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La Rosa en la Cruz del presenteVergara Letelier, Francisco Alberto January 2014 (has links)
Memoria (licenciado en ciencias jurídicas y sociales) / Esta tesis presenta el lenguaje propio de la ética del bien poder; luego analiza algunos conceptos fundamentales del sistema filosófico hegeliano que resultan provechosos para el pluralismo valorativo como antecedentes teóricos: racionalidad, concepto, existencia, realidad, Espíritu, negatividad, autoconciencia, sustancia ética, instituciones, alienación, voluntad, derecho abstracto, conciencia individual, moralidad, vida ética, familia, sociedad civil y Estado
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Perspectivísmo e verdade em Nietzsche. Da apropriação de Kant ao confronto com o relativismo / Perspectivism and truth in Nietzsche. From the appropriation of Kant to the confrontation with relativismLima, Márcio José Silveira 02 July 2010 (has links)
Esta tese de doutorado estuda o perspectivismo na obra de Nietzsche, bem como o confronto com a verdade que ele representa. Para tanto, procuramos mostrar que esse confronto atravessa toda a obra de Nietzsche, pois já os seus escritos iniciais investigam as condições para o surgimento da crença na verdade, além dos interesses a que ela atendia. Expondo que Nietzsche, apropriando-se do legado crítico de Kant em suas primeiras obras, ensaia uma destruição completa da verdade, pretendemos demonstrar que ele falha em seus objetivos porque a radicalidade de seus argumentos destruiria os próprios pressupostos em que estão baseados, ou seja, os do idealismo transcendental kantiano. Nesse momento em que circunscrevemos nossa análise aos escritos inicias, tentamos demonstrar que Nietzsche limita-se a refutar a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas falha ao querer ampliar esse refutação além desses limites. Por isso, analisando a maneira pela qual o combate à verdade se posiciona a partir dos escritos da década de 80, defendemos que neles o perspectivismo se torna decisivo para os problemas enfrentados inicialmente por Nietzsche. Interpretando o perspectivismo como um fenomenalismo da consciência e um interpretacionismo, investigamos, no decorrer deste trabalho, a forma pela qual Nietzsche re-elabora a crítica à verdade em seus escritos tardios. Considerando essa crítica ainda a partir da apropriação de Kant, buscamos demonstrar que ela atinge os fins perseguidos por Nietzsche sem, contudo, ficar preso aos impasses das primeiras 5 obras. Isso implica mostrar que Nietzsche vai recusar não apenas a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas também a concepção moderna de verdade como certeza e fundamento para o conhecimento. Eis por que Nietzsche alveja a noção cartesiana do eu penso como a primeira verdade, assim como a concepção kantiana de verdade expressa nos juízos lógicos. Sustentamos, assim, que o fenomenalismo da consciência refuta a noção de unidade, pressuposto fundamental às filosofias cartesiana e kantiana. Em seguida, analisamos como Nietzsche, apropriando-se da ideia kantiana de princípios regulativos, afirma que todas as visões com que avaliamos o mundo são ficções, erros, ótica-de-perspectivas da vida com valor regulativo para a existência. Defendemos, por fim, que embora se posicione radicalmente contra a verdade a partir da luta de interpretações, o perspectivismo não se torna um relativismo, na medida em que se liga à teoria da vontade de potência, a qual é o critério para avaliar as perspectivas e ela mesma apresentada como interpretação. / This Doctoral Thesis studies perspectivism on the work of Nietzsche, as well as the confrontation with the truth it represents. In order to do so, we try to show that this confrontation pervades Nietzsche\'s work, as his former writings investigate the conditions for the emergence of the belief in the truth, beyond the interests to which it served. By expounding that Nietzsche, borrowing Kant\'s critical legacy in his early works, starts out a complete destruction of truth, we intend to demonstrate that he fails in his objectives. This occurs because the radicalism of his arguments would destroy the very foundations which they are based upon, that is, Kantian transcendental idealism. At the moment we circumscribe our analysis to the early writings, we intend to demonstrate that Nietzsche limits himself to refuting the notion of truth as an adequacy to the thing-in-itself, but fails to widen this refutation beyond these limits. Therefore, we analyze the means of the fight against the truth, as presented in his writings from the 80`s. We defend that, in these writings, perspectivism becomes decisive in relation to the problems formerly faced by Nietzsche. By interpreting perspectivism as a phenomenalism of the conscience and interpretationism, we investigate the