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Adesão ao tratamento em idosos e hipertensos / Adherence of elderly and hypertensive patients to medical treatment

Tavares, Noemia Urruth Leão January 2012 (has links)
A adesão ao tratamento pode ser conceituada como o grau de concordância entre o comportamento de uma pessoa em relação às orientações do médico ou de outro profissional de saúde. O baixo grau de adesão pode afetar negativamente a evolução clínica do paciente e a sua qualidade de vida, constituindo-se em problema relevante, que pode trazer consequências pessoais, sociais e econômicas. A tese aqui apresentada aborda a adesão tratamento medicamentoso, analisando dois contextos de extrema importância epidemiológica: os fatores associados a baixa adesão ao tratamento medicamentoso em uma população idosa residente na comunidade e os determinantes da adesão ao tratamento anti-hipertensivo por pacientes hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da família (ESF). Os resultados apresentados são de dois estudos distintos, realizados no município de Bagé, RS, em 2008 e 2010, respectivamente. O primeiro estudo foi transversal de base populacional, com amostra representativa de 1.593 idosos entrevistados em seus domicílios. A baixa adesão referida ao tratamento medicamentoso foi mensurada através do Brief Medication Questionaire (BMQ) e verificada a sua associação em relação aos fatores demográficos e socioeconômicos, comportamentais e de saúde, assistência e prescrição. No segundo estudo amostra foi composta por 1.588 indivíduos hipertensos adultos e idosos residentes na área de abrangência urbana da ESF do município. Os dados também foram coletados através de entrevistas domiciliares. Para mensuração da adesão ao tratamento anti-hipertensivo foram utilizados dois instrumentos de adesão referida pelo paciente, o Brief Medication Questionaire (BMQ) e o Morisky Medication Adherence Scale, 8- items (MMAS-8) e analisada a associação em relação aos fatores demográficos e socioeconômicos, comportamentais e de saúde e também relativos à assistência ao paciente e a prescrição de medicamentos antihipertensivos. Para a análise das associações foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência bruta e ajustada, os respectivos intervalos com 95% de confiança e p-valor (teste de Wald). Do total de idosos entrevistados, 1.247 referiram ter usado algum medicamento nos últimos sete dias, e destes, cerca de um terço (28,7%) foram considerados com baixa adesão ao tratamento. Os fatores estatisticamente associados a baixa adesão ao tratamento foram: idade (65 a 74 anos), não ter plano de saúde, ter que comprar (totalmente ou em parte) os seus medicamentos, ter três ou mais morbidades, possuir 10 incapacidade instrumental para a vida diária e usar três ou mais medicamentos. Em relação ao segundo estudo, 1588 hipertensos foram entrevistados, onde a prevalência de pacientes aderentes ao tratamento foi de 19,1% pelo BMQ e 48,1% foram considerados com níveis de alta adesão pelo MMAS-8. Os principais fatores associados à adesão ao tratamento antihipertensivo avaliado pelo BMQ foram: renda maior que um salário mínimo, melhor autopercepção de saúde, ter menor número de morbidades e menor número de anti-hipertensivos utilizados. Os níveis de alta adesão ao tratamento pelo MMAS-8 foram associados a maior idade, melhor autopercepção de saúde e maior vínculo com a equipe assistencial. Os resultados aqui apresentados reforçam que a elevação da frequência de doenças crônico-degenerativas que acomete os idosos, o seu processo de envelhecimento que predispõe a incapacidade funcional, a dificuldade no acesso ao tratamento e a utilização aumentada de medicamentos são fatores importantes que devem ser considerados pelos profissionais de saúde visando a promoção da adesão ao tratamento nesta faixa etária e aumentando a resolutividade terapêutica e a qualidade de vida destes pacientes. E enfatiza que a equipe de saúde pode contribuir para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento anti-hipertensivo, prescrevendo regimes menos complexos, explicando os benefícios e efeitos colaterais dos medicamentos, e principalmente fortalecendo o vínculo com o paciente em um processo compartilhado permanente de cuidado em relação a sua saúde. / Adherence to treatment can be construed as the level of agreement of an individual's behavior towards the guidelines provided by a doctor or other health professional. Low levels of adherence might affect negatively both the patient's clinical progression as well as his quality of life, which represents a relevant problem that might entail personal, social and economic consequences. The present thesis addresses the issue Adherence to Medical Treatment by analyzing two crucial epidemiological contexts: factors related to low adherence to medical treatment within the elderly population living in a specific community and the determining factors of adherence to antihypertensive treatment of patients assisted by the Family Health Strategy (FHS). The findings presented refer to two different studies carried out in the municipality of Bagé, Rio Grande do Sul, in 2008 and 2010 respectively. The first was a cross-sectional population-based study, with a representative sample of 1.593 elderly citizens interviewed in their households. Low adherence to medical treatment was assessed through the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and associated to demographic, socioeconomic and behavioral determiners, as well as health, assistance and prescription factors. The second study was also a cross-sectional study with a sample of 1.588 adult and senior hypertensive patients living in the urban area covered by the municipality’s FHS. The data were collected through household interviews as well. In order to measure adherence to antihypertensive treatment, there was a twofold tool responded by the patients themselves, the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and the Morisky Medication Adherence Scale, 8-items (MMAS-8) and further association with demographic, socioeconomic and behavioral variables, as well as those related to patient assistance and prescription of antihypertensive medicaments. Analyses were carried out using the Poisson regression model to assess crude and adjusted prevalence ratios, with their respective 95% confidence and p-values intervals (Wald test). From the total number of the elderly interviewed, 1.247 claimed to have taken some kind of medicine in the previous seven days, and among these, approximately one third (28.7%) were considered to have low adherence to the treatment. The statistical factors associated to low adherence to treatment were: age (65 to 74 years old), not having a health plan, having to purchase (totally or partially) their own medicines, having three or more morbidities, having functional disabilities and using three or more medicines. Regarding the second study, 1.588 hypertensive patients were interviewed, with the prevalence of patients joining the treatment being 19.1% according to the BMQ and 48.1% with a high level of adherence according to the MMAS-8. The main factors related to higher or lower adherence to the antihypertensive treatment as per the BMQ were: income higher than the minimum wage, better health selfawareness, less comorbidity and fewer antihypertensive drugs used. Higher 12 taxes of adherence to the treatment as per the MMAS-8 were related to older age, better health self-awareness and greater bond to the health team. The results here presented reinforce the fact that the rise of chronic-degenerative diseases that affect the elderly, the ageing process that leads to functional disability, the difficulty to gain access to the treatment and the increased use of medicaments are crucial factors that should be considered by health professionals, aiming at fostering adherence to treatment and increasing therapeutic solutions and quality of life of said patients. In addition, they highlight that the health team can contribute to increase patient adherence to the antihypertensive treatment, by prescribing less strict and complex diets, by explaining the benefits and side effects of the medicaments, and most importantly, by strengthening the bond with the patient, participating actively in the health care process.
