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501

Desinstitucionalização em saúde mental : a experiência de São Lourenço do Sul, RS

Wetzel, Christine January 1995 (has links)
Esta pesquisa tem por objetivo analisar a institucionalização de um serviço de atenção à saúde mental vinculado a uma proposta de desinstitucionalização. Frente às mudanças nas políticas de saúde mental no Brasil e a todo um movimento que se instalou de questionamento ao modelo hospitalocêntrico e excludente de atenção à loucura - a Reforma Psiquiátrica, e às mudanças mais gerais no sistema de saúde brasileiro, principalmente a transferência para os municípios da gestão e organização de seus sistemas locais de saúde, o estudo enfoca a construção de um serviço, o Centro Comunitário de Saúde Mental de São Lourenço do Sul - RS. As técnicas de investigação foram entrevistas com atores de diferentes instâncias (governantes, agentes e usuários) e observação direta das atividades desenvolvidas no serviço. O olhar para a singularidade busca apreender as especificidades e a forma como os sujeitos respondem às determinações locais e do movimento mais amplo. O surgimento do serviço teve como base um trabalho comunitário, onde a criatividade foi fundamental para que o caminho não fosse o da repetição e da exclusão, mas o da mudança. O trabalho envolvendo diferentes segmentos da comunidade é permeado de conflitos e pouco passível de normatizações, construído/reconstruído na própria prática, com os trabalhadores de saúde mental tendo constantemente os seus papéis questionados e revisados. / The purpose of this research isto analise the institucionalization of a mental health service attached to a deinstitucionalization proposal. Faced to the charges in the mental health politics in Brazil and to a whole movement settled down arguing the centred in the hospital model and excluding of atention to mental health - the Psychiatric Reform, and to the more general changes in the Brazilian Health Care System, mainly transfering to the municipalities the gestion and organization of its Local Health Systems, the study focus on the construction of a service, the Mental Health Community Center of São Lourenço do Sul - RS. For the date collection, interviews with actors in di:fferents instances (governors, agents and usuary) and direct observation of activities developed in the service was the technic used. Sighting the singularity aims to apprehend the specifities and the way how the individuais answer to the local determinations and to the widder movement. The service creation was originated by local and community work, were the creativity was fundamental in order to prevent the repetition and exclusion, but to provide changes. The work involving di:fferents groups of community originating conflicts and has a little normalization, building/rebuilding in the own practice, with the mental health works constantly questioning and revising yours hole.
502

Barreiras clínicas e psicossociais potencialmente preditoras de controle glicêmico em crianças e adolescentes com diabetes melito tipo 1

Teló, Gabriela Heiden January 2016 (has links)
O diabetes melito tipo 1 é uma doença crônica e progressiva, com elevado risco de morbidade e mortalidade relacionadas a complicações agudas e crônicas, as quais podem ser reduzidas através de controle glicêmico adequado. Novas tecnologias para otimizar o manejo do diabetes vêm sendo estudadas, mas podem adicionar ainda mais demandas a um cuidado já repleto de exigências específicas. A adolescência parece ser um período essencialmente crítico, onde alterações fisiológicas somam-se à má adesão e a questões psicossociais. Ampla compreensão, por parte da equipe de saúde responsável pelo cuidado destes pacientes, é fundamental para um bom controle da doença. Considerando os potenciais benefícios de tecnologias no manejo do diabetes, estudo transversal avaliou características de 120 crianças e adolescentes interessados no uso de monitores contínuos de glicemia (continuous glucose monitoring, CGM), em comparação a amostra geral de 238 crianças e adolescentes com diabetes tipo 1. O grupo motivado a iniciar CGM apresentou melhor adesão ao tratamento, melhor controle glicêmico, mais frequente verificação da glicemia capilar, menor conflito familiar e maior qualidade de vida. A baixa aceitação do uso de CGM neste estudo (28%) sugere que demandas adicionais podem ser um fator limitante para o uso de tecnologias em diabetes. Para avaliar as principais dificuldades encontradas por profissionais de saúde cuidando de adolescentes com diabetes tipo 1, questionário eletrônico foi enviado a 418 endocrinologistas de todas as regiões dos Estados Unidos da América. A maioria dos respondedores (58%) relatou não ter acesso a profissionais capacitados para o manejo de transtornos de saúde mental. Mesmo após controlar para experiência profissional e atuação em centros não acadêmicos, estes profissionais mais frequentemente relataram, em seus pacientes, barreiras como depressão, abuso de substâncias e distúrbios alimentares. Estes achados reforçam a necessidade de capacitação das equipes de saúde para um melhor cuidado de pacientes com diabetes tipo 1. A identificação de barreiras clínicas e psicossociais potencialmente modificáveis e preditoras de deterioração glicêmica fornece oportunidades para otimização dos cuidados de saúde voltados a crianças e adolescentes com diabetes tipo 1.
503

Violência contra a mulher na gravidez e no pós-parto e seu impacto na saúde infantil

