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A mulher brasileira contemporânea e a maternidade da culpa / The contemporary Brazilian woman and the maternity of the guiltHalasi, Fabiana de Souza 18 October 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-12-04T11:46:06Z
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Previous issue date: 2018-10-18 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / In this study I propose a psychoanalytic reading about motherhood, questioning whether all mothers correspond to social expectations about it. Based on a literature review, I did a deepening in some aspects such as childbirth and breastfeeding, idealization and romanticism and also on the question of guilt. Motherhood as a psychic operation, also implies an option that, in the contemporaneity, suffers social pressure and charges through a pre-established ideal of mother. This makes many women to initiate this process with anticipated guilt. Illustrating this question, I used the free-speech of five celebrities, who have just given birth, points out the super mother must be the full identity of the woman, refractory or not to the ideal of mother. Psychoanalysis places the determinants of the subject beyond the order of the natural, breaking with an instinctive maternal love from the creation of the concept of drive. However this maternal ideal ends up facilitating the guilt and with her, depression. In that process must have a careful look at the woman, because this psychic frame with guilt as background reinforces an ambivalent and alienating behavior. The mother may disinvest in the child by glimpsing other libidinal investments. This kind of attitude alleviates her guilt because a displacement for herself or for what motherhood represents does not mean abandonment or absence of child care. Relativize motherhood with fewer manuals, advice and more respect for individualities and possible mothering is necessary / Neste estudo proponho uma leitura psicanalítica sobre a maternidade, problematizando se todas as mães correspondem às expectativas sociais sobre ela. Apoiada numa revisão de literatura, fiz um aprofundamento em alguns aspectos como parto e amamentação; idealização e romantismo e ainda sobre a questão da culpa. A maternidade configurando-se como uma operação psíquica, também implica numa opção que, na contemporaneidade brasileira, sofre pressões e cobranças sociais mediante um ideal de mãe preestabelecido, fazendo com que muitas mulheres iniciem esse processo com uma culpa antecipada. Ilustrando esta questão, utilizei-me da fala livre de cinco celebridades, que acabaram de dar à luz, refratárias ou não ao ideal de mãe, capturando que a supermãe deve ser a identidade plena da mulher. A Psicanálise, rompendo com um amor materno instintivo, a partir da criação do conceito de pulsão, coloca os determinantes do sujeito para além da ordem do natural, porém esse ideal materno que preconiza a total satisfação e realização da mãe com o bebê, acaba por facilitar a culpa e com ela a depressão. Nesse processo deve-se ter um olhar cuidadoso para com a mulher, pois este quadro psíquico tendo a culpa como pano de fundo reforça um comportamento ambivalente e alienante. Ao vislumbrar outros investimentos libidinais, a mãe pode desinvestir na criança, amenizando sua culpa, que não deve ser confundida com abandono ou ausência de olhar, mas como um deslocamento para ela mesma e para o que representa. É preciso relativizar a maternidade, com menos manuais, aconselhamentos e mais respeito às individualidades e às maternagens possíveis
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Violência obstétrica à luz da declaração universal sobre bioética e direitos humanos : percepção dos estudantes da área da saúdeSilva, Raylla Albuquerque 13 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-03-22T19:17:59Z
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2017_RayllaAlbuquerqueSilva.pdf: 1594134 bytes, checksum: 531e61b99ba77caf3cd8d0686bb947f3 (MD5) / Pesquisas em todo o mundo demonstram que mulheres têm sido vítimas de negligência, violência física, violência verbal e violência sexual dentro das instituições de saúde – em especial ao dar à luz. Considerando o papel dos profissionais no que se refere a esse cenário, o presente estudo teve como objetivo conhecer a percepção dos estudantes da área da saúde sobre a violência obstétrica e sua relação com a Bioética, conforme princípios previstos na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Realizou-se pesquisa exploratória de abordagem mista, com 102 estudantes em todos os níveis de formação. O instrumento utilizado foi o questionário estruturado, disponibilizado por meio eletrônico, composto por questões abertas e fechadas. A análise de dados incluiu técnicas de estatística descritiva para os dados quantitativos e análise de conteúdo para os qualitativos, à luz da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. A violação aos princípios do “Respeito à Vulnerabilidade Humana e pela Integridade Individual” e “Dignidade Humana e Direitos Humanos” foram indicados por aproximadamente 80% dos participantes como relacionados com a ocorrência de Violência Obstétrica. A vulnerabilidade da mulher no processo de parto está relacionada, principalmente, ao desconhecimento sobre seus direitos, seu corpo e sobre os tipos de assistência. A adoção de condutas desnecessárias e sem respaldo científico configuram violações