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O cristianismo não religioso de Gianni Vattimo

Ferreira, Vicente de Paula 20 December 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-03-07T17:58:40Z No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 1182339 bytes, checksum: 1abe957b7502e76239163f34c1b292f9 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-04-24T02:02:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 1182339 bytes, checksum: 1abe957b7502e76239163f34c1b292f9 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-24T02:02:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 1182339 bytes, checksum: 1abe957b7502e76239163f34c1b292f9 (MD5) Previous issue date: 2013-12-20 / Esta Tese parte do pressuposto de que a Filosofia de Gianni Vattimo possui importante relevância no cenário do pensamento pós-moderno, de maneira particular em sua defesa pela hermenêutica niilista. Partindo de Nietzsche, com sua máxima sobre a morte de Deus, e de Heidegger, com a proposta de um enfraquecimento da metafísica, o filósofo pesquisado inaugura o pensamento enfraquecido como proposta para a época do niilismo, do fim dos fundamentos absolutos. Ao afirmar que o Ocidente é a terra do ser como evento, Vattimo segue a convicção de que tal assertiva se fundamenta na herança cristã da kênosis como esvaziamento de Deus, encarnado, elemento secularizante da história como lugar salvífico. Dessa maneira, retornar ao cristianismo na pós-modernidade não se trata de um movimento especificamente acidental, trata-se de voltar à raiz mesma de uma cultura que se constitui pela caritas. O Cristianismo não religioso seria, de fato, a vivência de uma práxis amorosa que combate toda forma de violência a começar por aquelas que emanam de concepções religiosas metafísicas que pregam a separação entre sagrado e profano, céu e terra, razão e fé. Assim sendo, o encontro da filosofia vattimiana com a tradição cristã promove não uma verdade abstrata à qual o ser humano deve corresponder, mas um projeto existencial que tem como meta a vivência de um amor encarnado na história. As consequências estéticas de tal pensamento apontam para a criatividade como resposta às interpelações do ser que, em sua entrega relacional, convoca o Dasein a respostas concretas. Ainda, o engajamento ético revela que o que é, realmente ético, na interpretação, é tomar posse da finitude como lugar de hospitalidade, concretizada na construção da comunidade fraterna. / This thesis assumes that the philosophy of Gianni Vattimo has an important significance in the backdrop of postmodern thinking in a particular way in his defense of nihilistic hermeneutics. Starting with Nietzsche, with his maxim about the death of God, and Heidegger, with the proposal of a weakening of metaphysics, the Italian philosopher inaugurates the weak thought as a proposal for the time of nihilism, the end of the absolute essentials. By stating that the West is the land of being as an event, Vattimo is conviced of following the Christian tradition of kenosis (κένωσις), the self-emptying of God made flesh from which he draws a secularizing element of history as a place of salvation. Thus, returning to Christianity in postmodernity is not specifically an accidental movement: it is to go back to the very root of a culture constituted by caritas. The non-religious Christianity would be, indeed, the experience of a loving praxis that stands against all forms of violence starting with those emanated from religious metaphysical conceptions, which preach the divide between the sacred and the profane, heaven and earth, reason and faith. Thus, the encounter between Vattimo´s philosophy and the Christian tradition promotes not an abstract truth to which humans must abide by, but an existential project that aims at the experience of a love incarnate in history. The aesthetic consequences of such thinking point to creativity as a response to the quest of being, which summons the Dasein to give concrete answers in its relational surrender. Even more, the ethical engagement reveals that, what is truly ethical in hermeneutics, is to take possession of the finitude as a place of hospitality, embodied in the construction of the fraternal community.
