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Moeda, poder e rivalidade interestatal : o novo banco de desenvolvimento dos BRICSGaiotto, Felipe Camargo January 2017 (has links)
A crise financeira de 2007-2008 proporcionou perdas de legitimidade política e econômica aos EUA no sistema interestatal. Até então, o modelo de organização socioeconômica estadunidense era hegemônico na economia-mundo capitalista. Mas, mais do que um modelo de capitalismo, as desregulações financeiras e a defesa excessiva da austeridade orçamentária para os demais Estados foram adotadas pelos EUA com o objetivo de assegurar a emissão exclusiva da moeda internacional dos sistemas financeiro e monetário internacional. A possível substituição do dólar como fundamento do padrão monetário desses sistemas diminuiria a autonomia relativa dos EUA. Assim, eles mantiveram as vantagens políticas e econômicas propiciadas pelo poder monetário e pelo estadismo monetário e asseguraram a manutenção da configuração hierárquica favorável desse sistema interestatal. Por outro lado, essa crise estimulou a formação de novas alianças geopolíticas e novas relações de cooperação entre Estados localizados na semiperiferia e na periferia da economia-mundo. Esses Estados propõem, em maior ou menor grau, outros modelos de desenvolvimento e procuram mudar a configuração hierárquica interestatal, com uma aposta no multilateralismo. O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) criado pelos BRICS é uma das alternativas que surgiram como possibilidades de reordenamento hierárquico nesse sistema, começando o elo conflito em torno da moeda e das finanças. Desse modo, o objetivo geral desta tese doutoral é avaliar qual a viabilidade de possíveis mudanças nas relações de poder monetário e de estadismo monetário no sistema interestatal capitalista a partir do NBD dos BRICS. Para tanto, analisa-se de que maneira, em geral, a relação entre moeda e poder influencia na hierarquia de Estados e moedas no sistema interestatal da economia-mundo capitalista. Da mesma forma, examina-se especificamente o processo de construção do poder monetário e do estadismo monetário dos Estados Unidos a partir da construção do regime Dólar-Wall Street e de que forma essa estratégia contribuiu, de forma não intencional, para enfraquecer a própria hegemonia estadunidense no pós-crise. E, por fim, avalia-se a capacidade da influência do NBD para a reforma monetária e financeira internacional no sentido de maior multilateralismo. Nesse processo, o NBD representa uma alternativa de acesso a financiamento para a acumulação autônoma de capital e de defesa contra a manipulação monetária e financeira por parte dos Estados do núcleo orgânico desse sistema, em particular os EUA. Da mesma forma, o NBD reforça as demandas para reformar o sistema financeiro e monetário internacional, o que pode alterar a capacidade de exercício do poder monetário estadunidense e suas consequentes vantagens políticas e econômicas. Assim, haveria uma mudança qualitativa na hierarquia desse núcleo orgânico. A possível substituição, ou perda de importância, do dólar diminuiria a autonomia relativa dos EUA e contribuiria para mudanças na configuração hegemônica da economia-mundo capitalista. / The financial crisis of 2007-2008 has resulted in loss of political and economic legitimacy to the United States in the inter-state system. Until then, the model of US socioeconomic organization was hegemonic in the capitalist world-economy. Yet, more than a model of capitalism, financial deregulation and excessive apologizing of budgetary austerity for other states were adopted by the United States to ensure the exclusive issuance of the international currency in the international financial and monetary systems. The possible substitution of the dollar as the basis for the monetary standard of these systems would diminish the relative autonomy of the United States. Thus, they keep the political and economic advantages granted by monetary power and monetary statecraft, and ensured the maintenance of the favorable hierarchical configuration of that interstate system. On the other hand, this crisis stimulated the formation of new geopolitical alliances and new relations of cooperation between states located in the semiperiphery