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Adesão ao tratamento em idosos e hipertensos / Adherence of elderly and hypertensive patients to medical treatment

Tavares, Noemia Urruth Leão January 2012 (has links)
A adesão ao tratamento pode ser conceituada como o grau de concordância entre o comportamento de uma pessoa em relação às orientações do médico ou de outro profissional de saúde. O baixo grau de adesão pode afetar negativamente a evolução clínica do paciente e a sua qualidade de vida, constituindo-se em problema relevante, que pode trazer consequências pessoais, sociais e econômicas. A tese aqui apresentada aborda a adesão tratamento medicamentoso, analisando dois contextos de extrema importância epidemiológica: os fatores associados a baixa adesão ao tratamento medicamentoso em uma população idosa residente na comunidade e os determinantes da adesão ao tratamento anti-hipertensivo por pacientes hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da família (ESF). Os resultados apresentados são de dois estudos distintos, realizados no município de Bagé, RS, em 2008 e 2010, respectivamente. O primeiro estudo foi transversal de base populacional, com amostra representativa de 1.593 idosos entrevistados em seus domicílios. A baixa adesão referida ao tratamento medicamentoso foi mensurada através do Brief Medication Questionaire (BMQ) e verificada a sua associação em relação aos fatores demográficos e socioeconômicos, comportamentais e de saúde, assistência e prescrição. No segundo estudo amostra foi composta por 1.588 indivíduos hipertensos adultos e idosos residentes na área de abrangência urbana da ESF do município. Os dados também foram coletados através de entrevistas domiciliares. Para mensuração da adesão ao tratamento anti-hipertensivo foram utilizados dois instrumentos de adesão referida pelo paciente, o Brief Medication Questionaire (BMQ) e o Morisky Medication Adherence Scale, 8- items (MMAS-8) e analisada a associação em relação aos fatores demográficos e socioeconômicos, comportamentais e de saúde e também relativos à assistência ao paciente e a prescrição de medicamentos antihipertensivos. Para a análise das associações foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência bruta e ajustada, os respectivos intervalos com 95% de confiança e p-valor (teste de Wald). Do total de idosos entrevistados, 1.247 referiram ter usado algum medicamento nos últimos sete dias, e destes, cerca de um terço (28,7%) foram considerados com baixa adesão ao tratamento. Os fatores estatisticamente associados a baixa adesão ao tratamento foram: idade (65 a 74 anos), não ter plano de saúde, ter que comprar (totalmente ou em parte) os seus medicamentos, ter três ou mais morbidades, possuir 10 incapacidade instrumental para a vida diária e usar três ou mais medicamentos. Em relação ao segundo estudo, 1588 hipertensos foram entrevistados, onde a prevalência de pacientes aderentes ao tratamento foi de 19,1% pelo BMQ e 48,1% foram considerados com níveis de alta adesão pelo MMAS-8. Os principais fatores associados à adesão ao tratamento antihipertensivo avaliado pelo BMQ foram: renda maior que um salário mínimo, melhor autopercepção de saúde, ter menor número de morbidades e menor número de anti-hipertensivos utilizados. Os níveis de alta adesão ao tratamento pelo MMAS-8 foram associados a maior idade, melhor autopercepção de saúde e maior vínculo com a equipe assistencial. Os resultados aqui apresentados reforçam que a elevação da frequência de doenças crônico-degenerativas que acomete os idosos, o seu processo de envelhecimento que predispõe a incapacidade funcional, a dificuldade no acesso ao tratamento e a utilização aumentada de medicamentos são fatores importantes que devem ser considerados pelos profissionais de saúde visando a promoção da adesão ao tratamento nesta faixa etária e aumentando a resolutividade terapêutica e a qualidade de vida destes pacientes. E enfatiza que a equipe de saúde pode contribuir para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento anti-hipertensivo, prescrevendo regimes menos complexos, explicando os benefícios e efeitos colaterais dos medicamentos, e principalmente fortalecendo o vínculo com o paciente em um processo compartilhado permanente de cuidado em relação a sua saúde. / Adherence to treatment can be construed as the level of agreement of an individual's behavior towards the guidelines provided by a doctor or other health professional. Low levels of adherence might affect negatively both the patient's clinical progression as well as his quality of life, which represents a relevant problem that might entail personal, social and economic consequences. The present thesis addresses the issue Adherence to Medical Treatment by analyzing two crucial epidemiological contexts: factors related to low adherence to medical treatment within the elderly population living in a specific community and the determining factors of adherence to antihypertensive treatment of patients assisted by the Family Health Strategy (FHS). The findings presented refer to two different studies carried out in the municipality of Bagé, Rio Grande do Sul, in 2008 and 2010 respectively. The first was a cross-sectional population-based study, with a representative sample of 1.593 elderly citizens interviewed in their households. Low adherence to medical treatment was assessed through the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and associated to demographic, socioeconomic and behavioral determiners, as well as health, assistance and prescription factors. The second study was also a cross-sectional study with a sample of 1.588 adult and senior hypertensive patients living in the urban area covered by the municipality’s FHS. The data were collected through household interviews as well. In order to measure adherence to antihypertensive treatment, there was a twofold tool responded by the patients themselves, the Brief Medication Questionnaire (BMQ) and the Morisky Medication Adherence Scale, 8-items (MMAS-8) and further association with demographic, socioeconomic and behavioral variables, as well as those related to patient assistance and prescription of antihypertensive medicaments. Analyses were carried out using the Poisson regression model to assess crude and adjusted prevalence ratios, with their respective 95% confidence and p-values intervals (Wald test). From the total number of the elderly interviewed, 1.247 claimed to have taken some kind of medicine in the previous seven days, and among these, approximately one third (28.7%) were considered to have low adherence to the treatment. The statistical factors associated to low adherence to treatment were: age (65 to 74 years old), not having a health plan, having to purchase (totally or partially) their own medicines, having three or more morbidities, having functional disabilities and using three or more medicines. Regarding the second study, 1.588 hypertensive patients were interviewed, with the prevalence of patients joining the treatment being 19.1% according to the BMQ and 48.1% with a high level of adherence according to the MMAS-8. The main factors related to higher or lower adherence to the antihypertensive treatment as per the BMQ were: income higher than the minimum wage, better health selfawareness, less comorbidity and fewer antihypertensive drugs used. Higher 12 taxes of adherence to the treatment as per the MMAS-8 were related to older age, better health self-awareness and greater bond to the health team. The results here presented reinforce the fact that the rise of chronic-degenerative diseases that affect the elderly, the ageing process that leads to functional disability, the difficulty to gain access to the treatment and the increased use of medicaments are crucial factors that should be considered by health professionals, aiming at fostering adherence to treatment and increasing therapeutic solutions and quality of life of said patients. In addition, they highlight that the health team can contribute to increase patient adherence to the antihypertensive treatment, by prescribing less strict and complex diets, by explaining the benefits and side effects of the medicaments, and most importantly, by strengthening the bond with the patient, participating actively in the health care process.
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Concepção de uma solução de ambiente inteligente automática para auxiliar na medicação de pacientes

Gomes, Claudio Eduardo Marques 21 June 2013 (has links)
Submitted by Geyciane Santos (geyciane_thamires@hotmail.com) on 2015-07-23T14:49:14Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Claudio Eduardo Marques Gomes.pdf: 3451969 bytes, checksum: d3a5a51b493029254fb350e4ea2186e4 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-23T15:56:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Claudio Eduardo Marques Gomes.pdf: 3451969 bytes, checksum: d3a5a51b493029254fb350e4ea2186e4 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-23T15:59:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Claudio Eduardo Marques Gomes.pdf: 3451969 bytes, checksum: d3a5a51b493029254fb350e4ea2186e4 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-23T15:59:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Claudio Eduardo Marques Gomes.pdf: 3451969 bytes, checksum: d3a5a51b493029254fb350e4ea2186e4 (MD5) Previous issue date: 2013-06-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / User centered development has become a new trend in development of industrial automation systems. In this paradigm the user plays a central role during the whole development process. The users‟ needs, wishes, restrictions and preferences are being thoroughly analyzed and systematically integrated into the automation system. This affects the system architecture and its user interface already from the beginning of the development process. The result is a product, which is tailored to its end users. Usability and accessibility are two important aspects of such products, which are often addressed in the literature. They define the degree to which a product can be easily and intuitively used by as many users as possible. At the Institute of Industrial Automation and Software Engineering (IAS) an intelligent medicine cabinet has been developed, according to the user centered development paradigm. The intelligent medicine cabinet administers the medicine takings of its users, by giving them instructions and/or warnings on their medications. In this master thesis, the medicine cabinet has been extended to numerous functions and more stability. Administration of prescriptions, warning on unauthorized access, monitoring of allowed daily dosage, multilingual speech outputs and internet interface are among the achievements of this work. / O desenvolvimento centrado no usuário tem se tornado uma nova tendência no desenvolvimento de sistemas de automação industriais. Nesse paradigma, o usuário tem um papel central durante todo o processo de desenvolvimento. As suas necessidades, desejos, limitações e preferências estão sendo analisadas exaustivamente e integradas de forma sistemática no sistema de automação. Isso afeta a arquitetura do sistema e sua interface de usuário já desde o início do processo de desenvolvimento. O resultado é um produto, que é feito sob medida para os usuários finais. Usabilidade e acessibilidade são dois aspectos importantes de tais produtos, as quais são frequentemente abordadas na literatura. Elas definem até que grau um produto pode ser fácil e intuitivamente usadas pela maior quantidade de usuários possíveis. No Instituto de Automação Industrial e Engenharia de Software (IAS) em Stuttgart, um armário de medicamento inteligente foi concebido seguindo os preceitos do paradigma de desenvolvimento centrado no usuário. O armário de medicamento inteligente administra o consumo de medicamentos dos seus usuários, dando a eles instruções e/ou advertências quanto às medicações deles. Nessa tese de mestrado, o armário de medicamento foi estendido com várias funcionalidades e com maior estabilidade. Administração de prescrições, avisos quanto ao acesso não autorizado, monitoramento da dose diária máxima recomendada, instruções em diversos idiomas e uma interface web estão entre alguns dos objetivos alcançados nesse trabalho.