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O fundamento trágico do niilismo a partir do pensamento de Martin Heidegger

Toledo, Daniel da Silva 08 May 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-06-02T11:37:04Z No. of bitstreams: 1 danieldasilvatoledo.pdf: 3685456 bytes, checksum: 7ecc3c3b0994d8f1e506c042b6dac26f (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-02T13:06:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 danieldasilvatoledo.pdf: 3685456 bytes, checksum: 7ecc3c3b0994d8f1e506c042b6dac26f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-02T13:06:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danieldasilvatoledo.pdf: 3685456 bytes, checksum: 7ecc3c3b0994d8f1e506c042b6dac26f (MD5) Previous issue date: 2012-05-08 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O propósito maior dessa tese consiste em apontar um possível vínculo histórico-ontológico entre a dimensão trágica dos gregos e o horizonte niilista da modernidade a partir da relação de tensão entre mortais e divinos tendo como referência central o pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Com isso, tentaremos estabelecer um fundamento trágico para o evento moderno da morte de Deus a partir da relação essencial de distanciamento entre o mortal e a deidade. A partir disso, aquilo que também tentaremos evidenciar é que a condição originariamente trágica do homem deverá ser compreendida como essencialmente metafísica basicamente pelo seu comprometimento existencial com uma abertura de sentido que lhe sobrepuja e lhe escapa. De maneira complementar, devemos poder afirmar que a metafísica é essencialmente trágica, caso possamos localizar seus principais componentes de força já na época trágica dos gregos. / Das Hauptziel dieser Doktorarbeit besteht darin, einen möglichen geschichtlichenontologischen Zusammenhang zwischen den tragischen Bereich der Griechen und den nihilistichen Horizont der Neuzeit aus der Spannung zwischen die Sterblichen und die Göttlichen zu zeigen. Aus Heideggers Gedanke der wesentlichen Entfernungsbeziehung zwischen den Menschen und die Götter versuchen wir einen tragischen Grund für das neuzeitliche Ereignis des Gottestodes festzustellen. Damit versuchen wir auch zu erweisen, dass die anfängliche tragische Bedingung des Menschen, aufgrund der Sinnsöffnung, die ihn übertrifft, als wesentlich metaphysisch verstanden werden soll. Schließlich wollen wir noch bestätigen, dass die Metaphysik wesentlich tragisch ist, falls wir ihre Hauptelemente schon in der tragischen Zeit der Griechen finden können.
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Niilismo e cristianismo em Gianni Vattimo

Ferreira, Vicente de Paula 28 February 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-15T12:32:58Z No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 787461 bytes, checksum: 9e1cad067ff968792113902950bcd2dd (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2016-07-19T15:52:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 787461 bytes, checksum: 9e1cad067ff968792113902950bcd2dd (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-19T15:52:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 vicentedepaulaferreira.pdf: 787461 bytes, checksum: 9e1cad067ff968792113902950bcd2dd (MD5) Previous issue date: 2011-02-28 / O niilismo, na perspectiva do pensamento enfraquecido de Gianni Vattimo, é expressão do cristianismo secularizado. Partindo de uma releitura dos filósofos Nietzsche e Heidegger, o autor mostra como o ocidente é terra do declínio do ser. Depois da longa trajetória metafísica, a morte de Deus põe fim à crença nos valores absolutos e abre o tempo da pós-modernidade. Época da pluralidade e propícia para o florescimento da hermenêutica que tem sua proveniência na tradição cristã. A idade da interpretação é possível porque, em suas raízes, encontra-se a inaugural experiência da kênosis de Jesus. Esvaziamento do divino que, na encarnação, aceita os limites do secular para transformar-se em amor sempre relacional. Com isso, a caritas, principal mandamento deixado pelo Cristo, é interpelação inesgotável e critério para qualquer vivência atual do cristianismo. Ao mostrar a íntima relação entre cristianismo e niilismo, Vattimo postula também uma igreja católica já não mais centrada na força dos seus dogmas, mas testemunha do diálogo e da hospitalidade. Algumas questões emergem de tal proposta, a saber: o que seria um cristianismo não religioso? Relativismo ou identidade relativa? Fim da instituição ou uma igreja enfraquecida? É possível crer sem transcendência? / Nihilism, in view of Gianni Vattimo’s weak thought, is a secularized expression of christianity. Based upon a reinterpretation of Nietzsche’s and Heidegger’s master works, Vattimo describes how the West became the land of the demise of being. After the long metaphysical journey, the death of God puts an end to the belief in absolute values and inaugurates postmodernity. Time of plurality and conducive to the flourishing of hermeneutics which finds its origin in the christian tradition. The age of interpretation is possible because, in its root, there is the inaugural experience of kenosis of Jesus. Emptying of the divine that, in the incarnation, accepts the limits of the secular in order to turn it into an ever relational love. Accordingly, caritas, the only commandment left by Christ, has become the inexhaustible claim and the formal criteria for any current experience of christianity. By showing the intimate relationship between Christianity and nihilism, Vattimo also advocates a secularized church no longer centered on the strength of their dogmas, but a witness to the dialogue and hospitality. Some questions arise from this proposal, namely: what would a nonreligious christianity be? Relativism or relative identity? End of the institution or the emergence of a weak church? Can one believe without transcendence?
