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El pensamiento meta-éticoLastra Santibáñez, Angel January 2008 (has links)
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Bildung enquanto formação estética no jovem NietzscheCruz, Raimundo José Barros January 2013 (has links)
A pesquisa investiga o conceito de Bildung enquanto formação estética na filosofia do jovem Nietzsche tomando como objeto de investigação e interpretação específico a obra O nascimento da tragédia a partir do espírito da música (1872). O problema de pesquisa que orienta a investigação gira em torno da possibilidade de pensarmos a arte enquanto dimensão questionadora e instabilizadora da racionalidade moderna a ponto de favorecer experiências subjetivas e intersubjetivas que, em sentido ético-estético, apresentam à pedagogia o desafio de pensar processos formativos na contemporaneidade. O trabalho será desenvolvido a partir da tese de que Bildung no jovem Nietzsche o é enquanto formação estética em sentido trágico que, ao interpretar a existência enquanto fenômeno estético desliga-se do sujeito moral pretendido pelo projeto moderno e funda um sujeito estético capaz de justificar sua própria existência. Em sentido estrito a crítica nietzscheana dirige-se a todo o projeto pedagógico moderno que, nas trilhas da Aufklärung, estruturou um ideal formativo no qual formar para a ciência e desenvolver habilidades técnicas tornaram-se diretrizes mestras para o Ocidente. Entende-se aqui a viragem provocada por Nietzsche ao criticar ciência, política, moral, religião e educação: a passagem do corrente sentido utilitarista de educação e formação burguesa de sua época, para a temática da formação em sentido trágico. Nesse contexto, o problema estético nietzschiano vinculou-se necessariamente ao problema da formação em sua época, apontando um caminho peculiar. A presente investigação parte do reconhecimento do estatuto completamente novo que a estética assume no jovem Nietzsche, ao romper com a tradição interpretativa na qual a moral e a racionalidade por excelência sempre favoreceram o velamento da dimensão estética. O trabalho será dividido em quatro partes. No primeiro capítulo investigaremos sobre a Bildung nietzscheana no contexto geral do debate sobre a formação na Alemanha do século XIX. Será de nosso interesse localizar a pesquisa e nosso objeto de estudo no amplo espaço de debates sobre a Bildung germânica, seus diversos autores, cenários e perspectivas filosóficas, educacionais, políticas e sociais, para, a partir daí, mapearmos a compreensão da estética nietzscheana como problema de formação, que, ao criticar as concepções de formação vigentes em sua época, adquire suas peculiaridades. No segundo capítulo reconstruiremos interpretativamente as influências estéticas recebidas pelo jovem Nietzsche de Arthur Schopenhauer e Richard Wagner e sua opção pelas mesmas para recolocar o problema da formação estética como crítica à racionalidade moderna. No terceiro capítulo nos concentraremos em refletir sobre a estética nietzschiana em O nascimento da tragédia, sua tensão entre o apolíneo e o dionisíaco e a fundação de uma estética da existência enquanto afirmação da vida. Por fim, no quarto capítulo discutiremos o conceito de Bildung no jovem Nietzsche enquanto formação estética investigando tal empreendimento enquanto crítica da moral e necessidade de afirmação da vida, que no universo da arte desperta para a importância da relação entre Grécia arcaica e experiência formativa. / This research investigates the concept of Bildung in the aesthetic formation in young Nietzsche’s philosophy, taking the composition The Birth of Tragedy: Out of the Spirit of Music (1872) as the main target of investigation and interpretation. The issue of research that guides the investigation revolves around the possibility of viewing art as a questioning and unsettling dimension of modern rationality so as to favor subjective and inter-subjective experiences which, in an ethical-aesthetic orientation, challenge pedagogy to think up formative methods in contemporaneity. The research will be based upon the thesis that Bildung in young Nietzsche occurs in aesthetic formation under tragic orientation which, during the interpretation of existence as an aesthetic phenomenon, disconnects itself from the intended modern moral subject and founds an aesthetic subject who is capable of justifying his own existence. In the strict sense, Nietzschean critics focus on the whole modern pedagogical project which, following the tracks of the Aufklärung, has built a formative ideal whereupon educating for science and developing technical skills have become master guidelines for the West. This refers to the turnaround provoked by Nietzsche as he criticized science, politics, moral, religion, and education: the transition from the current utilitarian sense of education and the bourgeois formation, in his time, to the tragic sense of the formation theme. In this context, the Nietzschean aesthetic problem has inevitably attached itself to the problem