Spelling suggestions: "subject:"sentimentos morais"" "subject:"mantimentos morais""
1 |
A educação republicana em CondorcetBrutti, Tiago Anderson 17 July 2014 (has links)
As principais teses de Condorcet acerca da forma de governo republicana, da instrução pública e do exercício da cidadania, expostas à época das revoluções havidas nos Estados Unidos da América e na França, ao final do século 18, foram examinadas, neste texto, com o propósito de evidenciar a atualidade desses enunciados no contexto das sociedades republicanas e democráticas do século 21, em particular das instituições educacionais. A investigação, de base bibliográfica, constitui um esforço hermenêutico de revisitar a literatura em torno de textos do autor e de importantes comentadores. Ela se estrutura da seguinte maneira: o primeiro capítulo explicita ideias morais de Condorcet e as associa, sobretudo, a temas tais como a verdade na esfera pública, princípios racionais e direitos naturais; o segundo analisa narrativas e argumentos político-normativos do autor relativos à configuração de república e de suas instituições; o terceiro explana sua proposta de instrução pública, salientando que ela favorece o exercício da cidadania; o quarto enfatiza a atualidade de aspectos da obra de Condorcet nos cenários político e educacional do Brasil. Dentre as proposições matriciais presentes em textos do filósofo, foram elucidadas as que seguem: os âmbitos da moral, da política e da educação, a rigor, são indissociáveis; os sentimentos morais, ao serem racionalmente cultivados, asseguram uma interdependência entre a felicidade individual e a felicidade pública; a república e o exercício da cidadania exigem uma opinião pública ilustrada; ao contrário do que ocorre no caso de um despotismo político, a instrução pública e a instituição do cidadão republicano asseguram a independência do indivíduo, a igualdade, a liberdade e o bem-estar comum; a instrução compete ao poder público e não deve associar o cultivo da moral ao ensino de uma doutrina religiosa ou ideológica; o laicismo, estimulado entre os cidadãos nas instituições republicanas, garante na esfera pública o predomínio de um espírito público, ao invés de consagrar um espírito de facção, partido ou seita; a educação republicana deve conceder aos cidadãos condições de conhecer elementos das ciências e das artes, bem como direitos e deveres aos quais estão obrigados; deve estimular o respeito à lei, assim como o gozo de direitos tais como os de transformar a lei e resistir à opressão; deve corresponder às possibilidades abertas pelos progressos e pela perfectibilidade dos homens, assim como desvelar e desenvolver talentos e profissões; deve, além de transmitir definições, valores e rotinas de aplicação técnica, estimular o exercício da cidadania e, pela redução das desigualdades sociais, favorecer uma organização social mais equânime e livre; deve reconhecer e respeitar as diferenças nas capacidades de aprendizagem, bem como evitar hierarquias escolares discriminadoras; os indivíduos devem ser preparados para que continuem aprendendo depois de sair da escola, a fim de que possam reconhecer seus deveres e os motivos pelos quais devem cumpri-los; a desigualdade de riquezas constitui um problema nodal para a efetivação de princípios e direitos declarados inegociáveis e imprescritíveis. Em outros termos: a investigação, desse modo articulada, ateve-se à explicitação de conceitos-chave de Condorcet, tais como os de república, instrução pública, espírito público, cidadania e sentimentos morais, com o propósito de pensar elementos e justificativas da educação republicana atual. / 128 f.