and in the periphery of the world-economy. These states propose, to a greater or lesser extent, other models of development, and seek to change the inter-state hierarchical configuration, with a focus on multilateralism. The New Development Bank (NDB) created by the BRICS is one of the alternatives that emerged as a possibility of hierarchical rearrangement in this system, starting with the monetary and financial conflicts. Thus, the general objective of this Ph.D. dissertation is to evaluate the viability of possible changes in the relations of monetary power and monetary statecraft in the capitalist interstate system by the creation of the BRICS’ NDB. In order to do so, it is analyzed how, in general, the relation between money and power influences the hierarchy of states and currencies in the interstate system of the capitalist world-economy. Likewise, the process of constructing monetary power and monetary statescraft in the United States starting with the construction of the Dollar-Wall Street regime, and in which way this strategy has unintentionally contributed to weaken the hegemony itself in the post-crisis period, is equally dealt with. And last, but not least, the capacity of the NDB's influence on the international monetary and financial reform towards greater multilateralism is evaluated. In this process, the NDB represents an alternative to access financing for the autonomous accumulation of capital and defense against monetary and financial manipulation by the States of the organic core of this interstate system, in particular the US. Along the same lines, the NDB reinforces the demands to reform the international financial and monetary systems, which may alter the capacity of the US to exert monetary power and receive its consequent political and economic advantages. Thus, there would be a qualitative change in the hierarchy of this organic core. The possible substitution or loss of importance of the dollar would diminish the relative autonomy of the US and contribute to changes in the hegemonic configuration of the capitalist world-economy.
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A dimensão do atlântico sul para Brasil e África do Sul (1415-2015) : uma contribuição para o estudo de um espaço estratégicoOtavio, Anselmo January 2018 (has links)
A colonização de Brasil e África do Sul por países diferentes acabou por afetar na dimensão do Atlântico Sul para ambos. De fato, enquanto Portugal aproximou seus territórios africanos ao brasileiro via compra e venda de mão de obra escrava, transformando o Atlântico Sul como elo entre tais territórios; Holanda e, posteriormente, Inglaterra, enquadraram o território sul-africano a uma dinâmica afro-asiática, mantendo esta colônia voltada ao Oceano Índico. Posteriormente, já durante a Guerra Fria tal distanciamento se transformou em opção por tais países. Em defesa do regime apartheid, a África do Sul desejava enquadrar o Atlântico Sul no conflito Leste-Oeste via criação da Organização do Tratado do Atlântico Sul. Já o Brasil buscava manter a região desmilitarizada, defendendo a criação da chamada Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. Ainda que as transformações ocorridas nos anos 1990 indicassem a possibilidade de maior alinhamento acerca da importância do Atlântico Sul, o que predominou foram três momentos diferentes. O primeiro ocorreu durante as administrações Cardoso e Mandela, quando a desvalorização da bacia sul-atlântica foi preponderante para Brasil e África do Sul. Ao longo dos governos Lula e Mbeki houve a maior integração entre Brasília e Pretoria, e, consequentemente, maior similaridade com relação ao Atlântico Sul. Já nas administrações Rousseff e Zuma, o impasse envolvendo o Atlântico Sul passou a ser a tônica na interação entre Brasil e África do Sul Diante disso, o seguinte questionamento torna-se pertinente: por que, mesmo havendo a intensificação nas relações entre Brasil e África do Sul no Pós-Guerra Fria, o interesse pelo Atlântico Sul ainda se mantém descompassado quando comparado às visões brasileira e sul-africana? É pautado nos métodos analítico e indutivo de análise, em vasta revisão da literatura e na estruturação desta tese em duas partes contendo, respectivamente, dois e três capítulos, que