à integridade corporal da mulher, à sua dignidade e aos direitos humanos. Embora a ocorrência de violência obstétrica seja multifatorial, as principais práticas caracterizadas pelos participantes como violência referem-se a condutas não éticas. Os achados da pesquisa evidenciaram a importância da utilização de referenciais bioéticos para o enfrentamento da violência obstétrica. / The researches around the world show that women have been victims of negligence, physical violence, verbal violence and sexual violence in health institutions - especially when giving birth. Whereas the role of professionals in this scenario, this present study aims to know the students’ perception in the field of health on the obstetric violence and its relation with bioethics, accordingly with principles referred to in the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. An exploratory research of mixed approach was conducted with 102 students at all levels of training. The instrument used was a structured questionnaire made available by electronic means and it was composed by open and closed questions. The data analysis included descriptive statistics techniques for quantitative data and content analysis for qualitative data in the light of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. The infringements of the principles of "respect for human vulnerability and individual integrity" and "human dignity and human rights" were indicated by about 80% of the participants as related to an occurrence of obstetric violence. The woman vulnerability when giving a birth is mainly related to the lack of knowledge about her rights, her body and types of assistance. The adoption of unnecessary conducts and without scientific support constitutes violations of women's bodily integrity, dignity and human rights. Although the occurrence of obstetric violence is multifactorial, the most practices described by the participants as violence refer to unethical behavior. The research findings highlight the relevance of the use of bioethical references to combat obstetric violence.
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A experiência da participação de mulheres em grupos de apoio na vivência do partoFerreira, Graziani Izidoro 27 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-27 / Universidade Federal de Sao Carlos / Historically, delivery care was practiced by midwives. However, from the 40's, childbirth has become institutionalized in an attempt to contain the high levels of maternal and child mortality. These transformations away from the birth process family, subjecting women to institutionalists and interventionist practices. Social movements in favor of the physiological birth rescue have struggled to reverse this reality. This research was conducted in São Paulo in the period from 2012 to 2014 and used the Communicative Methodology as a methodological plan that aims not only to describe or explain the reality, but to understand it and interpret it to transform it according to the needs identified. Participants were women who had lived the experience of childbirth, after participating in support groups. The objective was to analyze the satisfaction or not the women who participated in support groups during pregnancy with the birth experience, birth and care received. The data collection instrument was the communicative and report on an analysis of the data was carried out together with the participants, following the methodological rigor. The main elements transformers and obstaculizadores, related to the world of life and the system, guided by the theoretical and methodological framework were identified. The highlight of transforming elements were: feelings and sensations during pregnancy and family support, preparation for delivery and support group as a source of knowledge. The obstaculizadores elements highlighted were: lack of family support, the normal delivery idealization and frustration for the realization of CS and support group focused on the perfect delivery. Therefore, we noted that the system has contributed little to social change, and also has served as hinders element for social transformation birth culture in our country. Therefore, we conclude that feelings and sensations that women face during pregnancy need to be explored and shared to enable the overcoming of those who are negative. Family support is of fundamental importance, as well as the preparation for delivery and support group during pregnancy, as they provide knowledge and security to women regarding birth. We believe that support groups can be mobilized by the experiences of women with their deliveries, acquired in the world of life. This mobilization permeates the interaction and performance of all the experiences in order to make the not successful fuel to overcome the obstacles. / Historicamente, a assistência ao parto era praticada pelas parteiras. No entanto, a partir da década de 40, o parto passou a ser institucionalizado, na tentativa de conter os altos índices de mortalidade maternoinfantil. Essas transformações afastaram a família do processo do nascimento, submetendo a mulher a práticas institucionalistas e intervencionistas. Movimentos sociais em prol do resgate do parto fisiológico têm lutado para reverter essa realidade. Esta pesquisa foi realizada no interior de São Paulo no período de 2012 a 2014 e utilizou a Metodologia Comunicativa Crítica (MCC) como plano metodológico que pretende