Spelling suggestions: "subject:"prisões."" "subject:"grisões.""
221 |
Entre o delito e a loucura : a enfermagem em manicômio judiciário / Between crime and madness : nursing in a forensic psychiatric hospital / Entre el delito y la locura : la enfermería en manicomio judicialCicolella, Dayane de Aguiar January 2014 (has links)
Os manicômios judiciários são instituições responsáveis pelo cuidado dos incapazes, destinados à proteção do todo social. Possuem o duplo objetivo de custodiar e tratar pessoas com doenças mentais declaradas perigosas, podendo ser considerados uma fusão entre hospital psiquiátrico e presídio. Essa instituição utiliza técnicas e procedimentos disciplinares com objetivo de normalizar loucos criminosos para torná-los aptos ao convívio social. A pesquisa propõe estudar os dispositivos disciplinares utilizados por profissionais da enfermagem que atuam no Instituto Psiquiátrico Forense Doutor Mauricio Cardoso - Porto Alegre. O referencial teórico-metodológico que orienta as análises situa-se no campo dos Estudos Culturais, na vertente Pós-Estruturalista, norteada por pensamentos do filósofo Michel Foucault. Foram utilizados instrumentos de investigação etnográfica, a saber: entrevistas gravadas em áudio com 14 trabalhadores de enfermagem, observação do trabalho nos turnos manhã, tarde e noite, análise de livros de registro das unidades da instituição, imagens fotográficas capturadas pela autora e demais imagens disponíveis em meio eletrônico. Os resultados das análises foram organizados em unidades intituladas: Casa de loucos ou casa de presos?; A organização dos espaços; O controle do tempo e Fábrica de loucos. Este movimento analítico possibilitou problematizar o trabalho dos profissionais de enfermagem. Conclui-se que as heranças históricas da profissão, nesta instituição, são naturalizadas pelos profissionais. A figura do louco delinquente foi uma construção histórica atravessada por diferentes discursos ao longo dos tempos e a associação da loucura com a criminalidade fez surgir o personagem louco criminoso que, por ser um irracional, não responde pelo seu crime. Nos manicômios judiciários o controle dos loucos criminosos não é privativo de médicos psiquiatras, sendo necessária a inclusão de outras categorias, tais como juízes de direito, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e, inclusive, a profissão de enfermagem,que associa seus saberes de cuidado a outras formas de adestramento e controle.O Instituto Psiquiátrico Forense carrega heranças do sistema carcerário, manifestadas pelos profissionais da enfermagem em suas rotinas diárias.Tais trabalhadores tiveram como “tutores” agentes penitenciários e guardam modelos desse trabalho quando ordenam e distribuem os espaços para controlar os corpos dos pacientes.Tal jeito de trabalhar parece diverso dos locais de atuação da profissão. Esse modo de cuidar, naturalizado ao longo do tempo, produz profissionais repetem os ensinamentos dos carcereiros sem perceber a fusão de papéis. Por outro lado, esses parecem não estar em acordo com a situação vivenciada e tentam não se associar aos métodos disciplinares vigentes nas instituições totais. Também, se pode observar que os trabalhadores passam a maior parte do tempo organizando e adestrando os pacientes que circulam nos ambientes. Trata-se de um esquadrinhamento do tempo e do espaço, onde o corpo é controlado e manipulado por técnicas disciplinares. Essas técnicas inserem, combinam e classificam os pacientes nos espaços. Assim, cabe a enfermagem “transformar” os pacientes naquilo que seria a proposta normalizadora da Instituição: fabricar um determinado tipo de paciente, como um objeto moldado, manipulado e revisado em uma fábrica para apresentar determinado comportamento e pensamento. Assim, o louco internado no Instituto Psiquiátrico Forense deve ser reajustado às regras de convívio social, tarefa na qual participa ativamente a enfermagem. / Forensic psychiatric hospitals are responsible for caring for mentally-impaired people and are intended to protect society as a whole. They have the dual purpose of guarding and treating dangerous mentally ill individuals and could be considered a cross between a psychiatric hospital and a prison. These institutions make use of disciplinary techniques and procedures in order to normalize insane criminals and make them apt for social conviviality. The study intends to look into the disciplinary procedures used by nursing professionals working at the Doutor Mauricio Cardoso Forensic Psychiatric Institute in Porto Alegre. The theoretical and methodological framework guiding the analysis is grounded in the field of Cultural Studies, in the Poststructuralist movement, guided by ideas of the philosopher Michel Foucault. The following ethnographic research instruments were used to guide the fieldwork: interviews with 14 nursing workers recorded on audio, observation of their work in the morning, afternoon and night shifts, analysis of record books in the institution units, and photos taken by the author and available electronically. The results of the analyses were organized into units titled: Madhouse or jailhouse?; Organization of spaces; Time Control and Loony Factory. This analytical procedure generated a discussion on the work of nurses in patient management and control. My conclusion is that the historical legacies of the profession, in this institution, are naturalized and repeated by the professionals. The figure of the mad offender has been a historical construct intersected by different discourses over time, and the association of madness with crime gave rise to a new character, the mad criminal who, as a result of being an irrational person, did not answer for his/her crime. In forensic psychiatric hospitals, the control of mentally ill