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A dinamica da vontade de poder como proposição moral nos escritos de Nietzsche

Paschoal, Antonio Edmilson 20 September 1999 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-25T01:50:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paschoal_AntonioEdmilson_D.pdf: 10861520 bytes, checksum: 9c08b8a86681fd3ba655f822832aa108 (MD5) Previous issue date: 1999 / Resumo: O objetivo desta tese é demonstrar que, nos escritos de Nietzsche sobre a moral, não há uma negação da moral ou da filosofia, e sim da pretensão da filosofia e da moral em conferir a seus postulados o caráter de dogmas, objetos de fé, fins últimos, em relação aos quais o homem e o mundo são apenas meios. Trata-se, por um lado, de uma contraposição àquelas formas de interpretar o pensamento de Nietzsche que, tomando, de maneira descontextualizada, expressões como "nada é verdadeiro, tudo é permitido..." (GM 111, 24), associam-no a um apregoador do relativismo no campo filosófico e do laisser aller no campo moral, ou a um precursor do que se convencionou chamar de "pós-modemidade". E, por outro lado, de afirmar que nesses escritos o que se tem é a recondução da moral e da filosofia ao papel de meios num processo que tem a elevação do homem por "meta". Para demonstrar essa possibilidade de leitura, serão tomados como referência principal os escritos posteriores a Assim falou Zaratustra, (em particular Além de Bem e. Mal e Para a Genealogia da Moral), entendendo-se que é especialmente neles que se articulam os novos conceitos como ¿vontade de poder¿, ¿além-do-homem¿ (o primeiro entendido como a característica básica de toda moral e o segundo como o tipo fisiológico que Nietzsche defende em seus escritos), que oferecem a Nietzsche a linguagem própria para tratar de problemas próprios e para expor sua perspectiva no campo da moral. A partir desses escritos e das peculiaridades que Ihes são próprias, é feita uma análise do procedimento genealógico de Nietzsche, de sua concepção dinâmica da vontade de poder, de seu perspectivismo e de sua compreensão da moral ocidental como décadence. Por fim, são apresentados alguns traços da moral que se oculta, mas que também se delineia na crítica de Nietzsche à moral / Abstract: The aim of this dissertation is to demonstrate that in Nietzsche's works about moral there is not a denial of moral or philosophy, but a denial of the intention of philosophy and moral to confer on their postulates the character of dogmas, something sacred, the ultimate goal, in relation to which man and world are only the means. This dissertation is, on the one hand, a contraposition to those ways of interpreting Nietzsche's thought which, taking expressions such as "nothing is true, everything is allowed..." (GM 111, 24) in a decontextualized manner, associate him to a supporter of relativism in the philosophical field and of the laisser aller in the moral field, or to a forerunner of what has become commonly known as "post-modernism". On the other hand, we intend to claim that Nietzsche's writings lead moral and philosophy back to their role of means in a process which takes man's uplifting as its "target". In order to demonstrate the possibility of this reading, the works published after Thus Spoke Zarathustra (specifically Beyonç/ Good and Evil and Toward a Genealogy of MoraIs), are going to be the main source of reference considering that it is specially them that the new concepts of "will to power"and "beyond man" (the Superman) are articulated (the former understood as the basic characteristic of all moral and the latter as the physiological type that Nietzsche defends in his writings), concepts which offer Nietzsche his specific language to deal with his specific problems and to explain his perspective in the moral field. Based on these writings and their peculiarities, we are going to present an analysis of Nietzsche's genealogical procedure, of his dynamic concept of will to power, of his perspectivism and understanding of Westem moral as décadenceo Finally, some traits of Nietzsche's hidden moral, which are outlined in his criticism to moral, are going to be presented. / Doutorado / Doutor em Filosofia
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[it] INFIRMITAS. NICHILISMO, NULLA,NEGAZIONE / [pt] INFIRMITAS. NIILISMO, NADA, NEGAÇÃO

ROSARIO PECORARO 23 November 2006 (has links)
[pt] As relações entre niilismo, nada, negação. A enfermidade (infirmitas), que parece atravessar a Civilização Ocidental, e as (vãs) tentativas de cura mediante um movimento ancípite e incessante de (im)posição/substituição. O tremor originário diante do nada; as tentativas de anulá-lo, de neutralizar a sua potência; as irrupções do nihil na história do pensamento, o resgate da seu sentido em alguns, significativos, momentos da filosofia contemporânea. O niilismo considerado não apenas como fenômeno histórico, ligado à Modernidade e à sua crise. A negação - e um seu novo sentido seu - que não se reduza, apenas, sempre já, à indicação de uma outra positividade. A aporia da não-afirmação não excludente; alguns traços estéticos. Esse é o mapa, impreciso e inquietante, que orienta a nossa tese; que se delineia e se desenvolve a partir de um horizonte contemporâneo (obras, autores, interlocutores, questões...), no qual estamos inseridos e pelo qual somos de contínuo provocados, e em um decisivo, inevitável, confronto com alguns dos grandes topoi do pensamento ocidental. / [it] Le relazioni tra nichilismo, nulla, negazione. L´infermità (infirmitas) che sembra attraversare la Civiltà Occidentale e i (vani) tentativi di cura attraverso un movimento ancipite e incessante di (in)posizione/sostituzione. Il timore originario di fronte al nulla; i tentativi di annullarlo, de neutralizzare la sua potenza; le irruzioni del nihil nella storia del pensiero occidentale; il riscatto del suo senso in alcuni, significativi momenti della filosofia contemporanea. Il nichilismo considerato non appena un fenomeno storico, legato alla Modernità e alla sua crisi. La negazione - e un suo nuovo senso - che non si riduca, appena, ancora una volta, a una mera indicazione di un´altra positività. L´aporia della nonaffermazione non escludente; alcuni tratti estetici. É questa la mappa, imprecisa e inquietante, che orienta la nostra tesi; che si delinea e si sviluppa in un orizzonte contemporaneo (opere, autori, interlocutori, questioni...) nel quale siamo inseriti e dal quale siamo sempre provocati, e mediante un decisivo, inevitabile, confronto con alcuni dei grandi topoi del pensiero occidentale.