se busca responder tal questionamento defendendo a hipótese de que o descompasso entre Brasil e África do Sul com relação ao Atlântico Sul ocorre, principalmente, no âmbito político-economico, visto que as distintas dinâmicas colonizadoras impostas aos países, bem como a adoção de determinadas políticas externas, levaram a interação Brasil, África do Sul e Atlântico Sul ser marcada pelo distanciamento. No entanto, diferentemente disso, as escolhas realizadas a partir das administrações Lula e Mbeki no âmbito securitário, demonstram certa continuidade no interesse de ambos em ser cada vez mais atuante no Atlântico Sul. / The colonization of Brazil and South Africa by different countries affected the dimension of the South Atlantic for both. Indeed, while Portugal brought its African territories closer to the Brazilian ones through the purchase and sale of slave labor, transforming the South Atlantic as a link between these territories, Holland and, later, England, framed the South African territory to an Afro-Asian dynamics, keeping this colony facing the Indian Ocean. Later, during the Cold War, such detachment became an option for such countries. In defense of the apartheid regime, South Africa wanted to frame the South Atlantic in the East-West conflict through the creation of the South Atlantic Treaty Organization. Brazil, meanwhile, sought to keep the region demilitarized, defending the creation of the so-called Zone of Peace and South Atlantic. Although the transformations which occurred in the 1990s indicated the possibility of greater alignment on the importance of the South Atlantic, what predominated were three different moments. The first moment occurred during Cardoso’s and Mandela’s administrations, when the devaluation of the South Atlantic was preponderant for Brazil and South Africa. Throughout Lula’s and Mbeki’s governments there was the greatest integration between Brasília and Pretoria, and, consequently, greater similarity with respect to the South Atlantic During Rousseff’s and Zuma’s administrations, the impasse involving the South Atlantic became the focus of the interaction between Brazil and South Africa. In view of this, the following questioning becomes pertinent: Even though there is intensification in relations between Brazil and South Africa in the post-Cold War period, why is the interest in the South Atlantic still remains out of step compared to the Brazilian and South African visions? Concerning this, based on the analytical and inductive methods of analysis, in an extensive review of the literature, this thesis, which is structered in two parts, two and three chapters, respectively, attempts to answer such questioning by defending the hypothesis that the gap between Brazil and South Africa in relation to the South Atlantic occurs mainly in the political-economic sphere, since the different colonizing dynamics imposed on the countries, as well as the adoption of certain external policies, led to the interaction between Brazil, South Africa and South Atlantic is marked by distance. However, unlike this, the choices made by the Lula and Mbeki administrations in the security sphere show certain continuity in the interest of both in being more active in the South Atlantic.
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Processos de transfronteirização na Bacia do Prata : a tríplice fronteira Brasil – Argentina - ParaguaiCarneiro Filho, Camilo Pereira January 2013 (has links)
Cette recherche est une approche sur les processus transfrontaliers dans la Triple FrontièreBrésil-Argentine-Paraguay. Initialement nous avons cherché à identifier les acteurs et les nouveaux usages du territoire, ainsi que le rôle des régions transfrontalières au sein des blocs commerciaux régionaux en Amérique du Sud et en Europe. Afin de utiliser l'expérience européenne dans les politiques pour les régions frontalières, on a analysés les initiatives d'intégration dans l’Union européenne et un travail de terrain dans la Grande Région a été réalisé, dont les résultats ont été utilisés pour la composition d'un chapitre de la recherche. Au cours du present étude l'importance de l'infrastructure routière, l'énergie et les télécommunications, le rôle du tourisme, les diverses initiatives de coopération