Spelling suggestions: "subject:"língua dde aminais"" "subject:"língua dde aninais""
51 |
Sobre surdos, bocas e mãos: saberes que constituem o currículo de fonoaudiologiaGuedes, Betina Silva 25 February 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T20:06:52Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nesta dissertação, tenho por objetivo problematizar os saberes que constituem o currículo de Fonoaudiologia após a promulgação da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que oficializou a Língua Brasileira de Sinais e determinou a inserção da LIBRAS como disciplina obrigatória nos cursos de Fonoaudiologia. Para tanto, utilizo como material de análise relatórios de atendimentos fonoaudiológicos, ementas de disciplinas que abordam a surdez e os surdos assim como, as bibliografias mais recorrentemente indicadas e/ou utilizadas nos cursos de graduação em Fonoaudiologia analisados.
Essa pesquisa insere-se em uma perspectiva pós-estruturalista e estabelece relações com os estudos de Michel Foucault. Com base nas ferramentas analíticas utilizadas - discurso e normalização –, delimitei dois movimentos analíticos: “Práticas fonoaudiológicas: relações entre a Língua de Sinais e a normalização dos surdos” e “Surdez e bilinguismo: aproximações e rupturas no cur / In this dissertation I have in mind to discuss about the knowledge that constitute the Speech and Language Therapy curriculum since the promulgation of the law 10.436 from April 24/2002 regulated by the Decret n° 5.626/2005 December that made official LIBRAS and introduced the sign language as obligatory course of study in Speech and Language Therapy course. In order to compare this research I investigated many sumulas that treat about deafness and deaf from ten universities from different areas of our country, many reports of Speech and Language Therapy and the most used bibliography of the graduation course analyzed. This research is based in the post structuralist perspective and established the relation with the Michel Foucault studies. Through these analytical tools used – discourse and normalization – I demarcate two analytic movements: “Speech and Language practices: relation between the sign language and deaf normalization” and “Deafness and bilingual: approximations and ruptures in the curriculum of
|
52 |
Alicerces de significados e sentidos: aquisição de linguagem na surdocegueira congênita / Foundations of meaning and senses: the acquisition of language in congenital deafblindness.Cormedi, Maria Aparecida 09 May 2011 (has links)
A surdocegueira refere à condição do déficit simultâneo da audição e da visão, cuja combinação leva a uma privação dos dois sentidos responsáveis pela recepção de informações à distância, de ordem temporal, direcional e simbólica. Caracteriza a surdocegueira o fato de não haver compensação do déficit visual pelo sentido da audição e nem do déficit auditivo pelo sentido da visão. A compensação sensorial se dá por meio do sentido do tato e do sistema proprioceptivo, que compreende os sentidos cinestésico e vestibular. A surdocegueira pressupõe uma das mais complexas questões perceptuais: as especificidades da comunicação de cada pessoa surdocega e a aquisição da linguagem. Esta tese propôs: pesquisar a trajetória de duas pessoas que compensaram a surdocegueira, adquirindo linguagem e comunicando-se por língua de sinais; desvelar o desafio referente à barreira da comunicação, do ponto de vista dessas pessoas que a superaram. O objetivo geral foi identificar os fatores que possibilitaram a aquisição da linguagem até o uso da língua de sinais por essas duas jovens com surdocegueira total congênita. O procedimento metodológico foi o estudo de caso, de modalidade qualitativa, de cada uma das duas jovens surdocegas congênitas. O caráter inovador desta pesquisa foi o de entrevistar diretamente as duas jovens, familiares e profissionais, complementando esses dados com registros de observação direta e análise de documentos. A fundamentação teórica resgatou concepções de vários autores dentre os quais: sobre surdocegueira, Alsop, Brown, MacInnes, Orelove, Riggio, Sobsey e Treffry; referente à linguagem e comunicação, o interacionismo social-histórico-cultural de Vigostski e Bakhtin; referente ao perceber, situar-se no mundo, compreender e comunicar-se, Amaral, MacLinden, Masini, Miles, Reys e Sacks. Foram descritas e analisadas as relações das duas jovens surdocegas com o outro e com o que as cercavam e seus processos de aquisição de linguagem e comunicação linguística. A análise dos dados identificou as etapas de aquisição das formas comunicativas pré-linguísticas até as formas linguísticas, bem como os fatores que possibilitaram a aquisição da linguagem e a comunicação linguística, evidenciando suas formas linguísticas de comunicação língua de sinais tátil, língua de sinais e Tadoma. Os resultados evidenciaram os fatores que alicerçaram a linguagem e a comunicação pela língua de sinais das jovens pesquisadas: a identidade assumida como sujeito surdocego; o desenvolvimento das habilidades sensoriais e motoras; o contexto histórico familiar, educacional, social e cultural, de consideração e incentivo à ação e interação; a oportunidade de disporem de mediador; as relações com outros, atentos às suas formas de comunicação expressiva e de comunicação receptiva. / The deafblindness