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A dimens?o do esp?rito e a rela??o com a transcend?ncia em Lima Vaz : uma resposta ao niilismo contempor?neo

Dal Pozzo, Edson Luiz 13 September 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 457928.pdf: 1292267 bytes, checksum: e153334b8465fb89610f1f07770f12b2 (MD5) Previous issue date: 2014-09-13 / Our goal is to comprehend in a philosophical anthropological level the category of spirit and its relation with transcendence as well its situation in contemporary thought. We can do that because this is the category that offers to human being one perspective of passage to a transcendent value that allows him access to the truth meaning of human being. In order to do this philosophical anthropological study we take the reading and interpretation of texts from one Brazilian thinker, the priest Henrique Cl?udio de Lima Vaz. We also organize this study in four parts. In the first part, we describe the personal history of this author who is considered a sober man in his searching of truth, goodness and justice. In the second part, we briefly present the categories of the own body and the psyche. In the sequence of this part we detail the category of spirit and life according spirit as the apex of discourse about human life itself. In the third part, in the same procedure, we briefly mention the category of objectivity and of intersubjectivity and we emphasized later the category of transcendence. The category of transcendence is the category constitutive of the human being in his relational structure. In the fourth part, we show that modern philosophy had an anthropocentric yaw, thus the self-overcoming of reason was enclosed within the immanent subject perspective because it has excluded the transcendent absolute since it was considered harmful to the subject dignity and liberty. That fact created a spiritual crisis as we have never seen before in Western civilization. At the end, we describe the memory of being and the mystic as the anthropological places of liberty as an answer to this nihilist civilization. Therefore our purpose was to develop an exercise of thinking into the direction of which seems to be the center of the experience of comprehension of the human being, and this is under the thoughts of Lima Vaz, not only into his categories of spirit and transcendence, but in all over his writings. / Nosso prop?sito ? compreender, a n?vel antropol?gico filos?fico, a categoria do esp?rito e sua rela??o com a transcend?ncia, como tamb?m sua situa??o no pensamento contempor?neo, pois ela ? considerada a categoria que oferece ao ser humano uma perspectiva de passagem para um valor transcendente que lhe permita ter acesso ao verdadeiro sentido da exist?ncia humana. Para realizar essa reflex?o, tomamos a leitura e a interpreta??o dos textos de um pensador brasileiro, o Padre Henrique Cl?udio de Lima Vaz, e organizamos o presente trabalho em quatro partes. Na primeira parte, descrevemos um pouco da hist?ria pessoal desse autor, considerado homem s?brio ? busca da verdade, do bem e da justi?a. Na segunda, apresentamos brevemente as categorias do corpo pr?prio e do psiquismo, para depois detalharmos e aprofundarmos a categoria do esp?rito e a vida segundo o esp?rito como o ?pice do discurso sobre a vida propriamente humana. Na terceira etapa, da mesma forma, comentamos brevemente as categoria de objetividade e intersubjetividade para depois mencionarmos a categoria de transcend?ncia, sendo essa a categoria constitutiva do ser humano na sua estrutura relacional. Na quarta parte, mostramos que a filosofia moderna deu uma guinada antropoc?ntrica e assim a auto-supera??o da raz?o viu-se encerrada no ?mbito do sujeito imanente, pois excluiu o absoluto transcendente por consider?-lo lesivo a sua dignidade e a sua liberdade, provocando uma crise espiritual sem precedentes na civiliza??o ocidental. Por fim, descrevemos a mem?ria do ser e a m?stica como lugares antropol?gicos da liberdade em resposta a esta civiliza??o. Assim, nossa pretens?o com esse estudo foi desenvolver um exerc?cio de reflex?o e de aprofundamento em dire??o ao que nos parece o centro da experi?ncia de compreens?o do ser humano, o que est? subjacente aos ensinamentos de Lima Vaz, n?o s? tematizado na categoria do esp?rito e na transcend?ncia, mas em todos os seus escritos.
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A Grande Política como proposta de superação do niilismo em Nietzsche

Vilas Bôas, João Paulo Simões 31 March 2011 (has links)
Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma hipótese interpretativa sobre a grande política na filosofia de Friedrich Nietzsche, considerando o sentido deste conceito à luz do diagnóstico realizado pelo filósofo acerca do fenômeno global de desvalorização dos valores — o niilismo —, entendido como o evento por excelência que caracteriza a condição da modernidade ocidental. Inicialmente, procuramos estabelecer um diálogo com a interpretação de Keith Ansell-Pearson — que entende que a grande política seria uma proposta para o estabelecimento de um regime de governo aristocrático de cunho radicalmente aquiavelista. O objetivo de tal diálogo crítico é responder a esta leitura e a outras interpretações que compreendem a grande política nos moldes de uma proposta política tradicional. Num segundo momento, após uma breve discussão na qual nos posicionamos quanto aos critérios de leitura que irão orientar nosso trabalho, iniciamos a análise das passagens nas quais esta expressão ocorre, buscando destacar os dois sentidos com os quais o filósofo a emprega. Tanto em referência à política militarista e nacionalista do Reich alemão, como para significar sua própria proposta de cultivo de um novo tipo de homem de exceção. inda no segundo capítulo, com vistas a esclarecer o contexto a partir do qual emerge a preocupação do pensador com a grande política e sua respectiva crítica às práticas políticas do seu tempo, apresentamos o desenvolvimento das reflexões que integram seu diagnóstico sobre a condição da modernidade ocidental, como estando fundamentalmente marcada pelos fenômenos do niilismo e da décadence. Por fim, no terceiro e último capítulo, buscamos explicitar a grande política em seu segundo sentido, isto é, como proposta de cultivo de uma casta de homens espiritualmente destacados. Para tanto, consideramos esta expressão em seu aspecto morfológico, destacando as ressignificações operadas pelo filósofo com os termos “grande” e “política” e, em seguida, discorremos sobre as principais posturas espirituais que integram este exercício de cultivo e autolegislação: a valorização do conflito como ocasião para o fortalecim nto espiritual e o estabelecimento de uma hierarquia entre os homens segundo seus diferentes graus de forças psíquicas, por meio do pathos da distância, a partir do quê acreditamos ser possível concluir que este fortalecimento e cultivo seriam precisamente os meios propostos pelo filósofo para fazer frente ao problema do niilismo, não no sentido de evitar este evento, mas de buscar sua superação. / This work aims to develop an interpretative hypothesis about the Nietzschean concept of great politics, considering its meaning under the light of his diagnosis concerning the global phenomenon of devaluation of values — nihilism —, understood as the event par excellence that characterizes the condition of Western modernity. Initially, we have established a dialogue with Keith Ansell-Pearson’s interpretation of great poltics, which is interpreted as proposing the establishment of an aristocratic and Machiavellian form of government — in order to respond to this reading and to other interpretations that understand great politics in the manner of a traditional political proposal. Secondly, after a brief discussion in which we establish the reading criteria that will guide our work, we started the analysis of those passages in which this expression occurs, seeking to highlight the two different meanings with which the philosopher employs it. The concept of great politics appear both in reference to the nationalist and militarist policy of the German Reich and as referring to his own proposal for the cultivation of a new type of man. Still in the second chapter, in order to clarify the context out of which the thinker’s concern with great politics emerges and his respective critique of the political practices of his time, we present and discuss the philosopher’s reflections concerning his diagnosis about the condition of Western Modernity as being fundamentally marked by the phenomena of décadence and nihilism. Finally, in the third and final chapter, we seek to develop great politics in its second sense, ie, as a proposal for the cultivation of a caste of spiritually prominent men. For that purpose, we consider this expression in its morphological aspect, analyzing the reinterpretation of the words “great” and “politics” operated by the philosopher, as well as the major spiritual positions which integrate this exercise of cultivation and self-legislation: the evaluation of conflict as an occasion for the strengthening of the spirit and the establishment of a hierarchy between men according to their different degree of psychic forces, through the pathos of the distance, from what we believe to be possible to conclude that this strengthening and cultivation would be precisely the means proposed by the philosopher to deal with the problem of nihilism, not in the sense of avoiding this event, but seeking its overcoming.