et d'interaction dans le Triple Frontière, ainsi que les effets négatifs desprocessus transfrontaliersont été également analysé. Dans la recherche, les acteurs et les processus transfrontaliers ont été signalées par des coremas et des cartes. Les éléments énumérés ont servi à soutenir l'idée que actuellement une régiontransfrontalière se dessine au coeur du bassin de La Plata. / A presente pesquisa constitui uma abordagem acerca dos processos de transfronteirização na Tríplice Fronteira Brasil-Argentina-Paraguai. Inicialmente buscou-se identificar os atores e os novos usos do território, bem como o papel das regiões transfronteiriças dentro dos blocos regionais de comércio na América do Sul e na Europa. Com o intuito de aproveitar a experiência europeia no âmbito das políticas para regiões transfronteiriças, foram analisadas as iniciativas de integração e foi realizado um trabalho de campo na Grande Région, cujos resultados serviram para a composição de um capítulo da pesquisa. No decorrer da pesquisa também foram analisados a importância das infraestruturas viárias, energéticas e de telecomunicações, o papel do turismo, as diferentes iniciativas de cooperação e interação na Tríplice Fronteira, bem como os efeitos negativos da transfronteirização. Os atores e os processos de transfronteirização foram relatados através de coremas e mapas elaborados para a pesquisa. Os elementos elencados serviram para embasar a ideia de que está surgindo uma região transfronteiriça no coração da Bacia do Prata. / This research is an approach to cross-border processes in the Tri-Border Area, between Brazil, Argentina and Paraguay. Initially we sought to identify the actors, the new land uses and the role of cross-border regions within regional trading blocs in South America and Europe. To take advantage of the European experience in policies for border regions, we analyzed the integration initiatives in the European Union and a fieldwork in the Grande Région was conducted. The results of the fieldwork were used to compose a chapter of the research. In the present study the importance of road infrastructure, energy and telecommunications, the role of tourism, initiatives of cooperation and interaction in Tri-Border Area, as well as the negative effects of cross-border processes were also analyzed. In the present research, actors and border processes have been reported by graphic schemes and maps. The items listed were used to support the idea that, presently, a cross-border region is emerging in the heart of La Plata Basin.
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Polaridade e polarização no século XXI : impactos políticos da transição demográficaÁvila, Fabrício Schiavo January 2013 (has links)
A política, no sistema internacional do século XXI, será impactada pelas mudanças na base demográfica dos países. Ao mesmo tempo, aumenta a necessidade de Estados com acesso a tecnologias de ponta, ou seja, de grande polaridade, de utilizarem os recursos humanos de países em crescimento para a maximização de poder. O processo impacta a polarização com novas alianças de países. O uso da força necessita de pessoas para a defesa e a garantia da sobrevivência do Estado na Anarquia. Principalmente, em um cenário de guerra sistêmica com a utilização de armas nucleares que constituem as fiadoras das operações convencionais. Concomitantemente, a quantidade de pessoas na força de trabalho é a base das políticas de dissuasão nuclear dos Estados devido a capacidade de sobrevivência a um segundo ataque. / The policy in the twenty-first century international system, will be impacted by changes in the demographic base of countries. At the same time, increases the need for States with access to advanced technologies, ie, high polarity, use of human resources for countries to maximize growth of power. The polarization process impacts of new alliances with countries. The use of force requires people to defend and guarantee the survival of the state in Anarchy. Especially in a war scenario with the systemic use of nuclear weapons which are the guarantors of conventional operations. Concomitantly, the number of people in the workforce is the cornerstone of nuclear deterrence policies of the states over the survivability of a second attack.