means by which Nietzsche re-elaborates the critique of truth in his late writings. Through the understanding of this critique as an appropriation of Kant\'s ideas, we try to demonstrate that it reaches the goals set by Nietzsche. Therefore it bypasses the impasses of his early work. This is to show that Nietzsche declines not only the notion of truth as adequacy to the thing-in-itself, but also the modern concept of truth as certainty and foundation of knowledge. That is 7 why Nietzsche aims at the Cartesian notion of \"I think\" as the first truth, as well as the Kantian conception of truth as expressed in logical judgments. Therefore, we sustain that phenomenalism of the conscience refutes the notion of unity, fundamental presupposition to Cartesian and Kantian philosophies. Additionally, we analyze the way Nietzsche, appropriating the Kantian idea of regulative principles, asserts that every vision we take to evaluate the world is fiction, a mistake, a perspectives-optic of life with a regulative value to existence. We defend, finally, that, even perspectivism radically stands against the truth - understood as strife of interpretations. It does not become relativism, since it is connected to the Theory of the Will to Power, which is the criterion to evaluate perspectives and which is itself presented as interpretation.
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LIBERDADE E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM ANÁPOLIS: Construção da Harmonia na Pluralidade / SOUZA FILHO, Oscar Vasconcelos de. Freedom and Religious Diversity in Anápolis: Construction of the Harmony in the Plurality. Dissertation (Master s degree). UCG, Goiânia, 2006. 132 p.Souza Filho, Oscar Vasconcelos de 22 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-22 / This dissertation is the result of a study, in the municipality of Anápolis, in the current
context of Religious Education in a pluralistic world. Proposes an alternative process
in leading people to maturity in open criticism, in a process which leads to learning
more pleasurable. The starting point is the ecumenical attitude with the corner stone
of the constitutional construction of religious freedom and Religious Education, which
is a mere consequence of religious freedom. The work concludes that the nonproselytism
promotes a civilization through social harmony. / Esta dissertação é o resultado de estudo, no município de Anápolis, no atual contexto
do Ensino Religioso num mundo cada vez mais pluralista. Propõe como alternativa
o processo de levar pessoas a uma maturidade dentro de uma abertura crítica,
num processo que torne o aprendizado mais prazeroso possível. O ponto de partida
é a atitude ecumênica como pedra fundamental da construção constitucional da liberdade
religiosa e do Ensino Religioso, o qual é uma mera conseqüência da liberdade
religiosa. O trabalho conclui que o não-proselitismo promove a civilização através
da harmonia social.
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A travessia do nada na Filosofia da Religião de Franz RosenzweigBueno, José Luiz 04 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis researches how Franz Rosenzweig, the German Jewish philosopher and
theologian, faces the challenges of relativism and nihilism. The works of Rosenzweig are
the object of this research, especially his most important book, The Star of Redemption,
along with the text named The New Thinking, whose aim was to serve as a preface to the
main book and to clarify its meaning and content. Our hypothesis is that Rosenzweig´s
philosophy makes itself able to face those challenges only when it assumes some
categories from the traditional Jewish thinking when he makes his return to Judaism, and
combines it with the existential and pragmatic sort of philosophy that he elaborates. He
calls his own way of producing his philosophy as his Jewish method . This method
presupposes a kind of thinking completely immersed in contingency and temporality,
acknowledging the insufficiency and lack of ontological autonomy to man and also to the
world and an existential attitude of walking alongside God. It also implies that one
assimilates the language of Jewish tradition which will function as the means of expression
of his philosophy. So, we will research Rosenzweig´s two main texts along with some
supporting texts, among them some articles as well as some letters, where we can find
some clarification about elements that he used to build his system of philosophy which
make him able to face relativism and nihilism, and also to come up with his own form of
rationality and existential attitudes. The use of traditional Jewish categories of thinking
along with elements of existential and pragmatic philosophy will allow him to change the
concept of nothing into a creative category and a point of departure to his own thinking.
