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A rede de atenção à mulher em situação de violência sob a perspectiva do pensamento complexo / The network of care to women in situations of violence from the perspective of the complex thinkingAngelina Lettiere 04 February 2015 (has links)
Dada a complexidade da violência contra as mulheres e do caráter multidimensional do problema, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres traz como proposição a necessária resposta global e sistêmica, que caracteriza o atendimento em rede. A produção científica dedicada à investigação das instituições de atendimento às mulheres em situação de violência, particularmente na análise da rede, ainda é relativamente escassa, em contraste com a ampliação dessa rede. Desta forma, o presente estudo buscou compreender, sob a ótica dos profissionais das áreas psicossocial, de segurança pública e da saúde, quais as relações intersetoriais estabelecidas entre as diferentes instituições que constituem a rede de atenção às mulheres em situação de violência em um município do interior do estado de São Paulo. Para a compreensão do fenômeno, aproximou-se do Paradigma da Complexidade, de Edgard Morin. Na pesquisa, utilizou-se a abordagem qualitativa e participaram do estudo sete profissionais, considerados como informantes-chave. Para a coleta dos dados, utilizaram-se a entrevista semiestruturada e os Mapas Mínimos da Rede Social Institucional, e os dados dessas entrevistas foram analisados por meio da modalidade da interpretação dos sentidos. No estudo, depreenderam-se duas categorias temáticas centrais: o sistema autoeco-organizador das instituições e a dialógica das instituições que compõem a rede, atuando na/em rede na atenção à mulher em situação de violência. Na primeira categoria, identificou-se o eixo de atenção das instituições, classificado em: assistência psicossocial, assistência à saúde e assistência policial. Na funcionalidade da instituição no atendimento à mulher em situação de violência, evidencia-se a vocação diferencial das três instituições, a partir da qual se estabelece o atendimento às mulheres em cada local e a captação das demandas. Na segunda categoria, identifica-se a construção das relações entre as instituições na rede, em que a fragilidade institucional mostra-se como limitante às respostas necessárias para superar os problemas das mulheres. Frente a esse cenário, as instituições buscam parcerias que tendem a se manter como de caráter pessoal. Sobre a transversalidade do trabalho na rede na atenção às mulheres em situação de violência, as instituições, por meio de parcerias, buscam a intersetorialidade, entretanto a transversalidade é uma realidade ainda distante de se concretizar devido às fragilidades na rede, caracterizadas pela falta de comunicação, de capacitação e pela banalização da violência pelos profissionais. Apesar dessas fragilidades, os profissionais reconhecem as potencialidades em redes, caracterizadas pelas ações de parcerias, comunicação entre algumas instituições e a não replicação do atendimento. Assim, os resultados desta pesquisa evidenciam que o trabalho na rede ainda não contempla o que se concebe por ações multidisciplinares e interdisciplinares com vista à atuação intersetorial para trabalhar pelo bem comum da mulher. Com esta pesquisa, portanto, pretendemos dar subsídios para ajudar a fortalecer a rede de atenção à mulher em situação de violência / Given the complexity of violence against women and the multidimensional nature of the issue, the Brazilian National Policy to Confront Violence against Women addresses the necessary global and systemic response that characterizes the care network. Scientific literature devoted to research institutions that provide care to women in situations of violence, particularly in network analysis, is still relatively scarce, in contrast to the expansion of this network. This study aimed to understand, from the perspective of professionals from the psychosocial, public safety and health areas, what are the intersectoral relationships established among the different institutions that constitute the care network for women in situations of violence in a city of the state of São Paulo, Brazil. To understand the phenomenon, Edgard Morin\'s Paradigm of Complexity was approached. Seven professionals, considered as key informants, participated in this qualitative study. For data collection, semi- structured interview and the Minimum Map of the Institutional Social Network were used. Data from the interviews were analyzed through interpretation of the meanings. Two central themes were identifies in the study: the self-organizing ecosystem of the institutions and the dialogic of the institutions that constitute the network, working at/as a network of care to women in situations of violence. In the first category, the axis of care of the institutions was identified, classified as psychosocial care, health care and police assistance. In the functionality of the institution in providing care to women in situations of violence, the different vocation of the three institutions is highlighted, from which the assistance to women in each location and the reception of demands is defined. In the second category it was identified the construction of the relationship among the institutions in the network, in which institutional weakness is shown as a limiting factor to answers needed to overcome women\'s problems. Faced with this scenario, institutions search for partnerships that tend to be kept with a personal character. Regarding the cross-sectional characteristic of the work on the network in care to women in situations of violence, institutions seek an intersectoral action through partnerships, however, the cross-sectional component is yet a distant reality to be achieved because of the weaknesses of the network, characterized by the lack of communication, of training and by the normalization of violence by workers. Despite these weaknesses, the personnel recognize the potential of networks, characterized by the partnerships, communication among some institutions and by not replicating care. Thus, the results of this research show that the work on the network does not yet include what is conceived as multidisciplinary and interdisciplinary activities aiming at the intersectoral action to work for the benefit of women. This research, therefore, is intended to provide support to contribute to the strengthening of the network of care to women in situations of violence
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Violência doméstica contra a mulher: estudo com puérperas atendidas em uma maternidade filantrópica / Domestic violence against woman: a study on perinatal mothers assisted in a philantropic maternityMarcia Massumi Okada 22 June 2007 (has links)
A problemática da violência doméstica contra a mulher está disseminada ao redor do mundo, inclusive no Brasil, porém suas características variam de acordo com as circunstâncias pessoais, familiares, de relação conjugal, do contexto social e cultural envolvidas. Esta pesquisa teve o objetivo de identificar a ocorrência da violência doméstica contra a mulher e analisar a sua relação com algumas características da estrutura familiar e de vínculo com o parceiro. Trata-se de pesquisa transversal, de base hospitalar. A coleta de dados foi feita por meio de um formulário estruturado, baseado nos itens constantes no Abuse Assessment Screen-AAS, junto a 385 (N) mulheres atendidas em uma maternidade social filantrópica localizada na Cidade de São Paulo. Os dados, introduzidos em um banco de dados do Programa R para LINUX versão 2.1.1., foram submetidos à análise multivariada. O Teste Qui-Quadrado de Pearson e o Teste Exato de Fisher foram utilizados para a análise estatística dos dados. A freqüência da violência doméstica em algum momento da vida foi de 36,8% e, dentre estas, foram referidas a violência psicológica (97,2%), a física (28,9%) e a sexual (4,9%). A freqüência da violência doméstica na gravidez foi de 34,5% e, dentre estas, foram referidas a violência psicológica (95,9%), a física (34,7%) e a sexual (6,1%). Houve associação estatisticamente significante (p=0,00223; 0,001767) entre religião e o planejamento da gravidez e entre a violência doméstica e o hábito do etilismo do companheiro (p=0,0002533; 0,0002981). A violência doméstica foi uma problemática enfrentada por quase todas as mulheres desta pesquisa, em algum momento da vida, inclusive na gravidez. Os itens religião, planejamento da gravidez e etilismo devem ser incluídos na anamnese em saúde da mulher. Assim como os já constantes nesta anamnese, os itens mencionados devem ser sobretudo considerados no planejamento e desenvolvimento da assistência e abordados, de forma sistemática, pelos profissionais da área de saúde / Domestic violence against woman is spread worldwide. However its characteristics vary according to personal, family, marital, social and cultural aspects involved. This transversal, hospital-based study aimed at determining the occurrence of domestic violence against women and at analyzing its relation with some aspects of familial environment and relationship with the women´s partners. Data collection was carried out using a structured interview form, based on the content of the \"Abuse Assessment Screen\" (AAS) applied to 385 women assisted at a philanthropic maternity in the city of São Paulo. Study data analysis was performed using the \"R\" Software version 2.1.1 for Linux, and the statistical multi-variate analysis was performed by Pearson´s Qui-square and Fisher´s Exact tests. As many as 36,8% of the participants reported being subject to domestic violence, whether psychological, physical or sexual, sometime in her lifetime- 97.2%, 28.9% and 4.9%, respectively. As many as 34.5% of women comprising the study group reported being charged psychologically (95.9%), physically (34.7%) and sexually (6.1%) during pregnancy. There was a statistically significant association between religious belief and non-planned pregnancy, and between domestic violence and alcohol drinking on the part of the partner (p=0.00223/0.001767 and p=0.0002533/0.0002981, respectively). Reports on, religious belief, pregnancy planning and alcohol consumption should be included in the records of a woman during pre-natal and delivery care and need to be approached in a systematic way by health professionals