|
2 |
A generosidade e os sentimentos morais: um estudo exploratório na perspectiva dos modelos organizadores do pensamento / Generosity and moral feelings: an exploratory study in the perspective of the Organizing Models of ThinkingPinheiro, Viviane Potenza Guimarães 31 March 2009 (has links)
O objetivo desta pesquisa foi investigar o comparecimento do valor generosidade através do papel de regulação exercido pelos sentimentos morais de culpa e vergonha e pela própria organização/ integração dos valores no sistema moral dos jovens que compuseram a amostra. Partindo de estudos atuais sobre a moralidade humana, sobre valores e sobre sentimentos, escolhemos o referencial da Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento como fonte teórico-metodológica que pudesse abarcar as problematizações propostas e que viesse a quebrar uma visão unilateral que guiou os estudos sobre a moralidade apenas pelo princípio de justiça. Uma situação envolvendo a generosidade foi apresentada aos 160 estudantes, meninos e meninas, de Ensino Médio de escolas pública e particular. Solicitou-se que respondessem a três questões a respeito dessa situação sobre os sentimentos, pensamentos e desejos do protagonista da história e de si mesmos. Extraímos das respostas os modelos organizadores, averiguando a configuração dos valores e sentimentos em cada um deles. Analisamos os modelos organizadores aplicados pelos sujeitos, considerando a integração dos valores, o comparecimento de sentimentos e as variáveis sexo e tipo de escola. Os resultados mostraram que, diante de uma situação de conflito moral, os jovens participantes de nossa pesquisa tenderam a integrar os valores de generosidade e amizade, com a presença de sentimentos morais, priorizando, em seus juízos, ações de ajuda para com o outro. Ressaltaram, também, a complexidade do pensamento moral humano, indicando que o comparecimento de valores está circunscrito a uma série de fatores concernentes não apenas aos aspectos cognitivos, mas também aos sentimentos, desejos, interesses e necessidades dos sujeitos. / This research aimed at investigating the presence of generosity, looking at the regulation exerced by the moral feelings and the organization/ integration of values in the moral system of youngsters that composed our study. Starting at actual researches about values and feelings, we chose the theory of Organizing Models of Thinking that could involve the questions proposed by us and could break a tradicional view that guided morality studies beyond the principle of justice. We presented a situation about generosity to 160 students, boys and girls of High School coming from public and private schools. We asked them to answer three questions about feelings, thoughts and desires in regard to the character of the presented situation and about themselves. We extracted the organizing models from the answers, investigating the configuration of values and feelings, and analysed them, considering the integration of the values, the presence of feelings and the components sex and school of the subjects. The results showed that, in front of a moral conflit, the youngsters of our research had a tendency to integrate the values of generosity and friendship, with the presence of moral feelings, mobilizing judments with a desire to help the other. These results conducted us to perceive the complexity of the human moral thought, indicating that the presence of values occurs not only by cognition aspects, but also by feelings, desires, interests and necessities of the subjects.
|
3 |
Paixões, sentimentos morais e emoções. Uma história do poder emocional sobre o homem econômico / Passions, moral sentiments and emotions. A history of emotional power over the economic manAndrade, Daniel Pereira 16 August 2011 (has links)
Esta tese faz uma genealogia da concepção de homem econômico emocional, tal como ele aparece no discurso do management americano a partir dos anos de 1990. Para tanto, fez-se uma história de longa duração com a finalidade de compreender como esse sujeito de interesse que estava associado à temática das paixões nos séculos XVII e XVIII pôde se vincular à temática das emoções, surgida apenas no século XIX, advinda da psicologia física e da biologia evolucionista. Para realizar essa história, a tese foi dividida em duas partes. Na primeira, foi abordada a emergência do homo oeconomicus clássico no âmbito da governamentalidade liberal britânica dos séculos XVII e XVIII e foram diferenciadas as três formas de problematização e governo da vida emocional do sujeito de interesse: as paixões, no âmbito da vertente utilitarista-radical do liberalismo, os sentimentos morais, no âmbito da reação do conservadorismo, e as emoções, no âmbito da psicologia física e do evolucionismo. Cada uma dessas três temáticas surgiu ainda no discurso antropológico do sujeito de interesse, mas se desenvolveu em sentidos diferentes: as paixões resultaram no homo