of formation, in his time, indicating a peculiar path. This study starts from the recognition of the totally new constitution taken up by young Nietzsche in the rupture of interpretative tradition where the moral and rationality, by far, have always favored the veiling of the aesthetic dimension. The study will be divided in four parts. In the first chapter we will investigate the Nietzschean Bildung in the general context of debate about the formation in Germany, in the 19th century. We will focus on situating the research and our subject matter in the broad scope of debates about German Bildung, its several authors, settings and philosophical, educational, political, and social perspectives, in order to map the understanding of the Nietzschean aesthetics as a formation problem, which acquires its traits while criticizing the concepts of formation in his time. In the second chapter we will interpretively rebuild the aesthetic influences from Arthur Schopenhauer and Richard Wagner on young Nietzsche, as well as his choice to replace the problem of aesthetic formation for criticism to modern rationality. In the third chapter we will reflect mainly on Nietzschean aesthetic in The Birth of Tragedy, his tension between the Apollonian and Dionysian as well as the foundation of an aesthetic of the existence as a confirmation of life. Finally, in the fourth chapter, we will discuss the concept of Bildung in young Nietzsche as aesthetic formation by investigating such undertaking in moral criticism and in the need of life reinforcement which in the art world awakens to the importance of the relation between archaic Greece and the formative experience.
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A Ideia de Justiça em Nietzsche ou a justiça para além da ideiaAlves, Luiz Filipe Araújo January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A partir da perspectiva de uma Contra-História da Filosofia do Direito, que compreende o pensamento jurídico não apenas pelas grandes tradições filosóficas, e possível pensar uma justiça para além de fundamentos transcendentes como Liberdade, Igualdade ou Dignidade Humana. Pode-se, assim, propor um questionamento da ideia de justiça a partir de filósofos como Friedrich Nietzsche [1844-1900]. A partir das reflexões próprias da filosofia nietzschiana, como o Perspectivismo e a Genealogia dos Valores, e possível pensar uma crítica e compreensão não convencional sobre o direito e a justiça, qual seja, enquanto uma relação de poderes em constante embate na busca de um equilíbrio. Para isto faz-se necessária uma leitura da Vontade de Poder para se compreender a dinâmica que ha nas relações de poderes em todos os âmbitos da vida, especialmente no ético- jurídico. Todavia, não basta simplesmente compreender a justiça enquanto relações de poderes. As reflexões de Nietzsche sobre a cultura ocidental e sua marcha para o chamado Niilismo demonstram como é possível identificar as manifestações deste movimento sobre as avaliações da existência enquanto oposições a própria vida. Oposições estas não só contra homens e instituições, mas contra valores por muitos considerados os mais importantes. Assim, seria possível pensar uma nova justiça que se afirma nas possibilidades do devir: sem culpa, ma-consciência, ressentimento, mas acima de tudo enquanto oposta a vingança. A presente tese retoma questões centrais da filosofia do direito, mas numa perspectiva diferente e divergente ao legado da tradição filosófica ocidental até agora. / From the perspective of a Counter-History of Philosophy of Law, which comprises the legal thought not just through the greatest philosophical traditions, it is possible to think justice beyond transcendent foundations, such as Freedom, Equality and Human Dignity. These reflections about the justice based upon philosophers such Friedrich Nietzsche [1844-1900]. From the central themes of the Nietzschean philosophy, such as the Perspectivism and the Genealogy of Values, it would be possible to think in a critical and unconventional way the understanding of law and and justice, that is, while an agonistic relation of power in search of a balance. In that sense, there is a reception of the Will to Power to understand the dynamics inside the power relations in all spheres of life, especially in the legal and ethical life. However, is not a simple refleXion of justice as power relations. Nietzsche's reflections on Western culture and its march towards Nihilism show that it is possible to identify expressions of this movement on the evaluations of the world as oppositions to life itself. These oppositions are not only against society and institutions, but also against values. Thus, it is possible to think of a new justice which shows itself in the becoming without guilt, bad conscience, resentment and, above all, as opposed to vengeance. This dissertation discusses key issues of the Philosophy of Law, but in a different and divergent perspective of justice until now bequeathed in the West. / O autor não apresentou título em inglês.