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AvaliaÃÃo prospectiva de parÃmetros de saÃde em portadores do hiv mediante consulta de enfermagem / Prospective assessment of health parameters in hiv patients through nursing consultation

Carolina Maria de Lima Carvalho 20 December 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A consulta de enfermagem identifica as necessidades especÃficas dos portadores HIV/aids e promove a sobrevida enquanto nÃo hà cura da infecÃÃo. Objetivou-se avaliar parÃmetros de saÃde empregados durante a consulta de enfermagem de acordo com o Modelo de Orem em portadores de HIV. Pesquisa clÃnica, intencional, prospectiva, longitudinal concorrente, desenvolvido com 30 portadores de HIV em ambulatÃrio especializado, em Fortaleza-CE. De novembro de 2008 a agosto de 2009, foram coletados os dados durante a consulta de enfermagem, empregando-se instrumentos de saÃde especÃficos: qualidade de vida (HAT-QoL), suporte social (Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/aids), ansiedade e depressÃo (HAD), adesÃo aos antirretrovirais (CEAT-VIH). Cada paciente foi exposto a seis consultas de enfermagem com intervalo mÃnimo de 30 dias, aplicando-se na primeira e na sexta consultas os diferentes instrumentos de avaliaÃÃo. Os dados foram avaliados utilizando-se os testes t de Student e teste F de Snedecor. Para associaÃÃo e correlaÃÃo, os testes de &#61539;2, Fisher-Freeman-Halton e pelos coeficientes de correlaÃÃo linear rs de Spearman e r de Pearson, adotando-se nÃvel de 5%. Dos participantes 21 eram homens e nove mulheres, com idades entre 22 e 62 anos e 23 faziam uso de antirretrovirais. No relacionado à qualidade de vida, observaram-se alteraÃÃes significativas (p<0,001) apÃs as intervenÃÃes de enfermagem, cujos pacientes demonstraram melhores Ãndices de: atividades gerais, sexuais, preocupaÃÃes com o sigilo, financeiras, conscientizaÃÃo sobre o HIV, satisfaÃÃo com a vida, questÃes relativas à medicaÃÃo e confianÃa no mÃdico. Quanto ao suporte social, as variÃveis indicaram melhora significativa dos nÃveis do suporte emocional (p=0,005) e instrumental (p=0,013) no final do estudo. Os nÃveis de ansiedade e de depressÃo mostraram-se reduzidos e significantes apÃs as intervenÃÃes, respectivamente p=0,001 e p=0,006. Ao se comparar os Ãndices de adesÃo aos antirretrovirais da primeira e da Ãltima intervenÃÃo de enfermagem encontrou-se diferenÃa significativa (p=0,039), apontando melhora nos uso dos medicamentos. Os dados indicam que houve melhora dos pacientes no enfrentamento da doenÃa, no processo de recuperaÃÃo dos nÃveis de saÃde e reintegraÃÃo ao ambiente familiar e social, bem como ao retorno de suas atividades diÃrias, possibilitando, assim, melhor adaptaÃÃo a doenÃa, melhor qualidade de vida, maior envolvimento social, reduÃÃo dos nÃveis de ansiedade e depressÃo, alÃm da adesÃo à terapÃutica. Conclui-se que o acompanhamento em saÃde de portadores do HIV utilizando-se consulta de enfermagem focalizada no autocuidado pode ter auxiliado nas mudanÃas observadas no intervalo do seguimento ambulatorial. Do avaliado, urge a necessidade da implementaÃÃo de seguimento ambulatorial sistemÃtico pelo enfermeiro, direcionado aos portadores do HIV em serviÃo especializado de saÃde, com o intuito de melhorar e promover saÃde nessa clientela. / Nursing consultations identify HIV patientsâ specific needs and enhances survival when the infection cannot be cured. The goal was to assess health parameters used during the nursing consultation, according to Oremâs Model, involving HIV patients. Clinical, intentional, prospective, concurrent longitudinal research. Participants were 30 HIV patients at a specialized outpatient clinic in Fortaleza-CE. Between November 2008 and August 2009, data were collected during the nursing consultation, using specific health instruments: quality of life (HAT-QoL), social support (Social Support Scale for People Living with HIV/aids), anxiety and depression (HAD), Adherence to antiretrovirals (CEAT-VIH). Each patient was exposed to six nursing consultations, at minimum intervals of 30 days, applying the different assessment instruments during the first and sixth consultation. Studentâs t and Snedecorâs F test were used for data assessment, &#61539;2, Fisher-Freeman-Halton and Spearmanâs linear correlation coefficient rs and Pearsonâs r were used to assess association and correlation, with significance set at 5%. Twenty-one participants were men and nine women, between 22 and 62 years of age, and 23 took antiretroviral drugs. Regarding quality of life, significant changes (p<0.001) were observed after the nursing interventions, whose patients demonstrated better ratios in terms of: general and sexual activities, concerns with secrecy, financial concerns, awareness on HIV, satisfaction with life, medication-related issues and trust in the physician. As for social support, the variables indicated a significant improvement in emotional (p=0.005) and instrumental (p=0.013) support levels at the end of the study. Anxiety and depression levels were low and significant after the interventions, with p=0.001 and p=0.006, respectively. The comparison between adherence levels to antiretrovirals during the first and last intervention showed a significant difference (p=0.039), indicating improvements in medication use. The data show that patientsâ coping with the disease improved, as well as the recovery process of health levels and reintegration into the family and social environment, and also upon returning to daily activities, thus permitting better adaptation to the illness, a better quality of life, greater social involvement, decreased anxiety and depression levels, besides treatment adherence. In conclusion, health monitoring of HIV patients, using nursing consultations focusing on self-care, may have supported the changes observed during the outpatient monitoring interval. This study revealed the urgent need for nurses to set up systematic outpatient follow-up for HIV patients in specialized health services, with a view to improving and promoting these clientsâ health.