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Nietzsche contra a democracia: a grande política como tentativa de superação do niilismo

Junges, Márcia Rosane 04 August 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T21:01:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 4 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Com este trabalho, procuramos demonstrar que a grande política é uma das tentativas de Nietzsche para superar o niilismo. Entretanto, além de não consegui-lo, sua proposta confronta-se com a democracia liberal da segunda metade do século XIX (o que contém certa dose de razão na medida em que detecta os traços niilistas passivos contidos nesse sistema político) e com a democracia de nossos dias, negando ao sujeito uma participação efetiva na política e seus rumos na sociedade, porquanto se assenta numa estrutura hierárquica de senhores e escravos, mesmo que com conotações espirituais, e não físicas, muitas vezes expressas de modo dúbio. Uma das conseqüências imediatas dessa proposição é o enraizamento da apatia política, traço inequívoco do niilismo passivo nas sociedades pós-modernas. Inspirada nos moldes gregos arcaicos e no radicalismo aristocrático, a sociedade aristocrática vislumbrada por Nietzsche seria conduzida pelo além-do-homem, ao longo da obra metaforizado como novo filósofo, filósofo legislador e / With this work we aim to demonstrate that great politics is one of the Nietzsche’s attempts to overcome nihilism. However, apart from didn’t make it, his proposal hatchs with liberal democracy of the second half XIX century (which have a certain reason element, because detect the passive nihilist traces contained in that political system) and with democracy of our time, denying to the individual one efective participation on politics and in society tacks, because it is based on a hierarchy structure of masters and slaves, even if with spiritual meaning, and not physical, many times expressed in a dubious way. One of the immediates consequences of that proposition its the rooting of political apathy, a unmisunderstantig trace of passive nihilism on postmodern societies. Inspired on greek arcaic casts, on the aristocratic radicalism, the aristocratic society glimpsed by Nietzsche has to be conducted by the beyond-man, along the nietzschian work metaphorized as new philosopher, legislator philosopher and aristoc
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A travessia do nada na Filosofia da Religião de Franz Rosenzweig

Bueno, José Luiz 04 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jose Luiz Bueno.pdf: 2863096 bytes, checksum: 79a936abdcdf5879c4b18967c97478bb (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis researches how Franz Rosenzweig, the German Jewish philosopher and theologian, faces the challenges of relativism and nihilism. The works of Rosenzweig are the object of this research, especially his most important book, The Star of Redemption, along with the text named The New Thinking, whose aim was to serve as a preface to the main book and to clarify its meaning and content. Our hypothesis is that Rosenzweig´s philosophy makes itself able to face those challenges only when it assumes some categories from the traditional Jewish thinking when he makes his return to Judaism, and combines it with the existential and pragmatic sort of philosophy that he elaborates. He calls his own way of producing his philosophy as his Jewish method . This method presupposes a kind of thinking completely immersed in contingency and temporality, acknowledging the insufficiency and lack of ontological autonomy to man and also to the world and an existential attitude of walking alongside God. It also implies that one assimilates the language of Jewish tradition which will function as the means of expression of his philosophy. So, we will research Rosenzweig´s two main texts along with some supporting texts, among them some articles as well as some letters, where we can find some clarification about elements that he used to build his system of philosophy which make him able to face relativism and nihilism, and also to come up with his own form of rationality and existential attitudes. The use of traditional Jewish categories of thinking along with elements of existential and pragmatic philosophy will allow him to change the concept of nothing into a creative category and a point of departure to his own thinking. The nothing will never be a halt or an end point. Those characteristics will bestow the singularity and power of Rosenzweig´s work / Esta tese estuda o enfrentamento ao relativismo e ao niilismo empreendido pelo filósofo e teólogo judeu alemão Franz Rosenzweig. Para isso, nosso objeto de estudo é a obra de Rosenzweig, particularmente seu livro mais importante, A Estrela da Redenção, juntamente com o texto O Novo Pensamento, escrito posteriormente pelo filósofo para servir como prefácio ao seu livro principal, visando esclarecer seu conteúdo e sua estrutura. Nossa hipótese é de que o pensamento de Rosenzweig se torna apto a enfrentar aqueles desafios na medida em que assimila categorias do pensamento judaico tradicional, que o autor assume a partir de seu retorno ao judaísmo, e as concilia com a filosofia de cunho existencial e pragmático que ele elabora. A forma de produzir este seu sistema de filosofia, que o