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A crise na península coreana e a segurança regional do leste asiáticoBrites, Pedro Vinícius Pereira January 2014 (has links)
Este trabalho tem como tema central a relação entre a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a Republica da Coreia (Coreia do Sul) com seus vizinhos (China, Japão, Rússia) e com atores regionais (Estados Unidos da América), e as implicações destas relações sobre o equilíbrio regional. O objetivo central do mesmo é analisar as implicações que decorrem da instabilidade na península coreana para o equilíbrio regional. Assim, buscará analisar em que medida a modificação no padrão de cooperação ou conflito entre as duas Coreias altera ou interfere na relação entre todos os atores envolvidos, nomeadamente China, Japão, Rússia e Estados Unidos. Destarte, este trabalho analisará o quanto uma mudança brusca na estabilidade securitária na península influencia na dinâmica regional de segurança. O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo trata da evolução histórica da dinâmica regional de segurança, abordando os aspectos estratégicos e políticos que conduziram ao status quo atual na península coreana. É nesse capítulo que se verifica a emergência da industrialização sul-coreana, central para o atual processo de modernização do país, e as origens do programa nuclear norte-coreano, eixo das questões securitárias no Leste Asiático. O segundo capítulo tem como objetivo analisar o contexto regional de segurança e a Política Externa e de Segurança das Grandes Potências, nomeadamente China, EUA, Japão e Rússia, para o Leste Asiático. O terceiro capítulo analisa a Política Externa e de Segurança da República Democrática Popular da Coreia e da República da Coreia. Nesse sentido, verifica os principais fatores que tem pautado a inserção internacional desses países e os condicionantes que podem vir a ser centrais para eventuais mudanças na estabilidade regional. / This work is focused on the relationship between the Democratic People's Republic of Korea (North Korea) and the Republic of Korea (South Korea) with their neighbors (China, Japan, Russia) and regional actors (United States) and the implications of these relationships on the regional balance. The main purpose is to analyze the implications arising from the instability on the Korean peninsula for the regional balance. This way, it seeks to examine to what extent the change in the pattern of cooperation or conflict between the two Koreas alters or interferes the relationship between all actors involved, including China, Japan, Russia and the United States. Thus, this paper examines how an abrupt change in the security stability on the peninsula influences in the regional security dynamics. The work is structured in three chapters. The first chapter deals with the historical evolution of the regional security dynamics, addressing strategic and political factors that led to the current status quo on the Korean peninsula aspects. This chapter verifies the emergence of South Korean industrialization - that is central to the current process of modernization of the nation - and verifies the origins of the North Korean nuclear program, which is the securitarian axis of the issues in East Asia. The second chapter aims to analyze the regional security context and Foreign and Security Policy of the Great Powers, including China, USA, Japan and Russia for East Asia. The third chapter analyzes the Foreign and Security Policy of the Democratic People's Republic of Korea and the Republic of Korea. In this sense, it checks the main factors that have guided the international integration of these countries and the conditions that may be central to any changes in regional stability.
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África Ocidental : oportunidades e desafios da integração regional frente às relações interafricanas (desde os anos 1960)Diallo, Mamadou Alpha January 2015 (has links)
L'objectif de cette thèse est d'analyser et comprendre les relations interafricains des processus d'intégration régionale en cours dans la partie occidentale du continent. Pour cela, nous partons de l'hypothèse que l´appartenance des Etats à plusieurs organisations d'intégration régionale est le principal problème de la construction et la consolidation d'une unité intégrée économique, politique, sociale et culturellement. L´objectif qui a conduit à la levée de cette hypothèse est venu de l'observation des incohérences entre les objectifs (communs à tous) l'intégration régionale et la création fragmentée d´institutions économiques et monétaires, basée sur les liens coloniaux et les luttes intestines est un frein à l'intégration régionale ouest-africaine. Dans cette première partie de l'enquête, qui a débuté par une brève introduction, avant de faire une revision de la littérature, et aboutit à la déscrition des processus historiques et de principe de l'intégration régionale, montrant que, malgré d'être présentées comme des organismes complémentaires d'intégration économique et monétaire en Afrique de l'Ouest, la CEDEAO, l'UEMOA et ZMOA représentent des intérêts particuliers tant sur le plan interne qu´externe, et donc le rêve de l'unité politique et économique réel prend du temps à se matérialiser. / O objetivo desta tese é analisar e compreender as relações interafricana a partir dos processos de integração regional em curso na parte ocidental do continente. Para tanto parte-se da hipótese de que o pertencimento dos Estados a múltiplas organizações de integração regional constitui o principal problema da construção e da consolidação de uma unidade integrada econômica, política, social e culturalmente. Este objetivo que originou o levantamento desta hipótese partiu da observação das incoerências entre os objetivos (comuns a todos) da integração regional e a criação fragmentada de instituições econômicas e monetárias, baseadas nos laços coloniais, e nas rivalidades internas constitui um freio integração regional oeste africano. Nesta primeira parte da pesquisa, que iniciou com uma breve introdução, passou por uma revisão da literatura, antes de descrever historicamente os processos e tentativos de integração regional permite concluir que apesar de da serem apresentadas como complementares, as organizações de integração econômica e monetárias da África Ocidental, nomeadamente a CEDEAO, UEMOA e ZMOA, representam interesses particulares tanto interna quanto externamente, e consequentemente o sonho da real unidade política e econômica demora a se concretizar. / The aim of this thesis is to analyze and understand the relationships Inter African from regional integration processes underway in the western part of the continent. For this we start from the assumption that the States belonging to multiple organizations of regional integration is the main problem of the construction and consolidation of a unit integrated economic, political, social and culturally. This goal led to the lifting of this hypothesis came from the observation of inconsistencies between objectives (common to all) regional integration and the creation of fragmented economic and monetary institutions, based on colonial ties, and the infighting is a brake West African regional integration. In this first part of the survey, which began with a brief introduction, went through a literature review, before describing historical processes and tentative regional integration shows that despite of being presented as complementary organizations of economic integration and monetary West Africa, namely ECOWAS, UEMOA and ZMOA represent particular interests both internally and externally, and thus the dream of real political and economic unity takes to materialize.