refers to the condition of simultaneous deficit of hearing and vision which causes a sensorial deprivation of senses responsible for receiving information from a distance, such as: temporal, directional and symbolic information. In Deafblindness the visual sense does not compensate hearing deficit and auditory sense does not compensate for visual deficit. The sensory compensation occurs through the sense of touch and proprioceptive system, which includes the kinesthetic and vestibular senses. Deafblindness presents one of the greatest complex perceptual issues: the specificities of each deafblind person communication and language acquisition. This thesis proposed: to research the trajectory of two young girls who were able to compensate the deafblindness, acquiring language and communication by sign language, revealing the communication challenge, from the standpoint of those people who have overcome it. The objective was to identify factors that enabled the acquisition of language and the communication by sign language of two young girls with total congenital deafblindness. The methodological approach was a case study of each one of the two deafblind girls, in qualitative modality. The innovation of this research was to interview directly two deafblind young girls and their families, professionals, complementing these data with records of direct observation and document analysis. The theoretical concepts was based in different authors according to themes: referring to deafblindness Alsop; Brown; MacInnes; Orelove; Riggio; Sobsey and Treffry; referring to language and communication interactionism social and cultural aprouch of Vigostski and Bakhtin; referring how to place in the environment, understanding world and communicating - Amaral; MacLinden; Masini; Miles; Reys; Sacks. This thesis has described and analyzed the relationship of two total deafblind young girls with others and their environment as well as to describe and analize their processes of language acquisition and linguistic communication. Data analysis has identified the stages from pre - linguistic communication to linguist forms, as well as factors that enabled the acquisition of language and linguistic communication, highlighting their linguistic modes of communication tactile sign language, sign language and Tadoma. The results showed the foundations factors to language and communication by sign language of the two young girls who were total deafblind surveyed: the assumed identity as a deafblind person; the development of sensory and motor skills; the historical family, educational, social, cultural environment; the opportunity to have a mediator; the relationships with other aware of their forms of communication expressive and receptive communication.
|
53 |
Sinalizando com os terena : um estudo do uso da LIBRAS e de sinais nativos por indígenas surdos /Sumaio, Priscilla Alyne. January 2014 (has links)
Orientador: Cristina Martins Fargetti / Banca: Angélica Terezinha Carmo Rodrigues / Banca: Christiane Cunha de Oliveira / Resumo: O povo terena habita os estados de Mato-Grosso do Sul e São Paulo. Essa etnia conta com 28.845 pessoas (dados do IBGE, 2010), que estão divididas em 17 terras. Constataram-se terena surdos primeiramente na Comunidade Indígena de Cachoeirinha, de 9.507 habitantes e, em segunda viagem a campo, também em aldeias vizinhas, próximas ao município de Miranda-MS. A língua oral terena é amplamente falada, e também foi observado o uso de sinais pelos surdos terena, o que deu origem a esta pesquisa. O projeto envolveu o estudo da(s) língua(s) utilizadas por surdos terena de diferentes faixas etárias, sendo a maioria jovens. É notável que parte dessas pessoas não conheça a língua brasileira de sinais (LIBRAS). Alguns nunca frequentaram a escola ou tiveram contato com surdos usuários de LIBRAS. De maneira geral, os familiares dos surdos são ouvintes e falantes de português e terena, e os mais próximos conhecem os sinais terena. Alguns jovens estudam na cidade e estão avançando no uso e conhecimento da LIBRAS, porém estes mesmos jovens utilizam outros sinais na aldeia, com seus familiares ouvintes, amigos e outros surdos, que não sabem LIBRAS. Em última viagem a campo, em 2012, foram coletados sinais terena por meio de fotografia e vídeo, que foram analisados. Avaliou-se então a estrutura, a morfologia no uso desses sinais, e se chegam realmente a constituir uma língua. Entretanto, nesse momento, os aspectos linguísticos não puderam ser mais aprofundados, pois ainda está coletada uma quantidade reduzida de dados, que deverá ser aumentada para a pesquisa do doutorado. Observei também a cultura, educação, cosmovisão terena e surda, as relações dos surdos com seus familiares, professores, intérpretes, amigos e sociedade ouvinte / Abstract: The terena people inhabiting the states of Mato Grosso do Sul and São Paulo. This ethnic group has 28,845 people (IBGE data, 2010) which are divided into 17 indigenous communities. Deaf Terena were discovered first at the indigenous village Cachoeirinha, of 9,507 inhabitants and, on second field trip, also in the neighboring villages, near the city of Miranda-MS. The Terena oral language is widely spoken, and the use of signs by deaf Terena was also observed, which gave rise to this research. The project involves the study of languages used by deaf Terena of