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Adesão de pacientes HIV submetidos precocemente a terapia antirretroviral / Adherence of HIV patients under early submission to antiretroviral therapy

Sebastião Silveira Nunes Júnior 29 May 2017 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde recomenda que a terapia antirretroviral deva ter início imediato para todos os portadores do HIV independente da presença ou ausência de sintomas da Aids. Esta nova diretriz tem como base que o início precoce da terapia antirretroviral estimula o sistema imune, diminui o risco de morbimortalidade associadas ao HIV e reduz o risco de transmissão Objetivo: analisar adesão de portadores do HIV submetidos precocemente à terapia antirretroviral. Hipótese: Portadores do HIV assintomáticos apresentam baixa adesão quando submetidos à terapia antirretroviral precocemente, decorrente dos efeitos colaterais da medicação. Método: Estudo transversal, descritivo, prospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por entrevista individual com formulário para levantamento das características sociodemográficas e para avaliar adesão à terapia antirretroviral, foi utilizada a adaptação brasileira do Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral CEAT-VIH. Para interpretação, compreensão e estruturação das análises do fenômeno foi adotado o referencial teórico da vulnerabilidade. A análise dos dados foi processada no Software Stata 13.1®. As variáveis foram analisadas por meio de frequência absoluta e relativa (frequência simples, média e desvio padrão) e de acordo com os resultados, o teste do Qui-quadrado de Pearson. Resultado: Entre os 53 entrevistados, 81,1% foram classificados como aderentes e 18,9% como não aderentes. Predominou a população masculina e a faixa etária de 25 a 44 anos, a cor branca e boa escolaridade. Os determinantes da adesão a TARV foram: maior escolaridade, estar casado ou morar com família e boa relação médico/paciente, para a não adesão foram: sentir-se melhor após o início do tratamento, falta de apoio das pessoas do convívio social e ciência do parceiro sobre a soropositvidade. Ao que se refere a vulnerabilidade nas três dimensões, verificou-se que na dimensão individual: falta de conhecimento sobre os medicamentos em uso, presença de rede de apoio social e mudança de comportamento social (sexo sem preservativo), foram os que mais influenciaram para a não adesão. Na dimensão social, vínculo interpessoal com familiares e amigos íntimos, influenciou positivamente a adesão. Programaticamente, verificou-se que a estrutura oferecida aos usuários foi considerada adequada e contribuíram para a adesão. Conclusão: O estudo mostrou a necessidade de pesquisas acerca da adesão a TARV, em pacientes submetidos precocemente ao tratamento, com outros instrumentos, em outros Centros de Referencias, com número maior de portadores, para avaliar este programa terapêutico, visto que esse é o último consenso em termos de terapia e o uso prolongado associado aos efeitos colaterais, são fatores que podem interferir na adesão. / Introduction: The World Health Organization recommends that antiretroviral therapy (ART) should start immediately for all HIV patients regardless of the presence or absence of AIDS symptoms. This new guideline is based on the fact that the early initiation of antiretroviral therapy stimulates the immune system, reduces the risk of HIV-associated morbidity and mortality, and reduces the risk of its transmission. Objective: To analyze the adherence of HIV patients under early submission to antiretroviral therapy. Hypothesis: Asymptomatic HIV carriers have low adherence when submitted to antiretroviral therapy early due to the side effects of the medication. Methods: This is a cross-sectional descriptive prospective study with a quantitative approach. The data were obtained through individual interviews with a form to collect sociodemographic characteristics and to evaluate adherence to the antiretroviral therapy. An adapted Brazilian version of the Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral CEAT-VIH (Questionnaire for the Evaluation of Adherence to Antiretroviral Therapy) was used. For the interpretation, understanding and structuring of the analyses of the phenomenon, the theoretical framework of vulnerability was adopted. Data analysis was processed in Stata 13.1® Software. The variables were analyzed by means of absolute and relative frequency (simple frequency, mean and standard deviation) and according to the results, the Pearson\'s Chi-square test. Results: Among the 53 interviewees, 81.1% were classified as adherents and 18.9% were non-adherents. The predominant people were male, aged between 25 and 44, white, and well educated. The determinants of adherence to ART were: greater schooling, being married or living with family and good doctor/patient relationship. Those ones for non-adherence were: feeling better after starting the treatment, lack of support from people from their social interaction and their partners awareness on the seropositivity. Vulnerability can be considered in three dimensions. In the individual dimension, lack of knowledge about the drugs in use, presence of a social support network, and social behavior change (sex without a condom) were the factors that mostly influenced the non-adhesion. In the social dimension, interpersonal bonding with family and close friends positively influenced the adhesion. Programmatically, it was verified that the structure offered to the users was considered adequate and contributed to the adhesion. Conclusion: The study showed the need for research on ART adherence in patients submitted to treatment early with other instruments in other Reference Centers with a greater number of patients in order to evaluate this therapeutic program, since this is the last consensus in terms of therapy. Prolonged use associated with side effects are factors that may interfere with adherence.
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Avaliação da aplicabilidade de um instrumento para aferição da adesão do paciente ao tratamento antirretroviral nos serviços do Sistema Único de Saúde que assistem pessoas vivendo com HIV / Assessment of the applicability of an instrument to measure the patient\'s adherence to antiretroviral treatment services in the National Health System that assist people living with HIV

Wania Maria do Espirito Santo Carvalho 06 June 2014 (has links)
A adesão do paciente à terapia antirretroviral é essencial para alcançar os objetivos do tratamento. A taxa de adesão do conjunto de pacientes de um serviço pode ser compreendida como medida proxy da qualidade dos serviços. Realizou-se uma pesquisa avaliativa de caráter qualitativo sobre a aplicabilidade do Questionário Qualiaids de Monitoramento da Adesão ao Tratamento Antirretroviral (WebAd-Q) para uso rotineiro nos serviços. Duas dimensões orientaram o delineamento do estudo: Dimensão de Utilização - que se refere à experiência dos profissionais de utilização do WebAd-Q no ambiente de pesquisa; e Dimensão de Utilidade - que se refere à opinião dos profissionais sobre a importância de conhecer a adesão do conjunto de pacientes e a potencialidade do WebAd-Q para auxiliar a gestão dos serviços. Participaram sete serviços: quatro foram classificados como Serviço de Atenção Especializada (SAE); dois são ambulatórios inseridos em grandes hospitais; e o último é um ambulatório que funciona em Unidade Básica de Saúde (UBS). Foram entrevistados 22 profissionais que atuam na assistência, além dos sete gerentes dos serviços. Foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado; as entrevistas foram gravadas em áudio, transcritas na íntegra e submetidas à análise temática de conteúdo. Os serviços apresentam diferenças de porte, estrutura e modalidades assistenciais oferecidas, mas são semelhantes na composição das equipes, na organização do trabalho e no modo de gerenciamento. Para os profissionais, a (não) adesão é um problema complexo, multideterminado e de difícil compreensão, cuja solução, muitas vezes, está além das suas possibilidades de intervenção. O WebAd-Q foi avaliado como um questionário simples, simpático, objetivo e de fácil compreensão e manuseio para profissionais e usuários. Além disso, não apresenta dificuldades operacionais para sua implantação. Alguns atributos bastante valorizados são: poder ser respondido anonimamente, combinar linguagens de vídeo e áudio, e ser compreendido por pessoas de todos os níveis de escolaridade. Quanto à utilidade, entendem que sua aplicação pode produzir efeitos importantes: efeito de constatação daquilo que todos sabem e reconhecem como desafio: a insuficiente adesão dos pacientes à terapia antirretroviral; efeito de avaliação da qualidade, pois os profissionais compreendem as medidas de adesão do conjunto de pacientes como um indicador de desempenho do serviço e da importância do monitoramento para melhorar a assistência; efeito demonstrativo, que explicita a necessidade de intervenções mais estruturais que tenham como