduÃÃo da transmissÃo vertical. As dificuldades no enfrentamento do HIV/aids impÃem mudanÃas no cotidiano da conjugalidade, destacando um comportamento conjugal bilateral de cuidado com o outro em uma relaÃÃo ambÃgua frente à confianÃa quebrada exposta com o conhecimento do status sorolÃgico. Este estudo nos permitiu perceber que à preciso abrir canais de diÃlogo sobre experiÃncias sexuais e reprodutivas, salientando a importante dimensÃo que à conferida Ãs relaÃÃes entre profissionais e pacientes, como partÃcipes na busca da promoÃÃo da saÃde numa realidade em construÃÃo, de re-significaÃÃo de vida, relaÃÃes e saÃde. Evidencia-se o perÃodo gestacional como um importante momento para o diagnÃstico da infecÃÃo pelo HIV, para aconselhamento das recomendaÃÃes para reduÃÃo da transmissÃo vertical, com inicio precoce da profilaxia da transmissÃo vertical, num atendimento humanizado, livre de julgamentos e preconceitos. A assistÃncia em saÃde sexual e reprodutiva Ãs pessoas vivendo com HIV demanda inÃmeras questÃes e desafios, mas, sobretudo, aponta para a necessidade da assistÃncia integral, nÃo-dicotÃmica, onde prevenÃÃo e tratamento se conjugam, reconhecendo limites, possibilidades, finalidades e prioridades, na individualizaÃÃo do cuidado humano. / ABSTRACT
The arise of HIV/AIDS and the design of the epidemy demanded changes in the sexual and reproductive health of men and women who live with the virus. The fact that survival and life quality improved with the advent of antiretroviral therapy highlighted the aspect of chronicity of HIV infection, outlining possibilities for affective-sexual and reproductive relationships in this new reality, in a complex scenery that involves concordant and discordant couples in contexts of life similar to non-infected people, in a process of re-signification of HIV/AIDS and of search for control of this pandemy. This study aimed to understand sexual and reproductive experience of people who live with HIV. The Humanistic Nursing Theory by Paterson and Zderad was used as a theoretical and methodological reference. This is a descriptive research with qualitative design, held at the infectology clinic of the School Hospital Santo InÃcio, in Juazeiro do Norte-CE. The subjects of the study were 16 people who live with HIV/AIDS, 7 men and 9 women. Data were collected from July through November, 2007, through free observation, analysis of medical records and semi-structured interview. For the testimoniesâ analysis the technique of content analysis was adopted, from which emerged three themes: 1. Sexual experience; 2. Reproductive experience, and 3. Marriage Experience. In these themes one identified eleven sub-themes: 1. The condom in sexual intercourses; 2. Changes in desire after the discovery of HIV seropositivity, 3. Changes in sexual practice after the discovery of HIV seropositivity, 4. Contraceptive methods used before the experience and living with HIV/AIDS; 5. The condom as a contraceptive reference and protection in sexual intercourses; 6. Ignorance about the use of other contraceptive methods in HIV infection; 7. Desire to have children; 8. Fear of vertical transmission of HIV; 9. (Lack of) knowledge about prophylactic measures to reduce the vertical transmission of HIV; 10. Modification in marital relationship due to self-care and care with the other; 11. The distrust in the partner because of HIV. Out of the people who experience and live with HIV/AIDS one got different experiences and meanings for sexual and reproductive experiences in complex life sceneries, still permeated by the stigma resulting from AIDS. The subjects of this study lived in marital union ranging from eight months through over fifteen years, eleven of whom lived in conjugal concordant relationship to HIV and five in discordant relationship. We did not notice divergence of data by the variable time of union. We noticed difficult socioeconomic situation and presence of children, including five conceived after the knowledge of HIV, and two women during pregnancy. The time spent living with the infection varied from less than a year to more than eleven years. In half the cases the context of discovery of HIV infection involved the gestational period, the others after opportunistic disease or by convincing of the partner, being a difficult moment due to proved marital infidelity. The results indicated that the condom was not part of their sexual routine until the knowledge of HIV, being the virus a determinant condition for joining the condom. The stability of the conjugal relationship served in the pre-infection phase as one of the factors that contributed to the non-use of condoms, causing larger contexts of vulnerability, where the genre appears as the main factor. The use of male condoms, after seroconversion, highlighted the difficulties in adhesion, especially among those who had never experienced this method of protection, revealing possible awareness of the need to adapt to the device in sexual intercourse, which is re-signified for these people. However, there is a bigger confrontation for the maintenance of the prevention practice by the use of condoms in discordant couples. The discovery of HIV seropositivity demanded changes in sexual routine, showing a decrease in sexual desire and change in sexual practices, with different aspects for men and women surveyed. There were changes in routine of contraceptive methods used before the seroconversion, using new methods, especially the male condom, in the presence of HIV. We highlighted the lack of knowledge of alternatives contraceptive methods face to HIV infection and AIDS. The desire to have children was observed in men and women, and the fear of vertical transmission appears as a strong determinant to deny that choice, with the lack of prophylactic measures to reduce vertical transmission. The difficulties in fighting against HIV/AIDS require changes in the daily life of the couple, highlighting a bilateral marital behavior of care for the other in an ambiguous relationship because of distrust with the knowledge of HIV infection. This study allowed us to realize that we must open channels of dialogue about sexual and reproductive experiences, stressing the important dimension that is given to the relationships between professionals and patients, as participants in the search of health promotion in a reality still in construction, of re-signification of life, of relationships and health. The gestational period is highlighted as an important moment for the diagnosis of HIV infection, to advise the recommendations and to reduce vertical transmission, beginning with early prevention of vertical transmission, through humanized care, free of judgments and prejudice. The assistance in sexual and reproductive health for people living with HIV demands several questions and challenges, but it points mainly to the need of integral and non-dichotomous assistance, where prevention and treatment work together, recognizing limits, possibilities, aims and priorities, in the individualization of human care.
