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O cuidado em saúde mental na atenção básica : uma cartografiaSantana, Taís Fernanda Maimoni Contieri. January 2013 (has links)
Orientador: Maria Alice Ornelas Pereira / Banca: Eliana Mara Braga / Banca: Ana Lucia Machado / Resumo: A busca pela melhoria da atenção à saúde no país vem, ao longo de décadas, imprimindo um percurso caracterizado por enfrentamentos, desafios e avanços que evidenciam a importância da Atenção Básica no contexto da assistência. Neste, a temática do cuidado tem se mostrado importante, pois contém a essência das práticas na área da saúde. Nessa perspectiva, foi realizado estudo de natureza qualitativa, que teve como objetivo cartografar o cuidado prestado pelos profissionais atuantes na Estratégia Saúde da Família, ao portador de transtorno psíquico. Como referencial teórico, assumiram-se os preceitos de cuidado trazidos por Emerson Merhy, autor que dá subsídios para a temática proposta, assim como se recorreu à obra de Benedeto Saraceno, autor que sustenta a discussão pertinente à Reabilitação Psicossocial. A cartografia viabilizou a construção de mapas ao acompanhar percursos e movimentos circulantes que envolvem o cuidado prestado no serviço e as forças que movem as pessoas na execução deste ao portador de transtorno mental. A análise foi amparada pela elaboração dos territórios: do fazer, do pensar o fazer e dos entraves/desafios. Os resultados apontaram para o cuidado embasado no modelo médico hegemônico, com forte presença da medicalização. Os sujeitos do estudo revelaram sentimentos ligados à impotência, à angústia e ao despreparo frente à execução de cuidados em nível de saúde mental na atenção básica, enfatizaram os entraves para a efetivação do vínculo, da coparticipação e do comprometimento para vislumbrarem avanços no cotidiano das práticas em saúde / Abstract: The search for improving the attention to health care in the cowntry comes along decades printing a pathway characterized by confrontations, challenges and developments that emphasizes the importance of Basic Care in the context of assistance. In this context, the thematic of care has been shown important because it contains the essence of practices in healthcare area. In this perspective was made a study of qualitative nature that aimed to mapping the care provided by professionals who acting in the Family Health Strategy to the bearer of mental disorders. As a theoretical referential was assumed the precepts of care provided by Emerson Merhy, the author who gives subsidies to the thematic proposed and was resorted to the work of Benedetto Saraceno, the author who sustains the discussion pertaining to Psychosocial Rehabilitation. The mapping has enabled the construction of maps following pathways and circulating movements that involve the care provided in the service and the forces which move persons in the execution of this care to the bearer with mental disorders. The analysis was supported by the establishment of territories: the making of, the thought of making, and the barriers/challenges. The results pointed to the care grounded in the hegemonic medical model with a strong presence of medicalization. The participants of the study revealed feelings linked to impotence, distress and unpreparedness against execution care in level of mental health in Basic Care, emphasized the obstacles to the effectuation of the link, the co-participation and commitment to envision advances daily practices in health / Mestre
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Transtorno mental comum e lazer entre estudantes da área da saúde do campus de Botucatu-UNESP : um estudo transversal /Vieira, Júlia Lelis. January 2015 (has links)
Orientador: Maria Cristina Pereira Lima / Coorientador: Liana Abrão Romera / Banca: Gisele Maria Schwartz / Banca: Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira / Resumo: Estudos observacionais têm revelado uma associação entre a presença de transtornos mentais e a falta de vivências de lazer. Esta pesquisa tem por objetivo estimar a prevalência de TMC e sua associação com lazer entre estudantes da área da saúde do campus de Botucatu, UNESP. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico no qual foram analisados aspectos relacionados ao lazer e transtorno mental comum. A variável dependente foi à presença de Transtorno Mental Comum, investigado pelo Self Reporting Questionnaire. A principal variável exploratória foi o lazer, investigado por meio de um instrumento elaborado para avaliação de práticas do contexto do lazer na população universitária. As variáveis confundidoras foram as características sociodemográfico, rede de apoio, avaliada pela Escala de Apoio Social (EAS) e uso de álcool, avaliado pelo Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit). A casuística foi composta por graduandos dos cursos de Enfermagem, Medicina, e Nutrição do campus de Botucatu, UNESP. Inicialmente foi feita análise descritiva, seguida de análise bivariada e, posteriormente, regressão logística. Foi adotado o nível de significância estatístico padrão de p < 0,05, para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: A prevalência global de TMC foi 40,9%, sendo 57,5% no curso