Spelling suggestions: "subject:"hanseníase "" "subject:"haseníase ""
541 |
Avaliação de pacientes com hanseníase na faixa virchowiana diagnosticados entre 1990 e 2000 e tratados com poliquimioterapia 24 doses e seus comunicantes na fase pós-eliminação em municípios de Santa Catarina / Assessment of lepromatous leprosy patients diagnosed among 1990 and 2000 and treated with multidrugtherapy 24 doses and their household contacts in the post-elimination phase in Santa Catarina municipalitiesJaison Antonio Barreto 12 August 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: A poliquimioterapia (PQT-OMS) para tratamento da hanseníase resultou em drástica redução da sua prevalência, mas em limitado impacto na detecção de casos novos (CN), que se manteve estável em Santa Catarina, estado na fase de pós-eliminação. Casos com altos índices baciloscópicos apresentam risco de recidiva tardia e podem consistir em focos persistentes de transmissão da doença. OBJETIVOS: Avaliar a recidiva da doença em amostra de pacientes virchowianos regularmente tratados com PQT-OMS 24 doses; ensaios de resistência terapêutica em camundongos para os casos suspeitos; resposta imune específica (celular e humoral) e detecção do DNA do M. leprae nos casos-índices (CI) e seus contatos indradomiciliares (CID); e os achados frente aos indicadores epidemiológicos e operacionais de Santa Catarina. CASUÍSTICA E MÉTODOS: A partir da busca no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram selecionados 46 CI, tratados entre 1990-2000, e 187 CID, dos municípios de Itajaí e Joinville. A avaliação constituiu de: exames dermatoneurológico e anatomopatológico da pele; baciloscopia do esfregaço cutâneo; reação de Mitsuda; sorologia para glicolipídeo fenólico-I (IgM-anti-PGL-I); ensaios de resistência terapêutica em camundongos e de detecção do DNA bacilar no muco nasal por reação em cadeia da polimerase (PCR) para as seqüências repetitivas específicas RLEP-130 e RLEP-372. RESULTADOS: Entre os CI após alta por cura (m=11,2 ± 3 anos), a idade média (57,3±14,5 anos) foi superior (p<0,05) comparada aos CID, com predomínio de homens (p=0,001) e Mitsuda-negativos (78,6%). Em quatro casos (8,7%) considerados recidivados, o valor sérico médio (0,365) e as freqüências da positividade do anti-PGL-I e a da RLEP-130 (75%; p=0,03) foram consistentemente elevados, e os testes em camundongos, negativos. Dentre os 187 CID, 22 (11,8%) adoeceram (CIDd), a maioria (10 casos; 45,4%) foi diagnosticada entre 2 a 19 anos; 6 casos (27,3%), no mesmo período do seu respectivo CI; e 6 CN (3 dimorfo-tuberculóides e 3 tuberculóides) foram detectados durante a intervenção. Os CN evidenciaram elevada freqüência da positividade da RLEP-130 (50%) contrastante com a do anti-PGL-I (20%) e seu valor sérico médio (0,075) inferior. Entre os CI após a alta PQT-MB (>10 anos), houve inferioridade da freqüência da positividade (14,3%) e do valor sérico médio do anti-PGL-I (0,072), estabelecendo uma correlação negativa (p=0,038,r=-0,32) com o tempo decorrido. Valores similares da freqüência de positividade para RLEP-130 foram encontrados em: CI com alta por cura (26,7%), em períodos superiores (25%) a 10 anos de conclusão do tratamento e CID saudáveis (20,5%). A positividade para a RLEP-130 foi mais freqüente (p<0,001) comparada à da RLEP-372. CONCLUSÕES: A taxa de recidiva após PQT-MB 24 doses é baixa e prevalece alta percentagem de cura (91,3%). É racional considerar que o anti-PGL-I e a detecção do DNA bacilar por RLEP-130 devam ser analisados em conjunto com os demais achados clínicos e laboratoriais, ainda que nossos resultados possam ter diferenciado os grupos nas distintas condições: recidiva e alta por cura, e identificado doentes, contatos e famílias em risco. O seguimento e o monitoramento clínico e laboratorial por períodos prolongados incrementariam a detecção precoce de novos casos entre os comunicantes, desde que o intervalo para o diagnóstico foi longo para a maioria daqueles que adoeceram. Estas estratégias seriam potencialmente facilitadas em áreas com reduzida prevalência, e particularmente valiosas para a manutenção do controle na fase de pós-eliminação / Introduction: Multidrugtherapy (MDT-WHO) resulted in marked reduction of leprosy prevalence in Brazil, without impact on detection of new cases in Santa Catarina (SC) state in the post-elimination phase. Lepromatous cases with high bacilloscopic index have late relapse risk and can consist in the disease transmission focus. Objectives: The aim of this study was to evaluate the disease recurrence and microbiological resistance in lepromatous leprosy patients regularly treated with MDT-WHO/24 doses; specific immune response (cellular and humoral) and M. leprae DNA detection in index cases (IC) and their household contacts (HHC); and the findings face to the epidemiological and operational indicators of Santa Catarina state. Casuistic and methods: After consulting the Brazilian Information System of Notification (SINAN) database, 46 IC successfully diagnosed and treated between 1990 and 2000, and their 187 HHC from Joinville and Itajaí (SC) municipalities were selected. A dermatoneurological examination was performed, as well as the skin biopsies for histopathology and therapy resistance assay in mouse pads, skin smears for bacilloscopy, anti-PGL-I IgM serology, Mitsuda reaction, polymerase chain reaction for M. leprae DNA detection in nasal secretion based on 130bp and 372bp specific repetitive sequences (RLEP). Results: Cured IC (m=11.2±3 years) had mean age higher ((57.3±14.5 years old; p<0.05) than HHC, most of them were males (p=0.001) and Mitsuda negative (78.6%). In 4 relapsed cases (8.7%) the average anti-PGL-I serum levels (0.365), as well as frequency of positive antibody and RLEP-130 (75%; p=0.03) were consistently high and the mouse footpads assays resulted negative. Among 187 HHC, 22 (11.8%) became sick (sHHC), 10 cases (45.4%) were diagnosed between 2 and 19 years, being 6 cases (27.3%) in the same year of their IC; 6 new cases (3 borderline-tuberculoid and 3 tuberculoid) were detected during the study, with high RLEP-130 positive frequency (50%), as opposed to anti-PGL-I (20%) and low average serum levels (0.075). Among IC with more than 10 years of discharge, frequency of positive anti-PGL-I (14.3%) and average serum levels (0.072) were lower and had negative correlation (p=0.038, r= -0.32) with time after cure. Similar values of frequency of positivity for RLEP-130 were found: IC with discharge by cure (26.7%), when time interval was higher than 10 years (25%) and in healthy HHC (20.5%). RLEP-130 positivity was more frequent (p<0.001) than RLEP-372. Conclusions: Relapse rate after MDT-WHO 24 doses was low, with high cure rate (91.3%). Serology anti-PGL-I and M. leprae DNA detection by RLEP-130 must be analyzed together with other clinical and laboratory findings, though our results had differentiated groups in the following conditions: relapse and discharge by cure, patient identification, HHC and families at risk. Long term follow-up with laboratorial and clinical monitoring could lead to early detection of new cases among HHC, since the period between diagnoses was long for most sHHC. This strategy may be useful in areas with decreased prevalence, and of particular value for maintenance of disease control in the post-elimination phase
|
542 |
Dinâmica espacial e contingências socioambientais da hanseníase no Estado do Maranhão: avaliação de riscos e vulnerabilidade em áreas hiperendêmicas / Spatial dynamics and socio and environmental contingencies of leprosy in Maranhão state: risk assessment and vulnerability in hyperendemic areasMauricio Eduardo Salgado Rangel 22 September 2016 (has links)