Manzolli, Patricia Portantiolo January 2012 (has links)
Contexto: A violência contra a mulher é reconhecida como um problema de saúde pública com conseqüências importantes para a saúde das mulheres. A exposição à violência durante a gravidez pode causar complicações obstétricas maternas e fetais, mas ainda não estão claros os mecanismos envolvidos nesta associação. Além disso, são escassos os estudos sobre a repercussão da violência contra a mulher na saúde e no desenvolvimento infantis. Objetivos: Estimar os efeitos da exposição à violência na gravidez sobre o peso ao nascer utilizando modelagem de equações estruturais e identificar as variáveis mediadoras entre a exposição e o desfecho. Estudar o impacto da exposição materna à violência na gestação e no pós-parto na morbidade infantil e avaliar o possível papel mediador da depressão pós-parto nessa associação.Método: O Projeto ECCAGe - Medida do padrão do consumo alimentar, prevalência de transtornos mentais e violência em uma amostra de gestantes - é um estudo de coorte de gestantes atendidas em 18 unidades de atenção básica e acompanhadas até o quinto mês do pós-parto, no Rio Grande do Sul, entre junho de 2006 e setembro de 2007. Foram arroladas 780 mulheres entre a 16ª e a 36ª semana gestacional, sendo que 68 (8.7%) recusaram-se a participar do estudo, o que totalizou 712 entrevistas na linha de base. Foram investigadas as condições socioeconômicas, demográficas, hábitos de vida e cuidados de pré-natal. A violência contra a mulher foi medida através da versão modificada da Abuse Assessment Screen (AAS), que avaliou violência psicológica, física e sexual. Os transtornos mentais comuns (TMC) foram avaliados com Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD). Ambos instrumentos foram aplicados nos períodos pré e pós-natal. Na entrevista de acompanhamento foram realizadas medidas antropométricas e investigados aspectos referentes ao desenvolvimento infantil. Foram utilizados modelos de equações estruturais para estimar os efeitos diretos e indiretos entre exposição à violência na gravidez e o peso ao nascer. Para estudar o impacto da exposição materna à violência na morbidade infantil foi empregada regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: As variáveis que apresentaram um efeito significativo sobre peso ao nascer foram o ganho de peso gestacional (β = 0,25; p<0,001), uso de substâncias na gravidez (β = -0,13; p<0,01), número de consultas de pré-natal (β = 0,23; p<0,001) e os transtornos mentais comuns (β = 0,09; p<0,05). A exposição à violência na gravidez apresentou um efeito sobre as variáveis ganho de peso gestacional (β = - 0,14; p<0,01), uso de substancias (álcool e tabaco) na gravidez (β = 0,22; p< 0,01), numero de consultas de pré-natal (β = -0,11; p<0,05) e transtornos mentais comuns na gravidez (β =0,35; p <0,001). O efeito direto da exposição à violência na gravidez sobre o peso ao nascer não foi significativo (β = -0,03; p=0,55). A prevalência de violência encontrada no período pós-parto foi de 22,1%. Do total das entrevistadas, 10,1% relataram que seus filhos tiveram diarréia e 20,5%, infecção respiratória. Os filhos de mulheres expostas à violência no período pós-natal apresentaram maior risco para diarréia (RR 2,20; IC 95% 1,15-4,19) e infecção respiratória (RR 1,68; IC 95% 1,12-2,52). A depressão materna não pareceu mediar o efeito da violência sobre esses dois desfechos infantis. Conclusão: A exposição à violência durante a gravidez impacta na saúde da mulher e indiretamente no peso de seu recém nascido. Após o parto, pode aumentar o risco de diarréia e infecção respiratória infantis. A prevenção de violência contra a mulher, além de proporcionar benefícios para a saúde da mulher, pode ter importantes repercussões na saúde fetal e infantil. / Background: Violence against women is recognized as a public health problem with important consequences for women's health. Exposure to violence during pregnancy has been associated with adverse neonatal and maternal outcomes, although the mechanisms involved are not clear. In addition, the relationship between violence against women as risk factor for infant morbidity is unclear. Objectives: To estimate the direct and indirect effects of exposure to violence during pregnancy upon birth weight using structural equation modeling and to identify possible mediating mechanisms. To describe the impact of pre and postnatal maternal exposure to violence upon infant physical morbidity, and to examine the potential mediating effect of maternal depression on these associations. Method: ECCAGe Study - is a cohort study of pregnant women receiving care in 18 primary care units in two cities in Southern Brazil between June 2006 and September 2007. Pregnant women were first evaluated between the 16th and 36th week of pregnancy at a prenatal visit. Follow-up included immediate postpartum assessment and around the fifth month postpartum. Information was obtained on sociodemographic characteristics, living circumstances, lifestyle, mental health and exposure to violence, and on infant’s development and anthropometrics measurements. Violence against women was measured using the modified version of the Abuse Assessment Screen (AAS). Common mental disorders (CMD) were assessed with the Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD). Both instruments were applied at the pre and postnatal interviews. Structural equation models were used to estimate the direct and indirect effects of exposure to violence during pregnancy upon birth weight. Poisson regression with robust variance was used to study the impact of maternal exposure to violence upon infant morbidity. Results: The variables that showed a significant effect on birth weight were gestational weight gain (β = 0.25, p <0.001), consumption alcohol and tobacco during pregnancy (β = -0.13, p <0.01), number of prenatal visits (β = 0.23, p <0.001) and common mental disorders in pregnancy (β = 0.09, p <0.05). Exposure to violence during pregnancy had an effect on gestational weight gain (β = -0.14, p <0.01), consumption alcohol and tobacco during pregnancy (β = 0.22, p <0.01), number of prenatal visits (β = -0.11, p <0.05) and common mental disorders in pregnancy (β = 0.35, p <0.001). Direct effect of exposure to violence during pregnancy on birth weight was not significant (β = -0,03; p=0,55). Violence on postnatal period was reported by 22.1%. Of total women, 10.1% reported that their children had diarrhea and 20.5% respiratory infection. Infants of mothers exposed to postnatal violence were at increased risk for diarrhea (adjusted RR 2.20, 95% CI 1.15-4.19) and for respiratory infection (adjusted RR 1.68, 95% CI 1.12-2.52). The mediating effect of depression was not statistically significant for both outcomes. Conclusion: Exposure to violence during pregnancy impacts on women's health and indirectly on birth weight and maternal exposure to violence on postnatal period increase the risk of infant diarrhea and respiratory infection. Prevention of violence against women provide benefits for women's health, may have important effects on fetal and infant health.
504