de Enfermagem, 40,7% na Medicina e 26,6% na Nutrição. Após regressão logística, as variáveis que se mantiveram significativas como fatores de risco foram: curso de Enfermagem, seguido de Medicina; não ser solteiro; ter dificuldade em fazer amigos; sentir-se rejeitado; estar insatisfeito com a escolha do curso; desejo de abandonar o curso; insatisfação com a frequência do lazer; uso de álcool, tabaco e/ou substâncias psicoativas no lazer; menor escore de apoio interação; não praticar esportes e não tocar instrumento e/ou cantar. Conclusão: Observou-se que a prevalência de TMC foi... / Abstract: Observational studies have shown an association between the presence of mental disorders and the lack of leisure time experiences. This study aims to evaluate the occurrence of CMD and its association with leisure time and activities among health students from the campus of Botucatu, UNESP. Method: This was a cross-sectional, descriptive and analytical study that analyzed aspects related to leisure time and common mental disorders. The dependent variable was the presence of Common Mental Disorder, investigated by the Self-Reporting Questionnaire. The main exploratory variable was leisure time, investigated by means of an specific tool for assessment practices Rest in the university population. The confounding variables were sociodemographic characteristics, support network, assessed by Social Support Scale (EAS) and alcohol use assessed by Alcohol Use Disorders Identification Test (Audit). The sample was composed of graduates from Nursing School, Medicine, and Nutrition in the campus of Botucatu, UNESP. Initially a descriptive analysis was performed, followed by bivariate analysis, and finally a logistic regression. The level of statistical significance pattern of p <0.05, to reject the null hypothesis, was adopted. Results: The overall prevalence of CMD was of 40.9% being 57.5% among students from Nursing School, 40.7% in Medicine and 26.6% in Nutrition. After logistic regression, the variables that remained significant risk factors were: Nursing School followed by Medicine; not being single; having difficulty making friends; feeling rejected; being dissatisfied with the choice of the course; desire to leave the course; dissatisfaction with the frequency of leisure time; use of alcohol, tobacco and / or psychoactive substances at leisure time; lowest score in support interaction; not playing sports and not playing instruments or singing. Conclusion: It was observed that the prevalence of CMD was similar to that found in the studied ... / Mestre
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A clínica psicanalítica com crianças em um centro de atenção psicossocial infantojuvenil: interfaces e controvérsiasGóes, Carla Martins de Carvalho 26 August 2016 (has links)
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Dissertação Carla - Versão Final para a Publicação UFBa.pdf: 1591134 bytes, checksum: 056962bdf91d4a2492cea8eaf3349df5 (MD5) / CAPES / No trabalho psicanalítico com crianças em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, CAPS i, os desafios da clínica psicanalítica propriamente dita, com o real da psicose e da neurose grave se presentificando em casos de profundo desamparo psíquico, social e econômico, associados ao cunho coletivo do trabalho em instituição, convoca o psicanalista a questionar a operacionalidade dos dispositivos clínicos da psicanálise nesse campo multidisciplinar. A partir das experiências clínicas conduzidas nos CAPS, a psicanálise traz para a discussão a tensão existente nesse campo entre a clínica e a política, destacando a importância da articulação e do enlace entre os saberes para o exercício da clínica nesse espaço, porém poucas evidências desse diálogo são encontradas, principalmente no que diz respeito ao atendimento de crianças. Assim, a presente pesquisa pretende analisar como o discurso analítico na clínica com crianças pode se articular com os outros discursos presentes em um CAPS i e contribuir na direção do tratamento, à luz de recortes clínicos do caso de um menino de nove anos atendido por mim. Para tanto, examinou-se a especificidade da clínica psicanalítica com crianças; identificou-se o lugar da criança nas estruturas discursivas presentes nos laços sociais, tomando como a referência a teoria dos quatro discursos de J. Lacan, a fim de: analisar os discursos e práticas presentes no CAPS i; observar o tratamento dado ao sintoma e o manejo da transferência realizado pelo discurso do analista em meio aos demais discursos em um CAPS i; e, por fim, examinar a articulação entre os discursos na direção do tratamento de uma criança em um CAPS i. Esse estudo teve como referencial teórico a psicanálise e utilizou como método a construção de caso clínico. A realização dessa pesquisa torna-se relevante por possibilitar ampliar a discussão sobre crianças em sofrimento psíquico na saúde pública e seu tratamento em um CAPS i, deslocando o eixo discursivo do transtorno ou deficiência para o campo da estruturação subjetiva na interface dos campos da psicanálise, saúde mental e psiquiatria, fornecendo subsídios para a sustentação da teoria e da prática psicanalítica com crianças na saúde pública. / In the psychoanalytic work with children placed into Psychosocial Care Center for children