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Hábitos de higiene genital e infecção no trato urinário autorreferida na gravidez / Genital hygiene habits and self-referred urinary tract infection during pregnancyMariana Turiani 30 April 2009 (has links)
Introdução: a infecção do trato urinário (ITU) é uma das complicações mais frequentes na gravidez, repercute negativamente sobre os índices de morbidade e mortalidade perinatal. Objetivo: o objetivo desta pesquisa foi verificar a associação entre as práticas de higiene genital e sexual e a ocorrência de ITU na gravidez. Casuística e método: foi realizado um estudo transversal, exploratório e descritivo de base hospitalar. Os dados foram coletados com 220 (N) puérperas que receberam assistência ao parto em um hospital público localizado na Cidade de São Paulo. Um formulário estruturado foi utilizado para coletar os dados com as puérperas que foram introduzidos em um banco de dados do Epi Info e analisados no Programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows versão 12.0. O Teste Qui-Quadrado foi feito para verificar a existência de associação entre as variáveis independentes e a ocorrência da ITU na gravidez. Foram consideradas significativas todas as associações, cujos resultados apresentaram p<0,05. Conclusões e considerações finais: Quanto às características sociodemográficas das puérperas, a maior proporção tinha idade entre 20 a 29 anos (51,8%), estudou até o ensino médio (46,4%), era católica (48,7%), tinha filhos (60%) e parceiro fixo (91,8%). Seus parceiros apresentaram características semelhantes. Não foi identificada existência de associação significativa (p<0,05) entre as características sociodemográficas da gestante e seu parceiro, da assistência pré-natal, paridade e tipo de parto, disponibilidade de banheiro, higienização das roupas íntimas, hábito de uso de absorventes higiênicos, práticas de higiene genital das puérperas e parceiros antes e após as eliminações vesicointestinais e no coito, hábitos sexuais e a ocorrência da ITU na gravidez. A ocorrência desta patologia na gravidez foi autorreferida por 33,2% das puérperas. Chamou atenção o fato de algumas puérperas (0,9%) não realizarem higiene genital, após as eliminações intestinais. Informações sistematizadas sobre os hábitos de higiene genital devem ser obtidas para que as demandas individuais sejam identificadas e atendidas. A inexistência de associações significativas entre as variáveis estudadas nesta pesquisa e a ocorrência da ITU na gravidez indicou que outras dimensões da vida de gestante devem ser enfocadas nas futuras pesquisas / Introduction: Urinary tract infection (UTI), which is one of the most frequent complications during pregnancy, negatively affects perinatal morbidity and mortality ratios. Objective: This research aimed to verify the association between genital and sexual hygiene practice and the occurrence of UTI during pregnancy. Cases and method: A cross-sectional, exploratory and descriptive hospital-based study was carried out. Data were collected from 220 (N) puerperal women who received delivery care at a public hospital in São Paulo City, Brazil. A structured form was used for data collection. Data were fed into an Epi Info database and analyzed in Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows version 12.0. The Chi-Square Test was performed to check for associations between the independent variables and the occurrence of UTI in pregnancy. All associations with p<0.05 were considered significant. Conclusions and final considerations: As to these womens sociodemographic characteristics, a majority was between 20 and 29 years old (51.8%), finished secondary education (46.4%), was catholic (48.7%), had children (60%) and a fixed partner (91.8%). Their partners presented similar characteristics. No significant association (p<0.05) was identified between the sociodemographic characteristics of the pregnant woman and her partner, prenatal care, parity and delivery type, availability of bathroom, washing of intimate clothing, habit to use sanitary towels, genital hygiene practices of the puerperal women and their partners before and after urinary-intestinal eliminations and after coitus, sexual habits and the occurrence of UTI during pregnancy. The occurrence of this disease during pregnancy was self-referred by 33.2% of the women. It was remarkable that some women (0.9%) did not perform genital hygiene after intestinal eliminations. Systemized information on genital hygiene habits should be obtained with a view to identifying and responding to individual demands. The lack of significant associations between the research variables and the occurrence of UTI during pregnancy indicated that other dimensions of the pregnant womans life should be focused on in future research
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Realização do exame de Papanicolau em mulheres com 20 anos ou mais: Inquérito de Saúde de base populacional no Município de São Paulo - 2008 / Realization of the Pap smear in women aged 20 or over: Health Survey population based in São Paulo 2008Érika Dionizio 29 September 2011 (has links)
Introdução: O câncer do colo do útero é uma das neoplasias malignas mais frequentes, particularmente nos países em desenvolvimento e, sobretudo nos grupos com maior vulnerabilidade social. As estimativas de incidência e mortalidade tendem para a redução, porém em ritmo lento. Vários são os fatores de risco identificados, no entanto, apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura. A estratégia utilizada para a detecção precoce é o exame de Papanicolaou. Inquéritos de base populacional representam oportunidades únicas para a obtenção de informações que possibilitam avanço no conhecimento das condições de vida e saúde da população e para a formulação e avaliação de políticas sociais de saúde. Objetivo: Analisar a realização do exame de Papanicolaou segundo variáveis socioeconômicas, demográficas, de estilo de vida, estado de saúde e o uso de serviços de saúde das mulheres com 20 anos ou mais de idade, residentes no município de São Paulo, Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional, com dados obtidos através do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo ISA Capital, 2008, em amostra composta por 1.236 mulheres com 20 anos ou mais. Considerou-se a prevalência do exame realizado nos últimos 3 anos que antecederam à entrevista. Para as análises estatísticas foi utilizado o módulo survey do programa Stata 10.0. O modelo de regressão de Poisson foi aplicado para verificar associações mais precisas da realização do exame com as variáveis estudadas. A confidencialidade foi garantida. Resultados: As associações estatisticamente significantes encontradas foram: idade (20 a 29 anos), ser casada ou ter companheiros, escolaridade (12 anos), tabagismo (exfumantes), mulheres que possuíam exame clínico das mamas e plano de saúde. O Sistema Único de Saúde foi responsável por 39,2 por cento dos exames de Papanicolaou realizados. O motivo referido para a não realização do exame mais frequente foi não era necessário/sou saudável. Discussão: Ao considerar a realização do exame conforme recomendada pelo Ministério da Saúde, seria esperada cobertura de Papanicolaou superior à observada. Em termos de condições socioeconômicas, as associações com renda e atividade remunerada não permaneceram no modelo final, sugerindo equidade social na realização do exame. Entretanto, os serviços de saúde devem criar estratégias que ampliem o acesso às populações mais vulneráveis proporcionando maior conhecimento e envolvimento da população na incorporação das práticas preventivas do câncer do colo do útero, oferecendo um atendimento de maior qualidade a todas as mulheres, sobretudo, as SUS dependentes. Considerações Finais: Para o êxito do programa de rastreamento, deve-se priorizar a capacitação dos profissionais de saúde, a qualidade dos exames, a garantia do seguimento e tratamento dos casos e o estabelecimento de intervenções mais humanizadas e equitativas na utilização dos serviços de saúde do SUS / Introduction: Cervical cancer is one of the most frequent malignancies, particularly in developing countries and especially in groups with higher social vulnerability. Estimates of incidence and mortality tend to decrease but at a slow pace. Several risk factors are identifies, however, shows one of the highest potential for prevent and cure. The strategy used for early detection is the Pap smear. Population-based surveys represent unique opportunities to obtain information to enable an advance in knowledge of living conditions and population health and for the formulation and evaluation of welfare policies. Objective: To analyze the performance of Pap smears according to socioeconomic variables, demographic, lifestyle, health status and use of health services for women aged 20 or older, residing in São Paulo, Brazil. Methods: Cross-sectional population-based data obtained from the Survey of Health in São Paulo - ISA Capital, 2008, in a sample of 1,236 women aged 20 years or more. We considered the prevalence of the examination in the last three years prior to the interview. For statistical analysis we used the survey module in Stata 10.0. The Poisson regression model was applied to assess associations more precise examination carried out with the variables. Confidentiality was guaranteed. Results: Statistically significant associations were found: age (20 to 29 years old), be married or have partners, education ( 12 years), smoking (former smokers), women who had a clinical breast exam and health plan. The Unified National Health System was responsible for 39,2 per cent of the reported Pap smears. The most frequent reported reason for not undergoing the test was \"not necessary / I\'m healthy.\" Discussion: When considering the test as recommended by the Ministry of Health, Pap smear coverage would be expected higher than that observed. In terms of socioeconomic conditions, the association with income and remunerated activity did not remain in the final model, suggesting an social equity in the exam. However, health services should develop strategies to increase access to vulnerable populations by providing greater knowledge and involvement of the population in the incorporation of preventive practices of cancer of the cervix, providing a higher quality care to all women, mainly the SUS dependent. Final considerations: For the success of the screening program, one should prioritize the training of health professionals, the quality of examinations, ensuring the monitoring and treatment of cases, and the establishment of more humane and equitable interventions at use of SUS´s health services