criminals is not exclusive to psychiatrists, the inclusion of other categories, such as court judges, psychologists, social workers, occupational therapists, and even nursing professionals, who link their knowledge of care to other forms of training and control, is required. The Forensic Psychiatric Institute, as a cross between a jail and a mental hospital, carries a legacy from the prison system, which is expressed by the nursing staff in their daily routines. These workers had jailers as their “tutors” and stick to the latter’s work as a model when they arrange and distribute spaces in order to control the bodies of their patients, a task that is assigned to nurses. This way of working seemed different from other places of professional practice. This mode of caring, naturalized over time, produces nursing professionals who repeat the teachings from jailers without realizing that their roles have been merged. On the other hand, the nursing staff does not seem to agree with the situation experienced and try not to associate themselves with disciplinary methods enforced in total institutions. I also observed that these workers spent most of their time organizing and training the patients who were present in these facilities. It is an exploration of time and place whereby the body is controlled and manipulated by disciplinary techniques. These techniques insert, combine and sort out patients into spaces. Therefore, the role of the nursing staff is to “transform” patients into that which is the normalizing purpose of the Institution: to manufacture a certain kind of patient, just like an object that is shaped, manipulated and revised in a factory to display a specific type of behavior and thinking. Thus, a demented person institutionalized at the Forensic Psychiatric Institute must be readjusted to social conviviality rules, a task in which the nursing staff actively participates. / Los manicomios judiciales son las instituciones responsables por el cuidados de incapaces, destinados a la protección del todo social. Cuentan con el doble objetivo de cuidar y tratar enfermos mentales peligrosos, y pueden ser considerados una fusión entre hospital psiquiátrico y cárcel. Esa institución utiliza técnicas y procedimientos disciplinares con objetivo de normalizar locos criminales para volverlos aptos a la convivencia social. El estudio propone estudiar los dispositivos disciplinares utilizados por profesionales de la enfermería que actúan en el ‘Instituto Psiquiátrico Forense Doutor Mauricio Cardoso’ - Porto Alegre. La referencia teóricometodológica que orienta los análisis está ubicada en el campo de los Estudios Culturales, en la vertiente postestructuralista, norteada por pensamientos del filósofo Michel Foucault. Se emplearon instrumentos de investigación etnográfica, a saber: entrevistas con 14 trabajadores de enfermería, grabadas en audio; observación del trabajo en los turnos de los turnos matutino, vespertino y nocturno; análisis de libros de registro de las unidades de la institución e imágenes fotográficas captadas por la autora y disponibles en medio electrónico. Los resultados de los análisis han sido organizados en unidades con los títulos: ¿Casa de locos o casa de presos?; La organización de los espacios; El control del tiempo y Fábrica de Locos. Este movimiento analítico permitió discutir el trabajo de los profesionales de enfermería en el manejo y control de los pacientes. Concluyo que las herencias históricas de la profesión, en esta institución, son naturalizadas y repetidas por sus profesionales. La figura del loco delincuente es una construcción histórica atravesada por diferentes discursos a lo largo de los tiempos, siendo que la asociación de la locura a la criminalidad hizo surgir el loco criminal que, como es un sujeto irracional, no respondía por su crimen. En los manicomios judiciales el control de los locos criminales no es exclusivo a los médicos psiquiatras, es necesaria la inclusión de otras categorías, como jueces de derecho, psicólogos, asistentes sociales, terapeutas ocupacionales e, incluso, el profesional de enfermería, que asocian sus saberes sobre el cuidado a otras formas de adiestramiento y control. El Instituto Psiquiátrico Forense convive con herencias del sistema carcelario, manifestadas por los profesionales de enfermería en sus rutinas diarias. Esos trabajadores tuvieron como "tutores" a agentes carcelarios y guardan modelos de trabajo, cuando ordenan y distribuyen los espacios para el control de los cuerpos de los pacientes. Esa forma de trabajar me pareció diferente de los lugares de actuación profesional. Esa forma de cuidar, naturalizada a lo largo del tiempo, produce profesionales de enfermería que repitan lo que les fue enseñado por carceleros, sin notar la fusión de roles. Por otro lado, el personal de enfermería parece no estar de acuerdo con la situación en la que viven e intentan no asociarse a los métodos disciplinares vigentes en esas instituciones. También he observado que los trabajadores pasan la mayor parte del tiempo organizando y adiestrando a los pacientes que circulan por los ambientes. Se trata de una organización minuciosa del tiempo y del espacio, en que el cuerpo es controlado y manipulado por técnicas disciplinares. Esas técnicas insieren, combinan y clasifican a los pacientes en los espacios. Así, a la enfermería le cabe "transformar" a los pacientes en aquello que sería la propuesta normalizadora de la Institución; fabricar determinado tipo de paciente, como un objeto que es moldeado, manipulado y revisado en una fábrica para presentar determinado comportamiento y pensamiento. Así, el loco internado en el Instituto Psiquiátrico Forense debe ser reajustado a las normas de la convivencia social, tarea en la cual la enfermería actúa activamente.