and youth, CAPS i, the challenges of the psychoanalytic clinic itself, with the real of the
psychosis and neurosis taking places in the severe cases of psychoanalytical, social and
economic helplessness, associated to the difficulties of the job in a collective institution,
convokes the psychoanalyst to question the functionnalty of clinical tools in this
multidisciplinary field. On the bases of clinical experiences conducted in the CAPSs, the
psychoanalysis brings to the discussion the conflict that exists between the clinic and the
politic, pointing out the importance of the articulation between the knowledges that makes
possible the exercise of the clinic in this space. However, there are a few evidences of this
dialogue, especially in regards to the child’s assistance. Therefore, the present research
intends to analyse how the analytic discourse about the child clinic can be articulated with
others discourses presents in a CAPS i and contributes on the direction of the treatment, based
on the clinical case of a nine years old boy which was my patient. To reach this goal, the
specifies of the child analytic clinic was examined and the place of the children in the
discourse’s structures in the social bond was identified, based on the Theory of four
discourses of Jacques Lacan, intending to analyse the discourses and practice in CAPS i
according to the Athos case; to analyse the treatment given to the symptom and to the
management transfer in the analyst's discourse in between the others discourses in a CAPS i;
and. finally, to exam the articulation between the discourses in the way to the treatment of a
child in a CAPS i. This study is based on the psychoanalysis’s theory and will have as a
method the construction of a clinical case. This research is relevant because it provides an
ample discussion about children in public care who suffer psychology and their treatment in a
CAPS i, shifting the focus of the discussion from the deficiency to the field of the subjective
structuring in the different interfaces of psychoanalysis, mental health and psychiatry, hence,
providing evidence to support the theory and psychiatric practice with children in public
health.
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Perfil nacional de utilização dos centros de atenção psicossocial por crianças e adolescentes com transtornos por uso de substâncias psicoativas, Brasil, 2008 a 2012.Conceição, Deborah Santso 10 May 2016 (has links)
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Dissertação Déborah Santos Conceição. 2016 (1).pdf: 952455 bytes, checksum: af9c4c00392fe468472a26602b45f822 (MD5) / Os transtornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas (SPAs) juntamente com outros transtornos mentais representam 13% da carga global de doença. Estima-se que uma a cada dez pessoas que consomem SPAs apresenta problemas relacionados ao uso, impactando os sistemas de saúde pública em termos de prevenção, tratamento e cuidados. Este estudo objetiva descrever o perfil dos atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas realizados em Centros de Atenção Psicossocial de todo o Brasil. Estudo descritivo, ecológico, que analisou as unidades federativas brasileiras (estados e Distrito Federal), no período de 2008 a 2012. Foram utilizados dados secundários da Autorização de Procedimento Ambulatorial (APAC) e sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foram adotadas como variáveis: Localização, Tipo de estabelecimento, Data de habilitação, Código da CID 10, Modalidade de atendimento, Idade, Sexo e Raça/cor. Realizou-se análise descritiva, cálculo de taxas de atendimento e análise por regressão linear. Foram encontrados 152.833 registros de atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos por uso de SPAs. São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores percentuais de atendimento em todo o período. A taxa de atendimento no Brasil aumentou de 32,2 atendimentos/ 100 mil habitantes com até 19 anos, em 2008, para 61,1 atendimentos/100 mil habitantes em 2012. A análise por regressão linear revelou um aumento médio de 8,1 unidades na taxa de atendimento por ano. O sexo masculino foi indicado em 81,2% dos registros e a faixa etária de 15 a 19 anos em 83,2%. A ausência de informações sobre a variável Raça/cor foi observada em 45,3% dos registros. Os CAPS AD foram responsáveis por 81,5% dos atendimentos. Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas contribuíram com 56,4% dos registros, seguidos pelos transtornos por uso de cocaína, 15,6%, uso de canabinóides, 15,5%, e uso de álcool, 9,4%. Atendimentos do tipo Semi-Intensivo foram apontados em 47,9% dos registros. Observou-se uma tendência de aumento do número de atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos por uso de substâncias psicoativas, contudo há uma desigualdade na distribuição dos CAPS no território nacional e incipiência das políticas direcionadas a esta população. Este estudo aponta a necessidade de ampliação das discussões acerca do consumo de SPAs na infância e adolescência e maior organização da assistência em saúde àqueles que possuem necessidades relacionadas este consumo.