A hanseníase, doença crônica estigmatizante com potencial de causar danos neurológicos, resulta da infecção pelo Mycobacterium leprae. Análises epidemiológicas atuais têm utilizado ferramentas clínicas e de análise espacial para o mapeamento dos principais focos de ocorrência de doenças e de áreas de alto risco. Analisar os municípios maranhenses quanto à distribuição dos casos de hanseníase torna-se uma ferramenta a mais na prevenção e controle da Hanseníase no estado por inúmeros fatores: comporta-se como área hiperendêmica de hanseníase; apresenta fluxo migratório intenso com outras cidades de forma interestadual; e tem grandes contrastes sociais marcados por pouca, ou nenhuma, infraestrutura básica em algumas áreas dos vários municípios deste. Objetivos: Analisar a distribuição espaço-temporal da hanseníase para o estado do Maranhão, no período de 2001 a 2013. Identificar a ocorrência de agrupamentos espaços-temporais de provável alta transmissão (risco) e verificar se há associação dessa distribuição de taxas de detecção de risco relativo (RR) da doença com as variáveis do contexto geográfico como socioeconômicas e ambientais. Metodologia: A fonte de coleta dos dados clínicos e epidemiológicos foi o Sistema de Informação Nacional de Agravos Notificáveis do Ministério da Saúde e dos dados demográficos, ambientais e bases cartográficas digitais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi adotada uma abordagem ecológica sobre tendências dos padrões espaçostemporais de transmissibilidade, com utilização dos métodos: varredura espacial (scan), para a identificação dos agregados (clusters) de risco, considerando o modelo de distribuição de probabilidade Discreto de Poisson; Estimador Bayesiano Empírico para a suavização local de taxas, a partir de informações de municípios vizinhos tendo como estratégia de construção o critério da contiguidade; regressão múltipla espacial considerando uma modelagem com distribuição de Poisson no contexto Bayesiano, levando em conta a dependência espacial, com o propósito de avaliar a relação entre a ocorrência da variável dependente com as variáveis demográficas, socioeconômicas e ambientais. Resultados: A taxa média de detecção foi de 6,73 casos por 10.000 hab., com 53.826 casos notificados no período. O estudo revelou que a distribuição dos casos de sexo masculino (57,75%) apresentou maior proporção em relação ao feminino (42,25%), havendo predominância da doença na faixa etária >15 anos (89,87%). A alta ocorrência na classificação operacional multibacilar (60,10%) é um forte indicativo decorrente do longo período de incubação da doença somado ao não diagnóstico precoce. A análise da distribuição dos agregados espaciais identificou 14 (7 de risco alto e 7 de risco baixo) e 6 (3 de risco alto e 3 de risco baixo) agrupamentos espaciais, considerando-se 10% e 50% da população em risco, respectivamente, em áreas com taxas de detecção alta e que possuem baixa qualidade de vida. O estimador Bayesiano empírico local possibilitou gerar índices corrigidos e com menores instabilidades. A análise de regressão múltipla espacial mostrou que as variáveis índice Gini, bioma predominante cerrado/caatinga e percentual de população urbana tiveram associação positiva e significativa para explicar o risco relativo (RR) no estado do Maranhão. Conclusões: O estudo mostrou que existem aglomerados com elevado risco para transmissão da hanseníase no estado do Maranhão. A associação entre o risco relativo da hanseníase e o percentual de população urbana indica que a hipótese que associa o M. leprae e a população que vive em condições de acentuada desigualdade socioeconômica ainda é forte. Essa hiperendemicidade pode demonstrar que o crescimento da população urbana é um preditor de incidência da hanseníase, face à urbanização descontrolada e ao fluxo de migrantes advindos de diferentes espaços rurais. Foi possível identificar áreas prioritárias para implementação de programas eficazes de controle de hanseníase no estado do Maranhão. / Leprosy, a chronic stigmatizing disease with the potential to cause neurological damage resulting from infection by Mycobacterium leprae. Current epidemiological studies have used clinical and spatial analysis for mapping of the main occurrence of disease outbreaks and high-risk areas. Analyze the municipalities of Maranhão state regarding the distribution of leprosy cases becomes another tool in the prevention and control of leprosy in the state by numerous factors like behaves as hyper-endemic area of leprosy; It presents intense migration to other interstate cities; and has great social contrasts marked by little or no basic infrastructure in some areas of several municipalities.. Objectives: To analyze the spatiotemporal distribution of leprosy in the Maranhão state, from 2001 to 2013. To identify the spatiotemporal clusters occurrence of probable high transmission (risk) and check for association of this distribution of relative risk (RR) detection rates of the disease with the variables of geographic context as socioeconomic and environmental. Methodology: Clinical and epidemiological data was obtained from the Ministry of Healths Disease Reporting System and demographic data, environmental and digital cartographic bases were obtained from the Brazilian Geography and Statistics Institute. An ecological approach to trends transmissibility of spatiotemporal patterns, using the methods: spatial scan to identification the clusters of risk, considering the Discrete Poisson probability distribution model; empirical Bayesian method was applied for local rate flattening, using data from municipalities having as building strategy the criterion of contiguity; ecological regression modeling with considering a Poisson distribution in the Bayesian context, taking into account the spatial dependence, in order to evaluate the relationship between the occurrence of the dependent variable with demographic, socioeconomic and environmental variables. Results: The mean detection rate was 6.73 cases per 10,000 inhabitants, with 53,826 reported cases. The study revealed that the distribution of male cases (57.75%) showed a predominance over female (42.25%), with predominance of the disease in the age group upper than 15 years (89.87%). The high occurrence in operational classification multibacillary (60.10%) is a strong indication due to the long incubation period of the disease added to no early diagnosis. The analysis of the distribution of spatial clusters identified 14 (7 high risk and 7 low risk) and 6 (3 high risk and 3 low risk) spatial clusters, considering 10% and 50% of the population at risk in areas with high detection rates and which have low quality of life. Local empirical Bayes estimator allowed to generate fixed and minor instabilities indexes. The best results of modeling to spatial multiple regression analysis for the relative risk (RR) presented for the variables Gini index, cerrado/caatinga biome and percentage of urban population. Conclusions: The study showed that there are clusters at high risk for transmission of leprosy in the Maranhao state. The association between the relative risk of leprosy and the percentage of urban population indicates that the hypothesis that associates M. leprae and the population living in severe socioeconomic inequality is still strong. This hyperendemicity can demonstrate that the growth of the urban population is a predictor incidence of leprosy due to uncontrolled urbanization and the influx of migrants coming from different rural areas.It was possible to identify priority areas for implementation of effective leprosy control programs in the Maranhão state.