alvo uma reconceituação dos serviços; e efeito de valorização, referente ao sentimento de \"sentir-se valorizado\" relatado pelos pacientes. Os profissionais se mostraram entusiasmados com as potencialidades do questionário; contudo, não apresentaram proposições tecnológicas e organizacionais concretas para sua utilização, o que pode significar que a plena potencialidade do WebAd-Q como insumo gerencial só será alcançada com o aprimoramento do gerenciamento / Patient adherence to antiretroviral therapy is essential to meet the treatment goals. Adherence rates of a group of patients in a certain service might be considered a measure of quality proxy. A qualitative research study was carried out to assess the feasibility of the Qualiaids Adherence Monitoring Questionnaire in antiretroviral therapy - WebAd-Q as a daily routine. Two dimensions guided the study design: the Application Dimension - about the staff\'s experience in the application of webAD-Q within the research environment; and the and Usefulness Dimension - focusing on the staff\'s opinion on the significance to know the patients\' adherence and the webAD-Q\'s potential to assist them in managing their services. Seven types of service participated in this study. Four of them were ranked as Specialized Care Service (SCS). There were also two clinics located in big hospitals and one clinic which was part of a Basic Health Care Unit (BHU). 22 healh care providers were interviewed, as well as the seven managers of the facilities abovementioned. A semi-structured interview guide was used. The interviews were audio recorded, transcribed and their content was analyzed. The services differ among themselves in size, structure and type of assistance. On the other hand, they are similar in team composition and how they are managed. For the health care providers, (non) adherence is a complex problem, caused by multiple factors, and difficult to understand. The solution is often beyond their means of intervention. The WebAd-Q was assessed as simple, friendly, straight-to-the-point questionnaire, easy to understand and handle, both by providers and users. Also, its application was did not have any operational difficulties. Some of the questionnaire\'s most valued attributes include allowing for anonymous responses, providing video and audio, and being understood by people of all educational levels. The participants also understand that its application eventually results in substantial effects: the effect of finding out something widely known and recognized as a challenge: the insufficient adherence rates of patients to antiretroviral therapy; the effect of assessing quality, because health care providers understand adherence measures of groups of patients as an indicator of service performance and of the importance of monitoring to improve health care procedures; the effect of demonstration, as it shows the need for more structural interventions aiming at a revision of what their services mean; and the effect of valuation, meant as the feeling of \"feeling valued\", as reported by the patients.The healthcare providers showed enthusiasm with the Questionnaire\'s potential. However, they did not proposed concrete technological and organizational plans for its use. That might mean that the WebAd-Q as a management tool will only reach its full potential if management procedures are improved
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Avaliação da adesão à terapia anti-hipertensiva na hipertensão resistente pelos métodos direto e indiretos / Adherence assessment to antihypertensive therapy in resistant hypertension by direct and indirect methods

Patricia Cardoso Alarcon Hori 31 August 2018 (has links)
Introdução: A má adesão à terapia anti-hipertensiva medicamentosa é uma causa frequente de dificuldade de controle da pressão arterial. A prevalência de hipertensão resistente (HR) verdadeira não é conhecida pela dificuldade de estimar de maneira precisa a adesão ao tratamento medicamento anti-hipertensivo prescrito na prática clínica. Objetivos: Comparar os métodos direto e indiretos de avaliação da adesão ao tratamento anti-hipertensivo em pacientes com HR, medir a adesão ao tratamento medicamentoso pelo método direto em pacientes com HR, estimar a prevalência de HR verdadeira e identificar características clínico-demográficas associadas à adesão. Métodos: Foram recrutados pacientes com HR, definida como Pressão Arterial (PA) de consultório não controlada (PA Sistólica > 140 mmHg e/ou PA Diastólica > 90 mmHg), usando três ou mais classes de anti-hipertensivos em doses plenas, sendo um diurético; ou com PA de consultório controlada (PA Sistólica < 140 mmHg e PA Diastólica < 90 mmHg), usando quatro ou mais classes de anti-hipertensivos. O método direto de avaliação da adesão consistiu na análise de amostras de urina contendo os anti-hipertensivos prescritos pela técnica de cromatografia líquida de alta pressão (High Pressure Liquid Chromatography Mass - HPLC). As análises foram feitas em quatro oportunidades diferentes, com intervalo médio de 30 dias entre as coletas. Para comparação, foram realizados concomitantemente cinco métodos indiretos de avaliação da adesão: contagem de comprimidos (CTG CP), questionário de adesão MMAS-8, impressão médica, avaliação do farmacêutico e do próprio paciente. Foram considerados pacientes aderentes pelo método direto aqueles que apresentaram todos os anti-hipertensivos prescritos em pelo menos 3 das 4 amostras de urina coletadas; consumo >= 80% dos comprimidos pela CTG CP; pontuação >= 7 no questionário MMAS-8 e nota >= 4 nas avaliações médica, farmacêutica e do próprio paciente. Para a avaliação da concordância entre os métodos foi utilizado o coeficiente de correlação de Kappa (CCK). Resultados: 50 pacientes com HR foram recrutados: 68% mulheres, com idade média de 55,1 anos (± 8,2 anos), índice de massa corpórea 29 (± 3,3 kg/m2), PA de Consultório 149/86 mmHg (± 26/15 mmHg), PA de 24 horas pela Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 127/82 mmHg (± 19/11 mmHg) e número de classes de anti-hipertensivos prescritos por paciente de 4,6 (± 0,7). A frequência de não adesão encontrada pelo método direto foi de 66%. Classificando os pacientes de acordo com a adesão e o controle da PA pela MAPA, 42% foram considerados pseudo-hipertensos resistentes por má adesão e apenas 18% hipertensos resistentes verdadeiros. A concordância entre os métodos avaliados foi baixa de acordo com o CCK, variando de não existente [métodos CTG CP (-0,040), impressão farmacêutica (-0,040) e do paciente (-0,132)] a mínima [questionário MMAS-8 (0,055) e impressão médica (0,126)]. Nenhuma das características clínicodemográficas avaliadas mostrou qualquer associação com a adesão pelo método direto. Conclusão: A prevalência de não adesão é alta em pacientes com HR, sendo esta, provavelmente, a principal causa de resistência ao tratamento antihipertensivo. Os métodos de adesão indiretos avaliados não apresentaram concordância com o método direto, devendo ser questionável sua utilização como ferramenta de medida de adesão na prática clínica / Background: Poor adherence to antihypertensive therapy is a frequent cause of resistant hypertension (RH). The real prevalence of true RH is still unknown due to the difficulty to accurately estimating adherence to the antihypertensive drug in clinical practice. Objective: Compare the direct and indirect methods of assessing adherence to hypertension treatment, measure the adherence to the drug treatment by the direct method in patients with RH, estimate the prevalence of true RH and to identify clinical and demographic characteristics associated with adherence. Methods: Patients with RH were enrolled: office blood pressure (BP) above goal (systolic BP > 140mmHg and/or diastolic BP > 90mmHg), taking three or more antihypertensive drugs of different classes at optimal dose, which one of them should be a diuretic; or office BP below goal (systolic BP < 140mmHg and/or diastolic BP< 90mmHg), taking four or more antihypertensive drugs. Adherence was assessed by direct method of High Pressure Liquid Chromatography (HPLC) analysis for antihypertensive drugs, in 4 different urine samples, in a 30-day interval. For comparison, five indirect methods of adherence assessment were performed simultaneously: pill count, MMAS-8 questionnaire, patient self-report, physician judgement and pharmaceutical judgement. Patient was considered adherent by direct method if every antihypertensive drug was found in 3 urine samples at least; if he consumed 80% of prescribed medication at least; if he reached score >= 7 on the MMAS-8; >= 4 on self-report, physician judgement and pharmaceutical judgement. Kappa correlation coefficient (KCC) was performed to evaluate the agreement between the methods. Results: 50 patients with HR were enrolled: 68% women, mean age 55,1 ± 8,2 years, body mass index 29 ± 3,3 kg/m2, office BP 149/86 ± 26/15 mmHg, mean 24 hs by Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) 127/82 ± 19/11 mmHg and average of antihypertensive druhs prescribed 4,6 ± 0,7 classes. 66% of patients were non-adherent by direct method: 42% classified as pseudoresistant hypertensive patients due to low adherence and only 18% as true resistant hypertensive. Agreement between methods was low according to KCC, ranging from non-existent [pill count (-0,040), pharmaceutical judgement (-0,040) and self-report (-0,132)] to minimum [MMAS-8 questionnaire (0,055) and physician judgement (0,126)]. There is no association between clinical and demographic characteristics and adherence by direct methods. Conclusion: The prevalence of non-adherence is high in patients with RH, which is probably the main cause of resistance to antihypertensive treatment. The indirect adherence methods evaluated did not show agreement with the direct method, and its use as a tool to measure adherence in clinical practice should be questionable
