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Escutando as mães HIV+ sobre o grupo de gestantes soropositivas para o vírus da imunodeficiência humanaPreussler, Gisele Maria Inchauspe January 2005 (has links)
A feminização é uma das características atuais da epidemia da Aids e atinge principalmente mulheres em idade fértil, o que vem desencadeando um aumento de gestantes portadoras de HIV/Aids. O Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids, que integro como enfermeira, vem desenvolvendo o Grupo de Gestantes Soropositivas para o HIV. Conhecer a opinião das mães HIV+ egressas desses grupos sobre esta atividade, tornou-se, então, o objetivo deste estudo. O interesse pelo tema surgiu da experiência de ter cuidado mulheres que vivenciaram esta trajetória no período gestacional e por entender que, ao escutá-las, têm-se subsídios para qualificar o grupo de gestantes soropositivas para o HIV. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa. As participantes do estudo, utilizando o critério de saturação, foram 10 mulheres HIV+ egressas do programa de pré-natal de um Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids do município de Porto Alegre. A coleta de dados, realizada no terceiro trimestre de 2004, foi obtida por meio de entrevista, após a leitura e assinatura, pelas entrevistadas, do termo de consentimento livre e esclarecido com aprovação do Comitê de Ética em pesquisa da Instituição. Para análise dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo (MORAES,1999) A complexidade dos resultados aponta várias considerações relacionadas a: perplexidade das mulheres ao conhecerem seu diagnóstico de HIV e conseqüentes desinformações relativas ao processo gravídico puerperal acompanhado de HIV, dilema quanto à clandestinidade do diagnóstico, desamparo familiar e social, impossibilidade de amamentar somado ao despreparo de profissionais de enfermagem na maternidade, à condução de outras alternativas substitutivas do aleitamento materno e a preocupação pela responsabilidade de ser ela a fonte transmissora do HIV para seu filho. Para este mundo singular vivido por estas mulheres, pode-se afirmar ser o Grupo de Gestantes Sororpositivas para o HIV, um espaço coletivo de cuidado especial e humanizado e que independente das experiências de vida pessoal, gestacional e familiar e de diferenças de cada participante, resulta num movimento capaz de imprimir grandes mudanças de atitudes, tornando-se evidente para a autora a necessidade de se oportunizarem cada vez mais, espaços de Educação para Saúde como disponibilizados neste grupo. As mães como atoras sociais trouxeram ao aprimoramento do grupo valiosas sugestões referentes à manutenção dos grupos, à ampliação dos participantes oportunizando que outros membros da família participem e à continuação do grupo após o parto. Entre as recomendações advindas desse estudo destaca-se a de construção de trabalhos interdisciplinares em espaços institucionais, familiares e sociais que contemplem o amplo conjunto de necessidades referido pelas mulheres e as apóiem na busca da qualidade de vida para si e seus bebês.
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Características da representação do apego em adolescentes institucionalizados e processos de resiliência na construção de novas relações afetivasDalbem, Juliana Xavier January 2005 (has links)
Este trabalho investigou características da representação do apego em adolescentes institucionalizadas por medidas de proteção, através de estudos de caso. As participantes do estudo foram três adolescentes, entre 12 e 15 anos, que vivem em abrigos governamentais de proteção e que experienciaram separações da figura materna na primeira infância. Os dados foram coletados junto às instituições, através da inserção ecológica, da análise dos prontuários, entrevistas com profissionais da equipe técnica e entrevistas semi-diretivas individuais com as adolescentes. As entrevistas, elaboradas a partir de questões adaptadas de instrumentos contemporâneos de medida e avaliação de aspectos ligados ao apego, tinham por objetivo examinar as percepções das participantes sobre suas relações com os cuidadores citados como principais durante a infância, a relação atual com essas figuras, vivências de separações ou perdas, qualidades atribuídas às suas relações e percepção das experiências da infância. Através de eixos temáticos centrais relativos ao apego, as entrevistas foram analisadas em seu conteúdo, classificando-se as respostas em categorias descritivas. Os dados foram discutidos, considerando-se todas as informações coletadas, procurando-se identificar os aspectos mais característicos atribuídos aos padrões de apego, descritos como seguro/autônomo, preocupado/ansioso, evitativo/desapegado e desorganizado/desorientado. Embora os aspectos observados não possibilitem uma classificação das adolescentes nos padrões de apego, este estudo permitiu uma compreensão das características apresentadas, discutindo-se os processos de resiliência na construção de novas relações afetivas estabelecidas após a institucionalização. Os resultados indicam que o contexto institucional, vivenciado pelas adolescentes participantes, possibilitou a formação de novas relações afetivas que contribuíram para a representação de apego e para o desenvolvimento de competências. Este estudo sugere ainda a viabilidade do uso de entrevistas para avaliação e compreensão da representação mental do apego na adolescência.