|
222 |
Relações de poder e representações acerca do trabalho da mulher presaBrito, Josiane Silva January 2017 (has links)
Orientadora: Profa. Dra. Camila Caldeira Nunes Dias / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais, 2017. / A presente pesquisa busca apreender quais são as relações de poder que perpassam duas unidades prisionais para mulheres que têm os seus serviços de alimentação terceirizados, a Penitenciária Feminina de Sant¿Ana e a Penitenciária Feminina da Capital, condicionando suas dinâmicas internas, em especial, as dinâmicas relativas ao trabalho prisional. Além da discussão de algumas das leis que dão ou pretender dar suporte ao processo de privatização das prisões no Brasil, esta pesquisa se valeu da análise de informações e discursos coletados por meio de incursões nas unidades e conversas com suas presas e funcionárias(os) e da discussão dos contratos de prestação dos serviços de alimentação das unidades mencionadas e do Centro de Detenção Provisória Chácara Belém I, firmados entre o estado de São Paulo e a empresa Health Nutrição e Serviços Ltda. Verificou-se que a hegemonia da organização de presos Primeiro Comando da Capital dentro e fora das prisões, constitui uma variável central para o entendimento das diferenças nas dinâmicas do trabalho da mulher presa entre as duas unidades estudadas. Na Penitenciária Feminina da Capital, uma cadeia neutra, o trabalho é representado como um indicador de recuperabilidade, uma forma de sair do "mundo do crime". Existe uma forte oposição entre "mundo do crime" e "mundo do trabalho". Já na Penitenciária Feminina de Sant¿Ana, uma cadeia do PCC, o trabalho prisional não se opõe ao "mundo do crime", não representando um indicador de recuperação. / The following reaserch is up to understand which are the dominant power relations in two female prisions that have their alimentation services outsourced, the Penitenciária Feminina de Sant¿Ana and the Penitenciária Feminina da Capital, determining their inside dynamics, mainly those related to the prisional labor. Beyond the discution of some laws that give or intend to give suport to the process of prisions privatization in Brazil, this research used analyses of informations and speeches coleted from incursions at the prisional units and from talks with arrested women and prision employees, also from the discussion of the outsourcing alimentation service contract from the mentioned units and the Centro de Detenção Provisória Chácara Belém I, signed between the São Paulo state and the Health Nutrição e Serviços Ltda enterprise. Verifying that the hegemony from prisioners organization Primeiro Comando da Capital inside and outside the prisions, has shown as one of the most important variable for lhe understanding of the diferences in the dinamics of the labor from prisioners women in the two analysed units. In the Penitenciaria Feminina da Capital, a neutral prision, the labor is signed as an indicator of recuperability, a way out of the "crime world". There is a strong oposition between the crime and the labor worlds. At the Penitenciária Feminina de Sant¿Ana, a prision from PCC, the prision labor isn¿t oposit to the "crime world", not representing an indicator of recuperability.
|
223 |
Imagens da polícia: relações entre cidadania e violência caracterizadas nas representações da polícia paulista: janeiro/83 - março/85Góes, Eda Maria [UNESP] January 1998 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:32:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 1998Bitstream added on 2014-06-13T20:07:52Z : No. of bitstreams: 1
goes_em_dr_assis.pdf: 5161078 bytes, checksum: c1b3448845ab8305c18ba96ea74afb75 (MD5) / Objetiva-se em problematizar as relações existentes entre a atuação da instituição policial e o papel desempenhado pelos meios de comunicação de massa nas sociedades contemporâneas, nas quais saber e poder estão intimamente associados. Buscando atingi-lo, analisamos os diferentes discursos sobre a instituição policial veiculados pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, através dos quais procuramos penetrar no universo das representações sobre essa agência de controle social. A despeito das nuances discursivas detectadas entre os dois jornais, a violência destacou-se como elemento comum às diferentes representações encontradas sobre a polícia. Nesse sentido, ao atuar como sujeitos históricos, a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo refletem em suas páginas a ambigüidade que caracteriza a instituição policial, a medida que reproduzem os interesses das elites empenhadas na utilização da polícia na defesa de seus interesses, mas também produzem uma mercadoria - o jornal - que precisa ser vendida a anunciantes e leitores. Simultaneamente, a grande imprensa também influenciou o próprio objeto representado, tanto direta quanto indiretamente, como procuramos mostrar ao abordar um momento específico da história da metrópole paulista, janeiro de 1983 a março de 1985, no qual o debate sobre a polícia foi particularmente intenso e tentativas de mudança foram planejadas, experimentadas, estimuladas, rejeitadas e, finalmente abandonadas. / Not available.