Saúde mental de crianças e adolescentes : uma perspectiva global

Kieling, Christian Costa January 2012 (has links)
Ao longo da última década, houve um crescente interesse nas questões de saúde global e, particularmente, de saúde mental global. Problemas de saúde mental começam precocemente e estima-se que afetem de 10% a 20% das crianças e adolescentes em todo o mundo, estando entre as principais cargas de doença na população. Isto é especialmente relevante no contexto de países de baixa e média renda, onde 90% da população mundial jovem vive. Este estudo tem como objetivo apresentar e discutir o estado atual da pesquisa em saúde mental na infância e adolescência, baseando-se em uma perspectiva global, a partir de três abordagens complementares. Primeiro, apresentamos uma revisão da literatura atual sobre a saúde mental de crianças e adolescentes enfocando aspectos relacionados à epidemiologia, intervenções preventivas e terapêuticas, bem como seus aspectos econômicos e políticos, com foco em países de baixa e média renda (artigo #1). Em seguida, mapeamos a produção científica mundial no campo da saúde mental na infância e adolescência (artigo #2). Por fim, demonstramos a viabilidade de um estudo de interação gene-ambiente em uma coorte de adolescentes em um país em desenvolvimento, enfocando o surgimento de problemas externalizantes (artigo #3). Nossos resultados indicam que, embora a prevalência de problemas de saúde mental em crianças em países de baixa e média renda seja semelhante a de países de alta renda, países com poucos recursos enfrentam grandes lacunas na investigação e implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento de problemas de saúde mental. Esta dificuldade se reflete e é acompanhada por uma escassa produção científica em periódicos indexados, nos quais pesquisadores originários de países de baixa e média renda respondem por menos de 10% das autorias. É possível mudar este cenário através da realização de pesquisas de alta qualidade em países de baixa e média renda. No maior estudo avaliando o impacto da interação de alguns genes com determinados fatores ambientais de risco sobre problemas externalizantes em adolescentes realizado em um países em desenvolvimento, identificamos efeitos principais para os fatores de risco ambientais, mas não observamos impacto de interações gene-ambiente, tal como descrito em alguns estudos prévios conduzidos em países de alta renda. Apesar de haver uma clara associação entre tabagismo materno e escores de hiperatividade na adolescência (p<0.001), nenhum efeito principal do gene do transportador de dopamina ou da interação gene-ambiente foi detectado. De modo similar, maus tratos na infância se mostraram associados a problemas de conduta entre meninos (p<0.001), porém efeitos principais do gene da monoamino oxidase A ou da interação não foram observados. A promoção da saúde mental na infância e na adolescência é um desafio mundial, mas também representa uma janela de oportunidade, na medida em que muitos dos países de média e baixa renda estão passando por uma transição demográfica, de forma que a intervenção hoje pode resultar em uma diminuição significativa da carga de doença no futuro. / Over the last decade, there has been a growing interest in the field of global health, and particularly in global mental health. Mental health problems start early in life, affect around 10% to 20% of children and adolescents worldwide, and are a leading cause of health-related burden. This is especially relevant for low- and middleincome countries (LMIC), where 90% of young people live. This study aims to present and discuss the current status of the field of child and adolescent mental health using a global perspective based on three complementary approaches. First, we present a review of the current literature on mental health of children and adolescents focusing on epidemiology, preventive and therapeutic interventions, as well as its economic and political aspects, with a special attention to LMIC (paper #1). Then, we map the worldwide scientific production in the field of mental health in childhood and adolescence (paper #2). Finally, we demonstrate the feasibility of a study designed to evaluate the impact of the interaction between genes and environments in externalizing problems in adolescents from a birth cohort in a developing country (paper #3). Our findings indicate that although the prevalence estimates for childhood and adolescence mental health problems in LMIC is similar to those found in highincome countries (HIC), resource-poor settings face large gaps in research and implementation of effective prevention and treatment strategies for mental health problems. This scenario is complemented by a scarce scientific output from LMIC: researchers from LMIC respond for less than 10% of authorships in indexed journals. It is possible to change this by conducting high quality research in LMIC. In the largest study to assess the interaction between candidate genes and environmental risk factors on externalizing problems during adolescence performed in a LMIC to date, we identified main effects of environmental risk factors, but did not observe impact of gene-environment interactions, as described in some of the studies conducted in HIC. Although there was a clear association between prenatal maternal smoking and hyperactivity scores in adolescence (p<0.001), no main genetic or interaction effects for the dopamine transporter gene were detected. Similarly, childhood maltreatment showed to be associated with conduct problems among adolescent boys (p<0.001), with no observable main genetic or interaction effects for the monoamine oxidase A gene. The promotion of child and adolescent mental health is a worldwide challenge, but also represents a window of opportunity, as many LMIC are currently going through a demographic transition, and intervention today is likely to result in a decreased burden in the future.
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O consumo de psicofármacos na experiência do sujeito comtemporâneo : um estudo acerca do dispositivo de medicalização no contexto de Boa Vista das Missões RS