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Caracterização ecológica da Represa Mãe D'água, Campus do Vale da UFRGS, Morro Santana, Porto Alegre - RS (Brasil)Freitas, Camila January 2005 (has links)
O presente estudo teve como objetivo a caracterização da qualidade ambiental da represa Mãe D’água, com ênfase na macrofauna bentônica. A área de estudo, situada na vertente sul/sudeste do morro Santana, município de Porto Alegre/RS (Brasil), faz parte de uma sub-bacia hidrográfica que tem como nível de base o lago Guaíba, um importante manancial de água doce. Para análise dos indicadores ambientais da água (variáveis físicas, químicas e microbiológicas), sedimento (textura e teor de matéria orgânica) e dos macroinvertebrados bentônicos, foram realizadas duas coletas de campo (verão e inverno de 2004), em quatro unidades amostrais na represa. As variáveis ambientais da água apresentaram características típicas de ambientes aquáticos eutrofizados. As concentrações de cargas orgânicas foram evidenciadas pelos valores médios de DBO5 (16,5 mg/L), e dos nutrientes fósforo (1,37 mg/L) e nitrogênio (12,73 mg/L). O sedimento apresentou altos teores das frações silte e argila, com teor de matéria orgânica superior a 10% do seu peso seco. A macrofauna bentônica caracterizou-se pelos baixos valores de densidade e riqueza, com dominância de Chironomidae (58,5%) representado principalmente pelo gênero Chironomus, organismos geralmente adaptados a sobreviver em ambientes escassamente oxigenados. Estes resultados mostram que a interferência antrópica está influenciando na dinâmica natural da área de estudo, contribuindo para a eutrofização das águas, baixa saturação de oxigênio, dominância de partículas finas no sedimento, e na redução da macrofauna bentônica.
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O comportamento exploratório de bebês e o comportamento de mães com indicadores de depressão durante uma psicoterapia breve mãe-bebêAlfaya, Cristiane January 2006 (has links)
O presente estudo buscou examinar o comportamento exploratório dos bebês, e o comportamento das mães com indicadores de depressão, frente ao comportamento exploratório dos bebês, durante o processo de psicoterapia breve mãe-bebê, no primeiro ano de vida dos bebês. Foram considerados os aspectos objetivos e subjetivos da interação mãe-bebê envolvidos no comportamento exploratório do bebê. Para tanto, foram realizados três estudos de casos atendidos em sessões de psicoterapia mãe-bebê com duração variável (8 a 12 sessões). Cada sessão de psicoterapia foi analisada do ponto de vista do comportamento exploratório dos bebês e do comportamento materno. O comportamento exploratório dos bebês foi descrito e, posteriormente analisado de acordo com as categorias de manipulação exploratória fina e ampla, e de locomoção exploratória em direção ao ambiente e ao brinquedo. O comportamento das mães frente ao comportamento exploratório dos bebês foi também descrito e posteriormente analisado de acordo com as categorias de comportamento direto e indireto, construídas a partir da leitura do material de descrição da observação, e do referencial teórico do desenvolvimento emocional de Winnicott. O significado do comportamento das mães na sua história de vida foi também considerado a partir do conceito de identificação projetiva. Apoiando-se na teoria de separação–individuação, os resultados mostraram que os bebês de mães com depressão apresentaram comportamentos de exploração, como manipulação exploratória fina, ampla, locomoção exploratória em direção ao ambiente, e aos brinquedos, o que indica desenvolvimento da autonomia na perspectiva do desenvolvimento emocional. Do ponto de vista das mães, os resultados apóiam as evidências de que a mãe, ao interagir com o bebê, relaciona-se não apenas com o comportamento observado de maneira objetiva, mas também com imagens (modelos), os quais pertencem à mãe e aparecem na interação com o bebê (Bowlby, 1989; Hinde, 1992; Brazelton & Cramer, 1992) por meio da identificação projetiva (Brazelton & Cramer, 1992). Foram observadas mudanças nos comportamentos das mães e dos bebês ao longo das sessões, possivelmente, a partir do acesso às imagens (modelos) das mães das figuras de apego, e das intervenções da terapeuta.