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Aborto espontâneo em mulheres residentes nas proximidades do parque industrial do município do Rio Grande/RS / Spontaneous abortion in women living close to the industrial district in the city of Rio Grande/RS / Aborto espontáneo en mujeres residentes en las proximidades del parque industrial de la ciudad de Rio Grande/RSTuerlinckx, Patrícia da Silva January 2005 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2005. / Submitted by eloisa silva (eloisa1_silva@yahoo.com.br) on 2012-10-30T14:40:56Z
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Previous issue date: 2005 / Com a intenção de contribuirmos para o conhecimento dos riscos da exposição ambiental e a influência de outros fatores sobre a saúde, realizou-se este estudo transversal, com mulheres em idade fértil (15-49 anos)residentes nas comunidades próximas ao parque industrial do município do Rio Grande/RS, sendo identificado a prevalência de abortos espontâneos e os
fatores relacionados a este desfecho. A amostra compreendeu 565 mulheres, residentes nas áreas consideradas exposta (E) e não exposta(NE), de acordo com a distância do parque industrial e a análise do mapa dos ventos do município. Foram entrevistadas 285 mulheres da área E e 280 da área NE. Para avaliação dos fatores de risco, foi aplicado um questionário, o qual contemplava as condições socioeconômicas, os fatores ambientais e as condições de moradia, a história reprodutiva prévia e morbidades. Para análise dos dados foram utilizados o
teste qui-quadrado e regressão logística não-condicionada. Das mulheres entrevistadas que já gestaram (n=412) 17,7% referiram ocorrência de aborto espontâneo. Na análise bivariada verificou-se que o desfecho estudado mostrou associação significativa com idade da menarca, apresentando-se como fator de proteção(OR=0,26 (IC=0,11-0,55); p=0,0008) a idade da menarca entre 11 e 13 anos. O número de filhos também mostrou associação com a ocorrência de aborto espontâneo, apresentando um aumento do risco para três ou mais filhos (OR=4,00 (IC=1,86-8,58); p=0,001). A história de doença sexualmente transmissível(DST)
também apresentou tendência à significação (OR=2,01 (IC=0,97-4,15); p=0,06). Após ajuste
com as variáveis do modelo teórico hierarquizado, a presença de três ou mais filhos (OR=2,94(IC=1,28-6,77); p=0,009) e a história de DST(OR=2,55 (IC=1,13-5,77); p=0,02) permaneceram significativamente associados ao desfecho estudado. Nesta análise, o fato da mulher não possuir água encanada dentro de casa mostrou uma tendência de associação com a ocorrência de aborto espontâneo (OR=4,01 (IC=0,85-18,87); p=0,08). Não foi observada associação significativa entre o local de moradia nas proximidades do parque industrial e o
desfecho investigado. Além desta análise, este estudo também mostrou dados importantes
sobre a saúde reprodutiva dessas mulheres: 51,2% (E) e 40,6% (NE) das mulheres tiveram a
primeira gestação entre 12 e 19 anos (n=412); 30,5% possuíam três ou mais filhos (n=393); 13,6% (E) e 8,3% (NE) das mulheres que não menstruavam era devido à menopausa precoce (n=80); 72,7% utilizavam algum método contraceptivo (n=513), sendo 52,3% de pílula e 23,6% de laqueadura (n=373); 56,0% das esterilizações ocorreram entre 19 e 30 anos (n=75); 39,5% nunca realizaram preventivo de câncer uterino (n=565). Quanto à influência da exposição ambiental sobre o desfecho estudado, sugerimos a realização de outros estudos com o uso de biomarcadores, para identificar uma possível influência do ambiente sobre a saúde reprodutiva nessa população ou para afastar definitivamente essa suspeita. Os resultados desse estudo poderão subsidiar novas políticas de saúde, relacionadas com a saúde da mulher neste
município. Contribuirão também para uma nova prática assistencial dos profissionais de
enfermagem/saúde, onde a questão ambiental seja levada em consideração e priorizada a
educação em saúde, sobretudo com relação às questões que se referem aos resultados
encontrados. / With the intention of contributing for the knowledge of risks of environmental exposure and the influence of other factors on health, this cross-section study hás been done, with women in fertile age (15-49 years)living in communities close to the industrial district in the city of Rio
Grande/RS, being identified the prevalence of spontaneous abortion and the factors related to this result. The sample involved 565 women, all living in the areas considered as exposed(E) and non exposed (NE), according to the distance of the industrial district and the analysis of the map of winds in the city. 285 women of the E area were interviewed as well as 280 from
the NE area. For the evaluation of risk factors, a questionnaire was applied, which involved the socioeconomic conditions, environmental factors and housing conditions, the previous reproductive history and sicknesses. In order to analyse the data collected the qui-squared test
and thenon-conditioned logistic regression were used. Among the interviewed women who
have already given birth (n=412) 17,7% referred occurrence of spontaneous abortion. In the bivaried analysis it was noticed that the result studied showed significative association with the age of the first menstruation, presenting itself as a protection factor (OR=0,26 (IC=0,11-
0,55); p=0,0008) the age of the first menstruation between 11 and 13 years of age. The number of children also presented association with the occurrence of spontaneous abortion, presnting an increase of risk for three or more children (OR=4,00 (IC=1,86-8,58); p=0,001). The history of sexually transmissible disease (STD) also presented a tendency to signification
(OR=2,01 (IC=0,97-4,15); p=0,06). After adjusting with the variables of the hierarchized theoretical model, the presence of three or more children (OR=2,94 (IC=1,28-6,77); p=0,009) and the history of STD (OR=2,55 (IC=1,13-5,77); p=0,02) remained significantly associated to the result studied. In this analysis, the fact that the woman does not have canalized water at home showed a tendency of association with the occurrence of spontaneous abortion (OR=4,01 (IC=0,85-18,87); p=0,08). It was not observed a significative association between the place of residence close to the industrial district and the result investigated. Besides this analysis, this study hás also shown important data about the the reproductive health of these
women: 51,2% (E) and 40,6% (NE) of the women had their first pregnancy between 12 and 19 years of age (n=412); 30,5% had three or more children (n=393); 13,6% (E) and 8,3%
(NE) of the women who did not menstruate was due to the precocious menopause (n=80);
72,7% used some kind of contraceptive method (n=513), being 52,3% the pill and 23,6% the
ligature (n=373); 56,0% of the sterilizations took place when they were between 19 and 30 years of age (n=75); 39,5% have never done any preventive exam of uterine cancer(n=565). In terms of the influence of the environmental exposure on the result studied, we suggest that other studeis are done with the usage of biomarkers, in order to identify a possible influence of the environment on the reproductive health of this population or to definitely put away this suspicion. The results of this study may give a subsidy to new policies on health, related to the
health of the women in this city. This will also contribute for a new assistance practice of the professionals of nursing / health, where the environmental matter will be taken into consideration and made a priority for the education in health, specially in which it relates to questions referring to the results found. / Con la intención de contribuir al conocimiento de los riesgos de la exposición ambiental y la influencia de otros factores sobre la salud, se realizó este estudio transversal, con mujeres en edad fértil (15-49 años) residentes en las comunidades cercanas al parque industrial de la ciudad de Rio Grande/RS, siendo identificado la prevalencia de abortos espontáneos y los
factores relacionados a este desenlace. La muestra comprendió 565 mujeres, residentes en las áreas consideradas expuestas (E) y no expuesta (NE), de acuerdo con la distancia del parque industrial y el análisis del mapa de los vientos de la ciudad. Fueron entrevistadas 285 mujeres del área E y 280 del área NE. Para evaluación de los factores de riesgo, fue aplicado un cuestionario, lo cual contemplaba las condiciones socioeconómicas, factores ambientales y
condiciones de vivienda, la historia reproductiva previa y morbilidades. Para análisis de los datos fueron utilizados el test Qui-cuadrado y regresión logística no condicionada. De las mujeres entrevistadas que ya gestaron (n=412) 17,7% refirieron ocurrencia de aborto espontáneo. En el análisis bivariado se verificó que el desenlace estudiado mostró asociación
significativa con edad de la menarquia, presentándose como factor de protección (OR=0,26 (IC=0,11-0,55); p=0,0008) la edad de la menarquia entre 11 y 13 años. El número de hijos también mostró asociación con la ocurrencia de aborto espontáneo, presentando un aumento del riesgo para tres o más hijos (OR=4,00 (IC=1,86-8,58); p=0,001). La historia de enfermedad transmisible sexualmente (ETS) también presentó tendencia a la significación