|
543 |
O plano de eliminação da hanseníase no Brasil em questão: o entrecruzamento de diferentes olhares na análise da política pública / THE PLAN OF ELIMINATION OF THE HANSENÍASE IN BRAZIL IN QUESTION: to cross of different looks in the analysis of the public politicsFigueiredo, Ivan Abreu 14 August 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-18T18:53:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Ivan Abreu figueiredo.pdf: 651739 bytes, checksum: 40d19f85e359642c47d680d3b41c20ca (MD5)
Previous issue date: 2006-08-14 / Evaluation of the first ten years (1995-2004) of validity of the Brazilian Leprosy
Elimination Plan (LEP) based upon the crossing of looks from different subjects in
the analysis of this public policy. The historical course of the actions opposed to
leprosy in social and sanitarian imagination is described, emphasizing processes of
building and deconstructing stigma. The researcher s route of gaze conversion in the
articulation of Health and Social Sciences is told, describing the composition of the
methodological investigation path under the perspective of complementarities
between the epidemiological approach and looking at the new world of senses and
meanings of the narrative interview. Controversies surrounding the aim of
elimination of leprosy as a public health problem defended by WHO (World Health
Organization) and adopted by the Brazilian Health Ministry (BHM) as a mainstay of
the public policy opposed to this endemic are exposed. Throughout the analysis, the
frailty of the elimination concept defended by WHO/BHM is showed, based upon
statistical time trend analysis of epidemiological and operational indicators as well as
testimonies from different subjects involved in LEP. Personal, family and professional
repercussions of being a Hansen s disease patient are approached, considering as
a starting point the threat of breaking social ties, outlining processes of unbelonging.
The multi drug therapy (MDT) treatment is described, singularizing fortuitous
damages brought to the clients, including considerations about patients and
physicians different cure times for and meanings of treatment interruption. The
restricted perspective of the statistic leprosy elimination aim is contrasted with the
course of growing breadth of leprosy control actions in Brazil. The articulation of
health activities opposed to leprosy with the effort of humanized care of the clients
now occurring in BHM is glimpsed. / Avaliação dos primeiros dez anos de vigência do Plano de Eliminação da
Hanseníase (PEL) no Brasil (1995-2004) com base no entrecruzamento de olhares
de diferentes sujeitos na análise desta política pública. Descreve-se o percurso
histórico das ações de enfrentamento da hanseníase no imaginário social e
sanitário, enfatizando os processos de construção e desconstrução de estigmas.
Narra-se a trajetória de conversão do olhar do pesquisador na articulação entre as
Ciências da Saúde e Ciências Sociais, descrevendo-se a constituição do caminho
metodológico da investigação na perspectiva da complementaridade entre o aporte
epidemiológico e o olhar sobre o mundo novo de sentidos e significados da
entrevista narrativa. Explicitam-se as controvérsias relacionadas à meta de
eliminação da hanseníase como problema de saúde pública , defendida pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) e adotada como diretriz da política pública de
enfrentamento desta endemia pelo Ministério da Saúde (MS). Ao longo das análises,
revela-se a fragilidade do conceito de eliminação defendido pela OMS/MS, com
base tanto na análise estatística de tendência temporal de indicadores
epidemiológicos e operacionais, como nos depoimentos de diferentes sujeitos
participantes do PEL. Abordam-se expressões do ser hanseniano nas esferas
pessoal, familiar, profissional e comunitária, a partir da ameaça de ruptura dos
vínculos sociais, configurando-se processos de desfiliação. Descreve-se a
terapêutica via poliquimioterapia (PQT), destacando eventuais prejuízos trazidos aos
doentes, incluindo considerações sobre tempos diferenciados de cura para o médico
e o doente e sobre os significados do abandono do tratamento. Contrasta-se a
perspectiva restrita da meta de eliminação estatística da hanseníase com a trajetória
de ampliação da abrangência das ações de controle desta doença no Brasil.
Vislumbra-se a perspectiva de articulação das atividades de enfrentamento da
hanseníase com o esforço de humanização do atendimento aos usuários ora em
curso no MS.