|
224 |
A experiência do trabalho do serviço social junto aos carcereiros da cadeia feminina de Franca - SPPaiúca, Juliana Martinatti [UNESP] 30 April 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-05-14T16:53:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2014-04-30Bitstream added on 2015-05-14T16:59:28Z : No. of bitstreams: 1
000822809.pdf: 474935 bytes, checksum: 6f7afb47727fa6d49ebf6bd472d7b61b (MD5) / O Brasil apresenta um sistema prisional falido. Diversos estudos de extrema relevância nos apresentam as situações vivenciadas pelos detentos que possuem quase todos os direitos negados enquanto parte do sistema prisional. Em nosso trabalho queremos abordamos esse aparelho sobre um ângulo diferente, mas não de menor importância. Procuramos entender como está inserido o carcereiro, policiais civis incumbidos de manter a ordem das cadeias nas quais são encontrados tanto presos que aguardam julgamento quanto os já condenados que esperam por transferências que tardam a ocorrer devido à super lotação dos presídios (situação ilegal, mas existente) tornando essas prisões ainda mais cheias. Outra dificuldade enfrentada é a inexistência de uma legislação específica, à hierarquia de poderes, a precariedade de funcionários faz do trabalho estressante e ainda mais tenso. Os objetivos de nossa pesquisa são que através de reuniões seja criado um ambiente de discussão e reflexão para os carcereiros, diante do seu papel, e a função do sistema prisional no modelo societário vigente e os rebatimentos do trabalho na carceragem nos mais diversos âmbitos da vida cotidiana, além de trazer o debate de tais aspectos para a academia. Com isso procuramos entender melhor a realidade vivenciada por esses profissionais, as dificuldades enfrentadas enquanto parte desse sistema abandonado e negligenciado pelo Estado e quais rebatimentos isso causa em suas relações sociais, contribuindo assim para uma atuação crítica, alargada, que se apropria da mediação e não culpabiliza os indivíduos desse lócus / Brazil has a failed prison system . Several studies show the importance of extreme situations experienced by inmates who have almost all the rights denied as part of the prison system . In our work we want to approach this product on an odd but not least . We seek to understand how the jailer is inserted , police officers tasked with maintaining order in which the chains are found both inmates awaiting trial as the condemned already waiting for transfers that are slow to occur due to overcrowding of prisons ( illegal , but existing ) making these arrests further flooding. Another difficulty faced is the lack of specific legislation , the hierarchy of powers , the precariousness of employees makes the stressful job and even more tense. The objectives of our research are that through meetings an environment of discussion and reflection to the jailers to be created , considering its role and function of the prison system in the current corporate model and the repercussions of labor in jail in various areas of everyday life , and bring the discussion of such issues to the gym . With that seek to better understand the reality faced by these professionals , the difficulties encountered while part of this abandoned and neglected by the state system and what repercussions it causes in their social relations , thus contributing to a critical role , enlarged , which appropriates the mediation and not blaming individuals that locus
|
225 |
Mãe / Mulher atrás das grades: a realidade imposta pelo cárcere à família monoparental femininaSilva, Amanda Daniele [UNESP] 26 November 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-06-17T19:34:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2014-11-26. Added 1 bitstream(s) on 2015-06-18T12:48:51Z : No. of bitstreams: 1
000831458.pdf: 1375599 bytes, checksum: a46353f0b2e13f67801f815470a376bd (MD5) / O cárcere e seus múltiplos aspectos, majoritariamente negativos, atingem diretamente as pessoas que nele são alojadas - os encarcerados. Contudo, assim como na sociedade que está em situação de liberdade, a prisão manifesta as diversas desigualdades entre homens e mulheres, acometendo estas de forma mais intensa que aqueles, exacerbando a situação de precariedade em que as detentas cumprem suas penas. O cárcere feminino configura-se com algumas particularidades, dentre as quais, nos propomos a estudar as modificações ocorridas na organização da família monoparental feminina quando a principal responsável - a mulher - é detida. Situações inesperadas desta natureza requerem a mobilização de atores externos à família para garantirem o sustento e o amparo de crianças e adolescentes que são afastados do convívio materno, configurando-se, assim, a rede de proteção familiar. Contudo, frequentes são os casos em que a inexistência desta referida rede relega os filhos e as filhas das reclusas às ações judiciárias, sendo inseridos em autos processuais que podem resultar na institucionalização ou adoção dos mesmos. Frente a este grave quadro, propomo-nos, por meio das abordagens quantitativa e qualitativa de pesquisa, identificar as principais transformações ocorridas na família monoparental feminina em decorrência do aprisionamento da responsável familiar. Corroborando com este intuito, buscamos também assinalar a importância e a existência ou não de uma rede de parentesco ou de proteção social para o cuidado e a subsistência dos filhos e filhas destas reclusas que, com a prisão materna, acentuam seu grau de vulnerabilidade social / The prison and its many aspects, mostly negative, affect directly the people who are housed there - the prisoners. However, as well as in society that is in a state of freedom, prison expresses the various inequalities between men and women, affecting these more intensely than those, exacerbating the precarious situation in which they serve their sentence. The female prison sets up with some peculiarities, among which we propose to study the changes occurring in the mono parental female family organization when the main responsible - the woman - is held. Unexpected situations of this nature require the mobilization of players outside the family to ensure the sustenance and protection of children and adolescents who are living away from their mothers, setting up, so, the network of family protection. However, it is frequent cases where the absence of that this network relegates the children of these prisoners to judicial actions, being put into court process that may result in institutionalization or adoption of them. Faced with this serious condition, we propose, using quantitative and qualitative research approaches, to identify the main changes occurred in mono parental female family due to imprisonment of the family responsible. Corroborating this view, we also try to emphasize the importance and the existence or not of a network of relationship or social protection for the care and maintenance of these prisoners‟ children that, with the mother's arrest, accentuate their degree of social vulnerability
|
226 |
tortura carcerária : sobrepena do sistema penal brasileiroLucas Marcello Mendonça Nascimento 29 September 2013 (has links)
Essa dissertação é um estudo multidisciplinar que consiste na revisão de literatura-bibliográfica acerca do objeto: tortura carcerária e a analisa como sobrepena privativa de liberdade do subterrâneo sistema penal brasileiro. Donde mantém relações particulares, próprias e específicas com as