oeconomicus, os sentimentos morais, no homo socialis e as emoções, no homo psychologicus. Na segunda parte da tese, demonstra-se como essas três temáticas adentraram as ciências da administração americanas no século XX, caracterizando o controle emocional sobre o trabalho e o consumo. Ainda no discurso do management, essas temáticas se transformaram, em virtude da reação às contestações antidisciplinares da contracultura, dando origem a uma nova concepção de emoções que reúne características das três temáticas anteriores. O discurso do management e, posteriormente, o da teoria econômica neoliberal vinculou essa nova temática das emoções à noção de homem econômico, caracterizado agora pela ideia de capital humano. Constituiu-se, assim, o homem econômico emocional, formando uma distinta concepção antropológica e uma inédita coerência dos dispositivos de poder emocional. / This thesis makes a genealogy of the \"emotional economic man\", as it emerged in the U.S. management discourse since the 1990s. To do that, it has been drawn a history of how to understand this \"subject of interest\" associated to the theme of passions in the XVII and XVIII centuries. Such theme has been linked to the theme of emotions that was only originated in the XIX century related to the biological psychology and evolutionary biology. To carry out this history, this thesis has been divided in two parts. At the first part, the emergence of homo economicus in the classical liberal governmentality of British seventeenth and eighteenth centuries was discussed, and three forms of government and questioning of his \"emotional\" life were distinguished: the passions, under the utilitarian aspect of the radical liberalism; the moral sentiments, in the backlash of conservatism; and the emotions in the psychological and biological evolutionism. Each of these three themes arose in the anthropological discourse of the subject of interest, but were developed in different directions: the passions resulted in the homo economicus, the moral sentiments in the homo socialis, and the emotions in the homo psychologicus. In the second part of the thesis, it is shown how these three themes were inserted into the American administration science discourse in the twentieth century, characterizing emotional control over workers and consumers. Still in the discourse of management, these issues were transformed due to the reaction against antidisciplinaries countercultural contestations, giving rise to a new conception of emotions that includes characteristics of the three themes featured above. This new theme of emotions will be bound by the discourse of management and subsequently by the discourse of economic theory regarding the economic man, which is now characterized by the idea of human capital. The emotional economic man is thereby constituted, forming a new anthropological concept and a new device of emotional power.
|
4 |
O papel da simpatia nas distinções morais: uma leitura humeana numa perspectiva evolucionistaSilveira, Matheus de Mesquita 28 April 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T21:02:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Meu objetivo é apresentar uma descrição naturalizada do fenômeno moral. Defenderei esse posicionamento apresentando uma possível relação existente entre a aptidão social de certas espécies animais, dentre elas, o ser humano, e a sua capacidade de realizar distinções de cunho moral. Parto do problema central da filosofia prática humeana, que é o de determinar qual o princípio pelo qual são realizadas as distinções morais. David Hume, nas obras Tratado da Natureza Humana e Investigações sobre os Princípios da Moral, coloca o princípio da utilidade como o que se encontra no fundamento das distinções desta natureza, sendo bom aquilo que é útil para a sociedade e ruim o que lhe é prejudicial. Aqui está o ponto central para se compreender porque, para Hume, os sentimentos, influenciados pela qualidade natural da simpatia, são centrais à moralidade, uma vez que eles constituem o elemento norteador para definir o que é ou não útil ao convívio social. No momento em que o sentimento constitui um elemento central dentro
|
5 |
A generosidade e os sentimentos morais: um estudo exploratório na perspectiva dos modelos organizadores do pensamento / Generosity and moral feelings: an exploratory study in the perspective of the Organizing Models of ThinkingViviane Potenza Guimarães Pinheiro 31 March 2009 (has links)