pensador chama de novo pensamento, é definida por ele mesmo como o seu método judaico. Este método implica adotar um pensamento mergulhado na contingência e na temporalidade, assumindo a insuficiência e não-autonomia ontológica tanto do homem quanto do mundo. Também significa uma atitude existencial que assume que se caminha sempre ao lado de Deus. Implica, ainda, assimilar a linguagem da tradição judaica que será o meio de expressão de seu pensamento. Assim, investigaremos os dois textos principais de Rosenzweig com o auxílio de outros textos importantes, produzidos na forma de artigos e de cartas, nos quais se pode encontrar os elementos constituintes de seu pensamento e que revelam os seus recursos racionais e existenciais para enfrentar o relativismo e o niilismo e para propor sua própria perspectiva para a racionalidade assim como para a existência. A assimilação de categorias judaicas bem como de elementos da filosofia existencial e pragmática permitirão ao autor tornar o nada uma categoria criativa e um ponto de partida de seu sistema de pensamento, jamais um fim ou uma chegada. Estas características conferirão singularidade e potência à obra de Franz Rosenzweig
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Max Stirner como crítico da modernidade: entre dialética do esclarecimento e crítica radical da razão / Max Stirner as a critique of modernity: between dialectic of enlightenment and radical critique of reason

Otenio, Erinson Cardoso 03 May 2013 (has links)
Este trabalho teve por propósito abordar a filosofia de Max Stirner sob a perspectiva de que em seus textos os elementos delineadores do discurso filosófico moderno, dialética do esclarecimento e crítica radical da razão, convergem em uma crítica peculiar da modernidade em seu todo. Pode-se dizer que se, por um lado, tal crítica se encontra em continuidade com a filosofia jovem hegeliana, por outro, apresenta-se enquanto uma espécie de culminação antitética da mesma, colocando-se assim como que ao lado da tradição da crítica radical da razão que remonta a Nietzsche. Segundo essa nossa proposta interpretativa, aí se esboçaria um discurso filosófico da modernidade cuja peculiaridade seria de ora se assemelhar a uma, ora a outra forma de crítica que é feita à racionalidade centrada no sujeito. A análise dos textos de Stirner que então aqui se propõe visa mostrar como tal discurso se constitui e como o filósofo tem a intenção de levá-lo a um ponto culminante de onde não pode prosseguir seu rumo sem negar seus pressupostos. Isso demonstraria que a filosofia stirneriana não participa do discurso filosófico da modernidade como uma tentativa fracassada de sair dele, senão que o afirmaria enquanto momento necessário capaz de nos colocar diante de um novo limiar histórico. A crítica da modernidade que Stirner realiza quer assim, a um só tempo, ser a realização da filosofia moderna, pelas mostras que dá de sua fidelidade ao paradigma da filosofia do sujeito, e sua negação, ao apresentar o niilismo como a sua verdade. Nesse sentido, ela também seria antimoderna, na medida em que só pode se afirmar (paradoxalmente) em função da negação do próprio paradigma a que ainda se encontra vinculada, mas como sua expressão última que se nega ao se autodissolver, revelando, destarte, o único (o nada) como passagem para o absolutamente outro da modernidade. / The purpose of this study was to discuss Max Stirners philosophy from a perspective in which, in his works, the defining elements of modern philosophical discourse, \"dialectic of enlightenment\" and \"radical critique of reason\", converge in a peculiar critique of modernity as a whole. If, on the one hand, this criticism is in continuity with the young Hegelian philosophy, on the other hand, it presents itself as a kind of antithetical completion of this philosophy, placing itself alongside the tradition of radical critique of reason that goes back to Nietzsche. According to this interpretative proposal, it would be outlined a \"philosophical discourse of modernity\" whose peculiarity would be precisely to resemble sometimes one, sometimes the other form of critique that is made to this subject-centered rationality. The analysis of Stirnerian texts that is proposed here, then, aims to show how such discourse constitutes itself and how the philosopher intends to take it to a climax where it cannot continue its original course without denying its assumptions. This would demonstrate that the Stirnerian philosophy does not participate in philosophical discourse of modernity as a \"failed attempt\" to leave it but as a necessary moment, capable of putting ourselves to face a new historical threshold. In this way, it is assumed that the critique of modernity performed by Stirner wants to be at the same time the realization of modern philosophy which can be noted by his allegiance to the paradigm of the philosophy of the subject , and its denial by presenting nihilism as its truth. In this sense, it would also be anti-modern, because it can only affirm itself (paradoxically) on account of a disavowal of the paradigm with which it is committed, though as its ultimate expression, an expression that deny itself when it self dissolves, thus revealing the unique one (the nothing) as a passage to the absolute other of modernity.

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