Ignácio, Vívian Tatiana Galvão January 2007 (has links)
O presente estudo teve como objetivo principal compreender como o consumo de psicofármacos se legitimou como uma tecnologia de si no interior do dispositivo de medicalização. Concluímos que esta é uma tecnologia que incide sobre os corpos por estar acoplada aos modos de subjetivação contemporâneos. A análise aqui apresentada trata do contexto social de Boa Vista das Missões, um pequeno município do Rio Grande do Sul. Realizamos uma pesquisa de campo com seis meses de duração e entrevistamos uma amostra representativa de 400 pessoas. A análise dos relatos e das informações construídas buscou dar visibilidade aos enunciados presentes nas formações discursivas que definem e explicam o consumo de psicofármacos por 53% dos 400 pesquisados. Utilizamos a perspectiva genealógica de Michel Foucault para refletir sobre este campo de pesquisa e problematizar a produção de modos de vida marcados por formas de controle individualizantes e totalizantes ao mesmo tempo. Neste sentido, partimos do histórico da inserção dos psicofármacos em nossa cultura para entender as dimensões que ocupam neste contexto. A análise pode identificar as redes enunciativas no interior do dispositivo de medicalização que fundamentam uma apresentação do biopoder que se sustenta no tripé “dependência, assistencialismo, individualismo” / The main goal of this research was to comprehend how the consuming of psychoactive prescribed drugs was legitimated as a technology of the self inside the medicalization device (dispositf). We concluded that this technology has its incidence on the body because it is attached to contemporary modes of subjectification. The analysis presented here refers to Boa Vista das Missões, a small town in the countryside of Rio Grande do Sul state. We conducted a six months field research and interviewed a sample of 400 inhabitants. The accomplished speech and data analysis intended to give visibly to the discursive formations’ statements that explain and sustain the consuming of prescribed psychoactive drugs by 53% of 400 researched We used Michel Foucault’s genealogical perspective to guide our understanding of the research field and to problematize the production of lifestyles characterized by individualized and totalized forms of control. As a stating point we described the history of the introduction of psychoactive drugs in our culture in order to understand the dimension of the consuming in this specific context. The analysis identified statements arragements in the interior of the medicalization device (dispositif) that found a form of biopower sustained in the tripe “dependence – assistancialism – individualism”.
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Avaliação de resultados da psicoterapia psicanalítica em um serviço de atendimento de Porto Alegre

Jung, Simone Isabel January 2007 (has links)
Introdução: A avaliação da efetividade das psicoterapias teve seu início com o próprio Freud, através do estudo de caso único, no seu trabalho Estudos sobre a Histeria. Desde esta época até nossos dias, a pesquisa psicanalítica tem aprimorado sua metodologia e ampliado, significativamente, o número de estudos. No entanto, o número de pesquisas de resultados ainda é reduzido, principalmente na América Latina. Objetivos: Esta dissertação tem como objetivo geral avaliar a efetividade da psicoterapia psicanalítica, em pacientes adultos, que realizaram psicoterapia em um serviço de atendimento comunitário de Porto Alegre, através da opinião de experts e a dos próprios pacientes. Examinar a correlação entre a duração do tratamento e o resultado e entre a opinião dos pacientes e a de experts em psicoterapia psicanalítica, foram os objetivos específicos. Metodologia: A amostra foi constituída por 34 pacientes que terminaram seus tratamentos entre dezembro de 1999 e julho de 2005 e, no mínimo, seis meses antes da inclusão na pesquisa: Grupo 1- 17 pacientes que realizaram tratamento por até 11 meses e Grupo 2- 17 pacientes com um ano ou mais de psicoterapia. Os instrumentos utilizados foram: entrevista semiestruturada, questionário de efetividade e escala de avaliação global do funcionamento (GAF). Experts independentes aplicaram a GAF na entrevista inicial (encontrada dialogada no arquivo da instituição) e na entrevista de seguimento (realizada pela mestranda, sendo audiogravada e, posteriormente, transcrita). Resultados: Os pacientes melhoraram significativamente seu funcionamento global, comparando a avaliação inicial e de seguimento da psicoterapia (p < 0,001), independentemente do grupo de tratamento. Pacientes e experts avaliaram o tratamento psicoterápico de forma satisfatória. Entretanto, a opinião dos experts não apresentou correlação com a opinião dos pacientes investigados. Conclusões: A psicoterapia psicanalítica foi efetiva na amostra estudada. A duração da psicoterapia, analisada, isoladamente, não é um fator decisivo para o resultado do tratamento, isto é, outros fatores também devem ser considerados na avaliação de resultados, como a relação terapêutica, a qualidade das relações objetais, o potencial auto-reflexivo e a reação às interpretações. Constatou-se que a maioria dos pacientes ficam satisfeitos com resultados em um tempo menor do que aquele que seus psicoterapeutas considerariam ideal. Investigar é um dos nossos desafios como profissionais em saúde mental, independentemente do alcance, limites e dificuldades em pesquisar sobre a efetividade dos tratamentos / Introduction: Psychotherapy effectiveness started to be assessed by Freud, in a single case study in his work Studies in Hysteria. Since then, psychoanalytical research has improved its methodology and the number of studies expanded significantly. However, the number of research results is still small, particularly in Latin America. Objectives: The overall purpose of this dissertation is to assess the effectiveness of psychoanalytic psychotherapy (PP) in adult patients who did psychotherapy in a community health center in Porto Alegre through the opinion of expert raters and patients. The specific goals were to assess the relationship between length of treatment and result and between patients’ and experts’ opinion about PP. Methods: The sample was made up of 34 patients who ended their treatments between December 1999 and July 2005 and, at least, six months before their inclusion in the research: Group 1 – 17 patients treated for up to 11 months and Group 2 – 17 patients who underwent psychotherapy for one year or longer. Instruments used were: semi-structured interview, effectiveness questionnaire and global assessment of functioning scale (GAF). Independent experts administered the GAF to the initial interview (at the Institution’s files) and in the follow-up interview (conducted by the main author), the interview was tape-recorded and later transcribed. Results: Patients improved their global functioning significantly when comparing the initial assessment and the psychotherapy follow-up (p < 0.001), regardless of the treatment group. Patients and experts considered psychotherapy satisfactory. However, the experts’ opinion did not relate to patients’ opinion, thus showing a discrepancy among them regarding the specific opinion on each case. Conclusions: Psychoanalytical psychotherapy was effective in the sample studied. Length of psychotherapy, when assessed alone, is not a decisive factor for treatment result, i.e., other factors should also be taken into account when assessing results, such as therapeutic relationship and the quality of object relations the self-awareness potential and reaction to interpretations. Most patients were found to be satisfied with results in a shorter time than their psychotherapists would consider optimal. Investigation is one of the challenges facing mental health professionals, regardless of the reach, limits and difficulties in doing research on treatment effectiveness.
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Como está a qualidade da atenção ao paciente psiquiátrico? Uma análise dos hospitais psiquiátricos do SUS