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O posicionamento do Brasil sobre o Oriente Médio no Conselho de Segurança das Nações Unidas (1993-2005)Pilla, Bruno January 2011 (has links)
O objetivo primeiro deste trabalho é discutir o posicionamento do Brasil sobre a região do Oriente Médio no Conselho de Segurança das Nações Unidas durante os biênios 1993-1994, 1998-1999 e 2004-2005, nos quais o Brasil ocupou uma vaga como membro não permanente no órgão. O argumento central é o de que as transformações estruturais no sistema internacional ocorridas a partir da década de 1990 representaram os fatores primeiros para o relativo distanciamento da diplomacia brasileira em relação aos temas envolvendo o Oriente Médio. Com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos intensificaram sua influência sobre essa região. Ademais, a convergência entre os membros do Conselho de Segurança aumentou consideravelmente a partir dos anos de 1990. A política externa brasileira, por sua vez, sofreu uma reorientação paradigmática nesse mesmo período. Em 2004 e 2005, por outro lado, as posições assumidas pelo Governo Lula (2003-2010) no Conselho de Segurança revelariam uma nova interpretação da ordem pós-bipolaridade, ocasionada por eventos como o 11 de Setembro e a resposta estadunidense ao terrorismo internacional. / The main objective of this research is to discuss Brazil’s position regarding the Middle East region in the United Nations Security Council during the years of 1993-1994, 1998-1999 and 2004-2005, in which Brazil occupied a non-permanent seat. The central argument is that the transformations in international structure which occurred since the 1990’s represented the key factor for the relative disengagement of Brazilian diplomacy from subjects involving the Middle East. After the end of the Cold War, the United States intensified its influence over the region. Besides, convergence among the members of the UN Security Council increased since the years of 1990’s. Brazilian foreign policy, in its turn, suffered a paradigmatic reorientation during the same period. In 2004 and 2005, however, the positions assumed by the Lula da Silva Administration (2003-2010) in the Security Council revealed a new interpretation of the post-bipolarity order, triggered by events such as September 11 and US response to international terrorism.