The nothing will never be a halt or an end point. Those characteristics will bestow the
singularity and power of Rosenzweig´s work / Esta tese estuda o enfrentamento ao relativismo e ao niilismo empreendido pelo
filósofo e teólogo judeu alemão Franz Rosenzweig. Para isso, nosso objeto de estudo é a
obra de Rosenzweig, particularmente seu livro mais importante, A Estrela da Redenção,
juntamente com o texto O Novo Pensamento, escrito posteriormente pelo filósofo para
servir como prefácio ao seu livro principal, visando esclarecer seu conteúdo e sua
estrutura. Nossa hipótese é de que o pensamento de Rosenzweig se torna apto a enfrentar
aqueles desafios na medida em que assimila categorias do pensamento judaico tradicional,
que o autor assume a partir de seu retorno ao judaísmo, e as concilia com a filosofia de
cunho existencial e pragmático que ele elabora. A forma de produzir este seu sistema de
filosofia, que o pensador chama de novo pensamento, é definida por ele mesmo como o seu
método judaico. Este método implica adotar um pensamento mergulhado na contingência e
na temporalidade, assumindo a insuficiência e não-autonomia ontológica tanto do homem
quanto do mundo. Também significa uma atitude existencial que assume que se caminha
sempre ao lado de Deus. Implica, ainda, assimilar a linguagem da tradição judaica que será
o meio de expressão de seu pensamento. Assim, investigaremos os dois textos principais
de Rosenzweig com o auxílio de outros textos importantes, produzidos na forma de artigos
e de cartas, nos quais se pode encontrar os elementos constituintes de seu pensamento e
que revelam os seus recursos racionais e existenciais para enfrentar o relativismo e o
niilismo e para propor sua própria perspectiva para a racionalidade assim como para a
existência. A assimilação de categorias judaicas bem como de elementos da filosofia
existencial e pragmática permitirão ao autor tornar o nada uma categoria criativa e um
ponto de partida de seu sistema de pensamento, jamais um fim ou uma chegada. Estas
características conferirão singularidade e potência à obra de Franz Rosenzweig
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A história em disputa : sofística, linguagem e historiografia : uma análise dos discursos escandalizados com o narrativismo de Hayden White na historiografia contemporâneaMoreira, Veridiano Koeffender January 2016 (has links)
Nas últimas décadas, assistimos a uma verdadeira reabilitação da autoconsciência retórica – com Hayden White no papel de arauto – no âmbito da historiografia. Contudo, embora o trabalho de White tenha se mostrado para muitos – entre os quais me incluo – como uma tentativa de ―avanço‖ em nossa autoconsciência, ele foi, paradoxalmente, muitas vezes visto e apresentado em discursos escandalizados como sinônimo de ―retrocesso‖ e ―obscurantismo‖. Persuadido do contrário – de que o ―ceticismo‖ de White não é um mal – prejudicial, contraproducente ou pernicioso ao nosso ofício –, eu analiso críticas desferidas ao dito ―relativismo linguístico‖. Tendo em vista a controvérsia filosófica da linguagem como portadora de referencialidade ocorrida entre a primeira sofística e Platão no Mundo Antigo, demonstro como as censuras de Carlo Ginzburg – o mais virulento de seus críticos – buscaram fundamento na argumentação platônico-aristotélica contra o relativismo da primeira sofística. Reapresento também argumentos de outros historiadores escandalizados com o trabalho de White para evidenciar que um tópos comum na argumentação desses críticos constitui-se como platonismo: a noção de que o ―narrativismo‖ conduz ao dilema teórico da impossibilidade de dizer o falso, tese atribuída por Platão à primeira sofística, para quem os múltiplos discursos arruinariam a própria noção de verdade. Paralelamente, a fim de demonstrar que esse dilema existe apenas no horizonte platônico (que compartimenta verdade e ficção em dois blocos distintos e separados), reavalio a relação entre história, verdade e ficção. Por fim, e considerando a linguagem como um elemento inexpugnável do discurso nas ciências humanas, defendo as perspectivas de White e da primeira sofística contra o voo platônico de superação da nossa inevitável condição humana. / In the last decades, we have witnessed a true rehabilitation of rhetorical self-conscience – with Hayden White in the Herald paper – in the context of historiography. However, while White's work has been shown for many – including myself – as an attempt to ―advance‖ in our self-consciousness, he was, paradoxically, often seen and presented in scandalized discourses as a synonym for ―setback‖ and ―obscurantism‖. Persuaded otherwise – that the White‘s ―skepticism‖ is not an evil – harmful, counterproductive or pernicious to our craft – i analyze the criticisms triggered to the so-called ―linguistic relativism.