Brandão, Simone Barbosa Duarte 15 April 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-08-18T15:53:02Z No. of bitstreams: 1 2014_SimoneBarbosaDuarteBrandao.pdf: 1295829 bytes, checksum: 1cc02f09ae96ddef640ee79704563f0c (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-08-18T16:22:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_SimoneBarbosaDuarteBrandao.pdf: 1295829 bytes, checksum: 1cc02f09ae96ddef640ee79704563f0c (MD5) / Made available in DSpace on 2014-08-18T16:22:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_SimoneBarbosaDuarteBrandao.pdf: 1295829 bytes, checksum: 1cc02f09ae96ddef640ee79704563f0c (MD5) / Este estudo teve como objetivo analisar os 189 hospitais psiquiátricos em todo país que são financiados pelo Sistema Único de Saúde, com foco na qualidade da atenção direcionada aos pacientes internados, no período de setembro a novembro de 2011. As informações foram consultadas de um banco de dados produzido pelo DENASUS/Ministério da Saúde, portanto, baseou-se em dados secundários. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório. Os dados verificados foram dispostos em três partes. A primeira traça o perfil das instituições psiquiátricas quanto à natureza jurídica, instância de gestão, porte de leitos, taxa de ocupação, tempo de internação, meios adotados para transporte de pacientes e sistema de referenciamento entre serviços de saúde. A segunda parte traz informação sobre a adoção de ações terapêuticas e práticas de humanização por parte dos hospitais. Já o terceiro momento traz uma análise do perfil dos óbitos de pacientes internados nas instituições psiquiátricas. Foi evidenciado que a maioria dos HP são privados, resquício da lógica da organização da saúde anterior à instituição do SUS. Apesar de esses hospitais terem realizado algumas adequações no tratamento ao paciente, as modificações mostram-se aquém da necessidade das pessoas em sofrimento mental, uma vez que várias práticas corroboram com a exclusão social e assemelham-se às condutas retrógradas, praticadas nos séculos XIX e XX. Os números referentes à mortalidade proporcional de pacientes dentro das instituições psiquiátricas revelaram percentuais maiores do que a mortalidade no país. Além disso, ficou evidenciado que os registros de causas básicas de óbitos dos pacientes internados estavam precários, visto que quase metade das causas básicas eram mal definidas. Por fim, é possível notar que a atenção hospitalar de caráter asilar não contribui para a ressocialização e o resgate do protagonismo dos sujeitos. Por isso, é fundamental a reavaliação das estratégias da gestão de saúde mental, a fim de acelerar o processo de desinstitucionalização com a retaguarda adequada de serviços extra-hospitalares. Admite-se que os hospitais psiquiátricos não pertencem à rede de atenção psicossocial por trazerem em seu bojo concepções de exclusão social e poder disciplinar incompatíveis com os propósitos da Reforma Psiquiátrica. Por outro lado, é preciso admitir que a rede substitutiva aos asilos ainda não pode absorver a demanda de pacientes internados. Com isso, os hospitais psiquiátricos ainda fazem parte da realidade brasileira e demandam a atenção do poder público. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aimed to analyze the 189 psychiatric hospitals across the country that are funded by the public health system, focusing on the quality of attention given to the patients during the period from September to November 2011. The information was consulted in a database produced by DENASUS / Ministry of Health therefore relied on secondary data. This is a descriptive, exploratory study. The verified data were arranged in three parts. The first traces the profile of psychiatric institutions regarding legal, management area, number of beds, occupancy rate, length of stay, means adopted for patient transportation and referral system between health services. The second part provides information on the adoption of therapeutic actions and humanization practices by hospitals. The third time brings a profile analysis of the deaths of patients hospitalized in psychiatric institutions. It was shown that most HP are private, trace the logic of the organization prior to the institution of SUS health. Despite these hospitals have done some adjustments in patient care, the changes show up below the need for people in mental distress, since many practices corroborate social exclusion and resemble the regressive behaviors practiced in the nineteenth and twentieth. The figures for the proportional mortality of patients in psychiatric institutions have higher coefficients than the mortality in the country. Furthermore, it was evident that records basic causes of deaths of inpatients were precarious, since almost half of the root causes were poorly defined. Finally, it is possible to note that the hospital care of asylum character does not contribute to the rehabilitation and redemption leadership of the subjects. Therefore, it is critical reassessment of the strategies of mental health management in order to accelerate the process of deinstitutionalization with the right rear of outpatient services. It is recognized that psychiatric hospitals outside the network of psychosocial care for bringing in its core concepts of social exclusion and disciplinary power incompatible with the purposes of the Psychiatric Reform. On the other hand, one must admit that network substitute to nursing homes cannot absorb the demand for inpatients. Thus, psychiatric hospitals are still part of the Brazilian reality and demand the attention of the government.
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Risco e proteção na atuação em saúde : um estudo sobre estresse e resiliência entre profissionais