não apenas descrever ou explicar a realidade, mas compreendêla e interpretá-la para transformá-la de acordo com as necessidades identificadas. A MCC busca identificar os elementos transformadores, ou seja, aquelas que promoveram, neste caso, uma vivência prazerosa do parto e os elementos obstacularizadores, ou seja, aqueles que representam uma barreira à esta vivência, relacionando ambas às categorias mundo da vida e sistema. As participantes foram mulheres que haviam vivido a experiência do parto, após a participação em grupos de apoio. O objetivo foi analisar a satisfação ou não das mulheres que participaram de grupos de apoio durante a gestação com a experiência do parto, nascimento e cuidados recebidos. O instrumento de coleta de dados foi o relato comunicativo e assim como na análise dos dados foram realizados em conjunto com os participantes, seguindo os pressupostos da MCC. Os resultados apontaram que os elementos transformadores, de destaque, foram: sentimentos e sensações durante a gestação, apoio familiar, preparo para o parto e grupo de apoio como fonte de conhecimento. Os elementos obstaculizadores, em destaque, foram: falta de apoio familiar, idealização do parto normal, frustação pela realização da cesárea e grupo de apoio focado no parto perfeito. Observou-se que o sistema pouco tem contribuído para a transformação social e, ainda, tem atuado como elemento obstaculizador para transformação social da cultura do parto em nosso país. Concluiu-se que sentimentos e sensações vivenciados durante a gestação precisam ser explorados e compartilhados para superação daqueles que são negativos. O apoio familiar é de importância fundamental, assim como o preparo para o parto e o grupo de apoio durante a gestação, pois proporcionam conhecimento e segurança para mulher, com relação ao parto. Acreditamos que os grupos de apoio podem ser mobilizados pelas experiências das mulheres com seus partos, adquiridas no mundo da vida. Essa mobilização perpassa a interação e valorização de todas as experiências, de forma a fazer das não exitosas o combustível para a superação dos obstáculos.
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A hibridização do discurso médico-paciente no evento discursivo parto / Hybridization of doctor-patient discourse in the discursive event childbirthGadelha, Nádia Marques January 2013 (has links)
GADELHA, Nádia Marques. A hibridização do discurso médico-paciente no evento discursivo parto. 2013. 413f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2013. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-06-06T13:29:12Z
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Previous issue date: 2013 / This thesis is based on a research that investigated the representations and identities of doctors and women patients in a state hospital, in Maranguape,Ceará, adopting Critical Discourse Analysis. In order to carry out this research, the ethnographic-discursive methodology was used to generate and collect data. The selected methods were: participant observation, field notes and ethnographic interviews. The data was collected and generated at the low-risk maternity ward in this hospital, and the fieldwork began in March 2010, lasting for two years. This research is justified as a possibility to investigate the relevant topic of representations and identities,in the interface of Linguistics and society. In this work, my interest is focused on the hybridity of medical discourse with issues of institutional power, world views, gender, ethnicity, and poverty, in their relation with society in the discursive event childbirth. This topic was examined with the support of Critical Realism and Critical Social Science. The results of this study question the linguistic devices involving women´s suffering in a socially vulnerable context. The main contribution of the studyis to propose epistemological tools to indicate how the articulation of theoretical categories and lexical choices, among other elements, line up to construct legitimation and subjection identities, dialectically related to discourses (representations) in a societal context which favors the naturalization of suffering in the discursive event childbirth. The results point to the ideological and hegemonic struggle, power and resistance in this event. Doctor-patient control relations represent the model of risk medical rationality which considers the patients as in a moral deficit and which exerts doctor interactional control with wide technical, scientific mastery over the women´s bodies. Obstetrics uses its invasive surgical protocols in low-risk delivery, rejecting non-invasive practices in natural delivery care. Doctor legitimation identities hold a hegemonic struggle with the use of invasive accelerating technologies in childbirth, considered as violence against women when they are unnecessary. Women´s identities in distress and pain flow reify childbirth suffering as natural, hidden by social and political issues that place them in a disadvantageous position in the dividing lines of social exclusion and misery. Thus, obstetrical practices act discursively as symbolic, institutional, epistemological and scientific violence. / Esta tese é o resultado de uma pesquisa que visou à investigação de representações e identidades de médicos, médicas e mulheres em um hospital público em Maranguape, município do Estado do Ceará, baseada na Análise de Discurso Crítica. Para realizar esta pesquisa