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A crise ambiental, o rio e a escola: o lugar do Rio Mãe Luzia na Escola de Educação Básica Luiz Tramontin, no município de Forquilhinha (SC/Brasil)Fonseca, Wagner January 2017 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa Pós-Graduação em Educação, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. / A presente pesquisa buscou responder a uma inquietação social sobre o rio Mãe Luzia no município de Forquilhinha, objetivando caracterizar o seu lugar no cotidiano da Escola de Educação Básica Luiz Tramontin. Para tanto, partiu-se de uma pesquisa de campo que envolveu inicialmente a análise dos diários de classe das disciplinas de Geografia, Biologia e Ciências para, a partir daí, se dirigir às entrevistas com professoras e alunos/as. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo em que se buscou também analisar os diferentes conceitos de rio desde a literatura, passando por João Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e José Lins do Rego, por exemplo. Da mesma forma, discute-se a educação e em especial a educação ambiental, a partir do olhar de Paulo Freire, Mauro Guimarães e Isabel Carvalho entre outros, ao passo que a temática da crise ambiental baseou-se em Enrique Leff e Edgar Morin. Entre os autores que auxiliaram a entender os significados diversos de rio, citamos Gaston Bachelard e Gilberto Freyre como exemplos. Durante a pesquisa, percebemos como a escola e a atuação das professoras garantem um espaço ao rio Mãe Luzia no cotidiano escolar. Contudo, esse mesmo espaço ainda é diminuto e carece de maior atenção. De certa forma, a escola acaba por reproduzir um olhar antropocêntrico utilitarista que caracteriza a sociedade moderna e, assim, contribui para o esquecimento ou negação dos rios e do próprio meio ambiente como algo alheio ao ser humano.
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O BRINCAR E AS ESTEREOTIPIAS EM CRIANÇAS DO ESPECTRO AUTISTA DIANTE DA TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA DE CONCEPÇÃO INTERACIONISTA / THE PLAYING AND THE STEREOTYPES IN CHILDREN OF THE AUTISTIC SPECTRUM THROUGH THE SPEECH THERAPY INTERACTIONISM CONCEPTIONKlinger, Ellen Fernanda 02 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The disorders of the autistic spectrum is a mystery to the clinics and to the researchers who are committed to unmask them, overall by the linguistic characteristics and of the social interaction presented by children with this
psychopathology, as the stereotypes and the peculiarities when they play. This research was focused on the investigation of the evolutionary significance of the play
and of the verbal and non verbal stereotypes in children of the autistic spectrum from the therapy of language in an interactionism perspective. Three boys with diagnoses
of Global Development Disorder participated of this study, their mothers and the speech responsible by the conduction of the therapeutic process. Films of thirty minutes were made with the children in interaction with their mothers or with the speech in the free play during the first and eighth months of the continued therapy. Continued interviews also were made with the mothers. The data were transcribed and analyzed qualitatively at the light of the psychoanalysis, as theory of the subjectivity, and of the interactionism, like theory of the language acquisition. In the three cases, it was observed the family impact caused in the maternal feeling by the diagnose of autism; precariousness of the dialogic relation, in which the interaction was marked by intrusive behaviors, excess of order of information, troubles of pedagogical matrix and difficult of understanding what the children talked or showed, what caused increase of stereotypes. The inclusion of mothers in the therapeutic process through the continued interviews and participations in the sessions helped in the improving of the maternal bond with the children and it improved the dialogic. There was also progress in the play of subjects and changes were registered in the object relation. The stereotypes diminished considerably with the operation of the
subjects in the language and this occurred by the improving in the dialogic activity mother-son. Therefore, it is possible to conclude that the proposal of interactionism conception produces important effects in the play and in the functioning of the individuals in the language. / Os transtornos do espectro autista constituem um mistério ao clínico e ao pesquisador que se comprometem a desvendá-los, sobretudo pelas características linguísticas e de interação social apresentadas por crianças com essa psicopatologia, como as estereotipias e as peculiaridades no brincar. Esta pesquisa teve como foco de investigação a significação evolutiva do brincar e das estereotipias verbais e não verbais em crianças do espectro autista, a partir da terapia de linguagem em uma perspectiva Interacionista. Participaram deste estudo três meninos com diagnóstico de Transtorno Global do Desenvolvimento, suas mães e a fonoaudióloga responsável pela condução do processo terapêutico. Foram