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A arte na filosofia madura de Nietzsche / Art in Nietzsche's mature philosophyRabelo, Rodrigo Cumpre 17 August 2018 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciiêcias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-17T11:40:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: O intuito do presente trabalho é procurar, na filosofia de Friedrich Nietzsche, respostas à seguinte linha de questionamento: o que esperar da atividade artística, no plano existencial concreto? Qual é, e/ou qual pode, e/ou qual deve ser a natureza e a extensão do papel da arte na vida humana? A arte parece tão importante no contexto de sua filosofia que muitos estudiosos, notadamente em língua inglesa, chegam a lhe imputar o rótulo de esteticismo. Perceber o que significa dizer isso constitui uma etapa decisiva do presente trabalho. Para tanto, faz-se necessária uma exegese do conceito de arte no pensamento nietzscheano. Aí se determina o primeiro problema no estabelecimento desse inquérito: onde, no amplo, profundo e rico mundo de Nietzsche, focalizar tais indagações e expectativas? Pois a resposta acerca de qual a natureza do conceito de arte no pensamento nietzscheano não teria como ser unívoca: depende, antes de mais, do momento ao qual se escolha se referir, dentro da totalidade da obra por ele legada ?considerando impraticável, respeitando os limites de uma Tese de Doutoramento, analisar o problema ao longo de toda sua obra?. Escolho enfocar preferencialmente o arco mais maduro da obra nietzscheana: de ?A gaia ciência? a ?Ecce homo?. Segundo minha Tese, Nietzsche não rompe com a instrumentalização filosófica da arte ?segundo as mesmas razões pelas quais que ele não propõe, com seu pensar maduro, um esteticismo (conforme demonstro)?. Nesse sentido, Nietzsche é continuador daquela tradição, na medida mesma em que é filósofo, e não esteta ou historiador da arte. Para Nietzsche, aquilo que distingue e eleva a arte e o artista autênticos é aquilo mesmo que ele descreve como sendo a função da arte para o pensador da gaia ciência, para o crítico do ascetismo: a boa consciência para com a aparência. Ao fim e ao cabo, a filosofia nietzscheana não libera a arte da Filosofia, nem a valoriza como um fim em si mesmo. Porém: poderia ela, de alguma forma, vir a proporcionar tal liberação e valoração? Num certo sentido, parece-me que este poderia ter sido, ao menos, um caminho de desenvolvimento de suas idéias, que Nietzsche escolheu não tomar. / Abstract: The purpose of this study is to question the philosophy of Friedrich Nietzsche in search of answers to the following line of questioning: what to expect from the artistic activity, in the concrete existential plane? What is and/or what can and/or what should be the nature and extent of the role of art in human life? Art seems to be so important in the context of his philosophy that many scholars, especially in the English language community, tend to impute it the label of aestheticism. To understand what such statement really means is a decisive step in the present work. Therefore, it is necessary to proceed to an exegesis of the concept of art in Nietzschean thought. That determines the first problem in establishing such an investigation: where, in the wide, deep and rich world of Nietzsche, to focus such questions and expectations? For the answer about the nature of the concept of art in Nietzschean thought would not be unambiguous: it depends, above all, on the moment to which one chooses to refer, in the totality of his work ?considering to be impractical, as I do, to analyze the whole of the problem throughout it, if one is due to respect the boundaries of a PhD Thesis. Therefore, I choose to focus mainly on the more mature arch of Nietzsche's works: from "The Gay Science" to "Ecce homo". This happens in the last movement of this work, entitled ?Ulterior considerations: toward the existential function of art?. According to my Thesis, Nietzsche does not break with philosophy's instrumentation of the art ?due to the same reasons according to which he does not propose an aestheticism his mature thinking (as I demonstrate) ?. In this sense, Nietzsche is follower of that tradition, to the extent that it is a philosopher and not an aesthete or an art historian. For Nietzsche, what distinguishes and elevates authentic art and artist is the same thing he uses to describe art's function to the thinker of the gay science and the critic of asceticism: the good conscience toward appearance. After all, Nietzsche's philosophy does not release art of philosophy, nor values it as an end in itself. However: could it, somehow, come to provide such a release and valuation? In a sense, it seems to me that this could have been at least one way of developing his ideas, that Nietzsche chose not to take. / Doutorado / Historia da Filosofia Contemporanea / Doutor em Filosofia