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Devenir·s séropositif·s : approche sociologique des expériences de la séropositivité au VIH des homosexuels masculins / Becoming HIV-positive : Sociological approach of gay men’s experiences of HIVPerez, Mélanie 09 November 2017 (has links)
La thèse propose une analyse sociologique des expériences de la séropositivité au VIH des homosexuels masculins, à l’heure de la mise en indétectabilité biologique du virus dans leurs corps. La conduite d’une enquête longitudinale durant les deux premières années suivant le diagnostic médical mêlant essentiellement des entretiens biographiques répétés avec ces hommes, et des observations multi-situées au sein des différents espaces qu’ils fréquentent et traversent – les Services des Maladies Infectieuses et Tropicales des hôpitaux ; des associations liées au VIH-sida et/ou communautaires Lesbiennes, Gay, Bi et Transexuelles ; des espaces de sociabilités homosexuelles ; la sphère privée : amicale, familiale et liée au couple –, permet de saisir les formes plurielles d’appropriation de la séropositivité. Aussi, la notion de carrière permet d’analyser la façon dont les histoires individuelles de ces hommes s’articulent à l’expérience de l’institution VIH et à ses dispositifs, à la fois dans et hors les murs de l’hôpital. De la culpabilisation au rachat, en passant par la responsabilisation, à partir d’un même itinéraire moral se dessinent différents devenirs séropositifs, en fonction des ressources et dispositions sociales et morales des enquêtés. La thèse montre les processus de transformations subjectives qui s’opèrent chez ces hommes, travaillés par des enjeux moraux mouvants et divergents liés essentiellement à la responsabilisation homosexuelle, pour se racheter et/ou changer. La séropositivité au VIH fait l’objet d’une socialisation spécifique, marquée par un processus de disqualification. L’expérience de cette disqualification sociale, à la fois biologique et morale, où le corps est désormais subordonné à la surveillance et au pouvoir biomédical, vient aussi troubler les dispositions genrées. Dans ce cadre, les devenirs séropositifs sont le produit de l’articulation des socialisations à la séropositivité et de celles antérieures, notamment en termes de morale et de genre. Ils sont également liés à la façon dont ces hommes ont construit leur engagement puis leur carrière homosexuelle, participant à une recomposition des masculinités lors du processus de socialisation à la séropositivité. La thèse conduit in fine à un éclairage du fonctionnement de l’institution VIH en France, des caractéristiques de ses dispositifs, et des tenants normatifs et/ou moralisateurs des biotechnologies et de l’usage de la biochimie se généralisant dans la discipline des corps et la surveillance en santé publique. / The thesis proposes a sociological analysis of gay men’s experiences of HIV, in the time of biological undetectability of the virus in their bodies. The conduct of a longitudinal survey during the first two years following the medical diagnosis, which essentially involves repeated biographical interviews with these men, and multi-site observations within the different spaces they use and cross - the Infectious Diseases and Tropical hospitals; HIV / AIDS and/or LGBT NGOs; spaces of gay sociability; private sphere: friends, family and couple, allows us to grasp the plural forms of appropriation of their HIV status. The concept of career helps us to analyze how the individual stories of these men articulate with the experience of the HIV institution and its devices, both within and outside the walls of the hospital. From guilt to empowerment, through accountability, from the same moral itinerary emerge different HIV-positive outcomes, depending on the resources and social and moral dispositions of the respondents.The thesis shows the processes of subjective transformations that take place among these men, facing changing and divergent moral issues linked essentially to homosexual responsibility, to redeem themselves and / or change. HIV positivity is the subject of a specific socialization, marked by a disqualification process. The experience of this social disqualification, both biological and moral, where the body is now subordinated to biomedical surveillance and power, also disturbs the gendered dispositions. In this context, HIV-positive outcomes are the result of HIV socializations articulated to previous ones, in particular in terms of morality and gender. They are also linked to how these men built their commitment and then their homosexual career, participating in a redefinition of masculinities during the process of HIV socialization. The thesis eventually highlights the HIV institution works in France, the characteristics of its devices, as well as the normative and / or moralistic impacts of biotechnologies and use of biochemistry that have generalized in the discipline of bodies and public health surveillance.