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A política externa de Angola durante a Guerra Fria (1975-1992)Francisco, Alberto André Carvalho January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-11-27T10:05:31Z
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2013_AlbertoAndreCarvalhoFrancisco.pdf: 1423175 bytes, checksum: 7fcf62564c59d6d460141e21cc2b8620 (MD5) / A política externa de Angola, embora recém nascida tem ganhado uma boa visibilidade a nível internacional, em particular no continente africano, nestes últimos cinco anos, devido ao fim do da guerra civil e ao bom crescimento econômico do país. Mas seria um erro de análise fazer-se uma abordagem da política externa angolana atual sem compreender a história da política externa de Angola, durante o período de Guerra Fria. Desde a conquista da independência pelo Movimento Popular de Independência de Angola (MPLA), uma série de inciativas e de ações foram levadas a cabo por sua política externa, a qual foi guiada por uma série de diretrizes explícitas ou implícitas. O objetivo geral dessa dissertação é analisar como foi a política externa de Angola durante a Guerra Fria (1975-1992). Para cumprir esse objetivo, primeiramente, começamos com a criação do MPLA e sua busca pelo apoio internacional na conquista pela independência de Angola. Em segundo lugar, observamos um quadro de ações dos principais atores internacionais na crise angolana durante o período em análise, com grande destaque para a URSS e para os EUA. Em terceiro lugar, analisa-se as linhas mestras da política externa da República Popular de Angola durante o governo de Agostinho Neto, logo após a independência. Em quarto lugar, discute-se a continuidade da política externa de Neto no governo de José Eduardo dos Santos, ainda as mudanças que dos Santos foi efetuando durante o decorrer da Guerra Fria. Finalmente, o argumento principal defendido nessa dissertação é que o MPLA, tanto no governo de Neto como no de dos Santos, foi muito pragmático procurando defender os interesses nacionais do estado. _______________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / La politique étrangère de l'Angola, bien que nouveau-né a gagner une bonne visibilité au niveau international, en particulier en Afrique, au cours des cinq dernières années, en raison de sa bonne croissance économique. Mais ce serait une erreur que d'analyser une approche de la politique étrangère angolais aujourd'hui sans comprendre l'histoire de la politique étrangère de l'Angola au cours de la période de la guerre froide. Depuis la réalisation de l'indépendance par le Mouvement populaire pour l'indépendance de l'Angola (MPLA), une série d'initiatives et d'actions ont été menées par sa politique étrangère, qui a été guidé par une série de lignes directrices explicites ou implicites. L'objectif général de cette thèse est d'analyser comment était la politique étrangère de l'Angola pendant la guerre froide (1975-1992). Pour atteindre cet objectif, d'abord, nous commençons par la création du MPLA et sa quête de soutien international dans la réalisation de l'indépendance de l'Angola. Deuxièmement, nous avons observé un cadre d'actions principaux acteurs internationaux dans la crise angolaise au cours de la période sous revue, avec beaucoup d'emphase l'URSS et les Etats-Unis. Troisièmement, nous analysons les grandes lignes de la politique étrangère de la République d'Angola Agostinho Neto et le gouvernement peu après l'indépendance. Quatrièmement, nous discutons de la continuité de la politique étrangère du président Neto José Eduardo dos Santos, même si les changements que dos Santos exerçait au cours de la guerre froide. Enfin, le principal argument défendu dans cette thèse est que le MPLA, tant au gouvernement que dos Santos Neto, était à la recherche des intérêts nationaux très pragmatiques de l'Etat.
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O papel da guerra na construção dos Estados modernos : o caso da EtiópiaSchneider, Luíza Galiazzi January 2010 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo analisar o processo de construção do Estado na Etiópia, a partir do modelo desenvolvido por Charles Tilly (1996). Assim, o foco do trabalho foi o estudo da correlação causal entre a existência do fenômeno da guerra interestatal (atípica na África) e o desenvolvimento político, econômico e social. Para isso, foi feito ensaio teórico acerca do Estado e apresentação do modelo de Tilly, além de refinamento metodológico desse modelo através da noção de capacidade estatal. A perspectiva de Samuel Huntington (1975) a respeito do descolamento entre as instituições políticas e as sociedades em modernização também foi abordada, principalmente na compreensão da Revolução Etíope de 1974. O trabalho conclui que a guerra foi fundamental para a construção do Estado na Etiópia, mas que ela não é condição suficiente para a construção de Estados desenvolvidos e capazes na totalidade destas acepções. / This dissertation analyzes the process of state-formation in Ethiopia, from Charles Tilly‘s (1996) war-centered perspective. Hence, it is focused on the causal correlation between inter-state war (uncommon in African history, but largely present in Ethiopia) and political, social and economic under-development (present in Africa and Ethiopia). In order to achieve this goal, some brief theoretical issues on the state are presented, followed by Tilly‘s account on state-formation in Europe. Moreover, Samuel Huntington‘s (1975) perspective has been also incorporated in the analysis, so as to improve our theoretical tools regarding the 1974 Revolution. The dissertation concludes that war has been fundamental for state-formation in Ethiopia, but that it is not a sufficient condition to the formation of developed and capable states, contradicting Tilly‘s model partially.