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Análise da inclusão do tema violência na rede de atenção à saúde mental do município do Rio de Janeiro / Analysis of the inclusion of this subject in the network of mental health care in the municipality of Rio de JaneiroValadares, Fabiana Castelo January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / A violência está muito presente na sociedade brasileira e, desde a década de 1980, vem se configurando também como um importante problema de saúde pública. Para enfrentar esse desafio o setor saúde tem buscado, principalmente ao longo da última década, construir formas de intervenção voltadas para a promoção da saúde e a prevenção da violência. Tais ações foram formalizadas na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência, aprovada no ano de 2001, com a proposta de promover ações integradas e intersetoriais em todos os níveis da atenção em saúde. Como essas propostas e ações vêm sendo integradas a atenção à saúde mental é a pergunta que buscamos responder nesta tese. No âmbito da atenção à saúde mental, a violência sempre esteve presente nos discursos construídos em torno da anormalidade e periculosidade das pessoas com transtornos mentais, bem como nas diferentes propostas de tratamento e exclusão às quais essas pessoas eram submetidas. Ao longo das últimas décadas ocorreram mudanças profundas na Política de Atenção à Saúde Mental no Brasil que passou a privilegiar a atenção extra-hospitalar, a integração familiar e comunitária, a inclusão social e a garantia de direitos das pessoas com transtornos mentais. Diante desta nova configuração da assistência, o enfrentamento dos problemas comuns à sociedade, como as situações de violência, passaram a se constituir também como objeto da intervenção dos profissionais desta área. Esta tese buscou, a partir dos quatro artigos que a compõem e por meio da metodologia que combinou abordagens quantitativas e qualitativas, identificar como a violência vem sendo inserida como objeto de intervenção das práticas dos profissionais da atenção em saúde mental, como as diretrizes da Política de Atenção à Saúde Mental integram esta temática e quais orientações as categorias profissionais vem construindo / em torno do tema. Para isso utilizou a metodologia da pesquisa documental para analisar como a literatura científica e os marcos legais da Política de Saúde Mental vem incorporando o tema da violência, que grupos populacionais vem sendo mais abordados e quais os principais problemas enfrentados. A pesquisa qualitativa de abordagem compreensiva foi adotada para investigar como as categorias profissionais mais atuantes no âmbito da atenção à saúde mental vêm incorporando o tema da violência como objeto de intervenção de suas práticas. Já a triangulação de métodos foi realizada para investigar como os serviços de saúde mental têm atuado nos casos de violência que chegam aos serviços. Os resultados das pesquisas analisadas nesta tese apontam que a temática da violência vem gradativamente sendo incorporada como objeto de estudos e pesquisas no âmbito da saúde mental, com maior incremento a partir da segunda metade dos anos 2000. Também em relação aos marcos legais da Política de Saúde Mental constatou-se uma maior preocupação com o tema da violência, principalmente quando associada ao uso de substâncias psicoativas. Para as categorias profissionais entrevistadas a temática da violência surge como um dos objetos de intervenção das práticas de seus profissionais, entretanto foi percebida pouca apropriação das ferramentas propostas na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Por fim, os dois artigos que abordam, em períodos distintos, as práticas dos profissionais da saúde mental em relação à temática da violência, demonstram que ocorreram mudanças significativas nestas práticas e maior apropriação do tema. Concluímos que há um processo de incorporação do tema violência no âmbito da atenção em saúde mental, no entanto as práticas desse campo ainda têm pouca visibilidade. Nesse sentido esperamos, com esta pesquisa, contribuir para que o tema ganhe mais relevância.