foi utilizada a metodologia etnográfico-discursiva na geração e coleta de dados. Os métodos selecionados foram: observação participante, notas de campo e entrevista etnográfica aberta. Os dados foram coletados e gerados na maternidade de atenção ao parto de baixo risco que faz parte da unidade hospitalar, com início em março de 2010 e estendeu-se por dois anos. Esta pesquisa se justifica como uma possibilidade dentro na área da Linguística e sua interlocução com a sociedade, da investigação de um tema pertinente, representações e identidades. Neste trabalho, focalizei meu interesse na hibridização do discurso médico com questões de poder institucional, visões de mundo, questões de gênero, etnia, pobreza, em sua relação com questões societárias no evento discursivo parto. Este tema foi examinado com o suporte do Realismo Crítico e das Ciências Sociais Críticas. Os resultados desse estudo lançam questionamentos sobre os mecanismos linguísticos que envolvem as questões dos sofrimentos das mulheres em situação de precarizações sociais. Sua contribuição principal é demonstrar a instrumentalização de epistemologias para revelar como a articulação entre as categorias teóricas e as escolhas lexicais, entre outros elementos, alinham-se para construir identidades de legitimação e submissão, dialeticamente relacionadas aos discursos (representações) num contexto societário que favorece a naturalização do sofrimento no evento discursivo parto. Os resultados da pesquisa apontam para a luta ideológica e hegemônica do poder e resistências no evento discursivo parto. As relações de controle médico-paciente representam o modelo da racionalidade médica de risco que considera as pacientes deficitárias morais e exerce o controle interacional médico com amplo domínio técnico e científico sobre seus corpos. A obstetrícia utiliza-se do arsenal protocolar cirúrgico invasivo nos partos de baixo risco, desconsiderando e refutando as práticas não invasivas no atendimento ao parto fisiológico ou natural. As identidades de legitimação de médicos e médicas travam uma luta hegemônica com o uso das tecnologias invasivas e aceleradoras do parto, consideradas como uma violência contra as parturientes, quando aplicadas de forma desnecessária. As identidades das parturientes em transe e em trânsito de dor reificam o sofrimento no parto como natural, acobertado por questões sociais e políticas que as deixam em situação de desvantagem nas linhas demarcatórias das exclusões e misérias sociais. Nesse sentido, a prática obstétrica age discursivamente como uma violência simbólica, institucional, epistemológica, científica.
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A natureza do parto e o parto naturalOliveira, Fernanda Mayra Mendonça de 02 October 2014 (has links)
This work has as its object the speeches about childbirth studied from the analysis of discourse. Using speeches about childbirth as relays for public policies and between
technicians and users of the health system in Aracaju, social movements and the humanization of childbirth step to formulate the question: were the modes of naturalization in childbirth practices reflecting modeling conduct, production of stereotypies and determinism in the effects of this experience? The goal is to study how
the disciplining and control bodies traverse the speeches on labor and the extent to which discourses about childbirth presented as progressive or liberating subdues can produce. To this end, the article shows a brief genealogy of the birth, the trajectory of their
practices, biopolitical crossings and State policies, and discuss and give visibility to the affective, economic, aesthetic, ecological implications. The trajectory analysis ends up unfolding the relationship between the proposed humanized labor and the emergence of
a pedagogy of childbirth and pregnancy anchored in the role of Doula. The research method is based on the concepts of institutional analysis implication and superimplication, regarded to research on the implications of the research are considered the essence of scientific work. / O presente trabalho tem como objeto os discursos sobre o parto estudado a partir da análise do discurso. Utilizando os discursos sobre o parto tal como se veicula pelas políticas públicas e entre técnicos e usuários do sistema de saúde em Aracaju, e pelos
movimentos sociais de humanização do parto passo a formular a questão: estariam os modos de naturalização nas práticas de parto refletindo modelação de condutas, produção
de estereotipias e determinismos nos efeitos dessa experiência? O objetivo é estudar de que forma a disciplinarização e/ou o controle dos corpos atravessam os discursos sobre o
parto e em que medida os discursos sobre o parto apresentados como progressistas ou libertadores podem produzir assujeitamentos. Para tanto, o texto percorre uma breve
genealogia do parto, a trajetória de suas práticas, atravessamentos biopolíticos e das políticas de Estado, além de discutir e dar visibilidade às implicações afetivas,
econômicas, estéticas, ecológicas. A trajetória da análise acaba desdobrando as relações entre a proposta de parto humanizado e a emergência de uma pedagogia do parto e da
gestação ancorada na função da Doula. O método da pesquisa se baseia nos conceitos da análise institucional de implicação e sobreimplicação que se refere à pesquisa em que as
implicações do pesquisador são consideradas como o essencial do trabalho científico.