O objetivo desta pesquisa foi investigar o comparecimento do valor generosidade através do papel de regulação exercido pelos sentimentos morais de culpa e vergonha e pela própria organização/ integração dos valores no sistema moral dos jovens que compuseram a amostra. Partindo de estudos atuais sobre a moralidade humana, sobre valores e sobre sentimentos, escolhemos o referencial da Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento como fonte teórico-metodológica que pudesse abarcar as problematizações propostas e que viesse a quebrar uma visão unilateral que guiou os estudos sobre a moralidade apenas pelo princípio de justiça. Uma situação envolvendo a generosidade foi apresentada aos 160 estudantes, meninos e meninas, de Ensino Médio de escolas pública e particular. Solicitou-se que respondessem a três questões a respeito dessa situação sobre os sentimentos, pensamentos e desejos do protagonista da história e de si mesmos. Extraímos das respostas os modelos organizadores, averiguando a configuração dos valores e sentimentos em cada um deles. Analisamos os modelos organizadores aplicados pelos sujeitos, considerando a integração dos valores, o comparecimento de sentimentos e as variáveis sexo e tipo de escola. Os resultados mostraram que, diante de uma situação de conflito moral, os jovens participantes de nossa pesquisa tenderam a integrar os valores de generosidade e amizade, com a presença de sentimentos morais, priorizando, em seus juízos, ações de ajuda para com o outro. Ressaltaram, também, a complexidade do pensamento moral humano, indicando que o comparecimento de valores está circunscrito a uma série de fatores concernentes não apenas aos aspectos cognitivos, mas também aos sentimentos, desejos, interesses e necessidades dos sujeitos. / This research aimed at investigating the presence of generosity, looking at the regulation exerced by the moral feelings and the organization/ integration of values in the moral system of youngsters that composed our study. Starting at actual researches about values and feelings, we chose the theory of Organizing Models of Thinking that could involve the questions proposed by us and could break a tradicional view that guided morality studies beyond the principle of justice. We presented a situation about generosity to 160 students, boys and girls of High School coming from public and private schools. We asked them to answer three questions about feelings, thoughts and desires in regard to the character of the presented situation and about themselves. We extracted the organizing models from the answers, investigating the configuration of values and feelings, and analysed them, considering the integration of the values, the presence of feelings and the components sex and school of the subjects. The results showed that, in front of a moral conflit, the youngsters of our research had a tendency to integrate the values of generosity and friendship, with the presence of moral feelings, mobilizing judments with a desire to help the other. These results conducted us to perceive the complexity of the human moral thought, indicating that the presence of values occurs not only by cognition aspects, but also by feelings, desires, interests and necessities of the subjects.
|
6 |
Paixões, sentimentos morais e emoções. Uma história do poder emocional sobre o homem econômico / Passions, moral sentiments and emotions. A history of emotional power over the economic manDaniel Pereira Andrade 16 August 2011 (has links)
Esta tese faz uma genealogia da concepção de homem econômico emocional, tal como ele aparece no discurso do management americano a partir dos anos de 1990. Para tanto, fez-se uma história de longa duração com a finalidade de compreender como esse sujeito de interesse que estava associado à temática das paixões nos séculos XVII e XVIII pôde se vincular à temática das emoções, surgida apenas no século XIX, advinda da psicologia física e da biologia evolucionista. Para realizar essa história, a tese foi dividida em duas partes. Na primeira, foi abordada a emergência do homo oeconomicus clássico no âmbito da governamentalidade liberal britânica dos séculos XVII e XVIII e foram diferenciadas as três formas de problematização e governo da vida emocional do sujeito de interesse: as paixões, no âmbito da vertente utilitarista-radical do liberalismo, os sentimentos morais, no âmbito da reação do conservadorismo, e as emoções, no âmbito da psicologia física e do evolucionismo. Cada uma dessas três temáticas surgiu ainda no discurso antropológico do sujeito de interesse, mas se desenvolveu em sentidos diferentes: as paixões resultaram no homo oeconomicus, os sentimentos morais, no homo socialis e as emoções, no homo psychologicus. Na segunda parte da tese, demonstra-se como essas três temáticas adentraram as ciências da administração americanas no século XX, caracterizando o controle emocional sobre o trabalho e o consumo. Ainda no discurso do management, essas temáticas se transformaram, em virtude da reação às contestações antidisciplinares da contracultura, dando origem a uma nova concepção de emoções que reúne características das três temáticas anteriores. O discurso do management e, posteriormente, o da teoria econômica neoliberal vinculou essa nova temática das emoções à noção de homem econômico, caracterizado agora pela ideia de capital humano. Constituiu-se, assim, o homem econômico