different age groups, the majority being young. It is notable that some of these people do not know the Brazilian Sign Language (LIBRAS, from Língua Brasileira de Sinais). Some of them have never attended school or had contact with deaf users of LIBRAS. Generally, family members of the deaf are listeners and speakers of Portuguease and Terena, and the closest know the Terena signs. Some young people are studying in the city and are progressing in the use and knowledge of LIBRAS, but these same young people use other signs in the village with their listeners relatives, friends and other deaf people, who do not know LIBRAS. In last field trip in 2012, Terena signs were collected through photography and video, and were analyzed. It is necessary evaluate now the structure, morphology in the use of these signs and, if they really constitute a language. However, at that moment the linguistic aspects can not be more profound because a small amount of data was collected , and should be increased to the PhD research. I also observed the culture, education, Terena and deaf worldview, the relations of the deaf with their families, teachers, interpreters, friends and hearing society / Mestre
|
54 |
Análise de paragrafias do surdo na nomeação de sinais por escrita livre: teste de nomeação de sinais por escrita de palavras, versões 1.2 e 2.2 com 5.086 estudantes surdos de 1ª a 13ª série de 14 Estados BrasileirosAlessandra Giacomet 13 December 2007 (has links)
O Teste de Nomeação de Sinais por Escrita (TNSEscrita) é parte de uma bateria de 11 testes de desenvolvimento da linguagem de sinais e de competência de leitura e escrita, que foi desenvolvida pela equipe coordenada pelo Dr. Fernando Capovilla no Laboratório de Neuropsicolingüística Cognitiva Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, especialmente para a população escolar surda brasileira, e validada e normatizada com uma amostra de 5.365 escolares surdos. O TNSEscrita avalia o desenvolvimento conjunto de compreensão de sinais da Libras e de escrita de palavras em Português, e permite analisar o envolvimento de processos quirêmicos, ortográficos e semânticos envolvidos na escrita de palavras para denominar sinais da Libras. Este estudo apresenta dados de duas versões do teste de nomeação de sinais por escrita livre, a versão reordenada 1.2 (TNS1.2-Escrita) aplicada a 5.080 alunos surdos e a versão alternativa também reordenada 2.2 (TNS2.2-Escrita) aplicada a 5.086 alunos surdos, respectivamente de 1a. série do Ensino Fundamental a 1a. série do Ensino Superior. Os dados preliminares dizem respeito à normatização dos dois testes com a amostra avaliada, bem como à análise da distribuição dos erros de escrita (paragrafias) produzidos durante a nomeação dos 36 sinais de cada versão do teste por meio de escrita livre. Ou seja, ao ter de nomear um determinado sinal, o estudante surdo acaba escrevendo uma palavra (ou neologismo semelhante a uma palavra) que difere da palavra alvo que corresponde àquele sinal em Português. O erro de escrita tem natureza quirêmica quando a palavra escrita difere da palavra alvo mas os sinais correspondentes à palavra escrita e à palavra alvo mantêm semelhança quirêmica, i.e., quando eles compartilham certa proporção de elementos quirêmicos formacionais em comum. O erro de escrita, ou paragrafia, tem natureza semântica quando a palavra escrita difere da palavra alvo mas se relaciona com ela conceitualmente, por relações como de oposição conceitual (e.g., escrever a palavra subir para designar o sinal descer; ou escrever maior para menor), parentesco conceitual (e.g., escrever navio para designar o sinal avião), e assim por diante. O erro de escrita tem natureza ortográfica quando a palavra escrita é, em verdade, um neologismo (pseudopalavra) que se assemelha à palavra alvo que deveria ser escrita (i.e., com semelhança no aspecto geral), mas que difere dela, seja no número de letras em comum, ou mesmo na ordem dessas letras. O estudo analisou as paragrafias cometidas na nomeação dos sinais e as distribuiu em quatro categorias (paragrafia quirêmica, paragrafia ortográfica, paragrafia semântica, e paragrafia atípica), e computou a incidência relativa de cada paragrafia na nomeação de cada sinal das duas versões. Foram avaliados 5.086 estudantes surdos de 14 estados brasileiros (AC, AM, BA, CE, DF, ES, MA, MG, MS, PA, PR, RJ, RS, SP), com idade variando de 5 a 59 anos, e média de 17,7 anos (DP = 6,9). Foram 5.080 no TNS1.2- Escrita e 5.086 no TNS2.2-Escrita, com escolaridade média, em termos de número de anos no Ensino Fundamental, de 4,9 anos (DP = 2,8), isto é, quase 5a. série, com mínimo de 1 ano e máximo de 12 anos de escolaridade, ou seja, Ensino Superior. O estudo analisou o crescimento da habilidade de nomear sinais da Libras por meio da escrita livre de palavras por parte de alunos surdos do Ensino Fundamental e do Ensino Superior bem como a distribuição das paragrafias quirêmicas, ortográficas, semânticas e atípicas cometidas pelos surdos durante a nomeação escrita dos sinais. Análises de regressão do logaritmo da incidência da palavra escrita (durante a tarefa de nomeação de sinais alvo) sobre o grau de semelhança quirêmica entre sinais mediador e alvo (i.e., entre o sinal subjacente a cada palavra que foi escrita na tarefa de nomeação e o sinal alvo a ser nomeado na tarefa) revelaram correlação positiva significativa. Logo, na tarefa de nomeação escrita de sinais, a freqüência com que um determinado nome é escrito é tão maior quanto maior a semelhança entre o sinal subjacente (i.e., o sinal espontaneamente evocado que subjaz a esse nome espontaneamente escrito) e o sinal alvo a ser nomeado. Tal achado foi encontrado tanto no TNS1.2-Escrita quanto no TNS2.2-Escrita. / Text not informed by the author