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Cuidar da criança exposta ao vírus da imunodeficiência humana: uma trajetória de apreensãoAlvarenga, Willyane de Andrade 20 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-20 / Universidade Federal de Minas Gerais / There is a lot of care to prevent vertical transmission of human immunodeficiency virus (HIV). A parent / caregiver must feel safe and instructed to realize them and so do not increase the exposure of the child. Not only the lack of guidelines, as well as those incomplete or not understood by the mother, can jeopardize the success of treatment and weaken the care given to the child. From this, the motivation for this research that had as general objective to analyze the experience of mothers or caregivers in relation to child care to reduce the risk of vertical transmission of HIV and specific objectives to analyze the experience of families in relation to child care to reduce the risk of HIV transmission, with emphasis on the beginning of this trajectory; to know the experience of mother in relation to child care to reduce the risck of postnatal transmission of HIV; to identify the social network / support of caregivers for children exposed to HIV in the postnatal period; and analyzed the experience of women living with HIV in relation to non- breastfeeding of the son. We used the perspective of Symbolic Interactionism as a theoretical and a descriptive qualitative approach. Data collection was performed in a specialized assistance service for HIV / AIDS in Northeastern Brazil, with 24 mothers, 5 fathers and 7 caregivers (grandparents, aunts and grandmother) of infants born to HIV-infected mothers. As selection criteria for the study, the participant should be caregiver and have children aged up to 18 months, which did not have a complete definition of HIV infection as well as make up in that service. Applied to semi-structured interviews and inductive content analysis, so the themes, categories and subcategories were defined by means of which the temporal dimension of the experience of care for HIV-exposed child, revealed by a trajectory of seizure, was understood. This trajectory starts to the become a mother until the definition of the child's diagnosis, fraught with memorable moments represented by pregnancy, the first month of the child's life and expectations regarding diagnostic disclosure also with regard to the child's future. The results were organized in four scientific papers that comprise the set of related categories. The 1st article brought the category becoming a mother with HIV, related to pregnancy, where the mother imagines her child with HIV, revive the situation before past experience and want the child, in spite of everything. The 2nd article has categories have solitary experience handling of antiretroviral therapy, be attentive to the care of the child, want to omit the presence of HIV and look to the future and fear of disease. The 3rd article met the categories go to specialized service in the dark, have a hope in the specialized service and has the fragile network of support. The 4th article included the category having the dream of breastfeeding frustrated, in which the mother suffers from the inability to breastfeed and have to accept the imposition of infant formula. This study showed different patterns of implementation of the child's treatment, which deserves special attention to ensure no vertical transmission of HIV. The stigma attached to the disease, the fragility of the support network, the frustration of the mother for not breastfeeding, among other feelings such as fear, guilt, sadness, loneliness, joy, relief and faith were part of the care experience. Even with the difficulties in this trajectory, caregivers showed hope in the negative diagnosis of children and commitment to compliance with treatment. The support from some family members of people living with HIV, the physician expert service, and especially of God, did they cope with the situation. / Há uma série de cuidados para evitar a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A mãe/cuidador deve se sentir segura e instruída para realizá-los e assim não aumentar a exposição da criança. Não apenas a ausência de orientações, como também aquelas incompletas ou não compreendidas pela mãe, podem comprometer o sucesso do tratamento e fragilizar o cuidado dispensado à criança. A partir disso, surgiu a motivação para a realização desta pesquisa que teve como objetivo geral analisar a experiência de mães ou cuidadores em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV e objetivos específicos analisar a experiência de familiares em relação ao cuidado à criança filha de mãe soropositiva para o HIV para reduzir o risco de transmissão do HIV, com ênfase no início desta trajetória; conhecer a experiência da mãe em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão pós-natal do HIV; identificar a rede social/apoio do cuidador da criança exposta ao HIV no período pós-natal; e analisar a experiência de mães que vivem com HIV em relação a não amamentação do filho exposto ao HIV. Utilizou-se a perspectiva do Interacionismo Simbólico como referencial teórico e uma abordagem metodológica qualitativa descritiva. A coleta dos dados foi