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Dimensões culturais envolvidas na busca pelo parto natural humanizado / Cultural dimensions that influenced on search of natural humanized birthAraújo, Bárbara Régia Oliveira de 25 August 2016 (has links)
From the assumptions found in Madeleine Leininger’s Transcultural Nursing Theory, the current work analized the cultural dimensions that influenced on women’s search of natural humanized birth, in Maceió – AL, considering the potential of cultural studies to support culturally congruent practices. This is a qualitative and descriptive study, made between december 2015 and april of 2016 in Maceió - AL. 14 (fourteen) women, who sought or not a natural humanized birth in said context, are our informants of this research. For information gathering a semistructured interview form was used based on the theoretical referential, that propitiated the survey of cultural meanings analyzed in its universality and diversity, in order to meet this research objective. From the results analysis, it was possible to identify whether or not the search for a natural humanized birth permeates the meaning of parturition to the informants taking into account their realities and health contexts. The cultural dimensions involved that guided their choices: 1) Their ideologies and beliefs, directing a way of life that guides them according to their desires to enjoy full autonomy of their bodies and that, even when they delegate their health processes to other people, they do it according to positively valued experiences and care; 2) Class issues, access to information, technology and public health policies, whose differences are mitigated by the social differences from a capitalist society; 3) Meanings and experiences of your support networks, which are present in all other dimensions. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A partir dos pressupostos da Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger, o presente trabalho analisou as dimensões culturais que influenciaram na busca de mulheres pelo parto natural humanizado, no município de Maceió-AL, considerando o potencial dos estudos culturais para subsidiar práticas culturalmente congruentes. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, realizado entre dezembro de 2015 e abril de 2016 em Maceió/AL. São informantes desta pesquisa 14 mulheres que buscaram ou não um parto natural humanizado no referido contexto. Para coleta de informações, utilizou-se um formulário de entrevista semi-estruturado baseado no referencial teórico, que propiciou o levantamento designificados culturais analisados em sua universalidade e diversidade, de modo a atender os objetivos da pesquisa. A partir da análise dos resultados, foi possível identificar que a busca ou não busca de mulheres por um parto natural humanizado perpassa o significado da parturição para as informantes, segundo suas realidades e contextos de saúde. As dimensões culturais envolvidas que direcionam suas escolhas abarcam: 1) Suas ideologias e crenças, direcionando um modo de vida que as orienta de acordo com suas vontades de gozarem plena autonomia de seus corpos e que, mesmo quando delegam seus processos de saúde a outras pessoas, fazem-no de acordo com experiências e cuidados valorados positivamente; 2) Questões de classe, acesso à informação, tecnologia e políticas públicas de saúde, cujas diferenças são atenuadas pelos desníveis sociais da sociedade capitalista; 3) Significados e experiências de suas redes de apoio, que estão presentes em todas as outras dimensões.