agências que fazem e movem de modo desarmônico tal sistema: as agências políticas promovem a programação constitucional e legal que definem o contorno do crime de tortura, as judiciárias enclausuradas em suas burocracias não condenam devidamente tal crime - ilegalismo privilegiado, as
policiais são as perpetradoras do crime/pena em baila, e as penitenciárias são o lócus torturandi, ao passo que as de comunicação social funcionam na legitimação e reprodução ideológica das ideias de tratamentos desumanos contra os bandidos na guerra contra criminalidade, etc. Nesse sentido, o primeiro capítulo percorre os itinerários da criminalização primária da tortura e o analisa como um ilegalismo privilegiado do sistema penal pátrio, e finaliza detectando as falácias e impossibilidades da construção de uma realidade irreal do discurso jurídico-penal que pretende legitimar o sistema
através de suas falsas construções argumentativas. O segundo capítulo analisa os dados sociais reais acerca da tortura e sua face de pena, inicialmente tecendo considerações gerais dos seus moldes atuais e buscando as heranças históricas que definem suas nuances hodiernas, em seguida esmiúça as características da tortura atual através de recortes analíticos acerca do local, dos agentes, das vítimas, finalidades, métodos. Finaliza analisando uma característica hodierna da tortura que a acompanha em diferentes contextos: a sua indizibilidade. Tais recortes permitem visualizar, no terceiro capítulo, a face subterrânea do sistema penal, no qual se verifica um papel preponderante da polícia e suas atuações violadoras de direitos humanos, a existência de penas e sobrepenas ilícitas que se configuram crimes como a tortura, a aceitabilidade social das violências aos direitos humanos e o particular papel legitimador desse cenário exercido pelas agências de comunicação e seu
discurso. O quarto capítulo descortina a conceituação da pena, fenômeno essencialmente complexo e o cenário agnóstico e negativo que permite entender a existência de sobrepenas ilícitas na pena privativa de liberdade, procura também entender as causas do aumento considerável de
encarcerados no Brasil e entender as funções carcerárias que explicam esse boom penitenciário, e por fim, chega a uma espécie de diagnóstico de deslegitimação do sistema penal a partir da falência de suas diversas agencias. A Tortura como sobrepena ilegal, ilícita do sistema revela a sua face
violadora de direitos humanos (subterrânea) e o funcionamento de um Estado de polícia dentro do estado democrático de direito. O que resulta na necessidade, por parte dos agentes ideológicos dentro das universidades, ética e teórica de contestação e respostas para contenção da violência do
sistema penal em face de sua deslegitimação social e jurídica advinda de sua face violenta, ilícita e subterrânea. A resposta do presente estudo propõe não o imediato e total fim do sistema penal, porém medidas que permitam a diminuição da face violenta, ilegal deste sistema como a abolição da
prisão, principal lócus institucional de violência, tortura e outras deteriorações humanas, a descriminalização de alguns crimes, a despenalização, ou melhor, desencarcerização de outros, a extinção da polícia militar, órgão por excelência da militarização e verticalização nas relações entre as
pessoas e de maior índice de violência destrutiva do sistema, e forte mudança na concepção e treinamentos das demais agências policiais, além da mudança de postura das agências de comunicação social e a criação de mecanismos de controle social baseados na horizontalidade e solidariedade das relações sociais. / Esta tesis es un estudio multidisciplinario que consiste en la revisión de la literatura sobre el tema: tortura en las prisiones y la examina cómo sobrepena del sistema de justicia penal subterráneo. Por lo tanto mantiene relaciones particulares, propias y específicas com las agencias que mueven lo
inarmónico sistema: las agencias políticas promueven la programación constitucional y legal que define el contorno del delito de tortura, las judiciales enclaustradas en sus burocracias no condenan adecuadamente este crimen - ilegalismo privilegiado, los policías son los autores del crimen y las cárceles son el lócus torturandi. Las agencias de comunicación social actuan en el trabajo de legitimación y reprodución ideológica de ideas que pregan tratamiento inhumanos contra los bandidos em la guerra contra la criminalidad, etc. En consecuencia, el primer capítulo trata sobre lós itinerarios de la criminalización primaria de la tortura, la analiza como un ilegalismo privilegiado del sistema penal, y termina por detectar falácias y la imposibilidad de construcción de una realidad irreal del discurso jurídico-penal que pretende legitimar el sistema a través de sus construcciones
argumentativas. En el segundo capítulo se analizan los datos sociales reales de la tortura como pena,inicialmente haciendo consideraciones generales de sus moldes actuales y la búsqueda de los legados históricos que definen sus matices hodiernas, en la continuación analiza las características
de la tortura por los enfoques analíticos acerca de la ubicación, los agentes, las víctimas, los propósitos, los métodos. Termina con el análisis de una característica de la tortura hodierna que la acompaña en diferentes contextos: que es indecible. Estos recortes permiten ver la cara, en el tercer capítulo, del sistema penal subterráneo brasileiro, en lo que hay un preponderante papel de la policía y de sus acciones que violan los derechos humanos, la existencia de penas y sobrepenas ilícitas que constituyan delitos como la tortura y la aceptación social de violencia de los derechos humanos. Y finalmente habla-se del particular papel de legitimador deste escenario por el atual discurso de las
agencias de comunicación. El cuarto capítulo trata de la conceptuación de pena, fenómeno esencialmente complejo y del escenario agnóstico y negativo que permiten la compreensión de la existencia de sobrepenas ilícitas en la pena de prisión, busca también entender las causas del aumento considerable de presos en Brasil y entender las funciones del cárcel que explican esto boom penitenciário y finalmente llega a una espécie de diagnóstico de deslegitinación del sistema penal desde sus diversas agencias. Cómo sobrepena ilegal, ilícita del sistema revela su rostro violatorio de los derechos humanos (subterránea) y el funcionamiento de un estado policial en el Estado democrático de derecho. Lo que se traduce en la necesidad, por parte de los agentes ideológicos de este sistema en las universidades, de contestación ético y teórico y respuestas para contener la violencia del sistema penal debido a su ilegitimidad social y jurídica derivada de la cara violenta, ilegal, subterrânea. La respuesta de este estudio propone no que cese inmediatamente y totalmente
el sistema penal, pero medidas para disminuir el rostro violento deste sistema ilegal como la abolición de la prisión, el principal locus institucional de la violencia, de la tortura y otras formas de deterioro humano, la descriminalización de algunos delitos, la despenalización, o más bien, desencarcerizaçión de otros, la extinción de la policía militar, órgano por excelencia de la militarización y de las relaciones verticales entre las personas y de un gran índice de violencia destructora del sistema, además de un fuerte cambio en la concepción y entrenamientos de las otras fuerzas del orden, así como el cambio de La postura de las agencias de comunicación social e la criación de mecanismos de control social basado en la solidaridad horizontal en las relaciones sociales.