|
55 |
Análise da Fluência Verbal de Surdos Oralizados em Português Brasileiro e Usuários de Língua Brasileira de Sinais / Analyses of the verbal fluency of deaf individuals with oral Brazilian Portuguese language and users of the Brazilian Sign LanguageSusana Francischetti Garcia 16 August 2001 (has links)
Este estudo tem como objetivo traçar o perfil da fluência verbal de surdos oralizados em Português Brasileiro, usuários de Língua Brasileira de Sinais, em relação aos aspectos de velocidade da fala, tipologia das disfluências da fala, e freqüência de rupturas da fala, tanto na produção oral quanto na produção multimodal. O perfil da fluência foi investigado através da análise perceptual de amostras de fala de 12 indivíduos adultos surdos profundos congênitos. A metodologia de coleta e a análise da fluência foi baseada em protocolo brasileiro de avaliação da fluência. Os dados obtidos foram comparados intra-grupo, ou seja, a produção oral dos surdos com sua produção multimodal, e inter-grupos, a produção dos surdos com os parâmetros de fluência de ouvintes falantes de Português Brasileiro. Os resultados indicam que a fluência da fala dos surdos, tanto na produção multimodal quanto na produção oral são diferentes da fluência dos ouvintes. A velocidade da fala dos surdos é mais lenta que a dos ouvintes. Quanto à tipologia das disfluências da fala, os surdos apresentam resultados diferentes dos ouvintes (exceto na produção oral, para disfluências comuns). A freqüência de rupturas da fala dos surdos é superior à dos ouvintes (exceto na produção multimodal, para a porcentagem de descontinuidade de fala). Este estudo evidencia a necessidade de novas pesquisas sobre a fluência verbal dos surdos. / This research aimed to determine the verbal fluency profile of deaf individuals with oral Brazilian Portuguese language and users of the Brazilian Sign Language, in relation to speech rate, type of disfluencies and frequency of speech disruptions, in the oral and multimodal production. The fluency profile was investigated through the perceptual analyses of the speech samples of 12 deaf adults with severe congenital hearing loss. The adopted methodology and the fluency analyses were based on the Brazilian protocol of fluency analyses. The obtained data was analysed within the group, that is, comparing the oral production of the deaf individuals to their multimodal production, and between groups, that is, comparing the oral production of the deaf individuals to the oral production of hearing individuals speakers of the Brazilian Portuguese. The results indicate that the fluency of speech of deaf individuals, in the multimodal and in the oral production, are different than hearing individuals. The speech rate of deaf individuals is slower than that presented by hearing individuals. In relation to the type of disfluencies presented, the deaf individuals present different results than that observed in hearing individuals (except in the oral roduction for the common disfluencies category). The frequency of the speech disruptions presented by the deaf individuals is superior to that of the hearing group (except for the multimodal production for the percentage of speech discontinuity category). This study emphasizes the need of more research about the verbal fluency of deaf individuals.
|
56 |
Lexicografia da língua de sinais brasileira do Rio Grande do Sul / Brazilian Sign Language Lexicography in the state of Rio Grande do SulAntonielle Cantarelli Martins 10 December 2012 (has links)
Esta dissertação, intitulada Lexicografia da Língua de Sinais Brasileira (Libras) do Rio Grande do Sul, objetiva documentar o léxico de sinais de Libras usado pela população surda do estado do Rio Grande do Sul, com a finalidade de aumentar a representatividade geográfica lexical dos sinais de uso comum entre os surdos gaúchos nas próximas edições do Novo Deit-Libras: Novo Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira (Capovilla, Raphael, & Mauricio). Dos 347.481 surdos brasileiros, 48.700 residem na região Sul, sendo que, das regiões do Brasil, o Sul tem a maior incidência proporcional de surdez (i.e., de pessoas que, na terminologia do IBGE, \"não conseguem ouvir de modo algum\") em relação à população total do mesmo estado. O Rio Grande do Sul tem uma população de 10.693.929 habitantes, dos quais 617.096 têm algum tipo de deficiência auditiva. Assim, 5,77% da população do estado tem deficiência auditiva, daí a necessidade de fazer o registro lexicográfico da língua de sinais usada pela população desse estado. Esta pesquisa lexicográfica é parte do programa de pesquisa de documentação lexicográfica de Libras do Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental da Universidade de São Paulo, que tem documentado a língua de sinais de cada região brasileira. A pesquisa empregou procedimento padrão de pesquisa lexicográfica, incluindo, portanto, as etapas de levantamento, seleção de