Sousa, Viviane Ferro da Silva 09 April 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2014. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2014-10-09T14:49:31Z No. of bitstreams: 1 2014_VivianeFerrodaSilvaSousa.pdf: 2823205 bytes, checksum: b993123849aac28c268b1ab25f856df4 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2014-10-13T17:24:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_VivianeFerrodaSilvaSousa.pdf: 2823205 bytes, checksum: b993123849aac28c268b1ab25f856df4 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-13T17:24:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_VivianeFerrodaSilvaSousa.pdf: 2823205 bytes, checksum: b993123849aac28c268b1ab25f856df4 (MD5) / Estudos indicam que as vivências relacionadas ao trabalho constituem um elemento de promoção da saúde ou de adoecimento físico e mental. Repercussões adversas têm sido especialmente evidenciadas em profissionais da área da saúde, os quais possuem uma grande variedade de eventos estressores em seu contexto de atuação e podem desenvolver enfermidades físicas e/ou psíquicas. Ademais, a literatura aponta que dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores desse setor incidem na qualidade do atendimento prestado à população. Diante disso, realizou-se uma pesquisa com o objetivo de descrever, analisar e compreender o processo de resiliência entre profissionais de saúde de diferentes categorias profissionais, que atuam em uma instituição de ensino superior. Participaram da primeira etapa da investigação, 92 profissionais das seguintes categorias: arteterapeuta (n = 1); auxiliar de enfermagem (n = 1); cirurgião dentista (n = 1); fisioterapeuta (n = 1); fonoaudiólogos (n = 2); psicólogos (n = 3); farmacêuticos (n = 4); nutricionistas (n = 4); biomédicos (n = 5); médicos (n = 5); assistentes sociais (n = 7); técnicos de laboratório (n = 9); enfermeiros (n = 24) e técnicos de enfermagem (n = 25). Para coleta de dados, empreendeu-se um survey disponibilizado na internet, composto pelos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico e Ocupacional, Job Stress Scale e Inventário de Resiliência. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial. Na segunda etapa da pesquisa, foram realizados dois grupos focais, cada um com três profissionais de enfermagem. Os relatos obtidos foram submetidos à análise de conteúdo temática. A caracterização sociodemográfica da amostra revelou que 82,2% dos participantes eram do sexo feminino, 31,5% tinham entre 41 e 50 anos de idade e 67,4% trabalhavam no Hospital Universitário. Verificou-se que 62,9% dos profissionais do hospital possuíam outro vínculo de trabalho (p=0,003). Quanto à carga horária semanal, 64,5% dos participantes do ambiente hospitalar e 36,7% dos demais profissionais superavam 40h (p= <0,001). Os principais fatores de risco identificados na atuação em saúde foram: trabalhar em jornada de plantão e ter mais de um vínculo empregatício. Os técnicos de enfermagem constituíram a categoria mais vulnerável ao adoecimento: 66,7% comunicaram efeitos negativos do estresse ocupacional. Suporte social foi identificado como principal fator de proteção. Os dados provenientes da Job Stress Scale indicaram que 59,3% da amostra apresentava menor risco de adoecimento e possuía maior controle sobre o seu trabalho. Esses resultados convergem com os dados encontrados por meio do Inventário de Resiliência, em que mais de 50% dos participantes apresentaram escores de maior resiliência em todos os fatores. Os relatos reunidos durante os grupos focais foram analisados de acordo com três categorias gerais: características do trabalho, trabalho e saúde e relacionamento interpessoal. Evidenciaram-se consequências da atuação profissional para a saúde desses participantes, bem como estratégias adotadas para lidar com os desafios impostos pela atividade laboral. Recomendam-se pesquisas destinadas à avaliação da eficácia de intervenções que visem o fortalecimento e o desenvolvimento de indicadores de resiliência para minimizar o estresse ocupacional na área. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Studies indicate that work-related experiences are an element of health promotion or mental and physical illness. Adverse effects have been particularly evident in the area of health professionals, which have a wide variety of stressful events in their context of action and may develop physical and/or mental illnesses. Furthermore, the literature indicates that difficulties faced by workers in this sector focus on quality of care provided to the population. Therefore, we carried out a study in order to describe, analyze and understand the process of resilience among health professionals of different professions, who work at an institution of higher education. Participated in the first stage of the investigation, 92 professionals from the following categories: art therapist (n = 1); nursing assistant (n =1); dentist (n = 1); physiotherapist (n = 1); students (n = 2); psychologists (n = 3); pharmaceuticals (n = 4); nutritionists (n = 4); biomedical (n = 5); physicians (n = 5); social workers (n = 7); laboratory technicians (n = 9); nurses (n = 24) and nursing staff (n = 25 ). For data collection, undertook a survey available on the internet, consisting of the following instruments: Sociodemographic Questionnaire and Occupational, Job Stress Scale and Resilience Inventory. The data were submitted to descriptive and inferential statistical analysis. In the second stage of the research, two focus groups, each with three nurses were conducted. The reports were submitted to thematic content analysis. The sociodemographic characteristics of the sample revealed that 82.2 % of participants were female, 31.5 % were between 41 and 50 years of age and 67.4 % worked in the University Hospital. It was found that 62.9 % of hospital staff had another job contract (p = 0.003). As for the weekly workload, 64.5 % of the participants of the hospital and 36.7 % of other professionals exceeded 40h (p = < 0.001). The main risk factors identified in the performance of health were working on call day and have more than one job. The nursing staff were the most vulnerable category to illness: 66.7 % reported negative effects of occupational stress. Social support has been identified as a major protective factor. Data from the Job Stress Scale indicated that 59.3 % of the sample had less risk of illness and had greater control over their work. These results converge with the data found by the Resilience Inventory, in which more than 50 % of the participants had scores greater resilience in all factors. The reports gathered during the focus groups were analyzed according to three broad categories: job characteristics, work and health, and interpersonal relationships. Became evident consequences of professional experience to the health of these participants, as well as strategies adopted to deal with the challenges posed by work activity. Recommend research be aimed at evaluating the effectiveness of interventions aimed at strengthening and developing resilience indicators to minimize occupational stress in the area.
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Prevenção em saúde mental no Brasil na perspectiva da literatura e de especialistas da área