‖ Considering the philosophical controversy of language as ―carrier of referentiality‖ occurred between the first sophistic and Plato in the Ancient World, I demonstrate how the reproaches of Carlo Ginzburg – the most virulent of his critics – sought essentials in the platonic-aristotelian arguments against the relativist of the first sophistry. I evaluate as well arguments of other scandalized historians with White's work to show that a common topos in the argument of these critics constitutes itself as Platonism: the notion that the ―narrativism‖ leads to the theoretical dilemma of the impossibility of say the false, argument given by Plato to first sophistic, and to whom the multiple discourses would undermine the very notion of truth. In parallel, in order to demonstrate that this dilemma exists only in the platonic horizon (which compartmentalize truth and fiction in two distinct and separate blocks), i evaluate again the relation between history, truth and fiction. Finally, and considering the language as an inexpugnable element of discourse in the human sciences, I advocate the prospects of White and the first sophistic against platonic flight overcoming our inevitable human condition.
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A história em disputa : sofística, linguagem e historiografia : uma análise dos discursos escandalizados com o narrativismo de Hayden White na historiografia contemporâneaMoreira, Veridiano Koeffender January 2016 (has links)
Nas últimas décadas, assistimos a uma verdadeira reabilitação da autoconsciência retórica – com Hayden White no papel de arauto – no âmbito da historiografia. Contudo, embora o trabalho de White tenha se mostrado para muitos – entre os quais me incluo – como uma tentativa de ―avanço‖ em nossa autoconsciência, ele foi, paradoxalmente, muitas vezes visto e apresentado em discursos escandalizados como sinônimo de ―retrocesso‖ e ―obscurantismo‖. Persuadido do contrário – de que o ―ceticismo‖ de White não é um mal – prejudicial, contraproducente ou pernicioso ao nosso ofício –, eu analiso críticas desferidas ao dito ―relativismo linguístico‖. Tendo em vista a controvérsia filosófica da linguagem como portadora de referencialidade ocorrida entre a primeira sofística e Platão no Mundo Antigo, demonstro como as censuras de Carlo Ginzburg – o mais virulento de seus críticos – buscaram fundamento na argumentação platônico-aristotélica contra o relativismo da primeira sofística. Reapresento também argumentos de outros historiadores escandalizados com o trabalho de White para evidenciar que um tópos comum na argumentação desses críticos constitui-se como platonismo: a noção de que o ―narrativismo‖ conduz ao dilema teórico da impossibilidade de dizer o falso, tese atribuída por Platão à primeira sofística, para quem os múltiplos discursos arruinariam a própria noção de verdade. Paralelamente, a fim de demonstrar que esse dilema existe apenas no horizonte platônico (que compartimenta verdade e ficção em dois blocos distintos e separados), reavalio a relação entre história, verdade e ficção. Por fim, e considerando a linguagem como um elemento inexpugnável do discurso nas ciências humanas, defendo as perspectivas de White e da primeira sofística contra o voo platônico de superação da nossa inevitável condição humana. / In the last decades, we have witnessed a true rehabilitation of rhetorical self-conscience – with Hayden White in the Herald paper – in the context of historiography. However, while White's work has been shown for many – including myself – as an attempt to ―advance‖ in our self-consciousness, he was, paradoxically, often seen and presented in scandalized discourses as a synonym for ―setback‖ and ―obscurantism‖. Persuaded otherwise – that the White‘s ―skepticism‖ is not an evil – harmful, counterproductive or pernicious to our craft – i analyze the criticisms triggered to the so-called ―linguistic relativism.