bibliografia, pesquisa de campo, análise e registro de dados. A pesquisa produziu um corpus de 2.869 sinais de Libras, todos plenamente documentados, descritos e ilustrados em sua forma e em seu significado, bem como distribuídos em 16 categorias semânticas / This dissertation, entitled Brazilian Sign Language Lexicography in the state of Rio Grande do Sul, aims to document the lexicon of the Brazilian Sign Language signs used by the deaf people in the state of Rio Grande do Sul and to increase the geographic representation of lexical signs commonly used among deaf people from this state in the following edition of the trilingual sign dictionary -New Trilingual Illustrated Encyclopedic Dictionary of Brazilian Sign Language (Capovilla, Raphael, & Mauricio). Out of the 347.481 Brazilian deaf, 48.700 live in the South Region of Brazil, which is the one with the highest relative incidence of deaf people (that is, according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics, and it refers to people who cannot hear at all) if compared to the population in the state. Rio Grande do Sul has a population of 10.693.929 people of whom 617.096 have some kind of hearing impairment. Therefore, 5,77% of this state´s population has some kind of hearing loss and that is why it is necessary to register the Sign Language lexicon used by these people. This lexical research is part of the Brazilian lexicographic documentation research program of the Brazilian Sign Language and it is linked to Lance-USP, a laboratory at University of Sao Paulo, that has been documenting the Sign Language in each one of the country states. The research applied a standard procedure of lexicographical research, including the steps of collecting, bibliographic selection, field research, analysis and register of the data. The research has produced 2.869 signs for the Brazilian Sign Language, all fully documented, described and illustrated in both form and meaning, as well as distributed in 16 semantic categories
|
57 |
Lexicografia da língua de sinais brasileira do Rio Grande do Sul / Brazilian Sign Language Lexicography in the state of Rio Grande do SulMartins, Antonielle Cantarelli 10 December 2012 (has links)
Esta dissertação, intitulada Lexicografia da Língua de Sinais Brasileira (Libras) do Rio Grande do Sul, objetiva documentar o léxico de sinais de Libras usado pela população surda do estado do Rio Grande do Sul, com a finalidade de aumentar a representatividade geográfica lexical dos sinais de uso comum entre os surdos gaúchos nas próximas edições do Novo Deit-Libras: Novo Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira (Capovilla, Raphael, & Mauricio). Dos 347.481 surdos brasileiros, 48.700 residem na região Sul, sendo que, das regiões do Brasil, o Sul tem a maior incidência proporcional de surdez (i.e., de pessoas que, na terminologia do IBGE, \"não conseguem ouvir de modo algum\") em relação à população total do mesmo estado. O Rio Grande do Sul tem uma população de 10.693.929 habitantes, dos quais 617.096 têm algum tipo de deficiência auditiva. Assim, 5,77% da população do estado tem deficiência auditiva, daí a necessidade de fazer o registro lexicográfico da língua de sinais usada pela população desse estado. Esta pesquisa lexicográfica é parte do programa de pesquisa de documentação lexicográfica de Libras do Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental da Universidade de São Paulo, que tem documentado a língua de sinais de cada região brasileira. A pesquisa empregou procedimento padrão de pesquisa lexicográfica, incluindo, portanto, as etapas de levantamento, seleção de bibliografia, pesquisa de campo, análise e registro de dados. A pesquisa produziu um corpus de 2.869 sinais de Libras, todos plenamente documentados, descritos e ilustrados em sua forma e em seu significado, bem como distribuídos em 16 categorias semânticas / This dissertation, entitled Brazilian Sign Language Lexicography in the state of Rio Grande do Sul, aims to document the lexicon of the Brazilian Sign Language signs used by the deaf people in the state of Rio Grande do Sul and to increase the geographic representation of lexical signs commonly used among deaf people from this state in the following edition of the trilingual sign dictionary -New Trilingual Illustrated Encyclopedic Dictionary of Brazilian Sign Language (Capovilla, Raphael, & Mauricio). Out of the 347.481 Brazilian deaf, 48.700 live in the South Region of Brazil, which is the one with the highest relative incidence of deaf people (that is, according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics, and it refers to people who cannot hear at all) if compared to the population in the state. Rio Grande do Sul has a population of 10.693.929 people of whom 617.096 have some kind of hearing impairment. Therefore, 5,77% of this state´s population has some kind of hearing loss and that is why it is necessary to register the Sign Language lexicon used by these people. This lexical research is part of the Brazilian lexicographic documentation research program of the Brazilian Sign Language and it is linked to Lance-USP, a laboratory at University of Sao Paulo, that has been documenting the Sign Language in each one of the country states. The research applied a standard procedure of lexicographical research, including the steps of collecting, bibliographic selection, field research, analysis and register of the data. The research has produced 2.869 signs for the Brazilian Sign Language, all fully documented, described and illustrated in both form and meaning, as well as distributed in 16 semantic categories