|
227 |
A privatização do sistema prisional brasileiro: ressocialização ou mercantilização na sociedade do espetáculo?Santos, Vanderlon Almeida 01 March 2018 (has links)
Submitted by Daniele Mendonça (daniele.mendonca@ucsal.br) on 2018-05-28T18:05:04Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTACAOVANDERLONSANTOS.pdf: 1352028 bytes, checksum: e8a87dca81a9ad4b1d0adbb4060e8229 (MD5) / Approved for entry into archive by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2018-05-28T18:24:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTACAOVANDERLONSANTOS.pdf: 1352028 bytes, checksum: e8a87dca81a9ad4b1d0adbb4060e8229 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-28T18:24:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTACAOVANDERLONSANTOS.pdf: 1352028 bytes, checksum: e8a87dca81a9ad4b1d0adbb4060e8229 (MD5)
Previous issue date: 2018-03-01 / A situação carcerária é uma das questões mais complexas da realidade social brasileira. O retrato do hiper encarceramento no atual estágio da crise nas instituições penitenciarias, expõe o dilema entre o reconhecimento da alteridade em conflito com o discurso da universalidade, tornando evidente a questão relativa à ressocialização, como finalidade da pena, tendo o propósito de reeducar o(a) preso(a). Erigida na linha de pesquisa “Estado, Desenvolvimento e Desigualdades Sociais” do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Políticas Sociais e Cidadania, esta dissertação é uma contribuição à crítica do processo de ressocialização no sistema prisional brasileiro, dissimulada por intermédio das propostas de privatização que apreendem a lógica de alocação da universalidade abstrata na forma mercadoria. A principal base para construção desta pesquisa é uma revisão crítica da literatura sobre o tema e suas idiossincrasias, destacando o viés inovador e pontual desta abordagem sob orientação da teoria do valor (fetiche e alienação), uma vez que a proposição-chave é compreender o fenômeno e promover uma provocação acerca das falácias que subsidiam a preocupação com os direitos humanos dos(as) presos(as). Verificou-se como resultado nesse estudo, o interesse do Estado em privatizar os presídios brasileiros, adotando o discurso de “baixo custo e alta segurança”, abrindo mão do controle “indisponível” constitucional em prol da iniciativa privada. Essa omissão reforça o paradoxo nos direitos humanos, a desvalorização do “sujeito”, a reincidência nos delitos, ou seja, a mercantilização do indivíduo preso, sendo evidente a alocação do capital das empresas frente à vida desumana no cárcere na sociedade do espetáculo. / The prison situation is one of the most complex issues in Brazilian social reality. The picture of hyper incarceration in the present stage of the crisis in penitentiary institutions exposes the dilemma between the recognition of alterity in conflict with the discourse of universality, making evident the question of resocialization, as a purpose of punishment, with the purpose of re-educating the a) prisoner. This dissertation is a contribution to the critique of the process of resocialization in the Brazilian prison system, disguised through the privatization proposals that apprehend the logic of allocation of abstract universality in the commodity form. The main basis for the construction of this research is a critical review of the literature on the topic and its idiosyncrasies, highlighting the innovative and timely bias of this approach under the orientation of value theory (fetish and alienation), since the key proposition is to understand the phenomenon and promote a provocation about the fallacies that subsidize the prisoners' human rights concern. The result of this study was the State's interest in privatizing Brazilian prisons, adopting the discourse of "low cost and high security", giving up the "unavailable" constitutional control in favor of private initiative. This omission reinforces the paradox in human rights, the devaluation of the "subject", the recidivism in the crimes, that is, the mercantilization of the imprisoned individual, being evident the allocation of the capital of the companies in front of the inhuman life in the prison in the society of the spectacle.