realizadas filmagens de trinta minutos das crianças em interação com suas mães ou com a fonoaudióloga na brincadeira livre durante o primeiro e décimo mês de
terapia. Também foram feitas entrevistas continuadas com as mães. Os dados foram transcritos e analisados qualitativamente à luz da Psicanálise, como teoria da
subjetividade, e do Interacionismo, como teoria de aquisição da linguagem. Nos três casos, os discursos maternos demonstraram o impacto familiar provocado no sentimento materno pelo diagnóstico de autismo; precariedade da relação dialógica, na qual a interação era marcada por comportamentos intrusivos, excesso de pedidos
de informação, preocupações de cunho pedagógico e dificuldade em compreender o que as crianças falavam ou mostravam, o que gerava aumento das estereotipias. A
inclusão das mães no processo terapêutico, através das entrevistas continuadas e participação nas sessões, auxiliou na melhora do vínculo materno com as crianças e melhorou a dialogia. Também houve evolução no brincar dos sujeitos, registrando-se mudanças na relação objetal. As estereotipias diminuíram consideravelmente com o funcionamento dos sujeitos na linguagem e esta se deu pela melhora na atividade dialógica mãe-filho. Portanto, é possível concluir que a proposta de concepção Interacionista produz efeitos importantes no brincar e no funcionamento dos sujeitos
na linguagem.
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A COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA EM UMA PERSPECTIVA DIALÓGICA NA CLÍNICA DE LINGUAGEM / ALTERNATIVE AND AUGMENTATIVE COMMUNICATION FROM A DIALOGIC PERSPECTIVE AT THE LANGUAGE CLINICCesa, Carla Ciceri 03 March 2009 (has links)
This study is an investigation on the introduction and use of alternative and augmentative communication (AAC) board at a language clinic for individuals with restricted or absent orality and their families. To do so, interviews with ten mothers of children and adolescents users of this
resource and with ten speech and language therapists experienced in this theme were performed. Analysis of the collection of narratives showed that most mothers do not use the board consistently, which seems to be related to factors such as how it is introduced in the life of
individuals and their relatives and to the perception mothers have of their child s needs. Such perception is limited in some cases by resistance to child s independence, associated with an extension of the mother-child symbiosis in many cases. All the therapists use the instrument, although with different conceptions of language in its implementation, generating different
impacts in acceptance and use of the board by users and their relatives. It can be concluded that the use of alternative and augmentative communication board in the daily routine of users and their family is due to a group of objective and subjective factors that permeate language clinic. Therefore, acceptance by the family, especially by mothers, could occur through a gradual process. Bakhtin s dialogic proposal on intersubjective linguistic functioning (Volochínov) (1929/1995) is also stressed, bringing subsidies to the AAC therapy. This therapy also demands a psychoanalytic support to understand the relationship of subjects and their relatives, above all
with those that play parental roles. / Este trabalho apresenta uma investigação sobre a introdução e uso da prancha de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) na clínica de linguagem com sujeitos com oralidade restrita ou ausente e suas famílias. Para tal meta foram realizadas entrevistas com dez mães de crianças e adolescentes usuárias do recurso e com dez fonoaudiólogas experientes no tema. Após a leitura inicial da coletânea das narrativas, verificou-se que a maior parte das mães não faz uso consistente da prancha e que isso parece se relacionar a fatores como o modo como esta é introduzida na vida dos sujeitos e de seus familiares e à percepção das mães das
necessidades dos filhos. Essa percepção está limitada, em alguns casos, pela resistência à independência do filho, relacionada ao prolongamento da simbiose mãe-filho em muitos dos casos. Quanto às terapeutas, todas utilizam o instrumento, mas com diferentes concepções de língua e linguagem na sua implementação, gerando diferentes impactos na aceitação e uso da prancha junto aos usuários e seus familiares. Conclui-se que a incorporação do uso da prancha de comunicação aumentativa e alternativa na rotina diária dos usuários e família deve-se a uma conjugação de fatores objetivos e subjetivos que permeiam a clínica de linguagem. Portanto, a aceitação por parte da família, especialmente das mães, poderá ocorrer em um processo gradual. Ressalta-se, também, que a proposta dialógica de Bakhtin (Volochínov) (1929/1995), sobre funcionamento lingüístico intersubjetivo, traz subsídios para a terapêutica com a CAA. Essa terapêutica também demanda um suporte psicanalítico para compreender o relacionamento dos sujeitos e seus familiares, sobretudo com aqueles que exercem as funções parentais.