|
544 |
Análise comparativa da reatividade anti-LID-1, NDO-LID, NDO-HSA e PGL-1 em hanseníase / Comparative analysis of the reactivity anti-LID-1, NDO-LID, NDOHSA and PGL-1 in leprosyFabri, Angélica da Conceição Oliveira Coelho 14 August 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-08-21T12:03:55Z
No. of bitstreams: 1
angelicadaconceicaooliveiracoelho.pdf: 3773705 bytes, checksum: e753f755e09e6a5c7102c48ac076e08f (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-08-21T14:22:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
angelicadaconceicaooliveiracoelho.pdf: 3773705 bytes, checksum: e753f755e09e6a5c7102c48ac076e08f (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-21T14:22:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
angelicadaconceicaooliveiracoelho.pdf: 3773705 bytes, checksum: e753f755e09e6a5c7102c48ac076e08f (MD5)
Previous issue date: 2015-08-14 / PROQUALI (UFJF) / A infecção subclínica pode ser avaliada por meio de teste sorológico, que determina imunoglobulinas circulantes. O objetivo do presente estudo foi analisar a reatividade de diferentes antígenos em casos novos de hanseníase, contatos domiciliares de casos e em população de área endêmica, com o intuíto de identificar o melhor antígeno para o diagnóstico sorológico da hanseníase e detecção de indivíduos infectados pelo Mycobacterium leprae. Trata-se de um estudo transversal de natureza exploratória e analítica. A reatividade anti-LID1, NDO-LID, NDO-HSA e PGL-1 foi avaliada por meio do enzyme-linked immunosorbent assay. Foram analisadas amostras de sangue total em papel de filtro Whatman de 2494 indivíduos da população de sete municípios da microrregião de Almenara e de soro de 94 casos novos de hanseníase e 104 contatos domiciliares de casos residentes no município de Uberlândia. O Banco de Dados foi criado no Software Epi Info versão 3.5.1 e análise realizada no software Statistical Package for the Social Sciences for Windows 18 e no GraphPad Prism versão 5. Para análise estatística foram utilizados os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov, Kruskal-Wallis one-way (H), Mann-Whitney (U) com correção de Bonferroni, kappa, Spearman (rho), teste Qui-quadrado de Pearson e regressão logística binária. Foi observado maior soropositividade no grupo de casos multibacilares (MB), em contatos domiciliares de casos MB e nos indivíduos residentes nos municípios de Almenara e Jequitinhonha. Obteve-se correlação positiva entre a sorologia e o índice baciloscópico, concordância substancial e significativa no grupo de casos novos de hanseníase e correlação positiva para todos os antígenos testados. Os testes anti-LID-1 e anti-NDO-LID apresentaram melhor performance para identificar os contatos domiciliares e ou indivíduos da população infectados pelo M. leprae. O PGL-1 nativo teve maior positividade do que o NDO-HSA para todas as formas clínicas da hanseníase e no grupo de contatos domiciliares. A prevalência de soropositividade na população foi superior à taxa de detecção de casos de hanseníase em todos os municípios avaliados. A faixa etária, a renda familiar, residir em município endêmico, conhecer alguém que teve ou tem hanseníase, ter ou ter tido caso de hanseníase na familia e residir ou ter residido com caso de hanseníase são fatores que podem explicar a diferença de soropositividade anti-NDO-LID. Apenas a faixa etária e conhecer alguém que teve ou tem hanseníase é capaz de explicar a diferença de soropositividade anti-NDO-HSA. E em relação ao LID-1 nenhuma variável foi explicativa. Todos os antígenos analisados podem auxiliar na diferenciação e caracterização da hanseníase MB e na identificação de indivíduos expostos ao M. leprae, porém o NDO-LID apresentou melhor performance na identificação desses indivíduos e dos casos paucibacilares, quando comparado aos testes envolvendo os antígenos LID-1 e NDO-HSA separadamente, portanto fornece benefício adicional a esses antígenos e poderia ser utilizado como ferramenta auxiliar na vigilância epidemiológica da hanseníase. / The subclinical infection can be evaluated by serologic test which determine circulating immunoglobulins. The aim of this study was to analyze the reactivity of different antigens in leprosy cases, household contacts of index cases and the population of the endemic area to identify the best antigen for the diagnosis of leprosy and detection of individuals infected with Mycobacterium leprae. It is a cross-sectional study of exploratory and analytical nature. The reactivity anti-LID-1, NDO-LID, NDO-HAS e PGL-1 were evaluated using the enzymelinked immunosorbent assay. The whole blood in Whatman filter paper of 2494 individuals from the general population of seven municipalities in the micro-Almenara and serum of 94 patients with leprosy and 104 household contacts of patients residing in Uberlândia were analyzed. The database was created in Epi Info software version 3.5.1 and analysis in the software Statistical Package for Social Sciences for Windows 18 and GraphPad Prism version 5. For statistical analysis the following tests were used: Kolmogorov-Smirnov, Kruskal Wallis one-way (H), Mann-Whitney (U) with Bonferroni correction, kappa, Spearman (rho), chisquare test of Pearson and binary logistic regression. Identied higher seropositivity in the group of MB patients, household contacts of MB patients and in individuals living in the municipalities of Almenara and Jequitinhonha. Observed positive correlation between serology test and bacterial index, substantial agreement and significant in patients positive and positive correlation for all antigens. The LID-1 and NDO-LID antigens showed greater ability to identify household contacts or the general population infected with M. leprae, but the performance of the NDO-LID was better. The native PGL-1 had higher seropositivity than the NDO-HSA for all clinical forms of leprosy and household contacts. The seropositivity prevalence in the general population was higher than the detection rate of leprosy cases in all evaluated municipalities. The age, family income, living in a city endemic, knowing someone who had or has leprosy, had or have the case in the family and live or lived with leprosy case are factors that can explain the anti-NDO-LID seropositivity difference. Only the age range and know someone who had or has leprosy is able to explain the anti-NDO-HSA seropositivity difference. And for the LID-1 no variable explained the anti-LID-1 seropositivity difference. All serological tests analyzed can assist in the differentiation and characterization of MB leprosy and the identification of individuals exposed to M. leprae, but NDO-LID performed better in identifying these individuals and PB patients, when compared to the tests involving the LID-1 and NDO-HSA antigens separately, therefore provides additional benefit to these antigens and could be used as an auxiliary tool in epidemiological surveillance of leprosy.