(OR=2,01 (IC=0,97-4,15); p=0,06). Después de ajuste con las variables del modelo teórico
jerarquizado, la presencia de tres o más hijos (OR=2,94 (IC=1,28-6,77); p=0,009) y la historia de ETS (OR=2,55 (IC1,13-5,77); p=0,02 permanecieron significativamente asociados al desenlace estudiado. En este análisis, el factor de la mujer no poseer agua potable dentro de casa mostró una tendencia de asociación con la ocurrencia de aborto espontáneo (OR=4,01(IC=0,85-18,87); p=0,08). No fue observada asociación significativa entre el lugar de vivienda en las proximidades del parque industrial y el desenlace investigado. Además del análisis, este estudio también mostró datos importantes sobre la salud reproductiva de esas mujeres: 51,2% (E) y 40,6% (NE) de las mujeres tuvieron la primera gestación entre 12 y 19 años (n=412); 30,5% poseían tres o más hijos (n=393); 13,6% (E) y 8,3% (NE) de las mujeres que no menstruaban era debido a la menopausia precoz (n=80); 72,7% utilizaban algún método contraceptivo (n=513), siendo 52,3% de píldora y 23,6% de ligadura (n=373); 56,0% de las esterilizaciones ocurrieron entre 19 y 30 años (n=75);39,5% nunca realizaron preventivo de cáncer uterino (n=565). Con relación a la influencia de la exposición ambiental sobre el desenlace estudiado, sugerimos la realización de otros estudios con uso de biomarcadores, para identificar una posible influencia del ambiente sobre la salud reproductiva en esa población o para alejar definitivamente esa sospecha. Los resultados de ese estudio podrán subsidiar nuevas políticas de salud, relacionadas con la salud de la mujer en esta ciudad. Contribuirán también para una nueva práctica asistencial de los profesionales de enfermería/salud, en la que la cuestión ambiental sea considerada y priorizada la educación en salud, sobretodo con relación a las cuestiones que se refieren a los resultados encontrados.
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Vivências de cuidado da mulher: a voz das puérperas / Woman’s care experiences: the mothers’ voice / Vivencias de cuidado de la mujer: la voz de las puérperasFarias, Dóris Helena Ribeiro January 2008 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2008. / Submitted by eloisa silva (eloisa1_silva@yahoo.com.br) on 2012-12-05T17:58:48Z
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Previous issue date: 2008 / O puerpério é um período vivido e percebido de forma singular pela mulher, exigindo, dos profissionais da saúde, sensibilidade e esforços para que estas se sintam acolhidas e valorizadas como seres únicos e especiais. Assim, este estudo teve como objetivo compreender como a mulher vem vivenciando o seu cuidado no puerpério, alicerçado no referencial teórico de Madeleine Leininger e em autores que abordam esta temática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 10 puérperas egressas da Unidade de Internação Obstétrica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa - FURG e atendidas na Consulta de Enfermagem. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas gravadas e transcritas na íntegra, com o devido consentimento esclarecido das participantes. Mediante a Análise Temática dos Dados, a partir de Minayo, emergiram três categorias: Sendo cuidada no puerpério, O cuidado de si no puerpério e Dificuldades encontradas pela mulher no puerpério. Constatei que o puerpério apresenta-se como um período especial na vida da mulher, em que cada uma o vivencia de acordo com seus valores, crenças e costumes. O estudo evidencia o importante papel da família no cuidado à puérpera e a influência cultural que esta exerce sobre a mulher. As alterações ocasionadas no corpo das mulheres durante a gestação, o parto e o puerpério, afetam sua auto-imagem, tornando-as mais vulneráveis emocionalmente. Para algumas mulheres, após o parto, o corpo volta-se para a função materna de amamentar. Com relação às dificuldades enfrentadas pela mulher no puerpério, percebi que ela pode apresentar uma sobrecarga de papéis, com a sensação de perda de controle sobre sua vida, exigindo reorganização do seu cotidiano. O estudo ainda evidenciou a presença de um homem mais participativo na família, mais atento às necessidades da mulher nesse período, mais companheiro e amigo, procurando assumir responsabilidades, compartilhando as demandas de cuidado com a mulher, o trabalho com a casa e os cuidados com o filho. Compreender como as mulheres vivenciam o seu cuidado no puerpério, possibilita à enfermeira, mais facilmente, planejar ações educativas que as instrumentalizem para o seu autocuidado. Acredito que a partir dos conhecimentos mostrados neste estudo, possa contribuir para a produção de um novo olhar para o ser humano puérpera, possibilitando às enfermeiras repadronizarem suas consultas de puerpério, de modo que não dirijam seu olhar apenas para a dimensão biológica da mulher, mas também incorporemseus aspectos subjetivos, valorizando suas crenças e costumes. / Puerperium is a period experienced and realized in a singular way by the woman and it requires sensibility and efforts from the health professionals to these women feel valorized and approached as unique and special beings. Thus, this study aimed to comprehend how the woman is experiencing her care in puerperium and was based on the referential theory by Madeleine Leininger and authors who approach this thematic. It is about a qualitative research developed with 10 mothers who came out from the Obstetric Internment Unit of the Academical Hospital Dr. Miguel Riet Corrêa – FURG and attended in the Nursing Consultation. Data were collected through semi-structured interviews which were completely recorded and transcribed under the participants’ clear consent. Data were analyzed under the Minayo’s proposal denominated Data Thematic Analysis. Results reveled three categories: Woman being cared in purperium, Self care in puerperium and Difficulties found by the woman in purperium. I observed that, puerperium is presented as a special period in woman’s life and it is experienced by her according with her values, beliefs and costumes. The study highlights the family’s important role in caring the mother and the cultural influence that family have on the woman. The alterations occasioned in the woman’s body during pregnancy, birth and in purperium affect her self-image, making her more vulnerable emotionally. For some women, after the birth, the body is ready to breastfeed. In relation to the difficulties faced by the woman in puerperium, I noticed that she can show a roles’ overload, giving her the sensation of loss of controlling her life, requiring reorganization of her daily. The study also evidenced the presence of a more participative and partner man in the family in alert to woman’s needs in this period, and more friendly looking for assuming the responsibilities, sharing the caring demands with the woman, the house and the child. To comprehend how these women experience their care in puerperium, easily makes the nurse able to plan educative actions that prepare them to their self-care. I believe that the knowledge shown in this study can contribute to a new look at mothers, making the nurses able to construct a new pattern for their purperium consultations in a way they no more observe only the biological dimension but also to incorporate the woman’s subjective aspects. / El puerperio es un período vivido y percibido de manera singular por la mujer, exigiendo, de los profesionales de la salud, sensibilidad y esfuerzos para que estas se sientan acogidas y valoradas como seres único y especiales. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo entender cómo la mujer está vivenciando su atención en el puerperio, se basó en el marco teórico de Madeleine Leininger y autores que abordan esta cuestión. Esta es una investigación cualitativa, realizada con 10 puérperas egresas de la Unidad de Internamiento Obstétrico del Hospital Universitario Miguel Riet Corrêa - FURG y atendidas en la consulta de Enfermería. La colecta de datos fue realizada a través de entrevistas semiestructuradas grabadas y transcritas en su totalidad, con el debido consentimiento de los participantes. Los datos fueron analizados de acuerdo con la propuesta de Minayo, llamado de análisis temático de los datos. Los resultados revelaron 3 categorías: Siendo cuidada en el puerperio, El cuidado de sí mismos en el puerperio y de las dificultades encontradas por la mujer en el puerperio. Constate que el puerpero es un período especial en la vida de la mujer, en la que cada una de vivencia de acuerdo a sus valores, creencias y costumbres. El estudio evidencia el importante papel de la familia en el cuidado de la puérpera y la influencia cultural que esta ejerce sobre la mujer. Los cambios causados en el cuerpo de la mujer durante el embarazo, parto y puerperio, que afecta a su auto imagen, lo que los hace más vulnerables emocionalmente. Para algunas mujeres, después del parto, el cuerpo de vuelta a la tarea de amamantar. Cuanto a las dificultades enfrentadas por las mujeres en el puerperio, verifiqué que la misma podrá presentar una sobrecarga de papel, dándole la sensación de pérdida de control sobre su vida, exigiendo la reorganización de su vida cotidiana. El estudio también mostró la presencia de un hombre más participativo y compañero en la familia, más atento a las necesidades de las mujeres en ese período, más compañero y amigo, buscando asumir responsabilidades, compartiendo de las demandas de cuidado con su esposa, hijo y la casa. Entender cómo las mujeres experencian el cuidado en el puerperio, permite a la enfermera, más fácilmente, planificar las actividades educativas que las herramientas para su auto cuidado. Creo que, partiendo del conocimiento demostrado en este estudio podrá contribuir a la producción de una nuevo mirar para los seres humanos puerperios, permitiendo a la enfermera estandardizar sus consultas en el puerperio, de manera que las mismas no vuelven su mirada sólo para las medidas biológicas, sino también la incorporación de los aspectos subjetivos de la mujer.