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Síndrome de Down: influências na interação mãe-bebê / Down Syndrome: Influences on mother-baby interactionSilva Ferreira, Tahena 13 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-13 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A literatura aponta que uma interação satisfatória entre mãe e filho pode ser considerada um preditor do bom desenvolvimento infantil, pois, pode atenuar os efeitos dos fatores de risco. A chegada de um bebê que apresente algum tipo de deficiência, pode se configurar em um momento de tensão para essa mãe, pois requer adaptações e apresenta desafios ainda mais intensos. Dentre as inúmeras condições que podem afetar a infância, a Síndrome de Down (SD) destaca-se por provocar alterações globais no desenvolvimento e ter uma alta incidência na população mundial e nacional. O presente trabalho objetivou descrever, comparar e correlacionar os comportamentos interativos e não-interativos infantis e maternos, considerando os grupos de mães e bebê com e sem SD, com base em grandes categorias e subcategorias comportamentais. Participaram do estudo, 50 díades mãe-bebê com idade entre quatro e seis meses, divididas em dois grupos: 25 mães e seus bebês com SD e 25 mães e seus bebês sem SD. Foi utilizado um Instrumento para Coleta de Informações Sociodemográficas (ICIS) elaborado para este estudo e para análise da interação mãe-bebê foi utilizado o Sistema de Codificação da Interação Mãe-Criança Revisado (CITMI-R), versão brasileira, adaptado de Alvarenga e Cerezzo (2013). O instrumento prevê categorias gerais, referentes aos comportamentos infantis (interativos: Aproximação Social Positiva, Negativa e Neutra e, nãointerativos: Jogo, Regulação, Choro ou Protesto, Apatia e Movimentos de Protesto) e, referentes ao comportamento materno (interativos: Sensível Positivo, Negativo e Neutro e, nãointerativos: Protetivo e não responsivo). Os resultados apontaram que embora o grupo de mães de bebês sem SD tenha apresentado maior variabilidade comportamental, os grupos não apresentaram diferenças qualitativas significativas nos comportamentos analisados. Em relação aos comportamentos infantis, ainda que tenham sido observadas diferenças, elas não foram estatisticamente significativas entre os grupos. Considerando os comportamentos maternos, as diferenças estatísticas demostraram que as mães do G1 são mais Sensíveis Positivas (utilizaram mais sorrisos, vocalizações com conteúdo positivo e brinquedos), enquanto as mães do G2 são mais Sensíveis Neutras e Negativas (utilizaram mais vocalizações com conteúdo neutro, interromperam mais o fluxo de atividade de seus filhos com toques bruscos e olharam mais para outros locais da sala). Verificou-se ainda que o comportamento positivo emitido por um dos integrantes da díade criou condições favoráveis para que o outro integrante apresentasse comportamentos dessa mesma ordem. Concluiu-se que a similaridade dos comportamentos infantis apresentados pelos grupos possa ter ocorrido em função da adaptação materna frente as dificuldades dos bebês com SD, visto que, na presente amostra, todas as mães contavam com uma rede de apoio ofertada pelas instituições nas quais seus filhos eram assistidos. Diante disso, as limitações do presente estudo estiveram se referem a faixa etária específica dos bebês que compuseram a amostra (quatro a seis meses) e a atenção especializada dirigida às mães de bebês com SD. Por fim, é reconhecida a necessidade de novos estudos, especialmente longitudinais, com a ampliação da amostra e que considerem variáveis como: contato visual, sorriso, saúde mental materna e rede de apoio. / The literature indicates that a satisfactory interaction between mother and child can be considered a predictor of child development and may attenuate the risk factors. The arrival of a baby that presents some type of disability, can be configured in a moment of tension for this mother, because it requires adaptations and presents even more intense challenges. Among the many conditions that can affect childhood, Down Syndrome (DS) stands out because it causes global changes in development and presents a high incidence in the world and national population. The present work aimed to describe, compare and correlate the interactive and noninteractive infant and maternal behaviors, considering the groups of mothers and babies with and without SD, based on behavioral categories and subcategories. Participated in the study, 50 mothers and their infants between four and six months of age, divided into two groups: 25 mothers and their babies with SD and 25 mothers and their babies without SD. An Instrument for Collecting Sociodemographic Information (ICIS), prepared for this study was used and for the analysis of the