|
228 |
Representações sociais do trabalho carcerário feminino.Moki, Michelle Peixoto 31 March 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:25:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DissMPM.pdf: 896533 bytes, checksum: 35a53630d3466093b6841a2a9f70839b (MD5)
Previous issue date: 2005-03-31 / This dissertation: The social representations about the feminine prison labor aims at collecting and analysing the social representations the women who are prisoners (women inmates) and the ones who work at prison,
such as guards, teachers and principals of the Penitenciária Feminina da Capital (São Paulo SP) have about work. The work is considered by the prisoners as an opportunity to earn
money and at the same time as a brief scape from their reality. Besides, the prison labor has a variety of values which are associated to values expressed by the ones who are not at prison. Therefore the prison labor is conceived as something highly positive which gives the prisoners the citizenship passport. Even when the feminine prisoners do not agree with the work at prison, they are forced to work as the work is conceptualized as something which
might rescue the criminals, offering them the possibility of being reintegrated in society. / A Dissertação Representações Sociais do Trabalho Carcerário Feminino tem, como objeto principal, colher e analisar as representações sociais
atribuídas ao trabalho por mulheres encarceradas, guardas, mestras e diretoras da Penitenciária Feminina da Capital (São Paulo/SP). O trabalho representa para as presas uma oportunidade de ajuda financeira e fuga momentânea da realidade que estão inseridas. Além disso, o trabalho carcerário possui uma variedade de valores que são associados aos valores concebidos pela sociedade extramuro. Dessa forma, o trabalho dentro das
instituições carcerárias recebe um status positivo que confere a presa trabalhadora a possibilidade de um passaporte para a cidadania. Mesmo que não compactue com o trabalho carcerário, a mulher
encarcerada é obrigada a trabalhar. Porém, o ato de trabalhar dentro de uma prisão se sobrepõe a esse fato, pois perpassa na instituição a lógica de que é o trabalho o grande responsável pelo resgate do indivíduo delituoso ao convívio social.
|
229 |
Uma abordagem subjetivista da resistência dos executivos à mudança: análise de duas corporações americanasGarrido, Giovanna 09 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:53:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
GARRIDO_Giovanna_2015.pdf: 954986 bytes, checksum: 7313cbfff288d6b9c86fa357cc107b91 (MD5)
Previous issue date: 2015-03-09 / Financiadora de Estudos e Projetos / This study aims to discuss the Resistance to Change as a non rational phenomenon. Aiming to think about the theme by a different focus, the study looks for promoting a reflection about the executive's resistance to change, assigning a view to this individual as a complex subject and considering his subjectivity, unconsciousness and his psychic fragility as central elements for the study of the resistant behavior in the organizations. Based on bibliographic researches of exploratory feature, this study is established in a central idea that, basing in a subjective focus of the resistance phenomenon, is possible to consider the executives' resistant behavior as external reflexes of that is reproduced inside these subjects' psyche. The research that was done showed favorable arguments for this idea. Considering the way that the alienation of these subjects and the consequent occult meaning assigned to organization that they administer influence the way that they interpret the world, is possible to say that a big part of the assumed behavior as regards as the organizational change is resulted from internalized and repressed anxieties, ranging from annihilation fear to way of thinking that symbolizes their core identity. It is noteworthy that, in the search for concretization of this theoretical debate, were analyzed two big happenings of the history of two american organizations, AnheuserBusch and RJR Nabisco, translated in the works of Macintosh (2013) and of Burrough and Helyar (2009), respectively. The analysis and the interpretation of both cases enhance the discussion in favor to a practical content for the issues that were discussed in this study. Reached its aims, the research's results point to the fragility of the predominant approaches as regards as theme and promote openings paths for new researches that could be done via subjective analysis. / Este estudo visa discutir o tema da Resistência à Mudança como um fenômeno advindo do âmbito não racional. Objetivando refletir sobre o tema por meio de um enfoque diferenciado, busca-se promover uma reflexão acerca da Resistência do Executivo à Mudança, atribuindo um olhar a este indivíduo como um ser complexo e considerando a sua subjetividade, inconsciência e sua própria fragilidade psíquica como elementos centrais para o estudo do comportamento resistente nas organizações. Sustentando-se em pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, o presente estudo se estabelece em uma ideia central de que, partindo de um enfoque subjetivista do fenômeno da resistência, é possível considerar o comportamento resistente dos executivos como reflexo externo daquilo que é reproduzido na psique destes indivíduos. A pesquisa realizada mostrou indícios favoráveis a esta ideia. Considerando a forma como a alienação destes indivíduos e o consequente significado oculto atribuído à organização que gerem influenciam o modo como eles interpretam o mundo, pode-se afirmar que grande parte do comportamento que assumem frente à mudança organizacional é resultante de angústias interiorizadas e reprimidas, que vão desde o medo da aniquilação até modos de pensar que simbolizam o seu núcleo identitário. Vale enfatizar que, na busca pela concretização deste debate teórico, foram analisados dois grandes acontecimentos da história de duas organizações americanas, a Anheuser-Busch e a RJR Nabisco, transcritos nas obras de Macintosh (2013) e de Burrough e Helyar (2009), respectivamente. A análise e a interpretação de ambos os casos aprimoram a discussão em favorecimento a um teor prático àquilo que é discutido neste estudo. Uma vez alcançado o que propôs, os resultados da pesquisa apontam para a fragilidade das abordagens predominantes acerca do tema e promovem a abertura de caminhos para novos estudos que poderão ser realizados a partir de vieses subjetivistas de análise.