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As práticas humanizadas no atendimento ao parto de adolescentes: análise do trabalho desenvolvido em um hospital universitário do extremo sul do Brasil / Humanized practices in assistance to adolescents´ parturition: analysis of work developed in a teaching hospital in southernmost Brazil / Las prácticas humanizadas en el atendimiento al parto de adolescentes: análisis del trabajo desarrollado en un hospital universitario del extremo sur del BrasilBusanello, Josefine January 2010 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2010. / Submitted by eloisa silva (eloisa1_silva@yahoo.com.br) on 2012-12-21T12:05:26Z
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Previous issue date: 2010 / Este estudo, de abordagem qualitativa e quantitativa, tem como objetivo analisar as
práticas desenvolvidas na assistência à parturiente adolescente em um Centro Obstétrico (CO) de um Hospital Universitário do extremo sul do Brasil, com base na
proposta de humanização do parto preconizada pelo Ministério da Saúde (MS), a partir do relato dos próprios trabalhadores da saúde. O cenário investigativo foi o CO do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior, do município do Rio Grande/RS. Utilizou o banco de dados do macroprojeto de pesquisa intitulado: “Atenção humanizada ao parto de adolescentes”, ao qual está vinculado. Os dados foram coletados no período de julho de 2008 a fevereiro de 2009, por meio de duas fontes: entrevista semiestruturada e pesquisa documental. Foram analisados 128 prontuários das adolescentes parturientes, atendidas nesse período no CO em estudo. Os sujeitos do estudo foram vinte e três trabalhadores atuantes no CO deste hospital, dentre eles, 6 médicos residentes, 7 médicos preceptores, 4 enfermeiras e 6 técnicos/auxiliares de enfermagem. Na análise quantitativa, após a descrição da amostra estudada, foram calculadas as proporções para as variáveis categóricas, segundo a categoria funcional. Diferenças entre proporções foram testadas pelo teste estatístico de Fisher (p< 0,05). A apreciação qualitativa dos dados foi realizada por meio da análise temática. Para a discussão foi estabelecido uma correlação com as orientações do MS acerca da proposta de parto humanizado. A partir do relato dos trabalhadores, evidenciou-se a realização de práticas úteis na assistência ao parto, dentre elas, as orientações sobre formas de relaxamento no trabalho de parto, o incentivo ao vínculo precoce entre mãe e filho e a amamentação. Porém, o direito à presença do acompanhante e o envolvimento da parturiente na escolha do tipo de parto não vem sendo considerados. A posição de litotomia e a padronização da tricotomia, episiotomia e amniotomia, também foram relatadas. O registro dos prontuários foi insatisfatório, considerando o partograma, a vigilância fetal, a anamnese e o exame físico e obstétrico da parturiente. Os fatores que dificultam a implementação das práticas preconizadas são a não sensibilização dos trabalhadores e a falta de infraestrutura do CO. Evidenciaram-se concepções semelhantes entre as categorias funcionais em relação à assistência ideal no CO às adolescentes, tais como importância da adequação física do CO, da organização do trabalho, da presença do acompanhante e das relações de respeito. Os trabalhadores da enfermagem ressaltaram as especificidades da parturiente adolescente, destacando a importância do direito ao acompanhante, do comportamento solidário e do respeito aos sentimentos da parturiente. Alguns aspectos que são preconizados, não despontaram no relato dos trabalhadores: a prevenção da mortalidade materna e neonatal, o contato precoce entre mãe e filho, a amamentação na primeira hora de vida e o respeito à autonomia da mulher. Destaca-se a importância deste estudo, ao abordar as práticas desenvolvidas no atendimento à parturiente adolescente, na perspectiva dos trabalhadores da saúde, considerando que estes são os principais responsáveis pela implementação de uma assistência humanizada. / This study, of qualitative and quantitative approach, aims to analyze the practices
developed in assisting the adolescent parturient in an Obstetric Center (OC) in a
teaching hospital in Southernmost Brazil, based on the proposal of humanization of
parturition ruled by Health Ministry (HM), from the account of the health workers. The
investigative background was the Obstetric Center (OC) in Dr.Miguel Riet Corrêa Júnior Teaching Hospital, Rio Grande/RS. The database of the macroproject of research called: “Humanized attention to adolescents´ parturition” was applied, to which it is attached. Data were collected in the period of July 2008 to February 2009, through two sources: semistructured interview and documentary survey. They were analyzed 128 medical records of the adolescent parturients, assisted in this period in
the OC under study. The subjects of the study were twenty-three effective workers at
the OC of this hospital, among them, 6 medical interns, 7 preceptor physicians, 4
nurses and 6 technicians/auxiliaries in nursing. In the quantitative analysis, after the description of the sample studied, the rates for the category variables were
calculated, according to the functional category. Differences between rates were
tested by Fischer statistical test(p< 0,05). Qualitative assessment of data was carried out by thematic analysis. For discussion it was established a co-relation with orientations of HM concerning the proposal of humanized parturition. From the account of the workers, it was clear that performing useful practices in assisting parturition, among them, orientation towards relaxation techniques at parturition, improving the early attachment between mother and child and breastfeeding. However, the right to the presence of a companion and the commitment of the parturient with the type of parturition has not been taken into account. The position of lithotomy and the standardization of trichotomy, episiotomy and amniotomy, were
also reported. The medical record content was unsatisfactory, considering the partogram, fetal vigilance, anamnesis and physical and obstetrician exam of the
parturient. Factors which affected the implementation of practices recommended
were the lack of sensitiveness of the workers and the lack of infrastructure in the OC. Similar conceptions were seen in the functional categories in terms of ideal
assistance in the OC to adolescents, as well as the importance of physical adjustment of the OC, organization of the work, presence of a companion and respect relationships. Nursing workers pointed out the specificities of the adolescent parturient, concerning their right to a companion, attitude of solidarity and respect to the feelings of the parturient. Some aspects that were recommended, were not highlighted in the workers´ report: prevention to neonatal and maternal mortality, early contact between mother and child, breast feeding at the first hour and respect to the woman’s autonomy. It is emphasized the importance of this study, by approaching the practices developed in assisting the adolescent parturient, under the perspective of health workers,considering that they are accountable to implementing humanized assistance. / Este estudio, de abordaje cualitativo y cuantitativo, tiene por objetivo analizar las prácticas desarrolladas en la asistencia a la parturienta adolescente en un Centro Obstétrico (CO) de un hospital Universitario del extremo sur del Brasil, con base en
la propuesta de humanización del parto preconizada por el Ministerio de la Salud
(MS), desde el relato de los propios trabajadores de la salud. El escenario
investigativo fue el CO del Hospital Universitario Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior, de la ciudad de Rio Grande/RS. Utilizó el banco de datos del macroproyecto de encuesta
titulado: “Atención humanizada al parto de adolescentes”, al que está vinculado. Los
datos fueron recopilados en el período de julio del 2008 a febrero del 2009, por
medio de dos maneras: entrevista medioestructurada y encuesta documental.