emocional, formando uma distinta concepção antropológica e uma inédita coerência dos dispositivos de poder emocional. / This thesis makes a genealogy of the \"emotional economic man\", as it emerged in the U.S. management discourse since the 1990s. To do that, it has been drawn a history of how to understand this \"subject of interest\" associated to the theme of passions in the XVII and XVIII centuries. Such theme has been linked to the theme of emotions that was only originated in the XIX century related to the biological psychology and evolutionary biology. To carry out this history, this thesis has been divided in two parts. At the first part, the emergence of homo economicus in the classical liberal governmentality of British seventeenth and eighteenth centuries was discussed, and three forms of government and questioning of his \"emotional\" life were distinguished: the passions, under the utilitarian aspect of the radical liberalism; the moral sentiments, in the backlash of conservatism; and the emotions in the psychological and biological evolutionism. Each of these three themes arose in the anthropological discourse of the subject of interest, but were developed in different directions: the passions resulted in the homo economicus, the moral sentiments in the homo socialis, and the emotions in the homo psychologicus. In the second part of the thesis, it is shown how these three themes were inserted into the American administration science discourse in the twentieth century, characterizing emotional control over workers and consumers. Still in the discourse of management, these issues were transformed due to the reaction against antidisciplinaries countercultural contestations, giving rise to a new conception of emotions that includes characteristics of the three themes featured above. This new theme of emotions will be bound by the discourse of management and subsequently by the discourse of economic theory regarding the economic man, which is now characterized by the idea of human capital. The emotional economic man is thereby constituted, forming a new anthropological concept and a new device of emotional power.
|
7 |
A psicologia em "Humano demasiado humano": Nietzsche, Paul Rée e a história natural da moral / Psychology in "Human, all too human": Nietzsche, Paul RéeMachado, Bruno Martins 12 1900 (has links)
A presente tese de doutoramento tem como propósito analisar e justificar a emergência e a importância da noção de psicologia dentro do projeto filosófico nietzscheano a partir do primeiro aforismo de Humano, Demasiado Humano. Ao observarmos o conjunto do programa, percebe-se que o filosofo anunciou no primeiro aforismo do livro de 1878 tanto um projeto, quanto um plano interpretativo. Portanto, ao analisar MA I 01, tem-se contato (i) com a natureza da empresa crítica nietzscheana, (ii) com os termos de sua proposta metodológica e (iii) com o alcance positivo de sua perspectiva teórica. Esses três fatores apontariam para dois conceitos fundamentais em sua filosofia: história e psicologia. Defendemos que tanto a história quanto a psicologia denotam a influência de Paul Rée como um dos interlocutores mais presentes na obra de Nietzsche desse período. A determinação da psicologia, oriunda das exigências metodológicas trazidas pela filosofia histórica, remete à pergunta pela emergência das significações e das construções provenientes dos chamados sentimentos morais. Nesse curso, Nietzsche produziu sua filosofia sobre um solo psicológico em que as sensações e os sentimentos funcionariam como os elementos empíricos constitutivos das coisas humanas._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: This doctoral thesis aims at analysing and justifying the coming to light and the importance of the notion of psychology within Nietzsche's philosophical project, departing from the first aphorism of Human All Too Human. When one observes this program as a whole, one realizes that Nietzsche has announced in the first aphorism of the 1878 book at the same time a project and a plan of interpretation. Analysing, therefore, MA I 01, one approaches (i) the nature of Nietzsche's critical undertaking, (ii) the terms of his methodological proposition and (iii) the positive scope of his theorietical perspective. All of these three elements would indicate fundamental philosophical concepts: history and psychology. Such determinations denote the especial influence of Paul Rée as one of the most present philosophical interlocutors of Nietzsche's life. The determination of psychology which comes to light in virtue of methodological demandings (historical philosophy) leads back to the question concerning the coming to light of the meanings and productions grounded in moral sentiments. Thus, on this way Nietzsche elaborated his philosophie on the ground of the psychology, where the sensations and the sentiments could be taken as the empirical elements which constitute human things.