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Análise da inclusão do tema violência na rede de atenção à saúde mental do município do Rio de Janeiro / Analysis of the inclusion of this subject in the network of mental health care in the municipality of Rio de JaneiroValadares, Fabiana Castelo January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / A violência está muito presente na sociedade brasileira e, desde a década de 1980, vem se configurando também como um importante problema de saúde pública. Para enfrentar esse desafio o setor saúde tem buscado, principalmente ao longo da última década, construir formas de intervenção voltadas para a promoção da saúde e a prevenção da violência. Tais ações foram formalizadas na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência, aprovada no ano de 2001, com a proposta de promover ações integradas e intersetoriais em todos os níveis da atenção em saúde. Como essas propostas e ações vêm sendo integradas a atenção à saúde mental é a pergunta que buscamos responder nesta tese. No âmbito da atenção à saúde mental, a violência sempre esteve presente nos discursos construídos em torno da anormalidade e periculosidade das pessoas com transtornos mentais, bem como nas diferentes propostas de tratamento e exclusão às quais essas pessoas eram submetidas. Ao longo das últimas décadas ocorreram mudanças profundas na Política de Atenção à Saúde Mental no Brasil que passou a privilegiar a atenção extra-hospitalar, a integração familiar e comunitária, a inclusão social e a garantia de direitos das pessoas com transtornos mentais. Diante desta nova configuração da assistência, o enfrentamento dos problemas comuns à sociedade, como as situações de violência, passaram a se constituir também como objeto da intervenção dos profissionais desta área. Esta tese buscou, a partir dos quatro artigos que a compõem e por meio da metodologia que combinou abordagens quantitativas e qualitativas, identificar como a violência vem sendo inserida como objeto de intervenção das práticas dos profissionais da atenção em saúde mental, como as diretrizes da Política de Atenção à Saúde Mental integram esta temática e quais orientações as categorias profissionais vem construindo / em torno do tema. Para isso utilizou a metodologia da pesquisa documental para analisar como a literatura científica e os marcos legais da Política de Saúde Mental vem incorporando o tema da violência, que grupos populacionais vem sendo mais abordados e quais os principais problemas enfrentados. A pesquisa qualitativa de abordagem compreensiva foi adotada para investigar como as categorias profissionais mais atuantes no âmbito da atenção à saúde mental vêm incorporando o tema da violência como objeto de intervenção de suas práticas. Já a triangulação de métodos foi realizada para investigar como os serviços de saúde mental têm atuado nos casos de violência que chegam aos serviços. Os resultados das pesquisas analisadas nesta tese apontam que a temática da violência vem gradativamente sendo incorporada como objeto de estudos e pesquisas no âmbito da saúde mental, com maior incremento a partir da segunda metade dos anos 2000. Também em relação aos marcos legais da Política de Saúde Mental constatou-se uma maior preocupação com o tema da violência, principalmente quando associada ao uso de substâncias psicoativas. Para as categorias profissionais entrevistadas a temática da violência surge como um dos objetos de intervenção das práticas de seus profissionais, entretanto foi percebida pouca apropriação das ferramentas propostas na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Por fim, os dois artigos que abordam, em períodos distintos, as práticas dos profissionais da saúde mental em relação à temática da violência, demonstram que ocorreram mudanças significativas nestas práticas e maior apropriação do tema. Concluímos que há um processo de incorporação do tema violência no âmbito da atenção em saúde mental, no entanto as práticas desse campo ainda têm pouca visibilidade. Nesse sentido esperamos, com esta pesquisa, contribuir para que o tema ganhe mais relevância.