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A educação pulsional em Nietzsche / The drive education in NietzscheSilva, Vagner da 18 August 2018 (has links)
Orientador: Lídia Maria Rodrigo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-18T09:17:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Apesar de Nietzsche ser uma referência fundamental para a filosofia contemporânea, os estudos sobre seu pensamento na área da educação ainda são poucos. Este trabalho tenta oferecer mais uma alternativa à interpretação do pensamento dele, analisado a partir da educação vista mais como um processo de formação e transformação dos indivíduos que são educados do que como uma realidade escolar cotidiana. Para isso, elaborou-se a tese de que só há educação, aos moldes nietzscheanos, se aquilo que um ser humano é mais intimamente quando nasce puder ser transformado de modo definitivo, irreversível e irremediável, ou seja, de modo radical. Para se justificar tal tese, foram explorados conceitos fundamentais no pensamento de Nietzsche: pulsão, si, vontade de poder, tipos superiores e inferiores, cultura e civilização, além-do-homem, eterno retorno do mesmo e amor fati. Foram, ainda, desenvolvidos e apresentados conceitos novos na análise do pensamento nietzscheano - condição de nascimento, condição de vida e condição de morte -, que dizem respeito à estruturação pulsional dos seres humanos, determinando o status tipológico de cada um e suas possibilidades de ascensão e decadência pulsional. / Abstract: Although Nietzsche is a fundamental reference for contemporary philosophy, studies of his thought on education are still few. This work attempts to provide an alternative interpretation of his thought, analyzed from education seen more like a process of formation and transformation of individuals who are educated, than as an everyday reality in schools. To that, we elaborated the thesis that there is only education, in the nietzschean manner, if what a human being is more deeply when it is born can be transformed in definitive, irreversible and irremediable way, in other words, in a radical way. To justify such thesis, we explored some fundamental concepts in Nietzsche's thought: drive, self, will to power, superior and inferior types, culture and civilization, super-man, eternal return of the same and amor fati. Were also developed and presented new concepts in the analysis of Nietzschean thought - condition of birth, condition of life and condition death - which concern the structuring of human drives, determining the typological status of each one and their possibilities of ascension and decadence drive. / Doutorado / Historia, Filosofia e Educação / Doutor em Educação
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A psicologia profunda e a critica da moral em Para Alem de Bem e Mal / The profoundy psychology and the critics of morals on Beyond Good and EvilMachado, Bruno Martins, 1978- 28 August 2006 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-07T01:49:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: Esta dissertação trata da constituição da noção de Psicologia em Para Além de Bem e Mal. O conceito de psicologia constitui um elemento chave para compreendermos os escritos de maturidade de Nietzsche porque está diretamente associado à hipótese da vontade de poder. Defendemos que a psicologia nietzscheana se apresenta como uma crítica à concepção moderna de sujeito. No lugar da noção moderna de subjetividade o filósofo destaca a relevância das instâncias infraconscientes na determinação da dinâmica e estruturação dos corpos. Ao enfatizar esse "mundo interior" Nietzsche nos conduz a uma nova interpretação acerca da moral / Abstract: This is a dissertation on the constitution of the notion of Psychology in Beyond Good and Evil. The concept of psychology is a key element to the understanding of Nietzsche¿s mature writings for it is directly associated to the hypothesis of will to power. We reclaim that the nietzschean psychology presents itself as a critique to the modern conception of subject. Instead of the modern notion of subjectivity Nietzsche highlights the importance of infra-conscient instances in the determination of the dynamics and structures of bodies. On emphasizing this ¿inner world¿ Nietsche drives us to a new interpretation concerning morals / Mestrado / Filosofia Contemporanea / Mestre em Filosofia