|
545 |
Prevenção de incapacidades físicas causadas pela hanseníase na 1ª região de saúde, Ji-Paraná, RondôniaLACERDA, Dailton Alencar Lucas de 30 September 2002 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-03-27T22:33:07Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_PrevencaoIncapacidadesFisicas.pdf: 42598516 bytes, checksum: 8b803a92ad1677d02ca0378772e7acc1 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-04-02T14:55:17Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_PrevencaoIncapacidadesFisicas.pdf: 42598516 bytes, checksum: 8b803a92ad1677d02ca0378772e7acc1 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-02T14:55:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_PrevencaoIncapacidadesFisicas.pdf: 42598516 bytes, checksum: 8b803a92ad1677d02ca0378772e7acc1 (MD5)
Previous issue date: 2002 / A hanseníase, doença endêmica no Brasil, de caráter crônico, que afeta principalmente o tegumento cutâneo e os nervos periféricos. Também pode afetar a bucofaringe. Este trabalho objetivou realizar estudo sobre a Prevenção de Incapacidades (PI) em Hanseníase, na Primeira Região de Saúde de Rondônia, no Programa para Eliminação e Controle da Hanseníase com sede no município de Ji-Paraná, que envolve o atendimento sistemático aos portadores de Hanseníase de 16 municípios circunvizinhos. Utilizou-se como instrumento de coleta um levantamento de dados nos mapas de controle e relatórios da 1ª Região de Saúde de todos os indivíduos atendidos no programa no período de 2000 e 2001, considerando-se faixa etária, sexo, forma clínica e grau de incapacidade. Foram estudados 331 indivíduos, na faixa etária de 10 a 84 anos de ambos os sexos. Numa etapa posterior, foi analisado o cruzamento dos dados acima mencionados com outros estudos feitos a respeito do assunto. Baseado nos resultados encontrados e discutidos, ficou evidenciada a importância do diagnóstico precoce, do tratamento imediato pelo uso da poliquimioterapia e da prevenção de incapacidades como meio de estacionar ou regredir lesões advindas do acometimento dos nervos periféricos e pele, encontrados em algumas formas da hanseníase, principalmente, na Tuberculóide e Dimorfa, que são as de maior freqüência na área estudada. / The Leprosy, endemic illness in Brazil, infectum-contagious, of chronic character that
mainly affects the skin and the peripheral nerves, can cause irreversible incapacity
damages to the to attack individuais. This work objectified to carry through study on
the Prevention of Disabilities (PD) in leprosy, in the First Region of Health of
Rondônia, in the Program for Rub-out and Control of the leprosy with headquarters in
the city of Ji-Paraná, that involves the systematic attendance to the carriers of
leprosy of 16 surrounding cities. It was used as collection instrument a data-collecting
in the control maps and reports of 1a Region of Health of ali the individuais taken care
of in the program in the period of 2000 and 2001, considering age band, sex, c1inical
form and degree of incapacity. 331 individuais had been studied, in the age band of
10 the 84 years of both the sexo ln a later stage, the crossing of the data mentioned
above with other studies made regarding the subject was analyzed. Based in the
joined and argued results, he was evidenced the importance of the diagnosis
precocious, of the immediate handling for the use of the multidrug theraphy and the
prevention of disabilities as half to park or to retrograde happened injuries of the to
attack of the peripheral nerves and skin, found in some forms of leprosy mainly, the
Tuberculoid and Borderline, that are of bigger frequency in the studied area.
|
546 |
Resgate histórico do leprosário Asylo Colônia Santo Ângelo / Historical recovery of the Asilo Colônia Santo Ângelo leprosariumFeliciano, Marilene Moreira 10 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:17:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Marilene Moreira Feliciano.pdf: 24373035 bytes, checksum: 22c1d8dfeb6ad905e9bf958593a9d0cf (MD5)
Previous issue date: 2008-06-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The present qualitative research recovers the social and historical context of the construction and inauguration of the Asilo Colônia Santo Ângelo Leprosarium, whose main purpose is to produce knowledge pertaining to public health initiatives related to Hansen s disease. Situated in the city of Mogi das Cruzes, Alto do Tietê Region, São Paulo State, Brazil, the Asilo Colônia Santo Ângelo Leprosarium was the first state hospital built with public funds to house leprosy patients. Since this is a documental research, the study analyzed photos and archive documents in an effort to understand the essence of social, political and historical events of the time when the facility was built. The research dates back to 1917, when the architect Adelardo Soares Caiuby designed the project for the Leprosarium, and follows through to the mid 1950 s, when the hospital was visited by the then candidate running for São Paulo State government, Mr. Jânio Quadros and his wife. In the 1920 s, Brazilian public health services faced the challenges of leprosy. To tackle this social problem, the government created the National Department of Public Health, which established the Inspectorate for the Prevention of Leprosy and Venereal Diseases headed by the leprologist Professor Eduardo Rabello. The main public health policy adopted to restrain leprosy outbreak in Brazil during the period covered by this study was the compulsory isolation of patients. The implementation of a leprosy control plan began quite slowly due to high international demands for construction and maintenance of leprosaria, and to the reduced amount of funds available for this health policy. The leprosy issue is still a serious social problem that needs to be dealt with by the Brazilian public health authorities. Despite its cure, the country still has a large number of patients with permanent sequelae and there is an increasing number of new cases reported every year. Brazil also holds a sad record: it is the second country in the world with largest number of leprosy cases, behind only India / Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que resgata o contexto sócio-histórico da época da construção e inauguração do Asilo Colônia Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes-SP, cujo objetivo é produzir conhecimentos pertinentes às ações iniciais de Saúde Pública no Alto do Tietê, já que o Asilo Colônia foi o primeiro hospital construído com verba pública estadual para abrigar os portadores de hanseníase da região.
Por ser uma pesquisa documental, este estudo levantou fotografias e analisou antigos documentos na tentativa de aproximar-se dos acontecimentos sociais, políticos e históricos da época.
A pesquisa aprofundou-se no período de 1917, data em que o Arquiteto Adelardo Soares Caiuby realizou o projeto do Asylo Colônia Santo Ângelo, e segue até a década de 1950, período que tem como registro principal a visita do candidato a governador do estado de São Paulo o sr. Jânio Quadros e sua esposa.
Na década de 1920, a iniciativa da saúde pública para enfrentamento do problema social foi a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, que instituiu a Inspectoria de Profilaxia da Lepra e das Doenças Venéreas, cujas atividades tiveram início na chefia do leprólogo professor Eduardo Rabello.
A principal política de saúde pública utilizada para conter a epidemia da hanseníase, no período mencionado por este estudo, foi o isolamento compulsório que, em suas primeiras décadas de implantação, caminhou a passos lentos devido as altas exigências internacionais para construção e manutenção dos leprosários e pelas reduzidas verbas destinadas a esta política de saúde.