|
58 |
Análise de paragrafias do surdo na nomeação de sinais por escrita livre: teste de nomeação de sinais por escrita de palavras, versões 1.2 e 2.2 com 5.086 estudantes surdos de 1ª a 13ª série de 14 Estados BrasileirosGiacomet, Alessandra 13 December 2007 (has links)
O Teste de Nomeação de Sinais por Escrita (TNSEscrita) é parte de uma bateria de 11 testes de desenvolvimento da linguagem de sinais e de competência de leitura e escrita, que foi desenvolvida pela equipe coordenada pelo Dr. Fernando Capovilla no Laboratório de Neuropsicolingüística Cognitiva Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, especialmente para a população escolar surda brasileira, e validada e normatizada com uma amostra de 5.365 escolares surdos. O TNSEscrita avalia o desenvolvimento conjunto de compreensão de sinais da Libras e de escrita de palavras em Português, e permite analisar o envolvimento de processos quirêmicos, ortográficos e semânticos envolvidos na escrita de palavras para denominar sinais da Libras. Este estudo apresenta dados de duas versões do teste de nomeação de sinais por escrita livre, a versão reordenada 1.2 (TNS1.2-Escrita) aplicada a 5.080 alunos surdos e a versão alternativa também reordenada 2.2 (TNS2.2-Escrita) aplicada a 5.086 alunos surdos, respectivamente de 1a. série do Ensino Fundamental a 1a. série do Ensino Superior. Os dados preliminares dizem respeito à normatização dos dois testes com a amostra avaliada, bem como à análise da distribuição dos erros de escrita (paragrafias) produzidos durante a nomeação dos 36 sinais de cada versão do teste por meio de escrita livre. Ou seja, ao ter de nomear um determinado sinal, o estudante surdo acaba escrevendo uma palavra (ou neologismo semelhante a uma palavra) que difere da palavra alvo que corresponde àquele sinal em Português. O erro de escrita tem natureza quirêmica quando a palavra escrita difere da palavra alvo mas os sinais correspondentes à palavra escrita e à palavra alvo mantêm semelhança quirêmica, i.e., quando eles compartilham certa proporção de elementos quirêmicos formacionais em comum. O erro de escrita, ou paragrafia, tem natureza semântica quando a palavra escrita difere da palavra alvo mas se relaciona com ela conceitualmente, por relações como de oposição conceitual (e.g., escrever a palavra subir para designar o sinal descer; ou escrever maior para menor), parentesco conceitual (e.g., escrever navio para designar o sinal avião), e assim por diante. O erro de escrita tem natureza ortográfica quando a palavra escrita é, em verdade, um neologismo (pseudopalavra) que se assemelha à palavra alvo que deveria ser escrita (i.e., com semelhança no aspecto geral), mas que difere dela, seja no número de letras em comum, ou mesmo na ordem dessas letras. O estudo analisou as paragrafias cometidas na nomeação dos sinais e as distribuiu em quatro categorias (paragrafia quirêmica, paragrafia ortográfica, paragrafia semântica, e paragrafia atípica), e computou a incidência relativa de cada paragrafia na nomeação de cada sinal das duas versões. Foram avaliados 5.086 estudantes surdos de 14 estados brasileiros (AC, AM, BA, CE, DF, ES, MA, MG, MS, PA, PR, RJ, RS, SP), com idade variando de 5 a 59 anos, e média de 17,7 anos (DP = 6,9). Foram 5.080 no TNS1.2- Escrita e 5.086 no TNS2.2-Escrita, com escolaridade média, em termos de número de anos no Ensino Fundamental, de 4,9 anos (DP = 2,8), isto é, quase 5a. série, com mínimo de 1 ano e máximo de 12 anos de escolaridade, ou seja, Ensino Superior. O estudo analisou o crescimento da habilidade de nomear sinais da Libras por meio da escrita livre de palavras por parte de alunos surdos do Ensino Fundamental e do Ensino Superior bem como a distribuição das paragrafias quirêmicas, ortográficas, semânticas e atípicas cometidas pelos surdos durante a nomeação escrita dos sinais. Análises de regressão do logaritmo da incidência da palavra escrita (durante a tarefa de nomeação de sinais alvo) sobre o grau de semelhança quirêmica entre sinais mediador e alvo (i.e., entre o sinal subjacente a cada palavra que foi escrita na tarefa de nomeação e o sinal alvo a ser nomeado na tarefa) revelaram correlação positiva significativa. Logo, na tarefa de nomeação escrita de sinais, a freqüência com que um determinado nome é escrito é tão maior quanto maior a semelhança entre o sinal subjacente (i.e., o sinal espontaneamente evocado que subjaz a esse nome espontaneamente escrito) e o sinal alvo a ser nomeado. Tal achado foi encontrado tanto no TNS1.2-Escrita quanto no TNS2.2-Escrita. / Text not informed by the author
|
59 |
O desenvolvimento da competência comunicativa intercultural de surdos aprendizes de inglês : a internet como meioBatista, Claudia Arantes 23 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-30T18:00:58Z
No. of bitstreams: 1