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Estratégias de inclusão da saúde mental na atenção básica no Rio de Janeiro: um movimento das marés / Strategies for inclusion of mental health in primary care in Rio de Janeiro: a tidal movementSouza, Ândrea Cardoso de January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Made available in DSpace on 2016-07-05T22:26:24Z (GMT). No. of bitstreams: 3
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Previous issue date: 2012 / A inclusão das ações de saúde mental na atenção básica é uma diretriz da política pública nacional de saúde mental e constitui-se numa estratégia para a consolidação da reforma na área. Frente a isto, buscou-se conhecer como se dá esta inclusão em um grande centro urbano. Para tal, este estudo teve como objetivos analisar as estratégias desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro para a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica por meio do conhecimento dos impasses e facilitadores como parte da política pública no município do Rio de Janeiro; e a identificação das tecnologias decuidado em saúde mental oriundas da articulação entre esta e a atenção básica. Realizou-se um estudo de caso, configurando-se numa pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. Como cenário, contou-se com dois grupos de serviços do município do Rio de Janeiro: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II e III e Unidades Básicas de Saúde. Foram entrevistados os diretores dessas unidades, bem como um gestor da atenção básica e um da saúde mental. Foi realizada pesquisa de campo, com entrevistas semi estruturadas e os dados foram analisados sob o referencial da análise de conteúdo. Para a apresentação dos resultados optou-se por organizar os achados em eixos considerados fundamentais para ainclusão das ações de saúde mental na atenção básica, sendo estes: equidade, integralidade, acesso, território e trabalho em rede. Quanto à articulação entre saúde mental e atençãobásica no município do Rio de Janeiro, identificou-se que diferentes são os arranjos e práticas implantadas tanto pelos CAPS quanto pelas unidades de atenção básica para promoverem o cuidado no território, caminhando no sentido da promoção de outras práticas de cuidado em saúde mental. / Uma ferramenta importante adotada no município para promoção da inclusão das ações de saúde mental no âmbito da atenção básica é o apoio matricial. Esta ferramenta da gestão tem sido adotada principalmente para viabilizar aqualificação das equipes da atenção básica para o cuidado em saúde mental no território. Constatou-se que as experiências de articulação da saúde mental com a atenção básica vêmocorrendo de maneira não linear, de forma assimétrica e que essa é uma modalidade de atenção ainda incipiente no município. No entanto, em algumas áreas constatou-se um avanço no sentido dessa articulação. Percebeu-se que essa articulação não se restringe a um serviço, refere-se, entre outras, a práticas de cuidado que se tece em rede, a partir dos encontros que resultam na tomada de responsabilidade não apenas pelos profissionais, mas de um conjunto de dispositivos a serviço de um cuidado atencioso e singular as pessoascom transtornos mentais. Contudo, inúmeros são os impasses para a consolidação dessa lógica de atenção tanto no nível macro quanto no nível micro da operacionalização das práticas. Para consolidar a estratégia de cuidado de saúde mental na atenção básica é preciso manter um diálogo permanente entre as equipes, com os recursos do território e com os segmentos sociais. Apesar de se configurar como uma estratégia em fase de implantação no município constatou-se que a articulação entre saúde mental e atenção básica é um dispositivo potente para a ampliação do acesso aos serviços pelos usuários e para promoção da desmistificação da loucura, inserindo-a na vida da cidade. A inclusão dasações de saúde mental na atenção básica possibilita a desenvolvimento de estratégias de cuidado e de novas conformações e organização tanto dos CAPS quanto dos serviços da rede de atenção básica de cuidados à saúde.
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Dizem que sou louco: o caso Damião Ximenes e a reforma psiquiátrica em Sobral/CEMONTEIRO, Rita Maria Paiva January 2015 (has links)
MONTEIRO, Rita Maria Paiva. Dizem que sou louco: o caso Damião Ximenes e a reforma psiquiátrica em Sobral/CE. 2015. 215f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-08T12:26:12Z
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Previous issue date: 2015 / The death of an internal from violence in a psychiatric hospital in Sobral-Ce, in October 1999, and the legal and health implications caused by this event that was known as the case Ximenes Lopes is the object of this thesis. The death of Damião in Guararapes Rest Home triggered the first brazilian conviction in the Inter-American Court of Human Rights and demanded a change in dealing with mental health in the municipality. The change was driven by the international repercussions of his death, even as a political action, but had as foundation the ideals of the movement of the Brazilian Psychiatric Reform. This thesis aims to the story of Damião and how his family publicized his death in pursuit of what they considered justice taking the case to the Inter-American Court of Human Rights as well as how the municipality of Sobral responded to the accusations that have been imputed. In nine months, the hospital-centered structure of the city was dismantled and in its place emerged a series of health equipment, which, through networks, reorganized the proposal of patient care in psychological distress. It is relevant to discuss the progress made in the health of the Municipality with this change, but also not fail to analyze the limitations that go through the implementation of a complex and innovative public policy. / A morte de um interno, por violência, em um hospital psiquiátrico em Sobral-Ce, em outubro de 1999, e as implicações jurídicas e na área da saúde ocasionadas por esse acontecimento que ficou conhecido como o caso Damião Ximenes Lopes é o objeto desta tese. A morte de Damião na Casa de Repouso Guararapes desencadeou a primeira condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos e exigiu uma mudança na forma de lidar com a saúde mental no Município. A mudança foi impulsionada pela repercussão internacional da sua morte, até como uma ação politica, mas teve como alicerce os ideais do movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Esta tese volta-se para a história de Damião e como a sua família tornou-a pública em busca do que considera justiça levando o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos e também como o Município de Sobral respondeu às acusações às quais foi imputado. Em nove meses, a estrutura hospitalocêntrica da cidade foi desmontada e em seu lugar emergiu uma série de equipamentos de saúde que, funcionando em rede, reorganizou a proposta de atendimento aos pacientes em sofrimento psíquico. É relevante discutir os avanços ocorridos na saúde do Município com essa mudança, mas também não deixar de analisar as limitações que perpassam a implementação de uma política pública complexa e inovadora.