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Hormonioterapia no câncer de mama: fatores associados à adesão e persistência ao tratamento

Guedes, Juliana Barroso Rodrigues 30 March 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-01-06T12:38:24Z No. of bitstreams: 1 julianabarrosorodriguesguedes.pdf: 1939234 bytes, checksum: ffb86b0f1beeff1e7f0b74faee06917a (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2017-01-31T11:28:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 julianabarrosorodriguesguedes.pdf: 1939234 bytes, checksum: ffb86b0f1beeff1e7f0b74faee06917a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-31T11:28:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 julianabarrosorodriguesguedes.pdf: 1939234 bytes, checksum: ffb86b0f1beeff1e7f0b74faee06917a (MD5) Previous issue date: 2016-03-30 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A hormonioterapia no câncer de mama é fundamental para a transição do tratamento ativo aos cuidados de sobrevivência, pois melhora significativamente os resultados de sobrevida a longo prazo, além de propiciar uma melhor qualidade de vida aos doentes e de reduzir os custos de hospitalização. Porém, para se atingir resultados desejáveis no enfretamento da doença é importante a adesão e persistência ao tratamento recomendado. Sabe-se que a a adesão e persistência à hormonioterapia podem ser influenciadas por diversos fatores, relacionados ao paciente, tratamento, serviços de saúde, crenças e hábitos de vida, porém têm sido pouco explorados até à data. A condução de pesquisas capazes de dimensionar tais fenômenos e retratá-los em um contexto definido representa uma importante estratégia para comparação, compreensão e produção de evidências para os serviços de saúde, a fim de promover o sucesso da terapia empregada e a melhora da qualidade de vida do paciente. O objetivo desse estudo foi avaliar a adesão e a persistência à terapia hormonal adjuvante e suas variáveis associadas, em pacientes com câncer de mama em tratamento em um hospital de referência em oncologia da região sudeste do Brasil. Realizou-se um estudo de caráter analítico e delineamento longitudinal, a partir da coleta de dados secundários de 182 mulheres com câncer de mama, que iniciaram a hormonioterapia no ano de 2009 no Hospital do Câncer de Muriaé – MG/Fundação Cristiano Varella. As informações pertinentes ao estudo (variáveis dependentes e independentes) foram coletadas a partir do prontuário médico e do controle de dispensação de hormonioterápico, do setor da farmácia do Hospital do Câncer de Muriaé – MG/Fundação Cristiano Varella. Para o cálculo da adesão e persistência foram utilizados os métodos “Razão de Posse de Medicamentos” e “Nível Estimado de Persistência”, respectivamente. Foram consideradas aderentes ao tratamento mulheres com Razão de Posse de Medicamentos igual ou superior à 80% e persistentes àquelas que não descontinuaram o tratamento por 60 dias ou mais. Para analisar os fatores associados à adesão, foram realizadas análises bivariadas, utilizando o teste estatístico do qui-quadrado (χ2), já a probabilidade de persistência foi calculada através do método de Kaplan Meier e as variáveis associadas pelo teste de Log-rank. Para estimar o nível de significância das variáveis encontradas para a persistência, foram conduzidas análises de regressão linear múltipla e modelos de regressão uni e multivariada de Cox. O método "backward elimination" foi utilizado, removendo as variáveis que não se mantiveram significativas (p ≤ 0,05) e o teste diagnóstico de resíduos de Schoenfeld para avaliar a proporcionalidade dos modelos de Cox. A taxa de adesão entre as participantes foi de 85,2% no final do seguimento, destas 47,7% eram persistentes. Já a persistência foi modificada ao longo do tempo, sendo de 85,5% ao primeiro ano de tratamento e 43,6% no final dos 5 anos. Os resultados da análise bivariada para associação entre a taxa de adesão e variáveis independentes estudadas não se mostrou significativa para nenhuma delas. Na análise da associação dessas variáveis com a persistência, mulheres com estadiamento avançado ao diagnóstico, que não realizaram cirurgia e com um número elevado de internações exibiram maior risco de descontinuidade da hormonioterapia. Observa-se que apesar da adesão nesta coorte se apresentar elevada, à medida que o tempo avança há um aumento progressivo de pacientes não persistentes ao tratamento, muitas vezes associada às características relaciondas à gravidade da doença, aumentando o risco de resposta terapêutica inadequada e piores resultados referentes à taxa de sobrevida e recorrência da doença nessas mulheres. / Hormonetherapy in breast cancer is key to the transition from active treatment to survival of care, because it improves the long-term survival results, as well as providing a better quality of life for patients and reduce hospital costs. However, to achieve desirable results in the coping of the disease is important adherence and persistence to the recommended treatment. It is known that the adherence and persistence to hormonetherapy may be influenced by several factors related to the patient, treatment, health services, beliefs and lifestyle, but have been little explored to date. The conduct of research able to scale these phenomena and portray them in a defined context is an important strategy for comparison, comprehension and production of evidence for health services in order to promote the success of therapy used and improved quality life of the patient. The aim of this study was to evaluate the adherence and persistence adjuvant hormonal therapy and its associated variables in patients with treatment for breast cancer in a referral hospital in oncology of southeastern Brazil. We conducted an analytical study of character and longitudinal design, from the collection of secondary data from 182 women with breast cancer who started hormone therapy in 2009 at the Hospital of the Muriaé Cancer - MG/Fundação Cristiano Varella, following for 5 years. Information relevant to the study (dependent and independent variables) were collected from medical records and hormonetherapy of dispensing control, the Hospital of the Muriaé Cancer - MG/Fundação Cristiano Varella pharmacy sector. For the calculation of adherence and persistence were used methods "Medication Possession Ratio" and "Estimated level of Persistence", respectively. Were considered adherent to the treatment women with Medication Possession Ratio greater than or equal to 80% and persistent those who did not discontinue for 60 days or more. To analyze the factors associated with adherence, bivariate analyzes were performed using the statistical test Chi-square (χ2). The probability of persistence was calculated using the Kaplan Meier compared by log-rank test. To estimate hazard ratios and the level of significance of the variables associated with persistence, univariate and multivariate Cox regression analyzes were conducted. The method "backward elimination" was used by removing the variables that did not remain significant in the final model (p ≤ 0.05) and the diagnosis of Schoenfeld residuals test to assess the proportionality of the Cox models. The adherence rate among participants was 85.2% at the end of follow-up, and of these, 47.7% were persistent. The persistence was modified over time, with 85.5% in the first year of treatment and 43.6% at the end of the 5 years. The results of the bivariate analysis for association between adherence rate and independent variables studied was not significant for any of them. In the multivariate Cox model, women with advanced stage at diagnosis, who did not undergo surgery and with a high number of hospital admissions (≥ 3 hospitalizations) showed increased risk of discontinuation of hormone therapy. It is observed that despite the accession this cohort is considerable, as time progresses there is a progressive increase in non-persistent patients to treatment, influenced by characteristics related to the severity of the disease, increasing the risk of inadequate therapeutic response and worse results for the rate of survival and recurrence of the disease in these women.