|
8 |
Cooperação, confiança e interação: um estudo aplicado às corporaçõesCarvalho, Marinei Silva 28 September 2012 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-27T22:56:18Z
No. of bitstreams: 1
17d.pdf: 487481 bytes, checksum: 81de0b9a598058180851d36c83baab3a (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-27T22:56:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
17d.pdf: 487481 bytes, checksum: 81de0b9a598058180851d36c83baab3a (MD5)
Previous issue date: 2012-09-28 / Nenhuma / O presente estudo ocupa-se do tema cooperação e confiança em um diálogo com aplicação no mundo corporativo. A investigação inicia pelo estudo da dinâmica do comportamento do indivíduo em grupo com base na teoria de Raimo Tuomela, que divide a cooperação em dois modos básicos de interação: modo-eu e modo-nós. O ponto de destaque em sua análise é o modo-nós de interação, uma vez que os interesses dos membros do grupo são regulados pela condição de troca cooperativa, fazendo com que esses abandonem suas características individualistas e deem espaço às características interativas sociais, permitindo, dessa forma, o surgimento de níveis de relacionamentos mais refinados. O segundo aspecto terá por objetivo alicerçar a cooperação em bases naturais. Tal aspecto será examinado pelo viés darwinista, sendo a cooper ação considerada um instinto social que evoluiu frente à seleção natural. A confiança será apresentada logo após, juntamente com a moralidade, ambas firmadas nos sentimentos morais, ocupando o papel de mantenedoras das interações cooperativas. Seguindo, a última análise deste trabalho irá se debruçar sobre o diálogo entre cooperação e confiança com as organizações empresariais e sua ética, a partir de uma análise da dinâmica dos indivíduos (modo-eu) inseridos no grupo (modo-nós). / This study deals with the concepts of cooperation and trust applied to corporations. The text begins by studying the dynamics of individual behavior in the collective, based on the theory of Raimo Tuomela, which divides cooperation in two basic modes of interaction: mode-me and mode-us. An important feature in his analysis is the mode-us interaction, since the interests of the group members are regulated by the condition of a cooperative exchange, making them abandon their individualistic characteristics and accept the social interactive features, allowing thus, the emergence of more refined levels of relationships. The second aspect will study cooperation in its natural bases. This aspect will be examined by a Darwinist point of view, cooperation being considered a social instinct that evolved through natural selection. The concept of trust will be presented along with morality, both deeply related with moral feelings, both occupying the role of sustaining cooperative interactions. Finally the final part of this study will analyze the dialogue between cooperation and trust with business organizations and their ethics, from an analysis of the dynamics of individuals (mode-me) inserted in the group (mode-us).
|
9 |
RESPONSABILIDADE E SENTIMENTOS MORAIS: UMA PROPOSTA DE NATURALIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE MORAL / MORAL RESPONSIBILITY AND FEELINGS: A PROPOSAL FOR NATURALIZING MORAL RESPONSIBILITYNunes, Cristina de Moraes 29 March 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study seeks to address the relevance of moral sentiments for moral responsibility attribution through
reactive theory of Peter Strawson and his critics. The central thesis which I try to hold onto is that the attribution
of moral responsibility is something quite complex, it is related to how we respond the actions of the agents, but
also involves the rational capacity of reflective self-control agent, being able to present reasons for his action and
be able to control his desires. Thus, the morally responsible agent is one that is motivated by his desires, but he is
able to reason morally on what the consequences of his action. In other words, be a responsible person involves
having social competence to act in accordance with moral norms, but also be able to reflect on his practice, so a
subject with normal cognitive powers and able to regulate his beliefs and desires. Given the cultural pluralism,
we note that there is a symmetrical relationship between the moral sentiments and moral beliefs, so that the
moral sentiments may be influenced by moral beliefs we form throughout our life as well as moral beliefs are
formed from feelings. These moral beliefs may be revised or regulated, this review may come from the
acquisition of new information, which may come from comparing our set of beliefs with the set of beliefs of
another culture. But this regulation of moral beliefs is the result of an evolutionary process that our species
suffered, which it has made over the years, people could improve their way of working with the others, and also
be able to autonomously question whether certain beliefs are in fact true. What I propose is that science is an ally
of ethics, and scientific explanations can contribute to a better understanding of what is morally right and wrong.