interaction, Early Mother-Child Interaction Coding System (CITMI-R), Brazilian version, adapted from Alvarenga and Cerezzo (2013). The instrument provides for general categories related to children's behaviors (interactive: Positive Social Approach, Negative and Neutral and noninteractive: Game, Regulation, Cry or Protest, Apathy and Protest Movements) and, referring to maternal behavior (interactive: Sensitive Positive, Negative and Neutral and non-interactive: Protective and non-responsive). The results showed that although the group of mothers of infants without SD had higher behavioral variability, the groups did not show marked qualitative differences in the behaviors analyzed. Regarding children's behaviors, although differences were observed, they were not statistically significant between the groups. Concerning maternal behaviors, statistical differences showed that G1 mothers are more Sensitive Positives (they used more smiles, positive containing vocalizations and toys), while G2 mothers are more Neutral and Negative Sensitive (they used more neutral vocalizations, they interrupted more the activity flow of their children with abrupt touches and looked more to other places in the room). It was also verified that positive behaviors emitted by one of the members of the dyad created favorable conditions for the other member to present behaviors of the same order. It was concluded that the similarity of the children's behaviors presented by the groups may have occurred due to the maternal adaptation to the difficulties of the infants with DS, since in the present sample all mothers had a support network offered by the institutions in which their children were assisted. Therefore, the limitations of the present study were related to the specific age range of the babies composing the sample (four to six months) and the specialized attention directed to the mothers of infants with DS. Finally, the need for further studies, especially longitudinal ones, with the widening of the sample and considering variables such as: eye contact, smile, maternal mental health and support network is recognized. / FAPESP: 2015/11205-8
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Um estudo sobre a ambivalência materna em mães de crianças com alergia à proteína do leite de vacaVeríssimo, Daniela Maria Maia [UNESP] 04 December 2009 (has links) (PDF)
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verissimo_dmm_me_assis.pdf: 445435 bytes, checksum: 93b36ce929159ed46a80e679738d150a (MD5) / A maternidade é conhecida como um momento sublime na vida da mulher, mesmo em meio às transformações ocorridas no mundo contemporâneo, essa visão idealizada da maternidade é composta de fatores: sociais, culturais e históricos. A psicanálise também contribuiu na construção desta visão, tanto para uma responsabilização das mães pela estruturação psíquica das crianças, quanto para a naturalização da maternidade caracterizado-a como própria da feminilidade. Porém, inúmeros autores apontam para as dificuldades e pressões vivenciadas pelas mães da gestação ao pós-parto na relação com seu bebê, pois a vivência da maternidade sempre vem acompanhada de sentimentos conflitantes, ou seja, ambivalências. A literatura aponta também que a ambivalência se torna mais intensa quando o encontro com o bebê real é marcado por uma doença. No caso do presente trabalho, estudamos os efeitos da alergia à proteína do leite de vaca (APLV), na relação mãe-bebê, uma vez que essa doença, que vem ganhando importância no contexto pediátrico, apresenta uma particularidade: ao atingir o bebê em aleitamento, quem realiza uma dieta livre de qualquer produto lácteo é a mãe; devido à essa particularidade acreditamos que essa doença ao atingir bebês cria uma condição especial ao desenvolvimento da relação mãe-bebê. Com o objetivo de compreender as manifestações do sentimento de ambivalência em mães de bebês com a referida alergia realizamos uma investigação qualitativa psicanalítica, tendo como ponto de partida um estudo sobre os cuidados maternos ao longo da história, seguido de revisão... / Motherhood is known as a sublime moment in the life of a woman, even with the changes in the contemporary world, this idealized vision of motherhood is composed by some factors: social, cultural and historical. Psychoanalysis has also contributed in building this vision, not only the responsibility of these mothers for the psychic structure of these children, but also for the naturalization of motherhood characterized it as their own femininity. However, many authors pointed out the difficulties and pressures experienced by the these mothers from pregnancy to post partum relate to their babies, because the experience of motherhood always comes along with a conflicted feelings, and