|
230 |
Entre muros, celas e sombras: história oral de mulheres trabalhadoras de uma instituição prisionalSoares , Camila Carla Dantas 24 April 2017 (has links)
Submitted by Fernando Souza (fernandoafsou@gmail.com) on 2017-09-08T14:02:35Z
No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2141186 bytes, checksum: 00d11d5dfde9704044ecaf5cadd7cb80 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-08T14:02:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2141186 bytes, checksum: 00d11d5dfde9704044ecaf5cadd7cb80 (MD5)
Previous issue date: 2017-04-24 / It is a qualitative research that used the technique of Oral Thematic History. The present study had as main objective: to know the history of penitentiary security agents of a female prison institution. The research was conducted at the Maria Júlia Maranhão Reeducation Center, located in the city of João Pessoa. The empirical material was produced from the interview with ten collaborators, the results of this material were discussed based on the vital tones of the narratives, which subsidized the construction of three thematic axes, as follows respectively: Motivations: Financial benefits, job stability and flexibility In the work scale; Penitentiary security agent: a mixture of feelings added to prejudice and lack of recognition; The price of being a penitentiary security agent: repercussions on the life and health of these women. These axes stimulated the discussion based on the comparison between the findings obtained through the interviews and the pertinent literature. This research respected the ethical and legal aspects that regulate Resolution 466/12 of the National Health Council, as well as of Resolution 311/2007 that deals with the ethics of nurses in scientific research. Being approved on 07/21/2016, under the CAAE: 56468016.7.0000.5188. The stories of the women workers revealed that the main motivations that led these women to the profession of penitentiary security were: financial benefits, job stability and flexibility in the work scale. They also revealed that they experience a mixture of feelings, among them fear, conflict of values, dissatisfaction and revolt related to prejudice and lack of recognition. It was also possible to perceive how this work activity can bring moments of "pleasure", but mainly of pain and suffering. For employees, although it is a profession of risk that affects the health of professionals, it also offers opportunities for learning and reflection on how to value more life and their families. / Se trata de una investigación de enfoque cualitativo que utilizó la técnica de la Historia Oral Temática. El presente estudio tuvo como objetivo principal: conocer la historia de agentes de seguridad penitenciaria de una institución penitenciaria femenina. La investigación se realizó en el Centro de Reeducación Maria Júlia Maranhão, ubicado en la ciudad de João Pessoa. El material empírico fue producido a partir de la entrevista con diez colaboradoras, los resultados de ese material se discutieron sobre la base de los tonos vitales de las narrativas, que subsidiaron la construcción de tres ejes temáticos, según sigue: Motivos: Beneficios financieros, estabilidad en el empleo y flexibilidad En la escala de trabajo; Agente de seguridad penitenciaria: una mezcla de sentimientos sumados al prejuicio y la falta de reconocimiento; El precio de ser agente de seguridad penitenciaria: repercusiones en la vida y la salud de esas mujeres. Estos ejes fomentaron la discusión sobre la base de la confrontación entre los hallazgos obtenidos a través de las entrevistas y la literatura pertinente. Esta investigación respetó los aspectos éticos y legales que regulan la Resolución 466/12 del Consejo Nacional de Salud, así como de la Resolución 311/2007 que trata de la ética de enfermeros en las investigaciones científicas. Al ser aprobada el día 21/07/2016, bajo la CAAE: 56468016.7.0000.5188. Las historias de las colaboradoras revelaron que las principales motivaciones que llevaron a esas mujeres a la profesión de agente de seguridad penitenciaria fueron: beneficios financieros, estabilidad en el empleo y flexibilidad en la escala de trabajo. También revelaron que vivían una mezcla de sentimientos, entre ellos el miedo, el conflicto de valores, la insatisfacción y la revuelta relacionados con el prejuicio y la falta de reconocimiento. También fue posible percibir cómo esa actividad laboral puede traer momentos de "placer", pero principalmente de dolor y sufrimiento. Para las colaboradoras, a pesar de tratarse de una profesión de riesgo que repercute en la salud de los profesionales, ella también ofrece oportunidades de aprendizaje y reflexión sobre cómo valorar más la vida y sus familiares. / Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa que utilizou a técnica da História Oral Temática. O presente estudo teve como objetivo principal: conhecer a história de agentes de segurança penitenciária de uma instituição prisional feminina. A pesquisa foi realizada no Centro de Reeducação Maria Júlia Maranhão, localizado na cidade de João Pessoa. O material empírico foi produzido a partir da entrevista com dez colaboradoras, os resultados desse material foram discutidos com base nos tons vitais das narrativas, que subsidiaram a construção de três eixos temáticos, conforme segue respectivamente: Motivações: Benefícios financeiros, estabilidade no emprego e flexibilidade na escala de trabalho; Agente de segurança penitenciária: uma mistura de sentimentos somados ao preconceito e à falta de reconhecimento; O preço de ser agente de segurança penitenciária: repercussões na vida e na saúde dessas mulheres. Tais eixos fomentaram a discussão com base no confronto entre os achados obtidos através das entrevistas e a literatura pertinente. Esta pesquisa respeitou os aspectos éticos e legais que regulamentam a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, como também da Resolução 311/2007 que trata da ética de enfermeiros nas pesquisas científicas. Sendo aprovada no dia 21/07/2016, sob a CAAE: 56468016.7.0000.5188. As histórias das colaboradoras revelaram que as principais motivações que levaram essas mulheres à profissão de agente de segurança penitenciária foram: benefícios financeiros, estabilidade no emprego e flexibilidade na escala de trabalho. Revelaram ainda que elas vivenciam uma mistura de sentimentos, entre eles o medo, conflito de valores, insatisfação e revolta ligados ao preconceito e à falta de reconhecimento. Também foi possível perceber como essa atividade laboral pode trazer momentos de “prazer”, mas principalmente de dor e sofrimento. Para as colaboradoras, apesar de tratar-se de uma profissão de risco que repercute na saúde dos profissionais, ela também oferece oportunidades de aprendizado e reflexão sobre como valorizar mais a vida e seus familiares.
|
Page generated in 0.0365 seconds