Fueron analizados 128 prontuarios de las adolescentes parturientas, atendidas en
ese período en el CO en estudio. Los sujetos del estudio fueron veintitrés trabajadores que actúan en el CO de este hospital, siendo, 6 médicos residentes, 7 médicos preceptores, 4 enfermeras y 6 técnicos/auxiliares de enfermería. En el análisis cuantitativo, después de la descripción de la amuestra estudiada, fueron calculadas las proporciones para las variables categóricas, según la categoría uncional. Diferencias entre proporciones fueron probadas por el teste estadístico de Fisher (p< 0,05). La apreciación cualitativa de los datos fue realizada por medio del análisis temático. Para la discusión fue establecida una correlación con las orientaciones del MS acerca de la propuesta del parto humanizado. Desde el relato de los trabajadores, se evidenció la realización de las prácticas útiles en la asistencia al parto, como las orientaciones sobre formas de relajamiento en el trabajo del parto, el incentivo al vínculo precoz entre madre e hijo y el amamantamiento. Sin embargo, el derecho a la presencia del acompañante y el envolvimiento de la parturienta en la opción del tipo de parto no vienen siendo considerados. La posición de litotomía y el padrón de la tricotomía, episiotomía, y la inducción al parto, también fueron relatadas. El registro de los prontuarios fue insatisfactorio,considerando el parto grama, la vigilancia fetal, la anamnesis y el examen físico y obstétrico de la parturienta. Los factores que dificultan la implementación de las prácticas preconizadas son la no sensibilización de los trabajadores y la falta de infraestructura del CO. Se evidenciaron las concepciones semejantes entre las categorías funcionales en relación a la asistencia ideal en el CO a las adolescentes, tales como importancia de la adecuación física del CO, de la organización del trabajo, de la presencia del acompañante y de las relaciones de respeto. Los trabajadores de enfermería resaltaron las especificidades de la parturienta adolescente, poniendo en evidencia la importancia del derecho al acompañante, del comportamiento solidario y del respeto a los sentimientos de la parturienta. Algunos aspectos que son preconizados, no aparecieron en el relato de los trabajadores: la prevención de la mortalidad materna y neonatal, el contacto precoz entre madre e hijo, el amamantamiento en la primera hora de vida y el respeto a la autonomía de la mujer. Se destaca la importancia de este estudio, al abordar las prácticas desarrolladas en el atendimiento a la parturienta adolescente, en la perspectiva de los trabajadores de la salud, considerando que son los principales responsables por la implementación de una asistencia humanizada.
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O SISPRENATAL como instrumento de avaliação da assistência à gestante no município de São Carlos, SP / The SISPRENATAL as a tool evaluating the care to the pregnant women at the municipality os São Carlos, SPPolido, Carla Betina Andreucci, 1969- 16 August 2018 (has links)
Orientador: José Guilherme Cecatti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T08:57:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Compilar através de uma revisão sistemática os resultados de publicações sobre o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) e comparar dados referentes ao pré-natal de mulheres residentes no município de São Carlos, SP, obtidos no cartão da gestante e no SISPRENATAL, analisando o cumprimento dos requisitos mínimos e os indicadores de processo propostos. Sujeitos e Método: Para a revisão sistemática, identificaram-se os estudos primários sobre o assunto através de consulta aos bancos de dados MedLine e Scielo, a partir de 2001, com informações obtidas através do SISPRENATAL ou outras fontes. Foi realizada uma metanálise, estimando-se a proporção combinada de cada indicador com seu respectivo IC95%. Para o estudo no município de São Carlos, SP, realizou-se corte transversal com 1489 puérperas internadas para parto pelo SUS na Maternidade de São Carlos, entre novembro de 2008 e outubro de 2009. Os dados referentes ao pré-natal foram coletados no cartão da gestante e no SISPRENATAL. A informação foi comparada entre as duas fontes utilizando o teste de ?2 de McNemar para amostras relacionadas. Resultados: Segundo os artigos incluídos na revisão sistemática, os indicadores de processo apresentaram aumento de seu registro ao longo do período segundo ambas as fontes de dados, com valores inferiores registrados no SISPRENATAL. A cobertura de pré-natal em São Carlos foi de 97,1% de acordo com o cartão de pré-natal e de 92,8% segundo o SISPRENATAL, com diferença significativa entre ambas as fontes de informação para todos os requisitos mínimos do PHPN e indicadores de processo. O cartão de pré-natal apresentou registro de informações superior ao do SISPRENATAL (exceção para a primeira consulta de pré-natal). A proporção de mulheres com seis ou mais consultas e todos os exames foi de 72,5% pelo cartão e de 39,4% pelo sistema oficial, diferenças mantidas para as cinco áreas de saúde do município. Conclusões: O banco de dados SISPRENATAL registra baixa cobertura do PHPN, se comparado com outras fontes, com única exceção da proporção de gestantes em relação ao número de nascidos vivos, que no SISPRENATAL foi de 23,05% em média entre os diversos artigos, enquanto foi de 15,94% segundo outras fontes. Em São Carlos, o SISPRENATAL não foi uma fonte segura para avaliação da informação disponível sobre pré-natal. Houve grande adesão ao PHPN, porém o registro da informação foi deficiente. Após dez anos da criação do programa, cabe agora aos municípios adequação da qualidade da assistência e de capacitação técnica multiprofissional para correta documentação de informação em saúde / Abstract: To combine in a systematic review results of publications on the Program of Humanization of Prenatal Care and Childbirth (PHPN) and to compare information regarding prenatal care of women from São Carlos, SP, obtained from the prenatal chart and from SISPRENATAL, assessing compliance with the minimum requirements and the process indicators as proposed. Subjects and Methods: For the systematic review, the primary studies on the subject were identified by consulting the databases MedLine and Scielo from 2001 upwards, with information obtained from SISPRENATAL or other sources. A metaanalysis was then performed, estimating the pooled proportion for each process indicator with its respective 95%CI. For the study in São Carlos, SP, a cross sectional study of 1489 women admitted for childbirth by Public Health System at the Maternity of S. Carlos was performed, between November 2008 and October 2009. The data on prenatal care were collected from prenatal chart and from SISPRENATAL. The information was compared between the two sources using the McNemar ?2 test for related samples. Results: According to the articles included in the systematic review, process indicators showed an increase in their record across the period by both data sources, with lower values registered in SISPRENATAL. The coverage of prenatal care in São Carlos was 97.1% according to the prenatal chart and 92.8% according to SISPRENATAL, with significant difference between both sources of information for all the minimum requirements and process indicators. The prenatal chart had more recorded information than SISPRENATAL (except for the first prenatal visit). The proportion of women with six or more visits and all basic lab exams was 72.5% by the chart and 39.4% by the official system, differences held for the five municipalities' health areas. Conclusions: There was a low coverage of PHPN according to SISPRENATAL, compared with other sources of information, with the only exception of the proportion of pregnant women in relation to the number of live births. This was 23.05% on average in SISPRENATAL among several articles, while 15.94% according to other sources. In São Carlos, SISPRENATAL was not a reliable source for assessing the information available about prenatal care. There was a great adhesion to PHPN, but the registry of the information was flawed. After ten years of starting the program, it is now up to municipalities to adequate the quality of care and technical training for correct documentation of health information / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
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As práticas preventivas para o câncer de mama, do colo de útero e da próstata em município do Estado de São Pauo, Brasil : um olhar sobre a equidade / Preventive practices breast, uterine and prostate cancer in municipalities in the state of São Paulo, Brazil : a view of equityAmorim, Vivian Mae Schmidt Lima 17 August 2018 (has links)