‖ Considering the philosophical controversy of language as ―carrier of referentiality‖ occurred between the first sophistic and Plato in the Ancient World, I demonstrate how the reproaches of Carlo Ginzburg – the most virulent of his critics – sought essentials in the platonic-aristotelian arguments against the relativist of the first sophistry. I evaluate as well arguments of other scandalized historians with White's work to show that a common topos in the argument of these critics constitutes itself as Platonism: the notion that the ―narrativism‖ leads to the theoretical dilemma of the impossibility of say the false, argument given by Plato to first sophistic, and to whom the multiple discourses would undermine the very notion of truth. In parallel, in order to demonstrate that this dilemma exists only in the platonic horizon (which compartmentalize truth and fiction in two distinct and separate blocks), i evaluate again the relation between history, truth and fiction. Finally, and considering the language as an inexpugnable element of discourse in the human sciences, I advocate the prospects of White and the first sophistic against platonic flight overcoming our inevitable human condition.
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A história em disputa : sofística, linguagem e historiografia : uma análise dos discursos escandalizados com o narrativismo de Hayden White na historiografia contemporâneaMoreira, Veridiano Koeffender January 2016 (has links)
Nas últimas décadas, assistimos a uma verdadeira reabilitação da autoconsciência retórica – com Hayden White no papel de arauto – no âmbito da historiografia. Contudo, embora o trabalho de White tenha se mostrado para muitos – entre os quais me incluo – como uma tentativa de ―avanço‖ em nossa autoconsciência, ele foi, paradoxalmente, muitas vezes visto e apresentado em discursos escandalizados como sinônimo de ―retrocesso‖ e ―obscurantismo‖. Persuadido do contrário – de que o ―ceticismo‖ de White não é um mal – prejudicial, contraproducente ou pernicioso ao nosso ofício –, eu analiso críticas desferidas ao dito ―relativismo linguístico‖. Tendo em vista a controvérsia filosófica da linguagem como portadora de referencialidade ocorrida entre a primeira sofística e Platão no Mundo Antigo, demonstro como as censuras de Carlo Ginzburg – o mais virulento de seus críticos – buscaram fundamento na argumentação platônico-aristotélica contra o relativismo da primeira sofística. Reapresento também argumentos de outros historiadores escandalizados com o trabalho de White para evidenciar que um tópos comum na argumentação desses críticos constitui-se como platonismo: a noção de que o ―narrativismo‖ conduz ao dilema teórico da impossibilidade de dizer o falso, tese atribuída por Platão à primeira sofística, para quem os múltiplos discursos arruinariam a própria noção de verdade. Paralelamente, a fim de demonstrar que esse dilema existe apenas no horizonte platônico (que compartimenta verdade e ficção em dois blocos distintos e separados), reavalio a relação entre história, verdade e ficção. Por fim, e considerando a linguagem como um elemento inexpugnável do discurso nas ciências humanas, defendo as perspectivas de White e da primeira sofística contra o voo platônico de superação da nossa inevitável condição humana. / In the last decades, we have witnessed a true rehabilitation of rhetorical self-conscience – with Hayden White in the Herald paper – in the context of historiography. However, while White's work has been shown for many – including myself – as an attempt to ―advance‖ in our self-consciousness, he was, paradoxically, often seen and presented in scandalized discourses as a synonym for ―setback‖ and ―obscurantism‖. Persuaded otherwise – that the White‘s ―skepticism‖ is not an evil – harmful, counterproductive or pernicious to our craft – i analyze the criticisms triggered to the so-called ―linguistic relativism.