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Experimento e vivencia : a dimensão da vida como pathos / Experiment and Erlebnis : the dimension of life as pathosViesenteiner, Jorge Luiz 12 February 2009 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-14T17:14:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar a fórmula nietzscheana 'tornar-se o que se é'. Ela é uma alteração da expressão de Píndaro feita por Nietzsche, que o preocupou desde os tempos de estudante até ser publicada como subtítulo de Ecce homo. Nossa hipótese é que a fórmula 'tornar-se o que se é' pode ser compreendida através do conceito de 'vivência' (Erlebnis). Vivência significa estar ainda presente na vida quando algo acontece, porém, nunca estamos conscientes da vivência quando ainda a atravessamos. Neste caso, a vivência é um contra-conceito da razão e, como tal, é compreendida como pathos. Trata-se de uma noção que, patheticamente, não pode ser conceitualmente sistematizada e nem sequer comunicada através de signos lingüísticos, pois tão logo a racionalizamos ou comunicamos, deixa de ser uma vivência. 'Tornar-se o que se é', porém, acontece unicamente na vida e precisamente através das Erlebnisse, de modo que 'tornar-se' se converte em um imenso processo de experimentação essencialmente fluido. Metodologicamente, a pesquisa está estruturada em três partes. No primeiro capítulo analisamos um conceito imediatamente relacionado à Erlebnis: a noção de experimento. Trata-se de um conceito essencialmente prático e que congrega em torno de si uma dimensão ético-estética no processo de 'tornar-se o que se é'. À base deste conceito, encontra-se o papel que a ciência ocupa em sua dupla variação semântica, sobretudo a partir de Humano, demasiado Humano até A Gaia Ciência: ciência como propedêutica - aquela que esvazia os erros ilusórios da razão e da ordenação moral do mundo - e como paixão do conhecimento - aquela em que o espírito livre aprende a considerar a si mesmo e o mundo esteticamente, em uma práxis efetiva de auto-formação. No segundo capítulo é abordado o conceito de vivência. Partimos da sua origem etimológica e a recepção feita por Nietzsche, passando pela desvinculação do seu caráter autobiográfico, em proveito da interpretação como genealogia das condições nas quais um pensamento emerge e se desenvolve, até sua interpretação como pathos. Vivenciar é atravessar patheticamente uma trajetória, cujo movimento é realizado para além da intencionalidade, mas que constrói no homem uma abundância de vida. A última parte da pesquisa trata da solução de dois problemas que se originaram das interpretações anteriores: um problema de linguagem e outro sobre a intencionalidade. Quanto à linguagem, trata-se de investigar como é possível resolver o problema da comunicação de uma vivência, através de três variantes: primeiro, a análise daquilo que denominamos como projeto crítico de inversão da compreensibilidade; depois uma interpretação do que Nietzsche nomeou como sua 'arte do estilo' e, por fim, em que medida Zaratustra corporifica as possibilidades de comunicação de uma tensão interna de pathos. Em relação à intencionalidade, trata-se de compreender o 'tornar-se o que se é' a partir de dois outros registros: por um lado, a idéia de destino, na medida em que, etimologicamente, também significa pathos; por outro lado, trata-se de compreender a fórmula 'tornar-se o que se é' sob o signo da fluidez (Fluktuanz). / Abstract: The objective of this research is to analyze Nietzsche's formula 'become who you are'. It is an alteration of Pindaro's expression made by Nietzsche, which has worried him since he was a student until being published with the subtitle of Ecce homo. Our hypothesis is that 'become who you are' formula can be understood through the concept of 'experience' (Erlebnis). Experience means to still be present in life when something happens, however, we are never aware of experience when we are still crossing it. In this case, experience is reason's counter-concept and, as such, it is understood as pathos. It is about a notion which, pathetically, it can not be conceptually systematized and not even be communicated through linguistic signs, since as soon as we rationalize it or we communicate it, it is not an experience any longer. 