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T02:24:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Justificativa: O câncer de mama, do colo de útero e de próstata são neoplasias importantes na incidência e na mortalidade no Brasil e são agravos que dispõem de métodos de rastreamento para detecção precoce oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Existe a necessidade de se identificar os grupos de mulheres e de homens que não realizam os exames de detecção precoce para esses agravos, como forma de implementar as estratégias para captação desses indivíduos visando minimizar as desigualdades sociais ainda existentes em relação ao acesso aos serviços de saúde. Objetivos: Analisar as práticas de detecção precoce para o câncer de mama, do colo uterino e de próstata, segundo características sociodemográficas, filiação a planos privados de saúde, morbidade e comportamentos relacionados à saúde. Material e Métodos: Estudo do tipo transversal, de base populacional, que teve como população de estudo todos os indivíduos do sexo feminino com idade de 20 a 69 anos residentes no município de Campinas, participantes do ISACAMP 2008/2009 e homens com idade superior a 50 anos residentes nos municípios de Campinas, Botucatu, Taboão da Serra, Embu e o distrito do Butantã em São Paulo, participantes do ISA-SP 2002/2003. Para a obtenção da amostra, os setores censitários dos municípios, foram agrupados em três estratos, segundo o percentual de chefes de família com nível universitário. Foram sorteados 10 setores censitários de cada estrato, e de cada setor censitário foram sorteados os domicílios e selecionados os indivíduos que seriam entrevistados, segundo os domínios de sexo e idade. As informações foram obtidas por meio de questionário estruturado em blocos temáticos, com a maioria das questões fechadas, aplicado diretamente à pessoa sorteada. O presente estudo incluiu 992 homens com 50 anos ou mais, 696 mulheres de 40 a 69 anos e 508 mulheres de 20 a 59 anos. Foram incluídos na análise dois grupos de variáveis: as independentes compostas por variáveis sociodemográficas, filiação a plano privado de saúde, comportamentos relacionados à saúde e estado da saúde e as dependentes, referentes à realização das práticas preventivas para a detecção do câncer de mama, do colo de útero e da próstata. Para as análises estatísticas foi utilizado os programas STATA 9 e STATA 11.0, que possibilitou levar em consideração as variáveis do plano de amostragem e o efeito de delineamento. As análises bivariadas incluíram estimativas de prevalência e intervalos confiança de 95% (IC) e modelos de regressão logística múltipla de Poisson. Resultados: O presente estudo verificou que 44,4% (IC 95%: 37,3-51,7) da população estudada dos homens de 50 anos ou mais, nunca haviam realizado exame preventivo para o câncer de próstata. Dos homens que referiram ter realizado exames de detecção do câncer de próstata (55,6%) o toque retal foi referido por 61,8%, o PSA por 73,2%, a ultra-sonografia por 28,2% e a biópsia por 7,3%. Dentre os homens que referiram ter realizado algum exame, 49,7% o haviam feito no ano que antecedeu a entrevista, 23% entre um a dois anos, 10% entre dois a três anos e 17% quatro anos ou mais antes da entrevista; Dos exames realizados, 41% foram financiados SUS. Os resultados da análise de regressão múltipla de Poisson apontam que a não realização dos exames preventivos para o câncer de próstata foi significativamente mais freqüente nos homens com menos de 70 anos, menor escolaridade, de menor renda familiar per capita, que não apresentam Diabetes Mellitus, que referiram algum tipo de deficiência visual e que não fizeram consulta odontológica no ano que antecedeu a entrevista. Em relação à realização da mamografia o presente estudo mostrou que das mulheres de 40 a 69 anos residentes no município de Campinas 47,7 % (IC95% 39,1-56,5) relataram filiação a planos privados de saúde e que 64,2% das mulheres realizaram a mamografia nos dois anos que antecederam a entrevista. O principal motivo apresentado para a realização da a mamografia foi realizá-la como procedimento de rotina sem a presença de queixas ou sintomas. Para as mulheres que nunca realizaram a mamografia o motivo mais alegado foi achar que a realização do exame não é um procedimento necessário s ser feito. Não ter o conhecimento do resultado do exame mostrou-se mais prevalente nas mulheres SUS dependente em relação as que têm plano privado de saúde. Das mamografias realizadas, 49,3 % foram financiadas pelo SUS e 50,7% pelos planos privados de saúde. A análise de regressão múltipla hierarquizada de Poisson revelou que persistiram significantes as variáveis: renda e plano privado de saúde, na 1ª etapa atividade física no lazer, diabetes mellitus e a consulta odontológica na 2ª etapa. Quanto a realização da citologia oncótica 46,4% (IC95% 34,1-59,2) das mulheres de 20 a 59 anos são filiadas a planos privados de saúde e que 86,2% (IC 95% 82,6-89,1) das mulheres entre 20 a 59 anos residentes no município de Campinas fizeram o exame nos últimos 3 anos, não sendo observada diferença na realização do Papanicolaou entre as mulheres que tem e as que não tem plano privado de saúde. Apenas 6,8% das mulheres entrevistadas referiram nunca ter realizado o Papanicolaou. O principal motivo alegado para a realização do exame foi fazê-lo como exame de rotina (92,8%). Já o principal motivo referido pelas mulheres que nunca fizeram o exame foi de acharem não ser um exame necessário. Quanto ao resultado do exame somente 4,5% não sabiam do resultado do último exame. Das citologias oncóticas realizadas, 55,7 % foram financiadas pelo SUS e 44,3% por planos privados de saúde. Não foi observada a associação entre as variáveis sócio-demográficas, de filiação a planos privados de saúde, de comportamento de saúde, morbidade e a realização da citologia oncótica nos três anos que antecederam a entrevista. Conclusão: Esse estudo mostrou importantes desigualdades socioeconômicas na realização do PSA, a presença da eqüidade na realização da citologia oncótica entre as mulheres de 20 a 59 anos residentes filiadas a planos privados de saúde e as SUS dependentes. Também apontou a existência de desigualdades, na realização da mamografia, entre das mulheres de 40 a 69 mostrando que as filiadas a planos privados de saúde realizam mais o exame do que as SUS dependentes. Quanto ao acesso na realização do Papanicolaou observou-se a existência da equidade apontando para a possibilidade de que o mesmo possa ocorrer em relação as outras praticas de saúde. Estratégias que garantam a equidade no acesso necessitam serem desenvolvidas com o objetivo de minimizar as desigualdades na realização da mamografia e do PSA e da integralidade das ações pertinentes às políticas nacionais da saúde do homem e da mulher / Abstract: Justification: Breast, uterine and prostate cancer are important malignancies in terms of incidence and mortality in Brazil. The Brazilian public healthcare system offers early detection methods for these conditions. There is need to identify groups of women and men who have not undergone early detection exams in order to implement strategies for reaching these individuals with the aim of minimizing existing social inequalities related to healthcare services. Objectives: The aim of the present study was to analyze early detection practices for breast, uterine and prostate cancer based on socio-demographic characteristics, affiliations with private health plans, morbidity and health-related behavior. Materials and Methods: A population-based cross-sectional study was carried out involving a study population of all females between 20 and 69 years of age in the city of Campinas (SP, Brazil) who participated in the ISACAMP 2008/2009 health survey and men aged 50 years or older residing in the cities of Campinas, Botucatu, Taboão da Serra and Embu and the district of Butantã in Sao Paulo (SP, Brazil) who participated in the ISA-SP 2002/2003 health survey. For the determination of the sample, the census sectors of the municipalities were grouped into three strata based on the percentage of heads of family with a university education. Ten census sectors of each stratum were selected by lots; residences were selected by lots from each census sector; and the individuals to be interviewed (based on gender and