A velha questão da lepra ainda é um grande problema social a ser repensado pela saúde pública, pois, apesar da cura, ainda temos os pacientes com seqüelas e o crescente número de novos casos, além do triste segundo lugar entre as estatísticas mundiais. A Índia é o país mais atingido em números absolutos, seguida pelo Brasil
|
547 |
Condicionantes sociais na delimitação de espaços endêmicos de hanseníase / Social conditions in the delimitation of areas endemic for leprosySouza, Luis Roberto de 21 September 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica granulomatosa, cujo agente etiológico é uma bactéria de vida intracelular obrigatória, o Mycobacterium leprae, que tem no homem seu principal reservatório. A doença possui distribuição universal, predominando atualmente, em latitudes tropicais e tem sido enquadrada entre as enfermidades negligenciadas, atingindo desproporcionalmente populações pobres e marginalizadas. O bacilo é altamente contagioso, de baixa patogenicidade e acomete primordialmente pele e nervos, com grande potencial incapacitante. A doença grassou no Velho Mundo durante a Idade Média e praticamente desapareceu da Europa ainda no início do século XX, antes que qualquer recurso terapêutico eficaz estivesse disponível. Introduzida com os primeiros colonizadores europeus, a hanseníase é doença endêmica no Brasil e um problema de saúde pública. A hanseníase é hiperendêmica em muitos municípios, notadamente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, que abrangem biomas de cerrado, pântano e floresta amazônica, em vastas áreas de baixa densidade demográfica; estas áreas vêm sofrendo enorme pressão antrópica relacionada ao incremento de atividades agropecuárias e extrativistas, gerando preocupações em relação ao impacto ambiental sobre a saúde humana, decorrente de transformações na dinâmica territorial. OBJETIVO: O propósito desta pesquisa foi conhecer o efeito ecológico de fatores sociodemográficos na delimitação de espaços endêmicos de hanseníase e gerar hipóteses sobre a relação entre a constituição do território e a exposição ambiental ao agente biológico da doença. MATERIAL E MÉTODOS: Supondo que a variação dos fatores de risco para contrair hanseníase pudesse ser maior entre grupos populacionais do que entre indivíduos, foi empreendido um estudo epidemiológico de delineamento ecológico do tipo grupo múltiplo, envolvendo 203 municípios dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que estão localizados na região Centro-Oeste do Brasil. Foram constituídas variáveis sociodemográficas de exposição e a variável de efeito foi representada pela taxa de detecção média anual de hanseníase entre os anos de 2000 e 2006. Foram aproveitados dados secundários provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Saúde. Para compor um modelo multivariado, 14 variáveis foram analisadas por regressão linear simples e selecionadas sete variáveis com probabilidade de p < 0,2 para o coeficiente de inclinação da reta de regressão. As variáveis independentes selecionadas foram passo a passo testadas, simultaneamente e analisada a associação da variável dependente, visando o ajuste de um modelo singular da variabilidade da taxa de detecção de hanseníase. RESULTADOS: As variáveis que restaram no modelo após o processo de ajuste foram: Proporção da população moradora em domicílios com seis ou mais pessoas; Proporção da população não natural do estado; e, Cobertura populacional da estratégia de Atenção Saúde da Família. Estas variáveis juntas explicam 24,1% da variação nas taxas de detecção de hanseníase. CONCLUSÕES: Fatores sociodemográficos representam um importante domínio na epidemiologia da doença. A associação positiva do desfecho com a cobertura da estratégia de Atenção Saúde da Família indica que deve haver melhora no acesso ao diagnóstico mediante a implantação de modelos de Atenção Primária à Saúde baseados em racionalidades preventivas. Doentes poderiam ter sua contagiosidade interrompida mais precocemente, uma vez melhorada a capacidade diagnóstica dos serviços de saúde. Como recomendação para melhorar o acesso ao diagnóstico nas áreas endêmicas, a adoção da estratégia de Atenção Saúde da Família deve ser encorajada. Aglomeração domiciliar como variável ecológica foi interpretada como sendo um indicador socioeconômico indireto, mais do que propriamente relacionada às condições de contato. A qualidade da moradia, talvez seja mais importante para controle da endemia, tanto quanto possa vir acompanhada de melhorias gerais no padrão de vida. Reservatórios do M. leprae constituídos por indivíduos que eliminam bacilos cronicamente são os que perpetuam a endemia, embora possam, em tese, serem suplementados por fontes secundárias representadas por portadores transitórios. Fatores ligados à formação da fronteira agrícola e à urbanização brasileira podem ter fomentado a endemia de hanseníase, ao predisporem a renovação de susceptíveis pelas migrações, que modificam a composição populacional quanto à experiência de contato com o bacilo. Migrações poderiam romper os focos de hanseníase que estivessem saturados de indivíduos resistentes ao redistribuir espacialmente a população susceptível, levar infectantes para áreas indenes ou instalar as premissas biológicas e territoriais para tornar o contágio recorrente na população, mesmo que o contingente demográfico proveniente de imigrações não seja predominantemente mais vulnerável à doença. Tecnicização rural e constrições na esfera do trabalho têm movimentado populações que procuram refúgio nas periferias das cidades, caracterizadas por escassa infraestrutura urbana e rápido crescimento demográfico, supostamente continentes de grupos humanos dotados de diferentes perfis de resistência ao M. leprae. O circuito inferior da economia, uma resposta social à escassez de meios de vida e um traço da territorialização brasileira, tem oferecido os predicados espaciais para a persistência da endemia de hanseníase nos bolsões de pobreza urbana, ao gerar uma multiplicidade de contatos em proximidade e alimentar suas relações sociais de uma massa de recém-chegados do campo e da cidade, sua principal e mais abundante variável. Se a geografia estuda as condições de vida sobre a terra, estes resultados sugerem que a topografia médica, para além da descrição dos aspectos demográficos e socioeconômicos dos lugares de surgimento de doenças, pode contribuir em muito ao conhecimento em saúde, ao considerar analisar tais fatores enquanto potenciais condicionantes de endemias / BACKGROUND: Leprosy is a chronic granulomatous infectious disease whose causative agent is an obligate intracellular bacterium of life, Mycobacterium leprae, which has its main reservoir in man. The disease has a worldwide distribution, currently prevailing in tropical latitudes and has been framed between neglected diseases, disproportionately affecting poor and marginalized populations. The bacillus is highly contagious, and low pathogenic primarily affects the skin and nerves, with great potential crippling. The disease raged in the Old World during the Middle Ages and still practically disappeared from Europe in the early twentieth century, before any effective therapeutic resource was available. Introduced with the first European settlers, leprosy is endemic in Brazil and a public health problem. Leprosy is hyperendemic in many cities, especially in the states of North and Midwest, covering biomes savannah, swamp and rainforest, in vast areas of low population density; these areas have suffered huge human pressure related to increased activity agricultural and extractive, generating concerns about the environmental impact on human health, due to dynamic changes in territorial. OBJECTIVE: The purpose of this research was to understand the ecological effect of sociodemographic factors in the delimitation of leprosy-endemic areas and generating concerns about the relationship between the constitution of the territory and environmental exposure to the