'Become who you are', however, happens once in a lifetime and precisely through the experiences (Erlebnisse), in a way that 'to become' is converted into a huge experimentation process essentially fluid. Methodologically, the research is structured in three parts. In the first chapter we analyze a concept immediately related to Experience (Erlebnis): the notion of experiment. It is about a concept essentially practical and which congregates around oneself an ethicalaesthetic dimension in the process of 'become who you are'. Based on this concept, one finds the role that science occupies in its double semantic variation, specially from Human, All Too Human up to The Gay Science: science as propaedeutic - the one which empties the illusory errors from reason and from the world's moral ordination - and like knowledge's passion - the one which the free spirit learns to consider himself and the world in an aesthetically, in an effective praxis of self-formation. In the second chapter we approach the experience (Erlebnis) concept. We start from its etymologic origin and the reception given by Nietzsche, passing through the autobiographical character separation, taking into account the interpretation as the condition's genealogy in which a thought emerges and it develops, up to its interpretation as pathos. To experience is to pathetically cross a range, which movement is done far beyond the intentionality, but which builds in men life abundance. The last part of the research tackles the solution of two problems which were originated from previous interpretations: a language problem and the other one is about intentionality. Regarding the language, it is investigated how it is possible to resolve the experience communication problem, through three variants: first, the analysis of which we call as the comprehensibility's inversion critical project; after an interpretation of which Nietzsche named as his 'style's art' and, finally, in what measure does Zarathustra materializes the communication possibilities of a pathos internal tension. Regarding intentionality, it is a question of understanding 'how one becomes what one is' starting from two other registers: on one side, the idea of destiny, in so far as, etymologically, it also means pathos; on the other hand, it is about understanding the 'become who you are' under the fluency's signal (Fluktuanz). / Doutorado / Doutor em Filosofia
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A dynamics theory of justice : Nietzsche, Holmes, and self-organizing criticalityBraithwaite, Murray James 05 1900 (has links)
Problem: Although Oliver Wendell Holmes Jr. transformed American jurisprudence into critical
self-awareness, there is no consensus on the nature of his legal theory. Holmes imperfectly
represents each of several incompatible approaches. Commentators presume Holmes lacked any
original or coherent theory of justice.
Friedrich Nietzsche is likewise presumed a critical philosopher without a coherent theory
of justice. Nietzsche wrote esoterically, but there is no consensus on the content of his esoteric
agenda. Nietzsche's attitudes toward women appear misogynistic, but his philosophy paradoxically
appeals to many feminists.
Method: By re-conceptualizing Holmes and Nietzsche in terms of the principles of self-organized
criticality, their understandings of causation and developmental dynamics become coherent. This
thesis re-conceptualizes common-law legal reasoning as exploiting principles of self-organized
criticality to build knowledge inductively. This reveals that Holmes and Nietzsche's genealogical
critique of idealism rests on the computational implausibility of assuming there always exist microlevel
rules to achieve desired macro-level goals. The legal-reasoning model shows that justice
entails an inexhaustible open-system dynamic of applying limited resources to accommodate better
an ever-broadening matrix of conflicting values. Nietzsche assesses psychological and social
conditions that foster this collective creativity and decadent conditions that inhibit the growth of
justice. Nietzsche identifies problems specific to institutions that require special safeguards that he
esoterically conceals. Using Nietzsche's exoteric accounts of psychology and rhetoric based on
principles of self-organized criticality, Nietzsche's esoteric techniques can be inferred, including
his syncretism of pagan myths, which reveals his esoteric content.