2015_ClaudiaArantesBatista.pdf: 3283672 bytes, checksum: c16496bc9155a8b85917547eac65b770 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-30T21:11:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_ClaudiaArantesBatista.pdf: 3283672 bytes, checksum: c16496bc9155a8b85917547eac65b770 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-30T21:11:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_ClaudiaArantesBatista.pdf: 3283672 bytes, checksum: c16496bc9155a8b85917547eac65b770 (MD5) / Esta pesquisa, de cunho qualitativo, tem como tema principal analisar o processo de desenvolvimento da Competência Comunicativa Interculturalno ensino de língua estrangeira por meio de Projetos Colaborativos Internacionais com uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como o fórum online, e questões envolvendo aspectos interculturais para observar como esses aspectos podem ou não contribuir para promover a comunicação e ampliar a socialização do estudante surdo com ouvintes. O tema nasceu da experiência da pesquisadora como professora de inglês como língua estrangeira, a partir de iniciativa própria de inclusão dos alunos surdos em projetos colaborativos internacionais com o uso de uma plataforma educacional online como atividade complementar e participação voluntária. Para tanto, o estudo se baseou no Modelo de Competência Comunicativa Intercultural de Byram (1997), que afirma ser o comunicador intercultural aquele que consegue estabelecer ligações culturais e interpretá-las na perspectiva do Outro em relação a si mesmo e a sua comunidade. Este comunicador intercultural é também capaz de negociar conhecimento no encontro intercultural, ultrapassando os obstáculos que possam surgir. Neste estudo buscou-se analisar se os alunos surdos do grupo de pesquisa tinham capacidade de usar a língua inglesa para estabelecer comunicação por escrito por meio de interação intercultural com estudantes de inglês com diferentes níveis de proficiência, LE, L2 e LM. A comunicação intercultural foi baseada na utilização dos vídeos de autoria dos próprios estudantes surdos como meio de iniciar o diálogo com esses interlocutores ouvintes desconhecidos. Essa metodologia se justificou porque os alunos se interessam pela produção de vídeos, com várias produções próprias, realizadas com supervisão da intérprete de Libras, de professores de línguas da escola e da professora da sala de recursos, como atividade complementar às atividades escolares. Trata-se de uma pesquisa que está fundamentada principalmente no Modelo de Competência Comunicativa Intercultural cujo proponente é o pesquisador Michael Byram, além do respaldo teórico dos estudos sobre competências (HUELVA UNTERNBÄUMEN, 2015; HYMES, 2001; CANALE, 2013; ALMEIDA FILHO, 1993, 2014; e outros), cultura (GEERTZ, 1989; KRAMSCH, 1993; DURANTI, 2001 e outros), interculturalidade (BYRAM, 1997; BENNETT, 1998; MENDES, 2011a; CANDAU, 2012 e outros), cultura surda (SKLIAR, 1998; 1999; LANE, 1997; CASTRO JUNIOR; 2011; STROBEL, 2008), competência comunicativa intercultural (BYRAM, 1997; 2008).
________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present qualitative research has as its main focus to analyze the developmental process of the Intercultural Communicative Competence in foreign language teaching through International Collaborative Projects that use Communication and Information Technologies , such as online forums, and also, to analyze the issues involving Intercultural aspects with the aim to observe how those aspects can or cannot contribute to promote communication and increase socialization of hearing impaired students with listeners. The topic has its origin in the researchers’ experience as an English as a foreign language teacher, where she had the initiative to include hearing impaired students in international collaborative projects with the use of an online educational platform used as a complementary activity and voluntary participation. The present study was based on the Intercultural Communicative Competence Model by Byram (1997), which states that the Intercultural speaker is the one who manages to establish cultural links through the other’s perspective in relation to oneself and their community. This Intercultural speaker is also able to negotiate knowledge in the Intercultural encounter, overcoming the barriers that might emerge. This study was aimed to analyze if the hearing impaired students in the research group were able to use the English language to communicate in written form through Intercultural interaction with other students of English with different proficiency levels, LE, L2 and LM. The Intercultural communication was based on videos made by the hearing impaired students as a means to initiate the dialogue with these unknown listeners. The methodology justified because learners were interested in the production of videos, many of which of their own making, supervised by the Brazilian Sign Language interpreter, by language teachers and also by the special education needs teacher, as an after class activity. This is a research grounded mainly in the Intercultural Communicative Competence proposed by the researcher Michael Byram, but it also sought theoretical validation on studies on competence of (HUELVA UNTERNBÄUMEN, 2015; HYMES, 2001; CANALE, 2013; ALMEIDA FILHO, 1993, 2014; and others), culture (GEERTZ, 1989; KRAMSCH, 1993; DURANTI, 2001 and others), interculturality (BYRAM, 1997; BENNETT, 1998; MENDES, 2011a; CANDAU, 2012 and others), deaf culture (SKLIAR, 1998; 1999; LANE, 1997; CASTRO JUNIOR; 2011; STROBEL, 2008), intercultural communicative competence (BYRAM, 1997; 2008).