realizada em um serviço de assistência especializado em HIV/AIDS, no Nordeste do Brasil, com 24 mães, 5 pais e 7 cuidadores (avós, tias e bisavó) de crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV. Como critério de seleção para o estudo, o participante deveria ser cuidador e ter crianças na faixa etária de até 18 meses, que não possuísse a completa definição de infecção pelo HIV, bem como fazer acompanhamento no referido serviço. Aplicou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo indutiva; assim, foram definidos os temas, categorias e subcategorias por meio dos quais a dimensão temporal da experiência de cuidado à criança exposta ao HIV, revelada por uma trajetória de apreensão, foi compreendida. Esta trajetória se inicia ao tornarse mãe até a definição do diagnóstico da criança, permeada de momentos marcantes representados pela gestação, pelo primeiro mês de vida da criança e expectativas em relação à revelação do diagnóstico, também no que diz respeito ao futuro da criança. Os resultados foram estruturados no formato de quatro artigos científicos que englobaram o conjunto de categorias afins. O 1º artigo trouxe a categoria tornar-se mãe com HIV, relacionada ao período gestacional, em que a mãe imagina o filho com HIV, revive a situação diante de experiência pregressa e deseja a criança, apesar da tudo. O 2º artigo tem as categorias ter experiência solitária de manuseio da terapia antirretroviral, estar atenta aos cuidados da criança, querer omitir a presença do HIV e olhar o futuro e temer a doença. O 3º artigo reuniu as categorias ir ao serviço especializado na obscuridade, ter no serviço especializado uma esperança e ter a rede de apoio fragilizada. O 4º artigo englobou a categoria ter o sonho de amamentar frustrado, em que a mãe sofre pela impossibilidade de amamentar e tem que aceitar a imposição da fórmula infantil. Este estudo mostrou diferentes padrões de implementação do tratamento da criança, o que merece atenção especial para a garantia da não transmissão vertical do HIV. O estigma em relação à doença, a fragilidade da rede de apoio, a frustração da mãe pela não amamentação, dentre outros sentimentos como medo, culpa, tristeza, solidão, alegria, alívio e fé fizeram parte da experiência de cuidado. Mesmo com as dificuldades encontradas nesta trajetória, os cuidadores mostraram esperança no diagnóstico de não infecção da criança e empenho para o cumprimento do tratamento. O apoio de alguns membros familiares, de pessoas que vivem com HIV, do médico do serviço especializado e, principalmente, de Deus, fizeram com que eles enfrentassem a situação.
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Rastreamento da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV: há concordância entre o estregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução? / Screening anal dysplasia in HIV-infected patients : is there an agreement between anal pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy?Nahas, Caio Sergio Rizkallah 19 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a concordância entre o esfregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução no diagnóstico da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV. MÉTODO: Conduzimos uma análise transversal de pacientes infectados pelo HIV submetidos a rastreamento de displasia anal rotineiro. A concordância entre mensurações foi estimada por índice de kappa ponderado através de sistema de avaliação citológica e histológica de três categorias (normal, displasia de baixo grau, e displasia de alto grau). Estimativas de sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados através de sistema de avaliação citológica e histológica de duas categorias (ausência de displasia e displasia de qualquer grau). Estimativas foram calculadas também para a detecção de displasia de alto grau. RESULTADOS: No decorrer de um ano, 222 pacientes foram submetidos a 330 esfregaços anais seguidos de biópsias guiadas por anuscopia de alta resolução. Trezentos e onze (311) esfregaços com biópsias concomitantes foram satisfatórios. Considerando-se a histologia como padrão, a freqüência de displasia anal foi de 46%. O índice kappa ponderado para concordância entre o esfregaço anal e a biópsia foi de 0,20. Para detecção de displasia anal de qualquer grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 61%, especificidade de 60%, valor preditivo positivo de 56% e valor preditivo negativo de 64%. Para displasia de alto grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 16% e especificidade de 97%. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos no presente estudo, em que comparamos os achados da citologia dos esfregaços com os achados histológicos das biópsias dirigidas pela anuscopia de alta resolução em pacientes infectados pelo HIV permitiram concluir que houve baixa concordância entre eles / Purpose: To analyze the agreement between anal Pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy to diagnose anal dysplasia in HIV-infected patients. Methods: Cross sectional analysis of HIV-infected patients receiving anal dysplasia screening as part of routine care. Agreement between measures was estimated by weighted kappa-statistics, using 3-tiered cytologic and histologic grading system (normal, low grade dysplasia, and high grade dysplasia). Estimates of sensitivity, specificity, and predictive values were calculated using a 2-tiered cytologic and histologic grading system (without dysplasia, and with dysplasia of any grade). Estimates were also calculated for the detection of high grade dysplasia. Results: Two hundred and twenty-two patients underwent 330 anal Pap smears followed by high resolution anoscopy guided biopsies in one year period. There were 311 satisfactory Pap smears with concurrent biopsy. Considering histology the standard, the frequency of anal dysplasia was 46 percent (95 percent confidence interval: 40-51 percent). Kappa-agreement between anal Pap smear and biopsy was 0.20 (95 percent confidence interval: 0.10 0.29). Anal Pap smear showed sensitivity of 61 percent, specificity of 60 percent, positive predictive value of 56 percent, and negative predictive value of 64 percent for detection of anal dysplasia of any grade. For high grade dysplasia, anal Pap smear showed sensitivity of 16 percent, and specificity of 97 percent. Conclusion: The present study showed a low concordance between anal Pap smears and high resolution anoscopy-guided biopsy
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Rastreamento da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV: há concordância entre o estregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução? / Screening anal dysplasia in HIV-infected patients : is there an agreement between anal pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy?Caio Sergio Rizkallah Nahas 19 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a concordância entre o esfregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução no diagnóstico da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV. MÉTODO: Conduzimos uma análise transversal de pacientes infectados pelo HIV submetidos a rastreamento de displasia anal rotineiro. A concordância entre mensurações foi estimada por índice de kappa ponderado através de sistema de avaliação citológica e histológica de três categorias (normal, displasia de baixo grau, e displasia de alto grau). Estimativas de sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados através de sistema de avaliação citológica e histológica de duas categorias (ausência de displasia e displasia de qualquer grau). Estimativas foram calculadas também para a detecção de displasia de alto grau. RESULTADOS: No decorrer de um ano, 222 pacientes foram submetidos a 330 esfregaços anais seguidos de biópsias guiadas por anuscopia de alta resolução. Trezentos e onze (311) esfregaços com biópsias concomitantes foram satisfatórios. Considerando-se a histologia como padrão, a freqüência de displasia anal foi de 46%. O índice kappa ponderado para concordância entre o esfregaço anal e a biópsia foi de 0,20. Para detecção de displasia anal de qualquer grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 61%, especificidade de 60%, valor preditivo positivo de 56% e valor preditivo negativo de 64%. Para displasia de alto grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 16% e especificidade de 97%. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos no presente estudo, em que comparamos os achados da citologia dos esfregaços com os achados histológicos das biópsias dirigidas pela anuscopia de alta resolução em pacientes infectados pelo HIV permitiram concluir que houve baixa concordância entre eles / Purpose: To analyze the agreement between anal Pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy to diagnose anal dysplasia in HIV-infected patients. Methods: Cross sectional analysis of HIV-infected patients receiving anal dysplasia screening as part of routine care. Agreement between measures was estimated by weighted kappa-statistics, using 3-tiered cytologic and histologic grading system (normal, low grade dysplasia, and high grade dysplasia). Estimates of sensitivity, specificity, and predictive values were calculated using a 2-tiered cytologic and histologic grading system (without dysplasia, and with dysplasia of any grade). Estimates were also calculated for the detection of high grade dysplasia. Results: Two hundred and twenty-two patients underwent 330 anal Pap smears followed by high resolution anoscopy guided biopsies in one year period. There were 311 satisfactory Pap smears with concurrent biopsy. Considering histology the standard, the frequency of anal dysplasia was 46 percent (95 percent confidence interval: 40-51 percent). Kappa-agreement between anal Pap smear and biopsy was 0.20 (95 percent confidence interval: 0.10 0.29). Anal Pap smear showed sensitivity of 61 percent, specificity of 60 percent, positive predictive value of 56 percent, and negative predictive value of 64 percent for detection of anal dysplasia of any grade. For high grade dysplasia, anal Pap smear showed sensitivity of 16 percent, and specificity of 97 percent. Conclusion: The present study showed a low concordance between anal Pap smears and high resolution anoscopy-guided biopsy
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The Social Impact of HIV-Seropositivity and Antiretroviral Treatment on Women in Tanga, Tanzania. A Qualitative Study.Bohle, Leah F. 13 November 2017 (has links)
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