biological agent of the disease. MATERIAL AND METHODS: Assuming that the variation of the risk factors for contracting leprosy could be higher among population groups than between individuals, an epidemiological study was undertaken to design ecological type group multiple, involving 203 municipalities in the states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, which are located in the Midwest region of Brazil. Sociodemographic variables were recorded for exposure and effect was variable represented by annual average detection rate of leprosy between 2000 and 2006. We utilized secondary data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics and the Ministry of Health to compose a multivariate model, 14 variables were analyzed by linear regression and seven variables selected with probability p<0.2 for the slope coefficient of regression line. The independent variables were tested step by step, and simultaneously analyzed the association of the dependent variable in order to fit a model of the variability of the detection rate of leprosy. The variables that remained in the model after adjustment process were: \"Proportion of population living in households with six or more people,\" \"Proportion of population unnatural state,\" and \"Coverage of Population Health Care Strategy Family \". These variables together explain 24.1% of the variation in detection rates of leprosy. CONCLUSIONS: Sociodemographic factors represent an important area in the epidemiology of the disease. The positive association with the outcome of the strategic coverage of Family Health Care indicates that there must be improved access to diagnosis by implementing models of primary care-based preventive rationales. Patients could have their contagiousness interrupted earlier, once improved the diagnostic capacity of health services. As a recommendation to improve access to diagnosis in endemic areas, the adoption of the strategy of the Family Health Care should be encouraged. Household crowding as ecological variable was interpreted as an indirect socioeconomic indicator, rather than strictly related to contact conditions. The quality of housing, perhaps most important for disease control, as far as can be accompanied by general improvements in living standards. Reservoirs of M. leprae consist of individuals who are chronically eliminate bacilli that perpetuate endemic, although, in theory, be supplemented by secondary sources represented by transient carriers. Factors related to the formation of the agricultural frontier and the Brazilian urbanization may have fostered endemic leprosy, predispose to the renewal of the likely migration, which modify the composition of the population as to the experience of contact with the bacillus. Migration could break outbreaks of leprosy that were saturated with individuals resistant to spatially redistribute the population likely lead to infective areas unaffected or install the territorial and biological assumptions to make the recurring infection in the population, even though the population from immigration quota is not predominantly more vulnerable to disease. Technicisation rural and constrictions in the sphere of labor are busy people seeking refuge on the outskirts of cities, characterized by poor urban infrastructure and rapid population growth, supposedly continents groups of humans with different resistance profiles to M. leprae. The lower circuit of the economy, a social response to the scarcity of livelihood and a dash of Brazilian territorialization, has offered the spatial predicates for the persistence of endemic leprosy in pockets of urban poverty, to generate a plurality of contacts in proximity and feed their social relationships from a mass of newcomers from the countryside and the city, its main and most abundant variable. If geography studies the conditions of life on earth, these results suggest that medical topography, beyond the description of the demographic and socioeconomic aspects of the places outbreaks of diseases, can contribute greatly to health knowledge, to consider examining such factors as potential determinants of diseases
|
548 |
Condicionantes sociais na delimitação de espaços endêmicos de hanseníase / Social conditions in the delimitation of areas endemic for leprosyLuis Roberto de Souza 21 September 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica granulomatosa, cujo agente etiológico é uma bactéria de vida intracelular obrigatória, o Mycobacterium leprae, que tem no homem seu principal reservatório. A doença possui distribuição universal, predominando atualmente, em latitudes tropicais e tem sido enquadrada entre as enfermidades negligenciadas, atingindo desproporcionalmente populações pobres e marginalizadas. O bacilo é altamente contagioso, de baixa patogenicidade e acomete primordialmente pele e nervos, com grande potencial incapacitante. A doença grassou no Velho Mundo durante a Idade Média e praticamente desapareceu da Europa ainda no início do século XX, antes que qualquer recurso terapêutico eficaz estivesse disponível. Introduzida com os primeiros colonizadores europeus, a hanseníase é doença endêmica no Brasil e um problema de saúde pública. A hanseníase é hiperendêmica em muitos municípios, notadamente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, que abrangem biomas de cerrado, pântano e floresta amazônica, em vastas áreas de baixa densidade demográfica; estas áreas vêm sofrendo enorme pressão antrópica relacionada ao incremento de atividades agropecuárias e extrativistas, gerando preocupações em relação ao impacto ambiental sobre a saúde humana, decorrente de transformações na dinâmica territorial. OBJETIVO: O propósito desta pesquisa foi conhecer o efeito ecológico de fatores sociodemográficos na delimitação de espaços endêmicos de hanseníase e gerar hipóteses sobre a relação entre a constituição do território e a exposição ambiental ao agente biológico da doença. MATERIAL E MÉTODOS: Supondo que a variação dos fatores de risco para contrair hanseníase pudesse ser maior entre grupos populacionais do que entre indivíduos, foi empreendido um estudo epidemiológico de delineamento ecológico do tipo grupo múltiplo, envolvendo 203 municípios dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que estão localizados na região Centro-Oeste do Brasil. Foram constituídas variáveis sociodemográficas de exposição e a variável de efeito foi representada pela taxa de detecção média anual de hanseníase entre os anos de 2000 e 2006. Foram aproveitados dados secundários provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Saúde. Para compor um modelo multivariado, 14 variáveis foram analisadas por regressão linear simples e selecionadas sete variáveis com probabilidade de p < 0,2 para o coeficiente de inclinação da reta de regressão. As variáveis independentes selecionadas foram passo a passo testadas, simultaneamente e analisada a associação da variável dependente, visando o ajuste de um modelo singular da variabilidade da taxa de detecção de hanseníase. RESULTADOS: As variáveis que restaram no modelo após o processo de ajuste foram: Proporção da população moradora em domicílios com seis ou mais pessoas; Proporção da população não natural do estado; e, Cobertura populacional da estratégia de Atenção Saúde da Família. Estas variáveis juntas explicam 24,1% da variação nas taxas de detecção de hanseníase. CONCLUSÕES: Fatores sociodemográficos representam um importante domínio na epidemiologia da doença. A associação positiva do desfecho com a cobertura da estratégia de Atenção Saúde da Família indica que deve haver melhora no acesso ao diagnóstico mediante a implantação de modelos de Atenção Primária à Saúde baseados em racionalidades preventivas. Doentes poderiam ter sua contagiosidade interrompida mais precocemente, uma vez melhorada a capacidade diagnóstica dos serviços de saúde. Como recomendação para melhorar o acesso ao diagnóstico nas áreas endêmicas, a adoção da estratégia de Atenção