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Análise da associação entre letramento funcional em saúde e adesão ao tratamento medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica

Carvalho, Tatiana Resende 21 March 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-08-22T18:42:20Z No. of bitstreams: 1 tatianaresendecarvalho.pdf: 1506183 bytes, checksum: b3c7a483a60aa885fc2e59931d92b8b0 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-08-28T13:13:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tatianaresendecarvalho.pdf: 1506183 bytes, checksum: b3c7a483a60aa885fc2e59931d92b8b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-28T13:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tatianaresendecarvalho.pdf: 1506183 bytes, checksum: b3c7a483a60aa885fc2e59931d92b8b0 (MD5) Previous issue date: 2018-03-21 / Estudo transversal realizado com 340 usuários hipertensos, acompanhados pela Estratégia Saúde da Família do município de São João del-Rei, selecionados a partir do registro das fichas de acompanhamento dos agentes comunitários de saúde, por amostragem aleatória simples. Os objetivos do estudo foram analisar a associação entre letramento funcional em saúde e adesão ao tratamento medicamentoso da HAS; descrever os níveis de letramento funcional em saúde da população de estudo; estimar a prevalência da não adesão ao tratamento medicamentoso da HAS e analisar os fatores associados à não adesão ao tratamento medicamentoso da HAS. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho à setembro de 2017 e foi realizada através de um formulário com questões estruturadas acerca dos fatores socioeconômicos, relacionados ao paciente, à doença, ao tratamento, à equipe e ao serviço de saúde. A avaliação da adesão ao tratamento medicamentoso foi feita através da Escala de Adesão Terapêutica de oito itens de Morisky (MMAS-8) e o nível de letramento funcional em saúde foi medido pelo B-TOFHLA. As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o teste qui-quadrado e modelos de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas, os respectivos intervalos de confiança (IC95%) e p-valor. A prevalência de não adesão ao tratamento farmacológico da HAS foi de 24,1% (IC 95%: 19,7 – 28,5). Os fatores associados à não adesão à terapia medicamentosa foram a credibilidade na importância dos medicamentos para o tratamento da HAS, a frequência na tomada dos medicamentos para a doença por dia, a compreensão das orientações e explicações dadas pelos profissionais de saúde e a dificuldade em conversar com os profissionais. Baixo letramento funcional em saúde foi encontrado em 80,2% dos hipertensos entrevistados. A proporção de usuários não aderentes ao tratamento com baixo letramento funcional em saúde foi 77% superior à proporção de usuários não aderentes à terapia medicamentosa com letramento funcional em saúde adequado (RP=1,77; IC95%:0,93 – 3,75). Os resultados mostram que mudanças baseadas na complexidade do regime terapêutico, uma adequada assistência à saúde, baseada nas particularidades de cada indivíduo, levando-se em conta a influência que o mesmo recebe do meio que o cerca podem contribuir para o aumento da adesão ao tratamento medicamentoso da HAS. É possível supor ainda que, identificando-se as limitações apresentadas pelos usuários em relação ao acesso e à compreensão das informações e orientações que lhe são repassadas, a equipe de saúde pode elaborar estratégias que favoreçam o processo de comunicação entre profissionais de saúde e usuários do sistema, compensando assim os baixos níveis de letramento funcional em saúde, fazendo com que as informações e orientações necessárias ao manejo e ao acompanhamento da doença sejam mais facilmente compreendidas pelos usuários. / This is a cross-sectional study performed with 340 hypertensive users who have been monitored by the Family Health Care Service from the city of São João del-Rei. They have been selected based on the follow-up records of the community health agents by simple random sampling. The aim of the study is to analyze the association between Functional Health Literacy and the adherence to the medical treatment for HAS (hypertension); to describe the levels of functional health literacy in the evaluated population; to estimate the predominant non-adherence to the drug treatment for hypertension and to analyze the factors that are connected to the non-adherence to the medical treatment for hypertension. Data collection has happened between June and September 2017 and it was carried out by using a questionnaire with questions about socioeconomic factors related to the patient, to their disease, to their treatment, the team who have assisted them and the health care service itself. The evaluation in order to measure the adherence to the drug treatment was carried out via the 8-item Morisky Medication Adherence Scale (MMAS-8) and the Functional Health Literacy level was measured by the B-TOFHLA. Statistical analyzes have been performed using the chi-square test and Poisson regression models in order to estimate crude and adjusted prevalence ratios, confidence intervals (IC95%), and p-value. The predominance of non-adherence to the pharmacological treatment for HAS was 24.1% (IC95%: 19.7-28.5). The main factors associated with the non-adherence to the drug therapy were: trustworthiness regarding the importance of drugs for the treatment of HAS, the frequency the user takes the prescribed medicine per day, the understanding of the instructions and explanations given by the health care professionals, and the struggle in talking to the professionals. Low functional health literacy has been found in 80.2% of the hypertensive patients who have been interviewed. The non-adherence ratio among patients with low functional health literacy is 77% higher than the proportion of non-adherence among patients with adequate functional health literacy (PR = 1.77, IC 95%: 0.93-3.75). The results have shown that changes based on the complexity of the therapeutic regime and an adequate health care provision based on the specificities of each individual, taking into account the influence that the patient gets from the environment he comes from can contribute to raise the levels of medication adherence for HAS. It is also possible to assume that, by identifying the patients limitations regarding the access and the overall comprehension of the information and instructions that are passed on to them, it allows the healthcare team to prepare and implement strategies that may favor the communication process between the healthcare professionals and users of the system, thus compensating for the low levels of functional health literacy and making the information and general guidelines that are necessary for the management and follow-up of the disease more easily understood by its users.
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Avaliação da adesão à terapia antirretroviral em crianças e adolescentes / Evaluation of adherence to antiretroviral therapy in pediatrics

Ernesto, Aline Santarem, 1977- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Marcos Tadeu Nolasco da Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T22:53:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ernesto_AlineSantarem_M.pdf: 2616267 bytes, checksum: 8169b5c577c4b73c8dedf740de1f15b9 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Introdução: A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) é atualmente uma doença crônica, controlável graças à Terapia Antirretroviral de Alta Atividade (TARV). Em um contexto de acesso universal ao tratamento, a adesão do paciente torna-se um fator limitante e desafiador. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da nãoadesão à TARV em uma coorte de crianças e adolescentes com o uso de instrumentos complementares, bem como identificar e compreender os fatores associados a ela. Casuística e Métodos: Estudo analítico, observacional, prospectivo do tipo corte transversal. A população foi composta por 108 pacientes infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em TARV (60 meninos), com idades entre 8 e 19 anos. A adesão foi avaliada por meio de um questionário padronizado, consulta a registros de dispensação de farmácia (RDF) e uma escala de auto-eficácia. Foram entrevistados os responsáveis pela administração da medicação, cuidadores ou pacientes. Indivíduos que receberam menos de 95% das doses prescritas nas 24 horas ou nos 7 dias anteriores à entrevista, ou que apresentaram um intervalo maior que 37 dias no RDF nos três meses anteriores à entrevista, foram considerados não-aderentes. A escala de auto-eficácia forneceu um escore contínuo, com amplitude de 0 a 100. Foi avaliada a associação de variáveis independentes ligadas a condições demográficas, clínicas, imunológicas, virológicas, e psicossociais aos desfechos de adesão. Na análise estatística univariada foi utilizada a determinação de Odds Ratios (OR) para a comparação entre variáveis categóricas, o teste de Mann-Whitney para a comparação entre variáveis contínuas e categorias, e determinado Coeficiente de Correlação de Spearman (rs) para a comparação entre variáveis contínuas. Resultados foram considerados significativos com valor de p _ 0,05. Para o controle de variáveis de confundimento, foi utilizada a análise multivariada com o uso de regressão logística. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Resultados: A prevalência de não-adesão variou entre 11,1% (pacientes não aderentes por 3 instrumentos), 15,8% (auto-relato de 24 horas), 27,8% (auto-relato semanal), 45,4% (RDF) e 56,3% (ao menos um dos 3 desfechos). Os auto-relatos de 24 horas e 7 dias, quando comparados ao RDF, mostraram baixa sensibilidade (29% e 43%, respectivamente) e alta especificidade (95% e 85%, respectivamente). As seguintes variáveis independentes apresentaram associação estatisticamente significativa com a não-adesão na análise univariada, de acordo com o instrumento: Auto-relato de 24 horas: dificuldade de administração pelo cuidador (OR = 9,11; IC95% = 2,87 - 28,98); paciente não-praticante de religião (OR = 2,76; IC95% = 0,92 - 8,32); intolerância à medicação (OR=4,61; IC95% =1,47 - 14,42); renda per capita (medianas de US$ 137,91 vs US$ 208,33; p = 0,016); número de ITRNs com mutações de resistência (medianas de 6 vs 1; p = 0,016); Auto-relato de 7 dias: dificuldade de administração pelo cuidador (OR = 2,91; IC95% = 1,05 - 8,12; administração da TARV pelo paciente (OR = 3,59; IC95% = 1,47 - 8,78); cuidador com 8 ou menos anos de escolaridade (OR = 3,25; IC95% = 1,03 - 10,30); paciente com mais de 8 anos de escolaridade (OR = 3,70; IC95% = 1,41 - 0,70); idade do paciente (medianas de 13,94 vs 12,94; p = 0,03); renda per capita (medianas de US$ 131,67 vs US$ 201,39; p = 0,009); Registro de dispensação de farmácia: dificuldade de administração pelo cuidador (OR = 3,19; IC95% = 1,11 - 9,17); administração da TARV pelo paciente (OR = 2,70; IC95% = 1,15 - 6,33); falha de controle virológico (OR = 3,70; IC95% = 1,67 - 8,33); falta a consulta nos últimos 6 meses (OR = 3,27 IC95% = 1,38 - 7,78); paciente nãopraticante de religião (OR = 2,47 IC95% = 1,10 - 5,57); cuidador não-praticante de religião (OR = 3,19; IC95% = 1,36 - 7,50); cuidador com emprego fora do domicílio (OR = 2,27; IC95% = 1,05 - 4,92); renda per capita (medianas de US$ 166,67 vs US$ 222,22; p = 0,014); As seguintes variáveis independentes apresentaram associação estatisticamente significativa com a não-adesão na análise multivariada, de acordo com o instrumento: Auto-relato de 24 horas: intolerância à medicação (OR = 9,11; IC95% = 2,87 - 28,98); Auto-relato de 7 dias: dificuldade de administração pelo cuidador (OR = 2,91; IC95% = 1,05 - 8,12); administração da TARV pelo paciente (OR = 3,59; IC95% = 1,47 - 8,78); classe socioeconômica C+D (3,54; 0,97 - 2,85); Registro de dispensação de farmácia: falha de controle virológico (OR = 3,73; IC95% = 1,68 - 8,31); falta a consulta nos últimos 6 meses (OR = 3,27 (IC95% = 1,38 - 7,78); cuidador não-praticante de religião (OR = 3,19; IC95% = 1,36 - 7,50); O escore de auto-eficácia teve mediana de 95,20 (11,90 - 100) e mostrou associação significativa com dificuldade de administração da medicação pelo cuidador (mediana de 78,5 vs 95,2; p = 0,001), falha de controle virológico (mediana de 90,4 vs 100; p = 0,001), administração da TARV pelo paciente (mediana de 89,8 vs 95,2; p = 0,05), falta à consulta nos últimos seis meses (mediana de 86,3 vs 100, p < 0,001), categoria clínica N, A ou B (mediana de 90,47 vs 100; p = 0,018), paciente não praticante de religião (mediana de 90,4 vs 95,2, p = 0,037), orfandade (mediana de 95,2 vs 90,4 p = 0,05), relação CD4/CD8 (rs = 0,220; p = 0,025), número de classes de antirretrovirais com resistência viral (rs = 0,583; p < 0,001), número de ITRNs com resistência viral (rs = 0,44; p = 0,009), renda per capita (rs = 0,302; p = 0,001), Escore PedsQL domínio emocional (rs = 0,265; p = 0,007). Conclusão: Na população estudada, observou-se alta prevalência de falha de adesão à TARV, com maior sensibilidade de detecção pela análise da retirada de medicamentos na farmácia. Adicionalmente, observou-se associação entre os escores de auto-eficácia e as categorias de adesão. Os instrumentos utilizados mostraram-se complementares na identificação de fatores de risco para a não-adesão. Com o objetivo de eliminar variáveis de confundimento, sete fatores foram identificados como associados a dificuldade de adesão: intolerância à medicação, dificuldade de administração da medicação pelo cuidador, responsabilidade de administração medicação pelo próprio paciente, classe socioeconômica mais baixa, ausência de controle virológico, cuidador não praticante de religião e faltas às consultas / Abstract: Background: The Acquired Immunodeficiency Syndrome (Aids) is currently a chronic disease, manageable by Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART). In a setting of universal access to treatment, patient adherence arises as a limiting and challenging issue. This study aimed to evaluate the prevalence of nonadherence to HAART in a cohort of children and adolescents, using complementary instruments, and also identify and understand associated factors. Patients and Methods: Observational, analytical, prospective, cross-sectional study. The study population comprised 108 Human Immunodeficiency Virus (HIV) -infected patients on HAART (60 boys), from 8 to 19 years-old. Adherence was evaluated by a standardized questionnaire, pharmacy refill data (PRD) and a self-efficacy scale. Patients or caregivers were interviewed (whoever was in control of medicine administration). Patients who received less than 95% of prescribed doses in the 24 hours of 7 days before the interview, or who had a record of an interval of more than 37 days between refills, were considered nonadherent. The self-efficacy scale provided a continuous score, varying from 0 to 100. The association between adherence outcomes and independent variables related to demographical, clinical, immunological, virological and psychosocial conditions was estimated. Statistical analysis was performed with the use of Odds Ratios (OR) for comparison between categorical variables, Mann-Whitney test for comparison between continuous variables and categories, and Spearman Correlation Coefficient (rs) for comparison between continuous variables. Results were considered statistically significant if p _ 0.05. Confounding variables were controlled by multivariate analysis with logistic regression. The study was approved by the Human Research Ethics Committee of the State University of Campinas Faculty of Medical Sciences. Results: Nonadherence prevalence varied from 11.1% (nonadherent patients in 3 instruments), 15.8% (24-hour self-report), 27.8% (7-day self-report), 45.4% (PRD) and 56.3% (at least one of the outcomes). Self-reports from 24 hours and 7 days, when compared to PRD, showed low sensitivity (29% and 43%, respectively) and high specificity (95% and 85%, respectively). The following independent variables showed statistically significant association with nonadherence on univariate analysis, according to each instrument: Twenty-four hour self-report: difficulty of ministration by caregiver (OR = 9.11 ; 95%CI = 2.87 - 28.98); lack of religious practice by patient (OR = 2.76; 95%CI = 0.92 - 8.32); medication intolerance (OR=4.61; 95%CI =1.47 - 14.42); per capita income (median US$ 137.91 vs US$ 208.33; p = 0.016); number of nucleoside/nucleotide analogues (NRTIs) with resistant mutations (median 6 vs 1; p = 0.016); Seven-day self-report: difficulty of ministration by caregiver (OR = 2.91; 95%CI = 1.05 - 8.12; HAART ministration by the patient (OR = 3.59; 95%CI = 1.47 - 8.78); caregiver with 8 or less years of school attendance (OR = 3.25; 95%CI = 1.03 - 10.30); patient with 8 or more years of school attendance (OR = 3.70; 95%CI = 1.41 - 0.70); patient age (median 13.94 vs 12.94; p = 0.03); per capita income (median US$ 131.67 vs US$ 201.39; p = 0.009); Pharmacy refill data: difficulty of ministration by caregiver (OR = 3.19; 95%CI = 1.11 - 9.17); HAART ministration by the patient (OR = 2.70; 95%CI = 1.15 - 6.33); lack of virological control (OR = 3.70; 95%CI = 1.67 - 8.33); missed consultations in the former 6 months (OR = 3.27 (95%CI = 1.38 - 7.78); lack of religious practice by patient (OR = 2.47 (95%CI = 1.10 - 5.57); lack of religious practice by caregiver (OR = 3.19; 95%CI = 1.36 - 7.50); caregiver working outside the home (OR = 2.27; 95%CI = 1.05 - 4.92); per capita income (median US$ 166.67 vs US$ 222.22 ; p = 0.014); The following independent variables showed statistically significant association with nonadherence on multivariate analysis, according to each instrument: Twenty-four hour self-report: medication intolerance (OR = 9.11; 95%CI = 2.87 - 28.98); Seven-day self-report: difficulty of ministration by caregiver (OR = 2.91; 95%CI = 1.05 - 8.12); HAART ministration by the patient (OR = 3.59; 95%CI = 1.47 - 8.78); socioeconomical classes C+D (3.54; 0.97 - 2.85); Pharmacy refill data: lack of virological control (OR = 3.73; 95%CI = 1.68 - 8.31); missed consultations in the former 6 months (OR = 3.27 (95%CI = 1.38 - 7.78); lack of religious practice by caregiver (OR = 3.19; 95%CI = 1.36 - 7.50); The self-efficacy score had a median of 95.20 (11.90 - 100) and showed significant association with difficulty of ministration by caregiver (median 78.5 vs 95.2; p = 0.001), lack of virological control (median 90.4 vs 100; p = 0.001), HAART ministration by patient (median 89.8 vs 95.2; p = 0.05), missed consultations in the former 6 months (median 86.3 vs 100, p < 0.001), clinical categories N, A or B ( median 90.47 vs 100; p = 0.018), lack of religious practice by patient (median 90.4 vs 95.2, p = 0.037), being orphan (median 95.2 vs 90.4 p = 0.05), CD4/CD8 ratio (rs = 0.220; p = 0.025), number or antiretroviral classes with resistance (rs = 0.583; p < 0.001), number of NRTIs with resistance (rs = 0.44; p = 0.009), per capita income (rs = 0.302; p = 0.001), PedsQL score, emotional domain (rs = 0.265; p = 0.007). Conclusion A high prevalence of HAART nonadherence was observed in the study population, being pharmacy refill data the most sensitive measurement. Additionally, an association was observed between adherence outcomes and self-efficacy scores. The instruments employed showed complementarity in the recognization of nonadherence risk factors. Aiming to eliminate confounding variables, seven factors were identified as associated to lack of adherence: medication intolerance, difficulty of ministration by the caregiver, ministration of medicines by the patient, lower socioeconomic class, lack of virological control, lack of religious practice by the caregiver and missed consultations / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Ciências

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