‖ Considering the philosophical controversy of language as ―carrier of referentiality‖ occurred between the first sophistic and Plato in the Ancient World, I demonstrate how the reproaches of Carlo Ginzburg – the most virulent of his critics – sought essentials in the platonic-aristotelian arguments against the relativist of the first sophistry. I evaluate as well arguments of other scandalized historians with White's work to show that a common topos in the argument of these critics constitutes itself as Platonism: the notion that the ―narrativism‖ leads to the theoretical dilemma of the impossibility of say the false, argument given by Plato to first sophistic, and to whom the multiple discourses would undermine the very notion of truth. In parallel, in order to demonstrate that this dilemma exists only in the platonic horizon (which compartmentalize truth and fiction in two distinct and separate blocks), i evaluate again the relation between history, truth and fiction. Finally, and considering the language as an inexpugnable element of discourse in the human sciences, I advocate the prospects of White and the first sophistic against platonic flight overcoming our inevitable human condition.
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Perspectivísmo e verdade em Nietzsche. Da apropriação de Kant ao confronto com o relativismo / Perspectivism and truth in Nietzsche. From the appropriation of Kant to the confrontation with relativismMárcio José Silveira Lima 02 July 2010 (has links)
Esta tese de doutorado estuda o perspectivismo na obra de Nietzsche, bem como o confronto com a verdade que ele representa. Para tanto, procuramos mostrar que esse confronto atravessa toda a obra de Nietzsche, pois já os seus escritos iniciais investigam as condições para o surgimento da crença na verdade, além dos interesses a que ela atendia. Expondo que Nietzsche, apropriando-se do legado crítico de Kant em suas primeiras obras, ensaia uma destruição completa da verdade, pretendemos demonstrar que ele falha em seus objetivos porque a radicalidade de seus argumentos destruiria os próprios pressupostos em que estão baseados, ou seja, os do idealismo transcendental kantiano. Nesse momento em que circunscrevemos nossa análise aos escritos inicias, tentamos demonstrar que Nietzsche limita-se a refutar a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas falha ao querer ampliar esse refutação além desses limites. Por isso, analisando a maneira pela qual o combate à verdade se posiciona a partir dos escritos da década de 80, defendemos que neles o perspectivismo se torna decisivo para os problemas enfrentados inicialmente por Nietzsche. Interpretando o perspectivismo como um fenomenalismo da consciência e um interpretacionismo, investigamos, no decorrer deste trabalho, a forma pela qual Nietzsche re-elabora a crítica à verdade em seus escritos tardios. Considerando essa crítica ainda a partir da apropriação de Kant, buscamos demonstrar que ela atinge os fins perseguidos por Nietzsche sem, contudo, ficar preso aos impasses das primeiras 5 obras. Isso implica mostrar que Nietzsche vai recusar não apenas a noção de verdade como adequação com a coisa-em-si, mas também a concepção moderna de verdade como certeza e fundamento para o conhecimento. Eis por que Nietzsche alveja a noção cartesiana do eu penso como a primeira verdade, assim como a concepção kantiana de verdade expressa nos juízos lógicos. Sustentamos, assim, que o fenomenalismo da consciência refuta a noção de unidade, pressuposto fundamental às filosofias cartesiana e kantiana. Em seguida, analisamos como Nietzsche, apropriando-se da ideia kantiana de princípios regulativos, afirma que todas as visões com que avaliamos o mundo são ficções, erros, ótica-de-perspectivas da vida com valor regulativo para a existência. Defendemos, por fim, que embora se posicione radicalmente contra a verdade a partir da luta de interpretações, o perspectivismo não se torna um relativismo, na medida em que se liga à teoria da vontade de potência, a qual é o critério para avaliar as perspectivas e ela mesma apresentada como interpretação. / This Doctoral Thesis studies perspectivism on the work of Nietzsche, as well as the confrontation with the truth it represents. In order to do so, we try to show that this confrontation pervades Nietzsche\'s work, as his former writings investigate the conditions for the emergence of the belief in the truth, beyond the interests to which it served. By expounding that