Saúde da Família deve ser encorajada. Aglomeração domiciliar como variável ecológica foi interpretada como sendo um indicador socioeconômico indireto, mais do que propriamente relacionada às condições de contato. A qualidade da moradia, talvez seja mais importante para controle da endemia, tanto quanto possa vir acompanhada de melhorias gerais no padrão de vida. Reservatórios do M. leprae constituídos por indivíduos que eliminam bacilos cronicamente são os que perpetuam a endemia, embora possam, em tese, serem suplementados por fontes secundárias representadas por portadores transitórios. Fatores ligados à formação da fronteira agrícola e à urbanização brasileira podem ter fomentado a endemia de hanseníase, ao predisporem a renovação de susceptíveis pelas migrações, que modificam a composição populacional quanto à experiência de contato com o bacilo. Migrações poderiam romper os focos de hanseníase que estivessem saturados de indivíduos resistentes ao redistribuir espacialmente a população susceptível, levar infectantes para áreas indenes ou instalar as premissas biológicas e territoriais para tornar o contágio recorrente na população, mesmo que o contingente demográfico proveniente de imigrações não seja predominantemente mais vulnerável à doença. Tecnicização rural e constrições na esfera do trabalho têm movimentado populações que procuram refúgio nas periferias das cidades, caracterizadas por escassa infraestrutura urbana e rápido crescimento demográfico, supostamente continentes de grupos humanos dotados de diferentes perfis de resistência ao M. leprae. O circuito inferior da economia, uma resposta social à escassez de meios de vida e um traço da territorialização brasileira, tem oferecido os predicados espaciais para a persistência da endemia de hanseníase nos bolsões de pobreza urbana, ao gerar uma multiplicidade de contatos em proximidade e alimentar suas relações sociais de uma massa de recém-chegados do campo e da cidade, sua principal e mais abundante variável. Se a geografia estuda as condições de vida sobre a terra, estes resultados sugerem que a topografia médica, para além da descrição dos aspectos demográficos e socioeconômicos dos lugares de surgimento de doenças, pode contribuir em muito ao conhecimento em saúde, ao considerar analisar tais fatores enquanto potenciais condicionantes de endemias / BACKGROUND: Leprosy is a chronic granulomatous infectious disease whose causative agent is an obligate intracellular bacterium of life, Mycobacterium leprae, which has its main reservoir in man. The disease has a worldwide distribution, currently prevailing in tropical latitudes and has been framed between neglected diseases, disproportionately affecting poor and marginalized populations. The bacillus is highly contagious, and low pathogenic primarily affects the skin and nerves, with great potential crippling. The disease raged in the Old World during the Middle Ages and still practically disappeared from Europe in the early twentieth century, before any effective therapeutic resource was available. Introduced with the first European settlers, leprosy is endemic in Brazil and a public health problem. Leprosy is hyperendemic in many cities, especially in the states of North and Midwest, covering biomes savannah, swamp and rainforest, in vast areas of low population density; these areas have suffered huge human pressure related to increased activity agricultural and extractive, generating concerns about the environmental impact on human health, due to dynamic changes in territorial. OBJECTIVE: The purpose of this research was to understand the ecological effect of sociodemographic factors in the delimitation of leprosy-endemic areas and generating concerns about the relationship between the constitution of the territory and environmental exposure to the biological agent of the disease. MATERIAL AND METHODS: Assuming that the variation of the risk factors for contracting leprosy could be higher among population groups than between individuals, an epidemiological study was undertaken to design ecological type group multiple, involving 203 municipalities in the states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul, which are located in the Midwest region of Brazil. Sociodemographic variables were recorded for exposure and effect was variable represented by annual average detection rate of leprosy between 2000 and 2006. We utilized secondary data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics and the Ministry of Health to compose a multivariate model, 14 variables were analyzed by linear regression and seven variables selected with probability p<0.2 for the slope coefficient of regression line. The independent variables were tested step by step, and simultaneously analyzed the association of the dependent variable in order to fit a model of the variability of the detection rate of leprosy. The variables that remained in the model after adjustment process were: \"Proportion of population living in households with six or more people,\" \"Proportion of population unnatural state,\" and \"Coverage of Population Health Care Strategy Family \". These variables together explain 24.1% of the variation in detection rates of leprosy. CONCLUSIONS: Sociodemographic factors represent an important area in the epidemiology of the disease. The positive association with the outcome of the strategic coverage of Family Health Care indicates that there must be improved access to diagnosis by implementing models of primary care-based preventive rationales. Patients could have their contagiousness interrupted earlier, once improved the diagnostic capacity of health services. As a recommendation to improve access to diagnosis in endemic areas, the adoption of the strategy of the Family Health Care should be encouraged. Household crowding as ecological variable was interpreted as an indirect socioeconomic indicator, rather than strictly related to contact conditions. The quality of housing, perhaps most important for disease control, as far as can be accompanied by general improvements in living standards. Reservoirs of M. leprae consist of individuals who are chronically eliminate bacilli that perpetuate endemic, although, in theory, be supplemented by secondary sources represented by transient carriers. Factors related to the formation of the agricultural frontier and the Brazilian urbanization may have fostered endemic leprosy, predispose to the renewal of the likely migration, which modify the composition of the population as to the experience of contact with the bacillus. Migration could break outbreaks of leprosy that were saturated with individuals resistant to spatially redistribute the population likely lead to infective areas unaffected or install the territorial and biological assumptions to make the recurring infection in the population, even though the population from immigration quota is not predominantly more vulnerable to disease. Technicisation rural and constrictions in the sphere of labor are busy people seeking refuge on the outskirts of cities, characterized by poor urban infrastructure and rapid population growth, supposedly continents groups of humans with different resistance profiles to M. leprae. The lower circuit of the economy, a social response to the scarcity of livelihood and a dash of Brazilian territorialization, has offered the spatial predicates for the persistence of endemic leprosy in pockets of urban poverty, to generate a plurality of contacts in proximity and feed their social relationships from a mass of newcomers from the countryside and the city, its main and most abundant variable. If geography studies the conditions of life on earth, these results suggest that medical topography, beyond the description of the demographic and socioeconomic aspects of the places outbreaks of diseases, can contribute greatly to health knowledge, to consider examining such factors as potential determinants of diseases
|
Page generated in 0.0541 seconds