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Entre gestações/partos humanizados e violência obstétrica : subjetividades em movimentoBatista, Priscilla Daisy Cardoso 01 September 2015 (has links)
This study aims to analyze health practices that support obstetric violence as a legal possession right by the medical-scientific knowledge-power of bodies, sexual and reproductive processes of women during their pregnancies and labor. This appropriation is a particular configuration in health care, in which the risk discourse embedded in this kind of knowledge-power that highlights biological factors, pathologizing and fragmented, making it the only way to manage the risk during pregnancy and childbirth, rather than expansion of autonomy, act producing docile bodies in the sense used by the philosopher Michel Foucault. I seek to relate relationships between risk concepts with medical and hospital discursive practices, marked by the logic of maximum production profits in the shortest time and built the scientific truth of value-legitimize the interventions on the bodies-of-women that acts reinforcing a dispossession of pregnancies and births. Expanding the locus of obstetric violence beyond the hospital, we identify their presence in some prenatal care practices in both the public or private health sector. It also emphasize gender concepts, body, human sexuality and reproduction, all common topics in our society , working in naturalization and perpetuation of obstetric violence as gender-based violence against women ;that are pregnant or have children. We also question a certain understanding of humanized birth and their individualizing, statist or marketing shots, which tend to take you to a land in which the role of women is narrowly. By endorsing labor humanisation, social movements and public policies give other senses about issues related to women's health, in which obstetric violence is of them; this notoriety, however, must be transformed into specific actions to be implemented to not only identify and criminalize those who practice obstetric violence, but also to incorporate workers, managers and users of health systems in order to exercise their protagonists to others, linking relations, accountability and sharing decisions about ways to gestate and give birth. The path of this research was born in intervention research as a methodology. in which the relationship between search object and the search engine are related by implication, that is, the ability to produce changes to each other. So, I bring experiences as a mother, activist of the Movement for Birth Humanization (MBH) woman medical health officer, medical school teacher, and the health system user; roles that mix, transform and dialogue to the practice of research involved, designing research in social, ethical and aesthetic commitment. / Este trabalho tem como objetivo a análise de práticas em saúde que sustentam a violência obstétrica como apropriação pelo saber-poder médico-científico dos corpos, dos processos reprodutivos e sexuais das mulheres durante suas gestações e partos. Tal apropriação assume especial configuração nos serviços de saúde, nos quais o discurso do risco incorporado por esse tipo de saber-poder adquire formas marcadamente centradas em fatores biológicos, patologizantes e fragmentários, configurando um modo singular de gestão dos riscos na gestação e parto, que ao invés de ampliação de autonomia, atuam produzindo corpos dóceis, no sentido utilizado pelo filósofo Michel Foucault. Busco ainda tecer relações entre conceitos de risco com práticas discursivas médico-hospitalares que, marcadas pela lógica da máxima produção de lucros no mínimo de tempo possível e embutidas do valor de verdade científica, legitimam-se nas intervenções sobre os corpos-das-mulheres-que-parem e atuam reforçando uma desapropriação das gestações e partos pelas mulheres. Ampliando o lócus da violência obstétrica para além do hospital, identificamos sua presença em algumas práticas de acompanhamento pré-natal, seja no setor público ou privado de saúde. Ressaltamos também conceitos de gênero, corpo, sexualidade e reprodução humana comuns em nossa sociedade que atuam na naturalização e perpetuação da violência obstétrica como violência de gênero contra mulheres que gestam e parem. Problematizamos ainda um certo entendimento de parto humanizado e suas capturas individualizantes, estatizantes ou mercadológicas, que tendem a leva-lo a um terreno no qual o protagonismo das mulheres ocorre de forma restrita. Ao tomar a bandeira da humanização do parto, movimentos sociais e políticas públicas conferem outros sentidos dando visibilidade a outras questões relativas à saúde das mulheres, sendo uma delas o problema da violência obstétrica; esta notoriedade, entretanto, precisa ser transformada em ações específicas a serem implementadas no sentido de não somente identificar e criminalizar quem pratica a violência obstétrica, como também de incorporar trabalhadores, gestores e usuárias dos sistemas de saúde de modo a exercerem seus protagonismos uns com os outros, apontando para relações de vínculo, responsabilização e partilha de decisões sobre os modos de gestar e parir. O percurso desta pesquisa fundou-se na pesquisa-intervenção, como metodologia na qual a relação entre objeto de pesquisa e pesquisador relacionam-se pela implicação, ou seja, pela capacidade de um produzir mudanças no outro. Assim, trago alguns relatos de experiências vividas como mãe, ativista do movimento pela humanização do parto (MPH), mulher, médica sanitarista, docente do curso médico, além de usuária do sistema de saúde; papéis que se misturam, se transformam e dialogam com a prática da pesquisa implicada, desenhando a pesquisa com compromisso social, ético e estético.
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