age) were then selected. The information was collected using a questionnaire structured in thematic blocks, with the majority of items closed questions, administered directly to the individual selected. The study involved 992 men aged 50 years or older, 696 women between 40 and 69 years of age and 508 women between 20 and 59 years of age. Two groups of variables were used in the analysis: independent variables, made up of socio-demographic variables, affiliations with private health plans, health-related behavior and health status; and dependent variables referring to preventive practices for the detection of breast, uterine and prostate cancer. The STATA 9 and STATA 11.0 programs were used for the statistical analysis, which allowed taking the sampling plan and design effect into consideration. The bivariate analyses included prevalence estimates and 95% confidence intervals (CI) as well as Poisson multiple logistic regression models. Results: A total of 44.4% (95% CI: 37.3-51.7) of population of males aged 50 years or older had never undergone a preventive prostate cancer exam. Among the men who reported having a prostate exam (55.6%), 61.8% reported undergoing the digital rectal exam, 73.2% reported undergoing the PSA exam, 28.2% reported undergoing ultrasonography and 7.3% reported undergoing biopsies. Among the men who reported undergoing an exam, 49.7% had done so in the year prior to the interview, 23% had done so one to two years earlier, 10% had done so two to three years earlier and 17% had done so four or more years prior to the interview. A total of 41% of the exams were financed by the Brazilian public healthcare system. The results of the Poisson multiple regression analysis revealed that the failure to undergo preventive prostate cancer exams was significantly more frequent among men under 70 years of age, those with less schooling, those with a lower household income, those without diabetes mellitus, those who reported some type of visual impairment and those Who had not visited the dentist in the previous year. With regard to mammography, among the female residents of the city of Campinas aged 40 to 69 years, 47.7% (95% CI: 39.1-56.5) reported affiliations with private health plans and 64.2% reported undergoing a mammogram in the two years prior to the interview. The main reason given for undergoing the exam was as a routine procedure, with no complaints or symptoms. Among the women who had never undergone a mammogram, the most reported reason was the belief that the exam is not a necessary procedure. A lack of knowledge regarding the results of the exam was more prevalent among those dependent on the public healthcare system in comparison to those with a private health plan. Among the mammograms performed, 49.3% were financed by the public healthcare system and 50.7% were financed by private plans. The following variables remained significant in the Poisson hierarchal multiple regression analysis: income and private health plan in the 1st step; and physical leisure activity, diabetes mellitus and dental appointment in the 2nd step. Regarding cancer cytology, 46.4% (95% CI: 34.1-59.2) of the women affiliated to private health plans between 20 and 59 years of age and 86.2% (95% CI: 82.6-89.1) of those between 20 and 59 years of age residing in the city of Campinas had taken the exam in the previous three years, with no significant difference in having undergone a Papanicolaou test between women with and without a private health plan. Only 6.8% of the women interviewed reported never having taken this exam. The main reason given for taking the test was as a routine exam (92.8%). The main reason given by the women who had never taken the test was the belief that it was unnecessary. Only 4.5% did not know the result of their last Papanicolaou test. A total of 55.7% of the cancer cytology exams were financed by the public healthcare system and 44.3% were financed by private plans. No associations were found between the socio-demographic variables, affiliation with private health plans, health-related behavior, morbidity and having undergone a cancer cytology exam in the three years prior to the interview. Conclusion: The present study demonstrated important socioeconomic inequalities with regard to having undergone a PSA exam as well as equity regarding having undergone cancer cytology exams among women between 20 and 59 years of age either affiliated to private health plans or dependent on the public healthcare system. Inequalities were detected in having undergone mammography among women aged 40 to 69 years, demonstrating that those affiliated to private health plans underwent the exam more than those dependent on the public healthcare system. Equity was found with regard to the Papanicolaou test, indicating the possibility that the same could also occur with other health practices. Strategies that ensure equity in relation to access to health services need to be drafted in order to minimize inequalities regarding mammography and the PSA test as well as the promotion of integral actions that are relevant to national health policies for men and women / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
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Significados psicossociais da perda urinaria para mulheres de condições socioeconomicas menos favorecidas = um estudo clinico-qualitativo / Psichosocial meanings of urinary incontinence for women of low socioeconomic status : a clinical -quantitative studyHiga, Rosangela 03 October 2010 (has links)
Orientadores: Egberto Ribeiro Turato, Maria Helena Baena de Moraes Lopes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T19:25:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O objetivo deste estudo foi aprofundar os conhecimentos sobre significados psicossociais da perda urinária atribuídos por mulheres incontinentes de condições socioeconômicas desfavorecidas. Utilizado o Método Clínico-Qualitativo com captação dos sujeitos pela técnica da bola-de-neve e fechamento do tamanho amostral pelo critério de saturação. A amostra foi composta por oito mulheres, entre 30 a 45 anos, com queixa de qualquer perda involuntária de urina e que nunca realizaram tratamento, faxineiras, que tinham em média cinco anos de escolaridade e renda familiar máxima de 4,5 salários mínimos. As entrevistas semidirigidas foram realizadas individualmente, gravadas e literalmente transcritas. A técnica de análise temática de conteúdo, com leituras flutuantes do corpus, e a análise dos dados baseada nos recursos psicossocias e psicodinâmicos possibilitaram a eleição de cinco categorias: (1) Um corpo que vaza; (2) Uma sexualidade interrompida; (3) Um assunto velado; (4) Uma vivência solitária e (5) O não dito é o "mal-dito". A perda de urina sustentou nas mulheres sentimentos de impotência, com perda da normalidade de um corpo que envelhece prematuramente. As marcas na roupa e o odor de urina exalado causaram isolamento e denotaram um estigma social. A vivência de uma sexualidade interrompida pela perda urinária evidenciou o ato sexual como uma obrigação marital, e trouxe à tona significados que refletem valores sociais das questões de gênero. As mulheres tinham medo de ser criticadas, julgadas e mal interpretadas. Calavam-se, evitavam comentários e omitiam opiniões. Elas não conseguiam buscar ajuda e tinham uma vida solitária. Adaptavam estratégias comportamentais para mostrar continência e ser aceitas socialmente. O seu silêncio e a negação demonstraram ser mecanismos desenvolvidos para lidar com conflitos internos. Concluímos que os resultados deste estudo foram semelhantes ao de outras pesquisas com mulheres de faixa etária e grupos socioculturais distintos, demonstrando que as experiências e os significados da perda urinária são um fenômeno universal entre as mulheres. O silêncio evidenciou uma forma de expressão e um mecanismo de proteção. A perda urinária feminina significou impotência, isolamento e solidão, que interferiram na busca de tratamento / Abstract: The aim of this study was to amplify the knowledge of psychosocial meanings of urinary incontinence as related by incontinent women of low socioeconomic status. The clinical-qualitative method was used, and the subjects were selecting in the Snowballing technique, and the criterion of saturation closed of the sample size. The sample was the eight women, between 30 and 45 years, who had a history of any involuntary loss of urine and never received treatment, who worked with house cleaning, with an average five years of education, and with gamily income of 4.5 Brazilian minimum salaries. The semi-directed interviews were performed individually, recorded and fully transcribed. The technique of content analysis, with readings of the floating corpus, and the data analysis based on psychosocial and psychodynamic approaches, allowed to select five categories: (1) A body that leaks; (2) An interrupted sexuality; (3) A hidden problem; (4) A lonely life experience; and (5) The not said is the "badly-said". The female urinary loss sustained feelings of helplessness with the normality loss of the body that become old prematurely. The spot on the clothes and the smell of urine exhaled caused isolation denoting a social stigma. The experience of sexuality interrupted by an urinary loss showed the sexual act as a marital obligation, and brought to the surface meanings that reflect social values of gender issues. The women were afraid of being criticized, judged and misunderstood, so they shut up, avoided comments and omitted theirs opinions. They could not get help and had a lonely life. Behavioral strategies adapted to display continence and social acceptance. The silence and denial proved to be mechanisms developed to deal with internal conflicts. We conclude that our results were similar to other surveys of women of age groups and socio-cultural backgrounds, demonstrating that the experiences and meanings of urinary incontinence is a universal phenomenon among women. The silence showed a form of expression and a mechanism of protection. Female urinary loss meant powerlessness, isolation and loneliness that interfered in seeking treatment / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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