Conclusion: Holmes and Nietzsche applied a coherent theory of justice based on principles of
causation and dynamics not widely accepted until the late twentieth century but having roots in
ancient myths and isolated prior thinkers. Nietzsche defines justice as pursuing robust community
growth without sacrificing the future for the present. Both Holmes and Nietzsche accord pursuit of
justice with the good life whereby individuals promote their own development for greater sacrifice
for the community. Nietzsche's esoteric solution to his problem of institutions was matriarchy.
Nietzsche's matriarchy follows from his identification of the root of the institutional problem as
male windfall opportunism, an evolved unconscious male tendency resulting from uncertainty over
genetic parentage. / Law, Peter A. Allard School of / Graduate
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A recriação do mundo : a dimensão redentora da musica na filosofia de NietzscheBurnett Junior, Henry Martin 19 November 2004 (has links)
Orientador: Oswaldo Giacoia Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-04T02:06:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: A pesquisa oferece um estudo abrangente do pensamento estético de Nietzsche, a partir da defesa de uma perspectiva redentora da música dentro de sua obra. Para isso, analisa um conjunto abrangente de seus escritos, que vai desde os textos de juventude escritos antes da publicação de seu primeiro livro, O nascimento da tragédia (1872), até as obras de maturidade, como O caso Wagner (1888), incluindo neste conjunto os chamados fragmentos póstumos e a correspondência. Desde os primeiros esboços redigidos na década de 1860, o material musical foi utilizado por Nietzsche como fonte de reflexão e como aparato crítico, um trabalho de audição e reflexão que o acompanhou por toda vida. Embora o papel da música como fonte de sua crítica estética e moral tenha se modificado com o passar dos anos, podemos dizer que foi a música o fio-condutor que atravessou todos os períodos de sua produção. Neste estudo, o leitor encontrará uma análise de textos fundamentais da estética-musical de Nietzsche, indicando as tensões e continuidades de seu pensamento sobre aquela que pode ser considerada sua grande paixão intelectual: a música / Abstract: The research offers a comprehensive study of the aesthetic thought of Nietzsche, from the defense of a redemptive perspective of music into his work. To do this, analyzes a comprehensive set of his writings, ranging from youth texts written before the publication of his first book, the birth of tragedy (1872), until the works of maturity, as if Wagner (1888), including this set so-called posthumous fragments and correspondence. Since the first sketches written in the 1860, the musical material was used by Nietzsche as a source of reflection and critical apparatus, a job of listening and reflection that accompanied him throughout life. Although the role of music as a source of his aesthetic and moral criticism has been modified over the years, we can say that was the music conductor wire through all periods of its production. In this study, the reader will find an analysis of fundamental texts of musical aesthetics-Nietzsche, indicating tensions and continuities of their thinking about what can be considered his great intellectual passion: music / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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A History of Overcoming: Nietzsche on the Moral Antecedents and Successors of Modern LiberalismGill, Rodney W. 12 1900 (has links)
This work aims to understand human moral psychology under modern liberalism by analyzing the mature work of philosopher Friedrich Nietzsche. I seek to understand and evaluate Nietzsche's claim that liberalism, rather than being an overturning of slave morality, is an extension of the slave morality present in both Judaism and Christianity. To ground Nietzsche's critique of liberalism theoretically, I begin by analyzing his "master" and "slave" concepts. With these concepts clarified, I then apply them to Nietzsche's history by following his path from Judaism to liberalism and beyond--to his "last man" and Übermensch. I find that Nietzsche views history as a series of overcomings wherein a given mode of power maintenance runs counter to the means by which power was initially attained. Liberalism, as the precursor and herald of the "last man," threatens the end of overcoming and therefore compromises the future of human valuation and meaning.
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