|
60 |
Literatura surda : análise da circulação de piadas clássicas em Línguas de SinaisSilveira, Carolina Hessel January 2015 (has links)
A tese focaliza a temática do humor surdo, considerado como um componente da cultura surda. Busca seu aporte teórico nos Estudos Culturais e nos Estudos Surdos, além dos estudos sobre o humor. Sua questão central é: quais representações de surdos e características da cultura surda estão presentes em piadas que circulam nas comunidades surdas? Seus objetivos são analisar um conjunto de piadas consideradas clássicas pela comunidade surda, contrastando suas diferentes versões e identificando aspectos de humor preferentemente explorados. Principais critérios para escolha das piadas foram: ter personagens surdos e/ou temas da cultura surda; ter versão preferencialmente em Libras; apresentar mais de uma versão (de 4 a 6); ter tradição na comunidade surda. Foram analisadas 14 piadas, num total de 78 versões, com predominância de versões em vídeo, da internet ou de DVDs, mas também retiradas de material bibliográfico. A análise foi inspirada em pesquisadores da cultura surda (Strobel, 2009), do humor (Propp, 1992, Possenti, 1998; Bergson 1980), de representação (Hall, 1997), de identidade (Silva, 2000) e, especificamente, do humor surdo (Rutherford, 1983); Holcomb (1994); Renard & Lapalu (1997); Morgado (2011); Sutton-Spence & Napoli (2012). A análise qualitativa mostrou que a maioria das piadas apresenta temáticas relacionadas ao problema de comunicação, em situações em que o ouvinte não sabe Língua de Sinais. Neste caso, o humor atua no sentido de inverter os discursos correntes, em que os surdos são representados como tendo “dificuldade de comunicação”. Tais piadas integram a categoria “Rir dos outros”, em que a fonte do riso são as diferenças entre as experiências surdas e as experiências ouvintes. Nas primeiras, avulta o uso de línguas de sinais e a experiência visual, e o barulho não incomoda. Por outro lado, as piadas apresentam ouvintes atrapalhados com o uso da língua de sinais e/ou incomodados com o barulho. Rir dos ouvintes, dentro do chamado “riso de zombaria”, é frequente nas piadas. Elas manifestam também a importância da visibilidade, da experiência visual, com destaque para as vantagens de ser surdo, isto é, para o ganho surdo, que às vezes decorre de atitudes benevolentes de ouvintes, que são caridosos e não cobram dos surdos, ou do fato de que personagens surdos não são perturbados por barulhos e gritos. Outro grupo de piadas envolve o riso sobre coisas do próprio grupo, enquadradas na categoria “rir de nós mesmos”, abrangendo aquelas que apontam situações vantajosas ou situações que envolvem a urgência dos ouvintes em se livrarem da convivência com surdos. Também se enquadram nesta categoria piadas que exploram, de forma cômica, possíveis acidentes que uma comunicação com as mãos pode trazer, em função do espaço necessário para a realização dos sinais. As análises possibilitam concluir que as piadas surdas, algumas com décadas de tradição, além de provocarem riso, favorecem o sentimento de pertencimento a um grupo. Elas constituem parte da agenda de luta da comunidade surda, proporcionando alegria de viver e o fortalecimento do grupo e exercendo uma pedagogia cultural nesta comunidade, pedagogia relacionada à forma/necessidade/vontade de pertencimento ao grupo. / The thesis focuses on the theme of deaf humor, considered as a component of the deaf culture. It is theoretically supported by the Cultural Studies and Deaf Studies, in addition to studies on mood. Its central question is: which deaf representation and which characteristics of deaf culture are present on the jokes that go around on deaf communities? Its targets are to analyze a set of jokes considered classic by the deaf community, contrasting its different versions and identifying aspects of humor apparently explored. The main criteria to choose the jokes were: to have deaf characters and/or themes from deaf culture; to have preferably the version in LIBRAS; to present more than one version(from 4 to 6); to have tradition in the deaf community. There have been analyzed 14 jokes, in a total of 78 versions, predominantly video version, from the internet or from DVDs, but also some taken from bibliographical material. The analysis has been inspired in researches of deaf community (Strobel, 2009), from humor (Propp, 1992, Possenti, 1998; Bergson, 1980), from representation (Hall, 1997), from identity (Silva, 200) and, specifically, from deaf humor (Rutherford, 1983); Holcomb(1994); Renard & Lapalu (1997); Morgado (2011); Sutton-Spence & Napoli (2012).The qualitative analysis has brought up that the majority of the jokes present related themes to communication problems, in situations where the listener does not know Sign Language. In this case, humor acts in the sense of inverting the current speeches, where the deaf are represented as having "difficulties in communications". Such jokes are part of a category called " Laugh at other" where the source of laugh are the differences between deaf and listener experiences. In the first ones, it looms the use of sign language and visual experience, and the noise does not bother. In the other hand, the jokes present listeners disturbed by the use of sign language and/or bothered with noise. Laughing at the listeners, in the so called "mocking laughter" is frequent in the jokes. They also show the importance of visibility, from the visual experience, pointing the advantages of being deaf, or better, to the deaf gain, which sometimes comes from benevolent attitudes from listeners, who are charitable and do not charge from the deaf, or due to the fact that the deaf characters are not disturbed by noises and yells. Other set of jokes involves laughing at things common in the group, put on the category "laughing at ourselves", ranging those that pointed to advantageous situations or situations that involve listeners urgency in getting rid of living along with the deaf. Also, it falls into this category jokes that explore, in a comical way, possible accidents that a communication with hands can bring, depending on the space needed to carry out the signals. The analyzes enable us to conclude that deaf jokes, some with decades of tradition, besides provoking laughter, may favor the feeling of belonging to a group. They are part of the deaf community struggle agenda, providing joy of living and strengthening the group and exerting a cultural pedagogy in this community, pedagogy related to the way / need / desire of belonging to the group.
|
Page generated in 0.0629 seconds