Nietzsche, borrowing Kant\'s critical legacy in his early works, starts out a complete destruction of truth, we intend to demonstrate that he fails in his objectives. This occurs because the radicalism of his arguments would destroy the very foundations which they are based upon, that is, Kantian transcendental idealism. At the moment we circumscribe our analysis to the early writings, we intend to demonstrate that Nietzsche limits himself to refuting the notion of truth as an adequacy to the thing-in-itself, but fails to widen this refutation beyond these limits. Therefore, we analyze the means of the fight against the truth, as presented in his writings from the 80`s. We defend that, in these writings, perspectivism becomes decisive in relation to the problems formerly faced by Nietzsche. By interpreting perspectivism as a phenomenalism of the conscience and interpretationism, we investigate the means by which Nietzsche re-elaborates the critique of truth in his late writings. Through the understanding of this critique as an appropriation of Kant\'s ideas, we try to demonstrate that it reaches the goals set by Nietzsche. Therefore it bypasses the impasses of his early work. This is to show that Nietzsche declines not only the notion of truth as adequacy to the thing-in-itself, but also the modern concept of truth as certainty and foundation of knowledge. That is 7 why Nietzsche aims at the Cartesian notion of \"I think\" as the first truth, as well as the Kantian conception of truth as expressed in logical judgments. Therefore, we sustain that phenomenalism of the conscience refutes the notion of unity, fundamental presupposition to Cartesian and Kantian philosophies. Additionally, we analyze the way Nietzsche, appropriating the Kantian idea of regulative principles, asserts that every vision we take to evaluate the world is fiction, a mistake, a perspectives-optic of life with a regulative value to existence. We defend, finally, that, even perspectivism radically stands against the truth - understood as strife of interpretations. It does not become relativism, since it is connected to the Theory of the Will to Power, which is the criterion to evaluate perspectives and which is itself presented as interpretation.
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Kant e Wittgenstein sobre a necessidade da universalização da moralMacagnan, Geraldo 03 July 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-07-03 / Some questions about morality inside the society will be studied in this paper. The objective here is to show the most important elements about Kantiniana s doctrine and inquiring the doctrine suffer and showing the Wittgenstein s position. Kant shows his doctrine based on the duty. The duty in doing it but not do it together the law, because in this way we would be in the illegality, but it is an obligation that can lead me act independently of my subjective desire, moved only by tendencies. The difference between act by duty and act by morality in legality is act by duty establishing a possibility of universalization in the moral aspect. Doing a balance with this statement I d like to introduce Wittgenstein where he shows his point of view against Katiana s view, saying if we act by duty, the moral rules will be based in punishment and awards, so our moral action will be a negotiation to get something in return. Going besides Kantiana and Wittgensteniana we try to find a relation between traditions and new developments about moral Standards, having in mind the situation faced nowadays in our world, where we studied two new ways to interpret the morality starting in the subject, the emotivism and the relativism. In the relativism we can find the pronouncement that an ethic analysis can t be right or wrong, so we can t say that something is true or false. In the other hand, in the emotivism the rightful or falsity doesn t depend the reasons that support it, but in the subjective wish or the cultural tradition that aggregate on it. The understanding about rationality brings the debate and argument inside the morality s Standards which is a necessity of clarifying. Through the concepts we performed an analysis and we understood its relation and the possibility in a right society and the development in moral standards that overcome