Understanding our human nature we become more able to 'see' the world differently and realize that certain
emotions can contribute to our social life. In this way, we can realize that it makes no sense to continue resentful
of someone in a situation which the agent has good grounds for leaving to feel such a feeling. Realizing this we
can notice the complexity of our human species and how much we still need to advance the field of morality,
seeking a moral improvement that does not happen only in the context of standards, but mostly at maturity that
allows being able to analyze the circumstances and the reasons for the action with greater discernment. To
defend such a position, I will use Strawson reactive theory, and criticism raised to such a theory by Wallace
(1994), Russell (2002) and Fischer and Ravizza (1998), namely that Strawson fails to present a rational capacity
guide the allocation of moral responsibility. The solution to this problem is to defend the rational capacity, as
well as the social competence of the agent, it is a necessary condition to consider the morally responsible people,
including the rational capacity of the agent is what allows him to reflect on his social practice. To better assess
these issues it is necessary an analysis of the moral psychology and knowledge to know about the way people in
their daily lives assess the actions of the agents and consequently assign moral responsibility to them. So my
goal is to show how proposal of Strawson is still relevant to discussions about attribution of moral responsibility,
as well as propose a progress in discussion on this topic by means of a moral realist naturalist position. / O presente estudo busca tratar da relevância dos sentimentos morais para a atribuição de responsabilidade moral,
através da teoria reativa de Peter Strawson e de seus críticos. A tese central, a qual procuro sustentar, é que a
atribuição de responsabilidade moral é algo bastante complexo, está relacionada à forma como reagimos frente
às ações dos agentes, mas também envolve a capacidade racional do agente de autocontrole reflexivo, estando
apto em apresentar razões para a sua ação e ser capaz de frear os seus desejos. Desse modo, o agente moralmente
responsável é aquele que se sente motivado por seus desejos, mas é capaz de raciocinar moralmente sobre quais
seriam as consequências da sua ação. Em outras palavras, ser uma pessoa responsável envolve ter competência
social para agir de acordo com as normas morais, mas também ser capaz de refletir sobre a sua prática, ou seja,
um sujeito com suas capacidades cognitivas normais e capaz de regular as suas crenças e desejos. Dado o
pluralismo cultural, podemos notar que há uma relação simétrica entre os sentimentos morais e as crenças
morais, de modo que os sentimentos morais podem ser influenciados pelas crenças morais que formamos ao
longo de nossa vida, bem como as crenças morais serem formadas a partir dos sentimentos. Essas crenças morais
podem ser revisadas ou reguladas, essa revisão pode vir da aquisição de novas informações, que podem vir da
comparação de nosso conjunto de crenças com o conjunto de crenças de outra cultura. Mas também essa
regulação das crenças morais é resultado de um processo evolutivo que sofreu a nossa espécie, que fez com que,
ao longo dos anos, as pessoas pudessem aprimorar o seu modo de conviver com as demais e também ser capaz
de autonomamente questionar se determinadas crenças são, de fato, verdadeiras. O que proponho é que a ciência
é uma aliada da ética, sendo que as explicações científicas podem contribuir para uma melhor compreensão do
que é correto e incorreto moralmente. Compreendendo a nossa natureza humana, tornamo-nos mais aptos a ver
o mundo de maneira diferente e perceber que certas emoções podem contribuir para a nossa vida social. Dessa
maneira, podemos dar-nos conta de que não faz sentido continuar ressentido com alguém numa situação em que
o agente apresenta boas razões para que deixemos de sentir tal sentimento. Perceber isso faz com que notemos a
complexidade de nossa espécie humana e o quanto ainda precisamos avançar no campo da moralidade, buscando
um aprimoramento moral que não se dá apenas no âmbito de normas, mas principalmente na maturidade que
permite sermos capazes de analisar as circunstâncias e as razões para a ação com maior discernimento. Para
defender tal posição, utilizarei a teoria reativa de Strawson e a crítica levantada a tal teoria feita por Wallace
(1994), Russell (2002) e Fischer e Ravizza (1998), a saber, que Strawson falha em apresentar uma capacidade
racional que guie a atribuição de responsabilidade moral. A solução para tal problema é defender que a
capacidade racional, assim como a competência social do agente, é uma condição necessária para considerar as
pessoas moralmente responsáveis, inclusive a capacidade racional do agente é que lhe permite refletir sobre a sua
prática social. Para avaliar melhor tais questões, faz-se necessária uma análise sobre questões de psicologia
moral e de conhecimento moral, para saber como as pessoas, no seu cotidiano, avaliam as ações dos agentes e,
consequentemente, atribuem-lhes responsabilidade moral. Portanto, o meu objetivo é mostrar como a proposta
strawsoniana continua sendo relevante para as discussões sobre a atribuição de responsabilidade moral, mas
também apresentar uma proposta de avanço na discussão sobre esse tema através de uma posição naturalista
realista moral.