this is called ambivalence. The literature also indicates that ambivalence becomes more intense when the encounter with the real baby is marked by a disease. In the present work, we studied the effects of allergy to the protein in cow's milk (APLV) in mother-infant relationship, once that this disease which has become importance in the pediatric context ,it shows an particularity: when it get to the baby who is breastfeeding, who carries on a free diet of any dairy product is the mother because of this particularity we believe that whenever this disease reaches the baby it creates a special condition between the development of mother-infant relationship. In order to understand the manifestations of ambivalence feelings in mothers who have allergic babies , we carried out a qualitative investigation of psychoanalysis, and as a starting... (Complete abstract click electronic access below)
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Os sentimentos maternos diante da hospitalização da criança pequena: em busca de um coloPazian, Rafaela Tardivo [UNESP] 27 November 2007 (has links) (PDF)
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pazian_rt_me_assis.pdf: 581615 bytes, checksum: a0ed3ebbd8965e23523f6988637ea680 (MD5) / A hospitalização de uma criança significa um momento de sofrimento, permeado por sentimentos de medo, angústia e ansiedade. Essa experiência é acompanhada de perto pela sua família, especialmente a mãe, vista, geralmente como alguém capaz de contribuir para a recuperação da saúde da criança. Contudo, também ela é atravessada pelo sentido de sofrimento diante do adoecimento e hospitalização do filho. Em razão disso, o presente trabalho se propõe pensar os sentimentos despertados sobre a mãe acompanhante do seu filho hospitalizado, suas estratégias de enfrentamento e o significado atribuído a sua função, nesse contexto. Esta pesquisa realizou-se na Santa Casa de Misericórdia do município de Assis-SP, no período de abril a agosto de 2006. Para a coleta dos dados, utilizamos a entrevista semi-dirigida a dez mães acompanhantes de suas crianças de até dois anos de idade e a observação na enfermaria infantil, tendo os referenciais psicanalíticos como guias para a sua efetivação. Assim, as análises estiveram guiadas pelos conceitos psicanalíticos de associação livre, transferência, contratransferência e interpretação, permitindo-nos compreender os conteúdos manifesto e latente das linguagens verbais e não-verbais de cada mãe, aproximando-nos de suas angústias. Além disso, a formação do psiquismo dessas mulheres sofre influência de contextos socioculturais a respeito da maternidade, de modo que esses aspectos também permearam as análises. Estas últimas revelaram um sentido concedido à maternidade de amor e dedicação exclusiva, bem como de uma pré-condição feminina, ainda revelando uma influência do ideal romântico de amor materno, construído no século XVIII. Diante da... / A child hospitalization means a moment of suffering, full of fear, anguish and anxiety. This experience is closed attended by the family, especially by the mother. She is generally seen as someone capable to contribute to the child.s health recovery. However, the mother is also touched by the suffering in face of child.s sickness and hospitalization. According to this, the report suggests to think about the mother who accompanies her hospitalized child, her strategies to face the experience and the meaning of her role in this context. The search took place in Santa Casa de Misericórdia – Assis/SP. The tool used to collect data was the semi-adressed interview to a group of mothers who accompany their twoyear children and to the children nursing observation, with pshycoanalistic concernings used as guide to their accomplishment. Its construction is based on pshycoanalistic concerning, being analysis guided by the free association, transferring and interpretation concepts, allowing us to understand the discernible and hidden content of the verbal and non-verbal speech of each mother, getting close to their anguishes. Besides, these women psychic development are influenced by social and cultural contexts about motherhood, so that these aspects will also be envolved with the analysis done. Analysis demonstrate a sense of exclusive love and dedication conceded to motherhood, as well as a feminine prior condition, still revealing the mother love romantic ideal influence, built in XVIII century. In face of children hospitalization, mothers feel the responsibility to redouble those affections and care. The feeling of blame was the most manifested one by the mothers, making them wish they were in their children.s place in ...(Complete abstract, click electronic access below)
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