Oliveira, Samia Abreu 14 September 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-01-22T15:16:24Z No. of bitstreams: 1 2012_SamiaAbreuOliveira.pdf: 749769 bytes, checksum: 4ff3e0a518a19655d885f54409be3be3 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-01-23T12:05:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_SamiaAbreuOliveira.pdf: 749769 bytes, checksum: 4ff3e0a518a19655d885f54409be3be3 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-23T12:05:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_SamiaAbreuOliveira.pdf: 749769 bytes, checksum: 4ff3e0a518a19655d885f54409be3be3 (MD5) / A prevenção em saúde mental têm se mostrado uma alternativa eficaz, de menor custo quanto comparado aos gastos com tratamento de transtornos mentais e com resultados confiáveis na diminuição da incidência de desfechos negativos em saúde mental em todo o mundo. Entretanto, estudos específicos sobre intervenções preventivas em saúde mental no Brasil são escassos. O objetivo desta dissertação é identificar o estado da arte da pesquisa em prevenção em saúde mental no Brasil a partir da perspectiva da literatura e dos especialistas. Para tanto, foram desenvolvidos uma revisão conceitual e três estudos sequenciais. A revisão apresenta os principais conceitos e pressupostos teóricos relacionados à prevenção em saúde mental. Os resultados do estudo indicam ganhos conceituais e práticos com a ampliação da definição de saúde mental e de prevenção. Esses foram associados ao bem-estar, à psicologia positiva e a possibilidade de discussão dos fatores de risco e de proteção a partir do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humanos. O primeiro estudo foi uma revisão sistemática sobre o estado da arte de pesquisa nacional em prevenção em saúde mental e analisou os estudos nas etapas do ciclo de pesquisa em prevenção. O ciclo de pesquisa em prevenção pode ser descrito em seis grandes etapas: a identificação do problema, a localização de seus fatores de risco e proteção, o teste piloto da intervenção preventiva, o teste de eficácia, o teste de efetividade e a difusão. Foram localizados 4.131 artigos. Desses, 651 (15,76%), eram estudos de prevenção em saúde mental. Nessa categoria, as maiores ocorrências foram as de estudos exploratórios e fundamentação (256 artigos, 68,45%). Foram identificados apenas 31 artigos (8,29%) que descreviam programas e somente 2,94% (11 artigos) deles eram sistematicamente avaliados. O segundo estudo é uma revisão sistemática das características das intervenções preventivas sistematicamente avaliadas identificadas no estudo anterior, acrescida por novas intervenções localizadas na literatura, além da identificação dos centros de pesquisa brasileiros que desenvolvem intervenções preventivas. Foram analisadas as características de 42 intervenções sistemáticas, identificadas em 25 artigos. As intervenções nacionais caracterizam-se por serem longas, com um número reduzido de sujeitos, realizadas semanalmente, e que tinham como objetivo o ensino de competências. Dentre as pesquisas avaliadas, 84% não realizaram follow-up e 88% não discutiram a relevância dos seus resultados para as políticas públicas. A análise dos centros de pesquisa indicou que os pesquisadores brasileiros são, em sua maioria, psicólogos, filiados a instituições públicas de ensino do sudeste brasileiro. O terceiro estudo analisou a perspectiva de especialistas, pesquisadores identificados nas revisões anteriores, sobre a pesquisa em prevenção primária em saúde mental no Brasil. Adotou-se um delineamento de estudo de casos múltiplos. Dez pesquisadores brasileiros, especialistas em prevenção, foram entrevistados. Os especialistas ressaltaram a etapa de validação de instrumentos de medida como um dos grandes desafios atuais da área. Os resultados desta dissertação indicam à descontinuidade da transformação de pesquisa básica, em intervenções e tecnologias preventivas, a falta de interlocução entre a produção acadêmica e as políticas públicas, a necessidade de investimento em medidas de avaliação e parceria com diversas áreas de conhecimento, para que os programas possam ser disseminados em larga escala. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The prevention of mental health have proved an effective alternative, lower cost as compared to costs with treatment of mental and reliable results in decreased incidence of adverse mental health outcomes worldwide. However, specific studies on preventive interventions in mental health in Brazil are scarce. The goal of this dissertation is to identify the state of the art research in mental health prevention in Brazil from the perspective of literature and experts. Thus, were developed a conceptual review and three sequential studies. The review presents mains concepts and theoretical assumptions related for prevention in mental health. The results of the study indicated conceptual and practical gains with the expansion of the definition of mental health and prevention. These were associated with well-being, positive psychology and the possibility of discussion of risk factors and protective from Bioecological Model of Human Development. The first study was a systematic review on the state of the art of national survey in mental health prevention and analyzed the studies on phases of the research in prevention. The research´s cycle of prevention can be described in big six main steps: identifying the problem, the location and protection of its risks factors, the test pilot of preventive intervention, the efficacy test, the effectiveness test and the dissemination. In addition, 4131 articles were located. Of these, 651 (15.76%), were studies of mental health prevention. In this category, the most prevalent occurrence was about exploratory and theoretical studies (256 articles, 68.45%). Were identified only 31 articles (8.29%) describing programs and only 2.94% (11 articles) of them were systematically evaluated. The second study is a systematic review of the characteristics of preventive interventions evaluated systematically identified in the previous study, increased by the new interventions localized in the literature, beyond the identification of centers Brazilian´s research that develop preventive interventions. Were analyzed the characteristics of 42 systematic interventions identified in 25 articles. National interventions are characterized by long, with a small number of subjects, held weekly, and were aimed at teaching skills. Among the studies evaluated 84% did not undergo follow-up and 88% did not discussed the relevance of the results for public policy. The analysis of research centers indicated that Brazilian researchers are mostly psychologists affiliated with public institutions of the southeastern in Brazil. The third study examined the perspective of experts, researchers identified in previous reviews, for research on primary prevention in mental health in Brazil. We adopted a randomized study of multiple cases. Ten Brazilian researchers, prevention specialists were interviewed. These experts highlight the validation step of measuring instruments as one of major current challenges in the area. The results of this work indicate the discontinuity of transforming basic research into preventive interventions and technologies, the lack of interlocution between academic research and public policy, the need for investment in measures of assessment and partnership with various knowledge areas, so that programs can be disseminated on a large scale.
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Leitura bioética sobre a inserção da família no tratamento da pessoa com depressão no contexto do sistema público