some philosophic ideologies that only study the subjective beginning of a moral action. / Alguns dos atuais questionamentos sobre a moralidade na sociedade são estudados nesta Dissertação. O objetivo é apresentar os principais elementos da doutrina moral kantiana bem como os questionamentos que ela sofre, destacando a posição de Wittgenstein. Kant apresenta sua doutrina moral baseada no dever. Dever de realizá-la, não em conformidade com a lei, pois desta forma estaríamos no legalismo, mas por um dever que nos leva a agir independente de nossas vontades subjetivas, movidas apenas por inclinações. A distinção entre agir por dever e em conformidade com o dever, é a grande distinção entre a moralidade e a legalidade. Agir por dever estabelece a possibilidade da universalização no aspecto moral. Contrapondo a esta afirmativa, apresenta-se Wittgenstein que contesta tal afirmativa kantiana, afirmando que, se agíssemos por dever, as regras morais estariam baseadas em princípios de punição ou prêmios, portanto nossa ação moral seria sempre condicionada para que recebêssemos algo em troca. Superando as propostas tanto kantiana, quanto wittgensteniana buscamos a relação entre as tradições e o desenvolvimento de novos padrões morais, tendo presente às situações do mundo contemporâneo, onde estudamos duas novas formas de interpretar a moralidade a partir do sujeito: o emotivismo e o relativismo. No relativismo encontramos a afirmação segundo a qual um juízo ético não pode ser verdadeiro ou falso, desta forma não se pode afirmar que algo é correto ou incorreto. Já no emotivismo a sua verdade ou falsidade não depende das razões que o sustentam, mas sim do estado de ânimo subjetivo ou dos costumes culturais que a contextualizam. A compreensão da racionalidade nas tradições favorece para a discussão e argumentação dos padrões de moralidade, o que se torna necessário de esclarecimento. Através dos conceitos analisados, pode-se compreender sua relação com a possibilidade de uma sociedade justa e o desenvolvimento de padrões morais que superem determinadas correntes filosóficas que observam apenas o princípio subjetivo da ação moral.
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Pensamento político moderno e fundamentos dos direitos humanos: perspectivas para o século XXIVeiga, Marcelo 10 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-10 / The present work aims to approach the concepts of human rights and dignity human
being from the conception of modern politics. It presents a synthesis of the evolution of the
modern thought as for the establishment of the concepts of individual, society and State,
basic for the definition of the contours and limits of the human rights seen as universal.
After that, exposes the debate concerning the tension produced for the positions that
defend the universalism and the cultural relativism, in face of a paradox that demonstrates
the affirmation of fundamental rights and, at the same time, its constant disrespect.
As alternative for the overcoming of the tension and the paradox, it presents the
contributions of Boaventura de Sousa Santos sociologist, who suggests the adoption of a
new paradigm supported for the possibility of construction of an intercultural dialogue and
for the concepts of emancipation politics and diatopic hermeneusm. / O presente trabalho visa abordar os conceitos de direitos humanos e dignidade
humana a partir da concepção política moderna. Apresenta uma síntese da evolução do
pensamento moderno no que se refere ao estabelecimento dos conceitos de indivíduo, de
sociedade e de Estado, fundamentais para a definição dos contornos e limites dos direitos
humanos vistos como universais.
Em seguida, expõe o debate acerca da tensão produzida pelas posições que
defendem o universalismo e o relativismo cultural, em face de um paradoxo que explicita a
afirmação dos direitos fundamentais e, ao mesmo tempo, o seu constante desrespeito.
Como alternativa para a superação da tensão e do paradoxo, apresenta as
contribuições do sociólogo Boaventura de Sousa Santos, que sugere a adoção de um novo
paradigma sustentado pela possibilidade de construção de um diálogo intercultural e pelos
conceitos de política emancipatória e hermenêutica diatópica.
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