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As tessituras cotidianas que compõem as práticas de cuidado nas relações entre trabalhadores da saúde mental e usuáriosAmorim, Rafaela Gomes 26 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Para pesquisar sobre as produções de cuidado pelos trabalhadores da saúde mental na relação cotidiana do trabalho e com os usuários, utilizou-se como ferramentas metodológicas: a cartografia - por considerar os processos descritivos de ‘uma vida’ e as multiplicidades que atravessam os sujeitos - e as narrativas propostas por Walter Benjamin, como forma de contar histórias sobre estes processos que se compõem na produção de cuidado. A Reforma Psiquiátrica no Brasil foi marcada pela crítica aos modos asilares, que eram/são adoecedores e negam os desejos e os direitos das pessoas que passam pela experiência da loucura, internadas ou não. Com o olhar crítico a esse modelo hospitalocêntrico, vários atores antimanicomiais protagonizaram a criação de dispositivos que transversalizam essa forma de cuidado. O cuidado em saúde mental passou por diversas transformações como mostra Foucault (1982), principalmente com a entrada do saber científico que se apropriou do conhecimento e do controle dos corpos para lidar com a loucura, o que proporcionou o isolamento dos loucos. E, hoje, com a Reforma Psiquiátrica, temos o desafio de continuar o movimento de desinstitucionalização das práticas, dos saberes e dos manicômios mentais, que perpassam as relações de trabalho de cuidado por meio de capturas, sensíveis ou não, e que se presentificam nos corpos, nas falas e nas ações. Dessa forma, faz-se necessário que esses processos de rupturas ao modo manicomial se iniciem em nós, para que a produção de subjetividades e novos modos de existência do outro se expandam em suas (re)invenções. Por isso, o trabalho se cria a todo instante, não tendo um modelo único de cuidar na saúde mental. No entanto, é importante salientar que a intervenção seja pautada numa ética estética-política e na produção de autonomia dos sujeitos, para que o trabalho não seja tutelador, mas que permita as afirmações dos desejos dos usuários. As equipes multiprofissionais e transdisciplinares fazem toda a diferença no acolhimento, no acompanhamento e nas intervenções com os usuários, os familiares e os próprios trabalhadores da saúde mental. Como uma forma de dispositivo de trabalho para produzir cuidado, a arte e a cultura são vistas como transformadores dos modos de existência, bem como o lazer e a ocupação dos territórios e da comunidade em que os usuários estão inseridos / To research about the care production for the mental health workers on the day by day relationship of the work and with the users, it was used as methodological tools: the cartography - by considering the describing processes from 'one life' and the multiplicity that goes through the subject - and the narratives proposed for Walter Benjamin, as the way to tell stories about these processes that compose themselves on the care production. The Psychiatric Reform on Brazil was marked by criticism to the asylums modes, that were/are sicken and deny the desires and rights of the people that pass for the madness experience, interned or not. With the critic sight to this hospitalocentric model, many anti-asylum actors staged the creation of dispositives that traverse this way of care. The care on mental health passed by many transformations as Foucault (1982) shows, mainly with the rise of scientific knowledge, that appropriated the knowledge and the control of the bodies to deal with madness, what provided the crazy isolation. And, today, with the Psychiatric Reform, we have the challenge to continue the movement for deinstitutionalization of practices, knowledges and mental asylums, that cross the care work relations by means of captures, sensitive or not, that presentify themselves on the bodies, words and actions. Thus, it's necessary that these processes of ruptures to the asylum mode start in us, so that the subjectivity production and new modes of existence of the others expand in their (re)inventions. That's why the work creates itself all the time, and don't have a only model to care on mental health. However, it's important to note that the intervention must be guided on a ethic aesthetic-political and on the autonomy production of the subjects, so that the work don't be tutelary, but permits the statement of user's desires. The multiprofessional and transdisciplinary teams make all the difference on reception, on accompaniment and on the interventions with the users, the family and the mental health workers themselves. As a way of work device to produce care, the art and culture are seem as transformers of the modes of existence, as well as the leisure and the occupation of territory and of community wherein the users are inserted