Gabardo, Roseclér Machado 25 April 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-07-16T13:56:52Z No. of bitstreams: 1 2013_RoseclerMachadoGabardo.pdf: 1592423 bytes, checksum: aa8000c5d895614692e7a1279b82a4a3 (MD5) / Approved for entry into archive by Leandro Silva Borges(leandroborges@bce.unb.br) on 2013-07-24T19:28:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_RoseclerMachadoGabardo.pdf: 1592423 bytes, checksum: aa8000c5d895614692e7a1279b82a4a3 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-07-24T19:28:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_RoseclerMachadoGabardo.pdf: 1592423 bytes, checksum: aa8000c5d895614692e7a1279b82a4a3 (MD5) / A partir da Reforma Psiquiátrica multiplicou-se a forma de encarar e tratar as pessoas em sofrimento psíquico. O tema saúde mental não se restringe mais a uma única disciplina, a psiquiatria. De acordo com essa ideia vem acontecendo intensa discussão, mobilizando vários campos disciplinares e diferentes atores sociais. A bioética se insere, sempre mais, nesta discussão. Atualmente, a depressão ocupa lugar de destaque entre os sofrimentos mentais. O grande número de pessoas com depressão fez com que seja considerada o “mal do século". Entende-se a família como parte fundamental no novo paradigma de tratamento à saúde/doença mental. Conhecer de que forma as famílias lidam com o sofrimento mental e como estão sendo incluídas na atenção à saúde mental são aspectos fundamentais do caminho terapêutico. O estudo teve como objetivo geral discutir os conflitos éticos originários da atenção à saúde mental do sujeito com depressão e da inserção da família no tratamento dos mesmos. Utilizou-se o aporte teórico e prático das correntes da bioética que consideram os aspectos sociais, políticos, contextuais do tema saúde/doença assim como da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa. A coleta e análise dos dados e elaboração dos resultados foram norteadas pela metodologia da Teoria Fundamentada. O estudo foi desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial e em um Ambulatório de saúde mental, ambos em uma cidade situada na região central do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos de pesquisa foram divididos em dois grupos, um dos usuários e outro dos seus familiares, configurando-se em quinze usuários e nove familiares. Ao final das codificações, os resultados foram agrupados em três diagramas: Usuário como sujeito em sofrimento psíquico; Tratamento fragmentado e centrado no modelo biomédico; e, Família suprimida e desassistida no processo terapêutico. O sofrimento psíquico do usuário expressa-se como perda da autonomia gerando afastamento do convívio social. Sabe-se que a autonomia é condição primordial para a garantia da dignidade humana e o exercício da cidadania. A principal estratégia de tratamento do usuário em depressão é o medicamento, fato causado pela fragmentação e pela carência de uma rede de atenção para a saúde mental. A integralidade do tratamento é uma exigência ética da atenção à saúde mental. Quanto à família, existe a falta de uma clara política de inclusão sistemática da família no projeto terapêutico do usuário em depressão. Além disso, ela se fragiliza e "adoece" por não ser acompanhada no seu sofrimento em lidar com o familiar depressivo. Assim, tanto o usuário quanto a sua família se encontram num processo de vulneração social, devido à situação que enfrentam. Por isso, a categoria central que emerge dos três diagramas é a vulneração. Esses resultados foram discutidos de acordo com as diretrizes e princípios da Política Nacional de Saúde Mental e da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. A vulnerabilidade, expressa nas situações de vulneração que indivíduos em depressão enfrentam, é um tema central para a bioética. Essa vulneração ocasiona a perda da autonomia e o isolamento social, atingindo valores éticos fundamentais da cidadania e do convívio social, que são o respeito à dignidade humana, a proteção dos direitos humanos e o direito de acesso a meios pautados pela integralidade para lidar e superar o sofrimento psíquico como um direto à saúde. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Psychiatric Reform has multiplied the ways to face and deal with people in psychological distress. The mental health issue is no longer restricted to a single discipline, psychiatry. According to this idea, there is intense discussion going on, mobilizing various disciplines and different social actors. Bioethics always falls most in this discussion. Currently, depression is a major concern among mental sufferings. The large number of people with depression has caused it to be considered the "disease of the century." The family is seen as a fundamental part of the new paradigm of treatment for mental health / illness. Knowing how families deal with mental distress and how they are being included in the mental health care are fundamental aspects in the therapeutic path. The study aimed to discuss the ethical conflicts that originate from the mental health care of the individual with depression and from the family insertion to treat them. We used the theoretical and practical currents of bioethics that consider the social, political, contextual topic of health / illness as well as the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights, UNESCO. This is a qualitative research. The collection and analysis of data and preparation of the results were guided by the methodology of Grounded Theory. The study was conducted in a Psychosocial Care Center and in an ambulatory of mental health, both in a city located in the central region of Rio Grande do Sul. The subjects of the research were divided in two groups. One group is composed of 15 users and the other is composed of 9 family members of users. At the end of the encodings, the results were grouped in three diagrams: User as a subject in psychological distress; Treatment fragmented and focused on the biomedical model, and the family suppressed and unattended in the therapeutic process. The psychological suffering of the user is expressed as loss of autonomy, resulting in social estrangement. It is known that autonomy is a precondition for ensuring human dignity and citizenship. The main strategy to treat subjects with depression is the use of drugs, due to the lack and fragmentation of a network of care for mental health. The full treatment is an ethical requirement of mental health care. As for the family, there is a lack of a clear policy for the systematic inclusion of the family in the treatment plan for users with depression. Furthermore, the family is weakened and becomes sick as well for not being accompanied on their suffering in dealing with the depressed family member. As a result, both user and your family become socially vulnerable because of the situation they face. Therefore, the central category that emerged from the three diagrams is vulnerability. These results were discussed in accordance with the guidelines and principles of the National Mental Health and the Universal Declaration of Human Rights and Bioethics. The vulnerability expressed in situations involving individuals who face depression is a central theme for bioethics. This vulnerability leads to the loss of independence and to social isolation, going against fundamental ethical values of citizenship and social life, such as human dignity, protection of human rights, and the right to access to means guided by integrity to handle and overcome psychological distress as a right to health.

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