|
10 |
O AUTO INTERESSE NA OBRA DE ADAM SMITH: A ABORDAGEM MORAL DOS AGENTES SOCIAIS / SELF-INTEREST IN THE WORK OF ADAM SMITH: THE SOCIAL APPROACH OF THE MORAL AGENTSSantos, Cezar Augusto Pereira dos 25 February 2014 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul / The present dissertation - through bibliographical research grounded mainly in the reading of
the Theory of Moral Sentiments and of the Wealth of Nations - investigates the connection
between Smith's moral philosophy and his approach regarding to the human principles that
govern individual pursuit for improving own life condition. For achieve this goal are analyzed
some of the Philosophical bases of the author (Stoics, Hutcheson, Hume) and studied the key
concepts present in his two books in order to defend the viewpoint of that the Wealth of
Nations is a continuity of the Theory of Moral Sentiments. From among the main lessons
learned, from the study of the work of Adam Smith, are of which he cultivated, in his personal
life, the qualities that in the TMS he considered defining of an excellent character: sobriety,
temperance, fairness and magnanimity; which was through of the concepts of sympathy and
the impartial spectator, created and developed in the TMS, that Smith created the concept of
the prudent man, to which characterizes the majority of people who live in society; that the
prudent man of Adam Smith is much different than homo economicus neoclassic; and,
mainly, that the Smithian view of self-love is impregnated of moral connotations, once which
goes far beyond mere self-interest for material wealth. / A presente dissertação - por meio de pesquisa bibliográfica fundamentada
principalmente na leitura da Teoria dos Sentimentos Morais e na Riqueza das Nações -
investiga a conexão entre a filosofia moral de Smith e a sua abordagem em relação aos
princípios humanos que norteiam a busca individual por melhorar a própria condição de vida.
Para alcançar este objetivo são analisadas algumas das bases Filosóficas do autor (estoicos,
Hutcheson, Hume) e estudados os conceitos chaves presentes em seus dois livros de modo a
defender o ponto de vista de que a Riqueza das Nações é uma continuidade da Teoria dos
Sentimentos Morais. Dentre as principais lições aprendidas, a partir do estudo da obra de
Adam Smith, está a de que ele cultivou, em sua vida pessoal, as qualidades que na TSM ele
considerava definidoras de um caráter excelente: sobriedade, temperança, justeza e
magnanimidade; que foi através dos conceitos de simpatia e espectador imparcial, criados e
desenvolvidos na TSM, que Smith criou o conceito do homem prudente, o qual caracteriza a
maioria das pessoas que vivem em sociedade; que o homem prudente de Adam Smith é muito
diferente do homo economicus neoclássico; e, principalmente, que a visão smithiana de selflove
está impregnada de conotações morais, uma vez que vai muito além do mero auto
interesse por riquezas materiais.
|
Page generated in 0.0666 seconds