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A saúde mental do adolescente entre duas políticas públicas: o Programa Saúde do Adolescente (PROSAD) e a política de saúde mental / The mental health of adolescents between two public policies: the Adolescent Health Program (PROSAD) and mental health policyDulce Maria Fausto de Castro 22 May 2009 (has links)
This study aims at discussing adolescents mental health after the creation of the Adolescents Health Program (PROSAD) and the Mental Health Policy, in order to understand the "discussions on themes related to adolescence, especially those associated with mental health care, identifying conceptions and interpretations present in the view of
those who worked in the process of implementing those policies from 1989 to 2005. For this purpose, we analyzed documents and speeches and interviewed coordinators, professionals in
charge of both programs whom we considered important subjects involved in their elaboration and implementation. We highlight that, although there were possibilities such as the National Policies at that time characterized by important changes in the country, such as the institution of the Unified Health System they adopted intervention models and outlined their subject differently in separate situations. This results in mismatches and gaps that are somehow related to the way it is included in the process of change in health. When the analysis turns to the apparent impact of those policies in respect to the adolescents mental health, we notice that within the perspective of responding to the adolescents health care
needs in the country, most of the situations related to mental health are neither in one and nor in the other of those two policies but in a place between both. This between, as a
constructed political place, indicates the existence of a reality which is more complex than the cutouts worked by the policies. This doesnt mean that the Public Policies analyzed dont
have matching points, but these matching points or the established partnership take place only in some moments, when focused in some actions or specific projects. However, it is possible to observe approximation between mental health and primary care in the sense of offering care to the adolescent, showing the way for wider mental health care, which includes the different faces of suffering, guided by the notion of integrality. / Este estudo trata da saúde mental do adolescente a partir da formulação das políticas de Saúde do Adolescente (PROSAD) e de Saúde Mental, buscando compreender os debates que então se travaram em torno das questões relativas à adolescência, especialmente em relação à assistência à saúde mental, e identificando as concepções e interpretações que se
apresentavam no posicionamento dos formuladores no processo de implementação das políticas no período entre 1989 e 2005. Para tal, analisamos documentos oficiais e discursos produzidos pelas políticas e realizamos entrevistas com coordenadores, gestores, ex-gestores e atores-chaves implicados em suas formulações e processos. Destacamos que, apesar de encontrarem condições de possibilidades como Políticas Nacionais no mesmo período marcado por profundas mudanças no país, onde destacamos a instituição do SUS , elas
assumem modelos de intervenção e recortam seu objeto diferentemente e em momentos distintos, o que resulta em descompassos e hiatos que guardam certa relação com as formas de inserção nesse processo de mudança na saúde. Quando a análise se volta para a aparente intercessão das políticas no que diz respeito à saúde mental do adolescente, percebemos que dentro da perspectiva de responder ao conjunto das necessidades de cuidado da população adolescente no país, a maioria das situações que dizem respeito à saúde mental não se situa em uma e nem em outra, mas num entre as duas políticas. O entre, como lugar construído
e político, aponta para uma realidade que é mais complexa do que os recortes que as políticas operam. Isso não quer dizer que as políticas públicas analisadas não se encontrem; no entanto, os encontros ou as parcerias estabelecidas acontecem, em determinados momentos, voltados para ações e projeto específicos. Contudo, é possível reconhecer movimentos de aproximação entre saúde mental e atenção básica no sentido de aumentar a capacidade de oferecer o cuidado para os adolescentes, apontando caminhos para um trabalho de saúde mental mais amplo, que comporte as diferentes faces do sofrimento, orientado pela noção de integralidade.
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