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A construção do Estado em Moçambique e as relações com o BrasilCau, Hilário Simões January 2011 (has links)
Uma revisão das relações Brasil-África nas últimas quatro décadas, desde a independência dos países africanos, mostra que a África subsaariana deteve um baixo perfil nas prioridades externas brasileiras. A isto se deveu a fraca intensidade de relacionamento entre ambas as partes, assim como a descontinuidade de interesses por parte dos diferentes governos brasileiros, tanto no desenho de estratégias de cooperação, assim como na coordenação de ações conjuntas perante aos Estados desenvolvidos. Factores internos, no Brasil, como a percepção dos diferentes governos militares para com a orientação política externa, a correlação de forças no sistema internacional, com efeitos visíveis em países africanos, relações privilegiadas destes com as suas antigas metrópoles, assim com a forma utilizada por alguns países africanos a ascender à independência, actuaram como elementos positivos ou negativos para uma maior ou menor aproximação entre o Brasil e a África em geral. As relações entre Brasil e Moçambique desde 1975, foram mais profundas no âmbito político do que no comercial, pois a ausência de um sector privado e de um modelo de desenvolvimento escolhido por Moçambique, bem como a guerra civil, acabou por se tornar elementos chave para a retração das intenções brasileiras de manter cooperação econômica sólida com a margem do Índico. A situação se reverteu na década 1990 com as mudanças políticas introduzidas em Moçambique, do ponto de vista da introdução do multipartidarismo e a adoção da economia de mercado. A expectativa de Moçambique em relação ao Brasil aumentou a partir de 2003, com a eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enviou um sinal positivo ao colocar o continente africano no centro das atenções da política externa brasileira. Hoje, Moçambique assume-se como um dos maiores parceiros do Brasil na África, o que se consubstancia nos deslocamentos que o presidente brasileiro efectuou. Para Moçambique, a assinatura de diversos protocolos de cooperação não só ajuda o país a se desenvolver, mas também contribui para elevar a sua posição frente aos países vizinhos. / An analysis of Brazil-Africa relations over the last four decades, since the independence of the African countries, reveals the fact that Sub-Saharan Africa has been given low priority in Brazilian foreign interests. Such a position is due to the low intensity of relations between both sides, as well as the discontinuity of interest expressed by different Brazilian governments be at the design of cooperation strategies or the coordination of joint actions before the developed countries. Internal factors in Brazil, such as the military government’s perception about the main lines of the foreign policy, the correlation of forces in the international system, with visible effects on African countries, the privileged relations of the latter with their former colonial powers, as well as the means used by some African countries to achieve independence, have acted at times as positive or negative elements for enhanced or decreased interaction between Brazil and Africa. Brazil’s relations with Mozambique since 1975 have been deeper in the political sphere than in the commercial one, since the absence of a private sector and the development model chosen by Mozambique, as well as the civil war, came to be key elements to the retraction of Brazilian intentions to maintain a solid economic cooperation with a country of the Indian ocean shore. This situation underwent a twist at the beginning of the 1990’s after the political changes that took place in Mozambique when multipartidarism and a market economy were adopted. Mozambican expectations towards Brazil increased from 2003 on, after the election of president Luiz Inácio Lula da Silva, who sent the African continent a positive message by placing it at the center of Brazil’s foreign policy. Today, Mozambique arises as one of Brazil’s biggest partners in Africa, a position made clear through the displacements made by the Brazilian president. On the Mozambican side, the signature of several cooperation protocols not only helps the country develops, but also contributes to enhance its position with regards to neighboring countries.
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